O que é a RNCCI

17
O que é a RNCCI - Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados? A RNCCI, que se constitui como um novo modelo organizacional criado pelos Ministérios do trabalho e da Solidariedade Social e da Saúde, é formada por um conjunto de instituições públicas e privadas, que prestam cuidados continuados de saúde e de apoio social. Estas novas respostas promovem a continuidade de cuidados de forma integrada a pessoas em situação de dependência e com perda de autonomia. São objetivos da RNCCI a prestação de cuidados de saúde e de apoio social de forma continuada e integrada a pessoas que, independentemente da idade, se encontrem em situação de dependência. Os Cuidados Continuados Integrados estão centrados na recuperação global da pessoa, promovendo a sua autonomia e melhorando a sua funcionalidade, no âmbito da situação de dependência em que se encontra. Modalidade de Internamento Unidades de Convalescença 20-05-2010 “A unidade de convalescença é uma unidade de internamento, independente, integrada num hospital de agudos ou noutra instituição se articulada com um hospital de agudos, para prestar tratamento e supervisão clínica, continuada e intensiva, e para cuidados clínicos de reabilitação, na sequência de internamento hospitalar originado por situação clínica aguda, recorrência ou descompensação de processo crónico.” (art. 13.º do Decreto-Lei n.º 101/2006, de 6 de Junho) Finalidade A unidade de convalescença tem por finalidade a estabilização clínica e funcional, a avaliação e reabilitação integral da pessoa com perda transitória de autonomia potencialmente recuperável e que não necessita de cuidados hospitalares de agudos. Objectivos Pretende-se, com este tipo de unidades, responder a necessidades transitórias, visando maximizar os ganhos em saúde: Promover a reabilitação e a independência dos utentes; Contribuir para a gestão das altas dos hospitais de agudos; Evitar a permanência desnecessária nos serviços dos hospitais de agudos; Optimizar a utilização de unidades de internamento de média e longa duração. Caracterização

Transcript of O que é a RNCCI

Page 1: O que é a RNCCI

O que é a RNCCI - Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados?

A RNCCI, que se constitui como um novo modelo organizacional criado pelos Ministérios do trabalho e da Solidariedade Social e da Saúde, é formada por um conjunto de instituições públicas e privadas, que prestam cuidados continuados de saúde e de apoio social. Estas novas respostas promovem a continuidade de cuidados de forma integrada a pessoas em situação de dependência e com perda de autonomia.

São objetivos da RNCCI a prestação de cuidados de saúde e de apoio social de forma continuada e integrada a pessoas que, independentemente da idade, se encontrem em situação de dependência. Os Cuidados Continuados Integrados estão centrados na recuperação global da pessoa, promovendo a sua autonomia e melhorando a sua funcionalidade, no âmbito da situação de dependência em que se encontra.

Modalidade de Internamento

Unidades de Convalescença 

 20-05-2010   

“A unidade de convalescença é uma unidade de internamento, independente, integrada num hospital de agudos ou noutra instituição se articulada com um hospital de agudos, para prestar tratamento e supervisão clínica, continuada e intensiva, e para cuidados clínicos de reabilitação, na sequência de internamento hospitalar originado por situação clínica aguda, recorrência ou descompensação de processo crónico.” (art. 13.º do Decreto-Lei n.º 101/2006, de 6 de Junho)

Finalidade

A unidade de convalescença tem por finalidade a estabilização clínica e funcional, a avaliação e reabilitação integral da pessoa com perda transitória de autonomia potencialmente recuperável e que não necessita de cuidados hospitalares de agudos.

Objectivos

Pretende-se, com este tipo de unidades, responder a necessidades transitórias, visando maximizar os ganhos em saúde:

Promover a reabilitação e a independência dos utentes; Contribuir para a gestão das altas dos hospitais de agudos; Evitar a permanência desnecessária nos serviços dos hospitais de agudos;  Optimizar a utilização de unidades de internamento de média e longa duração.

Caracterização

Destina-se ao tratamento de situações pós-agudas, com necessidade de recuperação intensiva, nomeadamente no âmbito da reabilitação da pessoa, na sequência de internamento hospitalar ou agudização de doença crónica cujo tratamento não exija recursos de um hospital de agudos. 

A unidade de convalescença destina-se a internamentos com previsibilidade até 30 dias consecutivos. 

A unidade de convalescença pode estar situada em área adjacente a um hospital de agudos, de forma a estabelecer complementariedade na utilização de componentes logísticos, terapêuticos e diagnósticos. 

Pode coexistir com a unidade de internamento de média duração e reabilitação.

Destinatários

Page 2: O que é a RNCCI

Os utentes das unidades de convalescença são maioritariamente doentes dependentes e a necessitar de componente de reabilitação intensiva.

