O que esperar quando você está esperando.

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Arlene Eisenberg, Heidi Murkoff, Sandee Hathaway, BSN. O Que Esperar Quando Você Está Esperando Tradução de PAULO FRÓES Prefácio do Dr. Richard Aubry, Diretor de Obstetrícia do Centro de Ciências Médicas aa Universidade Estadual de Nova York, em Syracuse EDIÇÃO EDITORA RECORD RIO DE J ANEIRO SÃO PAU LO 2000

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Informações completas sobre a escolha do médico, o tratamento pré-natal, exercícios, métodos de parto, gravidezes subsequentes, gravidez gemelar, sexo durante a gestação, parto cesáreo e dicas práticas para conviver com os sintomas comuns e aqueles não tão comuns assim da gravidez. Orientação passo a passo para o trabalho de parto, os cuidados do pós-parto e a amamentação. E mais as dietas indicadas na gravidez e no aleitamento; e um capítulo completo para o futuro papai.

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Arlene Eisenberg, Heidi Murkoff, Sandee Hathaway, BSN.

O Que Esperar Quando Voc Est EsperandoTraduo de PAULO FRES

Prefcio do Dr. Richard Aubry, Diretor de Obstetrcia do Centro de Cincias Mdicas aa Universidade Estadual de Nova York, em Syracuse8~ EDIO

EDITORARIO DE J ANEIRO

RECORD SO PAU LO

2000

Este livro no encontra-se disponvel em nenhuma livraria da cidade, por conta disso fomos obrigados a tirar uma fotocpia e digitaliz-la. Foram deletadas somente as pginas em branco e este o motivo para que, algumas vezes, pule a numerao natural das pginas. Isto deve ser percebido somente no incio de cada captulo. O contedo original foi preservado.

CIP-Brasil. Catalogao-na-fonte Sindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ. E37o g ed. Eisenberg. Arlene O que espera r quando voc est esperando I Arlene Eisenberg, Heidi E. Murkoff, Sandee E. Hathaway; traduo de Paulo Fr6es. ed. Rio de Janeiro: Record, 2000.

s

Tradu o de: What to expect when you' re expect ing Apndicef. Gravidez. 2 . Parto. 3. Ps- parto. I. Murkoff, Heidi Eise nberg. 11. Hataway, Sande~ Eisenberg. 111. Titulo.

93 -045 6

CDD- 618.24 CDU- 618.2

Ttulo ori ginal norte-americano WHAT1D EXPECf WHEN YOU'RE EXPECTING Copyright 1984, 1988, 199 1 by Arlene Eiscnberg, Heidi E. Murkoff e Slndee E. Hathaway Direitos exclusivos d e publicao em lngua portuguesa para o Brasil adquiridos pela DISTRIBUIDORA RECORD DE SERVJOS DE IMPRENSA S.A. Rua Argentina 171 -Rio de Janeiro, RJ -2092 1-380- Tel.: 585-2000 que se reserva a propriedade literria desta traduo Impresso no Brasil ISBN 85-01-03520-3 PEDIDOS PELO REEMBOLSO POSTAL Caixa Postal23.052 Rio de Janeiro, RJ - 20922-970

IDITORA AIILIADA

A Emma, que inspirou este livro ainda no tero, que fez o melhor que pde para que continussemos a escrever depois que de l saiu, e que, estamos confiantes, um dia far bom uso dele. A Howard, Erik e Tim, sem os quais este livro seria invivel de vrias maneiras. A Rache/, Wyatt e Ethan, que apareceram um pouco tarde para nossa primeira edio, mas cujas gestaes muito contribufram para esta.

