O QUE EU FUI TU ÉS, O QUE EU SOU TU SERÁS

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  • 7/29/2019 O QUE EU FUI TU S, O QUE EU SOU TU SERS

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    O QUE EU FUI TU S, O QUE EU SOU TU

    SERS

    Marco Bueno

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    O que eu fui tu s, o que eu sou tu sers. Este so os dizeres que se encontra na entrada do

    cemitrio da cidade onde moro.

    Esta frase representa muito bem a complexidade humana. No d para explicar o homem

    somente com a cincia fsica e biolgica, preciso de outros saberes para tentar fazer uma narrativa de tal

    grandeza.

    Por isso, e por sermos seres complexos, que devemos melhorar a forma que nos comunicamos.

    A frase inicial "o que eu fui tu s; o que eu sou, tu sers" representa a dubiedade comunicativa das

    pessoas. Se colocarmos esta expresso no sentido de que todo mundo vai morrer um dia, a frase torna-se

    afirmativa, dentro do que sabemos. Se colocarmos esta expresso no sentido de que somos todos iguais, a

    frase, torna-se falsa. Se colocarmos esta expresso no sentido de que seguimos tradies, a frase, torna-severdadeira. Se colocarmos esta expresso no sentido de que continuaremos seguindo tradies, a frase,

    torna-se duvidosa. Este o ponto.

    Percebe, como o que falamos depende do contexto que est senso abordado? No d para

    colocarmos o nosso conceito de transmitir e receber ideias dentro de um molde, aceit-lo como real, e o

    que pior, dar para o outro engolir como se fosse verdadeiro.

    Jesus Cristo veio a TERRA para dizer que as cousas funcionam desta maneira, mas quaseningum compreendeu o recado, pois estavam e continuam estando ocupados com a verdade. A verdade

    cega s vista com o ego.

    " Conforme pesquisas, o ego que o centro da personalidade de cada pessoa, tem por objetivo

    geral tentar adaptar a realidade do indivduo. O ego tem um mecanismo de defesa que impede que as

    informaes traumticas e inconscientes venham a tona, fazendo com que a pessoa tenha conhecimento

    do contedo dormente. De outro modo, o ego a parte central da conscincia - o somatrio de

    pensamentos, ideias, sentimentos, memrias e percepes. Diz Freud, que o ego "um pobre coitado",

    porque est reprimido entre trs escravides: os desejos insaciveis do id, a severidade repressiva do

    superego, e os perigos do mundo exterior.

    Sendo assim, por isso que, normalmente, estamos angustiados e em conflitos. O id, que

    funciona na plataforma inconsciente, contm os impulsos instintivos e imorais, e por serem insuportveis

    ao indivduo acabam sendo reprimidas. O superego, forma-se a partir do relacionamento com os

    genitores, no qual a criana, desde pequena vai assimilando ordens e proibies. Assim, na vida adulta o

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    superego toma uma posio moral, e comea se achar o bam-bam-bam do pedao, fazendo um papel de

    algoz, juiz, vigilante. Com isso, certo dizer que, por conter muitos elementos inconscientes (dormente) e

    derivados do passado, o superego pode gerar conflitos com os valores atuais do indivduo, levando-o ao

    desespero. Quanto aos perigos do exterior, a pessoa que, no se submeter ao mundo, ser destrudo por

    ele". (Consulte um profissional de psicologia para autenticao deste e do pargrafo anterior)

    Cabe ao ego adaptar a realidade do indivduo, tentando encontrar melhores caminhos para a

    angstia existencial provocado pelo prazer sem limites, e a realidade, com a sua imposio de valores

    externos e internos.

    Como v, no estamos numa luta de bem contra o mal, e muito menos numa guerra. Desde a

    poca do Cristo, h mais de dois mil anos, estamos em uma pegada de tentar compreender o que significa

    encontrar-se consigo mesmo. Somente a cincia, em especial, atravs da histria, da filosofia, da

    psicologia e da sociologia pode promover este encontro.

