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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA Departamento de Psicologia Social e Institucional ANAIS DO IX – Mostra de Painéis dos Estagiários de Psicologia Escolar e Psicologia Organizacional e do Trabalho V Encontro do Departamento de Psicologia Social Período: 23/11 a 01/12 de 2006

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA

Departamento de Psicologia Social e Institucional

ANAIS DO

IX – Mostra de Painéis dos Estagiários de Psicologia Escolar e Psicologia Organizacional e do Trabalho

V Encontro do Departamento de Psicologia Social

Período: 23/11 a 01/12 de 2006

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ANAIS DO

IX – Mostra de Painéis dos Estagiários de Psicologia Escolar e Psicologia Organizacional e do Trabalho

V Encontro do Departamento de Psicologia Social

Tema:

“Atuação do Psicólogo nas Instituições: Possibilidades e responsabilidades”.

O seminário tinha como objetivo:

1 – Discutir a prática dos Psicólogos nas instituições. 2 – Divulgar os trabalhos práticos desenvolvidos pelos alunos do curso de Psicologia, realizados durante o ano de 2006, pelos estágios e disciplinas de graduação e pós-graduação oferecidas pelo Departamento de Psicologia Social e Institucional. 3 - Propiciar aos discentes do Curso de Psicologia, o seu desenvolvimento integral através da oportunidade de apresentar, analisar e debater os trabalhos possíveis em instituições.

Programação:

Dia 23/11/2006(Quinta-Feira) Das 8 às 9 h. - Recepção e inscrição dos participantes Das 9 às 12 h. - Apresentação de trabalhos Dia 24/11/2006 (Sexta-Feira) Das 8 às 9 h. - Montagem e Exposição de Painéis de Psicologia Escolar (estágios), Das 9 às 12 h. - Apresentação de trabalhos Dia 30/11/2006 (Quinta-Feira) Das 8 às 9 h - Montagem e Exposição de Painéis de Psicologia Organizacional (estágios), Das 9 às 12 h. - Apresentação de trabalhos Dia 01/12/2006 (Sexta-Feira) Das 8h. 30min. às 11 h. - Apresentação de trabalhos Das 11 às 12 h. - Avaliação e encerramento do evento

Coordenação: Prof. Sebastião Ovídio Gonçalves

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R E S U M O S

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PAINÉIS EM PSICOLOGIA ESCOLAR

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Londrina - de 23/11 a 01/12 de 2006 1. A estimulação psico-educacional em crianças de até 2 anos: Uma experiência na

Creche Infantil da UEL Lopes, Juliana Meleiro; Silva, Lívia Maria Ferreira; Palma, Wânia Therezinha Alfieri A educação infantil, que abrange alunos desde o maternal até o final do pré-primário, tem importância fundamental no desenvolvimento das crianças. Dentre os principais objetivos da escola nesta fase, está a procura de uma ação conjunta com a família, que propicie a colaboração entre ambas as partes. Embasado nestas necessidades, as propostas curriculares trazidas pela administração escolar para a Educação Infantil trazem em seu bojo o objetivo principal de favorecer o desenvolvimento através de um ambiente rico em estimulação, considerando não somente aspectos materiais como brinquedos ou paredes coloridas, mas também a estimulação característica da própria interação entre criança e adulto.o presente trabalho teve como objetivo analisar o funcionamento da área estudada e implantar medidas efetivas de estimulação psico-educacional com as crianças envolvidas. Apesar de todas as dificuldades encontradas ao longo da realização deste trabalho, pode-se concluir que o trabalho foi de grande valia, pois ensinou diferentes técnicas e estratégias a serem utilizadas pelas educadoras, a fim de favorecer a estimulação psico-educacional das crianças e de ajudar as educadoras a desenvolver um trabalho menos cansativo e estressante. Além disso, com a coleta de dados possibilitou-se diagnosticar diferentes demandas a serem trabalhadas na instituição. Propõe-se a continuidade do projeto para o próximo ano. Palavras-chave: educação infantil, estimulação psico-educacional, técnicas.

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Londrina - de 23/11 a 01/12 de 2006 2. O lúdico com idosos institucionalizados Diniz, Livia Cristina; Travagin, Maíra Bernardino; Orlandi, Mariana Valério; Murate, Tatiana Akemi; Souza, Thaís Maria Pimenta; Ronco, Valéria; Valle, Maria Cristina Carreira A ludicidade tem um papel preponderante em todas as fases do desenvolvimento. Especialmente na terceira idade, fase de perdas significativas, o lúdico se mostra essencial para uma melhor qualidade de vida. Com o brincar, há uma aproximação entre as pessoas, aumentando as interações e o convívio entre elas. Através deste trabalho, buscou-se melhorar a qualidade de vida dos idosos do asilo São Vicente de Paulo, da cidade de Londrina, por alterações na rotina dos mesmos, buscando estratégias para o desenvolvimento de atividades lúdicas. Para isso, procurou-se conhecer a realidade dos idosos, através de visitas, observações, conversas com funcionários, com os moradores. Após este momento, foi proposta uma intervenção, que aconteceu em um sábado do mês de novembro de 2006 no período da tarde. Foram oferecidas atividades como oficina de pintura, confecção de móbiles com sucata, jogo de boliche. Primeiramente, houve a apresentação de dois malabaristas, durante um lanche oferecido por alunos de uma outra universidade, que também estavam realizando atividades com os avôs naquele dia. Depois, os avôs começaram a participar das oficinas. A mais procurada foi a de pintura. Houve pouco manuseio de sucata, pois esta estava distribuída no chão e os avôs não possuíam condições físicas para trabalharem desta forma. Em todas as atividades, foi indispensável a presença das pesquisadoras, auxiliando e motivando os avôs, chamando e elogiando-os. As atividades realizadas corroboraram a teoria, pois tiveram um efeito facilitador do processo de humanização, possibilitando o desenvolvimento dos idosos, uma maior interação entre eles e melhoria no ambiente, tanto que alguns avôs resolveram fazer uma apresentação musical, tocando instrumentos e dançando, inclusive com as pesquisadoras. Ao término das atividades, ficou nítido que o dia lúdico foi satisfatório, pois os avôs ocuparam seu tempo de maneira diversificada, com atividades que lhe deram prazer. Apesar de alguns imprevistos, a pesquisa foi satisfatória. Pôde-se perceber que muitas atividades são iniciadas no asilo, porém depois de algum tempo, são interrompidas. Com isso, podem aparecer dificuldades no estabelecimento de vínculo com os avôs. Houve uma preocupação na presente pesquisa de começar e terminar a atividade. Entretanto, sugere-se que uma intervenção deste tipo possa ocorrer ao longo do ano todo. Palavras-chave: desenvolvimento, ludicidade, terceira idade.

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Londrina - de 23/11 a 01/12 de 2006 3. GTPAÊ: uma devolutiva psicanalítica. Borges, Pedro Amado; Ferreira, Solange Leme À partir da experiência clínica em laboratórios semanais de 4 horas com um Grupo de Teatro para Atores Especiais(GTPAÊ), alguns fatores notáveis necessitam análise. A constatação é de que seu desenvolvimento intelectivo sofre uma desaceleração durante a fase nominada por Freud de latência. Durante o período em que as pessoas ditas normais elaboram seus conteúdos e passam da relação fálica à fase edípica, os portadores de sindrome de down, por sua condição limitante a raciocínios quase sempre concretos, aparentemente “elaboram” a transição à fase edípica diferentemente. Suas proposições afetivas são concretas, e por isso diretas. Os integrantes do grupo de teatro apresentaram momentos de afetividade intensa e objeções instintuais naturais em pessoas de suas idades, contudo de formas diretas e, aparentemente, despossuídas de pré-conceitos ou viesses edípicos, mostrando uma sexualidade somente fálica e específica com seus pares, quando os tinham. O fator principal reside no fato destes indivíduos apresentarem, em muitas situações, autonomia e desenvoltura em lidar com conteúdos e proposições que exigiam maturidade. Apesar de apresentar seus conteúdos de forma concreta, percebem e lidam razoavelmente com suas afetividades, revelando um desenvolvimento afetivo que não possuiu desacelerações, a despeito de seu déficit intelectivo. Sua economia afetiva parece não ser tão afetada pela falta de relações entre seus símbolos. Enquanto por um lado não conseguem expressar em conteúdos carregados de significados, por outro, os significados evidenciados apresentaram uma contiguidade sentimental direta e, quase sempre, muito nítida. Fator que parece implementar consideravelmente sua auto-estima, capacitando-os a lidar satisfatoriamente com suas questões afetivo-sexuais. Contudo, os conteúdos parentais aparecem com grande frequência, as relações sentimentais apresentam-se permeadas por valores familiares, apesar de a influência do grupo pesar bastante. Ainda assim, lidam com seus conflitos e elaborações normalmente, não apresentando dificuldades anormais quanto à parte afetiva, destoando consideravelmente da sua capacidade de abstrair, e evidenciando uma grande capacidade de trabalhar seus conteúdos por vias concretas, mas satisfatórias. Palavras chave: GTPAÊ, “devolutiva psicanalítica”, “Sindrome de Down”

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Londrina - de 23/11 a 01/12 de 2006 4. Brincando no hospital: o lúdico como estratégia para o desenvolvimento e bem-estar da criança Shmitz, Adriana; Simoes, Ana Carolina; Paula, Loredana; Mendonça, Mônica; Melatti, Muriel; palma, Wânia Therezinha Alfieri; Tanaka, Eliza Dieko Oshiro O presente trabalho foi desenvolvido na brinquedoteca e no setor de pediatria do Hospital Universitário Norte do Paraná. Teve como objetivos: a) possibilitar reflexões sobre a importância do brincar; b) propiciar à criança hospitalizada um espaço lúdico para amenizar o sofrimento decorrente da doença e da internação e, com isso, contribuir no seu desenvolvimento; c) incentivar a interação pais e filhos contribuindo para o fortalecimento do vínculo afetivo entre eles; d) divulgar informações a pais e profissionais sobre o papel do brincar no desenvolvimento infantil; e) implantar uma brinquedoteca hospitalar. O trabalho foi realizado em dois segmentos: implantação da brinquedoteca e a mediação do brincar junto às crianças. O espaço físico e os brinquedos foram organizados de maneira a permitir o livre acesso das crianças nesse local. Também, o seu funcionamento foi normatizado, para pautar as ações dos profissionais e dos freqüentadores sobre o uso adequado do espaço. Observou-se que os comportamentos de birra, choro e agressividade diminuíam de freqüência quando a atividade lúdica era inserida, o que leva a concluir que os procedimentos de mediação ajudam a melhorar a qualidade da interação entre pais e crianças, amenizando o sofrimento causado pela doença e internação. Contudo, é difícil obter dados sistematizados sobre os efeitos dessa mediação, pois a rotatividade dessa população no ambiente hospitalar é muito grande, dificultando o seu acompanhamento. Porém, pode-se dizer que o reconhecimento demonstrado e verbalizado pela equipe, acompanhantes e crianças, que já assimilaram a atividade na rotina da unidade, pode ser considerado um bom indicador para os resultados positivos deste trabalho. Pode-se constatar um desconhecimento, tanto dos pais quantos dos profissionais, sobre as necessidade lúdicas da criança nas diferentes etapas do seu desenvolvimento, e também da importância do brincar, o que pode dificultar a estimulação adequada das crianças. Assim, elaborou-se manuais informativos sobre a temática para ambas as populações. Dentro do ambiente hospitalar, além de a criança ser imposta a uma série de restrições é, também, afastada de seu ambiente natural, o que pode interferir no seu desenvolvimento. Nesse ambiente, a necessidade do brincar não desaparece, ao contrário, torna-se ainda maior, pois poderá ser o suporte para a criança superar as adversidades impostas pelo contexto hospitalar. Para que a atividade lúdica auxilie a criança em todas as etapas da internação e dos procedimentos médicos, sugere-se a integração de outras áreas do conhecimento, como enfermagem e medicina, à equipe da brinquedoteca. Palavras-chave: brincar, ambiente hospitalar, desenvolvimento infantil.

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Londrina - de 23/11 a 01/12 de 2006 5. Ludotecas Hospitalares: capacitação de voluntários Lollato, Marcela Pisa; Shigaeff, Nádia; Kemmer, Tallita; Hobold, Patrícia; Merlin, Íria Aparecida Stahl; Palma, Wânia Therezinha Alfieri O brincar é uma necessidade humana e proporciona a integração do indivíduo com o ambiente, sendo considerado como meio de expressão e de aprendizado. Brincar é importante porque é uma atividade que oferece a oportunidade de desenvolvimento de maneira prazerosa, possibilitando a experimentação (papéis), a invenção e a descoberta. Quando brinca, a criança se exercita e desenvolve habilidades motoras, além disso, a atividade de brincar é fundamental à saúde física, intelectual e afetiva. No hospital, o brincar é uma estratégia para a redução do stress, induzido pela hospitalização, favorecendo uma adaptação positiva e auxiliando na recuperação da criança. Atualmente está em vigor a lei nº 11.104 de 25 de Março de 2005, que obriga as instituições, que mantém crianças internadas, à oferecerem um espaço específico direcionado a promoção do brincar no hospital. Sendo assim, o presente estudo objetivou conscientizar a população dos hospitais sobre essa lei, auxiliando-os na implantação ou organização e manutenção de ludotecas hospitalares. Participaram do estudo 7 hospitais da cidade de Londrina (PR), sendo estes da rede pública e privada de saúde. Foi utilizado um instrumento de coleta de dados, elaborado pelas colaboradoras do projeto, que consistia num questionário semi-estruturado, além da realização de diagnósticos situacionais. Foram entrevistados membros das equipes de saúde das unidades pediátricas, além de pais de crianças que estavam internadas. A intervenção foi realizada com 10 voluntários da ONG responsável pela ludoteca de um dos hospitais, já que as demais instituições entraram em greve ou alegaram falta de verba, espaço e profissionais que pudessem ficar responsáveis pela ludoteca, impossibilitando a continuidade do trabalho nestas. Foi ministrado um curso de capacitação de voluntários para atuar em ludotecas hospitalares. Dessa forma, através de um programa educativo, pode se prepará-los para organizar, limpar e manter o espaço da ludoteca adequadamente, além da realização de oficinas em que se ensinou sobre a importância do brincar e estratégias lúdicas para crianças, adolescentes e jovens adultos. Com base nos dados coletados, identificou-se que muitos voluntários sentem-se despreparados para trabalhar no ambiente hospitalar, relatando sentimentos de desorientação, dúvida, culpa em não satisfazer as vontades da criança, ou ainda sobre como brincar com elas. Percebeu-se também que os voluntários encontravam-se desorganizados, desmotivados e perdendo a identidade do papel do voluntário e até mesmo da ONG em si. Através da orientação feita, observou-se uma significativa melhora, sendo que os voluntários passaram a relatar sentimentos como maior segurança, sensação de capacidade, realização e motivação para colocarem em prática as idéias de melhoria do serviço. Diante do exposto, vê-se a necessidade da continuidade do projeto, abrangendo um maior número de instituições, favorecendo melhores condições no atendimento e internação de crianças. Palavras-chave: ludoteca, hospital, brincar, voluntário.

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Londrina - de 23/11 a 01/12 de 2006 6. Avaliação e intervenção em distúrbios de aprendizagem Freitas, Lívia Ignácio; Furtado, Laís D’Angelis; Liduário, Maria Rosa Marques; Silva, Kamila Alves; Pestun, Magda Solange Vanzo Distúrbios ou transtornos de aprendizagem são considerados como uma perturbação no desenvolvimento dos processos da fala, linguagem, leitura, escrita, matemática ou outros conteúdos acadêmicos. São de origem constitucional, não relacionados a retardo mental, privação sensorial, fatores culturais ou metodologia de ensino. Entre os principais distúrbios ou transtornos tem-se: distúrbio de leitura e escrita; distúrbio de expressão escrita; distúrbio de matemática; e distúrbio do hemisfério direito. Além destes, pode-se citar o distúrbio de déficit de atenção e hiperatividade, como um distúrbio que compromete a aprendizagem. O presente trabalho teve como objetivos realizar avaliação e intervenção neuropsicopedagógica com crianças encaminhadas ao Núcleo de Psicologia Clínica da Universidade Estadual de Londrina, bem como orientar pais e escolas quanto às dificuldades apresentadas e formas de lidar com as mesmas. Foram assistidos um total de 16 sujeitos. Destes, 6 realizaram avaliação, sendo que 4 iniciaram o processo de intervenção e os outros 2 foram encaminhados para acompanhamento fonoaudiológico e/ou medicamentoso. Os demais sujeitos (10) continuaram o processo de intervenção iniciado em anos anteriores. Os sujeitos eram assistidos semanalmente, em sessões de cinqüenta minutos de duração, nas quais utilizava-se instrumentos e materiais neuropsicopedagógicos, de acordo com as dificuldades apresentadas. Dos 14 sujeitos que participaram do processo interventivo, 3 sujeitos evoluíram significativamente em relação às dificuldades apresentadas no início da intervenção e receberam alta; 1 sujeito foi desligado do programa de atendimento devido ao não comprometimento com o trabalho proposto; e 10 sujeitos continuarão em intervenção, pois apesar de melhoras apresentadas, ainda necessitam de auxílio para o desenvolvimento de habilidades ainda não adquiridas. Conforme o exposto acima, verificou-se que o presente trabalho, em linhas gerais, buscou respeitar as individualidades de cada criança, de forma a ajudá-las na diminuição e/ou superação de uma ou mais de suas dificuldades. Além disso, o trabalho contribuiu para a formação acadêmica das próprias estagiárias, pois permitiu o contato com as crianças atendidas, suas famílias, escolas e com o trabalho de profissionais de áreas afins. Palavras-chave: distúrbios ou transtornos de aprendizagem; avaliação neuropsicopedagógica; intervenção.

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Londrina - de 23/11 a 01/12 de 2006 7. A criação de um espaço lúdico para crianças temporariamente abrigadas Boamorte, Joyce Borges; Gomes, Vivian Carrer; Souza, Lorena Pinto; Chaves, Sonia Maria Moretti O estágio foi desenvolvido na Casa Abrigo Canto de Dália (CD) que é uma extensão do Centro de Atendimento a Mulher (CAM), situada no município de Londrina, que abriga mulheres em situação de violência doméstica e seus filhos menores de 18 anos. O trabalho foi realizado com as crianças, e teve como objetivo, proporcionar um espaço lúdico que estimulasse o desenvolvimento motor, cognitivo, social e psicológico, além de auxiliá-las na adaptação ao contexto institucional. Este trabalho fez-se necessário devido à importância de amenizar o sofrimento causado pela situação de institucionalização e violência a que foram submetidas. A intervenção foi realizada em duas etapas. A primeira delas envolveu a catalogação dos brinquedos e livros que existiam na Casa Abrigo, assim como a observação participante da dinâmica institucional. A segunda etapa ocorreu a partir dos aspectos observados, o que possibilitou o planejamento e execução de oficinas lúdicas que trabalhavam vários aspectos do desenvolvimento infantil. As crianças participavam das atividades, interagindo com as estagiárias e entre si, expressando sua subjetividade. De um modo geral, os dados mostraram que o brincar constitui-se de fato num recurso viável e adequado para o enfrentamento da institucionalização infantil, além de estimular o desenvolvimento psicomotor e poderia ser melhor aproveitado se a criança encontrasse apoio nas ações institucionais que viabilizassem e disponibilizassem recursos humanos e materiais para este fim, percebeu-se também, através deste trabalho que a brincadeira é um instrumento que a criança utiliza para elaborar seus conflitos e desenvolver-se de modo mais integrado e saudável. Palavras Chave: criança, espaço lúdico, psicologia escolar.