São, na sua grande maioria, doentes oriundos de serviços de Medicina Interna, de Oncologia, de Cirurgia, de Ortopedia/Traumatologia, de Neurologia.

Serviços

A unidade de convalescença assegura:

Cuidados médicos permanentes; Cuidados de enfermagem permanentes, pelos quais se entende presença de

enfermeiro 24 horas/dia; Meios complementares de diagnóstico (laboratoriais e radiológicos); Cuidados de fisioterapia, pelos quais se entende permanência de fisioterapeuta em

horário completo e avaliação por médico fisiatra, pelo menos semanal; Apoio psicossocial, pelo que se entende permanência de técnico de intervenção

social em horário completo; Higiene, conforto e alimentação, pelos quais se entende a prestação de serviços

hoteleiros com apoio de dietista, em tempo parcial; Convívio e lazer, pelo que se entende a criação de ambiente motivador da

participação social dos utentes, cuidadores e voluntários organizados.

Tipo de cuidados

As necessidades de cuidados de convalescença não obrigam à utilização da alta tecnologia de um hospital de agudos.

Os cuidados a prestar nas Unidades de Convalescença decorrem, sobretudo, da prestação de cuidados de saúde iniciada em internamento hospitalar e/ou da agudização ou intercorrência de episódio de doença crónica.

Os cuidados a prestar nas Unidades de Convalescença destinam-se, fundamentalmente, à reabilitação e à rápida reintegração dos seus utentes no seu meio de vida e em condições da maior autonomia possível.

Consideram-se como requisitos mínimos para a prestação de cuidados:

Disponibilidade de cuidados médicos permanente; Observação médica diária, com revisão do plano terapêutico e funcional; Disponibilidade de cuidados de enfermagem permanentes; Disponibilidade de cuidados de reabilitação, com fisiatra, fisioterapeuta e terapeuta

ocupacional; Apoio na execução das actividades de vida diária assegurado por pessoal auxiliar

com formação específica; Protocolo de articulação com o hospital de referência, nas especialidades necessárias

à adequada prestação de cuidados.

Equipa

A prestação de cuidados nas Unidades de Convalescença é garantida por uma equipa multidisciplinar das áreas de saúde e da acção social, determinada pela natureza dos cuidados a prestar, tendo em conta que se destinam, particularmente, à reabilitação e rápida reintegração dos utentes no seu meio de vida em condições da maior autonomia possível.

A multidisciplinaridade e multiprofissionalidade do pessoal da equipa, bem como a correcta dotação de pessoal, contribuem para garantir uma prestação de cuidados articulada e global, com um elevado padrão de qualidade. A equipa multiprofissional para uma Unidade de

Page 3: O que é a RNCCI

Convalescença com 30 camas, deve, no mínimo, integrar os seguintes de profissionais de saúde:

Enfermeiros (sendo preferencialmente, um especialista em Reabilitação) Médicos (sendo um fisiatra) Fisioterapeuta Dietista Auxiliares de acção médica

A equipa multidisciplinar deve, no mínimo integrar, os seguintes profissionais de acção social:

Técnico de serviço social Assistentes administrativos

Estrutura Orgânica

A Unidade de Convalescença é composta por áreas funcionais que constituem a estrutura orgânica do equipamento edificado. Este deve consistir no conjunto de espaços, articulados entre si, necessários à realização de funções específicas, de forma a possibilitar um funcionamento de qualidade.

São áreas funcionais da Unidade de Convalescença:

Acolhimento/recepção; Área de internamento; Outras áreas de prestação de cuidados: tratamentos, reabilitação, etc; Áreas de apoio às áreas técnicas e de convívio. Serviços de direcção e serviços técnicos; Áreas de apoio geral: cozinha, lavandaria/ rouparia, esterilização, armazém, resíduos,

etc; Instalações para o pessoal: vestiários, instalações sanitárias, salas de pausa, etc.

Organização

A Unidade de Convalescença organiza-se de modo a garantir aos seus utentes cuidados individualizados e humanizados.

A Unidade de Convalescença pode organizar-se como:

Serviço autónomo, em espaço próprio; Serviço integrado numa estrutura existente, desde que esta garanta as condições

necessárias ao desenvolvimento desta tipologia de resposta.

Para cada utente admitido na Unidade de Convalescença deve ser constituído um Processo do Utente que integre os componentes administrativos, sociais e clínicos:

Componentes administrativos:

Identificação e residência do próprio; Identificação, residência e telefone de familiar ou outra pessoa a contactar em caso

de necessidade; Identificação da entidade referenciadora; Identificação do médico assistente e respectivo contacto; Data de início e final do episódio de internamento.

