"O tempo mais feliz de minha vida, em que eu tinha fé - os erros, os desentendimentos, o abrigo, a...

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"O tempo mais feliz de minha vida, em que eu tinha fé - os erros, os desentendimentos, o abrigo, a aventura, tudo aquilo que se foi, quando havia um ideal para se empunhar uma bandeira... É a vida que flui, a arte que permanece, e entre o que passa e o que fica, os homens traçam a sua grandeza e a sua dignidade. Falar desses personagens é evocar, nessa paisagem, num tempo intensamente vivido, as esperanças, a bondade, o amor, o esforço generoso que nunca buscou recompensa.

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"O tempo mais feliz de minha vida, em que eu tinha fé - os erros, os desentendimentos, o abrigo, a aventura, tudo aquilo que se foi, quando havia um ideal para se empunhar uma bandeira... É a vida que flui, a arte que permanece, e entre o que passa e o que fica, os homens traçam a sua grandeza e a sua dignidade. Falar desses personagens é evocar, nessa paisagem, num tempo intensamente vivido, as esperanças, a bondade, o amor, o esforço generoso que nunca buscou recompensa.

São coisas pelas quais ainda valem a pena ter vivido".

(Patrícia Galvão, A Tribuna, 06/11/1954)

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“ “ A peça de Pagu foi interpretada por ela até a última A peça de Pagu foi interpretada por ela até a última gota, com uma entrega total ao papel. A atriz integrou-se gota, com uma entrega total ao papel. A atriz integrou-se ao personagem e, simplesmente, viveu-o . Dia a dia, noite ao personagem e, simplesmente, viveu-o . Dia a dia, noite a noite. Deu porrada, levou porrada. Soube rir de si a noite. Deu porrada, levou porrada. Soube rir de si mesma e do ridículo dos outros. No palco de hoje, não mesma e do ridículo dos outros. No palco de hoje, não sabe bem o que fazer com a fantasia de lenda que lhe sabe bem o que fazer com a fantasia de lenda que lhe querem vestir. Ela sempre olhou com aquele terrível querem vestir. Ela sempre olhou com aquele terrível sorriso de lado os que acreditavam que eram lendas. Mas sorriso de lado os que acreditavam que eram lendas. Mas adoraria ser o símbolo de que adoraria ser o símbolo de que nem toda brasileira é nem toda brasileira é bundabunda.”.”

Trecho extraído do Prefácio do Trecho extraído do Prefácio do Caderno de Croquis de Caderno de Croquis de Pagu e Outros Momentos Felizes que foram Devorados Pagu e Outros Momentos Felizes que foram Devorados ReunidosReunidos, escrito por Geraldo Galvão Ferraz, filho de escrito por Geraldo Galvão Ferraz, filho de Pagu. Pagu.

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“Quero ir bem alto...bem alto...numa sensação de saborosa superioridade

é que do outro lado do murotem uma coisa que eu quero espiar...”

(Trecho do Álbum de Pagu, 1929)

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“Podem aprisionar meu corpo,Jamais terão minha alma”.

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Música: Pagu – Rita Lee e Zélia DuncanInterprete: Maria Rita Mariano

Fotos e textos extraídos do Livro: Caderno de Croquis de Pagu e Outros Momentos Felizes que foram Devorados Reunidos. Organizadora: Lúcia Maria Teixeira Furlani Editoras UNISANTA e Cortez, 2004.

EXPOSIÇÃO MIS - Desenhos de Pagu - Patrícia Galvão. De terça a sexta, das 14 às 22 horas; sábado e domingo, das 11 às 20 horas. MIS. Avenida Europa, 158, tel. 3062-9197. Até 30/5.

byLoir@®[email protected]