OBRIGADA, UM MILHO DE VEZES

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ntre um filho acrescido prole e um livro levado ao prelo h muito em comum. Para que ambos cheguem a bom termo, faz-se mister a conjugao de certos elementos: tempo, esforo, cuidado, dedicao - parte uma dose salutar de preocupao. Ambos requerem, ademais, a cooperao integrada de vrias pessoas. Cumpre ressaltar: na gestao de nosso livro fomos, nesse particular, muito felizes, e s pessoas que dela participaram s nos resta agradec~r. afetuosamente:A Elise e a Arnold Ooodman, nossos agentes, pelos conselhos, o apoio, a confiana e a amizade.

para ns um privilgio trabalhar com um mdico to extraordinrio. Ao Colgio Americano de Obstetras e Ginecologistas (particularmente a Mort Lebow, Florence Foelak e Kate Rud" don), Academia Americana de Pe4iatria (sobretudo a Michelle Weber e Carolyn Kolbaba) e a Contemporary Pediatrics (e a seu editor Jim Swan) pela .enorme quantidade de material e de informaes que nos cedeu, pela boa vontade em responder nossas perguntas e por nos ajudar a manter o livro atualizado. Aos muitos mdicos que nos ajudaram a dirimir dvidas, sobretudo a John Severs, Irving Selikoff, Michael Starr, Michelle Marcus, Roy Schoen e a centenas de outros que nos escreveram. Sem a participao de trs homens este livro jamais teria sido escrito. So eles Howard Eisenberg, Erik Murkoff e Tim Hathaway . Quando algum fala em exemplos de pai e marido pensamos neles. Agradecemos a eles pela inspirao e pelo apoio. Aos que tanto nos ajudaram na primeira edio: Susan Aronson Stirling, designer, Judith Cheng, pela ilustrao da capa, e Carol Donner, pela ilustrao do texto; e tambm a Henry Eisenberg, M. D., Ann Appelbaum e Beth Fal k. A amigas como Sarah Jacobs pelas muitas idias e sugestes. s centenas de leitoras que nos escreveram, nos lelefonaram ou que conversaram conosco pessoalmente, pelo~ comentrios e sugestes.

A Suzanne Rafer, da produo editorial, no s pelas sugestes lcidas, mas tambm pela pacincia, pelo senso de humor (de uue muito precisou) e pela capacidade inlinda num trabalho que, por vezes, parecia interminvel. A Shannon Ryan, por tijo parmeso ralado (114 de poro de protena; 112 poro de clcio) ou::orno o teor de gor Jura dos molhos para sa lada lndustrlullzudos vurln, leia os rtulos: cu da 14 g de gordura equivale a uma poril.o. Nos molhos feitos em casa, cada colher de sopa de leo equivale a uma poro.

BATATAS AO FORNORende 2 pores

1 1/2 colher (sopa) de leo vegetal 2 batatas grandes 2 claras de ovos Sal grosso e pimenta a gostoI. Preaquea o forno a 220C. Unte tabuleiro ou frma com leo vegetal. 2. Lave bem as batatas em gua corrente; enxugue com pano de prato. Corte-

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NO PRINCPIOVARIANTE PICANTE: Adicione pimenta e queijo parmeso ralado ou cheddar (15g = 112 poro de clcio) ao acrescentar o leite. 1 poro = 1 poro de protenas; 1 de gros integrais; 1 de clcio; rica em fibras.

as em fatias do tamanho desejado. Torne a enxug-las. 3. Bata numa tigela as claras em neve. Adicione as batatas e mexa at que fiquem recobertas pela clara batida. 4. Disponha as batatas no tabuleiro preparado numa nica camada. Deixe algum espao entre elas para que no grudem. Asse-as at ficarem crocantes e douradas , por 30 a 35 minutos. Polvilhe sal e pimenta e sirva imediatamente. 1 poro = 1 poro de legumes/verduras.

BROAS INTEGRAISRende 12 a 16 broinhas leo vegetal 2/ 3 de xcara de passas 1 xcara de suco de ma concentrado 1/ 4 de xcara de suco de laranja concentrado 1 112 de xcarn de farinha de trigo integral 1/ 2 xcara de germe de trigo 1 112 xcara de farelo de trigo etc. 11/4 colher (sopa) de bicarbonato de sdio 1/ 2 xicara de nozes moldas 1 colher (ch) de manjerico (opcional) 1 1/ 2 xcara de leitelh~ (pouca gordura) 2 claras de ovos (ligeiramente batidas) 1/2 xcara de leite em p iustantneo 2 colheres (sopa) de margarina ou manteiga, derretida e esfriada. 1. Preaquea o forno a 180C. Unte ligeiramente as formlnhas com leo vegetal. 2. Numa caarola pequena, misture as passas, 1/4 de xcara de suco de ma com entrado e de suco de laranja concen trado. Collune em royo brando, t'illtlt~tll do de vez em quando, por ' minutos. 3. Misture numa tigela a farinha, o germe de trigo, o farelo, o bicarbonato, as nozes modas e o manjerico.