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Londrina - de 23/11 a 01/12 de 2006 8. Dificuldades e distúrbios de aprendizagem: intervenção, orientação e aprimoramento Bernardino, Virgínia Maria; Morais, Letícia Peixoto; Paula, Juliana Barboza Caetano; Rocha, Renata Cristina Alves; Pestun, Magda Solange Vanzo As dificuldades para a aprendizagem encontram-se presentes na realidade infantil dentro dos contextos escolares, tornando relevantes pesquisas e intervenções nessa área. Elas se caracterizam como fatores extrínsecos ao desenvolvimento infantil e, se adequadamente tratadas poderão ter caráter transitório. As dificuldades estão relacionadas, de forma geral, a aspectos decorrentes de metodologia inadequada, de padrões de exigências da escola, de falta de assiduidade do aluno e de conflitos familiares. Os distúrbios de aprendizagem se caracterizam como dificuldades persistentes ao longo da vida da criança devido a um prejuízo funcional no processo de desenvolvimento, como: distúrbio específico de leitura e escrita (Dislexia); distúrbio específico de expressão escrita; distúrbio específico de matemática e transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH). O trabalho teve como objetivos avaliar e intervir com crianças que apresentam dificuldade ou distúrbios de aprendizagem, que foram encaminhadas para serem assistidas no projeto de “Dificuldades de Aprendizagem” da Universidade Estadual de Londrina; orientar famílias e equipes pedagógicas das crianças assistidas no Núcleo de Psicologia da Universidade Estadual de Londrina; elaborar laudos técnicos e aprimorar conhecimento teórico-prático por meio de discussão em grupo de estudos. Foram atendidas 17 crianças em avaliação e intervenção com idades de 08 a 15 anos, cursando de 2ª a 7ª séries. As avaliações e intervenções foram realizadas no Núcleo de Psicologia Clínica da Universidade Estadual de Londrina e, eventualmente, nas escolas. Foram utilizados testes neurológicos, psicológicos e pedagógicos durante as avaliações. Livros específicos e outros materiais fizeram parte dos processos de intervenção. As intervenções foram realizadas de acordo com a necessidade de cada caso, visando a superação dos déficits apresentados, com desenvolvimento de habilidades relativas ao processo de aprendizagem. Das 17 crianças, quatro passaram pelo processo de avaliação. Três delas foram encaminhadas para intervenção psicopedagógica e uma para sala especial. As demais crianças, que foram submetidas à intervenção, apresentaram melhora em habilidades de autocorreção e escrita, seguidas por leitura e atenção, evidenciando a efetividade dos materiais utilizados para a maioria dos sujeitos. Nos trabalhos de avaliação e intervenção especializada em distúrbios de aprendizagem são importantes o trabalho multidisciplinar e a participação da família. Através do trabalho realizado, percebeu-se que as crianças podem superar algumas de suas dificuldades quando auxiliadas adequadamente. Palavras-chave: distúrbios de aprendizagem, avaliação, intervenção.

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Londrina - de 23/11 a 01/12 de 2006 9. Expressividade Emocional e Deficiência Mental: uma relação a ser considerada Rocha, Amanda Soares; Polycarpo, Ana Cristina; Menezes, Camila Carmo; Souza, Cristiane Ribeiro; Borges, Pedro Amado; Ferreira, Solange Leme O contexto grupal pode favorecer o desenvolvimento pessoal, porque oportuniza o relacionamento com pessoas diferentes e promove habilidades como lidar com diferenças e similaridades pessoais, oferecer ajuda, dar e receber feedback, liderar e ser liderado, receber indicativos sobre o impacto de seus comportamentos aos demais, bem como solucionar problemas e enfrentar situações estressantes. Um Grupo de Teatro, em especifico, pode ser um instrumento eficaz na compreensão e na busca de soluções para problemas sociais e interpessoais. O grupo de teatro com deficientes mentais adquire uma maior importância visto que, devido a suas condições diferenciadas, estes são privados de contatos sociais e sofrem com o descrédito da sociedade, o que prejudica a aprendizagem de comportamentos favoráveis às interações sociais. Ele pode também proporcionar situações de ensaio e erro, que resulta em uma maior probabilidade de lidar habilmente com as frustrações, permitindo um espaço para a discussão de assuntos pessoais, que raramente são discutidos em outros ambientes, como sexualidade, namoro e casamento. O presente trabalho realizou, em laboratórios de teatro, o treino de habilidades sociais assertivas e de expressão de sentimentos positivos em pessoas com deficiência mental. Habilidades Sociais possibilitam lidar adequadamente com as demandas dos diferentes contextos de interação, para manutenção de relacionamentos satisfatórios e duradouros, além de proporcionar bem-estar emocional e, assim, qualidade de vida. Utilizou-se do espaço oferecido pelo laboratório de teatro para a realização de role playing, vivências, dinâmicas e debates, com a finalidade de treinar as habilidades sociais nos deficientes mentais. Pode ser observada a aprendizagem de comportamentos socialmente habilidosos por alguns membros do grupo, pertencentes às duas classes acima citadas. Este espaço proporcionou ao grupo de deficientes mentais uma oportunidade para se expressarem. A aceitação da atividade pelo grupo deu indícios de quanto os deficientes mentais podem estar privados de contingências que favoreçam sua expressividade emocional. A aquisição de comportamentos socialmente habilidosos favorece o sucesso nas relações interpessoais, podendo contribuir para a desmistificação de que a deficiência mental necessariamente acarreta incompetência no desempenho social das pessoas nesta condição. Palavras chave: deficiência mental, habilidades sociais e expressão de sentimentos

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Londrina - de 23/11 a 01/12 de 2006 10. A criança e o lúdico Soeiro, A.C.; Fantim, A.C.; Aguiar, B.M.; Ognebene, B.S.; Nascimento, L.M.; Carvalho, T.A.; Salton, V. A.; Domingues, W.J.; Valle, M.C.C. O presente trabalho refere-se ao estágio curricular de Psicologia Escolar realizado no Programa Ludoteca – UEL pelos alunos do 5º ano do curso de Psicologia da Universidade Estadual de Londrina. Tem como objetivo possibilitar a mediação crianças-estagiários em um espaço lúdico para as crianças que o programa atende por meio do processo de mediação entre estagiários da Psicologia e as crianças. A população alvo englobou filhos de funcionários e alunos do Colégio Aplicação com faixa etária de 4 a 10 anos. Os alunos foram supervisionados durante todo o período de estágio por um docente do curso. Para isso, foram utilizadas jogos e brincadeiras pertencentes à Ludoteca e também algumas atividades programadas dirigidas às crianças, um trabalho de assessoramento multidisciplinar com os estagiários, uma proposta de reestruturação e avaliação do espaço físico. Os resultados obtidos na mediação foram verificados em situações específicas durante o brincar, percebendo-se algumas adesões às orientações propostas pelos estagiários, uma vez que foram observadas alterações imediatas no comportamento das crianças. Porém, mudanças mais efetivas não puderam ser constatadas devido a falta permanente de contato com as crianças. A proposta de reestruturação do espaço físico não foi concretizada pelos estagiários de Psicologia por questões administrativas da Ludoteca, mas sim pela coordenação da mesma. A avaliação destas mudanças se deu por meio de entrevistas dirigidas às crianças e pode-se concluir que houve uma adaptação por parte delas às freqüentes alterações. Porém, por observação dos estagiários pareceu que tais mudanças influenciaram nos andamentos das atividades realizadas. No que se refere atividades programadas verificou-se que as crianças aderiram a elas de uma forma menor do que a esperada e isso se deu devido a quantidade de tempo reservado para essa atividade, que era de apenas uma hora, em quanto que o resto do tempo era voltado para atividades livres. Em relação à participação no assessoramento o interesse dos estagiários não foi despertado devido à maneira como as reuniões foram conduzidas e à forma inadequada de exploração dos temas abordados. Apesar de dificuldades encontradas o estágio contribui de certa forma para que os estagiários pudessem vivenciar de perto o mundo tão rico que é o mundo infantil. Palavras-chave: mediação, lúdico, psicologia.

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Londrina - de 23/11 a 01/12 de 2006 11. Diagnóstico e intervenção em neuropsicopedagogia: distúrbios de aprendizagem Ribeiro, Fernado M.; Becker, Rodrigo M.; Pestun, Magda Solange Vanzo O comportamento humano está intimamente ligado às funções cerebrais. O cérebro possui áreas específicas para diversas habilidades cognitivas, de forma que alterações nestas áreas, por condições genéticas ou ambientais, podem provocar distúrbios na aprendizagem escolar. Dificuldades para a aprendizagem podem ser de problemas metodológicos, familiares, ou intrínsecos à criança, sendo o último, o único considerado distúrbio de aprendizagem, a despeito da ausência de problemas sensoriais, QI normal, estruturas familiar e educacional adequadas. Distúrbios de leitura estão relacionados com o processamento fonológico sendo a dislexia o distúrbio de leitura mais comum. Dentre os distúrbios da linguagem escrita, destacam-se a disortografia, a disgrafia e dificuldades na produção textual. Distúrbio de aprendizagem da matemática é chamado discalculia, que pode ser caracterizada por procedimentos ou concepções incorretas na resolução de cálculos matemáticos. O distúrbio de déficit de atenção/hiperatividade não é considerado um distúrbio de aprendizagem, mas pode alterar o aprendizado, sendo a capacidade de manutenção da atenção a principal habilidade afetada. Os objetivos foram estudar e compreender os distúrbios de aprendizagem na infância em seus aspectos biológicos, cognitivos, emocionais e funcionais, e desenvolver habilidades e técnicas para diagnosticar, intervir e orientar pais e professores. Foram realizados três diagnósticos e quatro intervenções, junto ao núcleo de Psicologia Clínica da UEL. O diagnóstico envolve testes com a criança, entrevista com os pais e questionário escolar. A intervenção se dá por sessões individuais, uma vez por semana, onde se trabalha a consciência fonológica, processos de compreensão de leitura, raciocínio lógico, memória etc. Os diagnósticos apontaram em dois casos para DDAH, encaminhados para atendimento na UEL, e um caso para atraso no desenvolvimento neuropsicomotor, encaminhado para Classe Especial de Condutas Típicas. Nos casos em intervenção observou-se com freqüência erros de ortografia, estruturação de frases, semânticos e sintáticos. Com a intervenção em compreensão de leitura, observou-se uma melhora significativa em termos de fluência, competência e compreensão, além do desenvolvimento da consciência fonológica. Também possibilitou aos clientes a elaboração e sedimentação de diferentes estratégias na resolução de problemas. Houve uma melhora nas atividades escolares formais, na organização do tempo, rotina, motivação para os estudos e habilidades sociais. Ausência aos atendimentos, baixo interesse, ambiente escolar aversivo, fatores econômicos, dificuldades de deslocamento, e estrutura familiar desorganizada interferem negativamente no trabalho. Coloca-se atualmente como condição indispensável para o sucesso terapêutico acompanhamento e orientação sistemáticos com os pais, através de um grupo de apoio ou atendimento individual. Palavras-chave: neuropsicopedagogia; distúrbios de aprendizagem; psicologia escolar

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Londrina - de 23/11 a 01/12 de 2006 12. A inserção do psicólogo em uma instituição de reabilitação para portadores de paralisia cerebral Raymundi, Ana Cláudia de Souza; Santos, Karina Fernanda; Chaves, Sonia Maria Moretti O trabalho foi realizado na Associação Shekiná de Londrina, uma instituição de reabilitação para portadores de paralisia cerebral, localizada em Londrina-PR, de março a novembro de 2006. O objetivo do trabalho foi conhecer o ambiente institucional através de um diagnóstico, propor e realizar intervenções que pudessem suprir demandas. Foram realizadas entrevistas semi-estruturadas com os cuidadores dos pacientes e com os funcionários da instituição, além de observações participantes. A instituição conta com o trabalho de profissionais voluntários, tem como objetivo atender a pacientes de baixa renda e tem como diferencial, a equoterapia. Os principais dados encontrados no diagnóstico institucional apontam que muitas mudanças ocorrem na rotina familiar após o nascimento de uma criança com paralisia cerebral, como separações conjugais e as mães terem que parar de trabalhar e reestruturar suas vidas. Observou-se que os pais adotam diferentes posturas em relação a seus filhos, como se recusar a conhecer as limitações reais, superproteger as crianças ou interagir com elas de modo bastante infantilizado, podendo prejudicar seu desenvolvimento psicossocial. De forma geral, os cuidadores consideraram satisfatório o atendimento na instituição, sugerindo um aumento no número de profissionais da saúde. Verificou-se que os funcionários trabalhavam motivados por satisfação pessoal e profissional e consideravam o trabalho multidisciplinar e a equoterapia um diferencial importante para melhores resultados. As maiores dificuldades da instituição estavam relacionadas à carência de recursos financeiros, materiais e humanos. Em agosto de 2006, a associação mudou-se de endereço e houve diminuição no número de funcionários e pacientes, o que dificultou a intervenção planejada, que era a realização de um grupo de cuidadores. O trabalho de intervenção foi então readaptado à realidade encontrada. Foi feito um trabalho de interação com as crianças e seus responsáveis, oferecendo escuta, compreensão e empatia, ou seja, um suporte emocional e psicológico, além de algumas orientações. Conclui-se assim, que a instituição ajuda na reabilitação e socialização de pacientes carentes com paralisia cerebral com o apoio da equoterapia. Entretanto, para melhorar o atendimento oferecido, seria necessário aumentar o número de profissionais, efetivá-los e organizar o horário de cada tratamento para que todos os pacientes possam ser atendidos por todos os profissionais que necessitam, inclusive os psicólogos. Palavras-chave: paralisia cerebral ; psicologia; instituição

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Londrina - de 23/11 a 01/12 de 2006 13. A atuação da psicologia em uma instituição de reabilitação para portadores de paralisia cerebral. Pereira, Viviani de Lima; Ruthes, Ruthe Dione; Chaves, Sonia Maria Moretti O presente trabalho discorre sobre as atividades desenvolvidas durante o estágio em Psicologia Escolar. Teve como objetivo a realização do Diagnóstico Institucional e o desenvolvimento de propostas e ações subsidiadas nos resultados encontrados. Leituras e discussões de material bibliográfico sobre portadores de necessidades educacionais especiais, em particular a Paralisia Cerebral, contribuíram na sustentação teórica do trabalho. O estágio foi realizado na Associação Shekina de Londrina (ASL) e além da instituição, os pacientes, cuidadores, voluntários e diretores foram o foco desse trabalho. O Diagnóstico Institucional caracterizou-se por meio de observação participante da dinâmica institucional e de entrevistas semi-estruturadas com cuidadores, voluntários e direção. A partir dele elaborou-se uma proposta de intervenção calcada na análise dos resultados obtidos. Por fim, realizou-se a intervenção que constituiu na realização de um grupo de troca de experiências com os cuidadores, e na realização de atividades lúdicas com os pacientes. No entanto, devido a alguns fatores, tais como: falta de um número expressivo de cuidadores causada pela incompatibilidade de horário dos mesmos; dificuldade com o transporte; ausência de um local apropriado para a realização dos encontros e o fato de alguns deles terem demonstrado receio de falar de si mesmos, de sua família, seus sentimentos, etc, impossibilitou a realização do grupo. O trabalho focou-se então na realização de oficinas lúdicas, através de desenhos, pinturas e confecção de brinquedos de sucata. Pôde-se assim promover uma socialização entre os pacientes além de proporcionar estimulação motora, sensorial e cognitiva aos mesmos. Procurou-se trabalhar também a questão das diferenças por meio de um livro infantil que tratava de várias situações em que existiam diferenças e ressaltava-se que não existia problema nisso. Pôde-se perceber que existe muito trabalho para ser desenvolvido com os pacientes, cuidadores, funcionários e voluntários dentro da instituição. Esse estágio foi importante para a mesma, pois abriu as portas para a atuação da Psicologia nos anos subseqüentes, podendo assim ter continuidade o trabalho que foi iniciado. Sugere-se um trabalho com os funcionários e voluntários com o objetivo de integrar mais a equipe e melhorar a comunicação entre os mesmos e os cuidadores. Percebeu-se também a demanda por um trabalho clínico, individualizado, que pode ser foco de outra área da Psicologia. Palavras-chave: psicologia, paralisia cerebral, oficinas lúdicas

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Londrina - de 23/11 a 01/12 de 2006 14. O lúdico com idosos institucionalizados Diniz, Livia Cristina; Travagin, Maíra Bernardino; Orlandi, Mariana Valério; Murate, Tatiana Akemi; Souza, Thaís Maria Pimenta; Roncon, Valéria; Valle, Maria Cristina Carreira A ludicidade tem um papel preponderante em todas as fases do desenvolvimento. Especialmente na terceira idade, fase de perdas significativas, o lúdico se mostra essencial para uma melhor qualidade de vida. Com o brincar, há uma aproximação entre as pessoas, aumentando as interações e o convívio entre elas. Através deste trabalho, buscou-se melhorar a qualidade de vida dos idosos do asilo São Vicente de Paulo, da cidade de Londrina, por alterações na rotina dos mesmos, buscando estratégias para o desenvolvimento de atividades lúdicas. Para isso, procurou-se conhecer a realidade dos idosos, através de visitas, observações, conversas com funcionários, com os moradores. Após este momento, foi proposta uma intervenção, que aconteceu em um sábado do mês de novembro de 2006 no período da tarde. Foram oferecidas atividades como oficina de pintura, confecção de móbiles com sucata, jogo de boliche. Primeiramente, houve a apresentação de dois malabaristas, durante um lanche oferecido por alunos de uma outra universidade, que também estavam realizando atividades com os avôs naquele dia. Depois, os avôs começaram a participar das oficinas. A mais procurada foi a de pintura. Houve pouco manuseio de sucata, pois esta estava distribuída no chão e os avôs não possuíam condições físicas para trabalharem desta forma. Em todas as atividades, foi indispensável a presença das pesquisadoras, auxiliando e motivando os avôs, chamando e elogiando-os. As atividades realizadas corroboraram a teoria, pois tiveram um efeito facilitador do processo de humanização, possibilitando o desenvolvimento dos idosos, uma maior interação entre eles e melhoria no ambiente, tanto que alguns avôs resolveram fazer uma apresentação musical, tocando instrumentos e dançando, inclusive com as pesquisadoras. Ao término das atividades, ficou nítido que o dia lúdico foi satisfatório, pois os avôs ocuparam seu tempo de maneira diversificada, com atividades que lhe deram prazer. Apesar de alguns imprevistos, a pesquisa foi satisfatória. Pôde-se perceber que muitas atividades são iniciadas no asilo, porém depois de algum tempo, são interrompidas. Com isso, podem aparecer dificuldades no estabelecimento de vínculo com os avôs. Houve uma preocupação na presente pesquisa de começar e terminar a atividade. Entretanto, sugere-se que uma intervenção deste tipo possa ocorrer ao longo do ano todo. Palavras-chave: desenvolvimento, ludicidade, terceira idade.

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Londrina - de 23/11 a 01/12 de 2006 15. A-cor- dar - A escola é a cor que você pinta Didoné, Carolina Singolani; Santana, Maria Gabriela; Festti, Mariana; Soares, Natalia Moreira; Gregui, Patrícia Gratão; Merlin, Iria Aparecida Stahl O presente trabalho busca apresentar a atuação da Equipe de Estágio do 5º ano de Psicologia da Universidade Estadual de Londrina (UEL), em uma escola pública, no ano de 2006. A importância deste trabalho está na reflexão sobre o papel do psicólogo escolar, bem como de suas práticas. O objetivo consistiu em apresentar o papel e as possíveis atuações do psicólogo no âmbito escolar, contribuir para a melhoria do processo ensino-aprendizagem e das relações interpessoais envolvidas nesse processo educativo, analisar e compreender a dinâmica educacional presente na escola e intervir junto às pessoas envolvidas. O método utilizado foi a pesquisa qualitativa participante em que foram realizadas observações iniciais em sala de aula e intervalos, conversas informais com professores e equipe pedagógica. Foram também realizadas intervenções com os alunos do Ensino Médio através de um programa de educação vocacional e reuniões com os professores e equipe. Como resultados pode-se verificar que os objetivos foram atingidos uma vez que houve aderência dos alunos ao programa, bem como viabilizou um espaço de reflexão acerca do papel do professor no processo ensino-aprendizagem. Palavras-chave: psicólogo escolar, processo ensino-aprendizagem, educação vocacional, papel do professor.

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Londrina - de 23/11 a 01/12 de 2006 16. Relato de uma prática da psicologia no Centro de Educação Infantil Boa Esperança. Vieira, Mayra Martins; Fuziy, Michelle Hattori; Goto, Paula Hisa Paranaíba; Gorni, Doralice Aparecida Paranzini O trabalho aqui relatado foi realizado no Centro de Educação Infantil Boa Esperança (C.E.I.B.E.), esta instituição atende aproximadamente oitenta crianças de baixa renda e está situada em um bairro na periferia da cidade de Londrina, enfrentando problemas como falta de segurança, proximidade a situações de risco, como, por exemplo, acesso a drogas. O objetivo desse trabalho foi cumprir o estágio curricular em Psicologia Escolar do quinto ano do curso de Psicologia da UEL, com a finalidade de complementar a formação do estagiário através da prática na instituição escolar; atendendo, também, a solicitação da instituição, no papel de auxiliar a formação continuada dos professores. Foi feito um trabalho de observação participativa em sala, acompanhando as educadoras e seus alunos em suas atividades diárias e também houve a realização de grupos de discussão com as educadoras, essas duas frentes de trabalho aconteceram concomitantemente durante todo ano letivo. O trabalho era discutido semanalmente, sob forma de supervisão com uma docente do departamento de psicologia social e institucional. O que pôde ser constatado na creche, no trabalho das educadoras, é o enfoque no cuidar, observando-se uma prática predominantemente recreativa e, em relação a problemas de comportamento, encontrou-se dificuldade por parte das educadoras em lidar com algumas situações, sendo o castigo um recurso bastante utilizado. Durante os grupos, ocorreu predominância de um assunto específico, o relacionamento entre educadoras, coordenação e direção, que se estendeu provocando opiniões divergentes quanto ao objetivo do grupo, pois também surgiu a necessidade de mais tempo para discutir e aprofundar temas pertinentes à educação infantil. Durante o período de estágio, ficou evidente a necessidade de conhecer a instituição, seus alunos e profissionais, bem como os fatores políticos e sociais envolvidos. No decorrer do estágio, foi possível observar que as professoras valorizavam as observações em sala, respeitando e aplicando os apontamentos feitos pelas estagiárias. As observações realizadas em sala foram importantes para uma melhor compreensão dos exemplos utilizados nos grupos de discussão, além de ter facilitado a tradução dos temas apresentados em exemplos práticos. Ainda é necessário aprimorar a prática pedagógica das educadoras e dedicar mais tempo às discussões sobre educação infantil. Palavras-chave: psicologia escolar, educação infantil, prática pedagógica.

