o seu café que colhem As mãosiwcabrasil.com.br/anexoConteudo/anexo_45355.pdf · 2020. 6. 4. · O...

78
As mãos que colhem o seu café @helgadeandrade @iwcabrasil

Transcript of o seu café que colhem As mãosiwcabrasil.com.br/anexoConteudo/anexo_45355.pdf · 2020. 6. 4. · O...

Page 1: o seu café que colhem As mãosiwcabrasil.com.br/anexoConteudo/anexo_45355.pdf · 2020. 6. 4. · O amor pelo café passeou pela família toda e chegou até o genro, o @felipebrazza.

A s m ã o sq u e c o l h e mo s e u c a f é

@ h e l g a d e a n d r a d e@ i w c a b r a s i l

Page 2: o seu café que colhem As mãosiwcabrasil.com.br/anexoConteudo/anexo_45355.pdf · 2020. 6. 4. · O amor pelo café passeou pela família toda e chegou até o genro, o @felipebrazza.

Entre o dia 14 de abril (Dia Mundial do Café) e 24 de maio(Dia Nacional do Café), a barista e educadora em cafésespeciais Helga Andrade realizou, em parceria com aIWCA Brasil, um projeto de sensibilização para osilenciamento crônico das produtoras e outras mulheresprofissionais do sistema agroindustrial do café. O projetofoi construído a partir do relato de histórias das famíliasprodutoras de café, a partir da perspectiva da mulher dafamília, e dos medos, alternativas e soluções que estãosendo implementadas na adequação das práticasagrícolas durante a pandemia do coronavírus.A divulgação aconteceu nas plataformas do Instagram eFacebook, contando com a interação de diversosprofissionais do setor e consumidores de café, celebrandoe reconhecendo a presença dessas mulheres na resoluçãode problemas de forma criativa e adaptativa.Muitas das mulheres participantes ainda são invisíveis nassuas comunidades e até nas suas famílias. O projeto tevea intenção de lembrá-las que elas estão presentes e que adedicação delas pode fazer o café ainda mais especial. Nofechamento do projeto, na data que marca o início oficialda colheita no Brasil, o protagonismo foi para asprofissionais de toda a cadeia do café, que são aindamenos reconhecidas que as produtoras no contexto aindamachista da cadeia de produção. São técnicas agrícolas,agrônomas, degustadoras, torrefadoras, consultoras,traders, professoras, pesquisadoras, jornalistas,organizadoras de eventos, baristas e várias outrasprofissões de apoio à logística, finanças, educação,divulgação científica.Quem quiser conhecer algumas dessas histórias eentender a repercussão desse tema no mercado de caféspode acessar as publicações nos perfis @iwcabrasil e@helgadeandrade no Instagram.

INTRODUÇÃO

PROFISSIONAIS DO CAFÉ(DÊS)SILENCIADAS.

Page 3: o seu café que colhem As mãosiwcabrasil.com.br/anexoConteudo/anexo_45355.pdf · 2020. 6. 4. · O amor pelo café passeou pela família toda e chegou até o genro, o @felipebrazza.

From April 14 (World Coffee Day) to May 24 (NationalCoffee Day), barista and educator in specialty coffeesHelga Andrade carried out, in partnership with IWCABrasil, a project to raise awareness of the chronicsilencing of producers and other professional women inthe coffee agro-industrial system. The project was builtfrom the storytelling of the coffee producing families, fromthe perspective of the family woman, and from the fears,alternatives and solutions that are being implemented inthe adaptation of agricultural practices during thecoronavirus pandemic.The disclosure took place on Instagram and Facebookplatforms, with the interaction of several professionals inthe sector and coffee consumers, celebrating andrecognizing the presence of these women in solvingproblems in a creative and adaptive way.Many of the participating women are still invisible in theircommunities and even in their families. The project wasintended to remind them that they are present and thattheir dedication can make coffee even more special.At the end of the project, on the date that marks theofficial start of the harvest in Brazil, the focus was onprofessionals from the entire coffee chain, who are evenless recognized than producers in the still macho contextof the production chain. They are agricultural technicians,agronomists, q-graders, roasters, consultants, traders,teachers, researchers, journalists, event organizers,baristas and various other professions to support logistics,finance, education, scientific dissemination.Anyone who wants to know some of these stories andunderstand the repercussions of this theme in the coffeemarket can access the publications on the profiles@iwcabrasil and @helgadeandrade on Instagram.

INTRODUCTION

COFFEE PROFESSIONALS (UN)MUTED

Page 4: o seu café que colhem As mãosiwcabrasil.com.br/anexoConteudo/anexo_45355.pdf · 2020. 6. 4. · O amor pelo café passeou pela família toda e chegou até o genro, o @felipebrazza.
Page 5: o seu café que colhem As mãosiwcabrasil.com.br/anexoConteudo/anexo_45355.pdf · 2020. 6. 4. · O amor pelo café passeou pela família toda e chegou até o genro, o @felipebrazza.

Esta é a Lais, produtora em Ibiraci, região daMogiana Mineira. Ela e o marido @elvisvilhena sãomuito atuantes na comunidade, participando dagestão da Cocapil (cooperativa local) e da AliançaInternacional das Mulheres do Café Brasil (sub-capítulo Mogiana). Na @eldorado_specialtycoffees, propriedade queestá na família há mais de 50 anos, o casal produzcafés especiais com o apoio de funcionários esafristas, que migram para a cidade na época dacolheita.Para superar esta crise, eles realizaram palestraspara instruir os funcionários sobre os protocolos deprevenção do Covid-19.“Estamos instalando tanques para higienização dasmãos e distribuição de álcool em gel para todos osfuncionários. Também demos férias a uma parte delespara não haver acúmulo de gente na propriedade”,diz Lais.“Fizemos parceria com a Secretaria de SaúdeMunicipal de Ibiraci para realizar triagem com osmigrantes que vêm para colheita. Todos terão quepassar por medição de temperatura e palestras arespeito da prevenção.”

LaísIbiraci, Minas Gerais

Page 6: o seu café que colhem As mãosiwcabrasil.com.br/anexoConteudo/anexo_45355.pdf · 2020. 6. 4. · O amor pelo café passeou pela família toda e chegou até o genro, o @felipebrazza.

LaísIbiraci, Minas Gerais

This is Lais, a producer in Ibiraci, Mogiana Mineiraregion. She and her husband @elvisvilhena are veryactive in the community, participating in themanagement of Cocapil (local cooperative) and theInternational Women Coffee Alliance Brasil atMogiana sub-chapter chapter. At @eldorado_specialtycoffees, a property that hasbeen in the family for more than 50 years, the coupleproduces specialty coffees with the support ofemployees and harvest workers, who migrate to thecity at harvest time. To overcome this crisis, they held lectures to instructemployees on the Covid-19 prevention protocols.tanks for hand hygiene and distribution of handsanitizer to all employees. We also gave holidays topart of them so that there was no accumulation ofpeople on the property, ”says Lais. Everyone willhave to undergo temperature measurement andlectures on prevention. ”

Page 7: o seu café que colhem As mãosiwcabrasil.com.br/anexoConteudo/anexo_45355.pdf · 2020. 6. 4. · O amor pelo café passeou pela família toda e chegou até o genro, o @felipebrazza.

A Letícia é cafeicultora em Divino, na região dasMatas de Minas. Ela pertence à quarta geraçãode produtores na sua propriedade centenária.Segundo ela, é esta geração que sabe trabalharcorretamente na terra com o café.“Estamos tendo qualificação com os cursos doSENAR e recebemos orientação para sabergerenciar a propriedade. Temos acompanhamentoe assistência, que alimenta muitos sonhos eprojetos. A partir do momento em queconhecemos a terra e os produtos, abre um lequede possibilidades de negócios e, se a gente nãotiver isso, morre uma cadeia, acabam os sonhos. Agente sabe andar com base nos produtos queproduzimos na nossa terra.”Com o acompanhamento da agrônoma SandyEspinoso, do Programa ATeG, a família da Letíciaestá aprimorando os cuidados com a produçãonesta safra. Ela já torrava o seu café e, antes doinício da quarentena, fez o curso de Barista paraaprender a preparar a bebida corretamente.Levou junto a filha, Larissa, que já sabe o que équalidade e dá todo o apoio à mãe.“Através dos cursos descobrimos que temos emmãos um café especial, que era desvalorizadopelos cuidados indevidos no pós-colheita.”

LetíciaDivino, Minas Gerais

Page 8: o seu café que colhem As mãosiwcabrasil.com.br/anexoConteudo/anexo_45355.pdf · 2020. 6. 4. · O amor pelo café passeou pela família toda e chegou até o genro, o @felipebrazza.

LetíciaDivino, Minas Gerais

Letícia is a coffee grower in Divino, in the Matasde Minas region. She belongs to the fourthgeneration of producers on her century-oldproperty. According to her, it is this generationthat knows how to work properly on the land withcoffee.“We are being qualified with SENAR courses andwe received guidance on how to manage theproperty. We have follow-up and assistance,which feeds many dreams and projects. From themoment we know the land and the products, itopens up a range of business possibilities and, ifwe don't have that, a chain dies, dreams end. Weknow how to walk based on the products weproduce on our land. ”With the support of agronomist Sandy Espinoso,from the ATeG Program, Letícia's family isimproving production care this season. She wasalready roasting her coffee and, before thequarantine started, she took the Barista course tolearn how to prepare coffee drinks correctly. Shetook her daughter, Larissa, who already knowswhat quality is and gives all the support to hermother.“Through the courses we discovered that we havespecialty coffee in hand, which was devalued dueto undue care in the post-harvest.”

Page 9: o seu café que colhem As mãosiwcabrasil.com.br/anexoConteudo/anexo_45355.pdf · 2020. 6. 4. · O amor pelo café passeou pela família toda e chegou até o genro, o @felipebrazza.

Gabi é filha da D. Maria Silvia, cafeicultora que dedicasua vida ao campo há 35 anos, cuidando de duaspropriedades com o auxílio da família: a EstânciaSanta Luzia, em São Gonçalo do Sapucaí, e a Fazendadas Amoras, em Nepomuceno. A região é a premiadaMantiqueira de Minas, terra de mulheres fortes ecafés premiados mundialmente.O amor pelo café passeou pela família toda e chegouaté o genro, o @felipebrazza. Gabi e ele fundaram oCafé das Amoras, torrefação que segue firme e forteentregando café em casa durante a #quarentena emBH com torras do @renatoarriel.Gabi, Felipe e os filhos precisaram ir para a fazendaapoiar D. Maria Silvia nesse período de incertezas, eaproveitaram para mergulhar de cabeça na colheitado café.Esta foto é da colheita seletiva que Gabi e Felipeestão fazendo para aproveitar o tempo do isolamentosocial.“As medidas que já tomamos aqui na Fazendacomeçaram pelo uso das máscaras por todos osfuncionários. Colocamos um tubo de álcool gel paracada um com o nome que fica aqui na fazenda parausarem sempre que não der para lavar as mãos”, dizGabi.“Estamos fazendo a higienização da Kombi com álcoole ao chegar da cidade jogamos uma solução de águasanitária nas rodas. Sempre andando com as janelasabertas. Para a colheita já planejamos 2 a 3 viagenspara que as pessoas não fiquem agrupadas.”

GabrielaSão Gonçalo do Sapucaí, Minas Gerais

Page 10: o seu café que colhem As mãosiwcabrasil.com.br/anexoConteudo/anexo_45355.pdf · 2020. 6. 4. · O amor pelo café passeou pela família toda e chegou até o genro, o @felipebrazza.

GabrielaSão Gonçalo do Sapucaí, Minas Gerais

Gabi is the daughter of D. Maria Silvia, a coffee farmerwho has dedicated her life to the countryside for 35years, taking care of two properties with the help of herfamily: Estância Santa Luzia, in São Gonçalo doSapucaí, and Fazenda das Amoras, in Nepomuceno. Theregion is the award-winning Mantiqueira de Minas, landof strong women and award-winning coffeesworldwide.The love for coffee went through the whole family andreached his son-in-law, @felipebrazza. He and Gabifounded Café das Amoras, roasting that goes on steadyand strong delivering coffee at home during the#quarentena in BH with @renatoarriel roaster.Gabi, Felipe and their children had to go to the farm tosupport D. Maria Silvia during this period of uncertainty,and took the opportunity to plunge headlong into thecoffee harvest.This photo is of the selective harvest that Gabi andFelipe are doing to enjoy the time of social isolation.“The measures we have already taken here at the Farmbegan with the use of masks by all employees. We put atube of hand sanitizer for each one with the name whichstays here on the farm to use whenever they can't washtheir hands ”, says Gabi.“We are cleaning the van with alcohol and when wearrive from the city we throw a bleach solution on thewheels. Always walking with the windows open. For theharvest we have already planned 2 to 3 trips so thatpeople are not grouped. ”

Page 11: o seu café que colhem As mãosiwcabrasil.com.br/anexoConteudo/anexo_45355.pdf · 2020. 6. 4. · O amor pelo café passeou pela família toda e chegou até o genro, o @felipebrazza.