MINGAU DE AVEIA ESPECIALRende I poro1 1/ 4 xcara de gua 1/2 xcara de aveia instantnea 2 colheres de sopa de germe de trigo (se houver problema de constipao substitu2 o germe de trigo ou parte dele p()r farelo de trigo etc.) Sal a gosto (facultativo)

1. Aquea a gua numa pequena caarol a at abrir fervura. Adicione a aveia, o germe de trigo e o sal, se preferir, mexendo bem. Diminua o fogo e cozinhe durante S minutos ou mais, de acordo com a textura desejada, adicionando mnls aua, se necessrio. 2. Retire a panela do fogo e adicione o leite em p. Sirva imediatamente.VARIANTE DOCE: Adicione duas colhe res (sopa) de passas e 1 colher de suco de mAd concentrado (ou a aoato) ao colocar a aveia, ou durante o ultimo ml nuto de cozimento, se voc preferir passas mais firmes: acrescente manjerico e/ou sal a gosto (opcionais) ao adl cionar o leite.

A DIETA IDEAL

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4. Numa tigela separada, bata o leitelho, as claras, o leite em p, a margarina e o resto do suco de ma.S. Junte os ingredientes secos e lquidos, misturando-os com algumas batidas. Misture lentamente as passas com o caldo do cozimento. Encha as forminhas preparadas at cobrir dois teros de seu volume.6. Asse-as, com um palito inserido no centro at sair limpo (cerca de 20 minutos).

Ingredientes opcionais para recheio: Molho de ma sem acar (outra poro de frutas) Compota de frutas (sem adoantes) ou gelia de ma 1/ 2 xcara de iogurte (112 porlo de clcio)1. Bata todos os ingredientes no liquidificador, com exceo das claras, da margarina e dos ingredientes opcionais, reduzindo-os a pur.

2. Numa tigela em separado bata as cla-

Acrescente 2 mas ou pras mdias, cortadas em cubos, s nozes. Se no houver problema de constipao, substitua o farelo do cereal por 1xlcara de aveia (em p ou em flocos) ou por cevada em flocos.VARIANTE:

ras em neve. Bata ento bem depressa a mistura de leitelho e farinha com as claras. Deixe a massa descansar por uma hora. 3. Aquea a frigideira (antiaderente). De>pois de aquecida, unte-a com margarina ou manteiga. Deite a massa, e espalhe-a com colher na frigideira para que fique bem fina. Quando a superfcie da panqueca comear a borbulhar e o lado de baixo ficar ligeiramente dourado, vire e doure o outro lado. Continue a frit-las, untando com mais margarina a frigideira, sempre que necessrio, at acabar a massa. Sirva as panquecas com qualquer um dos ingredientes para recheio ou todos eles. VARfANTE: Adicione massa qualquer um dos seguintes ingredientes: 1/4 de xcara de passas (l/2 poro de frutas); seis damascos secos, cortados em cubos (algum ferro; 1 poro de frutas ctricas); 1/ 2 banana, pra ou ma, cortada em fatias (1/2 poro de frutas; 1/ 4 de xcara de nozes modas (1/ 4 de poro de gordura; alguma protena). 1/3 da receita = 1 poro de gros integrais; 1 poro de protena; 1/2 poro de clcio; rica em fibras.

12 broinhas = 1 1/2 poro de gros integrais; 1/2 poro de protena; riqussimos em fibras. A variante com frutas acrescenta outra poro de frutas.