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Londrina - de 23/11 a 01/12 de 2006 17. O relacionamento interpessoal no contexto escolar Camargo, Ariane de Oliveira; Cenci, Francislaine Brasil; Marcondes, Ligia Sabóia; Figueiró, Mary Neide Damico; Palma, Wânia Therezinha Alfieri O estudo a seguir apresenta um trabalho realizado no Centro de Educação Infantil – Campus UEL (CEI), no ano de 2006. Consistiu em reuniões semanais com 11 educadoras divididas em dois grupos, onde foram trabalhadas as temáticas levantadas dentro do próprio grupo, através de dinâmicas de grupo, filmes, músicas, técnicas de relaxamento, entre outros. Foram realizados 20 encontros ao longo do ano com duração média de uma hora e quinze minutos. O CEI é vinculado administrativa e pedagogicamente ao Colégio de Aplicação (CAPL-UEL) e os beneficiários são constituídos de filhos de servidores da Universidade. O trabalho em grupo dentro de instituições vem adquirindo importância. A oferta de um espaço “psi” – grupos de escuta, onde circula a fala – pode trazer benefícios, tanto para a escola, quanto para os professores e alunos. Os professores, a partir deste espaço, podem modificar suas posturas, repensando sua própria prática, podendo trazer benefícios para a instituição como um todo. As creches surgiram não para atender às necessidades básicas da criança, mas em resposta à necessidade da entrada da mulher no mercado de trabalho, seu caráter era basicamente custodial e assistencial. Foi somente com a promulgação da Constituição (1988) e com a LDB (9394/96) que a creche vinculou-se à área da educação. Porém, o reconhecimento desse atendimento como um espaço educativo ainda é difícil. Neste contexto, os cuidados e a educação da criança saem do núcleo familiar, atribuindo esta função também à escola. Isto exige do professor uma reflexão sobre sua função e sobre o lugar que ocupa nesse sistema institucional, pois ele não se encarrega somente da função educativa. O objetivo básico do psicólogo, no sistema de ensino, é ajudar a aumentar a qualidade e a eficiência do processo educacional, através da aplicação dos conhecimentos psicológicos. Foi observado que a rotina de trabalho das educadoras é muito cansativa, os atestados médicos são constantes, sobrecarregando os demais funcionários. Com o decorrer do trabalho, as educadoras passaram a discutir os problemas observando sua parcela de culpa, não apenas a queixa pela queixa. Elas perceberam, também, que há uma grande responsabilidade em ser educadora, comentaram que as crianças imitam seus gestos, suas falas e se identificam com elas. A comunicação entre os setores do CEI é falha e a falta de esclarecimentos com relação à instituição prejudica a harmonia. O trabalho do psicólogo dentro da escola ainda é pouco explorado e esta experiência nos ajudou a conhecer um pouco desta instituição. Acreditamos que o professor pode ser um elemento fundamental para alguma transformação da educação como um todo. Palavras-chave: educadoras, espaço de fala, mudança.

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Londrina - de 23/11 a 01/12 de 2006 18. Relacionamento interpessoal: Grupo com educadoras do Centro de Educação Infantil da Universidade Estadual de Londrina Camargo, Ariane de Oliveira; Figueiró, Mary Neide Damico; Palma, Wânia Therezinha Alfieri Este estágio foi feito por uma aluna do 5º ano de Psicologia da Universidade Estadual de Londrina (UEL) com um grupo de quatro educadoras que, há mais de dez anos, trabalham no Centro de Educação Infantil (CEI) da UEL. O objetivo foi de que essas profissionais tivessem um espaço dentro do seu próprio local de trabalho onde pudessem repensar suas ações, desconstruir pseudoverdades, trabalhar conflitos interpessoais, expor suas dificuldades. Deste modo, no grupo pode-se favorecer essa discussão. Foram realizados 24 encontros semanais de, em média, uma hora e meia de duração, entre os meses de março a dezembro de 2006. Houve certa dificuldade em reunir todas as educadoras em muitos destes encontros, já que estas faltavam por motivos de doença ou por atividades do próprio CEI. Percebeu-se que a falta de comunicação no CEI é um obstáculo e dificulta os relacionamentos e a troca de informações. Além disso, há uma indefinição do papel daquelas profissionais, que se deve, principalmente, pelo histórico, em todo país, de mudança da função assistencialista da creche para a função educativa do CEI. Durante os encontros, houve discordâncias de opiniões entre as participantes, mas estas diferenças foram úteis para um crescimento de todas. Neste sentido, buscou-se fazer com que este espaço não fosse somente de queixa, mas sim um momento em que elas pudessem construir uma mudança de posicionamento frente àquilo que lhes acontecia. Apesar de pequeno diante do complexo da instituição, percebeu-se que o trabalho executado foi muito importante, já que essas profissionais lidam diretamente com crianças e sentem a necessidade de ter um espaço para expor e debater seus conflitos. Sugere-se para os próximos estágios que sejam feitas análises institucionais e se possível um trabalho junto com a direção do CEI, para que se possa pensar nas relações interpessoais e na forma de comunicação daquele contexto. Palavras chave: educadoras; CEI; relacionamento interpessoal

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PAINÉIS EM PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL E DO TRABALHO

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Londrina - de 23/11 a 01/12 de 2006 19. Trabalho e autonomia: grupo com usuários do serviço de saúde mental, moradores de uma casa abrigo Camargo, Ariane de Oliveira; Andrade, Márcia Campos. Este estágio atendeu a uma demanda do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) III, que solicitou um trabalho com 15 pessoas que atualmente moram na Casa do Bom Samaritano e que podem ser beneficiadas pelo Governo Federal no Programa de Residências Terapêuticas. Essas pessoas têm sofrimento psíquico intenso e já foram, em sua maioria, por muito tempo institucionalizadas; desta forma grande parte delas, perderam ou nunca tiveram a referência familiar. O estágio ocorreu entre os meses de abril a dezembro de 2006. Inicialmente, foram feitas observações no CAPS III e na Casa do Bom Samaritano onde se pôde conhecer o funcionamento destes locais e conversar informalmente com as pessoas que participariam das oficinas. Os encontros aconteceram semanalmente, nos quais se buscou resgatar a história de vida e de trabalho daquelas pessoas, através de atividades concretas, pautadas no cotidiano e também compreender os motivos que os levaram ao atendimento e/ou internação em uma unidade de saúde mental e a residir na Casa do Bom Samaritano. O objetivo desta ação foi a de prepará-las para a possível mudança para as Residências Terapêuticas e para as tarefas que nelas deverão realizar. Alguns eram provenientes de área rural; outros moradores de várias cidades do Brasil; moradores de rua e alguns residiam com a família. Em sua maioria, suas profissões eram informais, tais como: trabalhador rural, cuidador de carro na rua, eletricista, mecânico, cozinheira, faxineira, vigia. Pôde-se perceber que a Casa do Bom Samaritano não é um lugar adequado para atender pessoas com sofrimento psíquico intenso, já que se trata de uma casa abrigo e tem como função atender moradores de rua que estejam passando pela cidade e necessitam de abrigo. Além disso, é um lugar de alta rotatividade de pessoas que às vezes pegam algum objeto pessoal dos moradores, causando um grande transtorno. Portanto, a casa abrigo, enquanto acolhe pessoas com sofrimento psíquico intenso, que não têm para onde ir, tem executado uma função que é do Serviço de Saúde Mental. Neste sentido, torna-se prioridade a implantação do Programa de Residências Terapêuticas, visto que assim, essas pessoas poderão ter mais autonomia e maior convívio social, o que não ocorre na Casa do Bom Samaritano, já que praticamente não podem sair, mantém-se assim o processo de institucionalização que sofriam nos hospitais psiquiátricos. Palavras chave: residência terapêutica; institucionalização; saúde mental

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Londrina - de 23/11 a 01/12 de 2006 20. Implementação de projetos de recursos humanos em uma empresa familiar Freitas, Lívia Ignácio; Furtado, Laís D’Angelis; Ricieri, Marilúcia Apesar da dificuldade em definir empresa familiar, a perspectiva tradicional considera que esta se caracteriza por um controle da propriedade nas mãos de um indivíduo ou dos membros de uma mesma família, sendo a gestão da empresa e a vontade do proprietário transmitida para a próxima geração. Neste contexto foi realizado um trabalho em uma empresa de grande porte da cidade de Rolândia – PR, sendo o público alvo os colaboradores desta. Este trabalho objetivou a aquisição de competências teóricas e práticas no conhecimento e reconhecimento da especificidade da intervenção da Psicologia das Organizações e do Trabalho na Gestão de Recursos Humanos, com o do uso de instrumentos e técnicas da área. Foram elaborados projetos de acordo com as necessidades constatadas em uma pesquisa de campo informal, onde pela própria disponibilidade dos colaboradores, somente dois projetos puderam ser realizados: Análise e Descrição de Cargos e Recrutamento e Seleção. A Análise e Descrição de Cargos foi realizada por intermédio de um questionário respondido com discurso escrito pelo colaboradores de cada cargo. O recrutamento foi realizado por um órgão público situado na mesma cidade que a empresa, e o processo seletivo elaborado pela estagiárias constou de 2 etapas: a primeira seria as dinâmicas de grupo e segunda a entrevista semi-estrutrada com questões relativas ao cargo, a habilidades pessoais e questões de caráter situacional de resolução de problemas. Análise dos dados foi de forma comparativa correlacionando as duas etapas e habilidades/competências para o cargo. Os resultados apresentados na Pesquisa de Campo demonstram que a empresa em questão apresenta muitos aspectos de uma empresa familiar, corroborando com a literatura sobre o tema. Nesse sentido algumas mudanças podem ser implementadas com relação aos pontos fracos para uma melhor eficácia da organização. A seleção ajudou a sistematizar um processo mais adequado para contratação de profissionais e em uma delas pode-se constatar de maneira informal a efetividade do processo. Com o Manual de Cargos este processo pode ser facilitado, além de dar margem para outros trabalhos como treinamento, avaliações em geral e outros planejamentos da empresa. Recomenda-se a manutenção dos projetos já viabilizados no ano de 2006, a implementação daqueles que foram propostos, e algumas mudanças focalizando os pontos fracos da empresa podem ser realizadas de acordo com um estudo mais pormenorizado, norteado pelos resultados apresentados na Pesquisa de Campo já realizada. Palavras-chave: análise e descrição de cargos, empresa familiar e recrutamento e seleção.

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Londrina - de 23/11 a 01/12 de 2006 21. Melhoria da saúde mental dos funcionários de uma Unidade Básica de Saúde De Londrina - Pr Domingues Júnior, Walter; Pisicchio, Rosely Jung Este trabalho se propõe a possibilitar o estabelecimento de uma comunicação adequada entre os funcionários de uma Unidade Básica de Saúde (UBS), de forma a identificar, bem como atravessar conflitos interpessoais presentes neste ambiente, os quais caracterizam-se pela resistência à mudança (ansiedade depressiva e paranóide), possibilitando também a conseqüente melhoria de atendimento e relações desses funcionários com os pacientes atendidos pela UBS. Para tanto, foi utilizada a técnica de “Grupos Operativos”, desenvolvida por Enrique Pichón-Rivière, com dois grupos, sendo eles compostos por Auxiliares de enfermagem, enfermeiras e Agentes Comunitários de Saúde, funcionários estes da UBS Parque das Indústrias – Londrina/PR. Com cada grupo foram realizados encontros de uma hora e meia de duração, uma vez por semana. Nesses encontros estava presente um coordenador, o qual, a partir do material trazido pelos membros do grupo, propunha discussões referentes ao trabalho, complementadas com dinâmicas de grupo, dramatizações, colagens e desenhos. Observou-se que, à medida que transcorriam os encontros e que discussões acerca dos papéis ofertados e assumidos na vida, dos ruídos de comunicação, fantasias inconscientes, relações objetais, etc., os participantes apresentavam um discurso mais elaborado acerca dos conflitos que permeavam o ambiente de trabalho na UBS, identificando os fatores que culminam nestes conflitos, e possibilidades de mudança. A partir da fala dos participantes durante e após os encontros dos grupos, verificou-se uma nova forma de perceber e atuar frente aos problemas interpessoais ligados à profissão e até mesmo aos ligados à vida dos mesmos, de maneira geral. Conclui-se, de acordo com esses resultados, que a melhora no processo de comunicação, tornando-a mais assertiva, facilita a identificação e o atravessamento dos conflitos, possibilitando melhora na qualidade do atendimento prestado à pacientes, assim como melhora nos relacionamentos no trabalho, não se restringindo apenas ao ambiente físico da UBS, mas estende-se para todas as relações interpessoais que permeiam a vida do indivíduo. Palavras-chave – grupos operativos; saúde mental; UBS

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Londrina - de 23/11 a 01/12 de 2006 22. Os significados do trabalho para o preso Ognebene, Bruna Sanches; Bueno, Cibelle Aguilar; Andrade, Márcia Campos O presente trabalho teve o intuito de se fazer como pesquisa. Uma pesquisa etnográfica sobre o significado que tem o trabalho para o preso que cumpre pena na Penitenciária Estadual de Londrina. O foco desse relatório foi o departamento de Divisão Ocupacional e de Qualificação – DIOQ, inserido na instituição penal, que tem a responsabilidade de colocar os presos em canteiros de trabalhos internos, de acordo com a possibilidade e aptidão de cada um, também realiza outras funções que envolvem trabalho, como por exemplo, cursos oferecidos pelo SENAI e SENAC. Os métodos utilizados foram escolhidos após a inserção no local de estágio, e foram feitos da seguinte forma: entrevista informal com alguns presos, entrevista informal com os funcionários do DIOQ e entrevista com um ex-preso. Depois de um histórico do sistema prisional para entender a atualidade do sistema penitenciário, a teoria que segue trata da questão do trabalho como forma de inserir o preso em um campo social e possibilitá-lo nesse exercício, como defende Souza (1998). No entanto, se verificou com a prática um distanciamento desse conceito, pois os presos vão para os canteiros em sua maioria para diminuir a pena, e não com interesse pelo trabalho, enquanto que os funcionários do DIOQ colocam o trabalho ofertado no sistema como uma possibilidade de resgate de uma vida mais digna. De fato, os presos atuam em uma realidade social quando cumprem sua função dentro dos campos de trabalho, contudo, essa experiência cai no vazio, pois não é trabalhada particularmente. A identidade profissional dos detentos é sólida e subjetiva, uma construção pessoal que dentro do sistema é passível de verificação e validade. Durante o período em que cumprem a pena o trabalho tem sido uma manifestação de sua subjetividade. Nos mais variados discursos, que foram verificados pelas entrevistas com detentos e também com um ex-detento, a subjetividade tem relação de determinismo sobre a atividade de trabalho. Foram escutados os mais variados significados desse. Em relação à atividade de psicologia, um trabalho clínico vem sendo realizado da melhor forma possível, entretanto o campo de psicologia do trabalho encontra uma demanda bastante volumosa nesse contexto. Vale ressaltar que a presente pesquisa é um recorte desse estágio, onde a experiência vivida foi de tal valia que ultrapassa o campo das palavras. Palavras-chave: penitenciária, trabalho, subjetividade

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Londrina - de 23/11 a 01/12 de 2006 23. Diagnóstico organizacional e processo de intervenção na Sociedade Rural do Paraná Maldonado, Fabíola Lombardi; Schmitz, Adriana Onofre; Ricieri, Marilucia O presente trabalho teve como foco principal a proposta de estruturação de um departamento de recursos humanos dentro da Sociedade Rural do Paraná. Para tanto, foi realizado um diagnóstico organizacional e uma pesquisa de clima organizacional. Como resultado desses procedimentos verificou-se a necessidade de uma reestruturação do organograma da entidade e uma descrição de cargos, que até então não existia. Constatou-se também que não existe um sistema de avaliação de desempenho e avaliação de resultados dos processos de trabalho. A pesquisa de clima mostrou que os funcionários têm um conhecimento geral quanto à função da SRP na defesa da classe ruralista, sem especificação das atividades realizadas, exceto a Exposição que acontece anualmente. Verificou-se também uma insatisfação dos funcionários quanto ao reconhecimento do trabalho realizado e a possibilidade de crescimento profissional. Tendo em vista os dados levantados foram propostas de intervenção: elaboração de um planejamento estratégico anual ou bianual para SRP; elaboração de um plano de Treinamento e Desenvolvimento Humano voltado aos funcionários e colaboradores da SRP; reestruturação do organograma da entidade, procurando descentralizar as tomadas de decisão, proporcionando agilidade e autonomia aos projetos que a SRP desenvolve e a estruturação de um RH. Das propostas, foram realizadas a reestruturação do organograma e a descrição de cargos, ficando as demais como uma proposta de continuidade do trabalho iniciado. Palavras-chave: psicologia organizacional; diagnóstico organizacional; reestruturação organizacional.

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Londrina - de 23/11 a 01/12 de 2006 24. Práticas do psicólogo organizacional no Setor de Recursos Humanos de uma cooperativa central agro-industrial Simões, Ana Carolina; Ricieri, Marilúcia Com a virada do século, a era da informação tornou o mundo dos negócios mais dinâmico, mas ao mesmo tempo mais competitivo. As tecnologias deixaram de ser o principal diferencial competitivo entre as empresas, já que com a democratização da informação e da comunicação elas passaram a ser copiadas com facilidade, dando lugar para as pessoas que assumiram este lugar, pois possuem potencial para criar e se desenvolver e ao mesmo tempo são únicas e impossíveis de serem copiadas. Com essa nova visão, o setor de recursos humanos precisou investir mais nas pessoas, desenvolvendo e capacitando os funcionários, além de ter que buscar novas estratégias que contribuíssem na retenção de talentos na organização. Diante desse novo desafio, a atuação do psicólogo organizacional ganhou força, já que ele é um profissional preparado para lidar com aspectos mentais e emocionais do ser humano. O presente trabalho teve como objetivo compreender o funcionamento e as relações de trabalho e a atuação do psicólogo na organização, e aprofundar e ter contato com a prática na área da Psicologia Organizacional e do Trabalho. Para isso as atividades consistiram em ações referentes ao recrutamento e seleção, entrevista de desligamento, integração de colaboradores, integração da indústria com o setor de Recursos Humanos, fazendo uso de entrevistas, questionários, dinâmicas, dentre outros. Através do trabalho realizado foi possível perceber que hoje a área de atuação do psicólogo organizacional vai além do estudo de problemas como fadiga, falta de entusiasmo e outros fatores que influenciam no bom desempenho do funcionário, sendo que na empresa estudada o psicólogo atua na seleção, na realização e organização de treinamentos, na integração de colaboradores, na aplicação de entrevistas de desligamento, na avaliação de desempenho e na realização de trabalhos relacionados com a qualidade de vida e motivação do colaborador. Mesmo o papel do Psicólogo Organizacional e do Trabalho não sendo ainda o considerado ideal por muitos profissionais e estudantes da área de psicologia, ele vem ganhando importância e valor dentro das organizações, o que mostra o quanto é importante que o psicólogo se mantenha inserido no contexto organizacional, pois estando lá ele possibilita a reflexão e contribui na luta por uma melhor atuação, buscando conciliar às necessidades das empresas com as necessidades do seres humanos que nelas trabalham. Palavras-chave: psicologia organizacional; recursos humanos; psicólogo do trabalho.