Maria Aparecida é cafeicultora em Alto Caparaó, MinasGerais. A cidade faz divisa com o Parque Nacional doCaparaó, e se tornou uma região muito reconhecida peloscafés excepcionais de colheita tardia. Em 2019, MariaAparecida, o marido e o filho conquistaram o primeiro lugarno concurso Coffee of the Year, promovidopela @semanainternacionaldocafe.O Recanto dos Tucanos foi adquirido há 32 anos. “Quandomeu marido comprou o sítio e até pouco tempo, o café eramuito desvalorizado. Meu marido cortou muitos pés de café eplantou frutas. O café passou a ser valorizado depois quecomeçamos a trabalhar com agricultura sintrópica", contaMaria Aparecida.A sintropia é responsabilidade do filho docasal, @wiliansvaleriojunior , que estudou muito paradesenvolver este manejo, buscando qualidade de vida e umaprodução livre de agroquímicos não só do café, mas tambémde frutas e hortaliças.“Estamos terminando a construção de uma cafeteria no sítio,onde iremos receber turistas com café e broa mineira.Iremos continuar com as visitas guiadas para conhecimentoda Sintropia como manejo livre de agrotóxico e com oscursos de Agricultura Sintrópica com foco em cafeicultura.Enquanto não podem receber visitantes, o trabalho aconteceem família e com alguns funcionários da cidade, sempreobservando os cuidados de higiene. Eles contam tambémcom a tecnologia para comunicar com os clientes ecomercializar o café torrado: tudo feito pelo instagram,facebook, e-mail e whatsapp..“Queridos companheiros deluta, tudo isso vai passar!”Eu mal posso esperar para conhecer propriedades comoo @recantodostucanosnf por meio do agroturismo! E você,que sonhos está cultivando para quando a quarentenapassar?

Maria AparecidaAlto Caparaó, Minas Gerais

Page 12: o seu café que colhem As mãosiwcabrasil.com.br/anexoConteudo/anexo_45355.pdf · 2020. 6. 4. · O amor pelo café passeou pela família toda e chegou até o genro, o @felipebrazza.

Maria AparecidaAlto Caparaó, Minas Gerais

Maria Aparecida is a coffee grower in Alto Caparaó,Minas Gerais. The city borders the Caparaó NationalPark, and has become a region well known forexceptional late-harvest coffee. In 2019, MariaAparecida, her husband and son won first place in theCoffee of the Year contest, promoted by@semanainternacionaldocafeRecanto dos Tucanos was acquired 32 years ago. “Whenmy husband bought the farm and until recently, coffeewas very undervalued. My husband cut a lot of coffeeand planted fruit. Coffee started to be valued after westarted working with syntropic agriculture ", says MariaAparecida.Syntropy is the responsibility of the couple's son,@wiliansvaleriojunior, who has studied hard to developthis management, seeking quality of life and aproduction free of agrochemicals not only from coffee,but also from fruits and vegetables.“We are finishing the construction of a cafeteria on thesite, where we will receive tourists with coffee andbread from Minas Gerais. We will continue with guidedtours to get to know Sintropia as pesticide-freemanagement and with Syntropic Agriculture coursesfocusing on coffee growing.While they cannot receive visitors, the work takes placein the family and with some city employees, alwaysobserving hygiene care. They also have the technologyto communicate with customers and sell roasted coffee:all done on instagram, facebook, e-mail and whatsapp."Dear fighting companions, all this will pass!"

Page 13: o seu café que colhem As mãosiwcabrasil.com.br/anexoConteudo/anexo_45355.pdf · 2020. 6. 4. · O amor pelo café passeou pela família toda e chegou até o genro, o @felipebrazza.

Josane produz seu café no Sítio Bom Destino, na cidade deAfonso Cláudio. Sua região? As Montanhas do Espírito Santo,um lugar tão bonito e de cafés tão bons que não tem comoesquecer. Ela pertence à quarta geração cafeicultora dafamília.Ela lembra que viver da terra é conviver com o incerto. “Osentimento de incerteza faz parte do cotidiano de quem estáno campo por uma vida inteira: a incerteza das intempériesclimáticas, do preço... mas sempre seguimos em frente,porque acreditamos no que fazemos e que tudo vai darcerto!”Na #quarentena não é diferente. A família cuida do pós-colheita, terreiros, separação de lote e armazenagem docafé.“Trabalhamos com café de qualidade, o que exige higiene doinício ao fim. Isso já ajuda muito na prevenção do problemado covid-19”, Josane completa..“Trabalhamos também comparceiros, famílias que cuidam do talhão de café e ficam compartes do produto. Por isso estamos evitando nos aproximaruns dos outros. O celular ajuda muito na comunicação.Através deles estamos conectados com todas as pessoas detodos os lugares. A informação nos ajudou muito nessemomento. O conhecimento abre portas!”Este ano, a colheita da Josane deve começar em junho. Estasfotos maravilhosas são da colheita do ano passado. Agora, afamília está fazendo a manutenção dos equipamentos elimpeza das máquinas, porque quando a colheita começa, odia fica pequeno...

JosaneAfonso Cláudio, Minas Gerais

Page 14: o seu café que colhem As mãosiwcabrasil.com.br/anexoConteudo/anexo_45355.pdf · 2020. 6. 4. · O amor pelo café passeou pela família toda e chegou até o genro, o @felipebrazza.

JosaneAfonso Cláudio, Minas Gerais

Josane produces his coffee at Sítio Bom Destino, in thecity of Afonso Cláudio. Her region? The Mountains ofEspírito Santo, a place so beautiful and with coffees sogood that you cannot forget. She belongs to the family'sfourth generation coffee growers.She remembers that to live on the land is to live with theuncertainity. “The feeling of uncertainty is part of thedaily life of those who are in the countryside for alifetime: the uncertainty of weather conditions, of theprice ... but we always move on, because we believe inwhat we do and that everything is going to work out!”It is no different at #quarentena. The family takes careof post-harvest, dry yards, lot separation and coffeestorage.“We work with quality coffee, which requires hygienefrom start to finish. This already helps a lot in preventingthe covid-19 problem”, Josane adds.“We also work with partners, families who take care ofthe coffee plot and keep parts of the product. So we areavoiding getting close to each other. The cell phone helpsa lot in communication. Through them we are connectedwith all people everywhere. The information helped us alot at that time. Knowledge opens doors! ”This year, Josane's harvest should start in June. Thesewonderful photos are from last year's harvest. Now, thefamily is maintaining the equipment and cleaning themachines, because when the harvest begins, the daygets small ...

Page 15: o seu café que colhem As mãosiwcabrasil.com.br/anexoConteudo/anexo_45355.pdf · 2020. 6. 4. · O amor pelo café passeou pela família toda e chegou até o genro, o @felipebrazza.

Esta é a Maria Célia, de Martins Soares, nasbelas Matas de Minas. Ela é proprietária do CaféChico Gerônimo. “A gente trabalha em família”,diz ela, orgulhosa.Na propriedade, a família continua indo trabalharna roça, mas se prevenindo para ter o menorcontato possível com pessoas de fora. Ascapacitações do Senar Minas, com apoio daIWCA Brasil sub-capítulo Matas de Minas,abriram um novo horizonte para ela, que estáinvestindo na qualidade do café que produz etorra. Com o apoio da @unucafes, Maria Celiatambém está desenvolvendo um planejamentopara incrementar o marketing e criar umaidentidade visual para o seu café.Nos momentos de dificuldade, ela se vale da fé.“Eu tenho um salmo que traz segurança parapoder enfrentar todo problema que vem. Sósaímos de casa para comprar alimentos, mascultivamos nossa fé assistindo a missa pelatelevisão, toda a família junta.”“Meu filho também toca violão e guitarra e agente canta junto para se divertir”, completaMaria Célia.O salmo preferido dela é o 91.

Maria Célia Martim Soares, Minas Gerais

Page 16: o seu café que colhem As mãosiwcabrasil.com.br/anexoConteudo/anexo_45355.pdf · 2020. 6. 4. · O amor pelo café passeou pela família toda e chegou até o genro, o @felipebrazza.

This is Maria Célia, from Martins Soares, in thebeautiful Matas de Minas region. She owns CaféChico Gerônimo. “We work as a family,” she saysproudly.On the property, the family continues to go towork in the fields, but preventing themselvesfrom having contact with outsiders as much aspossible. The training of Senar Minas, withsupport from the IWCA Brasil sub-chapter Matasde Minas, opened a new horizon for her, she isinvesting in the quality of her coffee, sheproduces and roasts it. With the support of@unucafes, Maria Celia is also developing a planto improve marketing and create a visual identityfor her coffee.In times of difficulty, she makes use of faith. “Ihave a psalm that brings security to be able toface every problem that comes. We just leave thehouse to buy food, but we cultivate our faith bywatching the mass on television, the whole familytogether. ”“My son also plays the guitar and we singtogether for fun”, adds Maria Célia.Her favorite psalm is 91.

Maria Célia Martim Soares, Minas Gerais

Page 17: o seu café que colhem As mãosiwcabrasil.com.br/anexoConteudo/anexo_45355.pdf · 2020. 6. 4. · O amor pelo café passeou pela família toda e chegou até o genro, o @felipebrazza.

Simone é produtora em Cambuquira, na Regiãoda Mantiqueira de Minas. Sua família está há maisde 130 anos na cafeicultura. Além de liderar aFazenda Santa Quitéria junto com Arthur, seuesposo, Simone também é uma liderança entre asmulheres do café na Mantiqueira.O casal pratica a sucessão familiar e os filhosparticipam diretamente da gestão da fazenda.“Para nós da Santa Quitéria o período dequarentena tem sido de muitas precauções. Nacolheita deste ano, vamos contratarcolaboradores do nosso município. Otimizamosnossos protocolos de higiene e criamos um grupode WhatsApp com todos os colaboradores, comobjetivo de orientá-los quanto à importância deseguir o distanciamento social.”Simone deixa uma mensagem carinhosa para ostrabalhadores do café: “Neste momento tãodelicado que atravessamos, sugiro muito otimismoe discernimento para interpretar as informaçõesdisponíveis. É fundamental preservar a saúde,principalmente mental. Façam cada um sua parte,o enfrentamento deste vírus depende de nóstodos.”

Simone Cambuquira, Minas Gerais

Page 18: o seu café que colhem As mãosiwcabrasil.com.br/anexoConteudo/anexo_45355.pdf · 2020. 6. 4. · O amor pelo café passeou pela família toda e chegou até o genro, o @felipebrazza.

Simone is a producer in Cambuquira, in theMantiqueira de Minas Region. Her family has beenin coffee farming for more than 130 years. Inaddition to leading Fazenda Santa Quitéria togetherwith Arthur, her husband, Simone is also a leaderamong the coffee women in Mantiqueira de Minas.The couple practices family succession and thechildren participate directly in the management ofthe farm.“For us in Santa Quitéria, the quarantine period hasbeen a time of a lot of precautions. In this year'sharvest, we will hire employees from ourmunicipality. We optimized our hygiene protocolsand created a WhatsApp group with all employees,with the objective of guiding them on theimportance of following social distancing. ”Simone leaves a loving message for coffee workers:“In such a delicate moment that we are goingthrough, I suggest a lot of optimism anddiscernment to interpret the available information. Itis essential to preserve health, especially mentalhealth. Do each one your part, coping with this virusdepends on us all. ”

Simone Cambuquira, Minas Gerais

Page 19: o seu café que colhem As mãosiwcabrasil.com.br/anexoConteudo/anexo_45355.pdf · 2020. 6. 4. · O amor pelo café passeou pela família toda e chegou até o genro, o @felipebrazza.

A Ucha é filha de cafeicultores, psicóloga eprofessora universitária. Depois de muitos anosvivendo no Rio de Janeiro, ela se viu tomando umadecisão que mudaria sua vida pra sempre: voltarpara Três Pontas, sua cidade natal no Sul de Minas,e assumir a gestão da fazenda da família.Ela não só conduziu a sucessão familiar no negócio,como implementou uma verdadeira revolução napropriedade. Não foi à toa que as FazendasCaxambu e Aracaçu viraram referência de gestãopara cafés especiais e a Ucha se tornou a primeiramulher presidente da BSCA – Associação Brasileirade Cafés Especiais, no final de 2017.“Eu e meus irmãos somos a terceira geração nafazenda e nossa família está há 103 anos naatividade café. Na quarentena, o desafio é quecada um de nós assuma a responsabilidade com oscuidados pessoais necessários para que assimcuidemos uns dos outros.”Ela completa: “E que não deixemos de entrar emconstante sintonia com a natureza, pois ela todosos dias nos convida a acreditar na vida, ver quetudo passa e a colheita sempre vem! Esse tem sidonosso slogan na fazenda.”Quem conhece a Ucha sabe o quanto esse abraçoem família simboliza o carinho com que ela trata suaequipe e seu café.

UchaTrês Pontas, Minas Gerais

Page 20: o seu café que colhem As mãosiwcabrasil.com.br/anexoConteudo/anexo_45355.pdf · 2020. 6. 4. · O amor pelo café passeou pela família toda e chegou até o genro, o @felipebrazza.

Ucha is the daughter of coffee farmers, apsychologist and a university professor. After manyyears living in Rio de Janeiro, she found herselfmaking a decision that would change her life forever:return to Três Pontas, her hometown in the south ofMinas, and take over the management of the familyfarm.Not only she did drive family succession in thebusiness, she also implemented a true propertyrevolution. It was not by chance that the Caxambuand Aracaçu farms became a managementreference for specialty coffees and Ucha became thefirst female president of BSCA - Brazilian Associationof Specialty Coffee, at the end of 2017.“My brothers and I are the third generation on thefarm and our family has been in the coffee businessfor 103 years. In quarantine, the challenge is for eachof us to take responsibility with the personal careneeded to take care of each other. ”She adds: “And let us not fail to get in constantharmony with nature, because it invites us to believein life every day, to see that everything passes andthe harvest always comes! That has been our sloganon the farm. ”Anyone who knows Ucha knows how much thisfamily hug symbolizes the affection with which shetreats her team and her coffee.