Componentes sociais e clínicos:

Diagnóstico das necessidades de saúde e sociais;

Page 4: O que é a RNCCI

Plano Individual de Cuidados, expressando as actividades a desenvolver de acordo com os objectivos a atingir;

Consentimento informado do utente; Registo sistemático dos cuidados prestados por cada elemento da equipa, datado e

rubricado, em suporte único de registo; Actualização periódica, no mínimo semanal, do Plano Individual de Cuidados; Nota de Alta, contendo a avaliação multidisciplinar.

Funcionamento

O funcionamento da Unidade de Convalescença processa-se de acordo com regras definidas em Regulamento Interno.

Do Regulamento Interno deve constar:

Critérios de admissão e de alta dos utentes; Definição das competências e funções de cada um dos profissionais da equipa e/ou

outros prestadores; Horários de funcionamento; Comparticipações dos utilizadores, de acordo com critérios fixados; Outros.

O Regulamento Interno deve estar acessível aos profissionais, utentes e seus familiares.

Implementação

Preferencialmente as Unidade de Convalescença deverão constituir-se em equipamento independente dos Hospitais de Agudos, na sua proximidade. Para optimização de recursos, poderão situar-se, nas suas instalações ou na dos Centros de Saúde com unidades de internamento, considerando a reconversão e adaptação das instalações já existentes.

O número das Unidade de Convalescença a contratualizar será estimado em função das características sócio-demográficas, bem como do panorama de equipamentos edificados do Serviço Nacional de Saúde (SNS), da região de implementação.

Genericamente, para cada área de influência regional, a resposta em Convalescença não deverá ultrapassar as 24 camas por cada 100.000 habitantes.

O local para implementação das Unidade de Convalescença deve obedecer aos seguintes requisitos:

Ter boas acessibilidades; Ser implantado em zona com boa salubridade, longe de estruturas ou infra-estruturas

que provoquem ruído, vibrações, cheiros, fumos ou outros poluentes considerados perigosos para a saúde pública e que perturbem, ou interfiram negativamente, no quotidiano dos utentes.

Avaliação

A avaliação da Unidade de Convalescença resulta:

De um processo interno de análise sistemática, devidamente documentado; De um processo externo de avaliação periódica, qualitativa, segundo critérios

previamente definidos.

A unidade de média duração e reabilitação é uma unidade de internamento, com espaço físico próprio, articulada com o hospital de agudos para a prestação de cuidados clínicos, de reabilitação e apoio psicosocial, por situação clínica decorrente de recuperação de um processo agudo ou descompensação de processo patológico crónico, a pessoas com perda

Page 5: O que é a RNCCI

transitória de autonomia potencialmente recuperável. (art. 13º do D.L. 101/2006 de 6 de Junho)

Finalidade

A unidade de média duração e reabilitação tem por finalidade a estabilização clínica, a avaliação e a reabilitação integral da pessoa que se encontre na situação prevista no número anterior.

Objectivos

Pretende-se, com este tipo de unidades, responder a necessidades transitórias, visando maximizar os ganhos em saúde e:

Evitar permanências desnecessárias em hospitais de agudos; Contribuir para a gestão das altas dos hospitais de agudos; Reduzir a utilização desnecessária de unidades de internamento de convalescença e

de longa duração; Promover a reabilitação e a independência dos utentes.

Caracterização

A unidade de média duração e reabilitação é uma unidade de internamento, com espaço físico próprio, que presta cuidados clínicos, de reabilitação e apoio psicosocial, por situação clínica decorrente de recuperação de um processo agudo ou descompensação de processo patológico crónico, a pessoas com perda transitória de autonomia potencialmente recuperável.

O período de internamento na unidade de média duração e reabilitação tem uma previsibilidade superior a 30 dias e inferior a 90 dias consecutivos, por cada admissão.

Destinatários

Os utilizadores das unidades de média duração e reabilitação são doentes oriundos de outras respostas da Rede, de instituições de saúde ou de solidariedade e segurança social ou, ainda, do domicílio, que careçam de cuidados integrados em regime de internamento, mas não de cuidados tecnologicamente diferenciados.

Podem, ainda, existir unidades de média duração e reabilitação, com características próprias, destinadas a grupos específicos de doentes.O regime de unidade de dia destina-se a pessoas em situação de dependência, cujas condições clínicas e sócio-familiares lhes permitem a permanência no domicílio, mediante a prestação de cuidados em regime de dia.

Serviços

A unidade de média duração e reabilitação é gerida por um técnico da área de saúde ou da área psicossocial e assegura, designadamente:

Cuidados médicos diários; Cuidados de enfermagem permanentes; Cuidados de fisioterapia e de terapia ocupacional; Prescrição e administração de fármacos; Apoio psicossocial; Higiene, conforto e alimentação; Convívio e lazer.

