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O QUE É DISSERTAR?

Dissertar é falar com propriedade sobre determinado tema. Para tanto, é fundamental que se apresente uma tese (algo que você propõe), sendo necessário ser uma ideia passível de ser defendida para se chegar a uma conclusão.

COMO SE FAZ UMA DISSERTAÇÃO?

Tendo em vista as características subjacentes a um texto dissertativo-argumentativo o conhecimento de mundo e o conhecimento técnico do texto são fundamentais.

Devido a necessidade de se tratar com respaldo acerca de determinada questão tem-se a leitura de mundo que perpassa durante a trajetória de vida do sujeito, por intermédio das leituras que ele faz de diversos textos, jornais, revistas, livros; os diálogos que tece; os noticiários que se apropria; os locais que frequenta; as aulas na escola, em especial as de Sociologia, História e Geografia.

COMO SE FAZ UMA DISSERTAÇÃO?

Quanto a parte técnica, não há padrões absolutos, mas sim possibilidades, sugestões, as quais serão abordadas no decorrer dos slides. Uma redação da estrutura dissertativa-argumentativa tem em média quatro parágrafos, sendo um dedicado à introdução, dois ao desenvolvimento e um para a conclusão. É necessário um recuo de em média 3 cm em cada parágrafo.

Nunca se discutiu e se viu tanto sobre a sustentabilidade como nos últimos tempos. A questão do aquecimento global, o consumo responsável, o respeito ao meio ambiente são questões sempre abordadas quando se trata desta temática.

Segundo algumas enciclopédias virtuais, sustentabilidade é ‘um conceito sistêmico’ e diz respeito à ‘continuidade dos aspectos econômicos, sociais culturais e ambientais da sociedade humana’. Na prática, esse conceito representa atuar nos setores - seja ele, industrial, comercial, social - de forma a prejudicar o menos possível o “equilíbrio” existente entre a população e os nossos recursos dependentes da natureza. Porém, pensamos que não pode ser simple, e que pode resultar em longos trabalhos. Logo, para se tornar um ‘cidadão sustentável’ é bem mais simples do que pensamos. Um exemplo está na simplicidade de ajudar a manter a cidade limpa não jogando lixo no chão.

Economicamente falando, acha-se difícil ou inviável, muitas vezes à implantação do conceito de sustentabilidade nas empresas, encontrando dificuldades até mesmo, nos profissionais não capacitados, ou seja, as empresas desconhecem os benefícios dos programas de sustentabilidade, de acordo ao estudo realizado pela Intelligence Unit da revista Economist. Seguindo as ideias de James Watson, as companhias precisam conceder estratégias que levem seus empregados a um maior envolvimento com a sustentabilidade como parte de atividades cotidianas.

De uma forma simples e quem sabe duradoura, se o conceito de sustentabilidade for fortemente idealizado e estudado nas escolas de ensino de base, veremos no futuro cidadãos sustentáveis, ajudando a manter e a garantir que as áreas exploradas pelas as suas possíveis empresas, continuarão a produzir os recursos de maneira natural, e por fim, promover o bem estar das populações e/ou comunidades que vivem na região.

Fonte: http://oficinaderedacoes.blogspot.com.br/2010/06/sustentabilidade.html

=> As partes da dissertação devem

estar bem definidas e intimamente

ligadas.

=> O modo de se estruturar a redação

e relacionar as ideias são

fundamentais para o entendimento do

texto.

A linguagem argumentativa

Adequação: A dissertação deve obedecer à norma culta escrita, evitando-se repetições inexpressivas, gírias, vocabulário impreciso...

Clareza: Deve-se evitar ambiguidade e obscuridade.

Concisão: Evitar redundâncias, prolixidade.

Coesão: Evitar frases e períodos desconexos.

Expressividade: Evitar as frases feitas e os lugares-comuns.

1 – Introdução: apresentação da ideia principal ou

tese.

2 – Desenvolvimento: apresentação de argumentos

que sustentam a ideia principal.

3 – Conclusão: apresentação de um resumo da ideia

principal ou de uma sugestão para a resolução do

problema.

O texto dissertativo - argumentativo organiza-se em três partes:

Deve-se ter como preocupação persuadir o leitor e transmitir

informações que se pretende como conhecimentos verdadeiros, e

dessa forma se tornar convincente.

