O Surrealismo

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No dia 12 de Novembro tivemos o prazer de conhecer o Centro de Arte Moderna da Fundação Gulbenkian em Lisboa, onde se foi possível ver várias formas de arte (como uma instalação) e vanguardas artísticas, como o expressionismo,

abstraccionismo, surrealismo, entre outros. Foi na segunda parte desta visita com a guia Hilda Frias que se observou o surrealismo, vanguarda que vou retratar.

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Surrealismo?Devido ao dadaismo que se tornou extremo,

torna-se necessário uma reorientação da pintura. Esta surgiu pela mão de

André Breton, ex-dadaísta , que, além de poeta era médico e pertencia à geração à qual foram revelados os mistérios do

inconsciente. Depois de algumas experiências iniciais Breton publica o

Manifesto Do Surrealismo

Este manifesto marca o nascimento oficial da nova vanguarda artística. Este

movimento mergulhava, sob a influência de Freud e da psicanálise, nas profundezas do inconsciente e reduzia

todas as expressões artísticas a meio de explorar o psiquismo dos seus autores. Assim reside o carácter revolucionário

do Surrealismo cujas obras devem realizar-se sem intervenção do

pensamento racional, na ausência de todo o controlo da razão e de toda a

preocupação moral ou estética.

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Identificá-lo, como?Pode ser-se surrealista com traço rigoroso e seguro da pintura académica, com uma

expressão abstracta, com desenhos, colagens ou assemblages. Cada um exprime-se à sua própria vontade, cada um encontra a sua via pessoal de acesso ao inconsciente.

Por esta razão, a extrema diversidade ou mesmo disparidade de estilo dos surrealistas não tem equivalente em nenhuma outra corrente anterior ou contemporânea. Assim

os surrealistas…

Libertaram a figuração da sujeição ao modelo, distorcendo as formas e

utilizando arbitrariamente as cores, sem atender à sua fidelidade ao mundo real.

Existe uma substituição tridimensional pela bidimensionalidade das figuras.

Adoptaram novos objectos temáticos de índole abstracta ou projectados pelo

inconsciente humano.

Introduziram um conjunto vasto de outros materiais artísticos,

aumentando significativamente o potencial plástico e expressivo da

pintura.

alargaram o universo da pintura ao introduzirem aspectos que desde

sempre lhes tinham sido alheios, como o movimento e tempo esboçados pelo

cubismo e desenvolvidos pelo futurismo.

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O surrealismo que, como movimento, se mostrou tão activista como o dadaísmo, colheu a adesão internacional e prolongou-se no tempo e considerando que com esta vanguarda

se encerra o período fecundo das primeiras vanguardas que revolucionaram a arte europeia.

« La Condition Humaine », René Magritte1935

“Butterfly Apple” Vladimir Kush

“Still life with Mandolin”.Vladimir Kush

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O escolhidoEste quadro representado no CAM foi o meu

escolhido.

Este é um quadro que liberta a figuração da sujeição ao modelo, distorcendo as formas e

utilizando arbitrariamente as cores, sem atender à sua fidelidade ao mundo real,

esbate os volumes e a profundidade adoptando novos objectos temáticos de

índole abstracta ou projectados pelo inconsciente humano. Apesar de cada parte

ter sido feita separadamente, têm a sua ligação.

Esta obra surrealista é uma constituição elaborada por cinco artistas, Fernando Azevedo, António Domingues, António

Pedro, Marcelino Vespeira e João Moniz Pereira.

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Fernando AzevedoPintor e crítico de arte português, JoséFernando Neves de Azevedo, nascido em1923, em Vila Nova de Gaia, foi cofundador do Grupo Surrealista de Lisboa.Formou-se na Escola de ArtesDecorativas de António Arroio, emLisboa, expondo pela primeira vez em1943. Começou por pintar dentro dasorientações do Surrealismo, evoluindoprogressivamente para oAbstraccionismo. Foi distinguido com vários prémios. Em1952, participou com Vespeira eFernando Lemos na famosa exposição daCasa Jalco. Na sua obra desses anos temparticular significado a prática da«ocultação», técnica iniciada emPortugal por Alexandre O'Neill queconsiste no encobrimento parcial de magens pré-existentes com tinta daChina e guache, criando assim diferentes

imagens e sentidos poéticos.