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Londrina - de 23/11 a 01/12 de 2006 25. Recursos Humanos e modos de gestão: Um estudo sobre as possibilidades de atuação do psicólogo organizacional Didoné, Carolina Singolani; Mansano, Sonia Regina Vargas; Rodrigues, Rosângela Rocio Jarros Dos gregos antigos às sociedades industrializadas norte-americana ou japonesa de hoje, passando pela experiência socialista, o homem procura a sua realização por meio do trabalho. No entanto, a conquista das condições de trabalho e as possibilidades concretas de o homem realizar-se por meio dele, não são tão simples de serem alcançadas, à medida que o trabalho foi e em algumas organizações ainda é opressivo e estafante. A evolução da sociedade e o progresso histórico têm colocado para as organizações a demanda de redefinição de seus objetivos e das estratégias para obtê-los. Atualmente, a importância das pessoas nas organizações tem estado em evidência e o que se busca é uma aumento da participação do homem nos conteúdos e nos processos de trabalho. Nesse sentido, encontra-se um espaço que a psicologia pode ocupar, que consiste em auxiliar na construção de uma nova visão de trabalho na empresa que envolva uma maior participação de seus colaboradores. O presente trabalho teve como objetivo conhecer e levantar dados que demonstrassem a realidade empresarial, realizar atividades relacionadas ao recursos humanos e contribuir para a melhoria das relações de trabalho dentro da organização. O estágio foi realizado em uma empresa privada no ramo de alimentos localizada na cidade de Londrina e envolveu aproximadamente 50 funcionários. Para isso foram realizadas as seguintes atividades: visita aos setores da organização para observação dos trabalhadores em suas tarefas, entrevista com os ocupantes dos cargos, participação em reuniões e treinamentos, participação no processo de seleção, através de entrevistas. Em função das atividades anteriormente citadas, fez-se necessário uma investigação mais dirigida sobre a implantação do programa de qualidade. Para isso, todos os membros do comitê de qualidade e da direção foram entrevistados. Como resultado pode-se notar que existe uma falta de clareza, por parte da gerência, de quais caminhos tomar para atingir os objetivos propostos, sendo que a necessidade de abertura e crescimento se mistura com um modo de gestão mais tradicional. Assim, parte das mudanças propostas acaba sendo abandonada no processo de implantação, gerando uma série de conflitos na organização. Esses dados apontam para a necessidade de uma maior integração entre direção e funcionários. Palavras-chave: organização, trabalho, psicólogo organizacional

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Londrina - de 23/11 a 01/12 de 2006 26. Envelhecimento, trabalho e aposentadoria: desmistificando essa relação Campana,Carla; Lollato, Marcela Pisa; Gonçalves, Aurora A. Fernandes O desligamento do mercado de trabalho, pela aposentadoria, pode tornar-se o marco inicial da entrada estigmatizante do indivíduo no ‘mundo da velhice’. A coincidência temporal entre aposentadoria e envelhecimento parece contribuir para uma mudança na identidade social do indivíduo, de modo que ele passa a ser um ex: ex-professor, ex-bancário, ex-qualquer coisa. Nesse contexto, os PPA´s (programas de preparação para aposentadoria) têm o objetivo de oferecer um apoio aos trabalhadores que estão prestes a se aposentar, a fim de informá-los e prepará-los para um ajuste social diferente daquele da vida de trabalhador e educá-los para o uso de tempo livre. O PPA foi realizado na Companhia de Saneamento do Paraná – Sanepar e aconteceu em oito fases: 1. Reconhecimento do local; 2. Seleção da população; 3. Reconhecimento da população; 4. Investigação de interesses; 5. Intervenções em grupo baseadas nos interesses; 6. Realização do PPA em forma de Workshop; 7. Intervenção com as famílias e 8. Encerramento. Participaram do programa aproximadamente 25 funcionários, sendo que inicialmente foram convocados 50. Ao longo do tempo alguns foram se aposentando, outros deixaram de participar por não receberem as convocações para as reuniões e outros desistiram. Foi possível perceber entre os participantes, ao final do Programa, que quanto antes se pensar na aposentadoria, mais tempo se terá para investir em projetos de vida, pois a vida não se resume em trabalho e não termina com a aposentadoria. Além disso, foi possível observar concretamente a mudança de conceitos como aposentadoria, velhice e tempo livre, além do resgate da identidade que se deu ao longo do programa. Constatou-se a necessidade de aceitar as transformações naturais do processo de envelhecimento e encarar a aposentadoria como uma nova fase da vida - a do tempo livre. Dessa forma, acredita-se que o PPA, por seus resultados positivos significativos, deva estender-se na empresa nos próximos anos, abrangendo também as demais regiões. Palavras-chave: aposentadoria, envelhecimento e trabalho

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Londrina - de 23/11 a 01/12 de 2006 27. Possibilidades de atuação do psicólogo organizacional e do trabalho em uma microempresa Santos, Karina Fernanda; Pisicchio, Rosely Jung; Martins, Marli Ferreira O estágio foi realizado na Tropicolor Tintas e Acabamentos Ltda, uma empresa do ramo de tintas imobiliárias, localizada em Apucarana-Pr, no período letivo de 2006. O objetivo do trabalho foi conhecer o ambiente empresarial, realizar um diagnóstico psico-social, acompanhar o trabalho da psicóloga, confeccionar o Manual de Cargos da empresa e desenvolver trabalho de grupos com os funcionários. Para a realização do diagnóstico, foram realizadas observações participantes, leituras de documentos da empresa, entrevista individual e entrevistas informais. Em relação à empresa, foi possível coletar seus dados de identificação, seu histórico, sua missão, seu programa de procedimentos e qualidade e seu organograma. Baseado nas entrevistas informais pôde-se perceber que a maioria dos funcionários tem uma visão positiva da empresa, considera que ela oferece possibilidades de crescimento, está satisfeita com o trabalho que desempenha e que o relacionamento interpessoal é muito bom. Alguns relataram estar insatisfeitos com o salário e sugeriram aquisição de novos equipamentos para seus setores. O manual de cargos foi confeccionado a partir de um roteiro de descrição de cargos e entrevistas informais e foi também um instrumento de diagnóstico, pois proporcionou uma maior proximidade com as pessoas e um maior entendimento das funções de cada uma. Um total de 19 cargos foram descritos e analisados. O grupo de funcionários teve como discutir alguns temas relacionados ao cotidiano dos trabalhadores. Realizou-se apenas um encontro, com duração de 1 hora e 15 minutos e o tema escolhido para discussão foi a comunicação. Através de relatos e da participação ativa na apresentação e discussão do tema, pode-se dizer que os funcionários gostaram do trabalho de grupo. Além destas intervenções, foi feito um acompanhamento da elaboração de perfil e de entrevistas de seleção e desligamento junto com a psicóloga da empresa. Estas atividades auxiliaram na aprendizagem de técnicas de recrutamento e seleção, possibilitando visualizar a atuação da psicologia e do subsistema de Recursos Humanos neste processo. Concluiu-se com este trabalho que o manual de cargos é um instrumento efetivo de diagnóstico e de organização do trabalho, e que a realização de grupos com os funcionários deveria ser mais freqüente dentro da empresa, pois espaços de fala para os funcionários ajudariam a manter a equipe motivada e satisfeita. Palavras-chave: psicologia organizacional e do trabalho; diagnóstico institucional; manual de cargos.

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Londrina - de 23/11 a 01/12 de 2006 28. Centro de educação infantil: lugar da psicologia organizacional e do trabalho Cenci, Francislaine Brasil; Marcondes; Ligia Sabóia; Psicchio; Rosely Jung O presente estudo objetiva realizar diagnóstico institucional e intervenção. Para tanto utiliza, através de observação participativa e levantamento de dados, o diagnóstico institucional visando criar condições para o debate das problemáticas na instituição, através da criação de um instrumento de categorias de análise. Busca elaborar propostas de intervenção que remetem ao papel do Psicólogo na instituição, utilizando-se da organização de grupos para que se possa trabalhar as temáticas levantadas e possibilitar as discussões que indiquem o caminho para possíveis modificações no cotidiano de trabalho. Utilizou-se para a pesquisa observação participante, roteiro de entrevistas e espaço de fala para o desenvolvimento de grupos de trabalho. Participaram da primeira fase da pesquisa, ou seja, das entrevistas, 7 funcionárias, 7 educadoras, 1 encarregada de sessão e 1 chefe de divisão do Centro de Educação Infantil. Da segunda fase, isto é, dos grupos de discussão, participaram 7 funcionárias e 12 educadoras. Divididas em dois grupos: o primeiro desenvolvido durante o mês de setembro e o segundo durante o mês de outubro do ano de 2006. Os temas que nortearam as discussões nos grupos foram: “o stress”, “auto-estima no trabalho” e “insatisfação no trabalho”. Como resultado da pesquisa aponta-se: a) O “Stress”: Aspectos negativos: Relações conflituosas, falta de comunicação entre a chefia e as funcionárias; pouco espaço para discussão; e resistências quando à liberdade de opiniões. Aspectos positivos: O convívio com as companheiras, os momentos de conversa e de descontração são, segundo elas, a melhor maneira de não sucumbir ao stress do cotidiano. b) Auto-estima no Trabalho: Aspectos positivos: Confirmação das participantes, quanto ao autoconceito relatado pela companheira, demonstrando um conhecimento significativo que uma tem da outra. Aspectos negativos: O conceito e o pré-conceito que uma companheira tem da outra pode produzir um grau muito grande de insegurança no trabalho. c) Insatisfação no Trabalho: Aspectos positivos que tornam o trabalho satisfatório: O convívio com as crianças e companheiras de trabalho. Aspectos negativos: Carga horária excessiva; o grande número de faltas com atestados médicos; espaço físico insuficiente; etc. Conclui-se que é através do bom relacionamento entre todos os membros da instituição que se pode apostar em mudanças que tragam benefícios não somente à instituição e a seus funcionários, mas também, e principalmente, às crianças que são atendidas por esse centro de educação. Palavras-chave: psicologia organizacional, educação, relacionamento interpessoal.

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Londrina - de 23/11 a 01/12 de 2006 29. A psicologia no processo de incubagem de empreendimentos sociais na perspectiva da Economia Solidária Goto, P. H. P.; Melatti, M. C.; Ribeiro, F. M.; Pisicchio, R. J. O presente trabalho foi realizado na Incubadora tecnológica de empreendimentos sociais sustentados – INTES, que consiste em um projeto de extensão de apoio técnico e social no desenvolvimento de grupos de geração de trabalho e renda na perspectiva da Economia Solidária. A psicologia atua junto com outras áreas de conhecimento, como administração, serviço social, design gráfico e design de moda, artes, ciências contábeis e economia, numa perspectiva multidisciplinar. Empreendimentos de economia solidária se caracterizam pela prática coletiva, baseada nos princípios da autogestão, solidariedade, cooperação e na viabilidade econômica. A inserção da psicologia social no campo da economia solidária remete a psicologia do trabalho e a psicologia social na comunidade. Um grupo de trabalho se constitui a partir de um objetivo comum coletivo com um sistema de valores e regras interiorizadas. O objetivo do trabalho é acompanhar e assessorar os empreendimentos solidários na construção de seus processos grupais e projetos coletivos, na constituição do vínculo entre seus membros, construir e fortalecer relações de autonomia e formação autogestionária. O trabalho foi realizado com dez grupos, sendo três na zona rural e sete na zona urbana com encontros semanais ou quinzenais, dependendo da necessidade do grupo e nos locais de trabalho destes. Em cada encontro há uma equipe composta de técnicos e estagiários que também se reúne com professores, semanalmente para discutir assuntos gerais pertinentes à realização do trabalho. A INTES é conveniada a rede UNITRABALHO e acompanha as políticas públicas (SENAES) e o Fórum Brasileiro de Economia Solidária. Alguns grupos incubados há mais tempo já se organizam de forma autogestionária, com decisões coletivas e divisão de tarefas também definidas de forma coletiva, com conhecimento de todos os membros do processo de produção. O trabalho dos estagiários auxiliou neste processo, ao propiciar espaços de discussão e reflexão, bem como trocas de experiência entre equipe e grupos, e entre os membros do grupo. Observou-se ainda um aprimoramento dos produtos do grupo, possibilitada pela apoio técnico das áreas específicas, o que influi numa maior possibilidade de comercialização. Apesar disso, a comercialização tem sido um obstáculo ao desenvolvimento econômico dos grupos, que enfrentam problemas com falta de locais de venda e pouca divulgação. Há também dificuldades em calcular custos e precificar os produtos. A maioria dos grupos ainda não obtém do trabalho uma renda que permita uma subsistência, o que implica na desarticulação e desmotivação de membros, comprometendo o funcionamento grupal. Palavras-chave: economia solidária; psicologia do trabalho; incubagem.

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Londrina - de 23/11 a 01/12 de 2006 30. Assédio moral na categoria bancária de Londrina Martins, A. M.; Meurer, P.H.; Vercesi, C. As relações do mundo do trabalho vêm mudando constantemente. Atualmente quanto maior a empresa, maior o número de relações interpessoais e entre diferentes níveis de poder dentro do ambiente de trabalho, muitas vezes maiores são os atritos. Nestes ambientes o Assédio Moral tem se tornado uma prática cada vez mais comum. Uma das definições mais populares é a que define Assédio moral como um comportamento persistente, ofensivo, abusivo, intimidatório, malicioso ou insultuoso, abuso de poder ou sanções injustas, que fazem com que o agredido se sinta preocupado, ameaçado, humilhado ou vulnerável, minando a sua auto-confiança e provocando-lhe stress. O setor bancário tem se destacado como uma categoria especialmente vítima desta prática. Assim, sendo o Assédio moral uma prática que pode causar muitos danos a saúde do trabalhador, tanto física quanto psíquica, é preciso que este trabalhador seja atendido e informado sobre o assunto, de forma que esteja apto a defender seus direitos de trabalhador. Além disso, a pesquisa é relevante para constatar quantos são e como sofrem os bancários assediados. Neste sentido o objetivo desta pesquisa foi pesquisar a incidência de assédio moral entre os bancários; Investigar a saúde do trabalhador bancário; Investigar como acontece e como se caracteriza o Assédio moral nesta categoria; Investigar as condições de trabalho dos bancários de Londrina e divulgar informações sobre Assédio moral para esta categoria. Participaram como sujeitos da pesquisa bancários afastados que possuíam cadastro no sindicato dos bancários de Londrina. Foram utilizados três questionários elaborados pelas estagiárias, referente aos dados pessoais e do local de trabalho; referente à saúde do bancário e um sobre o Assédio moral. Dentre as pessoas entrevistadas, 71% eram mulheres e 29% homens. A faixa etária foi predominante igual ou superior a 30 anos. Dentre os 31 bancários pesquisados, 16 deles sofreram assédio por mais de 6 meses, isso representa aproximadamente 52% dos bancários. Esse número juntamente com outros que sofreram assédio, representa aproximadamente 60% dos pesquisados. Foi constatado que a prática do assédio moral no ambiente bancário está sendo banalizada, tornando o assédio moral uma conduta consentida, o que impede que os bancários reivindiquem seus direitos como trabalhador. A partir desse estudo surgiu a necessidade de estender esta pesquisa para a população ativa de bancários, ou seja, aqueles trabalhadores que ainda trabalham nos bancos e caracterizar, assim, este ambiente de trabalho bem como a saúde destes trabalhadores. Palavras chave: psicologia, assédio moral, bancários.

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Londrina - de 23/11 a 01/12 de 2006 31. A atuação do psicólogo nos processos de recrutamento e seleção em uma empresa de terceirização de recursos humanos Fantim, Ana Carolina; Ricieri, Marilucia O presente trabalho refere-se ao estágio curricular de Psicologia do Trabalho realizado em uma empresa de terceirização de Recursos Humanos por uma aluna do 5º ano do curso de Psicologia da Universidade Estadual de Londrina. Tem como objetivo atuar junto ao Recursos Humanos da empresa, desenvolvendo atividades referentes à recrutamento e seleção de pessoal. A população alvo do trabalho foram pessoas, empregadas ou desempregadas, que buscam a empresa para fazer um cadastro de seu currículo à procura de um trabalho efetivo ou temporário. Para a realização do recrutamento, as vagas abertas pelos clientes eram divulgadas no site e em pontos estratégicos da cidade de Londrina. Era realizada a triagem de currículos a partir do banco de dados informatizado da empresa e, em seguida, entrava-se em contato com o candidato recrutado para agendar uma entrevista. Após a realização da entrevista, o cliente poderia solicitar caso quisesse um teste psicológico ou uma dinâmica de grupo para melhor avaliar os candidatos recrutados. Por último, a estagiária entrava em contato com o cliente para que este agendasse uma entrevista com os candidatos selecionados e em seguida encaminhar seus currículos para auxiliar o cliente na hora da entrevista. No final, era o cliente quem escolhia o candidato mais adequado ao cargo e à sua empresa. Pode-se perceber que o diferencial de um psicólogo em ser o responsável pelo setor de Recrutamento e Seleção, é a bagagem que este trás da sua experiência acadêmica e também de sua experiência profissional anterior na área de RH. O psicólogo buscará, além de candidatos que se encaixem nos requisitos solicitados pela empresa, pessoas com as qualidades e um perfil que se encaixe na cultura da organização. Portanto, apesar do trabalho gratificante que foi realizado neste estágio, posso destacar como melhoria para esta empresa uma maior comunicação entre o setor de Recrutamento e Seleção e seus clientes através de visitas trimestrais e de contato telefônico semanal. É fundamental, na hora de recrutar e selecionar pessoas para uma outra empresa, que se conheça a maior quantidade possível de características próprias desta empresa e da sua cultura organizacional. Palavras-chave: recrutamento, seleção, psicologia.

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Londrina - de 23/11 a 01/12 de 2006 32. A atuação da psicologia com enfoque na dimensão do trabalho no projeto de vida das usuárias da Casa de Apoio Canto de Dália Boamorte,Joyce; Paula, Loredana; Souza, Lorena; Gomes, Vivian; Andrade, Márcia Campos Diante do interesse das alunas do 5 º ano de Psicologia da Universidade Estadual de Londrina pela problemática da violência contra a mulher, e também de uma demanda da Casa de Apoio Canto de Dália por estagiárias de Psicologia para realizar um trabalho nesta instituição, decidiu-se cumprir o estágio em Psicologia Organizacional e do Trabalho neste local. O presente trabalho teve por objetivo auxiliar as usuárias na construção de seu projeto de vida. Esse estágio foi desenvolvido dentro da perspectiva da Psicologia Social, Institucional e do Trabalho. Na inserção no campo, realizou-se observação participante na perspectiva da pesquisa etnográfica. Foram realizadas entrevistas semi - estruturadas com os funcionários da casa em diferentes turnos e dias de maneira a abrangê-los em sua totalidade, para que se levantasse assuntos pertinentes ao funcionamento da casa, podendo assim através de uma análise qualitativa delimitar uma demanda para o trabalho dentro dessa instituição. Com essa análise identificou-se que não havia demanda para uma atuação junto aos funcionários, então, focou-se em um trabalho com as usuárias. Através da observação participante com estas, percebeu-se a necessidade de auxiliá-las a construir um projeto de vida. Para a construção desse projeto foi necessário primeiramente levantar dados como escolaridade, histórico de trabalho, cursos profissionalizantes e também os interesses e habilidades de cada uma sobre o que gostariam de fazer; sendo esses dados coletados através de oficinas. Para a construção do projeto de vida, também identificou-se a necessidade de articular parcerias e construir uma rede de atendimento para cursos profissionalizantes possibilitando a inserção da usuária no mercado de trabalho. Para a criação dessa rede buscaram-se cursos e voluntários para a qualificação profissional das mesmas. No entanto, percebeu-se a dificuldade em articular essa rede, devido à falta de recursos financeiros de certas organizações e também devido ao fato dos cursos não acontecerem de maneira permanente, não podendo ser referências as usuárias, quando saírem do abrigo. Assim, de maneira geral, percebeu a necessidade dessas mulheres reconstruírem suas vidas, tanto no âmbito emocional, como também no social, se inserindo novamente à sociedade, de maneira autônoma e produtiva através do trabalho, tendo maiores possibliddades de romper com o ciclo da violência. Palavras-chave: psicologia organizacional e do trabalho, violência contra mulher, projeto de vida

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Londrina - de 23/11 a 01/12 de 2006 33. Diagnóstico das relações de trabalho e intervenção em uma biblioteca pública Festti, Mariana; Grassi, Patricia Ferraresi; Liduário, Maria Rosa Marques; Pereira, Viviani de Lima; Rodrigues, Rosângela Rocio Jarros; Mansano, Sonia Regina Vargas A inserção do psicólogo em organizações tem como papel produzir relações entre os valores humanos do funcionário com os da empresa, identificando aqueles que permeiam a relação grupal, o estabelecimento de novos modos de relação e de uma comunicação eficiente. O presente trabalho teve por objetivo realizar um diagnóstico e a partir deste propor intervenções. Este foi desenvolvido em uma Biblioteca Setorial de um Hospital Público Universitário da cidade de Londrina, tendo como participantes doze funcionários da organização. O trabalho foi realizado por quatro estagiárias do quinto ano de Psicologia da Universidade Estadual de Londrina. O diagnostico institucional se desenvolveu por meio de observações participantes e entrevistas semi-estruturadas. De acordo com os resultados coletados algumas temáticas se sobressaíram, sendo elas: comunicação, relacionamento interpessoal no trabalho, organização de trabalho, saúde do trabalhador e relacionamento com usuário. Com base nestes dados elaborou-se uma proposta de intervenção que consistiu em trabalhar as temáticas por meio de dinâmicas de grupo e discussões. Como resultados foi possível realizar um encontro, durante uma tarde no mês de Outubro, que contou com a participação de todos os funcionários. Neste, pode-se observar que existe no grupo maneiras diferenciadas de lidar com a comunicação e essas acabam por refletir nas relações de trabalho bem como na organização deste. Isto pode ser identificado já que existem dificuldades quanto ao relacionamento entre funcionários e deste com os usuários, além de problemas de cooperação nas tarefas de trabalho. O encontro possibilitou que eles entrassem em contato com o ponto de vista do outro e isto viabilizou uma reflexão sobre novos conceitos de grupo e de estratégias de trabalho. Por meio deste trabalho, as estagiárias puderam vivenciar a realidade de uma estrutura organizacional dentro do contexto público, assim como, identificar e compreender as relações de trabalho, capacitando-as para futuras atividades profissionais no que tange a realização de diagnósticos e intervenções em grupo em uma instituição. Tendo em vista o trabalho realizado e a ampla oportunidade que o encontro possibilitou quanto ao pensar, refletir, expor situações, pontos de vista e descontentamentos e o momento raro de um contato coletivo, acredita-se ser importante dar continuidade ao trabalho, visando maior freqüência destes acontecimentos. Palavras-chave: psicologia; diagnóstico institucional; biblioteca pública.