Diante do tema, o autor deve se posicionar acerca do assunto e,

através dos seus argumentos, demonstrar conhecimento de mundo:

Com clareza, domínio da língua, seleção de conteúdos pelos seus

valores reais, organizando-os de forma coesa e coerente entre os

assuntos, os quais serão fechados na conclusão, completando

assim, o ponto de vista inicial.

Argumentação nos textos dissertativos

Objetivo: Expor, argumentar ou

desenvolver uma tema proposto,

analisando-o sob um determinado

ponto de vista e fundamentando-o

com argumentos convincentes, em defesa de nossas posições.

Como se faz...

Qual a diferença entre...? Evidência e Posicionamento?

Evidência, também conhecida por exposição, corresponde a informações mais concretas como: dados, fatos, exemplos.

"Resolver o problema do meio ambiente é passar por soluções um pouco mais pontuais como a recuperação da camada de ozônio, que hoje se encontra em 78% do seu tamanho normal, o fim da matança de baleias no pacífico, hoje chegando a 2.000 espécies por ano, ou ainda, a eliminação de 15.000.000 de automóveis não fiscalizados, que empanturram a nossa atmosfera de gás carbônico.”

Evidência é usada para ratificar, você precisa conhecer o assunto. Percebe-se que os dados acima destacados reforçam a tese do autor: “nosso meio ambiente está sendo lesado.”

Qual a diferença entre...? Posicionamento corresponde a argumento construído

com base em opinião a respeito do assunto e defesa referente ao tema, construído por intermédio de exposições.

"A sociedade precisa se conscientizar da necessidade da conservação ambiental. E para que essa conscientização se transforme em ações, necessitamos não só de informações mais apuradas sobre o ecossistema, como também de políticas educacionais de orientação à população. Sem a mobilização da sociedade civil, qualquer ação do Estado se tornará residual.”

Posicionamento evidencia a capacidade de opinar do candidato. O texto é formulado de opinião e não de dados, números. É um texto de base argumentativa.

RESUMINDO...

Um parágrafo expositivo é construído em meio a evidências que podem se dar por dados estatísticos, exemplos, fatos.

Um parágrafo argumentativo tece a opinião de quem escreve.

O mais importante é o posicionamento ante ao tema.

Há diversos casos em que ocorre tanto a exposição quanto a argumentação.

INTRODUÇÃO – normalmente apresenta-se a ideia

central a ser discutida, de modo que o leitor saiba de

que o texto vai tratar. Corresponde a um parágrafo,

com em média 05 linhas.

A Introdução deve:

Apresentar a ideia núcleo do texto

Apontar o que o texto tratará no desenvolvimento

Transmitir a mensagem de modo que fique clara e

objetiva para o leitor.

•Parte que se discorre sobre o assunto

abordado pela tese;

•Utiliza-se de fatos e de exemplos;

•Fatos e argumentos fazem com que o

conteúdo ideológico da tese seja

plenamente desenvolvido, levando a

uma conclusão.

Desenvolvimento

Voltando para a introdução, segundo o prof. Marcelo Portella, tem-se diversas formas de construir uma introdução, sendo a forma mais simples por intermédio da seguinte técnica:

ENUMERAÇÃO

A enumeração ocorre da seguinte forma:

Leia o tema e pense em assuntos relativos a este. Depois, reflita em torno de três causas possíveis. Veja a “fórmula”:

TEMA + Termos de ligação +

Causa 1 + causa 2 + causa 3

(enumeração de causas)

TEMA + Termos de ligação +

Causa 1 + causa 2 + causa 3

(enumeração de causas)

Violência contra a mulher (TEMA)

Quais as causas possíveis?

CAUSA 01 - A intolerância em todos os níveis;

CAUSA 2 - Os vícios das drogas e o consumo descontrolado de

bebida alcoólica;

CAUSA 3 - A noção de impunidade no atendimento estatal, que

tira a credibilidade de grande parte das mulheres em buscar a

justiça.

Para fazer a introdução você junta o TEMA e as TRÊS CAUSAS, que se amarram através dos TERMOS DE LIGAÇÃO.

Para entendermos o fenômeno da violência contra a

mulher precisamos compreender com mais propriedade a

intolerância em todos os níveis; o vício das drogas e o consumo

descontrolado de bebida alcoólica e a noção de impunidade

no atendimento estatal, que tira a fé de grande parte das

mulheres em buscar a justiça.

O mais interessante também é a possibilidade de utilizar duas ou três das causas nos parágrafos de desenvolvimento. Ou seja, o fragmento da introdução vai se transformar em base para construir os parágrafos de desenvolvimento.