UchaTrês Pontas, Minas Gerais

U

Page 21: o seu café que colhem As mãosiwcabrasil.com.br/anexoConteudo/anexo_45355.pdf · 2020. 6. 4. · O amor pelo café passeou pela família toda e chegou até o genro, o @felipebrazza.

Essa é a Miriam Claudia, produtora rural da comunidaderural de Conceição, situada no município de Carangola.Sua propriedade, onde produz o @cirelecafes, está naregião das Matas de Minas, talvez o lugar em que acafeicultura familiar mais salta aos olhos de qualquervisitante desavisado.“Nesse momento de isolamento social estamosaproveitando para preparar a colheita, vendo os cuidadosnecessários com os nossos terreiros e preparando nossascasas para a chegada do nosso fruto mais amado”, contaMiriam.“Também aproveitamos para ampliar nossos horizontes nadivulgação da nossa marca e captação de novos clientesatravés dos meios digitais.” Sim, pessoal: o campo estámoderno que dá gosto de ver!“Também estamos explorando um mercado novo para nósque é a venda dos nossos cafés na modalidade delivery,que foi uma oportunidade criada pela nossa mobilizadorado Senar Minas, Fernanda, juntamente com a Naiane quetambém é produtora rura. A feira do produtor rural físicafoi transformada em feira delivery.Com essa estratégia, nós produtores poderemos passarpor esse período sem perder a nossa renda e fazendochegar à mesa dos nossos clientes os produtos que elesnecessitam sem colocar em risco a saúde de todos.”A Miriam manda um recadinho pra você que ainda estáperdido e tentando se adequar:.“Não está sendo fácilficar longe das pessoas que amamos, não está fáciltrabalhar de maneiras que nunca trabalhamos, masquando tudo passar vamos ver que aprendemos coisasque talvez jamais faríamos se não fosse pela crise. Tudo éaprendizado, não é só dor e tristeza, é tambémoportunidade de crescermos como pessoas e comoprofissionais. A crise vai passar e ao final estaremos juntosde mãos dadas para agradecer por todo o aprendizado.”

Miriam Claudia Carangola, Minas Gerais

Page 22: o seu café que colhem As mãosiwcabrasil.com.br/anexoConteudo/anexo_45355.pdf · 2020. 6. 4. · O amor pelo café passeou pela família toda e chegou até o genro, o @felipebrazza.

Miriam Claudia Carangola, Minas Gerais

This is Miriam Claudia, a coffee producer in the ruralcommunity of Conceição, located in the municipality ofCarangola. Her property, where she produces@cirelecafes, which is in the Matas de Minas region, isknown by the family agriculture.“In this moment of social isolation, we are taking theopportunity to prepare the harvest, seeing the necessarycare with our dry yards and preparing our homes for thearrival of our most beloved fruit”, says Miriam. . "We alsotook the opportunity to expand our horizons in publicizingour brand and attracting new customers through digitalmedia." Yes, folks: the farm is getting modern day by day!“We are also exploring a new market for us, which is thesale of our coffees in delivery mode, which was anopportunity created by our mobilizer from Senar Minas,Fernanda, together with Naiane, who is also a ruralproducer. The physical farmers' fair was transformed intoa delivery fair.With this strategy, we producers will be able to go throughthis period without losing our income and bringing theproducts they need to the table of our customers withoutputting everyone's health at risk. ”Miriam sends you a message that is still lost and trying toadapt:“It is not easy to be away from the people we love, it is noteasy to work in ways that we never worked before, butwhen everything is over we will see that we learned newthings that we might never would have learned if it wasn'tfor the crisis. Everything is about learning, it is not onlypain and sadness, it is also an opportunity to grow aspeople and as professionals. The crisis will pass and in theend we will be together hand in hand to be thankful for alllessons learned."

Page 23: o seu café que colhem As mãosiwcabrasil.com.br/anexoConteudo/anexo_45355.pdf · 2020. 6. 4. · O amor pelo café passeou pela família toda e chegou até o genro, o @felipebrazza.

Ana Cecília é produtora em Carmo do Paranaíba,Região do Cerrado Mineiro. O Cerrado é umaregião nova na cafeicultura, quando comparada aculturas centenárias em outras regiões mineiras. No entanto, o perfil empreendedor dos produtoresque iniciaram o cultivo de café nessa região logo atornou conhecida no mundo todo pela produção deCafés de Atitude.A produção na região é, em grande parte,mecanizada, mas ainda assim, todos os produtoreslocais precisaram se adaptar às novas condiçõesimpostas pela pandemia. Na São Luiz EstateCoffee, Ana Cecilia e a família precisaramredobrar os cuidados.“Criamos e implementamos protocolos de higiene”,conta Ana Cecília.“O ponto mais crítico é a higienização dotransporte dos trabalhadores rurais, porque é omomento em que todos estão juntos.”

Ana Cecília Carmo do Paranaíba, Minas Gerais

Page 24: o seu café que colhem As mãosiwcabrasil.com.br/anexoConteudo/anexo_45355.pdf · 2020. 6. 4. · O amor pelo café passeou pela família toda e chegou até o genro, o @felipebrazza.

Ana Cecília is a producer in Carmo do Paranaíba, inthe Cerrado Mineiro region. The Cerrado is a newregion in coffee growing, when compared tocenturies-old cultures in other Minas Gerais' regions.However, the entrepreneurial profile of theproducers who started growing coffee in this regionsoon made it known worldwide for the production of"Coffee produced with Attitude".Production in the region is largely mechanized, butstill, all local producers have had to adapt to thenew conditions imposed by the pandemic. At SãoLuiz Estate Coffee, Ana Cecilia and her familyneeded to double their care.“We created and implemented hygiene protocols”,says Ana Cecília. “The most critical point is thehygiene of the transportation of rural workers,because it is the moment when everyone istogether.”

Ana Cecília Carmo do Paranaíba, Minas Gerais

Page 25: o seu café que colhem As mãosiwcabrasil.com.br/anexoConteudo/anexo_45355.pdf · 2020. 6. 4. · O amor pelo café passeou pela família toda e chegou até o genro, o @felipebrazza.

Maria Selma é a 4ª geração a trabalhar com caféna Fazenda Recanto, em Machado, no Sul deMinas. Ela e o marido Afrânio gerenciam apropriedade, que nos últimos anos passou a contartambém com o olhar criterioso da filha mais velha,Paula.A sucessão familiar tem acontecido naturalmente:Paula se envolve nos processos de campo etambém tem aberto novas frentes de negócio,como a venda do café torrado na fazenda. “Estamos vivendo e entendendo a pandemia diaapós dia para garantir a nossa segurança e detodos que trabalham com a gente”, a Paula meconta.“Estamos trazendo os funcionários em nossosveículos com 50% da capacidade. Ao chegar nafazenda, todos passam por uma pia com sabãopara higienizar as mãos antes de bater o ponto, osveículos são limpos todas as manhãs, passando omáximo de informação possível com clareza paraque eles entendam a real dimensão da pandemia.Doamos sabonetes a todas as famílias quetrabalham com a gente, porque consideramos umitem básico e indispensável.”

Maria Selma Machado, Minas Gerais

Page 26: o seu café que colhem As mãosiwcabrasil.com.br/anexoConteudo/anexo_45355.pdf · 2020. 6. 4. · O amor pelo café passeou pela família toda e chegou até o genro, o @felipebrazza.

Maria Selma Machado, Minas Gerais

Maria Selma is the 4th generation working withcoffee at Fazenda Recanto, in Machado, in thesouth of Minas. She and her husband Afrâniomanage the property, which in recent years hasalso had the discerning eye of their eldestdaughter, Paula.The family succession has happened naturally:Paula is involved in the field processes and has alsoopened new business fronts, such as the sale ofroasted coffee on the farm.“We are living and understanding the pandemicday after day to ensure our safety and also ofeveryone who works with us”, Paula tells me.“We are bringing employees in our vehicles with50% capacity. Upon arriving at the farm, everyonegoes through a sink with soap to wash their handsbefore the time hits, vehicles are cleaned everymorning, giving as much information as possibleclearly so that they understand the real dimensionof the pandemic. We donate soap to all the familiesthat work with us, because we consider it a basicand indispensable item. ”

Page 27: o seu café que colhem As mãosiwcabrasil.com.br/anexoConteudo/anexo_45355.pdf · 2020. 6. 4. · O amor pelo café passeou pela família toda e chegou até o genro, o @felipebrazza.

Essa é a Flávia, engenheira agrônoma e produtora naFazenda Califórnia. Ela e o marido, Luiz, assumiram apropriedade localizada em Jacarezinho, na região doNorte Pioneiro do Paraná, há 16 anos.Com a pandemia, foi criado o Comitê Especial de Gestãodo Coronavírus/Covid-19, juntamente com os membrosda CipaTR e os técnicos de segurança da fazenda paratraçar estratégias para lidar com o novo cenário.“Verificamos a temperatura diária dos nossoscolaboradores, no momento de entrar no veículo detransporte, após horário de almoço e antes de ir embora.Também elaboramos um procedimento para higienizaçãoe desinfecção do veículo de transporte doscolaboradores, banheiros e refeitório”, conta Flávia.Fornecemos vacina da gripe para todos os nossoscolaboradores e fazemos uma reunião semanal com adiretoria informando sobre as medidas de prevenção,além de transmitir segurança e tranquilidade com relaçãoà manutenção dos empregos e dos salários. Somos umafamília e essa relação de respeito, confiança,proximidade, instalada há 16 anos, está fazendo com quesuperemos juntos essa crise.”A cafeicultura paranaense é um capítulo à parte nahistória do Brasil. No final do século XIX e início doséculo XX, desbravadores paulistas e mineirosdescobriram no solo vulcânico e clima ameno da região opotencial para produzir bons cafés. No entanto, a regiãoficou conhecida pela geada negra, que dizimou cafezaisinteiros em 1975 e fez muitas famílias perderem tudo.Felizmente, 45 anos depois, os replantios e a persistênciados cafeicultores fez ressurgirem cafés únicos, diferentesde todas as outras regiões brasileiras.

Flávia Jacarezinho, Paraná

Page 28: o seu café que colhem As mãosiwcabrasil.com.br/anexoConteudo/anexo_45355.pdf · 2020. 6. 4. · O amor pelo café passeou pela família toda e chegou até o genro, o @felipebrazza.

This is Flávia, an agronomist and producer at FazendaCalifornia. She and her husband, Luiz, took over theproperty located in Jacarezinho, in the North Pioneiroregion of Paraná, 16 years ago.With the pandemic, the Special Coronavirus / Covid-19Management Committee was created, together with themembers of CipaTR and the farm security technicians tooutline strategies to deal with the new scenario.“We check the daily temperature of our employees, whenentering the transport vehicle, after lunch and beforeleaving. We also developed a procedure for cleaning anddisinfecting the transportation vehicle for employees,bathrooms and cafeteria” says Flávia.'We provide flu vaccine to all our employees and hold aweekly meeting with the board to inform them aboutpreventive measures, in addition to providing security andpeace of mind regarding the maintenance of jobs andsalaries. We are a family and this relationship of respect,trust and closeness, installed 16 years ago, is making usovercome this crisis together. ”Coffee production in Paraná is a separate chapter in thehistory of Brazil. At the end of the 19th century and thebeginning of the 20th century, explorers from São Pauloand Minas Gerais discovered the potential to producegood coffees in the volcanic soil and mild climate of theregion. However, the region became known for its blackfrost, which decimated entire coffee plantations in 1975and made many families lose everything. Fortunately, 45years later, replanting and the persistence of coffeegrowers has brought back unique coffees, unlike anyother Brazilian region.

Flávia Jacarezinho, Paraná

Page 29: o seu café que colhem As mãosiwcabrasil.com.br/anexoConteudo/anexo_45355.pdf · 2020. 6. 4. · O amor pelo café passeou pela família toda e chegou até o genro, o @felipebrazza.

O pai da Dani começou a plantar café há uns 30 anos emPardinho, no interior de São Paulo. O sítio, comprado em1977, levou o nome de quem, 15 anos depois, assumirianão só os cafés da propriedade, mas um papelestratégico na cultura da região: Sítio Daniella.Desde que se mudou para o sítio, a Dani começou atrabalhar para fazer cafés especiais. Depois de algumasbelas premiações, ela participou ativamente darealização do Primeiro Concurso de Cafés Especiais dePardinho e Região, o que ela conta com uma alegria semtamanho!“E agora, com o Covid-19, estamos nos preparando parater uma colheita adequada aos protocolos sanitários.Temos uma maturação bem tardia e só iniciaremos nossacolheita no final de junho, o que nos dá tempo suficientepara tudo isso”, conta Dani.“Temos a vantagem de ter um alojamento para ossafristas aqui na fazenda, o que nos poupa do transportediário, um grande gargalo nessa safra. E no mais,continuaremos trabalhando como sempre, com muitorespeito, carinho e segurança de toda nossa equipe!Espero que possamos aprender com essa pandemia a terum olhar mais cuidadoso com o próximo e saber quenosso bem estar está diretamente ligado ao bem estar dooutro. Somos o elo de uma corrente que não podequebrar!”