PANQUECAS DE LEITELHO li TRIGO INTEGRALRende 12 panquecas (:S pores) Nota: Deixe a massa descansar por 1 hora. 1 xcara de leitelbo (baixo teor de gordura) 1 colher (ch) de suco de mal concentrado 3/4 de xcara de farlnba de trigo Integral

5 colheres (sopa) de germe de trigo 1/3 de xcara de leite em p desnatado 1 pitada de sal, ou a aosto (opdonal)

Manjerlclo a gosto (opcional) 1 colheres (ch) de bicarbonato 1 claras de ovo (ovos grandes) Margarina ou manteiga

MILK SHAKE DUPLORende 1 poro

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NO PRINCIPIO

Nota: congele no free:zer uma banana bem madura, descascada e coberta, 12 a 24 horas antes de fazer o milk shake.1 xcara de leite desnatado, ma ~ro 113 de xcara 'de leite em p 1 banana madura congelada , cortada em pedaos ou fatias 1 colher (ch) de extrato de baunilha 1 pitada de manjerico, ou a gosto (opcional).

2 colheres (sopa) de amndoas ou nozes modas 1. Preaquea o forno a 180C. Unte ligeiramente com o leo um ta'Jukiro oa frma antiaderen te. 2. Misture numa tigela, fo rmando um creme, a levulose e a margarina. Adicione 112 xcara mais 2 colheres (sopa) do suco de ma concentrado e continue a bater.3. Adicione a far inha, o germe de tri50 e a baunilha e misture at forma r massa. Divida a massa ao meio, fazendo de cada metade uma barra retangular. Embrulhe-as separadamente em papel alumnio e esfrie-as por I hora.4 . J unte os figos e o restante do suco de ma numa caarola e cozinhe em fogo brando at amolecer. Retire do fogo e acrescente as nozes moldas at fazer mistura homognea.

Reduza a pur todos os ingredientes num liquidificador. Sirva imediatamente.V ARlANTE OE MORANGO: Adicione I /2 xfcara de mo rangos frescos e I colher de sopa de suco de ma concentrado antes de ir ao liquidificador; omita o manjerico, se preferir.

Adicione 2 COlheres (sopa) de suco de laranja concentrado (descongelado); o mita o mar jerico .VARIANT E DE LARANJA:

I milk shake = 2 pores de clcio; 213 de poro de protenas; I poro de fr utas. A variante "morango" adiciona outra poro de fr utas com uma poro de vitamina C. A variante " laranja" adiciona 1/ 2 poro de viumina C.

BISCOITOS DE FIGORende cerca de 36 biscoitos leo vegetal 1 colher (sopa) de levulose 4 colherll !nos oito copos por dia). No s a ingesto insuficiente de lquidos causa de mico infreqiiente, mas pode tambm Jr.var infeco urinria.

ALTERAES NOS SEIOS"Nilo reconheo mais os meus seios, de tosrunuu.v e .vens/f'(!/, ', V/lo Jluur usslm v cuir 1/e \

pois do parto?"

pdtos no ser por ora. Embora A costume-se com ospossam grandes sempre elegan tes, so um dos traos distintivos da gestao. Os seios ficam inchados e sensveis por causa da maior produao, pelo Ol'anlsmo, cl.: emosenio e progesterona. (0 mesno mecanismo opera no perodo pr-menstrual, quandc muitas mulheres experimentam alteraes nos seios- embora tais alte-

raes sejam mais pronunciadas na gravidez.) No se do por acaso: visam preparla para alimentar o beb quando ele chegar. Se, entretanto, forem menos acentuadas numa segunda gravidez ou noutra gestao subseqente (como costumam ser), no significa que voc ser menos capaz de amamentar. Alm do crescimento, voc provavelmente notar outras alteraes nos seus seios. A arola (a regio pigmentada ao redor do mamilo) escurece, se alarga, e . poder ficar marcada por reas mais escuras Embora esse escurecimento se ate. nue, no desaparec~ totalmente depois do nascimento. As pequenas salincias que por vezes se percebem na arola so glndulas sebceas que, embora hipertrofiadas durante a gestao, retornam ao normal depois. Uma abundante trama de vasos venosos azulados passa a ser entrevista nas mamas - bem mais saliente, pelo geral, em mulheres de pele clara - e representa o sistema de aporL~~ .nutricional e de lquidos da me para ' o beb. Depois do parto ou do aleitamento, a aparncia da pele volta ao normal. H felizmente uma alterao qual a gestante no ter de se acostumar: a sensibilidade mamria ao toque, s vezes agonizante. Embora os seios cresam durante toda a gestao -s vezes num volume equivalente ao de trs xcaras-, no costumam permanecer dolorosos ao toque depois do terceiro ou do quarto mes. Se vllo ou nllo cair depois do nascimento do beb coisa que, pelo menos em parte, depende da prpria gestante. O estiramento e a queda do tecido mamrio decorrem da falta de suporte durante a gestao - embora possa haver uma propenso gentica. A gestante deve usar suti firme diariamente, purn l)totoscr 01 selos. Em coso de aorem muito grandes ou com tendncia a cair, convm usar suti mesmo dur1.1.0te a noite. Se os seios aumente.rem Jogo no Jn.J.-