Tipo de cuidados

Page 6: O que é a RNCCI

Os cuidados a prestar nas Unidades de Internamento de Média Duração e Reabilitação destinam-se, fundamentalmente, à reabilitação, manutenção e apoio social e à rápida reintegração dos seus utilizadores no seu meio habitual de vida, em condições da maior autonomia possível.

As Unidades de Internamento de Média Duração e Reabilitação promovem o treino de funções cognitivas, sensoriais, e motoras, ressocialização e actividades sócio-ocupacionais.

As Unidades de Internamento de Média Duração e Reabilitação deverão dispor de:

Serviços médicos presenciais, pelo menos duas vezes por semana, com revisão semanal do plano terapêutico;

Serviços de enfermagem; Serviços de reabilitação diários; De ajuda à interacção entre o utilizador e a família, promovendo a participação dos

familiares ou outros directos conviventes ou voluntários organizados; Serviços de desenvolvimento de actividades lúdico-ocupacionais; Preparação da alta e respectivo encaminhamento.

Equipa

Cada Unidade de Internamento de Média Duração e Reabilitação deve dispor de uma equipa técnica multidisciplinar das áreas da saúde e da acção social, determinada pela natureza dos cuidados que presta e tendo em conta o fim a que se destina.

Cada equipa multidisciplinar, no âmbito das Unidades de Internamento de Média Duração e Reabilitação, deve ser constituída, pelos seguintes profissionais de saúde:

Médico; Enfermeiro; Fisioterapeuta; Terapeuta ocupacional em tempo parcial; Psicólogo clínico em tempo parcial; Nutricionista em tempo parcial; Auxiliares de acção médica.

Cada equipa multidisciplinar, no âmbito das Unidades de Internamento de Média Duração e Reabiliatação, deve ser constituída, pelos seguintes profissionais de acção social:

Técnico de serviço social Pessoal com perfis profissionais que garantam o funcionamento dos componentes

logísticos da Unidade de Convalescença (serviços internos ou de outsourcing).

O número de profissionais deverá estar de acordo com o estabelecido no contrato.

Cada Unidade de Internamento de Média Duração e Reabilitação pode contar, também, com:

Voluntários, devidamente preparados e enquadrados; Prestadores informais de cuidados, devendo-se promover e facilitar a sua formação e

treino adequados, bem como a sua integração na equipa e no contexto sócio-familiar.

Estrutura Orgânica

A Unidade de Internamento de Média Duração e Reabilitação é composta por áreas funcionais que constituem a sua estrutura orgânica.

Entende-se por áreas funcionais o conjunto de espaços, articulados entre si, necessários à realização de determinadas funções específicas, por forma a possibilitar um funcionamento de qualidade.

Page 7: O que é a RNCCI

São áreas funcionais da Unidade de Internamento de Média Duração e Reabilitação:

Acesso/recepção; Área de internamento com zona de convívio contigua; Áreas de prestação de cuidados, nomeadamente, de tratamento e de reabilitação; Áreas de apoio às áreas técnicas e de convívio; Serviços de direcção e serviços técnicos; Áreas de apoio geral, nomeadamente, à alimentação, lavandaria/rouparia,

esterilização e armazém; Instalações de pessoal.

Organização

A Unidade de Internamento de Média Duração e Reabilitação visa garantir cuidados integrados, individualizados e humanizados.

A Unidade de Internamento de Média Duração e Reabilitação funciona tendo em vista a reabilitação, manutenção e apoio social tendentes à rápida reintegração dos seus utilizadores no seu meio habitual de vida.

A Unidade de Internamento de Média Duração e Reabilitação organiza-se como:

Serviço autónomo, em espaço próprio; Serviço integrado numa estrutura existente, desde que esta garanta as condições

necessárias ao desenvolvimento deste tipo de resposta.

Para cada doente admitido na Unidade de Internamento de Média Duração e Reabilitação deve ser constituído um processo que integre os componentes administrativos, sociais e clínicos.

Componentes administrativos:

Identificação e residência do doente; Identificação, residência e telefone de familiar ou outra pessoa a contactar em caso

de necessidade; Identificação da entidade referenciadora; Identificação do médico assistente e respectivos contactos; Data de início e fim da prestação de serviços.

Componentes sociais e clínicos:

Diagnóstico das necessidades clínicas e sociais; Plano individual de intervenção, expressando os cuidados a prestar de acordo com os

objectivos a atingir; Consentimento Informado; Registo sistemático dos cuidados prestados por cada elemento interventor, datado e

rubricado; Avaliação semanal e eventual aferição do plano individual de intervenção; Nota de alta.

Funcionamento

O funcionamento da Unidade de Internamento de Média Duração e Reabilitação processa-se de acordo com regras a definir em Regulamento Interno.