Daniela Pardinho, São Paulo

Page 30: o seu café que colhem As mãosiwcabrasil.com.br/anexoConteudo/anexo_45355.pdf · 2020. 6. 4. · O amor pelo café passeou pela família toda e chegou até o genro, o @felipebrazza.

Daniella Pardinho, São Paulo

Dani's father started planting coffee 30 years ago inPardinho, in the interior of São Paulo. The site, purchasedin 1977, took the name of who, 15 years later, wouldassume not only the cafes on the property, but astrategic role in the culture of the region: Sítio Daniella.Since moving to the site, Dani has started working toproduce specialty coffees. After some beautiful prizes,she actively participated in the First Contest of SpecialtyCoffees of Pardinho and Region, which she tells aboutwith greatest joy!“And now, with Covid-19, we are getting ready to have aharvest suitable to the health protocols. We have a verylate maturation and we will only start our harvest at theend of June, which gives us enough time for all of this ”,says Dani.“We have the advantage of having accommodation forthe harvest workers here on the farm, which saves usfrom daily transportation, a major bottleneck in thisharvest. In addition, we will continue to work as always,with great respect, affection and safety from our entireteam!I hope that we can learn from this pandemic to take amore careful look at others and to know that our wellbeing is directly linked to the well being of others. We arethe link in a chain that cannot break! ”

Page 31: o seu café que colhem As mãosiwcabrasil.com.br/anexoConteudo/anexo_45355.pdf · 2020. 6. 4. · O amor pelo café passeou pela família toda e chegou até o genro, o @felipebrazza.

A Simone e o João são proprietários do Sítio Jardimdas Oliveiras, na cidade Araponga, Região das Matasde Minas. A família da Simone já estava no café, masfoi há 9 anos que ela e o marido resolveram deixarseus empregos e se dedicar exclusivamente àcafeicultura.Ano passado, a Sofia, filha do casal que estudavaCiências Econômicas, deu à Simone a maior alegria davida: fez um curso de Classificação e Degustação doSenar Minas, foi para a @semanainternacionaldocafee resolveu mudar para a Agronomia na UFV. Sintocheiro de sucessão familiar! “Vamos colher uma boa parte da safra com a família ecolaboradores que moram na propriedade. Tambémtentaremos usar maior parte da mão de obra dacidade e estamos nos baseando nas normativas paracriarmos nosso protocolos de higiene”, conta Simone.“Nossa colheita é maior parte manual, mas este anousaremos a derriçadeira onde for possível para evitaraglomerações”.“Estamos ansiosos para receber os trabalhadores napropriedade da melhor forma e com muita segurança.Que juntos possamos fazer uma linda safra, comrespeito a todos e ao meio ambiente. Que Deus estejaao nosso lado!”

Simone Araponga, Minas Gerais

Page 32: o seu café que colhem As mãosiwcabrasil.com.br/anexoConteudo/anexo_45355.pdf · 2020. 6. 4. · O amor pelo café passeou pela família toda e chegou até o genro, o @felipebrazza.

Simone Araponga, Minas Gerais

Simone and João owns Sítio Jardim das Oliveiras, inthe city of Araponga, in the Matas de Minas Region.Simone's family was already at the coffee farming,but it was 9 years ago that she and her husbanddecided to leave their jobs and dedicate themselvesexclusively to coffee growing.Last year, Sofia, their daughter was studyingEconomic Sciences and recently she gave Simonethe greatest joy in life: she took a Classification andCupping course at Senar Minas, went to@semanainternacionaldocafe and decided tochange her major to Agronomy at UFV. I am feelingthe family sucession happening in Simone's family! “We are going to harvest a good part of the harvestwith the family and employees who live on theproperty. We will also try to use most of the city'slabor and we are basing ourselves on the regulationsto create our hygiene protocols ”, says Simone. "Ourharvest is mostly manual, but this year we will usethe stripping mechanized method where possible toavoid agglomerations".“We are looking forward to welcoming workers onthe property in the best way and with great security.That together we can have a beautiful harvest, withrespect for everyone and the environment. May Godbe at our side! ”

Page 33: o seu café que colhem As mãosiwcabrasil.com.br/anexoConteudo/anexo_45355.pdf · 2020. 6. 4. · O amor pelo café passeou pela família toda e chegou até o genro, o @felipebrazza.

A Thais é produtora do Campo das Vertentes. Apropriedade dela fica em Oliveira, bem pertinhodaqui de Beagá.Ela está há 6 anos na cafeicultura, buscandomelhorar constantemente a qualidade do seucafé. Thais se considera uma aprendiz no campo.“Mas uma aprendiz muito entusiasmada”, diz ela.“Produzo a 1000 metros de altitude, muitasvariedades: mundo novo, catuaí, catucaí,topázio... o arara que estamos experimentando...tenho feito café de boa qualidade e estou nocaminho de fazer cada vez melhor. Conto com oapoio da Emater pelo Certifica Minas e do SenarMinas, que tem oferecido muitos cursos aqui nafazenda.”O desafio maior segundo a Thais “é produzirqualidade com sustentabilidade, o que incluirentabilidade.” Especialmente nesse momento decrise.

ThaísOliveira, Minas Gerais

Page 34: o seu café que colhem As mãosiwcabrasil.com.br/anexoConteudo/anexo_45355.pdf · 2020. 6. 4. · O amor pelo café passeou pela família toda e chegou até o genro, o @felipebrazza.

ThaísOliveira, Minas Gerais

Thais is a producer of Campo das Vertentes region.Her property is in Oliveira, very close to BeloHorizonte.She has been in coffee farming for 6 years,constantly seeking to improve the quality of hercoffee. Thais considers herself an apprentice in thefield. "But a very enthusiastic apprentice," shesays.“I produce at 1000 meters of altitude, manyvarieties: mundo novo, catuaí, catucaí, topázio ...the arara that we are experimenting... I have beenmaking good quality coffee and I am on my way tomake it even better. I count on the support ofEmater by Certifica Minas and Senar Minas, whichhas offered many courses here on the farm. ”The biggest challenge according to Thais "is toproduce quality with sustainability, which includesprofitability." Especially at this time of crisis.

Page 35: o seu café que colhem As mãosiwcabrasil.com.br/anexoConteudo/anexo_45355.pdf · 2020. 6. 4. · O amor pelo café passeou pela família toda e chegou até o genro, o @felipebrazza.

A Márcia é produtora em Ilicínea, no Sul de MinasGerais. Ela é casada com o Richadson e eles têmquatro filhos: Rodrigo de 25 anos, João Pedro de 19,Paulo Henrique de 17 e Juliana de 13. A família morano Sitío São Judas Tadeu.“Somos uma família de agricultores e estamosenfrentando essa pandemia com todas asprevenções, utilizando álcool gel, máscaras emantendo o distanciamento social, mesmo sendoapenas nós que iremos para a colheita”, conta aMárcia.“Estamos confiantes que logo tudo vai passar eanimados com a safra deste ano, que promete sermelhor que a do ano passado. Vamos seguindo emfrente sempre com foco, força ,fé e na busca delevar sempre o melhor café para o consumidor!”

MárciaIlicínea, Minas Gerais

Page 36: o seu café que colhem As mãosiwcabrasil.com.br/anexoConteudo/anexo_45355.pdf · 2020. 6. 4. · O amor pelo café passeou pela família toda e chegou até o genro, o @felipebrazza.

MárciaIlicínea, Minas Gerais

Márcia is a producer in Ilicínea, in the south of MinasGerais. She is married to Richadson and they havefour children: Rodrigo, 25, João Pedro, 19, PauloHenrique, 17 and Juliana, 13. The family lives in SitíoSão Judas Tadeu.“We are a family of farmers and we are facing thispandemic with all the precautions, using alcohol gel,masks and maintaining social distance, even thoughit is only us who will go to the harvest”, says Márcia.“We are confident that soon everything will passand excited about this year's harvest, whichpromises to be better than last year's. We keepmoving forward with focus, strength, faith and inthe quest to always bring the best coffee to theconsumers! ”

Page 37: o seu café que colhem As mãosiwcabrasil.com.br/anexoConteudo/anexo_45355.pdf · 2020. 6. 4. · O amor pelo café passeou pela família toda e chegou até o genro, o @felipebrazza.

A Franciele é produtora em Manhuaçu, na região dasMatas de Minas. Ela se capacitou com os cursos doSenar Minas em classificação e degustação de café,cafés especiais e barista.

“Na nossa propriedade, que fica a 5km dacidade, os tempos de Covid-19 têm, sim, afetadonossa rotina. Estou usando esse tempo para darcontinuidade à sucessão familiar na minha casa”,conta a Fran.“Tenho 2 filhas, a Evilyn de 9 anos e a Emily de 12anos. Elas são a 4° geração na cafeicultura e a Emilyse capacitou aos 11 anos como barista. As duas jáfazem classificação física do café e nossa estratégiaé dar continuidade a esse amor chamado café!”

FrancieleManhuaçu, Minas Gerais

Page 38: o seu café que colhem As mãosiwcabrasil.com.br/anexoConteudo/anexo_45355.pdf · 2020. 6. 4. · O amor pelo café passeou pela família toda e chegou até o genro, o @felipebrazza.

Franciele is a producer in Manhuaçu, in the Matasde Minas region. She trained with Senar Minascourses in coffee classification and tasting,specialty coffees and barista.“At our property, which is 5 km from the city, theCovid-19 times have indeed affected our routine. Iam using this time to continue the familysuccession in my home ”, says Fran.“I have 2 daughters, Evilyn, 9 years old and Emily,12 years old. They are the 4th generation in coffeegrowing and Emily trained at the age of 11 as abarista. The two are already physically classifyingcoffee and our strategy is to continue this lovecalled coffee!”

FrancieleManhuaçu, Minas Gerais

Page 39: o seu café que colhem As mãosiwcabrasil.com.br/anexoConteudo/anexo_45355.pdf · 2020. 6. 4. · O amor pelo café passeou pela família toda e chegou até o genro, o @felipebrazza.

A Maria Helena é produtora em Ingaí e faz parte dosubcapítulo da IWCA no Campo das Vertentes,Minas Gerais. Ela tem boas expectativas para acolheita deste ano.“Nós produtores rurais temos uma empresa a céuaberto, então a gente lida com a surpresa o tempotodo. Esse ano, tivemos clima bom, florada uniforme,o café está bonito... e aí temos a surpresadesagradável da pandemia”, relata ela.“Vamos ver como será feita nossa colheita. Ela éparte manual e parte mecanizada. Temos aqui umgrupo de mulheres e homens da cidade que sãocontratados para a colheita e já estamosconversando e abrindo caminhos para achar asolução em conjunto. Vamos trazê-los comsegurança e seguindo normas sanitárias.Se deus quiser colocaremos esse café na saca!”.

Maria Helena Ingaí, Minas Gerais

Page 40: o seu café que colhem As mãosiwcabrasil.com.br/anexoConteudo/anexo_45355.pdf · 2020. 6. 4. · O amor pelo café passeou pela família toda e chegou até o genro, o @felipebrazza.

Maria Helena Ingaí, Minas Gerais

Maria Helena is a producer in Ingaí and is partof the IWCA sub-chapter in Campo dasVertentes, Minas Gerais. She has goodexpectations for this year's harvest.“We farmers have an open-air company, so wedeal with surprises all the time. This year, wehad a good climate, a uniform flower, thecoffee is beautiful... and then we have theunpleasant surprise of the pandemic ”, shereports.“Let's see how our harvest will be done. It ispart manual and part mechanized. We havehere a group of women and men from the citywho are hired for the harvest and we arealready talking and opening ways to find thesolution together. We will bring them safelyand following health standards.God willing, we'll put that coffee in the bag! ”

Page 41: o seu café que colhem As mãosiwcabrasil.com.br/anexoConteudo/anexo_45355.pdf · 2020. 6. 4. · O amor pelo café passeou pela família toda e chegou até o genro, o @felipebrazza.

A Cristiane é a quarta filha do Gelci e tem três filhos: Lucade 13 anos, Bruno de 9, e Felipe de 6. A família trabalhacom diferentes culturas em Cristalina, na região doCerrado Goiano, mas é a Cris quem dá uma atençãoespecial à cafeicultura.“A Fazenda Nossa Senhora de Fátima começou com o caféem 2009, com meu pai, com café commodities e depoisentrou no mercado de café especial comigo. Em 2018 abri atorrefação @famigliazancanaro e a exportação direta decafés verdes do Estado de Goiás”, conta Cris, que é muitoativa na comunidade do café, especialmente nos grupos demulheres.“Confesso que o mais difícil para mim tem sido ficar longedos meus pais e dos meus irmãos, como nossa família égrande (somos 27) cada família já é uma aglomeração.Meus pais ficam na casa da fazenda e eu só vou nalavoura!”.Foram muitas as medidas adotadas para cuidarda família e da equipe. “Estamos contratando funcionáriasde um vilarejo próximo da fazenda para a colheita manual.As visitas externas foram proibidas na fazenda e oatendimento presencial suspenso. Quem está nosescritórios na fazenda não podem usar ar condicionado, asjanelas devem estar abertas e as salas bem ventiladas.Medimos a temperatura dos funcionários antes delesentrarem no transporte coletivo. O uso de máscara éobrigatório e já adquirimos máscaras de tecido porque asdescartáveis estão difíceis de comprar.Nosso lema é Alimentar a Vida, no mais abrangente queisso possa significar. Nesse momento, nosso maior desafio épreservar a vida dos nossos colaboradores continuando namissão de produzir alimentos, para que eles tenham umavida saudável com suas famílias, garantindo a produção docafé com qualidade e de maneira sustentável. Cadacolaborador é muito importante nessa grande engrenagem.Depois de um estresse hídrico não vem a florada? Então!Vai passar!”.

