o RESGATEo RESGATETURMA DA CORAGEM

Quando Zoom, Teo e Luz juntaram seus poderes para criar a Turma da Coragem, só uma pessoa ficou chateada. Na verdade, não era bem uma pessoa, mas sim um gato: Fleuryno, que era o animalzinho de estimação da turma e estava acostumado a passar o dia todo ao lado das crianças. Mas ele não tinha nenhum superpoder como Zoom, que podia ver coisas menores que um fio de cabelo, Teo, que podia criar escudos de força no ar, e Luz, que tinha visão de raios-X. Ele era só um gato comum e, ainda por cima, morria de medo de altura. Por isso, tinha certeza de que ia ficar de fora das missões dos seus donos aventureiros . Isso o deixava muito triste.

Imaginem a surpresa de Fleuryno quando as três crianças o presentearam com um uniforme de super-herói que vinha com capa e juba de leão! Teo até criou um apelido pra ele: Fleureão.

Com seu novo uniforme, Fleureão até se sentia um herói de verdade. Tanto que resolveu enfrentar seu medo de altura subindo no telhado da casa na árvore que as crianças usavam de quartel- general. A cada metro que subia, ele se sentia mais corajoso. Foi muito bom enquanto durou, mas, chegando ao topo da casa na árvore, Fleureão se lembrou que não sabia como descer. A única coisa que podia fazer era miar como um gatinho e esperar a ajuda chegar.

Por sorte, o socorro chegou rápido e cheio de comida! Os três amigos tinham combinado de fazer um piquenique na casa da árvore e o gato viu que Teo até vinha mastigando um sanduíche de atum, o preferido de Fleureão. Zoom, que ouvia muito bem, não demorou a perceber os miados: — Gente, ali em cima, o Fleureão! Acho que ele está preso! — Deixa comigo, galera! – disse Teo, limpando as mãos sujas de maionese nos joelhos. Antes mesmo que seus amigos conseguissem falar qualquer coisa, ele já estava no alto da casa na árvore com o gato nas mãos.

— Pronto, agora é só descer por esse galho... Mas, enquanto falava, sua mão, ainda meio engordurada de maionese, escorregou e fez os dois despencarem lá de cima. Rapidamente, Teo criou escudos no ar e foi quicando de escudo em escudo até cair sentado no chão. Já Fleureão girou no ar e pousou graciosamente nas quatro patas. — Uaaaaau, esse foi o melhor pouso que já vi! – disse Luz, admirada, para Fleureão. — E esse foi o pior que já vi! – disse Zoom, rindo para Teo.

Teo estava todo dolorido, mas seu orgulho de escalador o impediu de reclamar. Ele levantou rapidamente dizendo: — Não foi nada, tá tudo bem... ai... Mas, na mesma hora, sentiu uma pontada no braço esquerdo.

Luz e Zoom se entreolharam: — Calma aí, Teo – disse Luz. Vocês só saem daqui

depois de uma avaliação completa! — Boa ideia! – concordou Zoom.

Os dois amigos se juntaram sobre Fleureão e Teo e começaram a usar seus poderes para verificar se estava tudo bem com eles. Não demorou muito tempo para o diagnóstico: — Teo, um braço quebrado e muito sanduíche de atum na barriga! – disse Luz. — E você, Fleureão, nenhum machucado, mas encontrei duas pulgas! – falou Zoom. — Miaaaaaau – gemeu Fleureão.

Teo ganhou um gesso no braço esquerdo que o fazia parecer ainda mais durão. Já Fleureão recebeu um belo banho, mas também descobriu que gatos tinham sim um superpoder: o de pousar sem se machucar! Depois desse dia, Fleureão nunca mais teve medo de altura!

FIM