O Sesimbrense - Edição 1171 - Fevereiro 2013

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ANO LXXXVII • N.º 1171 de 1 de Março de 2013 • 1,00 € • Taxa Paga • Sesimbra - Portugal (Autorizado a circular em invólucro de plástico Aut. DE00142013RL) Política Local Clube Sesimbrense: 160º aniversário Fez 100 anos, mas poderiam ter sido 20: boa visão, boa memória, espírito vivo, boa disposição. Bordadeira notável, fez trabalhos para o rei de Espanha e para a selecção olímpica de Portugal, em 1952. Deve o seu nome a uma heroína do romance Os Miseráveis, de Victor Hugo – uma homenagem do pai, Manuel Pinto Coelho, histórico dirigente sindical. CDU em reunião de análise e reflexão Página 7 Página 8 Página 13 Marta Andrade Lendas de Sesimbra Fantina 100 anos As Lendas de Sesimbra andam mal contadas. Para além da Senhora do Cabo e do Senhor das Chagas, muitas outras lendas tradicionais estão esquecidas. Paradoxalmente, divulgam-se como lendas, historietas inventadas no século XX com fins comerciais, e até o burlão “Cavaleiro” que por cá andou em 1941, já foi apresentado como a “lenda do Cavaleiro Branco”! Homenagem a Conceição Morais O Município de Sesimbra vai prestar homenagem a Con- ceição Morais, a sesimbrense que desempenhou diversas funções políticas, em vários órgãos democráticos, como a Junta de Freguesia de Santia- go, a Assembleia Municipal (de que foi Presidente) e a Assem- bleia da República. A homenagem tem como lema: “Mulher do Poder Local Democrático, uma Mulher de Abril”, e terá lugar no dia 8 de Março – Dia Internacional da Mulher – incluindo a colocação de uma placa com o seu nome numa rua do Bairro de Argéis, na vila de Sesimbra, pelas 17.30 horas, prosseguindo no Auditório Conde de Ferreira com inauguração de uma ex- posição sob o tema “A Gover- nação Local no Feminino, Re- tratos na Sua Diversidade”. A inauguração contará com a actuação do Grupo Coral de Sesimbra. Carlos Lopes substituído na APSS O engenheiro Carlos Lopes foi substituído no conselho de administração da Administra- ção dos Portos de Sesimbra e Setúbal. O novo responsável máximo da APSS é Vítor Cal- deirinha, com formação supe- rior em Economia e em Gestão Portuária. Natural de Setúbal, Vitor Caldeirinha encontra- se ligado à gestão portuária desde 1994 Página 5 J. A. Aldeia A CDU reuniu no passado dia 24 de Fevereiro para fazer um balanço da actividade do trabalho nas autarquias locais. Para o futuro, a CDU apre- senta objectivos muito genéri- cos, mas com a promessa de divulgar em breve um docu- mento de prestação de contas à população. Compromete-se, nomeadamente, a prosseguir o cumprimento do seu progra- ma eleitoral, “aprofundando os processos de participação entre os eleitos e a população, continuando a pugnar pela con- cretização de projetos e obras da responsabilidade do Go- verno, ao nível da construção de equipamentos de saúde, ensino, ação social, segurança e proteção civil, requalificação ambiental, ordenamento do ter- ritório e acessibilidades”. O processo de escolha de candidatos às autárquicas ain- da está em curso, mas Augusto Pólvora deverá voltar a ser o candidato da CDU à Câmara de Sesimbra. Candidatos autárquicos ainda não foram escolhidos, mas tudo indica que Augusto Pólvora voltará a candidatar-se por Sesimbra Emanuel Embaixador Ângela Batista começou a praticar canoagem aos 15 anos, na Associação Náutica do Seixal. Mais tarde, a equi- pa de que fazia parte transfe- riu-se para o Clube Naval de Marta Andrade é conheci- da pela sua participação nos desfiles de Carnaval, sobre- tudo no grupo Bota no Rego, onde desfilou vários anos em lugares de destaque. Nascido e criado em Sesim- bra, Emanuel Embaixador, ou Mega, esteve sempre muito ligado ao mar e aos desportos aquáticos, passando grande parte do seu tempo dentro de água a treinar skimboard, o O Clube Sesimbrense comemorou o seu 160º ani- versário com uma sessão solene no passado dia 2 de Fevereiro, que incluiu ac- tuações do grupo musical Página 4 Ângela Batista Carlos Sargedas avança com candidatura autárquica Página 11 Página 11 Sesimbra, onde deu início a uma notável carreira na cano- agem de competição. Actual- mente pertente à direcção do Clube Naval de Sesimbra. Página 4 Este ano estreou-se nas Artes com uma exposição de pintura, que pode ser visitada no átrio da Biblioteca Municipal de Sesimbra. seu desporto de eleição. Um dos seus hobbies fa- voritos é o de viajar, porque lhe possibilita adquirir alguma bagagem e conhecimentos. Também gosta de sair à noite com os amigos. L’Escargots e da Bota Big Band, e ainda uma palestra sobre o Santuário do Cabo Espichel, a cargo da arquitecta Ana Vanessa Cabaça.

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O Sesimbrense - Edição 1171 - Fevereiro 2013

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ANO LXXXVII • N.º 1171 de 1 de Março de 2013 • 1,00 € • Taxa Paga • Sesimbra - Portugal (Autorizado a circular em invólucro de plástico Aut. DE00142013RL)

Política Local

Clube Sesimbrense:160º aniversário

Fez 100 anos, mas poderiam ter sido 20: boa visão, boa memória, espírito vivo, boa disposição. Bordadeira notável, fez trabalhos para o rei de Espanha e para a selecção olímpica de Portugal, em 1952. Deve o seu nome a uma heroína do romance Os Miseráveis, de Victor Hugo – uma homenagem do pai, Manuel Pinto Coelho, histórico dirigente sindical.

CDU em reunião de análise e reflexão

Página 7Página 8

Página 13

Marta Andrade

Lendasde Sesimbra

Fantina100 anos

As Lendas de Sesimbra andam mal contadas. Para além da Senhora do Cabo e do Senhor das Chagas, muitas outras lendas tradicionais estão esquecidas. Paradoxalmente, divulgam-se como lendas, historietas inventadas no século XX com fins comerciais, e até o burlão “Cavaleiro” que por cá andou em 1941, já foi apresentado como a “lenda do Cavaleiro Branco”!

Homenagema Conceição Morais

O Município de Sesimbra vai prestar homenagem a Con-ceição Morais, a sesimbrense que desempenhou diversas funções políticas, em vários órgãos democráticos, como a Junta de Freguesia de Santia-go, a Assembleia Municipal (de que foi Presidente) e a Assem-bleia da República.

A homenagem tem como lema: “Mulher do Poder Local Democrático, uma Mulher de Abril”, e terá lugar no dia 8 de Março – Dia Internacional da Mulher – incluindo a colocação de uma placa com o seu nome numa rua do Bairro de Argéis, na vila de Sesimbra, pelas 17.30 horas, prosseguindo no Auditório Conde de Ferreira com inauguração de uma ex-posição sob o tema “A Gover-nação Local no Feminino, Re-tratos na Sua Diversidade”.

A inauguração contará com a actuação do Grupo Coral de Sesimbra.

Carlos Lopessubstituído na APSS

O engenheiro Carlos Lopes foi substituído no conselho de administração da Administra-ção dos Portos de Sesimbra e Setúbal. O novo responsável máximo da APSS é Vítor Cal-

deirinha, com formação supe-rior em Economia e em Gestão Portuária. Natural de Setúbal, Vitor Caldeirinha encontra-se ligado à gestão portuária desde 1994

Página 5J. A

. Ald

eia

A CDU reuniu no passado dia 24 de Fevereiro para fazer um balanço da actividade do trabalho nas autarquias locais.

Para o futuro, a CDU apre-senta objectivos muito genéri-cos, mas com a promessa de divulgar em breve um docu-mento de prestação de contas à população. Compromete-se,

nomeadamente, a prosseguir o cumprimento do seu progra-ma eleitoral, “aprofundando os processos de participação entre os eleitos e a população, continuando a pugnar pela con-cretização de projetos e obras da responsabilidade do Go-verno, ao nível da construção de equipamentos de saúde,

ensino, ação social, segurança e proteção civil, requalificação ambiental, ordenamento do ter-ritório e acessibilidades”.

O processo de escolha de candidatos às autárquicas ain-da está em curso, mas Augusto Pólvora deverá voltar a ser o candidato da CDU à Câmara de Sesimbra.

Candidatos autárquicos ainda não foram escolhidos, mas tudo indica que Augusto Pólvora voltará a candidatar-se por Sesimbra

Emanuel Embaixador

Ângela Batista começou a praticar canoagem aos 15 anos, na Associação Náutica do Seixal. Mais tarde, a equi-pa de que fazia parte transfe-riu-se para o Clube Naval de

Marta Andrade é conheci-da pela sua participação nos desfiles de Carnaval, sobre-tudo no grupo Bota no Rego, onde desfilou vários anos em lugares de destaque.

Nascido e criado em Sesim-bra, Emanuel Embaixador, ou Mega, esteve sempre muito ligado ao mar e aos desportos aquáticos, passando grande parte do seu tempo dentro de água a treinar skimboard, o

O Clube Sesimbrense comemorou o seu 160º ani-versário com uma sessão solene no passado dia 2 de Fevereiro, que incluiu ac-tuações do grupo musical

Página 4

Ângela Batista

Carlos Sargedas avança comcandidatura autárquica Página 11

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Sesimbra, onde deu início a uma notável carreira na cano-agem de competição. Actual-mente pertente à direcção do Clube Naval de Sesimbra.

Página 4

Este ano estreou-se nas Artes com uma exposição de pintura, que pode ser visitada no átrio da Biblioteca Municipal de Sesimbra.

seu desporto de eleição.Um dos seus hobbies fa-

voritos é o de viajar, porque lhe possibilita adquirir alguma bagagem e conhecimentos. Também gosta de sair à noite com os amigos.

L’Escargots e da Bota Big Band, e ainda uma palestra sobre o Santuário do Cabo Espichel, a cargo da arquitecta Ana Vanessa Cabaça.

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2O SESIMBRENSE | 1 DE MARÇO DE 2013

Editorial

Farmácias de Serviço

nBombeiros Voluntários de SesimbraPiquete de Sesimbra: 21 228 84 50Piquete da Quinta do Conde: 21 210 61 74nGNRSesimbra: 21 228 95 10Alfarim: 21 268 88 10Quinta do Conde: 21 210 07 18nPolícia Marítima 21 228 07 78nProtecção Civil (CMS)21 228 05 21nCentros de SaúdeSesimbra: 21 228 96 00Santana: 21 268 92 80Quinta do Conde: 21 211 09 40nHospital Garcia d’Orta - Almada21 294 02 94nComissão de Protecção de Crianças e Jovens do Concelho de Sesimbra21 268 73 45nPiquete de Águas (CMS)21 223 23 21 / 93 998 06 24nEDP (avarias)800 50 65 06nSegurança Social (VIA)808 266 266

nServiço de Finanças de Sesimbra212 289 300nNúmero Europeu de Emergência112 (Grátis)nLinha Nacional de Emergência Social144 (Grátis)nSaúde 24 808 24 24 24nIntoxicações - INEM 808 250 143nAssembleia Municipal21 228 85 51nCâmara Municipal de Sesimbra21 228 85 00 (geral)800 22 88 50 (reclamações)nJunta de Freguesia do Castelo21 268 92 10nJunta de Freguesia de Santiago21 228 84 10nJunta de Freguesia da Quinta do Conde21 210 83 70nCTTSesimbra: 21 223 21 69Santana: 21 268 45 74

Contactos uteisnAnulação de cartões

SIBS (Sociedade Interbancária de Serviços)808 201 251217 813 080Caixa Geral de Depósitos21 842 24 24707 24 24 24Santander Totta707 21 24 24 21 780 73 64Millennium BCP707 50 24 2491 827 24 24BPI21 720 77 0022 607 22 66Montepio Geral808 20 26 26Banif808 200 200BES707 24 73 65Crédito Agrícola808 20 60 60Banco Popular808 20 16 16Barclays707 30 30 30

Farmácia da Cotovia 212 681 685Avenida João Paulo II, 52-C, Cotovia

Farmácia de Santana 212 688 370Estrada Nacional 378, Santana

Farmácia Leão 212 288 078Avenida da Liberdade, 13, Sesimbra

Farmácia Liz 212 688 547Estrada Nacional 377, Lote 3, Alfarim

Farmácia Lopes 212 233 028 Rua Cândido dos Reis, 21, Sesimbra

Com o apoio:

Selecção Natural ?