Cristiane Cristalina, Goáis

Page 42: o seu café que colhem As mãosiwcabrasil.com.br/anexoConteudo/anexo_45355.pdf · 2020. 6. 4. · O amor pelo café passeou pela família toda e chegou até o genro, o @felipebrazza.

Cristiane is Gelci's fourth daughter and has three children:Luca, 13, Bruno, 9, and Felipe, 6. The family works withdifferent cultures in Cristalina, in the Cerrado Goianoregion, but it is Cris who pays attention particular to coffeegrowing.“Fazenda Nossa Senhora de Fátima started producingcoffee in 2009, with my father, with commodities type andthen entered to the specialty coffee market with me. In2018 I opened the @famigliazancanaro roasting and thedirect export of green coffees from the State of Goiás, ”says Cris, who is very active in the coffee community,especially in women's groups.“I confess that the most difficult thing for me has been tostay away from my parents and my brothers, as our familyis big (we are 27) each family is already an agglomeration.My parents stay at the farmhouse and I only go to thefields!"Many measures were taken to care for the family and theteam. “We are hiring workers from a village near the farmfor manual harvesting. External visits were prohibited onthe farm and the in-person service was suspended. Those inthe offices on the farm cannot use air conditioning, thewindows must be open and the rooms have to be wellventilated. We measure the temperature of employeesbefore they enter public transport. The use of a mask ismandatory and we have already purchased fabric masksbecause disposable ones are difficult to buy.Our motto is to Feed Life, as comprehensive as it can mean.At this moment, our biggest challenge is to preserve thelives of our employees, continuing on the mission ofproducing food, so that they have a healthy life with theirfamilies, guaranteeing the production of coffee with qualityand in a sustainable manner. Each employee is veryimportant in this great gear.After a water stress does the flowering not come? So! It willpass!"

Cristiane Cristalina, Goáis

Page 43: o seu café que colhem As mãosiwcabrasil.com.br/anexoConteudo/anexo_45355.pdf · 2020. 6. 4. · O amor pelo café passeou pela família toda e chegou até o genro, o @felipebrazza.

A Sandra e o Delcio são produtores na Serra dosLopes, em Manhumirim, nas Matas de Minas. Aprodução é familiar e eles têm prazer em ver o frutodo seu trabalho, feito com tanto amor.“Em tempos de crise a união é que nos ajuda aprosseguir. Planejar a colheita, trocar idéias, sepreparar com força e coragem na certeza de queDeus está conosco neste momento da mesma formaque deu frutos para esta safra!”.

Sandra Manhumirim, Minas Gerais

Page 44: o seu café que colhem As mãosiwcabrasil.com.br/anexoConteudo/anexo_45355.pdf · 2020. 6. 4. · O amor pelo café passeou pela família toda e chegou até o genro, o @felipebrazza.

Sandra Manhumirim, Minas Gerais

Sandra and Delcio are producers in Serra dosLopes, in Manhumirim, in the Matas de Minas region.The production is familiar and they are happy to seethe fruit of their work, done with so much love.“In times of crisis, the union helps us to continue.Plan the harvest, exchange ideas, prepare ourselfswith strength and courage in the certainty that Godis with us at this moment in the same way that hehas borne fruit for this harvest! ”

Page 45: o seu café que colhem As mãosiwcabrasil.com.br/anexoConteudo/anexo_45355.pdf · 2020. 6. 4. · O amor pelo café passeou pela família toda e chegou até o genro, o @felipebrazza.

Essa é a Eurly, da comunidade Lagoa de Boa Vista,município de Seabra. A região é a ChapadaDiamantina, na Bahia.“Nasci e criei na colheita do café. Meus paistrabalhavam na colheita do café e hoje meus filhostambém trabalham com café”, diz ela. “É uma coisaque gosto, trabalhar com café.”“Está chegando uma nova colheita, que vamos fazeruma seleção, procurando ter qualidade. Depois deuma idade avançada, adquiri conhecimento a mais,aprendendo novas técnicas com a Cooperbio(cooperativa de cafeicultores familiares de produçãoorgânica e biodinâmica). A gente tinha nosso jeito desecar, hoje a gente tem outra maneira.Hoje já tenho conhecimento bem diferente do que eutinha dos meus pais. A gente usa ainda muita coisade antes, mas melhoramos muito, pois a gente nãopreocupava com a qualidade do café, e hoje sim, agente preocupa.”A Eurly é um exemplo de que não tem idade paramudar e para (re)começar. Depois de aprender tantona cooperativa e de participar de grupos defortalecimento, hoje ela é a presidente daCooperbio.

EurlySeabra, Bahia

Page 46: o seu café que colhem As mãosiwcabrasil.com.br/anexoConteudo/anexo_45355.pdf · 2020. 6. 4. · O amor pelo café passeou pela família toda e chegou até o genro, o @felipebrazza.

This is Eurly, from the Lagoa de Boa Vista community,in the municipality of Seabra. The region is theChapada Diamantina, in Bahia.“I was born and raised in the coffee harvest. Myparents worked in the coffee harvest and today mychildren also work with coffee,” she says. "It'ssomething I like, working with coffee."“A new harvest is coming, and we are going to make aselection, looking for quality. After an advanced age,I acquired more knowledge, learning new techniqueswith Cooperbio (cooperative of family coffee growerswith organic and biodynamic production). We had ourway of drying, today we have another way.Today I already have a very different knowledge ofwhat I had from my parents. We still use a lot of thingsthey did before, but we have improved a lot, becausewe didn't care about the quality of the coffee, andtoday we do. ”Eurly is an example that you are not old enough tochange and (re)start. After learning so much in thecooperative and participating in strengtheninggroups, today she is the president of Cooperbio.

EurlySeabra, Bahia

Page 47: o seu café que colhem As mãosiwcabrasil.com.br/anexoConteudo/anexo_45355.pdf · 2020. 6. 4. · O amor pelo café passeou pela família toda e chegou até o genro, o @felipebrazza.

A Edilaine é produtora em Perdões, na região doCampo das Vertentes. Ela e o esposo, Luiz Carlos,eram da cidade e há 7 anos compraram apropriedade rural.“Hoje produzimos café especial”, conta Edilaine.“Selecionado, em terreiro suspenso. Gostei tanto detrabalhar com o café que hoje não me vejo foradesse processo, que é tão gratificante para nossafamília.”Ano passado produziram um café super pontuado apartir de um processo de fermentação caseira, mascontrolada com cuidado. Para manter as boaspráticas agrícolas, a família conta com o apoio dosagrônomos Rodrigo, do Programa de AssistênciaTécnica e Gerencial do Senar Minas, e Belchior, daEmater. A propriedade também faz parte doCertifica Minas.“Nesse momento difícil que estamos passando com apandemia, ficamos na propriedade, trabalhando emsegurança.”

EdilenePerdões, Minas Gerais

Page 48: o seu café que colhem As mãosiwcabrasil.com.br/anexoConteudo/anexo_45355.pdf · 2020. 6. 4. · O amor pelo café passeou pela família toda e chegou até o genro, o @felipebrazza.

Edilaine is a producer in Perdões, in the Campo dasVertentes region. She and her husband, Luiz Carlos,were from the city and 7 years ago bought the ruralproperty."Today we produce specialty coffee," says Edilaine.“Selected, on a suspended terrace. I enjoyedworking with coffee so much that today I don't seemyself outside this process, which is so rewardingfor our family. ”Last year they produced a super punctuated coffeefrom a homemade fermentation process, butcarefully controlled. To maintain good agriculturalpractices, the family has the support of agronomistsRodrigo, from the Technical and ManagerialAssistance Program of Senar Minas, and Belchior,from Emater. The property is also part of CertificaMinas."In this difficult time that we are going through withthe pandemic, we stayed on the property, workingsafely."

EdilenePerdões, Minas Gerais

Page 49: o seu café que colhem As mãosiwcabrasil.com.br/anexoConteudo/anexo_45355.pdf · 2020. 6. 4. · O amor pelo café passeou pela família toda e chegou até o genro, o @felipebrazza.

Há muito tempo atrás, o avô da Bruna resolveu participarde um concurso de qualidade. Ele era produtor nomunicípio de Alto Jequitibá, região das Matas de Minas.O sítio ficava num ligar tão alto que tinha até rampa devoo livre. As lavouras estão, ainda hoje, a 1200 metros dealtitude. Ele catou o café bonitinho, secou e mandou proconcurso regional. Pouquíssimo se falava em especiais..Osjurados provaram e falaram: “Seu café vai ser um dosganhadores daqui.”O café foi desclassificado, mas ele nunca entendeuporquê. Aquilo fez ele desanimar do café. Foi desiludindo,ficando triste, se convencendo de que a terra não eraboa para a cultura. Até 2018, quando recebeu a visita daneta, que estava para formar na faculdade de EducaçãoFísica.“Fui nascida e criada na roça, mas nunca gostei deapanhar café da forma que o povo fazia”, conta a Bruna.Aí conversando com ele, falei: 'vô, o que o senhor me falade cafés especiais?' Ele disse, triste: ‘já fiz uma vez e ocafé não passou...’Eu tenho um vínculo muito forte com meu avô. E pensei:meu sonho de formar, eu estou nova, posso realizardepois... o sonho do meu avô, que é mais velho, tem querealizar agora. E falei: 'aquela época era aquela época,agora é agora. Se o senhor topar, nós vamos entrarnesse negócio e provar que aqui é lugar de café bom.'Ele virou pra mim: ‘uai, eu já to com 70 anos, você ta com22. Se você topar..!’Eu disse: 'Topo, mas a gente vai entrar amanhãorganizando tudo aqui!" Faltava um mês para a colheita.Bruna voltou pra casa pronta para contar ao pai que iriainterromper a faculdade para trabalhar com o avô nocafé.O pai trabalhava fora, não foi contra, mas também nãoapoiou logo de cara. Ela foi pra roça. A mãe de vez emquando ajudava no terreiro suspenso, guardar café, porpra fora. Ela e o avô na lavoura. (...)

BrunaAlto Jequitibá, Minas Gerais

Page 50: o seu café que colhem As mãosiwcabrasil.com.br/anexoConteudo/anexo_45355.pdf · 2020. 6. 4. · O amor pelo café passeou pela família toda e chegou até o genro, o @felipebrazza.

(...)“Começamos a luta, colhemos os melhores frutos,pegamos um pano de panhar café e fizemos váriosquadradinhos pra fazer nanolotes. A gente provava tudoseparadinho. Quando o café saía do terreiro, a gentecolocava uma lona e por cima os paninhos brancos, cadaum com um nanolote identificado. Todo dia na hora deguardar eram 30 paninhos... e a gente ia controlando: ocafé ta com a pontuação tal, então pode misturar com ocafé tal...”“Eu ouvi, principalmente de parentes, que eu não iaconseguir. Que isso era bobeira, que eu tava achandoque 'bosta de pinto era pipoca'. Eu comecei a quererficar triste, mas aí pensei: passei por tanta coisa, apesarde nova, não é porque estão falando que eu não vouconseguir que eu vou parar.”“As pessoas tentavam desanimar o vô, e ele por ser maisvelho começava a tentar desanimar e eu falava: vamo lá!Aí no mesmo ano foi uma grande surpresa pra genteporque ficamos entre os finalistas do concurso estadual,e ficamos em segundo lugar no município.”Hoje a Bruna é presidente da Associação das Mulheresdo Café das Matas de Minas. No sítio, tudo que temrelação com o especial é ela quem decide. A produçãoainda é pequena, mas segue melhorando e inovando.“Quando vi essa pandemia chegando, eu pensei: aspessoas vão ter que ficar em casa. Com isso, tem genteque toma café sozinho. Aí a gente teve a ideia de lançaro drip coffee, que é um suporte que já vem com o nossopó de café e a pessoa faz o café só pra ela na hora, umcafé de qualidade. Na região fomos os primeiros alançar.O que eu digo para os produtores é que inovem,conversem com as pessoas, aprendam a necessidade daspessoas. Assim como meu avô era e eu também, oprodutor é preocupado em fazer o café, mas éimportante vender. E pra isso tem que se fazerconhecer.”

Page 51: o seu café que colhem As mãosiwcabrasil.com.br/anexoConteudo/anexo_45355.pdf · 2020. 6. 4. · O amor pelo café passeou pela família toda e chegou até o genro, o @felipebrazza.