Para entendermos o fenômeno da violência contra a mulher precisamos compreender com

mais propriedade a intolerância em todos os níveis; o vício das drogas e o consumo descontrolado de bebida

alcoólica e a noção de impunidade no atendimento estatal, que tira a fé de grande parte das mulheres em

buscar a justiça.

Causa 03 - a noção de impunidade no atendimento estatal, que tira a fé de

grande parte das mulheres em buscar a justiça.

Rotineiramente veem-se mulheres espancadas entrando e saindo de

delegacias para dar queixa de maridos ou companheiros. Quando isso ocorre

mais de uma vez com a mesma mulher, fica evidente a incapacidade de o Estado

evitar, por meio do poder da polícia, as agressões praticadas. Assim, além de o

problema da violência não ser resolvido, as mulheres perdem a confiança nas

instituições e não mais denunciam. Sem denúncia, os índices aumentam ainda

mais.

Viu como ficou ao utilizar uma das causas para compôr um dos parágrafos de desenvolvimento?

Não é Física, nem Matemática, mas vale a pena recordar a fórmula:

TEMA + TERMOS DE LIGAÇÃO +

CAUSA 1 + CAUSA 2 + CAUSA 3

A favelização no Brasil - TEMA

Causa 1 - O histórico do déficit imobiliário - escassez, falta de imóveis;

Causa 2 - O acúmulo de crescimento econômico sem a distribuição de renda

devida. - Desigualdade social, por exemplo.

Causa 3 - As diferenças de desenvolvimento socioeconômico entre as várias regiões do país e seus êxodos. - Imigrantes do Nordeste para o Sudeste, por exemplo e os salários precários recebidos por aquele.

Para reduzirmos o problema da favelização no Brasil é fundamental

discutirmos o histórico do déficit imobiliário; o acúmulo de crescimento

econômico sem a distribuição de renda devida e as diferenças de

desenvolvimento socioeconômico entre as várias regiões do país e seus êxodos.

Causa 2 - O acúmulo de crescimento econômico sem a distribuição de renda

devida.

O Brasil na década de 70 acumulou índices de crescimento similares aos

hoje alcançados pela China. Com a soma dos crescimentos econômicos mais

tímidos, mas representativos, das décadas seguintes até os dias atuais, o

natural seria alcançarmos um desenvolvimento social mais amplo e igualitário.

Isso não aconteceu, e hoje temos 32 milhões de pessoas vivendo abaixo da

linha da pobreza e sem a mínima possibilidade de obter uma residência digna.

DESENVOLVIMENTO – Parte encarregada pelo

desdobramento da ideia central. Corresponde à

exposição dos argumentos que comprovam o

ponto de vista contido na introdução. Pode

haver mais de um parágrafo, dependendo da

quantidade de linhas disponíveis.

Causa 2 - O acúmulo de crescimento econômico sem a distribuição de renda devida.

O Brasil na década de 70 acumulou índices de crescimento similares aos hoje alcançados pela China. Com a soma

dos crescimentos econômicos mais tímidos, mas representativos, das década seguintes até os dias atuais, o natural seria

alcançarmos um desenvolvimento social mais amplo e igualitário. Isso não aconteceu, e hoje temos 32 milhões de

pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza e sem a mínima possibilidade de obter uma residência digna.

Causa 1 - O histórico do déficit imobiliário - escassez, falta de imóveis

Vê-se a presença de muros físicos e abstratos separando as pessoas de

diferentes condições socioeconômicas. Os físicos são representados pelos

condomínios fechados com toda infraestrutura de segurança e lazer e os

simbólicos, metaforizados pela inflação presente no setor imobiliário e o constante

aumento no valor dos imóveis, tanto na locação, quanto na venda. Apesar de

avanços com programas como “Minha casa, minha vida”, vê-se que o histórico

déficit imobiliário no país é um problema longo que gradativamente precisa ser

enfrentado com propostas que estimulem e possibilitem por parte da população a

aquisição do imóvel próprio, tendo em vista a moradia ser um direito inalienável

de todo cidadão brasileiro, conforme pontua a Constituição Federal.

Conclusão

Síntese das ideias.

Apontamento da solução para as

questões abordadas no desenvolvimento.

CONCLUSÃO: É o acabamento da redação, parte que

“amarra” o texto. Não deve ser iniciada abruptamente, como

também não pode ser acabada de súbito.

Pode funcionar de três maneiras:

Retomada da ideia central, a fim de confirmá-la;

Resumo das ideias principais apresentadas e discutidas;

Sugestão de soluções para a resolução da problemática

abordada.