Pescas - Janeiro

O temido agravamento das condi-ções económicas do sector da restaura-ção e bebidas, continua a fazer vítimas em Sesimbra, agora num ritmo bem mais acelerado. Entre as casas que re-centemente fecharam portas, contam-se casas tradicionais como O Farol e o Pescador (no largo da Marinha), e o snack-bar Elleven, no largo da Fortale-za. Também fechou portas a Taverna Espanhola, que tinha aberto recente-mente no espaço onde funcionara o Ala Arriba, outra das vítimas da presente crise. Pouco tempo antes, tinha encer-

Melhorou-se em relação a Dezembro último. Nos totais ge-rais registaram-se au-mentos na ordem de 600.000 quilos pesca-dos e 600.000 euros na Lota!

O tempo não foi muito invernoso e per-mitiu melhores pesca-rias. Continuamos, no entanto, contestando a desorganização que ainda se mantem no sector e que nada abona ao crescimen-to que se pretende para este elemento essencial e produtivo da riqueza nacional tão carente de meios de produção.

Pedro Filipe

Francisco Perneco BichoPor iniciativa de David Sequerra,

Sesimbra prestou homenagem a Fran-cisco Perneco Bicho, antigo aluno dos Pupilos do Exértito, e que fez uma lon-ga e profícua carreira a Marinha, como engenheiro de máquinas.

Na cerimónia, que decorreu na Biblio-teca da Câmara Municipal de Sesim-bra, estiveram presentes numerosos amigos e antigos colegas dos Pupilos e da Marinha.

Na mesa de honra esteve a vice-prsi-dente da Câmara, Felícia Costa, que se manifestou sensibilizada pela carreira profissional, e também pelo espírito do

homenageado. António Reis Marques, seu amigo

desde sempre e colega de estudos na Escola Conde Ferreira, recordou esses tempos através de uma bela interven-ção, que esperamos poder publicar na nossa próxima edição, o que não pode-mos fazer desde já, como gostaríamos, por falta de espaço.

O homenageado fez também uma intervenção emocionada, recordando os tempos de escola, mas igualmente alguns episódios da sua carreira profis-sional, incluindo alguns momentos dra-máticos, devidos ao temporal.

rado O Forno, na rua professor Joaquim Marques Pólvora.

Perante este quadro, não pode deixar de chocar a recente e espantosa decla-ração do primeiro-ministro, de que “Esta seleção natural das empresas que po-dem melhor sobreviver está feita”. Como sabe Passos Coelho que foi um meca-nismo “natural” a ditar a morte destas empresas? O que é que a Natureza tem a ver com isto? E como pode garantir que já está feita”?

João Augusto Aldeia

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O SESIMBRENSE | 1 DE MARÇO DE 20133

No âmbito do plano de ordenamen-to e modernização do porto de Sesim-bra, a APSS pretende com esta obra, num investimento de 120 mil euros, requalificar o espaço ocupado por an-tigas instalações oficinais.

A intervenção prevê-se estar con-cluída em Junho deste ano, com a

APSS requalifica área poente do Porto de Sesimbra

construção de um espaço de passeio público. Devido à dimensão da área, está prevista, a possibilidade de, no futuro, serem construídas instalações de apoio às actividades marítimo-turísticas ou restauração, através de dois módulos pré-fabricados a instalar quando for necessário.

Numa reunião conselho europeu para as pescas, e já na madrugada do dia 27 de Fevereiro, foi finalmente obtido um acordo para por fim à prática de devol-ver peixe ao mar, quando não preenchia as condições estabelecidas pela Política Europeia de Pescas, nomeadamente as quotas estabelecidas para cada espécie.

O fim desta prática, no entanto, será faseado: entre 2014 e 2015 ocorrerá para as espécies pelágicas (sardinha, carapau e similares), mas só em 2017 é que será aplicada à totalidade das espé-cies e zonas de pesca da Europa.

A prática de devolver peixe ao mar foi introduzida pela UE em 1983, com o ale-gado objectivo de proteger os stocks de peixe, mas tem sido muito criticada, quer pelo desperdício que representa, quer por não ter contribuído para a protecção

UE decide acabar com as devoluções de peixe ao mar

Foi na noite do dia 21 de Fevereiro , que António e Maria de Jesus Baca-lhau, foram assaltados na sua residên-cia, na Almoinha.

Segundo o Correio da Manhã, os cinco ladrões encapuzados queriam o dinheiro e o ouro que o casal, que gere duas lojas de ouro, guardava no cofre.

Em pouco tempo, os proprietários, a filha e o genro foram amarrados e agredidos e ameaçados com espingar-das à cabeça.

Após a saída dos assaltantes, o gen-

O acidente aconteceu na tarde dia 9 de fevereiro, quando Maria Hele-na da Fonseca Silva Damião, de 89 anos, tentava apanhar o autocarro, no terminal rodoviário, na avenida da Li-berdade.

Ao que parece, este acidente resul-tou, de um descuido da vítima, que se terá deslocado para junto do autocar-

Atropelamento de auto-carro causa vítima mortal

ro, quando este já se encontrava em andamento.

Segundo o comandante dos Bom-beiros Voluntários de Sesimbra, Maria Helena faleceu, mais tarde, no Hospi-tal Garcia d’Orta, pois “quando chegou ao hospital, a vítima ainda se encon-trava com vida”.

Por volta das 20:15, também no dia 9 de Fevereiro, foi dado o alerta aos Bombeiros Voluntários de Sesimbra, do desaparecimento de 3 jovens de nacionalidade espanhola, com idades compreendidas entre os 20 e 26 anos.

No local estiveram presentes duas

Desaparecimento na Serra do Risco

viaturas dos BVS, cinco bombeiros e um guarda-florestal da Quinta de Ca-lhariz, que “bateram” toda a área da Serra do Risco. Os jovens espanhóis, foram encontrados mais tarde, já noite dentro. Ao que parece ter-se-ão perdi-do naquela zona.

No dia 15 de Fevereiro, por volta da 12h45, do dia 15 de Fevereiro, uma jovem de 22 anos, terá tentado come-ter suicídio no Sesimbra Hotel & SPA.

Quando os Bombeiros Voluntários de Sesimbra chegaram ao local, a jo-vem, natural do Laranjeiro, encontra-

Jovem tenta suicidar-se no Hotel SPA

va-se junto a uma varanda, no 6º piso do hotel.

No local estiveram também presen-tes a GNR e os BVS, que consegui-ram dissuadir a jovem e levá-la para o Hospital Garcia d’Orta.

Assalto na Almoinharo terá sido o primeiro a libertar-se das amarras, conseguindo soltar os familia-res e chamar a GNR.

Também segundo o Correio da Ma-nhã, entre essa quinta-feira e sábado, registaram-se mais dois roubos, na Margem Sul, que a PJ admite poderem ter sido cometidos pelo mesmo gang.

Desde o início do mês de Fevereiro, que os habitantes da Almoinha, se en-contram sobressaltados devido a este e outros assaltos que têm ocorrido na-quela localidade.

Teve início no tribunal de Sesimbra o julgamento de Álvaro Reis, o pesca-dor sesimbrense acusado de crimes de abuso sexual de duas menores, suas enteadas.

Segundo o ornal Correio da Manhã, em tribunal, Álvaro Reis terá admitido

Pescador sesimbrenseem tribunal

das espécies. Calcula-se que actual-mente 23% de todo o peixe capturado é devolvido ao mar, por exceder as quotas.

O acordo revelou-se difícil, sendo os países do norte da Europa os que es-tavam mais disponíveis para o aprovar. Mesmo assim, os deputados Verdes do Parlamento Europeu criticam o facto do acordo não ser mais ambicioso, e de se ter cedido perante as pressões de países como a França e a Espanha. A eurode-putada Isabella Lovin afirmou: ““Com os stocks de tantas espécies à beira do co-lapso, não nos podermos dar ao luxo de aprovar uma reforma a fingir ou a aplicar lá para as calendas gregas.”

As estatísticas da UE revelam que 80% dos stocks do Mediterrânio, e 47% do Atlântico, estão a ser alvo de pesca excessiva

a prática dos actos de que é acusado, alegando que o fez com o consenti-mento de das menores, a troco de dinheiro.

Álvaro Reis continua em prisão pre-ventiva, na cadeia de Setúbal, desde o início deste caso.

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Ângela Batista

A canoagem é um ponto forte do CNS?

Como tentámos sempre não ter mui-tos atletas, mas sim formar bons atle-tas, acho que se conseguiu, de algum modo.

Mas para se ser um bom atleta tem que se abdicar de muita coisa, e isso é uma característica que já não vejo com tanta frequência aqui. Por exemplo, no Carnaval: há uns seis anos atrás, o Carnaval servia para virmos treinar duas vezes por dia. Eramos um grupo de amigos, ficávamos pela Doca e ao fim do dia voltávamos a fazer um novo treino.Agora não: agora é para sair à noite, e depois no dia seguinte não se conseguem levantar cedo para ir trei-nar.

Quer dizer que algo mudou?Mudou. É uma pena, porque temos

algumas pessoas com grandes capaci-dades para serem óptimos atletas, que facilmente entram na selecção nacio-nal, mas a motivação deles está virada para outro lado.

A canoagem teve de facto um gran-de crescimento. Mas a vela, actual-mente, também tem um grande grupo de atletas, também em crescimento. A canoagem, a par da vela, é o mais numeroso, em termos de pessoas que frequentam o Clube.Diz que as equipas não devem ser

grandes. Mas, não acha que há pou-cos jovens a praticar?

Sim, tenho essa ideia, e há cada vez menos, porque os estímulos externos são muito maiores, e as atracções que têm fora do âmbito do desporto são superiores. E depois, no desporto, há aquela questão: dói, custa, e as pes-soas estão cada vez mais comodistas, e fogem um bocadinho da prática des-portiva. Esquecem-se que faz parte da nossa saúde: precisamos de praticar desporto.

E o que se poderia fazer, para incenti-var as pessoas?

Eu acho que poderíamos tentar che-gar às escolas – o que também não é fácil. Os professores estão cada vez mais desgostosos com todas estas coisas novas que têm surgido, e não é fácil conseguir que os professores nos ajudem a levar atletas para este tipo de clubes. Nós, no CNS, temos alguns grupos que vão fazer canoagem, mas o professor leva o grupo ao Clube, prati-ca o desporto, e leva outra vez o grupo para a escola, não há uma tentativa, como aconteceu comigo, um professor levou-me ao Clube, gostei e fiquei.

Temos tantas potencialidades que po-deriam ser aproveitadas – para a cano-agem, a vela, o windsurf, o próprio surf – mas dá-me ideia que não é para aí que as coisas estão viradas…

Tem funções directivas, em que área?

Sou a principal responsável pela sec-ção de canoagem, são as coisas com as quais eu lido com maior frequência, e participo nas reuniões de Direcção, nos vários assuntos.

Porque participa na regata de aiolas, o que a motiva?

Começou numa brincadeira e partir daí tentamos fazer todos os anos, foi giro, foi divertido.

Mas com boas classificações: já a vi com a Taça, e numa equipa mista.

É verdade, o Luís é, sem dúvida, um homem muito forte, e ele tem um cuida-do muito grande em me ajudar a saber colocar bem os remos na água. Na ca-noagem afundamos muito a pagaia, e na aiola o remo não pode afundar tanto.

Também se pratica em Sesimbra a canoagem de simples recreio?