A long time ago, Bruna's grandfather decided to participatein a quality contest. He was a producer in the municipality ofAlto Jequitibá, in the Matas de Minas region. The site was ona link so high that it even had a free flight ramp. Crops arestill 1200 meters high today. He picked up the cute coffee,dried it and sent it to the regional contest. Very little wassaid about specialties. The judges tried and said: "Yourcoffee will be one of the winners here."The coffee was disqualified, but he never understood why.It made him discourage from coffee. He becamedisillusioned, sad, convinced that the land was not good forcoffee culture. Until 2018, when he received a visit from hisgranddaughter, who was about to graduate from thePhysical Education college.“I was born and raised in the country side, but I never likedto get coffee the way people used to,” says Bruna. Thentalking to him, I said: 'Grandpa, what do you say aboutspecialty coffees?' He said, sadly: ‘I did it once and thecoffee didn’t qualify to participate in a coffee constest ...’I have a very strong bond with my grandfather. And Ithought: my dream about graduating, I'm young, I can do itlater... my grandfather's dream, that is in an older age , mustbe done now. And I said: 'that time was that time, now it isnow. If you agree, we will go into this business and provethat this is a good place to grow coffee. 'He turned to me: ‘wow, I’m 70 years old, you’re 22. If yougo…!’I said: "Agreed, but we are going to come in tomorroworganizing everything here!" It was a month before theharvest.Bruna returned home ready to tell her father that she wasgoing to interrupt college to work with her grandfather atthe coffee platation.The father worked outside home, he was not against it, buthe didn't support it right away. She went to the fields. Themother helped from time to time on the suspended terrace,to store coffee, outside. She and her grandfather in thefield. (...)

BrunaAlto Jequitibá, Minas Gerais

Page 52: o seu café que colhem As mãosiwcabrasil.com.br/anexoConteudo/anexo_45355.pdf · 2020. 6. 4. · O amor pelo café passeou pela família toda e chegou até o genro, o @felipebrazza.

(...) “We started the fight, we picked the best fruits, we tooka cloth to spread coffee and made several squares to makenanolotes. We tried everything separately. When the coffeeleft the yard, we put a canvas and white cloths on top,each with an identified nanolote. Every day at the time ofstoring, there were 30 cloths ... and we were controlling:the coffee has such a score, so you can mix it with suchcoffee ... ”“I heard, mainly from relatives, that I was not going tomake it. That this was silly. I started to want to be sad, butthen I thought: I went through so much, although I amyoung, it is not because they are saying that I will not get itthat I will stop. ”“People tried to discourage Grandpa, and because he wasolder he started trying to discourage me and I said: comeon! Then, in the same year, it was a big surprise for usbecause we were among the finalists of the statecompetition, and we were in second place in themunicipality.” Today, Bruna is president of the Women'sAssociation of Café das Matas de Minas. On the farm,everything that has to do with the specialty is up to her.Production is still small, but it continues to improve andinnovate.“When I saw this pandemic coming, I thought: people aregoing to have to stay home. With that, there are peoplewho drink coffee alone. Then we had the idea of launchingthe drip coffee, which is a support that comes with ourcoffee grinded and the person makes the coffee just forone at the time, a quality coffee. In the region we were thefirst to launch it.What I say to producers is to innovate, talk to people, learnpeople's needs. Just like my grandfather was and so am I,the producer is concerned with making coffee, but it isimportant to sell. And for that you have to make yourselfknown. ”

Page 53: o seu café que colhem As mãosiwcabrasil.com.br/anexoConteudo/anexo_45355.pdf · 2020. 6. 4. · O amor pelo café passeou pela família toda e chegou até o genro, o @felipebrazza.

A Mariselma mora em São Paulo, mas com o pé emMinas. Casada há 25 anos, com 3 filhos e 1 neto, ela écafeicultora em Conceição da Aparecida, no Sul deMinas Gerais.“Desde criança estou envolvida no plantio de café.Meu pai, hoje com 77 anos, era produtor e eu oajudava na produção de mudas de café e com o póscolheita. Para mim era tudo uma brincadeira. Meumarido, na infância também teve a mesma rotina decontato com o café”, conta Mariselma.“Há 20 anos, adquirimos a nossa primeira propriedade,onde passamos a produzir o nosso café. Sempretivemos excelente bebida e foi aí que mergulhei paraconhecer mais e nos especializar a cada ano.Participo da @iwcabrasil desde 2012, quando comeceia entender o meu valor junto à produção do nossocafé. Fiz curso de classificação de café, para conhecero produto que tinha em minhas mãos e agora estudo oprocesso de torra. Sou co-fundadora do @caferenovo,marca de café torrado. Criei a marca para levar paraas pessoas um café de qualidade e preço acessível.Estamos lidando com a situação do Covid-19 combastante otimismo, aproveitando os dias dequarentena para nos preparar para a colheita commuita energia e determinação. Contratamos homens emulheres aqui da nossa cidade, vamos orientá-los paraque todas as medidas de segurança sejam respeitadas.A mensagem que deixo para os colaboradores é queunidos, teremos uma bela colheita, respeitando a vida,a natureza e o ser humano. Nosso trabalho é para quea cada ano tenhamos o melhor café!”

MariselmaConceição Aparecida, Minas Gerais

Page 54: o seu café que colhem As mãosiwcabrasil.com.br/anexoConteudo/anexo_45355.pdf · 2020. 6. 4. · O amor pelo café passeou pela família toda e chegou até o genro, o @felipebrazza.

Mariselma lives in São Paulo, but with her foot inMinas Gerais. Married for 25 years, with 3 childrenand 1 grandson, she is a coffee grower in Conceiçãoda Aparecida, in the south of Minas Gerais.“Since I was a child I have been involved in coffeeplanting. My father, now 77, was a producer and Ihelped him with the production of coffee seedlingsand with post-harvest. It was just a fun time to me,nothing serious. My husband, in childhood, also hadthe same routine of contact with coffee ”, saysMariselma.“20 years ago, we acquired our first property, wherewe started to produce our coffee. We have alwayshad an excellent cup profile and it was there that Idived to learn more and specialize each year.I have been part of @iwcabrasil since 2012, when Istarted to understand my value with the production ofour coffee. I took a coffee classification course to getto know the product I had in my hands and now Istudy the roasting process. I'm a co-founder of@caferenovo, a brand of roasted coffee. I createdthe brand to bring people quality coffee at anaffordable price.We are dealing with the Covid-19 situation with a lotof optimism, taking advantage of the quarantine daysto prepare for the harvest with a lot of energy anddetermination. We hire men and women here in ourcity, we will guide them so that all security measuresare respected.The message I leave to employees is that together,we will have a beautiful harvest, respecting life,nature and the human being. Our job is to have thebest coffee every year! ”

MariselmaConceição Aparecida, Minas Gerais

Page 55: o seu café que colhem As mãosiwcabrasil.com.br/anexoConteudo/anexo_45355.pdf · 2020. 6. 4. · O amor pelo café passeou pela família toda e chegou até o genro, o @felipebrazza.

A Bia e o marido, Bruno, moram em São Paulo. O Bruno éa quinta geração da família dele na produção de café, eo casal é proprietário da Fazenda Morro Alto, em Ibiá, naRegião do Cerrado Mineiro.Com a progressão da pandemia na cidade onde moram,os dois se viram na posição de tomar uma decisão muitodifícil: ficar em quarentena ou ir a Ibiá? Qual a realnecessidade de estar na propriedade nesse momento equais seriam os riscos para os trabalhadores da fazendaao ter contato com a família?Para proteger a equipe de colaboradores, eles decidiramnão viajar.“No momento estamos acompanhando os preparativospara a colheita à distância. Como vivemos em São Paulo,um dos epicentros do coronavírus no Brasil, optamos pornão ir para a fazenda buscando preservar a saúde denossos funcionários que estão isolados”, conta a Bia.“Este ano faremos a colheita apenas com os funcionáriosfixos da fazenda. Em meio à pandemia será impossíveltrazer safristas de outros estados como costumamosfazer.”

BiaIbiá, Minas Gerais

Page 56: o seu café que colhem As mãosiwcabrasil.com.br/anexoConteudo/anexo_45355.pdf · 2020. 6. 4. · O amor pelo café passeou pela família toda e chegou até o genro, o @felipebrazza.

Bia and her husband, Bruno, live in São Paulo. Bruno isthe fifth generation of his family in coffee production,and the couple owns Fazenda Morro Alto, in Ibiá, in theCerrado Mineiro Region.With the pandemic progressing in the city where theylive, the two found themselves in the position to make avery difficult decision: to be quarantined or to go to Ibiá?What is the real need to be on the property at thatmoment and what would be the risks for farm workerswhen having contact with the family?In order to protect the team of collaborators, theydecided not to travel. “At the moment we are followingthe preparations for the harvest from a distance. As welive in São Paulo, one of the epicenters of the coronavirusin Brazil, we chose not to go to the farm seeking topreserve the health of our employees who are isolated, ”says Bia.“This year we will harvest only with the farm's fixedemployees. In the midst of the pandemic, it will beimpossible to bring in workers from other states as weusually do. ”

BiaIbiá, Minas Gerais

Page 57: o seu café que colhem As mãosiwcabrasil.com.br/anexoConteudo/anexo_45355.pdf · 2020. 6. 4. · O amor pelo café passeou pela família toda e chegou até o genro, o @felipebrazza.

A Nájilla e seu esposo Cleitom são proprietários datorrefação da Fazenda Sol Nascente, no municípiode Campanha, Sul de Minas..“Nós torramos,moemos, embalamos e comercializamos o produtodesde Outubro de 2017”, conta Nájilla.“A fazenda pertence a mim e meus três irmãos porsucessão familiar. Somos a quarta geração dafazenda e a terceira na cafeicultura. Antes, meubisavô comercializava rapadura.”A propriedade fica na região Mantiqueira deMinas a cerca de 1200 metros de altitude, o quefaz que os grãos amadureçam mais lentamente e,por isso, a colheita se inicia ao final de junho,começo de julho.“Estamos positivos que até lá tudo tenhamelhorado, mas algumas medidas já foramtomadas, como contratar trabalhadores dopróprio município e não mais da Bahia, como foifeito até 2019.A covid-19 foi mais um evento entre tantos que oprodutor já está acostumado em lidar: ora chuvademais, ora seca demais, problemas trabalhistas,maquinário quebrado em hora imprópria... a genteque é produtor vai se encaixando, adaptando,acostumando e aprendendo.Desejamos boa sorte, boa produção e negociaçãoa todos os amigos da cafeicultura!”

NájilaCampanha, Minas Gerais

Page 58: o seu café que colhem As mãosiwcabrasil.com.br/anexoConteudo/anexo_45355.pdf · 2020. 6. 4. · O amor pelo café passeou pela família toda e chegou até o genro, o @felipebrazza.

Nájilla and her husband Cleitom own the roastingof Fazenda Sol Nascente, in the municipality ofCampanha, South of Minas Gerais. “We havebeen roasting, grinding, packing and marketingthe product since October 2017”, says Nájilla.“The farm belongs to me and my three brothers byfamily succession. We are the fourth generation ofthe farm and the third in coffee production.Before, my great-grandfather used to sellrapadura. ”The property is located in the Mantiqueira deMinas region, at an altitude of about 1200 meters,which makes the grains ripen more slowly and,therefore, the harvest begins in late June, earlyJuly.“We are positive that until then everything hasimproved, but some measures have already beentaken, such as hiring workers from themunicipality itself and not from Bahia stateanymore, as it was done until 2019. The covid-19was another event among so many that theproducers are already used to dealing: sometimestoo much rain, sometimes too dry, labor problems,broken machinery at the wrong time ... the peoplewho are producers are fitting in, adapting,accustoming and learning.We wish good luck, good production andnegotiation to all friends of coffee growing! ”

NájilaCampanha, Minas Gerais

Page 59: o seu café que colhem As mãosiwcabrasil.com.br/anexoConteudo/anexo_45355.pdf · 2020. 6. 4. · O amor pelo café passeou pela família toda e chegou até o genro, o @felipebrazza.

Selma e Arnaldo são cafeicultores na Fazenda Grutada Liberdade, em Divino, na Região das Matas deMinas. A fazenda produz café há mais de um século,e o casal comercializa o café torrado na região.“Aprendemos a amar esse grão tão saboroso,seguindo os passos dos pais, avós e bisavós! É maisque um trabalho, é uma paixão”, conta Selma.“Procuramos fazer com amor e, nesse momento emque o Covid-19 afeta todo o mundo, procuramoscuidar uns dos outros, mantendo o distanciamento eas normas de higiene recomendadas. O Agro nãopára, pra que chegue o alimento na mesa de todos!Eu sempre usei toucas, luvas e máscaras natorrefação, então não mudou muito nesse aspecto. Oque mudou muito pra mim foram as vendas pelocelular e entregas com motoboy. Estou fazendomuitas vendas, divulgo no Instagram... eu tive queaprender a usar a tecnologia, para aproximar ocliente do meu produto, nessa época de quarentena.”

SelmaDivino, Minas Gerais

Page 60: o seu café que colhem As mãosiwcabrasil.com.br/anexoConteudo/anexo_45355.pdf · 2020. 6. 4. · O amor pelo café passeou pela família toda e chegou até o genro, o @felipebrazza.

Selma and Arnaldo are coffee growers at FazendaGruta da Liberdade, in Divino, in the Matas de MinasRegion. The farm has been producing coffee for over acentury, and the couple sells roasted coffee in theregion. “We learned to love this tasty bean, following in thefootsteps of parents, grandparents and great-grandparents! It is more than a job, it is a passion",says Selma."We try to do it with love and, in this moment whenCovid-19 affects the whole world, we try to take careof each other, keeping the distance and therecommended hygiene rules. The agrobusiness doesnot stop, so that the food arrives on everyone's table!I always used caps, gloves and masks in the roasting,so it hasn't changed much in this aspect. Whatchanged a lot for me were cell phone sales and courierdelivery. I'm making a lot of sales, I post onInstagram... I had to learn how to use technology, tobring the customer closer to my product, in this time ofquarantine.