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cio da gravidez e depoi:s, repentinamente, diminurem de tamanho (sobretudo se outros sintomas de gestao desaparecerem sem explicao), entre em contato com o mdico.

"Meus seios ficaram enomus na minha primeirrz gesta4o, mas n4o parecem se modificar ago. rrz que estou na segunda. Sertl que tem a/gumil coSII emda?"mulheres de ter os setos novamente A sesperamsegundaseios.pequenos, que grandes na e na terceira gravid!Z, s vezes ficam desapontadas, ao menos temporariamente . Embora em algumas cresam como da primeira vez, noutras isso no aconte(e- talvez porque as mamas, graas experincia prvia, no precisem de tantos preparativos e reajam aos hormnios da gestao de forma menos dramtica. Nessas mulheres, os seios podem cr~r gradualmente no decorrer da gest.ao, ou talvez detenham essa expans at aps o par to, quando tiver incio a produo de leite.

COMPLEMENTOS VITAMNICOS''Devo tomar vitaminas?''ingum consegue seguir todos os dias uma dieta nutri~ionalmente perfeita, sobretudo na gestao lncipente, quando a nusea matinal atua como supressor comum do apetite e quando aquela pequena nutrlAo que algumas mulheres conseguem engolir muitas vezes volta diretamente para fora. A complementao vitamnica diria, embora no substitua a boa dieta no pr-natal, pode servir de aarantla d iettica, oaeesu r"ndo, no caso do orgttnlsmo nilo coo perar ou de ocasionalmente a gestante omitir refeies, que o bc ficar espantada ao ver que, depois de o beb nascer, os novos hbitos ali mentares vo ser to difceis de mudar

quanto o foram os antigos- o que tornar mais fcil dar o bom exemplo ao seu filho . Estudar a Dieta Ideal. Torne-a parte de sua vida.

AS REFEIES LIGEIRAS"Saio com amigas para lanchar depois do cinema cerCil de uma vez ao ms. Devo evitar esse hbito pelo resto da gravidez?"mbora as refeies ligeiras ainda no possam ser consideradas nutritivas, h restaurantes e lanchonetes que oferecem alimentos de boa qualidade nutriti va. Apesar disso, preciso acertar na escolha do melhor prato. difcil obter em restaurante a informao exata da qualidade nutritiva dos alimentos, sem do recomendvel portanto dar prefern cia a frango grelhado, peixes assados ou cozidos, batata cozida (sem coberturas ricas em gorduras), pedao de pizza, oca slonalmente ao hambrauer simples, s saladas que nao estejam nadando em leo (d preferncia aos legumes e ver duras frescos, com pouco tempero), ou a outros cardpios que no excedam no

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teor de gordura e de sdio. Evite as frituras (embora no mais sejam feitas com banha de porco, so ainda ricas em gordura e calorias), os "bigburguers" duplos, as coberturas com queijo cremoso para as batatas (devem ser recobertas com queijo fresco, por exemplo), as frutas e pudins em conserva, as bebidas com soda e as tortas de fruta. Se o milk shake ou a sobremesa forem feitos com leite de verdade, voc pode consumi-los mas evite os que contm muito acar, muita gordura ou substncias qumicas. Beba sucos, leite, gua mineral ou comum, e traga de casa sua prpria sobremesa (frutas, doces que voc mesmo preparou etc.), se achar melhor apaziguar por conta prpria a sua paixo por doces. Se passar o dia sem comer uma nica verdura ou um nico legume, roa uma cenoura ou desfrute de uma fatia de melo ao chegar em casa.