Sim, temos um grupo que ao sába-do e ao domingo fazem um passeio recreativo, tem um barco a motor que os acompanha, uns 12 ou 15 atletas. Qualquer pessoas que queira pode ex-perimentar.

J. A. Aldeia

Ângela Batista começou a praticar canoagem aos 15 anos, na Associação Náutica do Seixal. Mais tarde, a equipa de que fazia parte transferiu-se para o Clube Naval de Sesimbra. A pouco e pouco foram captando outros atletas locais, dando início a uma notável carreira na canoagem de competição, apesar das águas costeiras não serem as mais indicadas para a modalidade que prati-cam, que é a da canoagem de pista. Os afazeres profissionais afastaram-na da competição desportiva, mas continua a dedicar-se à modalidade como membro da direcção do Clube Naval de Sesimbra. Há, no entanto, uma competição que não abandonou: a regata de aiolas.

Quando é que se apercebeu que gostava de pintar?

Gostava muito de desenhar com car-vão, das sombras, e até tinha algum jei-to, e comecei a fazer rostos. O primeiro, que me saiu muito bem, foi o do meu irmão. Naquela altura tinha 14 anos. E os meus pais gostaram – é claro, os pais gostam sempre muito do que faze-mos – e outras pessoas também gosta-ram. Comecei a trabalhar com carvão, mas não achava que tivesse muita habilidade para isso, e fui perdendo a motivação, deixei de desenhar.

Entretanto fui para a universidade, passei a ter menos tempo. Só há pou-co, aí há um ano e meio, é que me lembrei: se calhar vou começar a pintar em acrílico. E então fiz um quadro, com o meu namorado, e correu bem: esse quadro faz parte desta exposição.

Depois fiquei desempregada e co-mecei a ter mais tempo, comecei a pin-tar e a receber imensos comentários positivos, e até encomendas.

Marta Andrade é conhecida dos sesimbrenses pela sua participação nos des-files de carnaval, sobretudo no grupo Bota no Rego, onde desfilou vários anos em lugares de destaque, nomeadamente como Rainha da Bateria e Porta Es-tandarte. Mas também aplicou as suas capacidades criativas na concepção de fantasias carnavalescas. Este ano estreou-se nas artes com uma exposição de pintura, actualmente no átrio da Biblioteca Municipal de Sesimbra.

Marta Andrade: o resuscitar de um olhar

Mas pensa vir a fazer alguma forma-ção nesta área?

Sim, penso. É um objectivo futuro,

Na exposição há mais do que uma técnica, mas o acrílico é dominante. É aquele que prefere?

Sim. Também sei que a técnica da pintura a óleo é mais complicada, mas nunca experimentei.

Há também um predomínio dos retra-tos, e até uma estética “fotográfica”. É também uma preferência sua?

Sim. Eu uso fotografia, foi com base em fotografias que eu fiz estes retratos.

Nunca pensou em fazer paisagens? Não. E há muita gente que me pede.

Talvez o faça um dia, mas não é algo que me fascine muito. Gosto muito de rostos, e de stencil e gráfico. Tenho pes-quisado muito sobre arte urbana, e gra-fitti, e gosto muito. Não tem nada a ver com aquilo que faço agora, mas gosta-

ria de experimentar.Também já tenho agendada uma ex-

posição no Zambujal, e uma outra em Lisboa. Vou tentar fazer quadros a partir da minha escolha.

O tema da sua exposição é “O res-

suscitar de um olhar”. Traduz o facto de ter recomeçado a desenhar e pin-tar?

Sim, devido a ter renascido a inspi-ração, que eu tinha perdido, não tinha vontade de pintar.

J. A. Aldeia

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O SESIMBRENSE | 1 DE MARÇO DE 20135

Fantina

100 anos

Filha de Maria do Nascimento Ve-ríssimo e de Manuel Pinto Coelho, um conhecido republicano e presidente da Associação de Classe dos Operários Marítimos, Fantina Coelho completou recentemente 100 anos, mas manten-do uma impressionante vivacidade. O único problema que a afecta é a atrite, impedindo-a de sair à rua sem acom-panhamento - mas isso não a impede de sair, o que é sempre uma surpresa: “Encontro sempre coisas novas!”

Nasceu numa família numerosa: “O meu pai e a minha mãe tiveram nove filhos, quatro deles nasceram e morre-ram antes de eu nascer, e depois vie-ram quatro raparigas, em que a última rapariga era eu. Mais tarde, nasceu um menino que morreu com quatro anos”.

Deve o seu nome à personagem “Fantine” do romance Os Miseráveis, de Victor Hugo. “O meu pai leu o livro naquela altura, e como eu estava para nascer, assim fiquei. Não gostei mui-to do nome porque a personagem foi muito infeliz, mas ainda bem que não tenho sido como ela”.

Nasceu a 6 de Fevereiro de 1913, na Rua Joaquim Brandão. Aos dois anos, foi viver para a Rua Direita (actual Rua da República). Quando completou sete anos, foi viver para Almada, uma vez que o pai tinha negócios numa fábrica de conservas, naquela cidade. Alguns anos mais tarde, a família voltou a Se-

Fantina é filha de Manuel Pinto Co-elho, o carismático dirigente sindical, primeiro dos soldadores conserveiros, e depois presidente da Associação de Classe dos Operários Marítimos de Se-simbra.

Republicano e profícuo correspon-dente do jornal O Socialista, sofreu um atentado a tiro, em Maio de 1913, ao qual sobreviveu - tinha a sua filha Fan-tina apenas três meses.

Completara apenas a 4ª classe, no ensino oficial, mas os seus escritos re-velam uma sólida cultura política e lite-rária. Foi a trágica Fantine, do romance Os Miseráveis, de Victor Hugo, que o inspirou para o nome da filha.

Manuel Pinto Coelho não falava mui-to de política em casa, mas Fantina recorda que “as libras do meu avô tran-sitaram para fora de casa, para ajudar os mais pequenos”.

Os pormenores do atentado à vida do pai, também só os soube por lhe terem sido contadas pelas colegas da costura. Um dia em que viu o pai cum-primentar, na rua, um homem que tinha feito parte do complot para o matar, perguntou-lhe: porque é que o pai fala a esse homem? Resposta: “Porque penso que sou melhor do que ele.”

Noutra altura, chegou com o pai a Sesimbra, e depararam, por coinci-dência, com o funeral do homem que atentara contra a vida de Manuel Coe-lho, que comentou: “Eu tinha de que vir aqui para assistir a este funeral.”

Nessa altura, explicou a Fantina que “ele não tinha culpa: pagaram-lhe para isso.” De facto, o atentado contra o cor-respondente d’O Socialista, levado a cabo por um pobre diabo, apenas inte-ressava aos grandes proprietários das armações de pesca, de quem Manuel Pinto Coelho era um adversário feroz.

Grupo de costureiras da “menina” Luzinha (Maria da Luz Nunes Preto, ao centro da foto).Fantina está atrás, à direita.

simbra.Confessa que na escola, não fez

um exame brilhante, no entanto, com a ajuda da professora Conceição Ra-mos, conseguiu passar e ter, sobretu-do, uma boa nota a desenho.

“Entretanto aprendi a bordar na casa da menina Luzinha (Maria da Luz, cunhada do Dr. Costa) estive lá nove anos. Três anos sem ganhar. Até se fa-ziam exposições, mas era tudo para a casa, não era nada para mim. Depois comecei a ganhar 5 tostões cada dia.”

Passados nove anos, devido aos ne-gócios do seu pai, desta vez no comér-cio de peixe, voltou novamente para Almada.

Nessa altura, foi trabalhar para uma casa de bordados em Lisboa, durante 6 meses, para uma senhora que tinha um feitio muito austero. “Estive seis meses, ninguém aguentava seis dias”.

Mais tarde respondeu a um anún-cio, na rua da Misericórdia, também em Lisboa. Pediu 6 mil e quinhentos escudos e perguntou quando podia co-meçar, ao qual a senhora respondeu “a menina até vem já amanhã se qui-ser”. Ali ficou, durante cinquenta e dois anos. Cinquenta a bordar e, depois, mais dois a tomar conta da senhora.

Nos finais da década de 80, Fantina e mais duas irmãs regressam a Sesim-bra, à antiga casa na Rua da Repúbli-ca. Mais tarde, por indicação de uma

prima, compram uma casa no conheci-do prédio do arranha-céus.

E hoje, é nessa casa, com um corre-dor grande e estreito, que Fantina resi-de sozinha - entretanto as suas irmãs também já haviam falecido - , tendo por companhia, a sua vizinha Natércia, “considero a família dela, a minha fa-mília”.

Com a ajuda de um andarilho, du-rante a manhã, Fantina encarrega-se dos seus afazeres. À tarde, não dis-pensa a companhia da sua amiga Na-tércia, dedicando-se aos bordados (a sua grande paixão) e a fazer versos. Quando o sol se põe, ambas vêem te-levisão e trocam alguns comentários sobre as telenovelas. Como gosta de dizer, o fim-de-semana é dedicado à leitura: não dispensa um bom livro.

Sempre muito determinada, Fantina concluiu a nossa entrevista relembran-do que “apesar de estar velha de ida-de, sinto-me muito capaz. Faço sem-pre o melhor que posso fazer, para não prejudicar seja quem for”

Fantina Coelho foi escolhida para bordar à mão o emblema usado pelos atletas a equipa olímpica portugue-sa que participou nas Olimpíadas de 1952. No total fez 114 emblemas, com a ajuda de uma equipa de 11 bordadei-ras.

O original, porém, foi feito integral-mete por ela, guardado numa moldura.

Fantina tornou-se bordadora em Se-simbra, sob orientação da mestra “me-nina” Luzinha, numa casa que dava para a rua da República e para o largo 5 de Outubro.

Nos primeiros três anos não ganhou rigorosamente nada: era a contraparti-da pelo período aprendizagem.

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De igual modoMelhor Sorte Precisa-se…Para o edifício da Rua Dr. Aníbal Esmeriz

Embora não se saiba muito bem como avançam as obras no interior da Fortale-za, a melhoria do aspecto exterior pode e deve ser apontada como uma boa valori-zação turística de Sesimbra, em especial quanto à panorâmica possível do clássico Largo da Marinha.

Acredita-se que, lá dentro, a Fortaleza seiscentista há-de ampliar este nosso regozijo, valendo a pena repetir os muito antiquados votos quanto ao regresso do quadro devotado a S. Tiago que já tanta tinta fez correr…

Uma “nova” Fortaleza, versus 2013, é muito importante para Sesimbra como

oferta cultural aos seus visitantes mas também a todos os munícipes concelhios, ciosos do bom nome da “Piscosa”.

Assim como nos referimos, com op-timismo às melhoras da Fortaleza, de igual modo evocamos as nossas preo-cupações quanto ao que se passa com o já histórico edifício da Rua Dr. Aníbal Es-meriz, em pleno “coração” de Sesimbra, de há muito a necessitar de obras recen-temente embargadas por tristes motivos de falência empresarial, no âmbito da super-badalada crise que alastra por todo o país.

Tudo parecia bem encaminhado há escassos meses, conseguindo-se uma recuperação que a todos agradaria.

O prédio é bastante antigo mas tem uma apresentação condigna, em pleno “coração” da vila. Além do mais pode e deve reforçar o extraordinário apreço para com a figura ímpar do Dr. Aníbal Esmeriz que deu nome à rua em perene lembran-ça do seu altruísmo e enorme devoção

como médico que deu a vida em prol dos seus doentes quando da terrível epidemia de há quase 100 anos.

Sem se saber, ao certo, qual o destino preparado para o prédio de indesejáveis obras paradas, adicionam-se razões para uma natural expectativa de soluções do embargo que acontece.

Qual o destino previsto para o bonito prédio em referência? Não somos capa-zes de responder a uma tal demanda mas no sítio em que se encontra não faltam, por certo, boas hipóteses de aproveita-mento municipal.

Assim sendo, ficaremos à espera de boas notícias sobre o edifício em causa, vizinho apreciado do “Grémio”, do Audi-tório “Conde Ferreira” e do sempre novo Café Central, sem esquecer o muito nos-so “O Sesimbrense” dos tempos que João da Luz convivia com o Dr. Aníbal Esmeriz.