SelmaDivino, Minas Gerais

Page 61: o seu café que colhem As mãosiwcabrasil.com.br/anexoConteudo/anexo_45355.pdf · 2020. 6. 4. · O amor pelo café passeou pela família toda e chegou até o genro, o @felipebrazza.

Marisa é farmacêutica por formação, mas ela seencontrou de verdade como produtora de café. Ela égestora da Fazenda Capoeira Coffee em Areado, noSul de Minas Gerais.“Iniciamos em maio a nossa safra de café! Tomamostodas as medidas possíveis na propriedade para quenossos funcionários e suas famílias estejam protegidose possamos seguir com nossa missão de produziralimentos..Diante dessa crise sanitária semprecedentes, os cafés produzidos de forma sustentávele que geram impacto positivo na sociedade terão umvalor especial.Estamos fazendo parte de um mundo emtransformação, em que precisaremos de novos líderescom mais empatia e solidariedade.Entendo que os negócios vencedores serão os deimpacto coletivo", ela vislumbra."Desde que entrei na cafeicultura eu tinha oentendimento de que deveria caminhar no sentido deajudar outra mulher, colaborar pra que ela pudesse terseu lugar de destaque na cafeicultura, sua historiacontada no mundo. Foi uma causa que sempre me fezbuscar uma cafeicultura mais humanizada."Ela lembra dos impactos da quarentena sobre ospequenos negócios. "As cafeterias estão passando porum momento difícil, e nós produtores estamos ao ladodelas. É a nossa hora de reciprocidade com osparceiros que contam nossas histórias ao redor domundo.""Acreditamos muito também no turismo de experiência,em que o consumidor pode vivenciar a construção danossa história. Eu não nasci no café, mas vim contar aminha história na cafeicultura. E cheia de esperança eucomeço esse novo ciclo!"

MarisaAreado, Minas Gerais

Page 62: o seu café que colhem As mãosiwcabrasil.com.br/anexoConteudo/anexo_45355.pdf · 2020. 6. 4. · O amor pelo café passeou pela família toda e chegou até o genro, o @felipebrazza.

Marisa is a pharmacist by formal education, but shereally found herself as a coffee producer. She is themanager at Fazenda Capoeira Coffee in Areado, inthe south of Minas Gerais. “We started our coffee harvest in May! We take allpossible measures on the property so that ouremployees and their families are protected and wecan continue with our mission of producing food.Due to this unprecedented health crisis, coffeeproduced in a sustainable way and that generate apositive impact on society will have a value. We arepart of a changing world, in which we will neednew leaders with more empathy and solidarity. Iunderstand that the winning businesses will bethose with a collective impact,"she envisions."Since I started in coffee growing, I had theunderstanding that I should move towards helpingother women, collaborating so that they could havetheir prominent place in coffee growing, her storytold in the world. It was a cause that always mademe look for a more humanized coffee culture."She remembers the impacts of quarantine on smallbusinesses. "Cafeterias are going through a difficulttime, and we producers are beside them. It is ourtime for reciprocity with partners who tell ourstories around the world. ""We also believe a lot in coffee experience tourism,in which the consumer can experience theconstruction of our history. I was not born in thecoffee, but I came to tell my story in coffeegrowing. And full of hope, I start this new cycle!"

MarisaAreado, Minas Gerais

Page 63: o seu café que colhem As mãosiwcabrasil.com.br/anexoConteudo/anexo_45355.pdf · 2020. 6. 4. · O amor pelo café passeou pela família toda e chegou até o genro, o @felipebrazza.

Ana Regina, seu marido Suhail e sua mãe Sra. Clenairvivem no Sitio Iranita, no distrito de Purilândia, emPorciúncula, Noroeste Fluminense.Em 2005, o casal começou a investir na qualidade docafé, ajudando a dar novamente destaque para acafeicultura do Rio de Janeiro. O foco na qualidadevai desde a condução da lavoura até o café estartorrado, pronto para a venda..“Nós conversamos comos parceiros que trabalham com a gente e tambémcom o pessoal que está colhendo o café, sobre aimportância dos cuidados para combater ocoronavírus: uso da máscara, a distância entre outrostrabalhadores e principalmente não dividir copos eutensílios no momento das refeições”, conta AnaRegina.“Todos que estão trabalhando conosco moram aquimesmo no Distrito, o que facilita a questão dotransporte. Estamos confiantes de que tudo isso vaipassar logo e que em breve poderemos levar, aosnossos clientes, os cafés que já estamos colhendo.”Um dos diferenciais na produção do sítio Iranita é ocuidado na hora da colheita, realizada diariamentesobre pano e depois os grãos são lavados e separadosem camadas finas e revolvidos constantemente. Afamília tem parceria com trabalhadores locais,fortalecendo as relações humanas e estimulando amelhoria da qualidade de vida dessas famílias.

Ana ReginaPorciúncula, Rio de Janeiro

Page 64: o seu café que colhem As mãosiwcabrasil.com.br/anexoConteudo/anexo_45355.pdf · 2020. 6. 4. · O amor pelo café passeou pela família toda e chegou até o genro, o @felipebrazza.

Ana Regina, her husband Suhail and her mother Mrs.Clenair live in Sitio Iranita, in the district of Purilândia,in Porciúncula, Northwest Fluminense.In 2005, the couple began to invest in the quality ofcoffee, helping to give prominence to coffee growingin Rio de Janeiro. The focus on quality ranges fromdriving the crop until the coffee is roasted, ready forsale. “We talked with the partners who work with usand also with the people who are harvesting thecoffee, about the importance of care for fight thecoronavirus: use of the mask, the distance betweenother workers and especially not sharing glasses andutensils at mealtimes ”, says Ana Regina.“Everyone who works with us lives right here in theDistrict, which makes transportation easier. We areconfident that all of this will be over soon and that wewill soon be able to take the coffees, we are alreadyharvesting to our customers. ”One of the differentials in the production of theIranita site is the care at the time of harvest, carriedout daily on cloth and then the beans are washed andseparated in thin layers and constantly turned. Thefamily has partnerships with local workers,strengthening human relations and encouraging theimprovement of the quality of life of these families.

Ana ReginaPorciúncula, Rio de Janeiro

Page 65: o seu café que colhem As mãosiwcabrasil.com.br/anexoConteudo/anexo_45355.pdf · 2020. 6. 4. · O amor pelo café passeou pela família toda e chegou até o genro, o @felipebrazza.

Paula é a quarta geração da família no café. Ela éproprietária do Grandpa Joel’s Coffee, em Santa Ritado Sapucaí, na Mantiqueira de Minas.A quarentena mudou o cotidiano da família e daempresa. “Na roça protegemos nossos colonosevitando contato próximo. Na cafeteria enxugamos aoperação, deixamos nossos funcionários em casa eassumimos em família a linha de frente. Rapidamentenos adaptamos para o delivery e vendas online pelosite”, conta a Paula.“Nossa colheita começou oficialmente dia 4 de maio.Pedro, meu marido, está na roça e eu e o Nick (meufilho de 16 anos - barista desde os 14) ficamos nacafeteria. Ele faz as bebidas e eu os lanches. Odelivery até 600 metros de distância eu levo de bike eos mais distantes uma amiga entrega de carro ouchamamos motoboy. Assim que a operação voltar etivermos nossas funcionárias trabalhandonormalmente, eu sigo para ajudar na roça.”“O que me ajuda muito é ter site, loja virtual eaplicativos de entrega. Estar preparada para entregafoi fundamental. Já tínhamos a Coffee Bike paraeventos desde 2015, mas estávamos sempre deixandopra depois.Valorizamos cada família que fornece pra gente, pelomenos 90% do que vendemos na cafeteria e site é depequenas famílias de Santa Rita do Sapucaí. Essapandemia nos tirou da zona de conforto, tivemos quenos reinventar e dar um passo de cada vez.”

PaulaSanta Rita do Sapucaí, Minas Gerais

Page 66: o seu café que colhem As mãosiwcabrasil.com.br/anexoConteudo/anexo_45355.pdf · 2020. 6. 4. · O amor pelo café passeou pela família toda e chegou até o genro, o @felipebrazza.

Paula is the fourth generation of the family in thecoffee growing. She owns Grandpa Joel’s Coffee, inSanta Rita do Sapucaí, in Mantiqueira de Minas region.Quarantine changed the daily life of the family and thecompany. “In the fields, we protect our settlers by avoiding closecontact. In the coffee shop, we dried the operation,left our employees at home and took the front line as afamily. We quickly adapted to online delivery and salesthrough the website” says Paula.“Our harvest officially started on May 4th. Pedro, myhusband, is in the country side and Nick and I (my 16year old son - barista since he was 14) stayed in thecoffee shop. He makes the drinks and I make thesnacks. Deliveries up to 600 meters away I take a bikeand the more distant a friend delivers in car or we calla delivery man. As soon as the operation returns andwe have our employees working normally, I will go tohelp in the field. ”“What helps me a lot is having a website, online storeand delivery applications. Being prepared for deliverywas critical. We have had the Coffee Bike for eventssince 2015, but we were always postponing it.We value each family that supplies us, at least 90% ofwhat we sell in the coffee shop and website is for smallfamilies in Santa Rita do Sapucaí. This pandemic tookus out of the comfort zone, we had to reinventourselves and take it one step at a time. ”

PaulaSanta Rita do Sapucaí, Minas Gerais

Page 67: o seu café que colhem As mãosiwcabrasil.com.br/anexoConteudo/anexo_45355.pdf · 2020. 6. 4. · O amor pelo café passeou pela família toda e chegou até o genro, o @felipebrazza.

“Estamos vivendo uma realidade nova. Com certeza nãoretornaremos à normalidade que estávamos. Como minhaavó de 90 anos disse: ‘Nunca vivi isso na minha vida’", diz aClara, produtora de cafés orgânicos em Franca, região daAlta Mogiana. A família dela está na quarta geraçãocultivando café.Clara me conta que na cafeicultura vivencia-se a incerteza.“O café está sujeito a várias intempéries da natureza...variáveis incontroláveis pelo ser humano. Agora, temos uminimigo invisível que assola o mundo. Os agricultores sãoguerreiros, é preciso ter fibra no tronco, muito courogrosso, muita cera na cara.”Na propriedade da Clara, o curso de segurança é umarotina. “Em março e abril realizamos curso relacionado ao momentoda quarentena de coronavírus, para orientar econscientizar os colaboradores sobre a importância de usode EPI e a higienização para prevenção da doença.A colheita está começando timidamente aqui na FazendaMinamihara. Estamos atentos a todos os protocolos enormas ditados pela OMS. Sempre acompanhando todo oprocesso com muito cuidado para proteger oscolaboradores e a excelência dos nossos cafés.Eu sou filha de produtor de café, assim o café faz parte daminha vida. Cresci brincando no terreiro de café, comendomel de flor de café. Nesse momento eu e meu maridoGetulio tocamos a propriedade, cada dia enfrentando umdesafio. O meu filho Anderson também faz parte daequipe.”

ClaraFranca, São Paulo

Page 68: o seu café que colhem As mãosiwcabrasil.com.br/anexoConteudo/anexo_45355.pdf · 2020. 6. 4. · O amor pelo café passeou pela família toda e chegou até o genro, o @felipebrazza.

"We are living in a new reality. We will certainly notreturn to the normality we were in. As my 90-year-oldgrandmother said, ‘I’ve never experienced that in mylife” says Clara, an organic coffee producer in Franca,in the Alta Mogiana region. Her family is in the fourthgeneration growing coffee.Clara tells me that in coffee growing, uncertainty isexperienced.“Coffee is subject to various weather conditions innature... variables uncontrollable by humans. Now, wehave an invisible enemy that plagues the world.Farmers are warriors, you need fiber in the trunk, a lotof thick leather, a lot of wax on the face.”At Clara's property, the security course is routine. “InMarch and April we held a course related to the timeof the coronavirus quarantine, to guide and makeemployees aware of the importance of using PPE andhygiene to prevent the disease.The harvest is beginning timidly here at MinamiharaFarm. We are attentive to all protocols and standardsdictated by WHO. Always following the entire processwith great care to protect employees and theexcellence of our coffees.I am the daughter of a coffee producer, so coffee ispart of my life. I grew up playing on the coffeeterraces, eating honey from a coffee flower. At thatmoment, my husband Getulio and I touched theproperty, each day facing a challenge. My sonAnderson is also part of the team. ”

ClaraFranca, São Paulo

Page 69: o seu café que colhem As mãosiwcabrasil.com.br/anexoConteudo/anexo_45355.pdf · 2020. 6. 4. · O amor pelo café passeou pela família toda e chegou até o genro, o @felipebrazza.

Aline é a quarta geração de cafeicultores daFazenda dos Coqueiros, na cidade de Coqueiral,região Sul de Minas.“Tenho muito orgulho da história que meu bisavô,avô e paii construíram na cafeicultura, quero deixarmeu legado e contribuir para a continuidade dessabonita caminhada”, diz Aline.Seu objetivo é aprimorar o manejo hoje existente nocampo com novas técnicas e processos, garantindoassim maior sustentabilidade da propriedade equalidade dos grãos.“A cadeia do café está em constante evolução,desde os processos produtivos, de torra, até oshábitos de consumo. Nós mulheres temos um papelmuito importante nesse cenário, pois sendo menosresistentes às mudanças estamos mais dispostas aimplantar novas práticas da porteira pra dentro,bem como formas inovadoras de chegar até oconsumidor do nosso produto.”“A cafeicultura vem há alguns anos passando porproblemas, os preços de venda mal cobrem oscustos de produção, por esse motivo custo equalidade são palavras-chave na gestão de umapropriedade cafeeira..Para que nós cafeicultorespossamos ser mais bem remunerados sem dependerdas condições do mercado, precisamos terinformações detalhadas sobre nossos custos,sempre visando sua redução ao máximo, aliado compráticas que aumentem a qualidade do café queproduzimos.”

