O que é cultura

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O que é Cultura? O termo cultura (do latim “colere”: cultivar, instruir, cuidar, criar) é empregado para indicar o desenvolvimento por meio da educação, da instrução, ou seja, é o resultado da formação ou educação adquirida. Os pilares da Cultura: Língua, Literatura e Religião. Etnocentrismo É o estranhamento diante de costumes de outros povos. Consiste em julgar como “certo ou errado” o comportamento e a forma de ver o mundo de outros povos, desqualificando suas práticas e até negando sua humanidade. Contracultura Contracultura pode ser entendida como um movimento de contestação de caráter social e cultural. Nasceu e ganhou força, principalmente entre os jovens da década de 1960, seguindo pelas décadas posteriores até os dias atuais. De um modo geral, podemos citar como características principais deste movimento, nas décadas de 1960 e 1970: - valorização da natureza; - vida comunitária; - luta pela paz (contra as guerras, conflitos e qualquer tipo de repressão); - vegetarianismo: busca de uma alimentação natural; - respeito às minorias raciais e culturais; - experiência com drogas psicodélicas, - liberdade nos relacionamentos sexuais e amorosos, - anticomunismo - aproximação das práticas religiosas orientais, principalmente do budismo; - crítica aos meios de comunicação de massa como, por exemplo, a televisão; - discordância com os princípios do capitalismo e economia de mercado Popular e Erudito Erudito - O vocábulo erudito vem do latim eruditus, aquele “que obteve instrução, “Conhecedor, sábio”. Popular - A palavra popular, também do latim populare, significa “de ou do próprio povo”. Como conceito, popular e erudito são termos opostos, mas os modernistas pretendiam era reformular a visão de cultura até então vigente, integrando as duas culturas, a popular e a erudita, para unificá-las em uma só: “a cultura brasileira”.

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O que é Cultura? O termo cultura (do latim “colere”: cultivar, instruir, cuidar, criar) é empregado para indicar o desenvolvimento por meio da educação, da instrução, ou seja, é o resultado da formação ou educação adquirida. Os pilares da Cultura: Língua, Literatura e Religião. Etnocentrismo É o estranhamento diante de costumes de outros povos. Consiste em julgar como “certo ou errado” o comportamento e a forma de ver o mundo de outros povos, desqualificando suas práticas e até negando sua humanidade. Contracultura Contracultura pode ser entendida como um movimento de contestação de caráter social e cultural. Nasceu e ganhou força, principalmente entre os jovens da década de 1960, seguindo pelas décadas posteriores até os dias atuais. De um modo geral, podemos citar como características principais deste movimento, nas décadas de 1960 e 1970: - valorização da natureza; - vida comunitária; - luta pela paz (contra as guerras, conflitos e qualquer tipo de repressão); - vegetarianismo: busca de uma alimentação natural; - respeito às minorias raciais e culturais; - experiência com drogas psicodélicas, - liberdade nos relacionamentos sexuais e amorosos, - anticomunismo - aproximação das práticas religiosas orientais, principalmente do budismo; - crítica aos meios de comunicação de massa como, por exemplo, a televisão; - discordância com os princípios do capitalismo e economia de mercado Popular e Erudito � Erudito - O vocábulo erudito vem do latim eruditus, aquele “que obteve instrução, “Conhecedor, sábio”. � Popular - A palavra popular, também do latim populare, significa “de ou do próprio povo”. Como conceito, popular e erudito são termos opostos, mas os modernistas pretendiam era reformular a visão de cultura até então vigente, integrando as duas culturas, a popular e a erudita, para unificá-las em uma só: “a cultura brasileira”.

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Manifesto da Poesia Pau-Brasil O poema Manifesto da poesia Pau-Brasil foi escrito por Oswald de Andrade em , foi importante para a poesia modernista, embora fosse essencialmente estético. A poesia Pau-Brasil reivindicava uma linguagem natural, conclamava a originalidade nativa. O autor expressa nele o desejo de que o Brasil passe a ser cultura de exportação, como foi a árvore pau-brasil. Defende também que a sua poesia seja um produto cultural que não deva nada à cultura européia e que possa, inclusive, vir a influenciá-la. Caso Dreyfus O caso é considerado um dos mais famosos episódios de erro judiciário da história. O Caso Dreyfus foi um escândalo político que dividiu a França por muitos anos, durante o final do século XIX. . Centrava-se na condenação por alta traição de Alfred Dreyfus em 1894, um oficial de artilharia do exército francês, de origem judaica. O acusado sofreu um processo fraudulento conduzido a portas fechadas. Dreyfus era, em verdade, inocente: a condenação baseava-se em documentos falsos. Após dois anos, foi descoberto que o autor da carta era Esterhazy, um oficial do Estado-Maior. A partir deste momento, a França divide-se em grupos pró e contra a revisão do caso. O que gerou grande mobilização de escritores intelectuais (mediadores) que se colocaram e se manifestaram a favor de Dreyfus. Intelectual O intelectual é uma pessoa que usa o seu "intelecto" para estudar, refletir ou especular acerca de ideias, de modo que este uso do seu intelecto possua uma relevância social e coletiva. É aquele que age como mediador, que utiliza seus conhecimentos em prol de seu “grupo”.

Os Discursos Fundadores da Nação Brasileira Foram várias as tentativas no Brasil, de se pensar uma identidade cultural para a nação brasileira. Entre essas tentativas, destacamos alguns momentos: a) Na fase colonial - a descoberta da terra, e o movimento nativista (século XVI à Independência – 1ª metade do século XIX). b) No Romantismo, a independência política e a formação de uma imagem positiva do Brasil e do brasileiro (1822-1880). Neste momento, a figura do índio como ícone da identidade nacional ganha destaque. c)As ciências sociais e a imagem pessimista do brasileiro (virada do século XIX para XX).

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Silvio Romero (1851-1914) e a Identidade Brasileira Para Silvio Romero, o passado colonial foi um problema central. Os fundamentos essenciais da nacionalidade remontariam aos tempos coloniais, mas ali também estaria a origem do atraso brasileiro. Em última instância, a tradição colonial era um fardo, pois de lá provinham as “raças inferiores” e a pesada herança escravocrata. Euclides da Cunha (1866 – 1909) e o Brasil de Canudos Autor de Os Sertões, de 1902, obra em que apresenta a realidade social do interior do país, em grande parte desconhecida pela consciência intelectual brasileira, republicana, racista e positivista. Ao relatar a guerra de Canudos no sertão da Bahia em 1897, apresenta o sertanejo como homem antes de tudo forte no contexto de um meio-ambiente natural, e, político-social gravemente hostil, quando esta era uma surpreendente novidade para uma intelectualidade que à época justificava o atraso cultural do país pelos maus costumes coloniais da mestiçagem. Os intérpretes do Brasil no século XX. 1- Gilberto Freyre (1900 – 1987) e a “democracia racial” do Brasil de Casa Grande & Senzala. 2- Sérgio Buarque de Holanda (1902 – 1982) e a “cordialidade” nas Raízes do Brasil. 3- Caio Prado Júnior (1907-1990) e a Formação (econômica) do Brasil Contemporâneo Ao final, Caio Prado faz um balanço negativo dos três séculos da colonização, pois se tratou somente de uma "exploração extensiva e simplesmente especuladora, instável no tempo e no espaço, dos recursos naturais do país."