no : letal. Um cogumelo " natural" pode ser venenoso; os ovos, a manteiga e as gorduras animais, todos "naturai~", vinculam-se cardiopatia, e o acar e o mel "naturais" causam cries. Isso no quer dizer que voc tenha de desistir de comer para proteger o beb dos perigos mesa. Apesar de tudo o que possa ter ouvido, at agora nenhum alimento ou aditivo qumico foi responsvel comprovadamente por anomalias congnitas. E, com efeito, a maioria das norte-americanas enche o carrinho de compras sem dar a menor ateno ao quesito "segurana", e apesar disso tm filhos perfeitamente normais . Sem dvi da, o perigo que existe nos aditivos qumicos presentes nos alimentos remoto. Se quiser eliminar mesmo esse risco remoto, siga as seguintes instrues para decidir o que jogar no carrinho e o que deixar de lado. Use a Dieta Ideal para orientar na st:leo dos alimentos; ela a livra da maioril dos perigos em potencial. Tambm lhe oferece verduras e legumes mais ricos em betacaroteno, esse elemento protetor, capaz de combater os efeitos negativos das toxinas presentes nos alimentos. Use os adoames com critrio. Evite por completo os alimentos adoados com sacarina; a sacarina atrave~sa a placenta e seus efeitos a longo prazo sobre o feto so desconhecidos. Se: voc no tem dificuldade em manipular o aminocido fenllalanlna, pode usar aspartame como adot;ante (h vlirlas marcas no mercado) . Parece que os componentes desse adoan,e no cruzam a placenta em quantidade sianiflcatlva. E as pesquisas no revt:lam efeito nocivo ao feto em decorrncia do uso moderado por mulheres nor mais. (No obstante, h motivos pa ra que os alimentos feitos com aspartame no sejam os melhores pa

ADITIVOS NOS ALIMENTOS"Com aditivonros enlatados, inseticidas nas hortalias, outras substtincias qufmicas nos pei xes e nas carnes e nitratos nos cachorrosquentes, h alguma coisa que eu possa comer com segurana durante a gestao?"

s informes a respeito qumicas em quase todos os alimenOnorte-americanos sodas substncias tos suficientes para mudar o apetite de qualquer pessoa -especialmente da mulher grvida, receosa no s pela prpria sade, mas tamb~m pela do concepto. Graas mfdia, "substncias qufmicas" tornaramse !:lnnlmo de "perigo", e "alimentos naturais" de "segurana". Mas qualquer das duas generalizaes no verdadeira. Tudo o que comemos se compOe de substncias qumicas. Algumas so Incuas (at mesmo benficas), outras no. E embora o que "natural " seja quase sempre melhor que o artl flcial ou no-natural, h ocasies em que

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ra voc; ver p. 93.) Os adoantes feitos de carboidratos de absoro lenta, como o sorbitol e o manitol, parecem ser seguros, mas cuidado para que no sejam de teor calrico muito baixo e para que as doses, mesmo moderadas, no causem diarria. Sempre que possvel, s use para cozinhar ingredientes frescos. Estar assim evitando aditivos duvidosos encontrados nos alimentos processados e suas refeies sero mais nutritivas tambm. Procure se informar sobre a contaminao de alimentos com determinados produtos qumicos. D particular ateno contamina ;o possvel de peixes, caso o consumo deles seja da sua preferncia. Compre o peixe, mas procure saber a sua origem. No h consenso quanto segurana ou insegurana de peixes e de frutos do mar hoje em dia. De modo geral, o peixe de gua salgada tem menor probabilidade de contaminao do que o peixe de gua doce. Concorda-se em geral que nos EUA, por exemplo, so a enchova e numerosos peixes serrandeos da costa atlntica daquele pas os que criam o maior risco e devem ser evitados pelas gestantes. Saiba-se ou no com certeza da contaminao do peixe por mercrio, alguns especialistas recomendam que se evite o peixe-espada (que costuma conter a mais elevada concentrao de mercrio) durante a gestao e que no se consuma mais do que 250 gramas de atum ou de linguado (que tambm exibem concentl ao relativamente elevada) por semana. Evite tambm consumir peixes oriundos de guas muito contaminadas por rilicroorganismos - por lan~amento nelas de aua de esgoto, por exemplo.