AlineCoqueiral, Minas Gerais

Page 70: o seu café que colhem As mãosiwcabrasil.com.br/anexoConteudo/anexo_45355.pdf · 2020. 6. 4. · O amor pelo café passeou pela família toda e chegou até o genro, o @felipebrazza.

Aline is the fourth generation of coffee growers atFazenda dos Coqueiros, in the city of Coqueiral, inthe southern region of Minas Gerais.“I am very proud of the story that my great-grandfather, grandfather and father built incoffee growing, I want to leave my legacy andcontribute to the continuity of this beautifuljourney”, says Aline.Her objective is to improve the management thatcurrently exists in the field with new techniquesand processes, thus ensuring greatersustainability of the property and quality of thegrains.“The coffee chain is constantly evolving, fromproductive processes, from roasting toconsumption habits. We women have a veryimportant role in this scenario, since being lessresistant to changes, we are more willing toimplement new practices from the gate inside, aswell as innovative ways of reaching the consumerof our product. ”“Coffee growing has been experiencing problemsfor a few years, selling prices barely coverproduction costs, so cost and quality are keywords in the management of a coffee farm. Sothat we coffee farmers can be better paid withoutdepending on market conditions, we need to havedetailed information about our costs, alwaysaiming to reduce them to the maximum, coupledwith practices that increase the quality of thecoffee we produce. ”

AlineCoqueiral, Minas Gerais

Page 71: o seu café que colhem As mãosiwcabrasil.com.br/anexoConteudo/anexo_45355.pdf · 2020. 6. 4. · O amor pelo café passeou pela família toda e chegou até o genro, o @felipebrazza.

Cristiene é cafeicultora e agrônoma. Ela trabalha coma família na produção de café especial na cidade deAraponga, região das Matas de Minas.“Nasci e cresci no meio da lavoura, junto dos meuspais. Devido a isso surgiu o amor pela cafeicultura.Para aprender mais sobre café especial me capaciteino curso de Classificação e Degustação de Caféoferecido pelo Senar e estagiei no Núcleo deQualidade de Café no IFSULDEMINAS emMachado/MG”, conta Cristiene..Nós nos conhecemosquando ela decidiu competir na Copa Hario V60 queaconteceu na Semana do Fazendeiro de Viçosa, em2019.“Além da paixão pela cafeicultura a nossa família émovida pelo amor, determinação e responsabilidadesustentável por cada etapa do cultivo do café atéchegar à xícara.O nosso pai se foi deixando o seu legado pra gentedar continuidade, o café! Então eu e minha irmã Katia(administradora) resolvemos voltar para propriedadepra ajudar meus irmãos e minha mãe na lavoura.Desde então, decidimos não só cuidar da produção,mas também levar nossa história para inspirar outraspessoas e começamos a beneficiar o café. Hojecomercializamos a maior parte do Café Pico do Bonétorrado.Estamos trabalhando com segurança para garantir anossa e a saúde de todos. Vivemos dias de lutas evitórias. A superação faz parte da nossa rotina, entãovamos superar essa crise juntos!.Nesse período detantas incertezas, é preciso cuidar (e muito!) da saúdemental. Encontro a paz e busco novas energiascuidando do nosso tesouro, o café!”.

CristieneAraponga, Minas Gerais

Page 72: o seu café que colhem As mãosiwcabrasil.com.br/anexoConteudo/anexo_45355.pdf · 2020. 6. 4. · O amor pelo café passeou pela família toda e chegou até o genro, o @felipebrazza.

Cristiene is a coffee grower and agronomist. She workswith her family in the production of specialty coffee in thecity of Araponga, in the Matas de Minas region. “I was born and grew up in the middle of the fields, withmy parents. Because of this the love for coffee grew. Tolearn more about specialty coffee, I trained in the CoffeeClassification and Tasting course offered by Senar and didan internship at the Coffee Quality Center atIFSULDEMINAS in Machado / MG ”, says Cristiene.We met when she decided to compete in the Hario V60Cup that happened at the Farmer's Week in Viçosa, in2019.“In addition to the passion for coffee growing, our family isdriven by love, determination and sustainableresponsibility for each stage of growing coffee until itreaches the cup. Our father left your legacy for us tocontinue, coffee! So my sister Katia (manager) and Idecided to go back to the property to help my brothersand my mother in the field. Since then, we decided notonly to take care of the production, but also to take ourstory to inspire other people and we started to benefitfrom coffee. Today we sell most of the roasted Pico doBoné Café. We are working safely to ensure ours andeveryone's health. We live days of struggles and victories.Overcoming is part of our routine, so let's overcome thiscrisis together! In this period of so many uncertainties, it isnecessary to take care (and a lot!) Of mental health. I findpeace and seek new energies taking care of our treasure,coffee! ”.

CristieneAraponga, Minas Gerais

Page 73: o seu café que colhem As mãosiwcabrasil.com.br/anexoConteudo/anexo_45355.pdf · 2020. 6. 4. · O amor pelo café passeou pela família toda e chegou até o genro, o @felipebrazza.

Lilian é pequena cafeicultora no Sul de Minas. Ela tambémé colunista do “Pausa para o cafezinho”, publicada no Blogdo Madeira.“Eu e meu marido Flávio adquirimos um pequeno sitio há 10anos atrás. O Sítio São José é localizado no município deIlicinea, uma excelente para a produção de cafésespeciais.Descobri e me encantei pelo universo dos especiais em2016. A partir daí fui me capacitando através de cursoscomo classificação e degustação no Centro de Comércio deCafé do Estado de Minas Gerais, entre outros cursos queme trouxeram uma visão também fora da porteira.Recentemente, fiz um curso do Senar que me deu um novodirecionamento para a produção. Foi o curso deSustentabilidade na Produção de Cafés”, diz Lilian, queadora contar histórias de produtores na sua coluna e foiintermediou vários contatos para esse projeto de posts.“Ano passado consegui acompanhar o inicio da nossacolheita, que é manual e tardia, começando sempre entreagosto e setembro. Ficamos muito felizes pelo avanço napontuação dos nossos microlotes de catucaí amarelo, edevo essa conquista também aos nossos queridos amigos evizinhos Márcia Amaral e Dinho Amaral. Eles são comoparte da nossa família e cuidam com muito carinho donosso sítio e produção, já que atualmente moramos em SãoPaulo.Programamos ir para a roça, mas tivemos que alterar todaa nossa programação com a pandemia. O importante agoraé proteger nossos amigos e familiares, e à distância vamosnos comunicamos praticamente todos os dias..São muitos osdesafios e aprendizados que ainda tenho pela frente,especialmente dentro da porteira. É momento de traçarnovas estratégias e unir forças com todos os elos da cadeiado café. Essa pandemia nos deixará grandes lições de vidae nos traz a oportunidade de expandir a nossa mente,renovar a nossa esperança e fé, e praticar a solidariedadee empatia..Desejo a todas as cafeicultoras uma boacolheita! Juntas somos mais fortes!”

LilianSul de Minas, Minas Gerais

Page 74: o seu café que colhem As mãosiwcabrasil.com.br/anexoConteudo/anexo_45355.pdf · 2020. 6. 4. · O amor pelo café passeou pela família toda e chegou até o genro, o @felipebrazza.

Lilian is a small coffee grower in the south of Minas. Sheis also a columnist for “Pausa para o cafezinho”,published on Blog do Madeira.“My husband Flávio and I acquired a small farm 10 yearsago. Sítio São José is located in the municipality ofIlicinea, an excellent place for producing specialtycoffees.I discovered and was enchanted by the universe ofspecialty in 2016. From then on I was trained throughcourses such as classification and tasting at the CoffeeTrade Center of the State of Minas Gerais, among othercourses that brought me a vision also outside the farm'sgate. Recently, I took a course at Senar that gave me anew direction for production. It was the Sustainability inCoffee Production course” says Lilian, who loves to tellstories of producers in her column and was theintermediary of several contacts for this post project.“Last year I was able to follow the start of our harvest,which is manual and late, always starting betweenAugust and September. We were very happy with theprogress in the scoring of our yellow Catucaí microlots,and I owe this achievement to our dear friends andneighbors Márcia Amaral and Dinho Amaral. They arepart of our family and take great care of our farm andproduction, as we currently live in São Paulo.We planned to go to the farm, but we had to change ourentire schedule with the pandemic. The important thingnow is to protect our friends and family, and from adistance we will communicate practically every day.There are many challenges and learnings that I still haveahead, especially within the farm's gate. It is time todevise new strategies and join forces with all the links inthe coffee chain. This pandemic will leave us with greatlife lessons and gives us the opportunity to expand ourmind, renew our hope and faith, and practice solidarityand empathy. I wish all coffee farmers a good harvest!Together we are stronger! ”

LilianSul de Minas, Minas Gerais

Page 75: o seu café que colhem As mãosiwcabrasil.com.br/anexoConteudo/anexo_45355.pdf · 2020. 6. 4. · O amor pelo café passeou pela família toda e chegou até o genro, o @felipebrazza.

Miriam é cafeicultora orgânica na Fazenda Cachoeira, quefica em Santo Antônio do Amparo, Região Campo dasVertentes.“Nasci já no café, pois sempre foi a atividade principal dafamília. A piscina era o tanque de lavar os cafés. Lembrodo tempo que o café chegava em carro de boi vindo dalavoura, os grãos vermelhos sendo derramados no tanquepara serem despolpados”, ela relembra."Comecei a trabalhar de fato na fazenda como sociólogana década de 80, no Projeto Santa Elisa: educação, saúde,produção para geração de renda alternativa, dinâmicacultural. Atividades voltadas para os "colonos", na época,moradores da fazenda.Mudei recentemente para a fazenda, logo no início de2020, após morar 4 anos em BH. Agradeço diariamenteestar em quarentena na fazenda e não em um apartamentona cidade.Estamos em família, três gerações: meus pais, com mais de90, meu marido e eu e nossas três filhas. Tem sido umprivilégio o convívio, a partilha e as reflexões sobre estetempo completamente inesperado, louco, inusitado que trazaprendizado e nos coloca em uma situação de completosuspense.Acabamos de começar a colheita. Uma alegria por um lado,pois a maturação está super homogênea os frutos estãoexuberantes... por outro uma responsabilidade enorme deproteger as pessoas , criar procedimentos internos eauditar, registrar...Também inevitável dizer de como dói o coração pensar emtantas mortes e no sofrimento das pessoas que estão nascidades em sua maioria em situação de extremaprecariedade. Além da pandemia global temos quesobreviver à pandemia política do governo atual.A arte, como diz Gregorio Duvivier tem nos ajudado aatravessar a pandemia com leveza... Barbara e Thiago têmimprimido pulsão de vida às paredes mortas... aos cantosesquecidos da Fazenda..."

MiriamSanto Antônio do Amparo, Minas Gerais

Page 76: o seu café que colhem As mãosiwcabrasil.com.br/anexoConteudo/anexo_45355.pdf · 2020. 6. 4. · O amor pelo café passeou pela família toda e chegou até o genro, o @felipebrazza.

Miriam is an organic coffee grower at Fazenda Cachoeira,located in Santo Antônio do Amparo, in the Campo dasVertentes region.“I was born in the coffee, as it has always been the mainactivity of the family. The pool was the tank for washingthe coffees. I remember the time the coffee arrived in anox cart coming from the fields, the red beans being spilledinto the tank to be pulped ”, she recalls."I actually started working on the farm as a sociologist inthe 1980s, at the Santa Elisa Project: education, health,production for the generation of alternative income,cultural dynamics. Activities aimed at the" settlers ", at thetime, residents of the farm.I recently moved to the farm, in early 2020, after living 4years in BH. I appreciate daily being quarantined on thefarm and not in an apartment in the city.We are family, three generations: my parents, over 90, myhusband and I and our three daughters. It has been aprivilege to socialize, share and reflect on this completelyunexpected, crazy, unusual time that brings learning andputs us in a situation of complete suspense.We just started the harvest. A joy on the one hand,because the ripening is super homogeneous, the fruits areexuberant... on the other hand, a huge responsibility toprotect people, create internal procedures and audit,record...It is also inevitable to say how it hurts the heart to thinkabout so many deaths and the suffering of the people whoare in the cities, in their majority, in extremely precarioussituations. In addition to the global pandemic, we have tosurvive the political pandemic of the current government.Art, as Gregorio Duvivier says, has helped us to go throughthe pandemic lightly... Barbara and Thiago have given life apulse to the dead walls... to the forgotten corners of theFarm... "

MiriamSanto Antônio do Amparo, Minas Gerais

Page 77: o seu café que colhem As mãosiwcabrasil.com.br/anexoConteudo/anexo_45355.pdf · 2020. 6. 4. · O amor pelo café passeou pela família toda e chegou até o genro, o @felipebrazza.
Page 78: o seu café que colhem As mãosiwcabrasil.com.br/anexoConteudo/anexo_45355.pdf · 2020. 6. 4. · O amor pelo café passeou pela família toda e chegou até o genro, o @felipebrazza.

@ h e l g a d e a n d r a d e@ i w c a b r a s i l