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Londrina - de 23/11 a 01/12 de 2006 34. Preparação e orientação de jovens estagiários para o mercado de trabalho. Gregui, Patrícia Gratão; Ricieri, Marilúcia. A formação escolar para o trabalho e a dissonância existente entre o que faz a escola e o que a sociedade espera, traduzem um dos principais problemas para que se concretize a inserção dos jovens no mundo do trabalho. Para ajudar esses jovens então, foi desenvolvido, numa instituição pública do estado do Paraná que atua na promoção de conhecimentos científicos e tecnológicos voltados ao desenvolvimento da agropecuária do estado, um programa de Orientação e Preparação dos jovens estagiários para o mercado de trabalho. O objetivo consistiu em promover o autoconhecimento e o desenvolvimento de projetos profissionais dos estagiários, bem como treinar as habilidades sociais necessárias para enfrentar o mercado de trabalho. Participaram do programa 23 estagiários, entre 14 e 20 anos, de ambos os sexos, vinculados ao Programa Aprendiz, ao Programa de Estágio Profissionalizante e ao Programa de Iniciação Científica (PIBIC). O método de intervenção utilizado foi dinâmicas aplicadas em situação de grupo. Num primeiro momento, foram utilizadas dinâmicas para os levarem ao autoconhecimento e num segundo, dinâmicas sobre o mundo do trabalho, além de ser trabalhado questões como fatores que influenciam uma escolha profissional, entrevista de seleção, mercado de trabalho e informações sobre as profissões existentes. Os resultados encontrados foram que os estagiários desenvolveram habilidades sociais importantes para enfrentar o mercado de trabalho como de comunicação, enfrentamento e assertividade, civilidade e de trabalho, além de terem sido levados a uma auto-reflexão e um autoconhecimento e de conseguirem discutir e pensar sobre o mundo do trabalho. Dessa forma, pôde-se concluir que programas como esse podem ser uma maneira de “consertar” as falhas existentes entre o ensino formal e o que o mercado de trabalho pede, já que podem desenvolver capacidades e conhecimentos de representações sociais e atitudes frentes ao trabalho, de treinamento de habilidades sociais e da cidadania, além de os levarem a se conhecerem para encontrarem sua profissão. Palavras - chave: adolescentes, orientação profissional e treinamento de habilidades sociais.

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Londrina - de 23/11 a 01/12 de 2006 35. Diagnóstico organizacional: implicações éticas e metodológicas Morais, Letícia Peixoto; Paula, Juliana Barboza Caetano; Mansano, Sonia Regina Vargas O presente estudo teve por objetivo investigar as implicações éticas e metodológicas de um diagnóstico organizacional. Para isso, foi necessário apontar o seu caráter de constante construção à medida que investiga a maneira pela qual uma empresa organiza e norteia suas atividades historicamente. Coloca-se a importância da formulação de hipóteses, coleta de informações, pesquisa em documentos, observação das rotinas, conversas com as pessoas que se relacionam com a organização e análise para sugerir ações futuras. Além disso, ressalta a participação ativa dos funcionários nesse processo e também uma investigação diferente para cada empresa ao considerá-la única com relação às outras, assim como única com relação ao seu próprio momento histórico. Considera de extrema valia conhecer o trabalho da empresa, o produto que ela produz, a sua história, o funcionamento e, principalmente, os tipos de relações existentes no cotidiano. O objetivo é perceber como essas relações podem estar afetando o bom andamento dos trabalhos para delinear melhor o panorama da empresa e começar a esquematizar um diagnóstico “sob medida”. Os indícios devem ser bem investigados e são muito importantes, pois ajudam na compreensão de um panorama mais amplo da organização. Fala sobre o estabelecimento de um “contrato” prévio, da análise das reais possibilidades de intervenção futura e do grau de implicação com o processo de mudança tendo em vista as diferentes expectativas que se pode levantar entre os participantes. Assim sendo, diminui-se a probabilidade de gerar mais desconforto por parte dos funcionários e aumenta-se a probabilidade de alcançar bons resultados e conseguir as mudanças contextualizadas às necessidades de desenvolvimento pessoal e profissional dos envolvidos. O processo de análise, a devolutiva e as estratégias que podem ser utilizadas para que as mudanças sejam implementadas estão intimamente ligados com os cuidados tomados no estabelecimento do “contrato” com a direção da empresa. O envolvimento dos trabalhadores nas decisões é interessante para tentar evitar que as mudanças não venham como imposições da direção e sim como uma construção complexa feita com a participação de todos. Após o término do diagnóstico, o profissional pode continuar na empresa para implementar essas mudanças ou encaminhar os dados pertinentes a um profissional de outra área, caso esta seja a necessidade. Por fim, constata-se que esse processo necessita de um cuidado minucioso em todas as suas etapas para que o trabalho de coleta, análise e intervenção seja satisfatório e, principalmente, implicado com a transformação da realidade social de trabalhadores e empregados. Palavras-chave: diagnóstico organizacional, metodologia, ética.

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Londrina - de 23/11 a 01/12 de 2006 36. Habilidades sociais do profissional da saúde em uma instituição hospitalar Shigaeff, Nadia; Gameiro, Ana Cristina P.; Menezes, Camila Carmo; Souza, Cristiane Ribeiro; Gonçalves, Aurora F. A presença de estresse nos profissionais de enfermagem e a incapacidade de enfrentá-lo, resultam em enfermidades físicas e psicológicas, como insatisfação, desmotivação, diminuição da produtividade, além de outras manifestações como a diminuição do estado de “alerta”. Estas manifestações podem levar a sérios riscos e prejuízos à clientela assistida, ao próprio profissional e ao local de trabalho. É de suma importância para a saúde física e emocional destes profissionais que eles saibam identificar as manifestações do processo de estresse, e que aprendam a detectar quais são os estressores que desencadeiam tal processo, pois desta forma poderão utilizar estratégias de enfrentamento eficientes para a adaptação ao estressor e, conseqüentemente, interromper a evolução deste processo. Sendo assim, o presente estudo objetivou conscientizar os membros da equipe de enfermagem sobre a importância das habilidades sociais no ambiente hospitalar. Participaram do estudo 44 membros da equipe de enfermagem do pronto socorro de um hospital da cidade de Londrina (PR). Como instrumento de coleta de dados foi utilizado um questionário semi-estruturado elaborado pelas estagiárias deste trabalho. A intervenção foi realizada com 17 membros da equipe, tendo representantes de todos os turnos. Foi ministrado um curso para cumprir os objetivos a que este trabalho se propôs. Dessa forma, através de um programa educativo, pode se orientá-los para lidar melhor com situações adversas e amenizar os sintomas de estresse, ansiedade e depressão. Com base nos dados coletados, identificou-se que a maioria, significativa, desses profissionais entende o trabalho como fonte de estresse, mas que também acreditam que habilidades como assertividade e empatia poderiam melhorar a qualidade das relações no ambiente de trabalho, amenizando a aversividade do ambiente. Através da orientação feita, observou-se que o grupo facilmente identificou quais eram os comportamentos mais adequados a determinadas situações, mas relatou dificuldades em executar tais habilidades no ambiente de trabalho. Assim sendo, percebe-se a relevância de um trabalho focado no treino de habilidades sociais, para que o profissional da equipe de enfermagem aprenda comportamentos que facilitem o enfrentamento de situações estressoras, buscando amenizar os danos causados por este tipo de condição, mas esta intervenção necessitaria de um tempo de aplicação maior, para que assim, provavelmente, possibilitasse o treino de tais habilidades, diminuindo as dificuldades observadas. Palavras-chave: estresse, hospital, enfermagem, habilidades sociais.

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Londrina - de 23/11 a 01/12 de 2006 37. Relato de uma experiência junto à área de gestão de pessoas via seleção de pessoal Bernardino, Virginia Maria; Mansano, Sonia Regina Vargas; Rodrigues, Rosângela Rocio Jarros Sendo a área de Recursos Humanos caracterizada como área de estudos e atividades que lida com aspectos relativos ao elemento humano, em geral nas organizações; tem-se que, uma das atividades que podem ser desenvolvidas pelo psicólogo nas organizações é o recrutamento e seleção. Esta atividade constitui-se em técnicas desenvolvidas e aplicadas para que a organização possa ir ao encontro de pessoas aptas para determinado cargo, da mesma forma que fornece ao candidato informações necessárias sobre a organização e o trabalho a ser desenvolvido. O presente estágio foi realizado em uma empresa pública de telecomunicações localizada na cidade de Londrina com aproximadamente 600 funcionários. O objetivo, em um primeiro momento, consistia em desenvolver o processo de recrutamento e seleção de candidatos para atuarem como estagiários nas áreas de Administração, Direito, Processamento de dados, Marketing e Propaganda. Para a realização destas atividades, organizou-se, primeiramente, o banco de currículos de candidatos a estagiários da empresa. Em seguida, o processo de seleção seguia o seguinte procedimento: pesquisa de currículos, pesquisa e aplicação de dinâmicas de grupo, elaboração e aplicação de provas de habilidades, análise dos resultados do processo de seleção e encaminhamento da análise para o gestor requisitante da vaga. Foram realizados, durante o período de estágio, oito processos seletivos. Dessa forma, observou-se que as pessoas constituem o mais importante ativo de que dispõem as empresas. Em função disso elas devem ser recrutadas e selecionadas com a maior competência possível, já que falhas nesse processo podem comprometer outras ações de gestão. No decorrer do estágio objetivou-se também observar a dinâmica organizacional, especialmente na Área de Gestão de Pessoas da referida empresa, através de conversas informais e observação direta. Assim, verificou-se as particularidades da dinâmica organizacional de uma empresa pública, tendo em vista as políticas vigentes e a relação desta com o Estado. Palavras-chave: recursos humanos, recrutamento, seleção.

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Londrina - de 23/11 a 01/12 de 2006 38. A Psicologia oganizacional e suas contribuições no setor de RH de uma empresa de comércio exterior. Lopes, Juliana Meleiro; Mansano, Sonia Regina Vargas Tendo em vista a relevância da prática de um estágio, este trabalho objetivou aliar a prática à teoria aprendida da Universidade, por meio da realização de atividades diversas pertinentes a um departamento de RH. Como resultado, encontrou-se a realização de nove (9) processos de recrutamento e seleção, incluindo a estruturação de todos os materiais necessários para a realização destes, além da descrição e análise de diferentes cargos desempenhados na empresa, atividades diversas para o acompanhamento dos funcionários e treinamentos. Encontram-se, também, resultados referentes à elaboração e organização de materiais para a realização de atividades de setor de pessoal e a montagem do fluxograma da empresa. Estas atividades, das quais fizeram parte os 11 funcionários, 7 estagiários, e outras pessoas relacionadas à empresa, contribuíram para uma formação prática bastante sólida e efetiva. Considerando, ainda, a realização deste trabalho numa empresa de comércio exterior, o qual não havia em sua estrutura um departamento de RH, a atuação da estagiária proporcionou à empresa a realização de atividades básicas extremamente úteis, que possibilitaram, finalmente, a estruturação adequada do departamento de RH. Deste modo, pôde-se concluir que a realização deste estágio em Psicologia Organizacional e do Trabalho alcançou seus objetivos principais, já que possibilitou à empresa a realização de atividades diversas, de extrema necessidade no cotidiano laboral, além de permitir à estagiária a vivência de práticas e tarefas, até então somente conhecidas teoricamente, que contribuíram para a aquisição de experiência e para uma formação universitária bastante consistente. Palavras-chave: psicologia organizacional, comércio exterior, recursos humanos

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Londrina - de 23/11 a 01/12 de 2006 39. O papel do psicólogo em atividades de recrutamento e seleção. Mendonça, Mônica Milharézi; Ricieri, Marilúcia. O presente trabalho tem como objetivo a atuação da estagiária em uma empresa de terceirização de Recursos Humanos, nos procedimentos de Recrutamento e Seleção. Pretende-se conhecer o fluxograma da empresa; recrutar candidatos para o processo seletivo; realizar triagem de currículos; realizar entrevistas e dinâmicas de seleção; aplicar e avaliar testes de conhecimentos e, analisar criticamente o processo seletivo utilizado. O recrutamento é realizado através de anúncios na empresa, em universidades e jornais locais, e carros de som. Para a triagem dos currículos é utilizado um sistema informatizado com mais de 70.00 cadastros. Estes são analisados com base em dados pessoais como idade, sexo, estado civil, escolaridade e experiência profissional e comparados aos requisitos da vaga em questão. A entrevista é feita com perguntas padronizadas, a não ser para o processo seletivo da empresa de embalagens, no qual além destas, existem perguntas livres e relacionadas a cada vaga e/ou candidato. As dinâmicas comportamentais são principalmente, de simulação de atendimento, utilizadas para seleção de atendentes de call-center. Testes de conhecimentos são aplicados para medir conhecimentos ou capacidades específicas. Mais de 400 entrevistas de seleção para diversas vagas e para cadastro dos candidatos no sistema são feitas pela estagiária. Algumas verbalizações são feitas a respeito do aumento da média de aprovados pelo cliente para vaga de atendente de call-center, de responsabilidade das estagiárias. Infelizmente não se tem dados sobre a adaptação dos candidatos à empresa/função, bem como do período de sua permanência naquela. Algumas críticas podem ser feitas a respeito de processos seletivos em geral. Existe uma indefinição dos comportamentos a serem observados que podem trazer discordância entre os selecionadores e dificultar o processo de tomada de decisão. Também geralmente não se consideram nos processos seletivos, as condições ambientais necessárias para que os comportamentos esperados ocorram numa situação específica de teste, o que pode diminuir a probabilidade de emissão do comportamento. Devido às condições sócio-econômicas do país, a escolha dos candidatos pela empresa em que desejam trabalhar fica inviável, o que pode gerar dificuldades de adaptação e sofrimento. Critica-se também o fato de a seleção ter que fornecer um prognóstico preciso, quando se sabe que o comportamento depende de variáveis externas para se manter. Conclui-se com o exposto, a importância do pensar do psicólogo organizacional para a melhoria dos procedimentos de recrutamento e seleção, profissional preocupado com o bem-estar do sujeito, sua subjetividade e participação nos conteúdos e processos de trabalho. Palavras-chave: recursos humanos, seleção, psicologia

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Londrina - de 23/11 a 01/12 de 2006 40. O caminho ‘deficiente’ da pessoa portadora de deficiência ao mercado de trabalho Rocha, Alexandra C.; Santos, Alini F.; Pisicchio, Rosely Jung O presente estágio em Psicologia Organizacional e do Trabalho visa cumprir as exigências curriculares aos alunos do 5º ano do curso de Psicologia da Universidade Estadual de Londrina. Para tanto foi realizado trabalho na Agência do Trabalhador da cidade de Londrina – Paraná. As atividades desenvolvidas investigaram a mediação realizada entre pessoa portadora de deficiência ao campo de trabalho, via agência de empregos. Tal investigação contou com a colaboração de cinco profissionais envolvidos com a questão ‘portador de deficiência e o mercado de trabalho’. Além destes, buscou-se informações em três grandes empresas de Londrina que admitem a mão-de-obra de portadores de deficiência. Por fim, foram realizadas cerca de 60 entrevistas com pessoas portadoras de deficiência que se dirigiam até a agência de empregos na busca por uma vaga de emprego. Sendo assim, o trabalho teve as seguintes etapas de investigação: apuração de demanda de estágio; reconhecimento do local de estágio; com suas normas, funções e modos de funcionamento, incluindo aspectos legais; coleta de informações de profissionais envolvidos com questões referentes à pessoa portadora de deficiência; e obtenção de informações por parte de pessoas portadoras de deficiência interessadas em emprego, assim como de empresas que empregam esta mão-de-obra. Constatou-se por parte dos portadores de deficiência uma escassez de informações em vários aspectos: quanto à deficiência, legislação pertinente, amparos e possibilidades de atuação. A baixa escolaridade também se expressou fortemente entre os entrevistados. Quanto aos órgãos empregatícios evidenciou-se a necessidade de um preparo para a admissão desta mão-de-obra, não ficando apenas ao encargo destes funcionários em fazer sua adaptação ao ambiente de trabalho. Quanto à agência prestadora de serviços, no que se refere às vagas de emprego, é importante o desenvolvimento de um trabalho mais integrado, para que desta forma, torne-se mais comprometido e de máxima eficiência. No momento, se faz necessário um trabalho junto aos portadores de deficiência no que se refere à esclarecimentos. Acredita-se que desta forma, esse maior grau de instrução os movimente também para uma ação de reivindicações que podem influenciar todas as instâncias nos quais participam: família, trabalho, igreja e poder público. Conseqüentemente propicia-se a construção de uma nova visão acerca destas pessoas, o que pode vir a colaborar no processo de inserção social nos diversos âmbitos da sociedade, principalmente, no que se refere ao trabalho. Palavras-chave: deficiência, trabalho, inserção.

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Londrina - de 23/11 a 01/12 de 2006 41. Empresa familiar segundo a literatura Freitas, Lívia; Furtado, Laís D’Angelis; Ricieri, Marilúcia Empresa familiar é aquela que se encontra nas mãos de um indivíduo ou dos membros de uma mesma família. Também pode-se dizer que uma empresa é familiar quando nesta há valores institucionais ligados à família e a sucessão está vinculada a esta. A literatura aponta que os principais pontos fracos de empresas familiares são promoções e/ou contratação de parentes por favoritismo, resistência ao marketing, sistema de planejamento inexistente ou deficitário. Os principais pontos fortes apontados são a lealdade e o empenho dos colaboradores para o sucesso da empresa e o sistema de decisão mais rápido em função da menor hierarquização dentro da organização. O presente trabalho foi realizado com o objetivo de desenvolver na prática capacidades de análise e de intervenção psicológica no domínio organizacional. Foi realizada uma pesquisa de campo por meio de entrevista aberta com colaboradores com o intuito de identificar as características da organização, o que está relacionado invariavelmente a sua condição de empresa familiar. Observou-se uma grande identificação dos colaboradores com a empresa, pouca pressão de gerentes e supervisores sobre seus subordinados durante o período de trabalho, facilidade de comunicação com a diretoria, devido a menor hierarquização dentro da organização, confiança entre todos os colaboradores da empresa, e desta em relação aos mesmos, comprometimento destes com o trabalho. Adicionalmente, as entrevistas também demonstraram que as promoções e contratações são por indicação, que não existe plano de carreira, que são poucos os programas de desenvolvimento pessoal e integração dos colaboradores, que são poucos os benefícios e que não existe um plano de metas ou o mesmo não é repassado aos colaboradores da organização. Portanto, constatou-se que coincidem as características de empresas familiares, apontadas pela literatura, com várias das características identificadas na organização em questão, tanto no que se refere aos pontos fortes quanto no que se refere aos pontos fracos. Palavras-chave: empresa familiar, pesquisa de campo, colaboradores.

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Londrina - de 23/11 a 01/12 de 2006 42. Proposta de implantação e desenvolvimento do Setor de Recursos Humanos na empresa Incolustre Indústria e Comércio de Lustres Ltda Aguiar, Bruna de Mores; Soeiro, Aline da Costa; Ricieri, Marilúcia O papel do psicólogo organizacional é de um agente transformador que busca compreender a subjetividade do momento, do homem, do trabalho e do profissional enquanto indivíduo e trabalhador. Assim, o objetivo desse trabalho foi possibilitar as estagiárias conhecimento e experiência dentro da área de Recursos Humanos e ainda promover melhoria na qualidade de vida dos trabalhadores e no andamento geral da empresa. O trabalho foi desenvolvido com os noventa funcionários da empresa dos setores de produção, administração, show-room e diretoria. Foram realizadas visitas a estes setores, triagem e entrevistas com quadro de funcionários, descrição e análise de cargos, readequação do organograma, seleção, viabilização da proposta de informatização dos dados cadastrais dos funcionários e da elaboração de um banco de dados com o auxílio da Empresa Júnior de Computação (UEL) e contato com o projeto de extensão de Ginástica Laboral (UEL). Por meio desse estágio pôde-se observar a necessidade de criar um espaço dentro da empresa especializado na gestão de pessoas onde as variáveis que influenciam seu comportamento sejam verificadas, discutidas e se necessário modificadas. Notou-se que o psicólogo deve ter espaço para que suas sugestões sejam analisadas, e dever ter também conhecimento da rotina da organização, dos funcionários e de suas necessidades. Portanto, todos os fatores cabíveis a um psicólogo dentro de uma empresa devem ser valorizados pela diretoria como de relevante influência para as decisões da organização, ou seja, para aumentar sua produtividade e seu lucro. Tornou-se evidente a importância do processo seletivo adequado às necessidades da empresa por isso a relevância de realizar a descrição, análise de cargos e organograma plausíveis. Ainda foi possível verificar que a forma de gestão que as organizações empregam deve considerar a qualidade de vida do trabalhador no seu cotidiano, visto que a saúde mental dos trabalhadores tem influência direta no seu desempenho e no alcance dos objetivos da empresa. No entanto, observou-se que o papel do psicólogo ainda parece ser considerado por muitos empresários e diretores como um fator secundário dentro das organizações, por isso a dificuldade de colocar em prática as sugestões de melhoria oferecidas. Palavras-chave: psicologia, recursos humanos, empresas.