Do Regulamento Interno deve constar:

Critérios de admissão e de alta dos utilizadores; Definição das competências e funções de cada um dos profissionais e outros

prestadores;

Page 8: O que é a RNCCI

Horários de funcionamento; Outros.

Critérios de admissão

São critérios de admissão na Unidade de Internamento de Média Duração e Reabilitação:

Necessidade de controlo de sintomas difícil de realizar no domicílio; Necessidade de cuidados de reabilitação que exijam internamento, para melhoria

e/ou manutenção de capacidades; Necessidade de cuidados de manutenção que exijam internamento; Necessidade de descanso de familiares ou de outros cuidadores informais. Impossibilidade, por ausência de recursos sócio-familiares, de uma pronta reinserção

na comunidade.

A admissão nas Unidades de Internamento de Média Duração e Reabilitação é efectuada mediante a intervenção da Equipa Coordenadora Local. 

Critérios de alta

São critérios de alta da Unidade de Internamento de Média Duração e Reabilitação:

Obtenção dos objectivos clínicos e de reabilitação; Necessidade de cuidados num outro nível de diferenciação; Necessidade de resposta isolada do âmbito da saúde ou de apoio social.

A preparação da alta da Unidade de Internamento de Média Duração e Reabilitação compete à Equipa da Unidade e obedece a um processo sistemático que garanta a continuidade de tratamento e apoio, se necessário, noutros níveis da rede de cuidados continuados integrados.

Implementação

As Unidades de Internamento de Média Duração e Reabilitação deverão situar-se, em instalações próprias, podendo ser considerada a reconversão e adaptação de instalações já existentes.

O número das Unidades de Internamento de Média Duração e Reabilitação a contratualizar é, em primeira linha, estimado em função das características sócio-demográficas da zona de implementação.

O local para implementação das Unidades de Internamento de Média Duração e Reabilitação deve obedecer aos seguintes requisitos:

Ter acessibilidades; Ser implantado em zona de boa salubridade, longe de estruturas ou infra-estruturas

que provoquem ruído, vibrações, cheiros, fumos ou outros poluentes considerados perigosos para a saúde pública e que perturbem, ou interfiram, no quotidiano dos utilizadores;

Estar inserido na comunidade de modo a permitir a integração social dos utilizadores.

Avaliação

A avaliação da Unidade de Internamento de Média Duração e Reabilitação resulta:

De um processo interno de avaliação sistemática, devidamente documentado; De um processo externo de avaliação periódica, qualitativa, segundo critérios a

definir pela UMCCI.

Page 9: O que é a RNCCI

Unidades de Longa Duração e Manutenção 

 20-05-2010   

"A unidade de longa duração e manutenção é uma unidade de internamento, de carácter temporário ou permanente, com espaço físico próprio, para prestar apoio social e cuidados de saúde de manutenção a pessoas com doenças ou processos crónicos, com diferentes níveis de dependência e que não reúnam condições para serem cuidadas no domicílio." (art. 13.º do Decreto-Lei n.º 101/2006, de 6 de Junho)

Finalidade

A Unidade de Internamento de Longa Duração e Manutenção tem por finalidade proporcionar cuidados que previnam e retardem o agravamento da situação de dependência, favorecendo o conforto e a qualidade de vida, por um período de internamento superior a 90 dias consecutivos.

A unidade de longa duração e manutenção pode proporcionar o internamento, por período inferior ao previsto no número anterior, em situações temporárias, decorrentes de dificuldades de apoio familiar ou necessidade de descanso do principal cuidador, até 90 dias por ano.

Objectivos

Pretende-se, com este tipo de unidades, responder a necessidades sociais e de saúde, visando maximizar a manutenção de aptidões para actividades de vida diária:

Facilitar a gestão das altas dos hospitais de agudos; Promover a autonomia e a satisfação de necessidades sociais dos doentes.

Caracterização

A Unidade de Internamento de Longa Duração e Manutenção é uma unidade de internamento, com espaço físico próprio, articulada com o hospital de agudos ou outra entidade referenciadora para a prestação de cuidados integrados, de reabilitação e manutenção.

O período de internamento de internamento de longa duração e manutenção tem uma previsibilidade superior a 90 dias, por cada admissão.

A Unidade de Internamento de Longa Duração e Manutenção pode coexistir com a unidade de internamento de média duração.

A Unidade de Internamento de Longa Duração e Manutenção pode funcionar também em regime de unidade de dia, articulando-se com as equipas móveis existentes na respectiva área geográfica.

Destinatários

Os utilizadores das unidades de internamento de longa duração e manutenção são doentes que, pela sua situação de dependência, por razões de doença ou de patologias associadas à idade necessitam de Cuidados Continuados Integrados.

