O QUE OCORRE NOS CIRCUITOS INTERNOS PLANO DE … · ORELHA-DE-MACACO enterolobium contortisiliquum...
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ARATICUM-DO-BREJOannona glabra
MANGUE-BRANCOlaguncularia racemosa
MANGUE-BRANCOlaguncularia racemosa
MANGUE-VERMELHOrizophora mangle
MULUNGUerythrina velutina
PAINEIRA-BRANCAchorisia glaziovii
ORELHA-DE-MACACOenterolobium contortisiliquum
árvoresforraçõesarbustos / herbáceas
PLANÍCIES FLÚVIO-MARINHA / SOLOS ÚMIDOS E ALAGÁVEIS
VEGETAÇÃO DE RESTINGA / SOLOS ARENOSOS
JENIPAPOgenipa americana
JOAZEIRO ziziphus joazeiro
TRAPIÁcrataeva trapia
OITICICAlicania rigida
PAU-JANGADAapeiba tiborbou
PAJEÚtriplaris gardneriana
GRAMA-SÃO-CARLOSaxonopus compressus
SAMAMBAIA-DO-MANGUEachrostium sp.
TABOAtypha domingensis
BROMÉLIAaechmea blanchetiana
BROMÉLIA-IMPERIALalcantarea imperialis
CROATÁbromelia plumieri
GRAVATÁaechmea aquilega
PEREIROaspidosperma pyrifolium
MURICIbyrsonima crassifolia
CUMARUamburana cearensis
PAU-FERRO-DA-PRAIAcochlospermum vitifolium
COCOLOBAcoccoloba uvifera
BABAÇUattalea speciosa
MACAÚBAacrocomia intumescens
CARNAÚBAcopernicia prunifera
BURITImauritia flexuosa
CATOLÉsyagrus cearensis
LICURIsyagrus coronata
CAPIM-DA-PRAIApaspalum vaginatum
SETE-SANGRIASheliotropium poliphyllum
ESPARTINAspartina ciliata
PLANÍCIE LACUSTRE E MATA DE TABULEIRO
SABIÁmimosa caesalpiniifolia
UMBUZEIROspondias tuberosa
BARRIGUDAcavanillesia arborea
SIRIGUELAspondias purpurea vitifolium
PAU-MOCÓ luetzelburgia auriculata
CAJUEIROanacardium occidentale
SANTO-AGOSTINHOstenotaphrum secundatum
VEDÉLIAsphagneticola trilobata
CAMARÁ-AMARELOlantana camara
MOLEQUE-DUROvarronia leucocephala
PACAVIRAheliconia psittacorum
ALAMANDA ROXAallamanda blanchetti
VEGETAÇÃO DE VIAS, PASSEIOS E CERCAMENTOS
PAU-BRANCOcordia oncocalyx
IPÊ-AMARELOtabebuia aurea
IPÊ-ROXOtabebuia avellanedae
IPÊ-BRANCOtabebuia roseo-alba vitifolium
CANAFÍSTULAsenna spectabilis
JUCÁcaesalpinia ferrea
PATA-DE-VACAbauhinia ungulata
IPOMEIA-ROXAipomoea purpurea
IPOMEIAipomoea asarifolia
GUAIMBÊphilodendron bipinnatifidum
LICURIsyagrus coronata
CHANANAturnera subulata
MACAMBIRAbromelia laciniosa
SUMARÉcyrtopodium glutiniferum
MANDACARUcereus jamacaru
PALMATÓRIA S/ ESPINHO opuntia ficus indica
COROA-DE-FRADEmelocactus zehntneli
XIQUE-XIQUEpilosocereus gounellei
BABOSAaloe vera
árvorespalmeirasforraçõesarbustos / herbáceas
árvorestrepadeirasforraçõesarbustos / herbáceas
Caminhos ao nível do solo;
01
Ilhas de repouso e encontros;
02
Passarelas pênseis, possibilitando a travessia do Rio Cocó;
04
Passarelas suspensas pelas árvores de grande porte;
05
Interseção das trilhas, denominadas de Nós;
03
árvoresforraçõesarbustos / herbáceas
PLANO DE VEGETAÇÃOContendo diversas espécies de vida animal e vegetal endêmicas e ameaçadas, o Rio Cocó pode ser considerado como uma das heranças mais importantes de Fortaleza do ponto de vista cultural e ecológico. Além da importância no que se refere à biodiversidade, celeiro para várias espécies que utilizam sua área para reprodução, o Parque do Cocó também funciona como bacia protetora, prevenindo enchentes durante tempos de fortes chuvas e também como agente promotor de melhorias na qualidade do ar na cidade, visto que a vegetação consome gás carbônico, produz oxigênio e gera zonas sombreadas. O fenômeno climático da ilha de calor, bastante presente em Fortaleza, pode ser combatido com distribuição eficiente de massa vegetal, não apenas de modo concentrado, mas também permeando em passeios e em canteiros centrais de vias. O ar embaixo da copa de uma árvore pode chegar a ser de 6ºC mais frio do que quando comparado a um espaço aberto sem cobertura. Então, diante das características climáticas de Fortaleza, o espaço público deve estar repleto de vegetação, com árvores ao decorrer dos passeios, tornando mais agradável a experiência de se percorrer os espaços livres da cidade. O projeto segue essa linha de pensamento e estabelece um plano de vegetação adequado ao contexto local, com o intuito de oferecer às áreas de intervenção uma ampla presença de vegetação, visando promover um maior equilíbrio entre espaço construído e espaço natural no ambiente urbano de Fortaleza.