Foi igualmente decorador e realizou cenários para peças de teatro e de bailado,

nomeadamente para o Ballet Gulbenkian. Foi um dos artistas convidados a realizar

novas pinturas para A Brasileira do Chiado.

Foi director gráfico da revista «Colóquio/Artes» e assistente da direcção

e depois director do Serviço de Belas Artes da Fundação Gulbenkian, sendo desde 1979 presidente da Sociedade

Nacional de Belas Artes, teve actividade na área da publicidade, como «designer» gráfico, e na crítica de arte, nas revistas

«Mundo Literário» e «Horizonte», iniciando a sua própria revista.

Nos últimos anos esteve presente com colagens em numerosas mostras

colectivas, mantendo uma intensa actividade de montagem de exposições e de publicação de textos de apresentação de outros artistas plásticos. Faleceu em

2002. “Técnica da ocultação”

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António Domingues

Pintor Português, e um dos fundadores do movimento surrealista de Portugal. Na sua

juventude estudou à noite, enquanto de dia negociava em ferro e era maquetista numa

litografia.Em 1946 alistou-se no Partido Comunista

Português, então na clandestinidade. Dedicou-se, então, em paralelo à política e à pintura, tendo

começado por participar na Bienal de Artes Plásticas.

Foi um dos fundadores do Grupo Surrealista de Lisboa, juntamente com outros artistas.

Para além de exposições em Portugal, muitas das suas obras estiveram diversas vezes presentes em

Espanha, na União Soviética e na República Democrática Alemã.

Por altura da sua morte, já tinha obras suas espalhadas por colecções em todo o mundo.

Morreu a 14 de Agosto de 2004, com 84 anos.

“Antonio Domingues”

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António Pedro

Nasceu a 9 de setembro de 1909 em Cabo Verde.Frequentou as Faculdades de Direito e de Letras de

Lisboa e o Instituto de Arte e Arqueologia da Sorbonne, em Paris. Foi um dos principais

responsáveis pelo movimento de ruptura artística que se verificou em Portugal nos anos 1930 e

1940 e, paralelamente, pela introdução de novas correntes, principalmente a surrealista, em

conjunto com António Dacosta.

Na década de 1950 "exilou-se" no Minho, dedicando-se à cerâmica e ao teatro, entre 1953 e 1961, foi

director, figurinista e encenador do Teatro Experimental do Porto. A António Pedro se deve

também a organização da primeira galeria de arte moderna em Portugal. Sua produção

estendeu-se ainda às áreas de ensaio, crítica de arte e poesia, tendo sido igualmente cronista da

BBC em 1944 e 1945. Faleceu a 1966, no Minho.

“Rapto na Paisagem Povoada” (1947)

“Intervenção Romântica”, 1940

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Marcelino VespeiraMarcelino Vespeira nasceu em Alcochete, a 9 de

Setembro de 1925. Foi um dos grandes pintores portugueses do século XX. Fez o curso da Escola

de Artes Decorativas António Arroio e frequentou o 1.º ano de

Arquitectura da escola de Belas Artes de Lisboa, após o que começou a trabalhar em artes gráficas desenhando cartazes, logótipos e

montras. Encetou uma breve ligação ao neo-realismo, da qual

é testemunho o quadro Apertado pela Fome (1945) com o qual participou na I Exposição

Geral de Artes Plásticas da Sociedade Nacional de Belas Artes. Aderiu, em 1947, ao surrealismo,

permanecendo-lhe fiel até ao fim da vida. Na década de 50 praticou o abstraccionismo geométrico, tendo participado no 1.º Salão de

Arte Abstracta, uma experiência pouco positiva, uma vez que muitas das obras desta fase foram

destruídas pelo próprio pintor. Faleceu em Lisboa a 21 de Fevereiro de 2002.

