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Governo de Sergipe - Secretaria de Estado da Saúde – SES
NÚCLEO ESTRATÉGICO DA SES – NEST.SES
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BANNER – HANSENÍASE
O QUE É HANSENÍASE?
A hanseníase parece ser uma das mais antigas doenças que acomete o homem. As referências mais remotas datam de 600 a.C. e procedem da Ásia, que, juntamente com a África, são consideradas o berço da doença. A melhoria das condições de vida e o avanço do conhecimento científico modificaram o quadro da hanseníase, que há mais de 20 anos tem tratamento e cura.
A hanseníase é uma doença infectocontagiosa crônica causada pelo Mycobacterium leprae que se caracteriza principalmente por lesões na pele com alteração de sensibilidade. A doença atinge pele e nervos periféricos podendo levar a sérias incapacidades físicas.
CLASSIFICAÇÃO DA HANSENÍASE
A classificação operacional do caso de hanseníase, visando o tratamento com poliquimioterapia é baseada no número de lesões cutâneas de acordo com os seguintes critérios: Paucibacilar (PB) – casos com até 5 lesões de pele; Multibacilar (MB) – casos com mais de 5 lesões de pele.
SINAIS E SINTOMAS
Surgimento de manchas esbranquiçadas ou avermelhadas, geralmente com perda ou diminuição da sensibilidade ao calor, à dor e ao tato;
Placas e caroços em qualquer local do corpo; Diminuição da força dos músculos das mãos, pés e face, ocasionando dificuldade
para segurar objetos, por exemplo.
TRANSMISSÃO
A hanseníase é transmitida principalmente pelas vias respiratórias superiores de pacientes multibacilares não tratados.
Para ocorrer a transmissão é preciso um convívio prolongado com o caso novo de hanseníase diagnosticado. Por isso, a importância de avaliação dos contatos domiciliares (familiares) e sociais (vizinhos, colegas de trabalho, de escola entre outros). Essa ação visa descobrir as possíveis fontes de infecção, independentemente de qual seja a classificação operacional do doente – paucibacilar (PB) ou multibacilar (MB).
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico é essencialmente clínico e epidemiológico, realizado por meio da análise da história e condições de vida do paciente, do exame dermatoneurológico, para identificar lesões ou áreas de pele com alteração de sensibilidade e/ou comprometimento de nervos periféricos (sensitivo, motor e/ou autonômico).
Em alguns casos podem ser necessários exames complementares, como a baciloscopia do raspado intra-dérmico e biópisia com anátomo-patologico.
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Fonte:https://www.google.com.br/search?q=hanseniase&biw=1600&bih=770&source=lnms&tbm=isch&sa=X&sqi=2&ved=0ahUKEwjYqPmS1t3RAhVKj5AKHQVkCLoQ_AUIBigB
TRATAMENTO E PREVENÇÃO
O tratamento da hanseníase, recomendado pela Organização Mundial de Saúde - OMS e preconizado pelo Ministério da Saúde do Brasil é a poliquimioterapia – PQT, uma associação de dois ou três medicamentos. O esquema padrão utilizado será de acordo com a classificação operacional do doente: PB e MB.
O tratamento é ambulatorial e está disponível em todas as unidades básicas de saúde. Logo no início do tratamento a transmissão da doença é interrompida e, se realizado de forma completa e correta, garante a cura da doença.
O meio mais eficiente de prevenção é a realização de exame dermato-neurológico e aplicação da vacina BCG em todas as pessoas que compartilham o mesmo domicilio com o portador da doença.
HANSENÍASE NO BRASIL
O Brasil ocupa o primeiro lugar no mundo em prevalência da hanseníase e registra cerca de 30 mil novos casos por ano, sendo o segundo em número absoluto de casos no mundo. A doença apresenta patamares muito altos nas regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste, onde se concentra a maioria dos casos detectados.
No país, em 2015, esse coeficiente foi de 14,07 por 100.000 habitantes, totalizando 28.761 casos novos, o que corresponde um padrão de alta endemicidade, segundo parâmetros oficiais, embora represente a menor taxa da série histórica apresentada no Gráfico 1.
A região Nordeste apresenta situação de endemicidade muito alta, com taxa de incidência de 22,72 casos por 100.000 habitantes. As regiões Centro Oeste e Norte apresentam parâmetros de muita alta e hiperendemicidade com coeficientes de, respectivamente, 29,65 e 44,30 por 100.000 habitantes.
O coeficiente de detecção em menores de 15 anos é prioridade da política atual da hanseníase no país, por indicar focos de infecção ativos e transmissão recente. Em 2015 foram registrados 2.113 casos com taxa de detecção de 4,46 casos/100.000 mil
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habitantes considerada Alta.
O coeficiente de grau 2 de incapacidade física estima a transcendência da doença e sinaliza a condição de acesso e de diagnóstico precoce da doença. Em 2015 essa incapacidade ocorreu em 1.880 casos novos, o que corresponde 7,5% uma situação considerada média.
Gráfico 1. Taxas de detecção da Hanseníase. Brasil, 2001 a 2016*
Fonte: SAGE - Sala de Apoio à Gestão Estratégica/MS-SINAN/IBGE – Dados atualizados em 06/1/2017. *Dados de 2016 sujeitos a alteração.
HANSENÍASE EM SERGIPE
Sergipe foi o 6º estado, na região nordeste, com maior taxa de incidência da doença, em 2015, com taxa de detecção de 16,23 casos por 100mil habitantes, totalizando 364 casos novos, sendo a menor taxa na série histórica do estado, apresentada no gráfico 2.
Foi o 7º estado, na região, em taxa de detecção em menores de 15 anos com 18 casos novos notificados nesta faixa etária. Registrou 27 casos novos com grau 2 de incapacidade física, dos casos avaliados, totalizando 8,6% casos incapacidade.
Em 2016 Sergipe notificou 289 novos casos da doença, sendo que 21 deles foram
relacionados a menores de 15 anos e 17 apresentaram grau de 2 incapacidades
físicas, totalizando 7,3% dos casos avaliados.
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Gráfico 2. Taxas de detecção da Hanseníase. Sergipe, 2001 a 2016*
Fonte: SAGE - Sala de Apoio à Gestão Estratégica/MS-SINAN/IBGE – Dados atualizados em 06/1/2017. Dados de 2016 sujeitos a alteração.
No último domingo do mês de janeiro comemora-se o “Dia Mundial de Combate à Hanseníase”, instituído pela OMS. Com o intuito de conscientizar a população para a prevenção e o tratamento correto da Hanseníase, o Ministério da Saúde lançou a campanha “Janeiro Roxo”, com ações educativas para alertar sobre a doença em todo território brasileiro.
Elaboração: Sala de Situação/NEST-SES Revisão e Colaboração: Raquel Costa Cavalcante Aragão - Referência Técnica de Hanseníase/NDT/DVS/SES Formatação e Publicação: Equipe da Sala de Situação/NEST-SES
Fonte de pesquisa: 1- Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Diretrizes para vigilância, atenção e eliminação da Hanseníase como problema de saúde pública: manual técnico – Brasília, 2016. 2- http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/leia-mais-o-ministerio/705-secretaria-svs/vigilancia-de-a-a-z/hanseniase/11295-informacoes-tecnicas 3- http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/leia-mais-o-ministerio/705-secretaria-svs/vigilancia-de-a-a-z/hanseniase/11298-situacao-epidemiologica-dados