Os doentes são oriundos de outras respostas da Rede, de instituições de saúde ou de solidariedade e segurança social ou, ainda, do domicílio.

O regime de unidade de dia,destina-se a pessoas em situação de dependência, cujas condições clínicas e sócio-familiares lhes permitem a permanência no domicílio, mediante a prestação de cuidados em regime de dia.

Serviços

Page 10: O que é a RNCCI

A unidade de longa duração e manutenção é gerida por um técnico da área de saúde ou da área psicossocial e assegura, designadamente:

Actividades de manutenção e de estimulação; Cuidados de enfermagem diários; Cuidados médicos; Prescrição e administração de fármacos; Apoio psicossocial; Controlo fisiátrico periódico; Cuidados de fisioterapia e de terapia ocupacional; Animação sócio-cultural; Higiene, conforto e alimentação; Apoio no desempenho nas actividades da vida diária; Apoio nas actividades instrumentais da vida diária.

Tipo de cuidados

Os cuidados a prestar nas Unidades de Internamento de Longa Duração e Manutenção destinam-se, fundamentalmente, à reabilitação, manutenção e apoio social.

As Unidades de Internamento de Longa Duração e Manutenção contemplam a satisfação de necessidades e expectativas, bem como a relação com a família e com o meio social de referência.

As Unidades de Internamento de Longa Duração e Manutenção deverão dispor:

Serviços de enfermagem diurnos e nocturnos; Serviços médicos presenciais, pelo menos uma vez por semana, com revisão

semanal do plano terapêutico e revisão mensal do plano de manutenção e reabilitação;

Serviços de reabilitação diários; De ajuda à interacção entre o utilizador e a família, promovendo a participação dos

familiares ou outros directos conviventes ou voluntários organizados; Serviços de desenvolvimento de actividades lúdico-ocupacionais; Preparação da alta e respectivo encaminhamento.

Equipa

Cada Unidade de Internamento de Longa Duração e Manutenção deve dispor de uma equipa técnica multidisciplinar das áreas da saúde e da acção social, determinada pela natureza dos cuidados que presta e tendo em conta que se destinam fundamentalmente à manutenção de aptidões e apoio social.

Cada equipa multidisciplinar, no âmbito das Unidades de Internamento de Longa Duração e Manutenção, deve ser constituída pelos seguintes profissionais de saúde:

Médico; Enfermeiro; Fisioterapeuta em tempo parcial; Terapeuta ocupacional em tempo parcial; Psicólogo clínico em tempo parcial; Nutricionista em tempo parcial; Auxiliares de acção médica/ajudantes de saúde - na base de 1 elemento por cama.

Este número deverá ser reforçado no caso de terem a responsabilidade de limpeza e manutenção das instalações. 

Cada equipa multidisciplinar, no âmbito das Unidades de Internamento de Longa Duração e Manutenção, deve ser constituída pelos seguintes profissionais de acção social:

Técnico de serviço social

Page 11: O que é a RNCCI

Pessoal com perfis profissionais que garantam o funcionamento dos componentes logísticos da Unidade de Internamento de Longa Duração e Manutenção (serviços internos ou de outsourcing).

Cada Unidade de Internamento de Longa Duração e Manutenção pode contar, também, com:

Voluntários, devidamente preparados e enquadrados; Prestadores informais de cuidados, devendo-se promover e facilitar a sua formação e

treino adequados, bem como a sua integração na equipa e no contexto sócio-familiar.

Estrutura Orgânica

A Unidade de Internamento de Longa Duração e Manutenção é composta por áreas funcionais que constituem a estrutura orgânica do edifico.

Entendendo-se por áreas funcionais o conjunto de espaços, articulados entre si, necessários à realização de determinadas funções específicas, por forma a possibilitar um funcionamento de qualidade.

São áreas funcionais da Unidade de Internamento de Longa Duração e Manutenção:

Acesso/recepção; Área de internamento com zona de convívio contigua; Áreas de prestação de cuidados, nomeadamente, de tratamento e de reabilitação; Áreas de apoio às áreas técnicas e de convívio; Serviços de direcção e serviços técnicos; Áreas de apoio geral: cozinha, lavandaria/ rouparia, esterilização, armazém, resíduos,

etc; Instalações de pessoal.

Organização

A Unidade de Internamento de Longa Duração e Manutenção visa garantir cuidados integrados, individualizados e humanizados de manutenção de aptidões e de apoio social.

A Unidade de Internamento de Longa Duração e Manutenção organiza-se como:

Serviço autónomo, em espaço próprio; Serviço integrado numa estrutura existente, desde que esta garanta as condições

necessárias ao desenvolvimento desta tipologia de resposta.

