UNIVERSIDADE DO SAGRADO CORAO

SISTEMA ENDCRINO: Glndulas e Hormnios

BAURU 2010

UNIVERSIDADE DO SAGRADO CORAO

DANILO DE PAIVA NEGRAO

SISTEMA ENDCRINO: Glndulas e Hormnios

Trabalho apresentado a disciplina de Anatomia e Fisiologia Aplicada a Psicologia da universidade do sagrado corao USC/Bauru, sob a orientao da Prof. Geraldo.

BAURU 2010

1. INTRODUO AO SISTEMA ENDOCRINO O sistema endcrino tem como funo coordenar e regular as diversas funes do organismo (CORTEZ, et. al. 2008 p.111) como, por exemplo, a reproduo, o metabolismo orgnico e o balano energtico, de modo que a distribuio de nutrientes e outros elementos ocorram em quantidades suficientes s necessidades dos diversos rgos e tecidos; essa coordenao mediada pelos hormnios, uma importante classe de mensageiros qumicos. O sistema endcrino comporta um conjunto de rgos que atuam secretando hormnios, esses rgos recebem o nome de glndulas endcrinas. Os hormnios sintetizados so secretados no sangue, que serve como veculo para a sua distribuio. Entretanto, esse termo vem adquirindo um significado mais amplo, sendo utilizado para designar qualquer molcula sinalizadora capaz de gerar respostas em determinada clula. Assim sendo, os hormnios que atingem as clulas-alvo por meio da corrente sangunea so chamados de hormnios endcrinos. Os que destinam-se s clulas vizinhas recebem o nome de hormnios parcrinos (exemplo: hormnios gastrointestinais), e aqueles que agem sobre a prpria clula secretora so hormnios autcrinos. Existem hormnios cuja funo de regulao, por isso so chamados de reguladores; outros so relativamente inativos em suas formas de liberao, tendo que passar por algum processo de alterao molecular para serem ativados e exercerem sua funo (CORTEZ, et. al. 2008 p.111). Em alguns casos, a metabolizao dos hormnios pode produzir molculas mais ativas, como ocorre com a testosterona transformada em diidrotestosterona, que a forma ativa, que deflagra a resposta global nessas clulas (CORTEZ, et. al. 2008 p.111).

GLNDULAS ENDOCRINAS Como mencionado, as glndulas endcrinas so responsveis pela secreo de hormnios dentro do corpo, os principais rgos que constituem esse sistema so: Hipfise, Pineal, Tireoide, Timo, Paratireoide, Suprarrenais, Glndulas renais, Pncreas, Ovrios (nas mulheres), Testculos (nos homens), Glndulas do trato gastrointestinal.

NATUREZA QUMICA DOS HORMNIOS Quanto a natureza qumica encontramos em trs modalidades: peptdios, derivados de aminocidos (tambm chamados de fenlicos) ou esteroides. Os hormnios peptdicos apresentam de 3 a 2.000 resduos de aminocidos, podendo ser pequenas protenas, polipeptdios ou aminas polipeptdicas. A maioria dos hormnios endcrinos pertence a essa natureza. Os hormnios esteroides tm como estrutura qumica bsica a molcula do colesterol,...que um esteroide tpico, sendo exemplos desse tipo de hormnio os produzidos pelo crtex suprarrenal e os hormnios sexuais. Os hormnios derivados de aminocidos ou fenlicos so sintetizados a partir da tirosina e a essa classe pertencem os hormnios catecolaminrgicos e os hormnios tireoidianos (CORTEZ, et. al. 2008 p.113). A tabela abaixo foi reproduzida do livro de Clia Cortez, Fisiologia Aplicada Psicologia (2008), da editora Guanabara Koogan*: Hormnio (abreviatura) Hormnios peptdicos Corticotrofina (ACTH) Tireotrofina (TSH) Folculo-estimulante (FSH) Luteinizante (LH) Crescimento (GH) Prolactina Melanotrofina (MSH) Vasopressina (ADH) Oxitosina Fator Tireotrpico (TRF) Adeno-hipfise Adeno-hipfise Adeno-hipfise Adeno-hipfise Neuro-hipfise Neuro-hipfise Hipotlamo Glicoprotena Protena Protena Polipeptdio Nonapeptdio Nonapeptdio Polipeptdio Polipeptdio Adeno-hipfise Adeno-hipfise Adeno-hipfise Polipeptdio Glicoprotena Glicoprotena Glndula Grupo Qumico

Fator Gonadotrfico (LH- Hipotlamo RF) Gonadotrofina corinica Placenta

Glicoprotena

(HCG) Glucagon Insulina Paratormnio (PTH) Pncreas Pncreas Paratireoides Polipeptdio Protena Protena

Hormnios derivados de aminocidos ou fenlicos Tiroxina (T4) Triiodotironina (T3) Adrenalina Noradrenalina Melatonina Hormnios esteroides Cortisol Corticosterona Aldosterona Progesterona Estradiol Testosterona Crtex da suprarrenal Crtex da suprarrenal Crtex da suprarrenal Ovrio e Placenta Ovrio e Placenta Testculo Tireoide Tireoide Medula da suprarrenal Medula da suprarrenal

*(CORTEZ, et. al. 2008 p.113) MECANISMOS DE AO HORMONAL Ao serem liberados no plasma sanguneo, os hormnios so conduzidos at seu rgo-alvo. Existem dois mecanismos gerais de ao dos hormnios: por ativao do sistema do AMP cclico da clula-alvo, ou por ativao dos genes. O sistema do AMP cclico corresponde a molcula citoplasmtica que inicia a ativao enzimtica indutora das respostas celulares (CORTEZ, et. al. 2008 p.114). A ao por ativao dos genes promove a sntese enzimtica, que ir desencadear as respostas celulares especficas.

A ativao desses mecanismos depende da interao do hormnio com seu receptor, que uma molcula presente na clula-alvo. Esta molcula altamente seletiva ao hormnio que se liga. Assim que o objetivo dos hormnios alcanado necessrio que se d a extino do sinal desencadeador das reaes ao hormnio. Ao nvel sinptico, enzimas responsveis pela inibio dos neurotransmissores so ativadas, e o sinal sinptico cessado. O hormnio ento inativado pela metabolizao ou excretado.

IMPORTNCIA DO ESTUDO PSICOLOGIA Uma ltima ressalva faz-se necessria. A fisiologia do Sistema Endcrino mostra-se de grande importncia ao entendimento dos sintomas patolgicos e relativos ao Sistema Nervoso Autnomo. Importante ressaltar que a necessidade em se conhecer tais processos surge da prtica do prprio psiclogo, que se v intrigado em identificar se os fatores decorrem de sintomas somticos ou psicolgicos assim, relativo a cada patologia, o profissional preparado poder encaminhar o paciente; um diagnstico descuidado e despreparado pode levar a tratamentos equivocados, perda de tempo, e descredibilidade do profissional.

2. REFERNCIA CORTEZ, C. M., et. al. Fisiologia Aplicada Psicologia. Rio de Janeiro: Ganabara Koogan, 2008.