Para reduzirmos o problema da favelização no Brasil é fundamental discutirmos o histórico do déficit imobiliário; o acúmulo de crescimento econômico sem a distribuição de renda devida e as diferenças de desenvolvimento socioeconômico entre as várias regiões do país e seus êxodos.

O Brasil na década de 70 acumulou índices de crescimento similares aos hoje alcançados pela China. Com a soma dos crescimentos econômicos mais tímidos, mas representativos, das décadas seguintes até os dias atuais, o natural seria alcançarmos um desenvolvimento social mais amplo e igualitário. Isso não aconteceu, e hoje temos 32 milhões de pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza e sem a mínima possibilidade de obter uma residência digna.

Observa-se haver no país a presença de estruturas físicas e simbólicas

separando as pessoas de diferentes condições socioeconômicas. As concretas são

representadas pelos condomínios fechados de luxo com toda infraestrutura de

segurança e lazer; e os abstratos, metaforizados pela inflação presente no setor

imobiliário e o constante aumento no valor dos imóveis, tanto na locação, quanto na

venda. Apesar de avanços decorrentes de programas como “Minha casa, minha vida”, vê-

se que o histórico déficit imobiliário da nação é um problema longo que gradativamente

precisa ser enfrentado com propostas que estimulem e possibilitem por parte da

população a aquisição do imóvel próprio, tendo em vista a moradia ser um direito inalienável de todo cidadão brasileiro, conforme pontua a Constituição Federal.

Desta forma, para reduzirmos a problemática da favelização no Brasil é necessário um investimento ainda mais amplo em educação básica e profissional, considerando a importância destas para um desenvolvimento social mais amplo e igualitário, visando minimizar a má distribuição de renda do país e o déficit imobiliário.

Para reduzirmos o problema da favelização no Brasil é fundamental discutirmos o histórico do déficit imobiliário; o acúmulo de crescimento econômico sem a distribuição de renda devida e as diferenças de desenvolvimento socioeconômico entre as várias regiões do país e seus êxodos.

O Brasil na década de 70 acumulou índices de crescimento similares aos hoje alcançados pela China. Com a soma dos crescimentos econômicos mais tímidos, mas representativos, das décadas seguintes até os dias atuais, o natural seria alcançarmos um desenvolvimento social mais amplo e igualitário. Isso não aconteceu, e hoje temos 32 milhões de pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza e sem a mínima possibilidade de obter uma residência digna.

Observa-se haver no país a presença de estruturas físicas e simbólicas separando as pessoas de diferentes condições socioeconômicas. As concretas são representadas pelos condomínios fechados de luxo com toda infraestrutura de segurança e lazer; e os abstratos, metaforizados pela inflação presente no setor imobiliário e o constante aumento no valor dos imóveis, tanto na locação, quanto na venda. Apesar de avanços decorrentes de programas como “Minha casa, minha vida”, vê-se que o histórico déficit imobiliário da nação é um problema longo que gradativamente precisa ser enfrentado com propostas que estimulem e possibilitem por parte da população a aquisição do imóvel próprio, tendo em vista a moradia ser um direito inalienável de todo cidadão brasileiro, conforme pontua a Constituição Federal.

Desta forma, para reduzirmos a problemática da favelização no Brasil é necessário um investimento ainda mais amplo em educação básica e profissional, considerando a importância destas para um desenvolvimento social mais amplo e igualitário, visando minimizar a má distribuição de renda do país e o déficit imobiliário.

TEMA+TERMOS DE LIGAÇÃO +

CAUSA 1+CAUSA 2+ CAUSA 3

O MOVIMENTO IMIGRATÓRIO PARA O BRASIL NO SÉCULO XXI

O que causa o movimento imigratório?

CAUSA 1: falta de oportunidades de emprego.

CAUSA 2: a pobreza no país.

CAUSA 3: a expectativa de uma vida melhor (*Internauta)

Observações:

1 – A linguagem tende à impessoalidade, por isso os verbos

e os pronomes são empregados na 3ª pessoa do singular.

2 – A variedade linguística predominante é a padrão.

3 – Os verbos são empregados predominantemente no

presente do indicativo.

REFERÊNCIAS:

REDAÇÃO DISSERTATIVA. Prof. Marcelo Portella. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=gLck2qwOCRE> e <http://www.youtube.com/watch?v=HOSzJMOnaPg>. Acesso em: set. 2013.