Para cada doente admitido na Unidade de Internamento de Longa Duração e Manutenção deve ser constituído um processo que integre os componentes administrativos, sociais e clínicos.

Componentes administrativos:

Identificação e residência do doente; Identificação, residência e telefone de familiar ou outra pessoa a contactar em caso

de necessidade; Identificação da entidade referenciadora; Identificação do médico assistente e respectivos contactos; Data de início e fim da prestação de serviços.

Componentes sociais e clínicos:

Diagnóstico das necessidades clínicas e sociais; Plano individual de intervenção, expressando os cuidados a prestar de acordo com os

objectivos a atingir;

Page 12: O que é a RNCCI

Registo sistemático dos cuidados prestados por cada elemento interventor, datado e rubricado;

Avaliação semanal e eventual aferição do plano individual de intervenção; Nota de alta.

Funcionamento

O funcionamento da Unidade de Internamento de Longa Duração e Manutenção processa-se de acordo com regras a definir em Regulamento Interno.

Do Regulamento Interno deve constar:

Critérios de admissão e de alta dos utentes; Definição das competências e funções de cada um dos profissionais e outros

prestadores; Horários de funcionamento; Outros.

Critérios de admissão

São critérios de admissão na Unidade de Internamento de Longa Duração e Manutenção:

Necessidade de apoio para a satisfação das necessidades básicas; Necessidade de cuidados de manutenção de aptidões; Impossibilidade de inserção na comunidade, por ausência de recursos sócio-

familiares; Necessidade de descanso de familiares ou de outros cuidadores informais.

A admissão nas Unidades de Internamento de Longa Duração e Manutenção é efectuada mediante a intervenção da Equipa de Coordenação Local.

Critérios de alta

São critérios de alta da Unidade de Internamento de Longa Duração e Manutenção:

Obtenção dos objectivos clínicos e de reabilitação; Necessidade de cuidados num outro nível de diferenciação; Capacidade de reinserção na família e/ou comunidade.

A preparação da alta da Unidade de Internamento de Longa Duração e Manutenção compete à Equipa da Unidade e obedece a um processo sistemático que garanta a continuidade de tratamento e apoio, se necessário, noutras níveis da rede de cuidados continuados integrados.

Implementação 

As Unidades de Internamento de Longa Duração e Manutenção deverão situar-se em instalações próprias, podendo ser considerada a reconversão e adaptação de instalações já existentes. 

O número das Unidade de Internamento de Longa Duração e Manutenção a contratualizar, é, em primeira linha, estimado em função das características sócio-demográficas da zona de implementação.

O local para implementação das Unidade de Internamento de Longa Duração e Manutenção deve obedecer aos seguintes requisitos:

Ter acessibilidades;

Page 13: O que é a RNCCI

Ser implantado em zona de boa salubridade, longe de estruturas ou infra-estruturas que provoquem ruído, vibrações, cheiros, fumos ou outros poluentes considerados perigosos para a saúde pública e que perturbem, ou interfiram, no quotidiano dos utilizadores;

Estar inserido na comunidade de modo a permitir a integração social dos utilizadores.

Avaliação 

A avaliação da Unidade de Internamento de Longa Duração e Manutenção resulta:

De um processo interno de avaliação sistemática, devidamente documentado; De um processo externo de avaliação periódica, qualitativa, segundo critérios

definidos pela UMCCI.

Vila Real 

 02-08-2012   

Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (Centro de Saúde de Vila Pouca de Aguiar)

Tipologia: UC / UCP | Localização: VILA POUCA DE AGUIAR | Morada: Estrada Nacional nº 2 Código Postal: 5450-011

Santa Casa da Misericórdia de Alijó Tipologia: UMDR / ULDM | Localização: Alijó | Morada: Av. Teixeira de Sousa

Código Postal: 5070-031 Santa Casa da Misericórdia de Chaves Tipologia: UMDR /ULDM | Localização: CHAVES | Morada: Largo Caetano Ferreira

Código Postal: 5400-136 Santa Casa da Misericórdia de Murça Tipologia: UMDR / ULDM | Localização: MURÇA | Morada: R. Marquês de Valle Flor,

Apartado 11 Código Postal: 5090-138

Santa Casa da Misericórdia de Peso a Régua - Unidade Carlos Cardoso dos Santos

Tipologia: ULDM | Localização: Peso da Régua | Morada: Rua Pedro Verdial Código Postal: 5050-283

Santa Casa da Misericórdia de Ribeira de Pena Tipologia: ULDM | Localização: RIBEIRA DE PENA | Morada: Lugar do Cavalinho

Código Postal: 4870-150 Santa Casa da Misericórdia de Sabrosa Tipologia: UMDR | Localização: SABROSA | Morada: Avenida General Alves Pedrosa,

