O Rinoceronte Em Sala de Aula

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UNISANT'ANNA PRISCILLA BEZERRA FREITAS Relatório do Livro: O Ouvido Pensante – Murray Schafer Capítulo “O Rinoceronte em sala de aula” No texto, Schafer apresenta sua visão a respeito do ensino de música, principalmente nas escolas públicas. Ele é avesso ao modelo tradicional de abordagem educacional, em que o professor é o único transmissor do conhecimento, ficando o aluno (a-/sem, - luno/luz) sem voz no processo de aprendizagem. Nesse contexto, Schafer é contra a prática dos professores tradicionais, que apenas investem nos alunos potencialmente virtuosos. Compara-os a figura de um rinoceronte, o guardião maior de todas as respostas. Para Schafer, o ambiente da sala de aula deve ser propício à expressão individual, um local onde o aluno sinta-se à vontade para compartilhar experiências, um lugar onde se possa dar liberdade ao aluno para desenvolver sua capacidade musical criativa. Schafer incentiva o professor a desbravar novas formas de ensinar música, de conduzir os alunos a uma jornada em busca das sonoridades, como se cada uma delas fosse um tesouro perdido. Ele defende que o aluno e o professor têm o meio ambiente como o maior recurso sonoro, por isso o professor deve estimular os alunos à descoberta e exploração das sonoridades comuns e inusitadas, bem como do ruído e do silêncio. Para Schafer o professor deve permitir ao aluno o privilégio da curiosidade aguçada e sanada sem imposição, a expressão de suas descobertas individuais e coletivas. Schafer defende que o ensino de música deve ser feito por

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Capítulo do Livro O Ouvido Pensante

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Page 1: O Rinoceronte Em Sala de Aula

UNISANT'ANNA

PRISCILLA BEZERRA FREITAS

Relatório do Livro: O Ouvido Pensante – Murray Schafer

Capítulo “O Rinoceronte em sala de aula”

No texto, Schafer apresenta sua visão a respeito do ensino de música,

principalmente nas escolas públicas. Ele é avesso ao modelo tradicional de abordagem

educacional, em que o professor é o único transmissor do conhecimento, ficando o aluno

(a-/sem, -luno/luz) sem voz no processo de aprendizagem.

Nesse contexto, Schafer é contra a prática dos professores tradicionais, que

apenas investem nos alunos potencialmente virtuosos. Compara-os a figura de um

rinoceronte, o guardião maior de todas as respostas. Para Schafer, o ambiente da sala de

aula deve ser propício à expressão individual, um local onde o aluno sinta-se à vontade

para compartilhar experiências, um lugar onde se possa dar liberdade ao aluno para

desenvolver sua capacidade musical criativa.

Schafer incentiva o professor a desbravar novas formas de ensinar música, de

conduzir os alunos a uma jornada em busca das sonoridades, como se cada uma delas

fosse um tesouro perdido. Ele defende que o aluno e o professor têm o meio ambiente

como o maior recurso sonoro, por isso o professor deve estimular os alunos à descoberta

e exploração das sonoridades comuns e inusitadas, bem como do ruído e do silêncio.

Para Schafer o professor deve permitir ao aluno o privilégio da curiosidade aguçada e

sanada sem imposição, a expressão de suas descobertas individuais e coletivas.

Schafer defende que o ensino de música deve ser feito por profissionais, uma vez

que estes possuem domínio das técnicas afetas e conhecimentos necessários para a

exploração adequada dos objetos sonoros e do próprio corpo humano como fonte sonora,

sem lhes causar danos. Indica somente o estudo intensivo na abordagem tradicional para

os alunos já apto musicalmente.

Schafer também faz um desabafo quanto à sua ideia de qualidade musical, o que

causa sua decepção com a tendência do esvaziamento “relaxamento” musical que a

avassaladora indústria pop exerce sobre a sociedade atingindo a clientela da escola

pública.

Schafer fala da música e seu caráter social. Reflete sobre a importância de não se

dissociar as artes em partes, devido sua atuação em conjunto na experiência cotidiana

dos indivíduos. O educador também aponta alguns educadores que se utilizam do “fazer

musical criativo”.