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Londrina - de 23/11 a 01/12 de 2006 43. Particularidades do processo de seleção de uma empresa do ramo de varejo Rocha, Amanda Soares; Ricieri, Marilúcia Desde o início da industrialização nos países capitalistas até os dias atuais a área de recursos humanos passou por muitas modificações. Estas se intensificaram a partir da década de 90, quando passou a ser parte integrante da estratégia de negócios da organização, sendo chamada de Gestão de Pessoas. A partir daí, o fator humano nas organizações foi adquirindo importância a medida que as próprias empresas foram crescendo e desenvolvendo-se. A Psicologia Organizacional estabeleceu sua função, tornando-se responsável pela produtividade e integração do individuo dentro da organização para um melhor desempenho. A área de seleção de pessoas dentro da organização também passou por profundas mudanças. Os instrumentos tradicionais de seleção decaíram, dando lugar aos procedimentos que permitem avaliar competências e habilidades individuais do candidato.O presente trabalho foi visa descrever e avaliar o processo seletivo de uma empresa do ramo de varejo da cidade de Londrina. Observou-se que a única técnica utilizada durante os processos seletivos foi a entrevista. As mesmas eram agendadas de acordo com as solicitações da assistente de recursos humanos para o preenchimento das vagas. As entrevistas eram estruturadas usando-se de questionamentos de ordem psicológica e de competências técnicas do candidato. Ainda pôde-se perceber que eram feitas perguntas de ordem tradicional, ou seja, perguntas abertas que permitiam que o candidato discorresse em termos gerais a respeito do que lhe foi proposto. Como propostas, sugere-se que outras técnicas de seleção, como dinâmicas de grupo e aplicação de testes psicológicos sejam realizadas, além de se incluir perguntas de ordem comportamental durante as entrevistas, a fim de obter-se uma maior qualidade do processo seletivo. É importante que sejam analisadas as medidas e procedimentos feitos no decorrer e no final do processo, pois estes dados podem indicar pontos passíveis de aperfeiçoamento do mesmo. Percebeu-se que o índice de rotatividade tem sido o único indicador utilizado para aferir qualidade às praticas de seleção. A avaliação definitiva de qualquer processo de seleção, no entanto, é o desempenho efetivo do novo empregado, que deve ser cuidadosamente avaliado não só durante o período de experiência, mas sim ao longo de toda a sua trajetória profissional na organização. Palavras-chave: seleção; psicologia organizacional; avaliação

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Londrina - de 23/11 a 01/12 de 2006 44. Desenvolvimento de habilidades sociais em adolescentes em uma escola profissionalizante de Londrina. Rocha, Renata Cristina Alves; Ruthes, Ruthe Dione; Santana, Maria Gabriela; Ricieri, Marilúcia O presente estágio teve como objetivo o desenvolvimento de Habilidades Sociais, tais como: Habilidades Sociais de comunicação - iniciar, manter e encerrar conversação, fazer e responder perguntas, gratificar e elogiar, dar e receber feedbacks; Habilidades Sociais de civilidade - expressar solidariedade, desculpar-se, agradecer, cumprimentar, despedir-se, apresentar-se; Habilidades Sociais de assertividade e enfrentamento - manifestar opinião e sentimentos, concordar, discordar, aceitar e recusar pedidos, admitir falhas, estabelecer relacionamento afetivo e lidar com críticas e Habilidades Sociais de Trabalho - trabalhar em equipe, falar em público, resolver problemas, tomar decisões. Este trabalho foi realizado com aproximadamente 25 adolescentes da Escola Profissional do Menor de Londrina – Epesmel, sendo divididos em dois grupos, grupo A, com 1 hora e 10 minutos de duração, e grupo B, com 1 hora e 30 minutos, realizados uma vez por semana cada. Para a realização do trabalho foram utilizadas dinâmicas de grupo como forma de promover o desenvolvimento dessas habilidades. A partir dos primeiros encontros, os quais tinham como objetivo observar como os participantes trabalhavam em grupo e os comportamentos que apresentavam com mais freqüência, foi possível constatar quais eram as maiores dificuldades que apresentavam no que se refere às Habilidades Sociais, permitindo assim, um elencamento dos comportamentos socialmente habilidosos a serem trabalhados com os adolescentes. Após terem sido exploradas tais habilidades, optou-se por atividades em que os adolescentes tivessem que realizar tarefas em que o resultado dependeria da maneira como eles agiriam trabalhando em grupo. Percebeu-se que eles conseguiram atingir o objetivo da atividade, uma vez que mostraram saber conduzir a situação, ouvir a opinião do outro e expressar a própria opinião e dividir tarefas. Nos últimos encontros, buscou-se retomar todo conteúdo já trabalhado, abrindo espaço para feedback dos adolescentes em relação ao processo do grupo. De forma geral, os adolescentes apontaram que no início alguns não tinham amizade entre si e tinham vergonha de falar, no entanto, perceberam que passaram a se conhecer tornando-se amigos, o que acabou facilitando uma maior exposição de si durante os encontros. Cada um apontou o que mais gostou, sendo citadas algumas atividades específicas, como uma dinâmica, outros citaram os temas abordados que foram mais importantes, como a expressão de sentimentos e a questão das diferenças. Assim, pode-se concluir que as orientações dadas e os temas propostos puderam contribuir para a formação e o desenvolvimento dos adolescentes, atingindo desta forma, os objetivos propostos pelo estágio. Palavras-chave: grupos, adolescência, habilidades sociais.

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Londrina - de 23/11 a 01/12 de 2006 45. Saúde mental dos profissionais da Área da Saúde Carvalho, T. A. M; Nascimento, L. M; Salton, V. A.; Matias, M. C. M A presente pesquisa tem o propósito de investigar as implicações da organização do trabalho para a subjetividade dos trabalhadores. Tem-se percebido que em algumas profissões ou determinados setores a ocorrência de doenças ligada ao trabalho se manifesta em uma maior incidência. É caso, por exemplo, dos profissionais da área da saúde. Neste trabalho procurou-se analisar questões relacionadas à interação indivíduo-trabalho, a partir do quadro de funcionários de uma UBS – Unidade Básica de Saúde -- no município de Londrina-Paraná. Tem-se como proposta um olhar a partir da perspectiva da Estratégia de Saúde da Família. Esta é uma tentativa de mudança do modelo de saúde pública curativa para um modelo preventivo. A ESF propõe a proteção e a promoção da saúde, considerando a subjetividade do indivíduo e não simplesmente seu estado físico. As equipes são compostas basicamente de médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem e agentes comunitários. Foram realizadas leituras acerca do tema pesquisado, observação da rotina da UBS, acompanhamento das visitas domiciliares e entrevistas com os profissionais. O procedimento se deu por meio de um roteiro de entrevistas semi-estruturado e por uma observação de campo de abordagem qualitativa. O trabalho realizado teve como aspectos mais relevantes, os apontamentos sobre o funcionamento, a realidade e os ideais do SUS, e do PSF. Pôde-se ter uma visão do que acontece hoje em unidades de saúde do município de Londrina e que muitas vezes, como observado, contradiz as cartilhas sobre as diretrizes do Programa implementado pelo Governo. Este cenário, conforme as observações realizadas, pode trazer conseqüências para a saúde mental do profissional da área da saúde. É importante ressaltar que as entrevistas e o cronograma de atividades da pesquisa foram prejudicados devido a uma greve de 100 dias dos servidores públicos de Londrina, incluso a área da saúde. Além disso, tendo em vista o quadro de funcionários da unidade e o número de entrevistados, as análises não são conclusivas, pois correspondem a uma parcela da população pesquisada. Palavras-chave: trabalho, subjetividade, Unidade Básica de Saúde.

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Londrina - de 23/11 a 01/12 de 2006 46. A melhoria do processo de comunicação em uma Unidade Básica de Saúde Jacovozzi, Fernanda Marques; Silva, Kamila Alves; Mansano, Sonia Regina Vargas Sabe-se que o serviço público, principalmente no que diz respeito à saúde, encontra-se com problemas de ordens diversas, tais como falta de recursos financeiros e materiais, baixo salário dos funcionários e pouco incentivo quanto ao desenvolvimento da equipe de trabalho. Na tentativa de amenizar os problemas encontrados no âmbito da saúde, foi criado, em 1994, o Programa Saúde da Família, que visa atender a um modelo integral de atenção à saúde, baseado no princípio da universalidade. O presente trabalho teve como objetivo analisar a relevância do processo de comunicação dentro de uma Unidade Básica de Saúde e sua implicação na qualidade do relacionamento interpessoal. A partir de observações da dinâmica de trabalho e de entrevistas com funcionários de diversas funções, foi feito um diagnóstico, investigando-se os aspectos relevantes sobre os relacionamentos interpessoais, o processo de comunicação e a liderança. Constatou-se que há dificuldades de relacionamento entre os funcionários, sendo que muitos se encontram insatisfeitos com a interação que mantêm entre si. Além disso, pôde-se perceber que há falhas no processo de comunicação, o que prejudica o andamento do trabalho e as relações entre as pessoas. Apesar de existir uma líder formal na Unidade, a liderança também é exercida por alguns funcionários, o que se constitui um fator agravante para os problemas encontrados. Os resultados obtidos apontaram para a necessidade de intervenção nos aspectos deficitários, o que poderia ser feito por meio de treinamentos em grupos. Os treinamentos se fazem importantes, uma vez que a comunicação efetiva entre os funcionários reflete na qualidade de seus relacionamentos interpessoais, tanto em seu ambiente de trabalho quanto fora deste, o que, conseqüentemente, proporciona uma melhor qualidade de vida. Porém, em função da greve ocorrida na Prefeitura não foi possível dar continuidade ao trabalho, sendo que este foi interrompido justamente no momento em que o treinamento seria proposto. Para finalizar o estágio foi elaborada então uma proposta de encaminhamento focalizada na necessidade de treinamento diagnosticada. Palavras-chave: processo de comunicação; relacionamento interpessoal; liderança.

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Londrina - de 23/11 a 01/12 de 2006 47. Implementação de Projetos de Recursos Humanos em uma empresa familiar Freitas, Lívia; Furtado, Laís D’Angelis; Ricieri, Marilúcia Apesar da dificuldade em definir empresa familiar, a perspectiva tradicional considera que esta se caracteriza por um controle da propriedade nas mãos de um indivíduo ou dos membros de uma mesma família, sendo a gestão da empresa e a vontade do proprietário transmitida para a próxima geração. Neste contexto foi realizado um trabalho em uma empresa de grande porte da cidade de Rolândia – PR, sendo o público alvo os colaboradores desta. Este trabalho objetivou a aquisição de competências teóricas e práticas no conhecimento e reconhecimento da especificidade da intervenção da Psicologia das Organizações e do Trabalho na Gestão de Recursos Humanos, com o do uso de instrumentos e técnicas da área. Foram elaborados projetos de acordo com as necessidades constatadas em uma pesquisa de campo informal, onde pela própria disponibilidade dos colaboradores, somente dois projetos puderam ser realizados: Análise e Descrição de Cargos e Recrutamento e Seleção. A Análise e Descrição de Cargos foi realizada por intermédio de um questionário respondido com discurso escrito pelo colaboradores de cada cargo. O recrutamento foi realizado por um órgão público situado na mesma cidade que a empresa, e o processo seletivo elaborado pela estagiárias constou de 2 etapas: a primeira seria as dinâmicas de grupo e segunda a entrevista semi-estrutrada com questões relativas ao cargo, a habilidades pessoais e questões de caráter situacional de resolução de problemas. Análise dos dados foi de forma comparativa correlacionando as duas etapas e habilidades/competências para o cargo. Os resultados apresentados na Pesquisa de Campo demonstram que a empresa em questão apresenta muitos aspectos de uma empresa familiar, corroborando com a literatura sobre o tema. Nesse sentido algumas mudanças podem ser implementadas com relação aos pontos fracos para uma melhor eficácia da organização. A seleção ajudou a sistematizar um processo mais adequado para contratação de profissionais e em uma delas pode-se constatar de maneira informal a efetividade do processo. Com o Manual de Cargos este processo pode ser facilitado, além de dar margem para outros trabalhos como treinamento, avaliações em geral e outros planejamentos da empresa. Recomenda-se a manutenção dos projetos já viabilizados no ano de 2006, a implementação daqueles que foram propostos, e algumas mudanças focalizando os pontos fracos da empresa podem ser realizadas de acordo com um estudo mais pormenorizado, norteado pelos resultados apresentados na Pesquisa de Campo já realizada. Palavras-chave: análise e descrição de cargos, empresa familiar e recrutamento e seleção.

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Londrina - de 23/11 a 01/12 de 2006 48. Implementação de programa de desenvolvimento interno para otimização do desempenho organizacional Silva, Lívia Maria Ferreira; Ricieri, Marilúcia A proposta deste trabalho surgiu a partir da atuação de uma aluna do 5º ano de Psicologia como Gestora da Elo Consultoria – Empresa Júnior de Psicologia da Universidade Estadual de Londrina. Através dessa atuação, iniciada em Agosto de 2004, foi possível realizar observações e constatações que permitiram elaborar correlações com o referencial teórico adotado, tornando a Empresa Júnior um espaço para a produção do conhecimento e construção de práticas em Psicologia Organizacional e do Trabalho. Este trabalho faz - se importante na medida em que não há nenhum trabalho sobre a implementação de um RH estruturado em Empresa Júnior até o momento, já que esta realidade requer cuidados específicos e também olhares diferenciados pela sua dinâmica. O objetivo geral foi estruturar e implantar programa de desenvolvimento de RH, avaliando a performance dos membros da Empresa Júnior ELO Consultoria. Os procedimentos adotados foram: entrevistas de desligamento com ex-membros; treinamento técnico e on the job, questionário de coleta e acompanhamento do desenvolvimento dos membros; entrevistas individuais com os membros, plano de carreira dos membros consultores. Os instrumentos utilizados foram: técnicas de análise e desenvolvimento interpessoal; questionários para avaliação do grau de conhecimento de assuntos pertinentes aos serviços prestados pela empresa, para cada membro, avaliação de desempenho dos membros: com enfoque em competências e 360 o; questionário sobre dificuldades no funcionamento do grupo; e tabulação e gráficos dos dados de acompanhamento obtido pelos questionários aplicados, a fim de mensurar o desenvolvimento dos membros no decorrer do ano. Observou-se através dos dados coletados um desenvolvimento significativo do grupo no que se refere às competências avaliadas, coesão, conhecimentos acerca da empresa, bem como o comprometimento dos membros com a mesma. Sendo assim, pode-se dizer que o programa de desenvolvimento implementado atingiu seus objetivos, e propiciou um crescimento pessoal e profissional para os membros da empresa. Palavras – chave: empresa júnior, desenvolvimento de rh, psicologia organizacional e do trabalho.

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PSICOLOGIA SOCIAL

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Londrina - de 23/11 a 01/12 de 2006 49. Saúde mental: um estudo de caso acerca da psicodinâmica do trabalho em uma instituição psiquiátrica Lunardelli, Bruna; Theodoro, Apolo; Gonçalves, Sebastião Ovídio Trata-se de uma pesquisa exploratória, de cunho qualitativo, que pretendeu compreender como o trabalhador de instituições psiquiátricas convive, no seu dia-a-dia, com um ambiente de sofrimento e dor e como tal trabalho reflete-se em seu corpo e, especialmente, em seu psiquismo. O referencial teórico que embasou esta pesquisa foi a teoria da Psicodinâmica do Trabalho, de Dejours. Foi realizado um Estudo de Caso, sendo o sujeito desta pesquisa do sexo feminino, de 28 anos, funcionária de uma instituição psiquiátrica da cidade de Rolândia/ PR, na qual desempenha a função de enfermeira chefe. Utilizando-se um roteiro semi-estruturado, realizou-se uma única entrevista, na casa do sujeito, que foi gravada e posteriormente transcrita. A análise da entrevista foi feita sem uma proposta definida, mas por meio de construções coletivas concentradas nas informações obtidas na entrevista e à luz do referencial teórico deste trabalho, procurando sempre destacar os elementos que pudessem oferecer informações sobre como o indivíduo afeta e/ou é afetado pelo seu trabalho em uma instituição psiquiátrica. A partir da análise dos dados, pôde-se perceber que a organização do trabalho da instituição psiquiátrica a qual pertence a entrevistada afeta a saúde dos seus trabalhadores. Principalmente em relação à saúde mental, que é afetada negativamente, pois dois funcionários estão afastados do trabalho em função de quadros depressivos. Além disso, a rigidez de tal organização provavelmente deve estar colaborando para os altos níveis de rotatividade de funcionários na instituição. Já a entrevistada parece não ser muito afetada na sua subjetividade pelo trabalho que exerce como enfermeira, uma vez que é ela quem cuida e mantém a organização do trabalho, portanto, pode-se dizer que sua saúde é protegida pelo fato de que ela é a enfermeira chefe da instituição. No entanto, o trabalho administrativo que ela tem que exercer em função desse cargo de chefia parece lhe sobrecarregar e desagradar, o que mostra que quando submetida a uma organização do trabalho, exterior a ela e que vai contra seus desejos e aspirações, ela sente os efeitos de um trabalho que bloqueia suas descargas psíquicas, sendo o que ela caracteriza como desgaste psicológico e sobrecarga as conseqüências de um trabalho fatigante. Espera-se que esta pesquisa estimule outros estudos acerca desse assunto extremamente relevante, bem como pesquisas que englobem mais sujeitos e diferentes metodologias, a fim de se averiguar a extensão dos dados aqui encontrados e dos variados impactos na subjetividade e na saúde destes trabalhadores. Palavras-chave: saúde mental. Dejours. instituições psiquiátricas.

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Londrina - de 23/11 a 01/12 de 2006 50. Trabalho voluntário realizado no Instituto do Câncer de Londrina Delmoro, Elaine; Silva, Fábio Ferreira; Lima, Fernanda; Kawata, Heloisa de Oliveira; Nakaya, Karen Mayumi; Valle, Maria Cristina Carreira O voluntariado vem crescendo, ganhando maior visibilidade e respeitabilidade, nas mais variadas formas de participação social e está historicamente associado a um caráter religioso, assistencialista, paternalista e de ajuda às pessoas carentes e menos favorecidas. Dentre os locais de atuação dos voluntários o hospital é um dos que se destacam com maior número de participação. Para observar a funcionalidade do voluntariado, surgiu a idéia de realizar uma pesquisa sobre este no Instituto do Câncer de Londrina. Foram realizadas entrevistas com 5 mães de pacientes que aguardavam atendimento na ONG Viver, 6 funcionários da equipe do Instituto do Câncer e 10 voluntários, das três frentes existentes, sendo 3 da Casa de Apoio, 4 da ONG Viver e 1 do Lanche. Foram elaborados três roteiros, um para entrevistas com a família, um para a equipe do hospital, e um para os voluntários, que foi adaptado para cada uma de suas frentes. Trata-se de uma pesquisa de cunho qualitativo, priorizando o conteúdo das falas e peculiaridades do sujeito, abandonando dados quantitativos e estatísticos. A coleta foi realizada durante os meses de Setembro e Outubro de 2006. Pôde-se constatar, a partir dos dados obtidos, que a forma como o trabalho voluntário é realizado ainda possui fortes traços assistencialistas e religiosos. Percebemos que eles não têm uma concepção de responsabilidade social bem como que esta troca de informações não está presente entre os voluntários e a equipe do hospital, o que pode causar problemas. Como não há um critério de admissão, nem um treinamento para os voluntários, é grande a probabilidade de que estes não tenham um preparo adequado para lidar com as situações que podem encontrar. Com tudo que foi visto nesta pesquisa, pôde-se observar que o trabalho voluntário é importante e traz benefício. Entretanto, uma melhor organização do mesmo, através de estabelecimento de critérios para seleção dos voluntários, pessoas que sejam responsáveis pelo treinamento e supervisão dos mesmos, bem como uma aproximação dos voluntários com a equipe médica e familiares pode contribuir para o bem estar do paciente. Como se conhece pouco sobre as ações realizadas pelo trabalho voluntário, bem como os resultados obtidos com este, faz-se necessária a realização de mais estudos a respeito deste assunto, visto que pesquisas desta natureza só tem a contribuir para o crescimento e o fortalecimento do trabalho voluntário na saúde. Palavras- chave: Trabalho voluntário, Instituto do Câncer, Família, ONG.