Que as obras recomecem e que daí re-sulte obra feita, de qualidade.

David Sequerra

Em Outubro de 2009, foi apresentado o Formulário de Candidatura FEDER/FC, do Programa Operacional Temá-tico de Valorização do Território 2007-2013, no âmbito da política nacional de Protecção Civil para apoio à aquisição de equipamentos para operações de protecção e socorro.

O projecto, encontra-se integralmente realizado e corresponde à aquisição de equipamento de protecção individual para incêndios estruturais e florestais, bem como equipamento de desencarceramento, a ser instalado, no já existente, veículo de socorro e apoio táctico, no sentido de melhorar a capacidade de intervenção dos Bombeiros Voluntários de Sesimbra, bem como a qualidade do equi-pamento utilizado.

Em 21 de Dezembro de 2010 foi celebrado o contrato de financiamento entre a Estrutura de Missão para a Ges-tão de Fundos Comunitários, organismo intermédio com competências delegadas para o efeito e a Asso-ciação dos Bombeiros Voluntários de Sesimbra, tendo o investimento um custo total de €91.543,11 (noventa e um mil qui-nhentos e quarenta e três euros onze cêntimos) com um valor elegível de €86.361,42 (oitenta e seis mil trezentos e sessenta e um euros e quarenta e dois cêntimos) tendo a operação obtido uma taxa de co-financiamento de 85% do valor elegível.

BVS - Novos equipamentos

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Integrada na 10ª edição da Assem-bleia Municipal de Jovens, a 6ª edição do concurso As Cores da Cidadania tem como tema Educar Para a Comu-nicação – Os Jovens e a Promoção de Sesimbra.

O concurso, direccionado aos jo¬vens que frequentam o 3.º e 4.º ano do 1.º ciclo do ensino básico, prossupõe a elaboração de trabalhos em forma de poesia ou desenho. Es-tes, deverão ser entregues até às 16 horas do dia 5 de Abril nas instalações da Assembleia Municipal, no Auditó-rio Conde de Ferreira, pela escola de cada participante.

Os prémios serão entregues no dia 27 de Abril, no Cineteatro Municipal, aquando da inauguração da expo-sição dos trabalhos apresentados a concurso, que estará patente até ao dia 20 de Maio.

Qualquer informação pode ser soli-

As Cores da Cidadania

Arrancaram as obras na Musical

Conforme tivemos oportunidade de noticiar, na passada edição de 1 de Novembro, a Sociedade Musical Se-simbrense, a fim de aumentar o con-forto dos seus utentes, na sua grande maioria pescadores ou ex-pescadores, entendeu utilizar os incentivos propos-tos pelo programa PROMAR, apre-sentando um projecto de candidatura de reformulação das instalações que viriam a ser aprovadas, com um subsí-dio não reembolsável de 75% do valor da obra.

Estas obras, que se pre-vêem concluídas no mês de Abril, prossupõem: Abertura de novo vão para o exterior directamente da sala de festas; execu-ção de balneário/vestiário, com duches exclusivos para sala de festas; refor-mulação do bar e copa e aquisição de equipamento novo; reformulação das

instalações sanitárias existentes; exe-cução de instalações sanitárias para utentes com mobilidade reduzida; execução de todas as redes de infra-estruturas, instalações eléctricas, tele-fones, informática e segurança contra incêndios.

Actualmente, o bar e o secretariado da SMS, encontra-se situado, a título provisório, na rua Heliodoro Salgado (antigo salão de chá Rebeca e casa do benfica), gentilmente cedido por Teresa Mayer.

citada junto da Unidade de Apoio da Assembleia Municipal de Sesimbra ou através do endereço electrónico: [email protected].

O Clube Sesimbrense comemorou o seu 160º aniversário com uma sessão solene no passado dia 2 de Fevereiro, que incluiu actuações do grupo musi-cal L’Escargots e da Bota Big Band, e ainda com uma palestra sobre o santuário do Cabo Espichel, a cargo da arquitecta Ana Vanessa Cabaça.

Um tema presente em alguns dos discursos, nomeadamente do presiden-tes da Direcção e da Assembleia Geral – António Júlio Cruz e João Capítulo – foi o do balanço dos seus mandatos, com a satisfação de saberem que se prepara uma candidatura de gente mais nova ao próximo acto eleitoral.

Na mesa de honra estiveram a verea-dora Felícia Costa, o padre Manuel Silva, Odete Graça (presidente da As-sembleia Municipal) e Augusto Pólvora (presidente da Câmara).

Augusto Pólvora destacou as obras recentemente realizadas pela colectivi-dade nas suas instalações, e saudou a previsível renovação dos corpos sociais: uma renovação geracional

160º Aniversário do Clube Sesimbrense

acompanhando a renovação física das instalações. Um especial destaque foi dado pelo autarca à entrega da candidatura da Arrábida a Património Mundial da Unesco, realizada na véspera, salientando que “Sesimbra tem condições para ser o coração da Arrábida como Património da Mundial da Humanidade.”

Num discurso emocionado, António Júlio Cruz, com mais de 50 anos de sócio, disse ter ficado extasiado com a audição do grupo L’Escargots, que lhe fez reviver os antigos saraus e bailes do Grémio: “Sou um saudosista militante”, concluiu. Como praticante do desporto do mergulho, acontecia “sentir falta de ar, falta de folego, e depois lá vinha uma lufada de oxigénio – aconteceu o mesmo na última assembleia, quando estava com a esperança perdida de que pudesse haver uma continuidade desta obra, e apareceu uma pessoa, o João Proença, que propôs apresentar um programa que rejuvenescesse o Clube.”

Esteve em discussão pública duran-te o mês de Janeiro, o Parque Empre-sarial e Tecnológico da Carrasqueira, com uma área total de construção de 90 mil m2, localizada junto à estrada nacional para Cacilhas (nº 378), a se-guir à rotunda da Carrasqueira, no lado direito de quem se dirige para Norte.

A zona destina-se à instalação de actividades de indústria transforma-dora ligeira, não poluente, bem como logística de transportes, armazenagem e distribuição, actividades terciárias, escritórios, e equipamentos de lazer

Parque Empresarial e Tecnológico da Carrasqueira

numa área desportiva.Após a aprovação, que poderá verificar-se

em breve, a venda dos lotes caberá a um promotor privado, a empresa Greenwoods Ecoresorts – Empreendimentos Imobiliá-rios, que adquiriu a Mata de Sesimbra (Sul) à empresa Pelicano. O sucesso do Parque dependerá da existência de interessados na respectiva aquisição.

A sessão pública de apresentação do documento, no passado dia 11 de Janei-ro, teve escassa participação cidadã, destacando-se o geólogo Paulo Caeta-no, que criticou o Parque, manifestan-do a sua opinião de que seria preferí-vel recuperar o “passivo” urbanístico, do que lançar novas iniciativas que poderão também ficar ao aban-dono. Referindo-se ao proble-ma das iniciativas imobiliárias cuja construção parou a meio, disse: “resolvemos o problema do “esqueleto” da Califórnia, mas agora temos outro no ou-tro lado da vila” - o edifício Se-simbra Shell.

Paulo Caetano questionou

se não seria melhor localizar qualquer novo polo de investimento no porto de abrigo, ou na sua proximidade.

No debate foi referido o caso do Par-que Empresarial do Zambujal, já con-cluído mas sem instalação de novas empresas, devido aos preços pratica-dos, havendo no entanto empresas a instalar-se a poucos metros, mas em zonas menos adequadas.

Rotunda da Carrasqueira

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Lendas de SesimbraAs Lendas de Sesimbra andam, em parte, muito mal contadas. Num caso, uma in-

venção do século XX (“Se Zimbra Quizer”) tem sido apresentada nas escolas como se fosse uma genuína lenda tradicional. Noutro caso, um burlão que por aqui andou a enganar as pessoas, transformou-se num lendário “Cavaleiro Branco”... Uma coi-sa é certa: ninguém em Sesimbra toma estas lendas como verdadeiras tradições.

E qual a necessidade de “inventar” novas lendas, quando existem lendas verda-deiramente tradicinais, passadas de geração em geração?

Em Sesimbra existem duas lendas bem arreigadas nas memórias das suas gentes: a lenda do Senhor Jesus das Chagas, cuja imagem teria aparecido sobre a Pedra Alta, na baía de Sesim-bra, e a lenda de N. S. da Pedra da Mũa, ou do Cabo.

Existem depois outras menos co-nhecidas: as lendas do Tardo, do Lobi-somem, dos Mouros e Encantos, das Três Bolas de Ouro, de Frei Sebastião Gigante, da Senhora da Pinha (ou del Carmen).

Existe também um conjunto de “len-das” que denunciam ser de elaboração recente. Por exemplo, a lenda de Ala-laia, a mágica ilha “que se vê e não exis-te, que existe e não se vê”, tema que foi desenvolvido num belo e longo poema de Gilberto Pinhal, publicado em livro. Rafael Monteiro escreveu que a lenda andava “na boca dos velhos pescado-res”, mas disse-o num texto em que ele próprio lhe dá uma interpretação poéti-ca e mitológica.

Um outro relato, a Lenda da Reposi-ma, deve-se a Magda Fonseca, que o diz ter escutado do pai, relativo a um acontecimento mágico ocorrido com a parteira Reposima Marques da Encar-nação, contratada como parteira muni-cipal em 1911, a mesma que ajudara ao nascimento do próprio pai – o que não permite dar a esta história o estatuto de relato tradicional.

Depois há as lendas que nasceram de projectos comerciais, já no século XX, destinadas a encher edições das “Lendas de Portugal”. Tal é o caso da Lenda das Casas de Sesimbra (“Se Zimbra Quiser”), inventada por Gentil Marques, segundo a qual a Sesimbra

Histórias para todos os gostosribeirinha teria sido fundada por um pes-cador de nome Zimbra, para impedir que a sua noiva tivesse de prestar o tributo de “pernada” ao tirano que governava a Sesimbra acastelada. Esta lenda não tem qualquer fundamento na tradição local – nem sequer existiu qualquer se-nhor feudal no Castelo, pois a Sesimbra Portuguesa sempre pertenceu à Ordem de Santiago. No entanto, tem sido muito divulgada e teatralizada pelos professo-res nas suas escolas, desde a década de 1980.

Inventada também para ser vendida em coletânea, é a Lenda da Origem de Sesimbra, de E. Mendes, que relata a longa viagem, por caminhos separados, de dois pares de irmãos (os Al-Farique, e os Zamborek), até que se encontra-ram numa praia, casando entre si, dan-do assim origem a Sesimbra. Também com a mesma origem erudita, Fernanda Frazão escreveu as lendas de Sesimbra (semelhante à da Casas de Sesimbra) e do O Tritão do Cabo Espichel

Finalmente há a extraordinária fanta-sia de alguém se ter lembrado de trans-formar em “lenda” a triste história do de-sertor e burlão que por aqui andou em 1941.

Todo este conjunto de lendas, onde se misturam vagos relatos tradicionais com invenções recentes, merece que um dia lhe seja dedicado um estudo sério e aprofundado. No entanto, e para já, se-ria aconselhável que não se andasse a divulgar “lendas” que se sabe, com toda a certeza, terem sido inventadas apenas com fins comerciais.

Apresentamos a seguir pequeno re-sumos de algumas das das lendas re-feridas.

Esta lenda apresenta-se em duas variantes tradicionais: uma que diz ter Nossa Senhora aparecido em sonhos a um velho de Alcabideche e a uma velha da Capa-rica, guiando-os até ao Cabo - com o pormenor da velha ter enganado o homem para lá chegar primeiro. É esta versão a que se encontra retratada nos azulejos da Capelinha das Aparições.

Uma outra versão dia que Nossa Senhora apareceu na Angra de Nossa Senhora (praia dos Lagosteiros), subindo depois pela encosta escarpada, em cima de uma mula, deixando marcadas na rocha as pegadas do animal – o que deu origem à designação de N. S. da Pedra da Mũa [Mula], por que também é conhecido aquele Santuário. Julga-se que as “pegadas da mula” são as pegadas que de facto existem naquela encosta, mas feitas por dinossauros.