    Freud com as suas trs escravides, ajuda na compreenso do mecanismo que nos leva a

    angstia, desespero, conflitos e outros sofrimentos, que, na verdade, s servem para apontar o quanto

    estamos agindo errado, ou melhor, o quanto estamos equivocados naquilo que julgamos certo.

    Sem quiproc, vejo Friedrich Nietzsche como o maior psiclogo de todos os tempos, no que

    tange ao estudo da libertao do homem dele mesmo. Deveramos valorizar isso.

    Por falar em libertao do homem dele mesmo, fiz todo este discurso para falar sobre o maior

    instrumento de entretenimento e alienao que o homem inventou, e, que, de promotor de conhecimento e

    cultura no tem nada: a televiso.

    Desculpe os sabidos, os Phd's e os metidos a quem sabem, mas no d para falar de televiso

    como um veculo de propagao de conhecimento e cultura. No preciso Q.I acima da mdia para

    entender que a televiso um instrumento idealizador de ideias e informao. A televiso umaferramenta "monopolial" e a sua rede fruto de seu interesse. As emissoras com suas marcas so apenas

    mecanismos capitais de articulao. Nada mais.

    Ento no d para a televiso, usada a partir daqui como sistema mundial de comunicao, ficar

    tirando a favela. No porque a massa sua seguidora, significa que no h pessoas que entendam, sem

    querer infringir o direito de ser de cada um, que elas no deveriam ser manipuladas.

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    Estou falando aqui de briga de peixe grande. Que grupos, empresas e corporaes so

    verdadeiramente altrustas e quem no so? possvel ganhar dinheiro sem ferir a liberdade de ser e ter

    do outro. ? Ou necessrio ficar nessa masturbao mental da populao para que elas no deixem de

    atender seus interesses imundos de ter?

    Pau que se d em chico tem que d no francisco tambm. Tem que apanhar o branco e o negro.O pobre e o rico. O estudante e o preguioso. A polcia e o ladro. O que tem religio e o que no tem. O

    santo e o pecador. A vtima e o ru. O juiz e o algoz. A justia e a verdade. Perreia em todo mundo: desde

    o moribundo at a autoridade mxima.

    Ningum, mas ningum mesmo, pode estar sobre a lei.

    Tem gente que acha que pode, mas no pode usar a rdio, a televiso, os jornais, as revistas, os

    outdoors e a internet para fazer o seu serviinho de porco, e sair por a convencendo as pessoas aconsumir o que no podem e serem o que no so. E no adianta vir com escusas dizendo que todo

    indivduo tem o direito de pensar e fazer o que quiser, ou que essa a lei do comrcio.

    A felicidade alheia vale infraes, ouro, dinheiro, aes, iates, manso, carros, motos, mulheres

    e muita prevaricao. Para o pobre, idiota, ignorante e desavisado s resta comer o que cai da mesa de seu

    senhor, com a desculpa de que as coisas esto difceis para todo mundo. No est.

    A televiso tornou-se uma arma. E o alvo o pblico popular. A televiso, detentora da

    informao rpida, certeira, fatal, de m qualidade, de m educao plural, de socializao coerciva, de

    manipulao que distrai, que induz a concentrao naquilo que interessa, que anula os sentidos e aliena

    as conscincias atravs do ldico, mata pessoas em um dia mais do que qualquer outra guerra j fez em

    bilhes de anos.

    Mesmo com o lixo que a televiso hoje, a comunicao miditica faz parte de nossa vida, e

    direta ou indiretamente precisamos delas para viver. Contudo, a televiso no precisa continuar sendo dem qualidade. Podemos unir o necessrio ao agradvel. Para isso basta que ela proporcione experincias

    educativas em todos os momentos e situaes, e definitivamente, torne-se um lugar prazeroso e

    interessante de aprender.

    Marco Bueno

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