“Heteroformal”

Vespeira

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João Moniz PereiraPintor português nascido em 1920, em Lisboa. Estudou na Escola

de Artes Decorativas António Arroio, onde conheceu artistas como Cruzeiro Seixas, Fernando de Azevedo, Mário Cesariny

e Vespeira, futuros participantes no neo-realismo e surrealismo. Em 1946 e 1947, Moniz Pereira apresentou, nas Exposições Gerais de Artes Plásticas da SNBA, desenhos e um óleo de intenção neo-realista, intitulado Cansaço (1946), que representa a fome e o desespero dos pobres denunciando a

injustiça social. Depois de uma viagem a Paris onde estuda este movimento,

regressa a Lisboa e cria um grupo surrealista, juntamente com outros artistas como António Pedro, Fernando de

Azevedo, Vespeira, José-Augusto França, Alexandre O'Neill e António Domingues. A sua obra vai oscilando sempre entre o

surrealismo e o neo-realismo até 1949, altura em que apresentou, numa exposição colectiva, dois quadros já de

pendor abstracto-lírico. As figuras humanas surgem despedaçadas ou em metamorfose

angustiada mas num ambiente criado pela representação de horizontes longínquos e objectos desconhecidos. Nas duas décadas seguintes, Moniz Pereira afasta-se das exposições

dedicando-se inteiramente à cenografia.“Emigrantes” (1948)

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Cadavre exquisPor ser a primeira experiência colectiva do processo de Cadavre

Exquis (o quadro escolhido por mim) foi -lhe atribuído o nome de “Cadavre Exquis”.

Técnica adoptada por artistas surrealistas para provocar a livre

associação de imagens fora do contexto habitual. Trata-se de um jogo gráfico sobre papel dobrado. Consiste na realização de

um desenho colectivo, sem que nenhum dos intervenientes saiba o que fizeram os outros, aproveitando apenas os traços de

ligação (pistas) deixados sobre as dobras do papel. Ao desdobrar, verifica-se, com surpresa, a relação inesperada entre

as figuras desenhadas.

Pelo seu carácter insólito, humorístico ou até provocatório, esta técnica proporciona resultados mais surpreendentes se o

desenho for intencionalmente figurativo. Sugere-se que os trabalhos sejam pintados pelo grupo, numa 2ª etapa, já depois de observado o conjunto das ligações gráficas, cujo resultado foi imprevisível. A cor funcionará como elemento de ligação,

tornando o desenho mais nítido.

“Qatar National Bank's Cadavre Exquis” Chris Buzelli

“Sem título”, André Breton , Greta Knutson , Tristan Tzara, Valentine Hugo.

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René Magritte René François Ghislain Magritte Magritte nasceu em

Lessines, Bélgica, no dia 21 de Novembro de 1898 foi um dos principais artistas surrealistas

Em 1916, ingressou na Académie Royale des Beaux-Arts, em Bruxelas, onde estudou por dois anos. Trabalhou em

uma fábrica de papel de Parede, e foi designer de cartazes e anúncios até 1926, quando um contrato com a Galerie la Centaure, na capital belga fez da pintura sua

principal actividade. Nesse mesmo ano, Magritte produziu sua primeira pintura surrealista, Le jockey

perdu, tendo sua primeira exposição apresentada no ano seguinte.

René Magritte praticava o surrealismo realista, ou “realismo mágico”. Começou imitando a vanguarda, mas precisava

realmente de uma linguagem mais poética e viu-se influenciado pela pintura metafísica de Giorgio de

Chirico.Seu trabalho foi exposto em 1936 na cidade de Nova York,

Estados Unidos, e em mais duas exposições retrospectivas nessa mesma cidade, uma no Museu de

Arte Moderna, em 1965, e outra no Metropolitan Museum of Art, em 1992.

Magritte morreu de câncer e foi enterrado no Cemitério Schaarbeek, em Bruxelas.

"La prêtre Marie" (A sacerdotisa Maria)

“Mysteries of the horizon”