Lenda de N. S. da Pedra da Mũa, ou do Cabo

Lenda do Senhor das ChagasDiz a lenda que uma imagem do Senhor das Chagas apareceu um dia sobre a Pe-

dra Alta, na praia de Sesimbra, no século XVI, e que desde essa data passou a ser venerada pelos pescadores de Sesimbra. Também diz a lenda que, desde esse dia, nunca mais a areia cobriu a Pedra Alta. Uma interpretação “histórica” deste milagre poderia ser o facto de, nesse século, a Inglaterra se ter tornado Protestante, deitando ao mar muitas imagens de Cristo. O certo é que não há referências muito antigas a este culto, que só aparece relatado no século XIX.

Sob a forma de um lagarto, ou de outros animais, o “Tardo” aparece depois da meia noite, no sítio da Barquinha, ao caminheiro que por ali passe sozinho. O Tardo é um dos nomes do demónio, e a sua acção limita-se a assustar o viandante: é um pequeno diabrete.

O Tardo

O LobisomemEm Sesimbra, o Lobisomem aparecia para os lados do Calvário e da Califórnia,

quando lá não havia ainda casas. Tratava-se de um homem que se transformava em burro, e toda a gente tinha o cuidado de trancar muito bem as portas, para se defenderem dos coices da besta. Tratava-se de um homem que à noite se trans-formava em burro, mantendo, contudo, a gravata ao pescoço; quando a alva se aproximava, voltava à forma humana.

Os Encantos vivem nos penhascos elevados, em bosques e em ruínas de anti-quíssimas construções. São os guardas de fabulosos tesouros ocultos, tal como os Mouros. Em Sesimbra, os mais conhecidos estavam para os lados da Califórnia. De pequena estatura, e cor negra, os Encantos trazem na mão três bolas de ouro, que por vezes oferecem a quem os encontra, como aconteceu a uma parteira que foi acudir ao parto de uma Moura.

Os Mouros e os Encantos

As Três Bolas de OuroCerta noite, dois cavaleiros vieram a Sesimbra buscar uma parteira para ajudar

uma grávida adoentada. Levaram-na, vendada, a uma terra do campo, onde ajudou uma senhora de sotaque espanhol. No regresso, um dos cavaleiros deu-lhe três bolas metálicas. A partir da capela de S. Sebastião seguiu a pé, e como se sentia cansada, deitou fora duas das bolas. Quando chegou a casa, acendendo a candeia, reparou que a bola que lhe sobrara era de ouro maciço – foi procurar as outras, mas já não as encontrou. Na noite seguinte a cena repetiu-se, com a diferença que a paga foi um saco com moedas: dobrões de D. João V.

Frei Sebastião, sentindo-se bastante adoentado, retirou-se para a Capela de S. Sebastião, em Sesimbra, onde era muito procurado pela sua fama de Santo. Adivinhando a sua própria morte, ele próprio pediu a extrema-unção. Enterrado na mesma capela, dizia o povo, de noite, a sua silhueta aparecia projectada na parede daquela Capela.

Frei Sebastião Gigante

A Senhora da Pinha, ou del Carmen

Uma mulher da Aldeia da Piedade teve um filho de cor negra. O caso causou espanto, falatório na aldeia, e desconfiança no marido, que pensava que o filho não era seu, e determinou matar a mulher. Certo dia, tentou mata-la com uma faca, mas de uma árvore caiu uma pinha que lhe afastou o braço, ao mesmo tempo que sobre a árvore aparecia a imagem de Nossa Senhora com uma pinha na mão. No local foi depois erguida a ermida de N. S. da Pinha, ou del Carmen.

Ex-voto de Nossa Senhora do Cabo

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No Carnaval de 2011, a escola de samba Batuque do Conde apresentou como tema as Lendas de Sesimbra, baseando-se na “recolha” que a Biblioteca Municipal faculta. E, como por artes mágicas, um desertor e burlão famoso em Sesimbra, por onde andou em 1941, aparecia no desfile como a Lenda do Cavaleiro Branco.

Não sabemos de onde vem esta “cor” – talvez do “Cavaleiro Branco” da publicida-de ao detergente AJAX – mas sabe-se quem era o burlão que foi preso em Sesim-bra em 1941: era José Esteves Oliveira, de 23 anos, procurado pela polícia como desertor de Cavalaria 1.

O Cavaleiro Ele não era estrangeiro Nem espanhol nem francês Quando apareceu em Sesimbra Um cavaleiro português

Dizia que era filho Do mais rico lavrador Que tinha estado em Coimbra A estudar para doutor

De polainas de toureiro Mas ninguém o conheceu Chamava-se Fernandinho Muitas coisas ele ofereceu

Para dar azeite e toucinho Tinha ele bom coração Dizia também que tinha Um cavalo em Azeitão

Mas a policia descobriu As proezas do cavaleiro Que ia picar à praça Sem nunca ter sido toureiro

Muita gente o conhecia Por um homem de valor Mas logo deu entrada Na prisão, por desertor

Quando ele pela rua andava Era um homem que se afoita Parecia o Zé Casimiro Pelas touradas da Moita

Não devemos ter amor A gente desconhecida Mas são as mais estimadas E que têm mais valor Cá na terra de Sesimbra

Dizendo-se filho de um homem rico, prometia arranjar bens alimentares e empregos, aproveitando-se das carên-cias existentes: já a Europa estava em guerra, e Sesimbra tinha acabado de sofrer as consequências do Ciclone. Não sabemos se algum dia chegará a ser uma lenda – como aconteceu com o Zé to Telhado – mas, por enquanto, é apenas um caso de polícia.

Conseguimos recolher uma poesia popular, que faz o retrato do Cavaleiro, com a devida lição de moral: por vezes dá-se mais valor aos de fora, sem se-quer saber quem verdadeiramente são.

O Cavaleiro Desertor (falsa lenda)

Numa noite de temporal, um embuçado bateu à porta da casa da parteira Repo-sima, para ir ajudar num parto. Caminharam até uma rocha no areal a nascente de Sesimbra, onde o homem bateu como quem bate a uma porta, a rocha abriu uma passagem e viram-se dentro de um palácio, onde uma linda princesa moira estava no maior desespero e sofrimento. Com a ajuda de Reposima , lá nasce um lindo menino. Como paga, deram-lhe pedras preciosas, ouro, pratas e joias, tudo o que pudesse levar no avental, mas com a condição de não contar nada a ninguém. Mas ao fim de algum tempo não resistiu, e contou à filha, aquém foi mostrar o tesouro que escondera: mas só ali restavam pedras de carvão!

Lenda da Reposima

Lenda de AlalaiaO pescador e poeta, Gilberto Pinhal, publicou em 1950 um longo poema sobre

a lenda de Alalaia, a ilha “de sonho e magia”, que “jaz no seio do mar / envolta em mistério oculto / Negada aos olhos do Mundo”. A obra tinha sido apresentada, no ano anterior, ao Prémio Internacional de Siracusa, em Itália.

Aquando do lançamento do livro, o jornal O Sesimbrense escreveu que “Alalaia é a visão do pescador quando a noite cai na praia; é o sonho das almas que erram jun-to aos barcos; é o almejado mar que o Norte não indicou e que as proas já tocaram”. Também Rafael Monteiro, em 1952, escreveu sobre Alalaia, um texto com referência mitológicas, onde diz que Alalaia ”anda na boca dos velhos pescadores quando em noites escuras o mar troveja sobre a areia da minha terra velhinha”, sendo “Lugar ignorado e eternamente procurado”.

Alalaia: “vê-se… e não existe! Existe… e não se vê!”

Referências: A poesia do Cavaleiro foi-nos relembrada por Virgínia Marques Pal-meirim; a notícia veio no jornal O Sesimbrense de 1941. As lendas do Lobisomem, do Tardo e dos Mouros e Encantos foram descritas por Rafael Monteiro, sob o pseu-dónimo “Z”, nas seguintes edições d’O Sesimbrense de 1952: 13/7, 29/7 e 3/8.

Joaquim Preto Guerra escreveu n’O Sesimbrense sobre as lendas de Frei Sebas-tião Gigante (Março e Abril de 1943); As três Bolas de Ouro (Novembro e Dezembro de 1943); Senhora da Pinha (Janeiro de 1944).

Rafael Monteiro, sob o pseudónimo “Preto Vogado” escreveu sobre Alalaia n’O Sesimbrense de 13 de Abril de 1952, e o poema Alalaia, de Gilberto Pinhal, encon-tra-se na colectânea de poetas sesimbrenses, Os Chamadores (2002).

A lenda da Reposima foi recolhida no blog Águas do Sul.J. A. Aldeia

Emmemória deRafael Monteiro

Rafael Alves Monteiro faleceu a 20 de Janeiro de 1993, perto de concluir os 72 anos. De origem modesta, não chegou a conhecer o pai. Diploma oficial, teve ape-nas o da 4ª classe, onde se destacou pelo brilhantismo. Empregou-se depois na farmácia Leão, onde aprendeu os segredos da feitura dos medicamentos, até ir para o serviço militar. Não teve depois profissão fixa, por escolha sua, apreciando mais a liberdade de estudar, de investigar e de aprender. Desenvolveu, por sua iniciativa, actividades na arqueologia e na investigação de documentos antigos, guiado pela necessidade de saber, e também de transmitir aos outros, a História da sua Terra.

Foi um homem de acção, em torno de valores e de ideais, de orientação conservadora, que alguns confundiram como “adesão” ao Salazarismo - mas defendeu esses princípios até ao ponto em que chocou com esse regime, que o puniu severamente. Foi fundador e prin-cipal animador da Mocidade Portugue-sa em Sesimbra, inspirado por valores como o nacionalismo e o patriotismo. Foi fundador da Juventude Nacional Trabalhadora e do seu jornal, “Bombor-do”, que viriam a ser extintos pelas auto-ridades, através da PIDE.

Lutou publicamente contra a crimino-sa pesca ilegal de arrasto junto à costa. Lutou contra o roubo de vastas áreas do território de Sesimbra (a Aroeira, “de Almada”, por exemplo). Organizou o movimento pela criação de um Parque Marítimo da Baía de Sesimbra. Publicou incansavelmente, através de artigos jor-nalísticos e de livros, em defesa da sua Terra e dos pescadores.

Pagou um elevado preço por isso, agredido fisicamente por um presidente de Câmara, e “despedido” por um outro que, na tomada de posse, referindo-se-lhe indirectamente, afirmou que “O po-der não pode continuar a descer à rua, misturar-se com falsas elites ou identifi-car-se com baratos e mesquinhos filó-sofos”.

Rafael Monteiro foi também um filóso-fo, não pelo estatuto conferido por canu-dos universitários, mas no mais verda-deiro sentido da palavra, transformando a sua casa no Castelo, “numa mansão filosofal e numa cidadela de cultura se-simbrense”, como escreveu o seu amigo António Reis Marques.

Investigou e publicou sobre os pesca-dores e mareantes de Sesimbra, sobre a Festa do Senhor das Chagas, sobre o culto do Espírito Santo – enfim, sobre tanta coisa essencial à vida espiritual de Sesimbra: obra essencial e nunca ultra-passada, mas frequentemente ignora-da pelos insensatos que julgam poder chegar mais alto sem passar por essa escada.

Recorro uma vez mais à palavra de António Reis Marques, pois não sou capaz de o fazer melhor: Rafael Mon-teiro pertence ao grupo daqueles raros homens que “possuem singular capaci-dade para se identificarem com a terra onde nasceram, através da empatia que conseguem estabelecer com o seu povo, apreendendo o espírito do lugar, entendendo suas vozes e silêncios, sa-bendo reconstituir as memórias dos an-tepassados e preservar seus valores e tradições.”

João Augusto Aldeia

O professor João Manuel Pinhal viu recentemente publicado pela Funda-ção Calouste Gulbenkian o livro “Os municípios portugueses e a educação – Treze anos de intervenções (1991-2003)”.

