O rouxinol
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O ROUXINOL
Hans C. Andersen – Contos de Fadas
EB1/JI PR. DR. MARQUES DOS SANTOS
Março 2013
Há muitos anos atrás, o imperador da
China recebeu de presente do imperador
do Japão um livro sobre o seu país e sobre
a sua beleza do cantar de um rouxinol que
morava na floresta, perto do seu palácio.
Ao saber da existência deste pássaro
pelo livro, ordenou aos seus súbditos que
o fossem procurar na floresta e que o
levassem para o seu palácio.
Ao ouvi-lo cantar, o imperador ficou
emocionado e maravilhado com a voz do
rouxinol e informou que, a partir daí, ele
ficaria a morar numa gaiola, dentro do
palácio.
Entretanto, o imperador recebeu como
presente um rouxinol artificial muito
valioso e decidiu por os dois a cantar ao
mesmo tempo.
Passado algum tempo, o rouxinol
verdadeiro decidiu fugir e o rouxinol
artificial tomou seu lugar e passou a
cantar para a corte, mas com o passar do
tempo o seu mecanismo avariou, o que
impossibilitou de cantar com a mesma
frequência.
Passados anos, o imperador da china
adoeceu gravemente e ao saber da
doença, o rouxinol verdadeiro regressou ao
palácio e cantou três vezes até o
imperador adormecer.
Para surpresa de todos, o imperador
acordou curado da doença e livre da
morte. Ficou decidido, então, que o
rouxinol passaria a viver em liberdade mas
todos os dias, a noite, regressaria ao
palácio para cantar ao imperador e contar-
lhe o que se passava no reino.