Evite de um modo geral os alimentos preservados com nitratos e nitritos; salsichas, salame, carnes enlatadas, peixe~\ e carnes defumadas. Sempre que tiver a opo de escolher entre produto com corantes, aroma tizantes, conservantes e outros ingre dientes artificiais e um outro sem eles, d preferncia ao ltimo. Ao cozinhar no use aromatizantes ar tificiais. D preferncia s carnes e aves magras e remova a gordura e a pele visveis antes de cozinh-las, j que as subs tncias qumicas usadas para a sua criao tendem a se concentrar nessas partes do animal. No coma midos (fgado, rim etc.) com muita freqn cia, pelo mesmo motivo. Sempre que possvel , compre aves e carnes de animais criados por mtodo orgnico, sem hormnios ou antibiticos. As galinhas criadas com liberdade, que se alimentam espontaneamente, no s tm menor probabilidade de menor contaminao por tais substncias, como tambm tm menos chance de se rem portadoras de infeces como a salmonelose, por no serem criadas em galinheiros apinhados, que propi ciam a propagao de doenas. Como precauo, lave todas as suas frutas e legumes com detergente (o mesmo usado para lavar pratos) ime diatamente antes de us-los. Descasque-os, quando possvel, e certifique-se de enxagu-los completa mente. Raspe-os para remover resduos qumicos da superfcie, sobretudo quando o legume tiver um revestimento ceroso e adesivo (como pepinos e s vezes os tomates, as mas e as berinjelas). Cuidado com os produtos de npnrencia perfeita. As frutas, os legumes e

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as verduras que parecem embalsamadas, e muito imaculadas, podem perfeitamente ter sido protegidas por pesticidas nos campos. O produto menos bonito pode ser a aposta mais sadia. Compre produtos orgnicos sempre que possvel. So esses os que tm mais chance de estarem livres de todos os resduos qumicos. Os produtos transicionais podem ainda onter alguns resduos por contaminao do solo, mas devem ser mais seguros que os desenvolvidos por processo convencional. D preferncia portanto aos que foram tratados por processo orgnico. D preferncia aos produtos domsticos. Os produtos importados, e os alimentos feitos com tais produtos, podem conter nveis mais altos de pesticidas, em funo da legislao especfica do pas de origem. As bananas so aparentemente seguras, e esto virtualmente livres de pesticidas. Varie a dieta. A variedade no s assegura uma experincia gastiOnmica mais interessante e mais nutritiva, como tambm reduz a probabilidade de que a pessoa se exponha muito a qualquer substncia potencialmente txica. Alterne entre brcolis, couve e cenoura, por exemplo; entre melo, pssegos e morangos; entre salmo, atum e linguado; entre trigo, aveia e arroz. No seja fantica. Embora seja recomendvel procurar evitar os riscos tericos existentes nos alimentos, no o quando se leva uma vida estressada em fu no disso.

rtulos so feitos para Osajudar oanem sempreproduto. Atenconsumidor: servem mais para ajudar vender o o ao comprar, e aprenda a ler o que vem escrito em letrinhas midas, inclusive a lista dos ingredientes que o compem e a indicao do valor nutricional. A lista dos ingredientes vai lhe dizer, em ordem decrescente, exatamente de que feito o produto. Voc poder saber se o primeiro ingrediente num cereal acar ou se o gro integral. Vai ter tambm uma idia se o produto tem elevado teor de sal, de gorduras ou de aditivos. A indicao nutricional aparece j em muitos produtos comercializados e particularmente til para a gestante fazl!r a cC'nta das protenas e das calorias, ao dar os gramas das primeiras e o nmero das segundas por determinada quantidade do produto. No entanto, todo alimento com elevado teor de uma ampla variedade de nutrientes bom produto para se adquirir. Assim como importante ler as l