Obra de grande extensão (perto de 800 páginas) que resultou da tradução e adaptação da sua tese de doutora-mento em Gestão pela Universidade de Versailles Saint Quentin-en-Yvelines (França), defendida em 2009.

João Manuel Pinhal é natural da Freguesia do Castelo, e fez parte da Comissão Administrativa da Câmara Municipal de Sesimbra, após a revolução de Abril de 1974, tendo depois desem-penhado a profissão de professor em vários graus de ensino.

O estudo agora publicado debruça-se sobre a organização da educação a nível local, com o objectivo de “fazer o ponto de situação sobre a intervenção dos municípios portugueses na área da educação, num contexto de emergência de um sistema multiforme de regulação da educação”. Mais especificamente, debruça-se sobre a acção dos actores locais: “como é que as comunidades locais se mobilizam para reforçarem o sistema educativo”.

A descentralização da educação e as políticas educativas locais constituem uma das áreas desenvolvidas por João Manuel Pinhal, bem como os projectos e cartas educativas locais – temas que o autor também tem desenvolvidos em arti-gos e em intervenções em conferências, nomeadamente em Sesimbra.

O livro analisa com algum detalhe os casos de 9 municípios, os quais são apresentados com nomes fictí-cios, embora não seja difícil descobrir

que Sesimbra é identificado como o município “Sépia”. Relembrando os tempos em que fez parte da Comissão Administrativa, o autor escreve que não existia ali qualquer estabelecimento do ensino secundário: “Logo em 1974, a Comissão Administrativa, que tomou conta do executivo municipal até que fossem realizadas as primeiras eleições, providenciou o lançamento expontâneo de ensino secundário.” (p. 362)

Também no município “Sépia”, o au-tor refere ter encontrado divergência de opiniões entre o vereador, para quem “existia uma política educativa munici-pal”, e a chefe de divisão de educação, que sublinhava: “confundem-se projec-tos educativos com projectos políticos pessoais.” (p. 684).

João Manuel Pinhal publica livro sobre Educação e Municípios

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10O SESIMBRENSE | 1 DE MARÇO DE 2013

Sesimbra volta a estar representada na Bolsa de Turismo de Lisboa, a decorrer entre os dias 27 de Fevereiro e 3 de Março.

Este ano, por motivos das limitações financeiras, a Câmara não disporá de pavilhão próprio, como é habitual,

Sesimbra na BTL

Até à data de fecho desta edição, a Câmara Municipal de Sesimbra ainda não tinha recebido qualquer verba do empréstimo do PAEL, destinado a sal-dar dívidas de curto prazo da Autarquia. Apesar do respectivo contrato ter sido assinado em Dezembro, o Tribunal de Contas tem vindo a pedir sucessivos esclarecimentos à Câmara Municipal, atrasando a concretização daquele fi-

Câmara ainda não recebeu empréstimo do PAEL

nanciamento. A mesma situação se tem passado com outras Autarquias, sendo muito reduzido o número de Câmaras às quais já foi entregue o dinheiro.

Entretanto a Câmara Municipal decidiu recorrer a um empréstimo de curto prazo, no montante de 1,5 milhões de euros, aprovado pela Assembleia Municipal no passado dia 1 de Fevereiro, apenas com uma abstenção do Bloco de Esquerda.

integrando-se no pavilhão do Turismo de Lisboa e Vale do Tejo, “para apre-sentar as suas potencialidades turísti-cas e promover o que de melhor tem para oferecer, como a gastronomia, o património, as tradições ou as paisa-gens únicas.”

O prémio Espichel, atribuído pela Assembleia Municipal de Sesimbra, em 2013 será atribuído à família Chagas (na área social e profissional) e ao professor de agronomia, José Gouveia.

Este prémio, que passou a ser atribuído de dois em dois anos, destina-se a reconhecer e evidenciar o mérito de pessoas singulares e colectivas por actos relevantes que tenham influência

Prémio Espichel para família Chagas e José Gouveia

directa na vida do Concelho ou que constituam uma forma de promoção de Sesimbra em Portugal e no Mundo. Já antes fora atribuído à ArtesanalPesca, ao fotógrafo Carlos Sargedas, ao trei-nador de hóquei Luís Sénica, ao Núcleo de Espeleologia da Costa Azul, à firma Teodoro Gomes Alho, à Cercizimbra e ao Clube Naval de Sesimbra.

A Câmara Municipal de Sesimbra colocou na Internet um portal a partir do qual qualquer cidadão poderá consul-tar processos urbanísticos, comunicar leituras do contador de água, pedir certidões de toponímia, entre outros serviços que passam a estar acessíveis no endereço:

servicosonline.cm-sesimbra.ptO objetivo deste sistema é o evitar

a necessidade de deslocação aos ser-viços municipais.

Para utilizar estes serviços o cidadão terá de se registar como utilizador, indicando o número de contribuinte e de Bilhete de Identidade, seguindo os passos que lhe vão sendo indicados. Também é necessário apresenta com-provativo de morada.

No entanto, quem já possuir um leitor de cartão de cidadão, poderá fazê-lo diretamente, necessitando apenas de possuir os PIN de autenticação e de morada, para requerentes em nome individual. A autarquia prevê colocar este equipamento em alguns postos públicos, para facilitar a adesão aos serviços.

Serviços Municipais acessiveis através da Internet

Os requerentes em nome coletivo deverão anexar cópia de cartão de Identificação de Pessoa Coletiva, que atesta que a adesão aos serviços online foi realizada por pessoa legalmente habilitada para o fazer e comprovativo de morada.

Os utilizadores, após esta fase de registo, poderão, numa primeira fase, submeter formulários nas áreas de Higiene Urbana, Saneamento e Toponímia, e a consultar procedimentos nas áreas de Actividades Económicas e Urbanismo. Na área das Atividades Económicas estão disponíveis informa-ções no âmbito dos Mercados Munici-pais e Venda Ambulante.

No área de Urbanismo será possível proceder à consulta de informação so-bre os processos, relativos a obras particulares e consultar os procedimen-tos para formulação de pedidos (docu-mentos necessários, custos inerentes), impressão do modelo a apresentar, etc..

O leque de serviços disponíveis será alargado no futuro, em função das necessidades dos cidadãos e do desen-volvimento da plataforma de suporte.

A candidatura da Arrábida a Pat-rimónio Mundial da Unesco foi entregue àquela organização no passado dia 1 de Fevereiro, após o parecer positivo do Grupo de trabalho Interministerial, a que fizemos referência na nossa anterior edição.

Alfredo Monteiro, presidente da Associação de Municípios da Região de Setúbal, referiu o seu contenta-mento por estarmos “mais perto de assegurar o que sonhámos com o lançamento desta candidatura”, mas acrescentou que o trabalho anda não acabou, pois a Unesco irá agora aval-iar os documentos entregues e aferir a o fundamento dos seis critérios de avaliação. A candidatura poderá ser

Candidatura da Arrábida entregue na Unesco

mesmo devolvida, para que se façam as alterações que aquele organismo considere necessário, não se podendo excluir a hipótese da candidatura vir a ser recusada, embora o considere improvável.

Augusto Pólvora, presidente da Câmara Sesimbra, disse estar opti-mista, pois a candidatura já passara na avaliação do Conselho Interministerial nacional.

A entrega da candidatura à Unesco teve de ser acelerada – foi mesmo en-tregue no último dia possível – uma vez que Portugal deverá integrar o Comité Internacional da Unesco, impedindo a apresentação de qualquer candidatura nacional até 2018.

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O SESIMBRENSE | 1 DE MARÇO DE 2013 11

A CDU reuniu no passado dia 24 de Fevereiro, na Quinta do Conde, para fazer um balanço da actividade do trabalho desenvolvido nas autarquias locais, e perspetivar o futuro.

A CDU – Comissão Democrática Eleitoral, é uma coligação de dois partidos: o Partido Comunista Por-tuguês e o Partido Os Verdes, que obteve a maioria absoluta na Câmara Municipal, nas eleições de 2009, conquistando 5 dos 7 lugares no Executivo Municipal, e conquistando também a maioria absoluta na As-sembleia Municipal e a presidência de todas a Juntas de Freguesia do Concelho.

Balanço de actividadeConsiderando que se apresentara às autárquicas

de 2009 com um programa eleitoral “ambicioso mas realista”, e apesar dos constrangimentos colocados, “quer pela situação económica e social em que os sucessivos governos PSD/PS/CDS colocaram o país e a economia”, a CDU afirma ter aplicado medidas que “visavam devolver a Sesimbra a cultura da participação democrática” e uma gestão que permitiu “a melhoria efetiva da resposta no serviço prestado à população, enquanto serviço público”.

Segundo a CDU, o seu mandato tem sido marcado “pela aposta no investimento publico”, nomeadamente em investimentos reprodutivos “que visam projectar o desenvolvimento do concelho em termos estratégicos a médio-prazo e para as gerações futuras”. Destaca os “projetos estruturantes, como a Requalificação do Núcleo Urbano de Sesimbra ou a cobertura da rede de saneamento da Freguesia do Castelo”, bem como o reforço do “investimento nos equipamentos educativos da Quinta Conde e do Castelo, bem como da infraestru-turação das AUGIS, em particular no Casal do Sapo”.

Segundo a CDU, o período do actual mandato “foi pautado pelo maior ataque à autonomia e funciona-mento dos órgãos autárquicos, desde que há memória em democracia. A pretexto do acordo que Portugal celebrou com o FMI e a União Europeia, a CDU acusa o governo de tomar medidas que poderão levar a “uma completa descaraterização dos elementos mais progressistas e avançados do poder local, a liquidação do que ele representa enquanto conquista de Abril”.

Entre as características desta actuação governativa, a CDU destaca a redução dos serviços que as autar-quias prestam às populações, um projeto de liquidação da autonomia administrativa do poder local.

Ao mesmo tempo que asfixia financeiramente as Autarquias, “o governo e a administração central vê engrossar o seu orçamento, onde o produto dos im-postos pagos pelos portugueses tem como destino o pagamento de buracos financeiros da banca, parcerias público privadas cujos acordos são desastrosos para o erário público, enriquecendo os grandes grupos económicos.”

Outros aspectos criticados pela CDU são a limi-

CDU em reunião de análise e reflexão

tação à contratação de pessoal das autarquias, e a obrigatoriedade da sua redução, bem como a redução obrigatória de cargos dirigentes e ainda a denominada “lei dos compromissos e pagamentos em atraso”, que “põe em causa a sua própria autonomia e existência”.

Para o futuro, a CDU apresenta objectivos muito genéricos, com a promessa de divulgar em breve a ac-tividade que tem realizado, através de um documento de prestação de contas à população. Compromete-se, nomeadamente, a “prosseguir o cumprimento do seu programa eleitoral, reiterando a estratégia de desenvolvimento seguida, aprofundando os proces-sos de participação entre os eleitos e a população, continuando a pugnar pela concretização de projetos e obras da responsabilidade do Governo, ao nível da construção de equipamentos de saúde, ensino, ação social, segurança e proteção civil, requalificação am-biental, ordenamento do território e acessibilidades”.

Augusto Pólvora candidatoAugusto Pólvora deverá, com grande probabilidade,

ser o candidato da CDU à Câmara Municipal de Sesim-bra. O processo de consultas internas ainda demorará algum tempo, mas nada indica o contrário. Numa altura em que alguns presidentes de Câmaras terminam os seus mandatos, por força da lei, podia-se colocar a hipótese de Augusto Pólvora ser “catapultado” para outra Autarquia, mas não deverá ser o caso

Carlos Sargedas confirmou ao nosso jornal a de-cisão de avançar com a sua candidatura às eleições autárquicas do final do corrente ano. Revelando grande satisfação pela adesão ao convite público que fez, de apresentação de candidaturas, disse ainda saber que noutras autarquias estão também a ter lugar idênticas iniciativas.