Porém, ao analisar as espécies vegetais presentes no cenário local, notou-se grande presença de vegetação exótica. A competição entre as espécies exóticas, que configuram a maior parte da flora urbana, e as espécies nativas gera um enfraquecimento da biodiversidade no ambiente urbano, pois muitas das espécies exóticas são invasoras. A rápida disseminação dessas espécies no território urbano reduz as chances de fortalecimento da flora nativa do Ceará, enquanto muitas espécies animais possuem hábitos relacionados às espécies vegetais nativas da região. Então, a proliferação das espécies vegetais exóticas também promove um desequilíbrio aos ecossistemas locais. Portanto, a retirada de espécies vegetais exóticas invasoras e a substituição por espécies nativas da região pode ser entendida como uma importante e necessária medida de remanejamento dos ecossistemas e biomas locais. A Lei nº 16.002 expressa bem este ponto no seguinte trecho:
Art. 2º - Como diretriz da Política Florestal do Estado do Ceará, será dada ênfase à substituição gradativa das espécies vegetais exóticas invasoras por espécies nativas, de acordo com a tipologia vegetacional de cada ecossistema do Estado do Ceará.
Considerando os pontos levantados, o plano de vegetação foi estruturado de acordo com levantamento realizado pela equipe acerca das unidades geoambientais de Fortaleza, fazendo-se o recorte do entorno da área do Parque do Cocó. As espécies foram categorizadas entre árvores, palmeiras, arbustos /herbáceas, trepadeiras e forrações. A distribuição geográfica do plantio foi estabelecida de acordo com o tipo de região natural, visando inserir as espécies em seus hábitats naturais. Dessa forma, a garantia de desenvolvimento e disseminação da vegetação de interesse se torna mais forte, aumentando o fator de sustentabilidade ambiental.
Também deve-se considerar que, para além das ações institucionais sobre o remanejo dos espaços naturais, a apropriação social desses conceitos torna-se imprescindível na promoção de um cenário urbano mais rico e biodiverso, tornando ainda mais importante o Parque do Cocó, como espaço promotor de educação socioambiental e de transformação espacial.
Ao longo dos caminhos que permitirão o reencontro das pessoas com o que há de mais essencial no parque, diversificados são os convites para experienciá-lo. A maior parte dos circuitos ocorre ao nível do solo, seguindo a lógica das trilhas que, atualmente, já existem no parque. O contato visual com os diferentes espéci-mes de fauna e flora que habitam o Cocó e o sentir-se “envolvi-do” por estes, à medida que se percorre os circuitos internos, estimula uma forte apropriação afetiva entre população e parque. Permitindo-se o conhecimento, fomenta-se o cuidado.
Em determinados pontos, os caminhos são interceptados por ilhas de repouso. Estas representam locais de estadia, de contemplação, de trocas e encontros. São guarnecidas com diversos tipos de peças de mobiliário, criados a partir da mesma madeira que reveste o piso, nesses momentos. O parque permanece sendo o protagonista, uma vez que as intervenções físicas mantêm forte relação material com ele e que o mobiliário está posicionados perpendicularmente aos caminhos, propician-do novas experiências contemplativas.
Quando os caminhos se interceptam, temos os nós. Nestes, além de mobiliário e banheiros, contamos com uma coberta, destinada a ocorrência de eventos dos mais variados. Um encon-tro de amigos, uma festa de aniversário, o lançamento de um livro, uma feira de produtos artesanais; são múltiplas as possibi-lidades de ocupação desse espaço, que se materializa com um suporte estrutural em aço corten e é coberto por réguas de eucalipto, espaçadas a distâncias diversas. O nó conta também com uma torre de observação, também no aço corten e madeira, permitindo a experiência visual a outros níveis. Quando dois nós margeiam o rio, estrutura-se entre suas duas torres de obser-vação uma ponte pênsil, possibilitando a travessia.
Por último, os caminhos contam, em momentos determinados, com a presença de passarelas rampadas, atirantadas nos tron-cos de árvores de grande porte. A experiência central aqui é o caminhar entre as copas das árvores de forma gradativa.
BUGANVÍLIAbougainvillea spectabilis
CLÚSIAclusia fluminensis
O QUE OCORRE NOS CIRCUITOS INTERNOS
vista do rio cocó a partir de uma das pontes pênsil propostas
perspectiva da estrutura coberta presente nos nós
ilha de repouso ao longo dos caminho