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Londrina - de 23/11 a 01/12 de 2006 51. Sexualidade infantil Csiky, Carolina Fouquet; Zago, Márcia Cristina; Tavares, Mônica da Silva; Reis, Reinaldo Eriberto; Galvão, Sandra Regina; Roncon, Valéria; Mansano, Sonia Regina Vargas O tema da Sexualidade sempre foi cercado de muita polêmica e gera dificuldades nos diferentes contextos em que é abordado, seja na família, na escola, nas rodas de amigos ou na sociedade em geral. Grande parte das inibições em discutir a sexualidade ocorre porque esse tem sido um assunto considerado “proibido”, “feio” e até mesmo “sujo”. Com todo esse estigma, o esclarecimento adequado sobre a sexualidade infantil acaba prejudicado, uma vez que no período da infância os pais tendem a ter dificuldades para esclarecer as dúvidas das crianças a respeito do tema. Portanto, abordar a sexualidade desde a infância de maneira franca e sempre com informações precisas é a melhor atitude para se prevenir que as crianças cresçam com dúvidas acerca dessa importante dimensão da existência. Em meio a todo esse contexto, apesar de o ensino da sexualidade se mostrar cercado de questionamentos, o objetivo principal que buscamos com esse trabalho foi a abertura de um espaço para que as alunas do magistério pudessem refletir e discutir, a partir de questionamentos contextualizados, as questões relativas à temática dentro do ambiente escolar; visando assim capacitá-las para a melhor abordagem do assunto. Para tanto, procuramos estruturar o curso de modo que o mesmo abordasse, inicialmente, reflexões a respeito do entendimento que as alunas tinham a respeito do sexo, da sexualidade e, finalmente, da sexualidade infantil. A partir da discussão desses conhecimentos prévios, foi possível se desfazer idéias equivocadas, ao mesmo tempo em que se propunha algumas alternativas para lidar com situações do contexto cotidiano das alunas. O curso ofereceu espaço para a apresentação e análise de situações reais, com exemplos de alunos entre zero e oito anos. Nesse processo, tanto os estagiários quanto as alunas puderam aprender muito com as informações trocadas. Particularmente para os estagiários foi muito gratificante perceber o desenvolvimento que as alunas tiveram ao longo do curso. Palavras-chave: sexualidade, sexualidade infantil, capacitação de professores.

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Londrina - de 23/11 a 01/12 de 2006 52. As bases filosóficas do monismo e dualismo e suas implicações para a psicologia Venancio, Luisa Peçanha; Belli, Marcel Vicente de Souza O presente trabalho tem como objetivo traçar as origens histórico-filosóficas das concepções monista e dualista. Platão e Descartes defendem a concepção racionalista, que afirma que só através da razão é possível se chegar ao conhecimento verdadeiro, já que nossos sentidos nos enganam. Essa filosofia embasa o dualismo, que sustenta a idéia de que há uma separação entre mente e corpo. Por sua vez, outra corrente filosófica, o materialismo, que tem como seu ícone Spinoza, defende a idéia de que mente e corpo são compostos pela mesma substância. E, portanto a divisão entre eles torna-se desnecessária. Essa filosofia serve como base para a concepção monista de ser humano. No que se refere à psicologia, essas visões de homem fundamentam duas de suas principais correntes: o dualismo sustenta a psicanálise de Freud; e o monismo, o behaviorismo radical de Skinner. As filosofias monista e dualista embasam, tanto as formulações teóricas, quanto as aplicações práticas da psicologia. Dessa forma, é importante que o profissional tenha conhecimento sobre essas correntes filosóficas e suas implicações, buscando constantemente respaldo teórico-filosófico para sua atuação. Esse texto servirá para expor essas questões, a fim de promover um primeiro contato. Entretanto, a partir da escolha de cada profissional, deverá haver um aprofundamento a respeito de uma ou outra concepção. Palavras-chave: monismo, dualismo, racionalismo, materialismo.

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Londrina - de 23/11 a 01/12 de 2006 53. Rede Arte-Educação: uma interlocução possível Delmoro, Elaine; Vasconcelos, Guilherme; Cordeiro, Hernandes Souza; Mettifogo, Letízia Scorpioni; Barros, Luana Oshiyama; Boszezowski, Luciana Maluf; Leite, Marco Correa; Calzavara, Marília Bendlin; Duarte, Muriel Parreira; Locatelli, Priscila; Pires, Taciana Coli; Staub, Taisa Honesko; Aida, Vanessa Myuki Hiruo; Nunes, Victor Bath Pereira; Fonseca, Victor Mallozi; Vergara, Alcides José Sanches; Chaves, Sonia Maria Moretti Esse trabalho se refere a um estudo psico-social centrado na análise e intervenção no processo de construção de identidade no contexto das ações culturais desenvolvidas no âmbito das políticas públicas de inclusão social implementadas pela Secretaria Municipal de Cultura da cidade de Londrina através do programa Rede da Cidadania. A abordagem teórica utilizada recolhe contribuições dos campos dos estudos culturais e da psicologia social. Tem como objetivos aproximar a Psicologia Social dos Estudos Culturais e do debate contemporâneo sobre a política de identidade; conhecer as ações em rede do programa enquanto instrumento de política pública de inclusão social e promoção de qualidade de vida e da cidadania. Busca-se aproximar a investigação científica da prática social oportunizando aos alunos de psicologia um contato com a metodologia da pesquisa participante. Trata-se de analisar e intervir utilizando-se de diferentes procedimentos e técnicas de investigação de diferentes campos do conhecimento, tendo como eixo à produção de “novos sentidos e usos” da cultura, da identidade e da subjetividade. Para isso, dividiu-se a equipe em quatro grupos que estão acompanhando o desenvolvimento das oficinas e as produções nas linguagens (Capoeira, Hip Hop, Circo e Dança), nas quatro regiões da cidade. Esse acompanhamento envolve, visitas as oficinas de formação e produção de espetáculos, entrevistas e grupos de discussão com os alunos e educadores da rede, artistas e produtores culturais e o público. Está sendo realizado um registro detalhado por meio do diário de campo, do circuito de formação, produção e fruição cultural. As implicações metodológicas desse tipo de investigação buscam romper com as fronteiras na produção de conhecimentos através da aproximação da ciência enquanto prática social. O que está em jogo não é tão somente a produção de novos conhecimentos, mas a implicação e o compromisso com a transformação da realidade estudada. Procura-se compreender a cultura como campo de produção de significados no qual os diferentes grupos sociais situados em posições diferentes de poder, lutam pela imposição de seus significados à sociedade. O que está centralmente envolvido é a definição da identidade social e cultural desses diferentes grupos. Espera-se que os alunos ao produzir indicadores qualitativos, possam vivenciar uma atividade que aproxima a Psicologia da vida e da produção de sentidos no cotidiano. A linguagem enquanto possibilidade de expressão da subjetividade individual e social e instrumento de transformação das relações simbólicas e materiais é o meio privilegiado desse processo. Palavras-chave: cultura; identidade; psicologia

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Londrina - de 23/11 a 01/12 de 2006 54. Resgate das histórias de vida em uma casa abrigo Camargo, Ariane de Oliveira; Vieira, Mayra Martins; Fuziy, Michelle Hattori; Andrade, Márcia Campos Durante a Revolução Francesa (séculos XVIII e XIX), surge a Psiquiatria que enuncia a possibilidade de transição entre os registros da razão e da desrazão, transformando-os em um registro: a razão dialética. Assim, a loucura passa a ser vista como enfermidade, o que traz a possibilidade de uma cura. Em 1993 instaura-se, em Salvador – BA, o movimento nacional de luta Antimanicomial. A partir dessa época, começa-se a questionar o modelo psiquiátrico vigente. Desde então, passa-se a priorizar o paciente, o ser humano e não a doença. O louco é trazido de volta à sociedade e retirado do ostracismo imposto por tantos anos. A implementação dos Serviços Residenciais Terapêuticos (SRT) constitui uma alternativa às novas diretrizes e superação do modelo centrado no hospital psiquiátrico. O trabalho foi efetuado por três estagiárias cursando o quinto ano de psicologia na Universidade Estadual de Londrina (UEL), sob supervisão semanal de uma docente desta instituição, visando complementar a formação acadêmica das estagiárias e como forma de atender a solicitação das seguintes instituições, CAPS III, com a finalidade de conhecer de perto a realidade dos serviços substitutivos de saúde mental e Casa do Bom Samaritano, com o objetivo de vivenciar um pouco do processo de desinstitucionalização da loucura. Através de observação participativa no CAPS III, bem como leitura dos prontuários dos usuários dos serviços de saúde mental da Casa do Bom Samaritano. Foram complementarmente realizadas visitas para conhecer a Casa, que abriga moradores de rua e pacientes psiquiátricos que perderam os vínculos familiares em suas muitas internações, e seus profissionais. Este trabalho deu-se sob a forma de grupo terapêutico, realizado semanalmente, sendo que as atividades eram previamente programadas durante supervisão e de acordo com as demandas surgidas no grupo, no intuito de desenvolver a relação trabalho e autonomia através de atividades concretas pautadas no cotidiano dos participantes. O grupo terapêutico teve um papel fundamental em relação às observações, pois orientavam e chamavam a atenção das estagiárias para situações que antes passariam desapercebidas. Foi criado um espaço de subjetivação para os membros do grupo, não devendo este ser negligenciado. Notou-se a necessidade de se criarem oficinas terapêuticas e de geração de renda, pois não há nenhum programa de atividades ocupacionais em vigor na Casa. Palavras- chave: luta antimanicomial, saúde mental, residência terapêutica.

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Londrina - de 23/11 a 01/12 de 2006 55. Arte e penitenciária Galvão, Sandra Regina; Gonçalves, Sebastião Ovídio O sistema penitenciário possui uma história marcada pelo sofrimento físico e psíquico, assim como aborda Foucault em “Vigiar e Punir”. Esse surgiu como uma “necessidade” de higienização, na tentativa de limpar as ruas da sociedade, servindo como um “depósito de criminosos”. As cenas chocantes de violência ao corpo são substituídas pela privação da liberdade e destruição da identidade do sujeito carcerário. Quando nessa condição, os indivíduos passam a fazer parte de uma rotina imposta e não mais possuem a liberdade, seja de andar livremente pelas ruas, seja de agir e pensar. O que se vê, porém, é que esse sistema possui uma série de equívocos. Enquanto alto valor financeiro é gasto na construção de presídios e manutenção os crimes continuam a ocorrer e as cadeias passam a não suportar mais o número de presos. De qualquer forma, enquanto não se apresenta um sistema penitenciário mais justo e humano, algumas práticas devem ocorrer na tentativa de diminuir o sofrimento humano dentro das cadeias. Uma ótima forma de trabalho nesse sentido é a arte. A arte possibilita que o sujeito descubra mais de si mesmo e se expresse. Essa tem sido uma saída para diversos presos que, após participarem de aulas de música, teatro, artesanato etc., descobriram novas possibilidades. O presente trabalho não possui o objetivo de contribuir com uma nova forma de sistema. Ele resgata a história da punição, sempre vantajoso à quem pune e nunca a quem é punido e fala a respeito do massacre da subjetividade dos indivíduos que hoje vivem dentro de penitenciárias. No entanto, ele apresenta a arte como uma forma libertadora dentro dos presídios, e que torna o mundo dentro dos muros de uma penitenciária mais produtivo e humano, já que estamos tratando de humanos. A utilização da arte é uma realidade em diversos presídios do Brasil e mostra resultados favoráveis. Esse trabalho se justifica pela importância da reflexão a respeito do atual sistema carcerário, assim como da ação junto a essa realidade. Ele inicia um conhecimento a respeito da arte e penitenciária, objetivando uma reflexão crítica a respeito do assunto, e abre uma possibilidade de ação através de projetos futuros que possam abordar o tema. Para o curso de Psicologia, em especial, isso se faz importante já que os profissionais dessa área buscam essencialmente um menor sofrimento humano. Palavras-chave: penitenciária, arte, libertadora, humano, subjetividade.

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Londrina - de 23/11 a 01/12 de 2006 56. Comportamento do consumidor Camporezzi, Luana; Tomazella, Nicole; Batistela; Silmara; Canato, Thalita; Lima, Alexandre Bonetti A publicidade se caracteriza pela promoção de vendas de um produto, ou seja, cabe a ela influenciar e persuadir o comportamento do consumidor, fazendo com que este deseje e se interesse pela coisa anunciada. De maneira semelhante, o propósito do marketing também consiste em satisfazer as necessidades e os desejos dos clientes-alvo. Considerando que o comportamento de consumir é parte integrante da vida de nossa sociedade, o presente trabalho teve como objetivo o estudo das múltiplas variáveis envolvidas no comportamento do consumidor. Foi feito estudo de algumas bibliografias da área a fim de buscar quais são as variáveis mais focadas pelos profissionais do marketing e publicidade. De um modo geral, são muitas as variáveis que influenciam o ato de comprar, devendo todas elas ser levadas em conta no momento da promoção e venda de um produto. É necessário saber da natureza humana, como suas necessidades básicas, desejos, paixões que o fazem agir, bem como seus hábitos e motivos de compra, e associar essas informações às características do mercado, analisando as reações, hábitos e motivos de compra do consumidor típico. Assim são considerados fatores culturais, sociais, pessoais e psicológicos, sendo os culturais o principal determinante no ponto de vista de muitos pesquisadores. Atualmente, um dos fatores que mais tem ganhado atenção e foco nas pesquisas ultimamente são os situacionais, ou seja, o arranjo do ambiente de compra, como posição de prateleiras, corredores, posicionamento dos produtos, etc., visto a maioria dos produtos comprados serem decididos no momento da compra. O ato de consumo ainda pode ser visto como um processo social, no qual sua dinâmica deve ser pensada de acordo com uma avaliação crítica, que ressalte seus históricos sociais e culturais, afim de que apontem para as variações dos padrões de consumo. Enfim, ao focar o comportamento do consumidor, deve-se ter claro em mente que este se trata de um processo multideterminado, podendo ser analisado e trabalho sob diferentes aspectos. Ou seja, trata-se de uma rede de múltiplas variáveis que se entrelaçam e determinam ou não o ato de consumo. Palavras chave: comportamento do consumidor; publicidade; marketing

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Londrina - de 23/11 a 01/12 de 2006 57. A relevância da intervenção psicológica em pacientes com diagnóstico de diabetes”. Borino, Fabiana, D.; Crespo, Jerusa C. C.; Otsuka, Celisse Y. Esta pesquisa procurou investigar o processo de aceitação da doença, adesão ao tratamento, bem como a relevância da intervenção psicológica no tratamento dos indivíduos com diabetes. Como se trata de uma doença crônica é necessário que haja adesão ao tratamento, porém muitos fatores dificultam esse processo devido às alterações no estilo de vida que a doença acaba provocando. Ao receber o diagnóstico da doença, observa-se que geralmente essas pessoas têm pouca informação a respeito da doença, e acaba gerando mais ansiedade, dificuldade de aceitação da doença, principalmente se não tem um bom suporte da equipe de saúde. A psicologia também pode contribuir de maneira muito significativa, tanto na parte educativa a respeito da Diabetes, como no apoio psicológico a esses indivíduos a lidar com as mudanças produzidas pela doença. Palavras-chave: diabetes, diagnóstico, adesão ao tratamento, psicologia.

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Londrina - de 23/11 a 01/12 de 2006 58. Analisando os processos psicológicos envolvidos nas propagandas Boldrini, Fabiane; Vicente, Marcella de Oliveira O presente trabalho teve por objetivo compreender os aspectos psicológicos envolvidos na construção das propagandas, tema este pouco explorado pela psicologia, já que existem poucos materiais disponíveis acerca do assunto. Assim, com o objetivo específico de fazer uma leitura sobre os aspectos desenvolvidos pela área de publicidade e propaganda, foi utilizado como referencial teórico o Behaviorismo Radical, cujo autor é Burrhus Frederic Skinner. Para isso, num primeiro momento, foi realizada uma pesquisa bibliográfica acerca do assunto e, posteriormente algumas propagandas de revista foram analisadas. Com relação ao referencial teórico, fez-se importante a contextualização do comportamento de compra, já que este é ponto central dentro da sociedade capitalista. A partir da teoria foi possível analisar quando este comportamento geralmente ocorre, ou seja, em quais situações a conseqüência reforçadora de obter o produto é maior do que a conseqüência aversiva do dinheiro gasto. Além disso, foram considerados os aspectos filogenéticos, ontogenéticos e culturais sobre como surge e como é mantido o comportamento de compra. Observou-se também algumas formas de influenciar a ‘escolha’ do consumidor entre diferentes marcas de um mesmo produto, a compra por imitação, por indicação e as relações feitas entre os estímulos produto-sentimento. Neste último caso, foram encontradas pesquisas que mostram como essa relação aumenta a probabilidade do comportamento de compra ocorrer. Deste modo, a partir de uma revisão teórica, foi possível identificar nas propagandas selecionadas aspectos psicológicos que provavelmente aumentam as chances da compra. Contudo, vale ressaltar que, apesar das diversas formas de publicidade, são as conseqüências adquiridas com o uso do produto que realmente manterão o comportamento de compra do consumidor. Palavras-chave: propaganda, psicologia, behaviorismo radical.

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Londrina - de 23/11 a 01/12 de 2006 59. Funcionários públicos: questões para reflexão Locatelli, Priscila; Gonçalves, Sebastião Ovídio Esta discussão aqui apresentada acerca do funcionalismo público brasileiro pauta-se em questões inquietadoras a todos aqueles que dependem do serviço público, ou nele trabalham. Há rótulos comumente colocados aos funcionários públicos, e os jornais, impressos ou televisionados, estão repletos de denúncias de abusos e situações de descaso que aparecem cotidianamente no trabalho dos servidores públicos, municipais, estaduais ou federais. Os cidadãos que não têm alternativa e procuram atendimento público deparam-se com lentidão, burocracia e muito pouco implicamento do servidor com seu trabalho, que é as mais das vezes mal ou incompletamente feito. Trabalhadores públicos muitas vezes comportam-se como se fizessem um favor à população, mas na verdade são todos empregados dela. Trabalhadores do setor privado precisam reciclar-se, instruir-se, melhorar sempre, num ambiente competitivo. Funcionários públicos prestam concurso e acomodam-se em sua estabilidade. Todo cidadão paga impostos ferinos e com eles financia a máquina estatal, ganhando o direito nem sempre respeitado de ter acesso satisfatório a serviços básicos necessários à sua sobrevivência e à sua qualidade de vida. É dever do estado prover segurança, saúde, saneamento básico, educação, infra-estrutura, iluminação pública e outros serviços básicos a cem por cento da população, no entanto, cada vez mais as pessoas migram para a iniciativa privada, despendendo parte de seus ganhos em pagar por aquilo que na verdade já pagam através de impostos. Proliferam planos de saúde, escolas particulares, planos de previdência privada. A universidade é considerada ainda o último refúgio de qualidade daquilo que o governo oferece à população. Numa ironia, contudo, o acesso a ela é visto como possível apenas àqueles que podem pagar por uma formação básica (Ensino Fundamental e Médio) em escolas particulares. A situação da saúde pública é delicada, e este trabalho faz uma análise sobre ela, mostrando como é possível melhorar o atendimento à população apenas respeitando suas demandas. A prefeitura da cidade paranaense de Londrina enfrentou uma greve de mais de cem dias, e este estudo a analisa sob o ponto de vista da população, que passou toda a sua duração sem acesso a nenhum de seus direitos. Não é possível responder a todas as questões levantadas, mas é possível iniciar uma reflexão consciente sobre elas. Palavras-chave: funcionalismo público, questionamentos, cidadania.