Na sua página do Facebook, Carlos Sargedas fri-sou a ideia de que “não concorre contra os partidos”, apoiando-se nas estatísticas das últimas eleições, que mostram que é possível ter mais do que 50% dos votos, recorrendio apenas aos que não votaram nos partidos (na sua maioria, votos das abstenções).

Carlos Sargedas avança com candidatura

FinisterraA 2ª edição do Finisterra - Arrábida Film Art & Tour-

ism Festival, está já no terreno, estando a decorrer o período de inscrição de filmes, a qual, segundo o seu Director, Carlos Sargedas, está a decorrer muito bem.

Apesar de uma forte redução nos custos, o Finisterra não perderá qualidade - garante Carlos Sargedas, que refere que a China deverá ter um destaque especial no certame.

Também a ligação de Sesimbra às Descobertas e às Navegações será alvo de uma especial promoção, estando previsto levar os convidados a um passeio pela costa de Sesimbra e da Arrábida, e a caravela Vera Cruz estará em Sesimbra nessa altura, numa cooperação do Finisterra com a Aporvela.

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12O SESIMBRENSE | 1 DE MARÇO DE 2013

Carnaval à chuvaO tempo chuvoso e frio dominou o Carnaval de 2013em Sesimbra, perturbando

as diversas iniciativas e fazendo diminuir o número de espectadores e participantes. O desfile das crianças das escolas, que este ano decorreu na Quinta do Conde, e o grande desfile de terça-feira, “salvaram-se” da chuva, mas todas as outras activida-des foram afectadas, sobretudo o grande desfile de domingo, que foi interrompido a meio por uma grande chuvada. O desfile dos palhaços, na segunda-feira, também apanhou alguma chuva, mas ternminou já sob um sol radiante.

Uma das novidades deste ano foi o rigor colocado pela Câmara na hora de inicio dos desfiles, antecipada para as duas horas, bem como no arranque das diversas escolas, evitando que os últimos agrupamentos desfilassem já quase de noite. Este rigor foi conseguido sob a ameaça de cortes nos subsídios, para quem não cumpris-se os horários: e, desta forma, todos cumpriram!

Outra novidade foi a abertura dos serviços de saúde durante a noite, para apoio aos casos de alcoolismo, sobretudo de jovens, que, lamentavelmente, continuam a verificar-se.

Reinaldo Nunes foi “tema” da escola de samba Trepa no Coqueiro. Uma ho-menagem merecida, pois a extensão do carnaval Sesimbrense ao modelo bra-sileiro deve-se muito à sua paixão pelo samba, que, como músico de grande ní-vel, tem divulgado, quer em termos es-tritamente musicais, quer na forte cultura que lhe está associada, nessa mistura das identidades portuguesa e africana, característica da alma brasileira.

Reinaldo Nunes esteve na origem do carnaval brasileiro de Sesimbra, fun-dando grupos, ensinando música, expli-cando o que são as escolas de samba, compondo ele próprio alguns dos mais belos sambas deste carnaval, sobre te-mas bem nacionais e, por vezes, bem “pexitos”,

Contente pela homenagem, o Reinal-do voltou a reinar no nosso Carnaval.

A tristeza pela interrupção do desfile foi uma das imagens marcantes do Domigo de Carnaval - embora os primeiros grupos a desfilas tenham feito a maior parte do percurso.

O desfile dos palhaços, na segunda-feira, contou com uma presença muito me-nor do que a habitual: devido à chuva, mas também pelo facto de não ter havido qualquer “tolerância de ponto” para este dia, nem mesmo parcial, como era habitual acontecer em anos anteriores.

Bar Inglês

Gliese

Onda Selvagem

Contraste X-uP

1001 Noites

Grémio

O Carnaval “pexito” também aco-lheu as tradicionais Cégadas, e man-teve sobretudo a tradição dos bailes carnavalescos, quer nas sociedades recreativas, como a Sociedade Musi-cal Sesimbrense e o Grémio (Clube Sesimbrense), quer nos diversos bares espalhados pela zona marginal de Se-sisimbra.

A tradicional circulação das máscaras

pelas rua, de noite, foi muito prejudicada pela chuva, mas no interior dos recintos dançou-se animadamente.

Também não houve este ano concer-tos de rua, durante a noite, devido às li-mitações financeiras da Autarquia.

Nas fotos de baixo mostra-se um pou-co desse ambiente das colectividades e dos bares, na noite de maior animação, a 2ª-feira de Carnaval.

Sociedade Musical

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O SESIMBRENSE | 1 DE MARÇO DE 201313

Emanuel teve o primeiro contacto com o Skimboard, por volta dos 6 anos, com uma prancha do seu primo Valter, “gostei tanto, que pedi ao meu avô Emí-lio, que era carpinteiro naval, para fazer uma para mim. Ele agarrou na prancha do meu primo e fez uma cópia. A partir dai, como sempre vivi perto da praia, to-dos os dias, no verão ia fazer skimming. Só comecei a fazer de Inverno, mais tar-de, quando começou a surgir outro tipo de pranchas. Porque antigamente exis-tiam pranchas de madeira para deslizar na areia, só mais tarde o sistema de fabrico das pranchas foi adaptado para as ondas.”

Na sua opinião as melho-res praias para o Skimboard em Portu-gal são: Sesimbra, Lagoa de Albufeira, Praia de Faro, São Pedro do Estoril, Eri-ceira, Santa Cruz e Costa de Caparica. No entanto, a sua onda preferida é The Wedge, na Califórnia. “Foi a primeira grande viagem que fiz e quando lá che-guei, deparei-me com um óp-timo cenário. Boas condições, na praia, nas ondas, no mar, e também em termos de pa-trocínios. Era mesmo onde eu gostava de viver, ou pelo me-nos ficar por lá a fazer aquilo de que gosto.”

“Depois é o Brasil, já fiz várias viagens ao Brasil e é sempre um lugar onde gosto de voltar porque para skim-ming é muito bom, tem altas praias, inclusive praias deser-tas, que ninguém conhece, onde fazemos trilhas e encon-tramos locais tipo ahhhh!”

Para Emanuel, foi um orgu-lho vencer o título Europeu da ESL - European Skimboard League em 2009. No entanto considera que o auge da sua carreira, até agora, terá sido quando ficou em 6º lugar na etapa do circuito profissional nos Esta-dos Unidos “foi óptimo chegar às meias-finais, com os melhores atletas do mun-do e sozinho”, isto porque, era o único português em prova. Sublinha, “aquele momento, foi sem dúvida, uma recom-pensa pelo meu trabalho, luta, esforço e dedicação”.

É um jovem de 28 anos, nascido e criado em Sesimbra. Esteve sempre muito ligado ao mar e aos desportos aquáticos, passando grande parte do seu tempo dentro de água a treinar skimboard, o seu desporto de eleição.

Como a maioria dos jovens da sua idade, gosta de se divertir com os amigos e de sair à noite. Um dos seus hobbies favoritos é viajar, porque lhe possibilita adquirir alguma bagagem e conhecimentos. Já com algumas viagens marcadas para este ano, admite que gostava de conhecer outros países, até porque para si, este é um “vício saudável”, que completa em muito a sua paixão pelo skim.

Entretanto, com o surgimento de novos desafios, Emanuel teve necessida-de de redefinir os seus objectivos profissionais. Entre na onda e conheça os projectos deste jovem empreendedor.

Emanuel Embaixador “Mega”

Jovita Lopes

Nome: Emanuel Embaixador, também conhecido como “Mega”Idade: 28Anos de Surf/Skim: 14 de surf e 19 de skimPatrocínios: Zap Skimboards, SCS Surf Shop, Makia, Ipath, Vestal, Urban Ears, Seventy One Percent e NeverGiveup SurfboardsPrincipais Resultados competiti-vos (Skimboard): Campeão Nacional 2010, Campeão Europeu 2009, 3x Vice-Campeão Nacional, 5x Cam-peão Regional de Sesimbra, 6º United Skim Tour (Delaware), 1º Lima Limão Cira Skimboards 2012Surf/Skim Trips: California, Florida, Brasil, Espanha, França, Inglaterra.Prancha actual: Zap M5, Nevergi-veup 5´6Outros desportos: Gym, futebolTempos Livres: Sair á noite, praticar outros desportos e edição de videos.Músicas: Hip-Hop, Dance Music, RockTreinador/Juíz nível: Treinador Nivel 1, Juiz B

Flash!

Skimming como profissão

Supostamente é profissional da mo-dalidade, é pago para isso. No entan-to, tem outros projectos ligados a este desporto, assumindo que não conse-gue, de todo, viver só do skimboard. “Felizmente, através dos campeona-tos, consegui um patrocinador dos Es-tados Unidos, a Zap Skimboard, que é a maior marca de pranchas de skim

do mundo. Para mim, além de me ajudar financeiramente, é um prazer fazer parte daquela equipa”.

No início de cada ano, Ema-nuel faz plano de competições para o ano inteiro e é remune-rado consoante os campeo-natos em que participa. Além disso faz também vídeos pro-mocionais, ou seja, viaja com alguns dos principais team-ri-ders e publicita a marca pelo mundo, através da captação de imagens.

O próximo grande desa-fio será já no mês de Abril, onde participará no Mundial de Skimboard, no Brasil. Segundo Emanuel Embai-xador, estas e outras inicia-tivas só poderão ser con-cretizadas, com a ajuda da sua família, nomeadamen-

te dos seus pais, amigos e patrocina-dores, aos quais agradece pois “sem eles nada disto seria possível”.

“Skim for a case” é o lema do mais recente projecto social do Emanuel, que tem como objectivo retirar os miúdos das ruas, afastá-los da delinquência, dando-lhes pranchas para que prati-quem desporto e tenham uma vida mais saudável.

“No ano passado em Dezembro, fo-

mos convidados para ir a Angola. Há um grupo de miúdos de rua, skimboarders, em Luanda que fizeram umas pranchas de madeira, quadradas e que praticam a modalidade na baía daquela cidade. Entretanto uma fotógrafa angolana, captou algumas imagens e interessou-se pela ideia. Após algumas pesquisas na internet, chegou ao meu contacto e após algumas trocas de impressões decidi avançar. Agarrei em dois dos tops mundiais, que são americanos, e viajamos até Angola. Demos algumas aulas, distribuímos pranchas (ofereci-das pela ZAP) e depois fomos explorar algumas praias, com muito potencial para a prática da modalidade. Sendo o skimming uma família, embora sejamos muitos a nível mundial, conhecemo-nos todos. Seria muito interessante, que es-tas crianças também tivessem contacto com outras pessoas e se interessassem em aprenderem outras línguas. Na mi-nha opinião este é sem dúvida um pro-jecto com pernas para andar.” Com pre-visões de regresso a Luanda, Emanuel Embaixador pretende de igual modo, partir rumo a Cabo Verde, no sentido de desenvolver este projecto também naquele país.

Skimmar por uma causa

Recentemente, Emanuel Embaixa-dor, associou-se ao seu amigo André Costa e juntos criaram a empresa Detail Creative Studio, uma produtora mul-timédia, que por sinal já despertou o interesse de algumas marcas. “Ambos tiramos um curso técnico profissional de multimédia, como sempre nos inte-ressámos pelos vídeos, pela parte da produção, da edição, das filmagens, e o Costa também (é operador de câmara e editor também) e uma vez que eu tinha um espaço físico perguntei ao Costa se queria arrancar com um projecto de ví-deos promocionais. Agarrar em atletas e fazer vídeos para que possam mos-trar o seu trabalho. Tirámos o curso há cerca de três, quatro anos atrás e esta iniciativa começou no ano passado, em 2012.”

Em termos de inspiração, e como não poderia deixar de ser, Emanuel reporta a sua paixão pelo mar nos seus traba-lhos, enquanto André Costa com DJ, cameraman e skater se inspira na arte urbana. “É com este mix de ideias que tentamos desenvolver o nosso trabalho e sermos bem-sucedidos.”

Os seus clientes são diversificados, mas essencialmente marcas estran-geiras, mas com representação em Portugal. No concelho de Sesimbra tra-balham mais com eventos e nessa área já têm feito alguns projectos, nomeada-mente para o Finisterra Arrábida Film Festival, para o Surf Club de Sesimbra, bares e restaurantes.