1Código Postal: 5060-303

Santa Casa da Misericórdia de Vila Real (Unidade de Média do Divino Espirito Santo)

Tipologia: UMDR | Localização: Vila Real | Morada: Rua Irmã Virtudes Código Postal: 5000-663

Porto 

 02-08-2012   

Centro Hospitalar  de Vila Nova de Gaia (H. Espinho) Tipologia: UC | Localização: VILA NOVA DE GAIA | Morada: Rua Conceição

Fernandes, Vilar de Andorinho Código Postal: 4434-502 

Centro Social da Paróquia de Santa Eulália de Nespereira Tipologia: ULDM | Localização: PORTO   Casa de Saúde de Guimarães SA

Page 14: O que é a RNCCI

Tipologia: UMDR/ULDM | Localização: VILAR DE ANDORINHO | Morada: Rua Comendador Inácio de Sousa - Vilar de Andorinho Código Postal: 4430-362  

Clipóvoa (Hospor SA) Tipologia: UMDR | Localização: PÓVOA DE VARZIM | Morada: Rua D. Manuel I, 183

Código Postal: 4490-592 Hospital da Misericórdia de Paredes Tipologia: UMDR / UC | Localização: PAREDES| Morada: Rua Elias Moreira Neto

Código Postal: 4580-085 Hospital Nossa Senhora da Conceição - Valongo Tipologia: UC | Localização: VALONGO | Morada: Rua da Misericórdia

Código Postal: 4440-563 Instituto Português de Oncologia do Porto, EPE Tipologia: UCP | Localização: PORTO | Morada: R. Dr. António Bernardino de Almeida

Código Postal: 4200-072   Montepio Residências Tipologia: UMDR / ULDM | Localização: VILA NOVA DE GAIA | Morada: Rua Fernando

Lopes Vieira, 273 Código Postal: 4430-703

Mutivaze - Empreendimentos Imobiliários, LdaUnidade Convalescença Wecare

Tipologia: UC / ULDM / UCP| Localização: PÓVOA DO VARZIM | Morada: Rua Corregedor Gaspar Cardoso Código Postal: 4490-470

PMV - Policlínica SA (Hospital São Martinho) Tipologia: UMDR / ULDM | Localização: VALONGO | Morada: Rua Manuel Arriaga n.º

243/273 Código Postal: 4440-004

RadelfeTipologia: UMDR / ULDM | Localização: PAÇOS DE FERREIRA | Morada: Rua Rainha D. Leonor, n.º 106, 1.º Código Postal: 4590-612

Santa Casa da Misericórdia de FelgueirasTipologia: UC / UMDR / ULDM | Localização: MARGARIDE | Morada: Av. Dr. Magalhães de Lemos Código Postal: 4610-106

Santa Casa da Misericórdia de Lousada Tipologia: UMDR | Localização: LOUSADA | Morada: Av. Major Arrochela Lobo, 157 Código Postal: 4620-697

Santa Casa da Misericórdia de Póvoa do VarzimTipologia: ULDM / UMDR | Localização: PÓVOA DE VARZIM | Morada: Largo da Misericórdia Apartado 314 Código Postal: 4490-909

Santa Casa da Misericórdia de Santo Tirso Tipologia: UMDR / ULDM | Localização: SANTO TIRSO | Morada: Rua 5 de Outubro

Código Postal: 4780-383 Santa Casa da Misericórdia de Vila do Conde Tipologia: UMDR / ULDM | Localização: VILA DE CONDE | Morada: Av. Dr. Artur da

Cunha Araújo, n.º 12 Código Postal: 4488-667

Santa Casa da Misericórdia do Porto - Unidade João Paulo II Tipologia: ULDM | Localização: PORTO | Morada: Rua Costa Cabral n.º 1211

Código Postal: 4200-227 Unidade Média Duranção e Reabilitação Corino de Andrade Tipologia: UMDR | Localização: PÓVOA DE VARZIM | Morada: Largo da Misericórdia

Código Postal: 4490-421 Unidade de Longa Duração e Manutenção da Santa Casa da Misericórdia

do Marco de Canaveses Tipologia: ULDM | Localização: MARCO DE CANAVESES | Morada: Alameda Dr.

Miranda da Rocha n.º 90 Código Postal: 4630-200

Unidade Local de Saúde de Matosinhos, EPE - Unidade de Convalescença Tipologia: UC | Localização: MATOSINHOS | Morada: Hosp. Magalhães Lemos - Rua

do Prof. Álvaro Rodrigues Código Postal: 4149-003

Unidade de Convalescença do Centro Hospitalar de Alto Ave, EPE - Pólo de Fafe 

Page 15: O que é a RNCCI

Tipologia: UC | Localização: FAFE | Morada: Praça José Florêncio Soares Código Postal: 4824-957