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Londrina - de 23/11 a 01/12 de 2006 60. Opus Dei – o fenômeno psicossocial Lima, Ana Maria; Rangel, Ana Paula; Gatti, Anelisa Beolqui; Pitteli, Bruna Troia; Tazima, Bruno; Nogueira, Camila Vilela; Prudente, Débora; Sé, Déborah; Sicolli, Érica; Noro, Grazielle; Borges, Juliane O Opus Dei – Obra de Deus, do latim – é uma organização católica conservadora conhecida pela busca da perfeição cristã por parte de seus membros. Lutam para implementar ideais cristãos em seus ambientes de trabalho e na sociedade. O presente trabalho tem como objetivo revisitar questionamentos sobre os pilares de funcionamento da organização, lançando um olhar sobre os possíveis processos psicológicos desencadeadores e mantenedores de tal estrutura. Fundada na Espanha em 1928, pelo sacerdote católico José Maria Escrivã, conta hoje com 84 mil membros em 80 países e uma reputação controversa. As acusações incluem cerimônias rituais, de promoção um agenda política de direita, métodos agressivos de recrutamento, lavagem cerebral dos novos adeptos e isolamento dos membros em relação às suas famílias. Dentre as características da organização que chamam atenção estão: sua filosofia, as mortificações corporais, a obediência cega, sua relação com a igreja católica, o recrutamento e o secretismo. Os pilares de sua filosofia baseiam-se na volta às raízes dos princípios da Igreja Católica. Assim, seus membros buscam espalhar o evangelho e catequizar os membros numa busca pela retomada do poder do qual a Igreja usufruiu. Uma análise do fenômeno psicossocial do Opus Dei trouxe conjecturas sobre os processos de integração e manutenção de seus membros. É possível que estes se dêem a partir de, pelo menos, três processos: a glorificação do eu, a mortificação do eu e a legitimação ideológica. A glorificação do eu consiste numa supervalorização da subjetividade dos membros em potencial, garantindo-lhes relações sociais afetuosas junto a este grupo social. Num segundo momento, o indivíduo pode passar por um processo de destruição total de sua subjetividade e a criação de um novo “eu”, baseado nos rígidos princípios filosóficos do Opus Dei. O indivíduo também passa por uma legitimação da ideologia católica através da sacralização de acontecimentos ou pessoas pela referenciação das mesmas a características sobrenaturais, criando relações assimétricas de poder. A naturalização também compõe o processo ideológico. Aqui, os acontecimentos e relações de poder são dados como naturais e, portanto, passíveis de aceitação sem questionamentos. O tema proposto neste artigo é extenso e certamente constitui fonte rica de material para análises de processos grupais. Espera-se que este trabalho ofereça alguma contribuição para tais análises e desperte o interesse para trabalhos posteriores. Palavras-chave: Opus Dei; fenômeno psicossocial

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Londrina - de 23/11 a 01/12 de 2006 61. Vendedores ambulantes na UEL: quem são eles? Stivanin, Daniele; Gonçalves, Sebastião Ovídio Este trabalho tem como objetivo identificar e conhecer as pessoas que trabalham como vendedores ambulantes dentro da Universidade Estadual de Londrina (UEL), enfatizando suas vivências e percepções acerca de sua vida e do mundo do trabalho. Para se alcançar os objetivos propostos, a pesquisa foi elaborada a partir de um levantamento bibliográfico acerca do mundo do trabalho e das modificações socioeconômicas ocorridas nas últimas décadas e sobre os significados do trabalho para o indivíduo. Também fez-se necessário um levantamento do número de vendedores ambulantes que trabalhavam na UEL, onde se localizavam e quais eram seus horários de trabalho. Em um segundo momento, foram realizadas observações diretas nos ambientes de trabalho e com entrevistas abertas semi estruturadas com 07 vendedores que trabalhavam no campus da UEL. Nestas entrevistas, realizadas nos diferentes pontos de vendas desses vendedores, foram abordados temas como a percepção do indivíduo acerca sobre o trabalho, o relacionamento com os alunos, funcionários e com outros vendedores ambulantes, relacionamento com os representantes da UEL, que viabilizaram a sua permanência no campus, organização de sua rotina de atividades, saúde, lazer e perspectivas de futuro. A partir dos dados fornecidos, foi possível verificar que estes trabalhadores iniciaram seu trabalhado na universidade como forma de aumentar a renda e de ter um emprego. Porém, a universidade proporcionou um ambiente de gratificação, com a obtenção de bens, a realização de sonhos e um convívio próximo e amigável com diversas pessoas. A maioria dos entrevistados afirmou que trabalha no campus há vários anos, retratando casos em que a própria vida do vendedor se entrelaça com a história e construção da universidade. Este contato com a realidade da universidade também pode ser útil na medida em que proporcionou um reconhecimento do campus e das atividades nele desenvolvidas, auxiliando na elaboração de novas práticas de organização e de integração de seu espaço Palavras-chave: vendedores ambulantes; psicologia organizacional e do trabalho; universidade.

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Londrina - de 23/11 a 01/12 de 2006 62. O estresse em profissões de risco: Corpo de Bombeiros Omote, Leila Cristina Ferreira; Oliveira, Marilane; Guimarães, Natália Dias; Silva, Natália Ladeira Ferreira; Valle, Maria Cristina Carrera Este trabalho é um projeto de pesquisa e tem como objetivo verificar investigar o estresse em profissões de risco, o que foi feito especificamente, com os policiais militares do Corpo de Bombeiros de Londrina (PR). Tal proposta surgiu da percepção dos problemas apresentados por esses profissionais, causados não só pelas condições de trabalho e convívio direto com situações de risco e morbidez. A atuação do psicólogo, portanto justificou-se no acompanhamento deste trabalho no sentido de procurar diagnosticar e refletir sobre as situações advindas do trabalho.Utilizamos como metodologia de pesquisa uma entrevista semi-estururada a fim de coletar dados relacionados com a rotina desses profissionais. Participaram da pesquisa onze profissionais que atuavam em duas diferentes divisões da corporação (SIATE e brigada de combate a incêndio). Através da análise deste material podemos perceber que profissionais entrevistados não percebem a influência dos fatores envolvidos no trabalho em suas vidas de forma a altera muitas relações sociais e familiares. E que um dos fatores motivacionais o reconhecimento social da profissão e a visão positiva da família em relação a esta atividade considerada de risco. Desta forma, e utilizando os aspectos positivos da profissão, entendemos ser importante a organização de espaços de escuta, onde os bombeiros pudessem expor suas dificuldades e se perceber diante da realidade em que vivem. Além disso, seria interessante a utilização de estratégias que visam o treino de habilidades, couping (estratégias de enfrentamento) e aceitação de tais problemas e sentimentos. Fazendo-se importante a utilização dessas estratégias, a fim de prevenir situações como o uso de substâncias entorpecentes como válvula de escape, fuga de problemas pessoais ou de influência do estresse no trabalho. Com a ilustração dos casos apresentados pelos entrevistados, pode-se perceber que situações como essas, das quais se obteve apenas um recorte, mesmo quando consideradas gratificantes e reforçadoras, são fontes potencias de estresse. O profissional, mesmo em situações de lazer mostra-se de prontidão para qualquer tipo de emergência ou então deixa de lado esses momentos reforçadores e que auxiliariam na prevenção do estresse, por estarem envolvidos com situações do ambiente de trabalho. Palavras-chave: trabalho-estresse-psicologia.

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Londrina - de 23/11 a 01/12 de 2006 63. A identidade no processo de aposentadoria: um projeto de pesquisa à campo. Borges, Pedro Amado; Gonçalves, Sebastião Ovídio No contexto social brasileiro o trabalho é exaltado e possui um caráter de obrigatoriedade, tornando-se um elemento importante na definição da identidade. O que acontece no processo identitário, quando da passagem de trabalhador empregado a trabalhador aposentado, é um rompimento dos laços estruturantes da identidade do mesmo; que serão, doravante, substituídos por outras formas de subjetivação. Com a aposentadoria chega o vazio, e o descanso, recompensa pelo dever cumprido, traz consigo o tédio e a depressão. A entrevista, realizada sob uma frondosa árvore de um terreno baldio do Jardim São Paulo, em Cambé - PR, foi feita com os aposentados, e pré-aposentados, que instituiram o terreno como “Ponto dos aposentados, e informações”(sic). A informação da placa é sutil, mas eficaz, o ponto é de aposentados “e informações”, referindo-se aos negócios feitos no local, chamados por eles de “rolos”. O que poderia ser considerado um produto e um meio de um processo de identificação com a aposentadoria não deixa de ser uma identificação com a atividade de não fazer nada e ficar sentado à sobra. Apesar da aparente aceitação social do grupo, que já existe há quarto anos, os aposentados relatam, contraditoriamente, que, apesar de agora eles terem um local para ficar, se resentem por não poder estar em casa . O local parece cumprir uma responsabilidade social, ao acolher os aposentados. Responsabilidade que, parece, a família contemporânea não mais assume. O que foi ponto chamativo para a entrevista ser realizada com estes aposentados em especial - a placa e o local destinado aos aposentados - findou apresentando uma realidade de exclusão social. A definição de um lugar dos aposentados, antes de os ajudar em seu processo de identidade e sua re-construção enquanto cidadãos e trabalhadores, os mantém alijados dos meios sociais. A partir do momento em que se destinou um local para os aposentados, supõe-se que deva ser lá que eles fiquem, não em casa. Não se vêem como trabalhadores. Utilizam-se de justificativas ao trabalho, como estar parado a muito tempo. E afirmam ter encontrado ali seu lugar. Palavras-chave: aposentadoria, identidade, “exclusão social”

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Londrina - de 23/11 a 01/12 de 2006 64. “Mais do mesmo”: um projeto de pesquisa à aposentadoria. Rodríguez, Noel; Borges, Pedro Amado; Gonçalves, Sebastião Ovídio No contexto social brasileiro o trabalho é exaltado e possui um caráter de obrigatoriedade, tornando-se um elemento importante na definição da identidade. O que acontece no processo identitário, quando da passagem de trabalhador empregado a trabalhador aposentado, é um rompimento dos laços estruturantes da identidade do mesmo; que serão, doravante, substituídos por outras formas de subjetivação. Com a aposentadoria chega o vazio, e o descanso, recompensa pelo dever cumprido, traz consigo o tédio e a depressão. A entrevista, realizada sob uma frondosa árvore de um terreno baldio do Jardim São Paulo, em Cambé - PR, foi feita com os aposentados, e pré-aposentados, que instituiram o terreno como “Ponto dos aposentados, e informações”(sic). A partir das contradições apresentadas no discurso dos aposentados entevistados, percebe-se o processo de identidade dos mesmo permeado por inúmeros fatores sociais. A informação da placa é sutil, mas eficaz, o ponto é de aposentados “e informações”, referindo-se aos negócios feitos no local, chamados por eles de “rolos”. O que poderia ser considerado um produto e um meio de um processo de identificação com a aposentadoria não deixa de ser uma identificação com a atividade de não fazer nada e ficar sentado à sobra. A perspectiva social de aceitação do grupo e de suas atividades pela população local reflete essa realidade. Mas relatam, contraditoriamente, que, apesar da convivência com os frequentadores do local ter mudado a vida de cada um, ajudando muito, pois agora eles têm um local para ficar, se resentem por não poder estar em casa . O local parece cumprir uma responsabilidade social, ao acolher os aposentados. Responsabilidade que, parece, a família contemporânea não mais assume. O que foi ponto chamativo para a entrevista ser realizada com estes aposentados em especial - a placa e o local destinado aos aposentados - findou apresentando uma realidade de exclusão social. A definição de um lugar dos aposentados, antes de os ajudar em seu processo de identidade e sua re-construção enquanto cidadãos e trabalhadores, os mantém alijados dos meios sociais. A partir do momento em que se destinou um local para os aposentados, supõe-se que deva ser lá que eles fiquem, não em casa. Com uma única excessão, não se vêem como trabalhadores. Utilizam-se de justificativas ao trabalho, como estar parado a muito tempo. E afirmam ser ali seu lugar. Palavras chave: aposentadoria, “Mais do mesmo”, trabalho

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Londrina - de 23/11 a 01/12 de 2006 65. Prisão e psicologia: diversos pontos de vista Cunha, Paula Freire Alves; Andrade, Priscila; Vicente, Priscila; Murakami, Raquel Rossino; Gonçalves, Sebastião Ovídio O presente trabalho objetivou estudar a visão que alguns profissionais relacionados ao sistema penitenciário têm a respeito da própria penitenciária como instituição, da imagem do detento, e principalmente, da repercussão da atuação do psicólogo na penitenciária, seu papel, as expectativas e preconceitos sobre este profissional. Para tanto foram realizadas entrevistas, a partir de roteiros semi-estruturados, com quatro diferentes profissionais inseridos nesse contexto: um agente penitenciário, um estagiário da Vara de Execuções Penais, um advogado criminal e um psicólogo penitenciário. O ponto principal encontrado a partir das entrevistas foi uma visão primordial da atuação do psicólogo como um técnico responsável por apontar os possíveis benefícios e restrições do detento. É mais fácil encontrar pareceres técnicos, certificando a atuação do psicólogo do que observar na realidade qual a sua função dentro da Instituição. Sabe-se que este profissional tem um papel muito importante no que diz respeito a ressocialização do detento, como o observado em todas as entrevistas. Talvez a mudança de posição do psicólogo de um técnico para um agente diante dos outros profissionais dependa muito mais deste mesmo impor a sua prática e a importância dela diante dos outros do que esperar o seu reconhecimento sem qualquer esforço. Palavras-chave: Sistema Penitenciário, detentos, psicologia.

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Londrina - de 23/11 a 01/12 de 2006 66. A crise no sindicalismo no Brasil e os sindicatos dos professores da UEL Barbosa, B. C.; Guadanhin, C.; Rodrigues, A. L. R.; Testa, A. L. A pesquisa realizada teve como objetivo compreender as mudanças no mundo do trabalho, do qual faz parte o processo de reestruturação produtiva e sua relação com a crise dos sindicatos no Brasil, e portanto nos sindicatos dos professores da UEL. Entrevistamos para tanto os dois sindicatos dos professores da UEL, a ADUEL e o SINDIPROL. Estudamos o que os analistas sociais chamam de “crise no sindicalismo” e tomamos como posição que esta crise é o reflexo das novas ofensivas do capital na produção, pelos processos de reestruturação produtiva. Outros fatores também influenciaram nesta crise como a estrutura brasileira corporativa advinda da era Vargas, a queda dos governos dos governos socialistas, etc. A análise demonstrou que existe claramente objetivos diferentes dos dois sindicatos, diferenças de concepções de sindicalismo, a ADUEL com um sindicalismo de confronto- mais próximo do sindicalismo dos anos 80- e o SINDIPROL com um sindicalismo de resultados- que podemos considerar como uma adequação ao novo mundo do trabalho paralelo as políticas neoliberais. As estratégias neocorporativistas de negociação coletiva mostram o sintoma deste novo e precário mundo do trabalho e se tornam adequadas ao neoliberalismo. Palavras Chave: sindicatos, neocorporativismo, neoliberalismo e reestruturação produtiva.

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Londrina - de 23/11 a 01/12 de 2006 67. Mídia e modernidade Reis, Reinaldo Eriberto; Zago, Márcia Cristina; Lima, Alexandre Bonetti A questão da influência da mídia no mundo moderno tem sido objeto de inúmeros estudos ao longo de todo o século XX e do início desse novo século. A mídia, entendida como sendo o conjunto de todos os meios de comunicação, tem sido usada historicamente para múltiplas finalidades (sejam elas positivas ou negativas). A respeito da influência e do impacto que os meios de comunicação e a indústria cultural exercem na vida e, principalmente, na construção da subjetividade das pessoas, verificam-se posicionamentos distintos a respeito do tema, dentre os quais se destacam os de dois autores: Adorno e Thompson. Segundo Adorno a mídia representa um poderoso instrumento pelo qual se mobiliza uma grande quantidade de pessoas para as mais diversas finalidades; atuando decisiva e negativamente sobre a vida das pessoas. Já de acordo com Thompson, as influências da mídia não são automaticamente absorvidas pela sociedade e as pessoas não só têm a possibilidade como também criam mecanismos para reagir àquilo que lhes é imposto pela mídia. Frente a esse contexto aparentemente divergente, o presente trabalho objetivou realizar um diálogo com as idéias principais desses autores, promovendo uma reflexão acerca da mídia, da sociedade do espetáculo e do seu impacto na vida e na subjetividade das pessoas no mundo contemporâneo. O mesmo trata mais detalhadamente da televisão e da Internet, pela abrangência e penetração que ambos os meios de comunicação têm na sociedade moderna, procurando contrastá-los em relação aos aspectos da passividade – característica da televisão – e da interatividade – característica da ‘mídia digital’. A mídia também é apresentada como parte indissociável do atual contexto sócio-histórico, com influências visíveis já desde a infância. Procurou-se demonstrar como as crianças, desde muito cedo, são formatadas para essa construção subjetiva – uma garantia de que elas serão consumidores potenciais no futuro. Embora os posicionamentos antagônicos de Adorno e Thompson sejam abordados, julgamos que a postura de Adorno seja mais coerente, especialmente se levarmos em conta que a mídia está a serviço do capital – o que reforça o conceito de Adorno sobre a ‘indústria cultural’, segundo o qual a exploração sistemática dos bens culturais é feita com a finalidade de lucro. Palavras-chave: mídia, modernidade, indústria cultural.

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Londrina - de 23/11 a 01/12 de 2006 68. O tratamento institucional da “loucura” e suas tendências no Brasil Fouquet, Carolina; Moura, Marcello; Melchíades, Maria Elisabete; Tavares, Mônica; Almeida, Nayra Borges; Werner, Paula Este trabalho teve como objetivo observar as características dos tratamentos das doenças mentais ao longo dos séculos, bem como da maneira pela qual esse tipo de transtorno vem sendo percebido e tratado atualmente no Brasil, desde quando começou a ocorrer o movimento de “humanização” das práticas da saúde, como uma tentativa de resgate da dignidade dos que precisavam deste setor. No âmbito do cuidado para com os doentes mentais, este processo de humanização provocou mudanças nas concepções de como a saúde mental, mais especificamente no que diz respeito ao tratamento do transtorno psiquiátrico, deveria ser cuidada. Esta visão dá origem ao chamado movimento antipsiquiátrico, ou luta antimanicomial, visando a não internação dos doentes mentais. A alternativa às internações desses pacientes é o Caps, o qual foi o foco da realização da etapa prática do presente trabalho. O trabalho se constituiu em duas etapas: Na primeira foram realizadas diversas pesquisas bibliográficas a respeito da história do tratamento institucional da loucura; a segunda parte refere-se a visitas ao Caps – Centro de atendimento Psicossocial da cidade de Londrina, o Caps 3. Durante as visitas, foram realizadas observações participativas de algumas oficinas e atividades cotidianas do Caps. Também foram obtidas informações através de funcionários, como uma assistente social, por exemplo. Com as visitas foi possível perceber que o Caps tem como objetivo principal a reinserção social do paciente, percebendo-o como sujeito ativo, como cidadão. É proporcionado ao usuário do Caps o acesso a lazer, exercícios dos direitos civis, acompanhamento clínico; as atividades não procuram somente ocupar o tempo do paciente, tendo sempre um objetivo direcionado. Infelizmente o Caps o qual visitamos é o único que atende este tipo de população na cidade de Londrina, o que acaba por dificultar e até diminuir a qualidade de atendimento oferecida. Palavras-chave: tratamento; loucura; caps

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Londrina - de 23/11 a 01/12 de 2006 69. Servidor público da UEL: comprometimento com o trabalho e resgate da auto-estima Gonçalves, Sebastião O. Visava o presente trabalho através de vivências e técnicas de dinâmica de grupo, criar um espaço de fala que levasse os servidores da zeladoria do Centro de Ciências Biológicas da UEL, a uma conscientização de seu papel social, como pessoas e profissionais, para que conseguissem um bom relacionamento no trabalho e mostrar produtividade aos usuários de seus serviços, condições necessárias para o resgate da auto-estima. Estes servidores, vivenciavam um clima e uma cultura organizacional, presente na maioria dos ambientes de trabalho do serviço público. Um clima e uma cultura que torna o cotidiano, destes servidores, em algo difícil de suportar, pela falta de condições de trabalho e pela cobrança daqueles que não compreendem as dificuldades imposta pela instituição, e que necessitam de seus serviços e os vêem distorcidamente como: indolentes, apáticos, corruptos incompetentes. Ou ainda, pela convivência diária com seus pares, profundamente céticos e apáticos quanto ao seu futuro e a sua dignidade como trabalhadores. Os resultados obtidos são de difícil mensuração, como todo trabalho que envolve busca de autodesenvolvimento e que mobiliza emocionalidades e subjetividades, onde alguns demonstram o envolvimento e outros demoram ou não conseguem atingir os objetivos. Mas, lembrando que existem diferenças individuais, dificuldades de mudanças e que o ambiente burocrático e operacional não se alteram, os resultados podem ser sentidos no cotidiano desses servidores. Atualmente, embora existam dificuldades, o trabalho mostra resultados. A maioria dos colegas está buscando um constante entendimento, conseguindo falar de seus problemas de trabalho, participando de cursos espontaneamente e promovendo comemorações para o grupo, algo impensável no passado. Salas e corredores limpos, cumprindo horários combinados entre eles, remanejamento de material entre eles, ausência de conflitos, indicam comprometimento e motivação no trabalho. Hoje a situação e as condições de trabalho dos servidores pioraram: a falta de material de consumo que se exacerbou; a necessidade de férias e licença por motivos de doenças que estão acontecendo; a ausência de substituição dos servidores que se aposentaram; a construção de novos prédios e o aumento de trabalho sem contratação de mais pessoal, a pressão que sofre a instituição do governo do Estado visando sempre uma maior produção dos servidores. Há ainda manifestações de dificuldades. Alguns reclamam de estresse (já com idade mediana e acima do peso o trabalho acaba por ser realmente penoso para alguns), dois ainda reclamam de incompatibilidade com colegas por desavenças antigas e cujas “feridas” ainda não cicatrizaram, mas convivem com estas dificuldades. Enfim, os resultados indicam que o “espaço de fala” cumpre o objetivo de permitir um resgate da auto-estima. Palavras-chave: Trabalho, auto-estima, espaço-de-fala

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Prof. Dr. João Batista Martins

Prof. Sebastião Ovídio Gonçalves