O mais recente trabalho, foi a edi-

Detail Creative Studio

ção de um vídeo clip da banda sesim-brense, Ninja Kore, que já se encontra disponível nas redes sociais. Aliás “ já teve muitas visualizações e partilhas, no facebook. Tivemos a felicidade de muita gente falar do vídeo, o que foi muito bom para todos, uma vez que foi um trabalho realizado 100% por sesimbrenses”.

Emanuel reconhece que o mercado está a retrair, principalmente devido à crise. No entanto relembra que é nesta altura que as empresas devem apostar neste tipo de publicidade, devido à sua projecção na internet, uma vez que “há um mundo inteiro à espera para com-prar o produto!”, conclui.

Em termos de perspectivas de futu-ro, Emanuel quer agarrar com “unhas e dentes” estes dois projectos. “A Detail penso que será um projecto de médio a longo prazo, embora o mercado não ajude, vamos batalhar para conseguir-mos que o projecto fique de pedra e cal e seja uma coisa para o futuro. Depois o skimming é uma coisa que penso que nunca vou largar na vida, porque estou ligado à marca, a ZAP que me patroci-na e onde sou internacional manager, faço trabalho com os atletas do mundo inteiro, à excepção dos Estados Unidos. Sou eu que lhes dou indicação que trato dos materiais que vão precisar para o ano inteiro. Por isso além de ser atleta, trabalho para a marca. Inevitavelmente vou ficar ligado ao skimming, mesmo não fazendo competições.”

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14O SESIMBRENSE | 1 DE MARÇO DE 2013

Escrevem os nossos leitores . . .

História que aqui passo a contar, passa-se em Sesimbra na associação de solidariedade das Abas.

O que se vê, o que se sabe e o que se conta, é que quem lá “trabalha” sai todos os dias com os sacos cheios de comida, da comida que é para dis-tribuir por quem realmente precisa, por quem é po-bre e não tem quaisquer meios de rendimento ou subsistência. Quando quem realmente precisa, lá vai pedir ajuda a resposta é sempre a mesma, é que tem de aguardar porque não há … quando todos nós sabemos que todos os dias sai de lá muita comida … não para os pobre mas para muitos dos “ricos” de Sesimbra.

Assim termina a história que me propus contar, a dos Pobres de Sesimbra e não a dos “Ricos” da so-lidariedade das Abas.

Fernando Maravilha Santos Formiga

* * *

Eu, Gonçalo Jorge Franco Silva, portador cartão de cidadão nº 11919107, venho por este meio denunciar o abate quase integral do pinhal adjacente ao parque de

campismo “Campimeco” na Aldeia do Meco e a remo-ção da madeira do local. O pinhal a que me refiro fica a norte do parque de campismo, em cima da falésia e a menos de 500m da linha de água. O abate destas árvores foi realizado há algum tempo, mas apenas tes-temunhei esta situação no sábado dia 2 de Fevereiro de 2013. Solicitei uma inspecção ao local por parte das autoridades competentes, verificação de licenças e de um esclarecimento sobre a legalidade deste abate de árvores. É uma situação inaceitável, uma vez que este pinhal tem uma função ecológica essencial na susten-tação da falésia e terá consequências irremediáveis nos próximos anos na preservação deste ecossistema frágil.

Gonçalo Silva

A propósito do ABAS

Abate de pinheiros no Meco

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O SESIMBRENSE | 1 DE MARÇO DE 201315

O Corta-Mato Distrital da Penín-sula de Setúbal realizou-se no Par-que do Serrado - Seixal, no passa-do dia 6 de Fevereiro. Corresponde ao culminar da actividade desen-volvida em todos os agrupamentos/escolas inscritas no Programa do Desporto Escolar, através da acção realizada ao nível interno das Es-colas e da participação nas provas de Corta-Mato Escolar Concelhio. Sesimbra teve a sua 29ª edição no passado dia 17 de Janeiro, na La-goa de Albufeira, dinamizado pela Câmara Municipal de Sesimbra com o apoio na organização e con-trolo das provas, do Agrupamento de Escolas Navegador Rodrigues Soromenho.

O Corta-Mato Escolar da Pe-nínsula de Setúbal 2012/2013 foi uma organização conjunta da Equipa do Desporto Escolar da Penín-sula de Setúbal e da Câmara Municipal do Seixal, com o apoio da Escola Secundária da Amora, onde integraram a equipa organizadora, para além dos coordenadores locais e professores de apoio na mo-dalidade de atletismo, um conjunto de alunos e pro-fessores dos Cursos Tecnológicos/Profissionais de várias Escolas, das quais o AE Michel Giacometti/Quinta do Conde (Apoio à Gestão Desportiva).

O Agrupamento de Escolas Navegador Rodrigues Soromenho participou com 40 alunos (47 apurados/inscritos, 85,1%) e o Alexandre Parada do 5º Ano, fez as honras do grupo com o seu 1º lugar, em infan-

tis A masculinos, numa prova de 1000 metros entre mais de três centenas de participantes.

Nelson Fernandes

O Corta-mato Nacional, decorrerá no próximo dia 2 de Março, em Coimbra.

A representar o concelho, estarão presentes as alunas do Agrupamento de Escolas de Sam-paio, Leonor Duarte, Luísa Amorim, Raquel Pe-guicha, Rita Nunes, Isabel Pinto e Maria Duarte, apuradas no escalão juvenis femininos por equi-pas.

Corta-Mato Distrital

Realizou-se nos dias 2 e 3 de Fevereiro, a 2ª Pro-va do Campeonato Regional Centro na classe Opti-mist - Vela, da qual o Clube Naval de Sesimbra foi anfitrião.

Durante os dois dias foram praticadas 5 regatas, tendo o grande vencedor sido o velejador do Clube Naval de Cascais, Tomás Barreto.

De entre os velejadores do Clube Naval de Sesim-

Clube Naval de Sesimbra anfitrião da2ª Prova do Campeonato Regional Centro – Classe Optimist

bra destaque para a prestação de Inês Mateus, 11ª da classificação geral (3ª FEM).

No final da competição, foram ainda premiados os seguintes velejadores sesimbrenses:

- Francisco Fráguas: 3º Optimist B- Mafalda Gonçalves: 1ª FEM Optimist B- António Pinho: 2º Optimist P- Madalena Gama: 1ª FEM Optimist P

O Clube Escola de Ténis de Sesimbra, encontra-se a disputar a 1ª fase do Campeonato Regional de Clubes, da Associação de Ténis de Setúbal no escalão de séniores masculinos. Na deslocação a Alcochete, o CETSesimbra, garantiu a primeira posição do grupo “B”, ao alcançar uma boa e dura vitória sobre o Vulcanense F. C. , equipa que lidera-va a classificação do grupo, mercê de uma inespe-rada vitória perante o grande favorito, a Academia Ténis Parque do Barreiro. Desta forma, o CETS irá receber no Centro Municipal de Ténis de Sesimbra (Maçã), no dia 10/3/2013 a equipa da Academia de Ténis de Almada, 2ª classificada do grupo “A”, em encontro referente às meias finais. Assinale-se que todos os jogadores são oriundos da Escola de For-mação do clube, sendo a equipa constituída pelos seguintes elementos: Fábio Rocha (Cap.), Marco Pi-res, André Aldeia, Jorge Ponte e Leonardo Maricato. No seu palmarés o clube sesimbrense já conta com um vice-campeonato nesta prova, continuando con-tudo anualmente a preparar-se e a lutar pelo objec-tivo de atingir o título máximo e apenas com a prata da casa, o que é de louvar.

João P. Aldeia

Ténis Interclubes - SénioresCETSesimbra nas meias-finais

Com a organização da responsabilidade do Agru-pamento de Escolas Navegador Rodrigues Sorome-nho, apoio da CM de Sesimbra e da secção de Volei-bol do GD de Sesimbra, a Concentração de Voleibol Infantis B M/F e Iniciados F de Desporto Escolar, realizou-se no Pavilhão Municipal Sampaio, no dia 23 de Fevereiro e teve a participação de 7 escolas,

Concentração de Voleibol

com 137 alunos, sendo 52 do AE NR Soromenho.A próxima jornada de Infantis B e Iniciados Femi-

ninos realiza-se no dia 2 de Março, em Sampaio e 13 de Abril, no Seixal-Amora para Infantis B mascu-linos.

Nelson Fernandes

Foi com uma vitória, no dia 23 de Fevereiro, frente ao Nafarros em partida da 2ª eliminatória da Taça de Portugal, que o Professor José Lopes, iniciou as suas funções como treinador da equipa de hóquei em patins sénior do Grupo Desportivo de Sesimbra.

Esta equipa do GDS, foi conduzida por Eduardo Marques, até ao dia 16 de Fevereiro, data em que sessou as suas funções com o treinador, conforme refere em comunicado no site do clube “Por motivos que a Direcção conhece sobejamente, vi-me obriga-do a renunciar a um cargo que ocupei com dedica-ção, orgulho e respeito durante os últimos 6 meses.”

A equipa de José Lopes, actualmente em 13º lugar com 14 pontos, recebe dia 2 de Março , pelas 18 ho-ras o H.C. Grândola, 7º classificado com 31 pontos, em partida da 19ª jornada do Campeonato Nacional de Hóquei em Patins da 2ª. Divisão – Zona Sul.

Hoquei em Patins do GDS

José Lopes no comando dos Séniores

Artur Pereira, de regresso aos quadros técnicos do clube, assumiu de igual modo o cargo de treina-dor da equipa de Juvenis do hóquei do GDS, substi-tuindo Ricardo Parada, que por motivos profissionais abandonou o cargo que exercia desde Setembro de 2012.

Artur Pereira conduz Juvenis

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16O SESIMBRENSE | 1 DE MARÇO DE 2013

No dia 8 de Fevereiro, as colaborado-ras da LAS, com a ajuda da voluntária Ana Rita Lopes, fotografaram perto de 100 crianças, que se apresentaram de-vidamente fantasiadas, para a ocasião.

Um projecto da Liga dos Amigos de SesimbraFoto Fantasia

Esta iniciativa contou, este ano, com a participação dos Jardins de Infâncias do Agrupamento de Escolas de Sampaio.

A Fotofantasia não faria sentido sem a colaboração das crianças, que conta-

giaram o ambiente com a sua alegria, dos pais, educadoras, directores e presidentes dos estabelecimentos de ensino do agrupamento e do fotógrafo Carlos Sargedas. A todos o nosso agra-

decimento, pela disponibilidade.Conforme previsto, aqui ficam os pre-

miados da II Edição da Fotofantasia, embora no final, todas as crianças te-nham saído vencedoras.

Daniel e Dinis Marques J.I. da Cotovia

Diana PaivaJ.I. da Cotovia

Luis SilvaJ.I. da Cotovia

Mariana JesusJ.I. da Cotovia

InêsJ.I. das Pedreiras

Rafael ZurgaJ.I. das Pedreiras

Ana MargaridaJ.I. da Maçã

Mariana PalminhaJ.I. da Maçã

Os alunos da formação “Ambientação à Informática” estiveram no passado dia 14 de Fevereiro, no Cineteatro João Mota.

No âmbito das aulas desta formação, promovida pela Liga dos Amigos de Se-simbra, foi efectuada uma visita de es-tudo, no sentido de procurar dinamizar a utilização dos meios tecnológicos e perceber a importância da sua utilização.

Com a ajuda dos téc-nicos da Câmara Muni-cipal de Sesimbra, os alunos tiveram uma ou-tra perspectiva daquele espaço, nomeadamen-te no que respeita ao som, luzes e palco.

Inserida no plano de formação, encontra-se também prevista, em-bora sem data agenda-da, uma visita ao arqui-vo distrital.

“Ambientação à Informática”Alunos visitam cinetatro João Mota

Abertas inscrições “Ambientação à Informática”

Informações: Rua da República, 57 21 223 31 33

Turma 2: Iniciação à Informática2ªs e 4ªs feiras das 10h00 às 11h30hProfessora: Rita Macedo (Voluntária)