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PREÇOS, No Rio $500 Nos Estados.... $600 O TICO-TICO ANN0 XXIV RIO DF .lANEIRO. 22 DE MAIO DE 1929 UM DESASTRE NUM 1.233 í"""!-*****-,»^,, ^U (*.fegunda-feira passada Lamparina -entro de um r_^« m..;.„ („„,*« de um poço muito fundo. Jujuba, afflictissimo, foi chamar Carra- picho para soccorrel-a e,... .. .com o auxüio de uma corda e uma esca* da tentaram salvar a pobre pretinha. -' -I ¦—, , I.Læ¦ ¦ ¦—¦¦...II_. Jf'] n^° tinh' entretant0* chorava e dizia qus !K en»s ¦0r<;as para segurar a corda. Juju* ^-Aprop,,..^ .. .pendurar na extremidade de um pão que havia perto do poço uma penca de bananas. * descel-a ate chegar perto da negrinha. Foi um santo remédio! Quando o páo voltou lamparina veio feriada com unhas © dentes á penca de bananas.

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PREÇOS,

No Rio $500Nos Estados.... $600O TICO-TICO

ANN0 XXIV RIO DF .lANEIRO. 22 DE MAIO DE 1929

UM DESASTRENUM 1.233

í"""!-*****-,»^,,

^U (*.fegunda-feira passada Lamparina-entro de um r_^« m..;.„ („„,*«de um poço muito fundo.Jujuba, afflictissimo, foi chamar Carra-

picho para soccorrel-a e,..... .com o auxüio de uma corda e uma esca*da tentaram salvar a pobre pretinha.

-' -I ¦— , , I.L ¦ ¦ ¦—¦¦ ... II _.Jf']n^° tinh' entretant0* chorava e dizia qus

!K en»s ¦0r<;as para segurar a corda. Juju*^-Aprop,,..^.. .pendurar na extremidade de um pão quehavia perto do poço uma penca de bananas.* descel-a ate chegar perto da negrinha.

Foi um santo remédio! Quando o páovoltou lamparina veio feriada com unhas ©dentes á penca de bananas.

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O TICO-TICO -.2 — 22 — Maio — 1929

7 5ANGUE AI TONIFICA 03 1

MÚSCULOS, fORTALEceoa yl

A NfRVQS /

\Wi,._m:ii4jJ/M ÉEFElCAZWflfPOSOSyXsEXOS tTOORS ftStSaDEs/j

AlMílJjLLASUGGESTOESDAC. C. E. F. A.

Todo o brasileiro deve ser umbom mata-mosquito.

A febre amarellâ é transmittidapor um mosquito — o estegomia.,

Este mosquito existe em quasitodas as cidades do Brasil.

Elle se cria principalmente naságuas paradas dentro de casa ou noquintal.

Numa talha, num vaso com fio-res, numa lata, num caco de garrafa,por menor que seja a quantidaded'agua ahi contida, o mosquito podedeitar ovos.

Os ovos, para se desenvolvereme produzirem um mosquito com azas,levam cerca de oito dias.

Vigie, pois, uma vez por sema-na, as águas paradas na sua casa ouno seu quintal; mude a agua que fôrpossivel mudar, lave bem as vasilhas,deite kerozene nas águas quando nãofôr possivel mudal-as ou cobrir o re-cipiente, quebre e enterre ou mandepara o lixo toda a vasilha impresta-vel, toda a lata, todo caco de garrafa.Mantenha bem coberta "durante asemana inteira", qualquer vasilhaonde seja guardada a agua de beber.,

Seja previdente e humano: de-fenda a sua casa e ensine os visinhosa defenderem as suas.,

Ajude a tarefa da Saúde Publica.

[(Publicação grátis)'

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2? — Maio — 1929 0 TICO-TICO

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\s_Sfe ->;^ vil)p,

nossa Lasanha faz de ura,simples caldo, uma saborosasopa—Teca ao seu armazém:

MASSAS ALIMENTÍCIAS

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l gandado^^,

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O TICO-TICO 22 — Maio — 1920

*mFdra as vossas roupas bran- ) "^V

L*5* "^^i^"'^5j5 *"í' ¦

Xcai, vossos vestidinhos de in \ ¦ 4 *y W.*-k ) ¦ I ^r^â^awl ¦>0BHfl8

mvervo nada existe melhor do -^r^_>^z^E^y\ M [ 61 f,êjm\ A fl ^"™ \i úH^r*m9wq>ie a famosa flanela inglesa MSffy Lal\ \*********tJ*\*m***t**m******a****\***a****a*B***\ *7m"$M\

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MAPPIN STORES piçfSjil I HkShW^^P^W f/^tmMfCAÍXA 1391 — S. PAULO ^^ ^^ \W$§£m 11 fl

m/Ces ÜLPAE'à" VOSSOS FILHOSLICOR «CACAU*Vermifugo de Xavier é o

melhor lombriçueiro porquenão tem dieta, dispensa o

purgante, não con?tém óleo, é gostoso

e fortifica ascrianças.

Faz opellir os

vermes infntinaes•que tanta mortandade

produz nas creanças.

Talco gordurosoesterilizado

à

tABRICABQ RaiSOAUí ENBt PARA CRIANÇAS

As constipações da época e oALLIUM SATIVUM

O AHium Sativum da marca Coe-lho Barbosa «tá tão radicado como es-pecifico contra as grippes, resfriados e 'l/i-MT tlilí 1constipações, na consciência de todosque se tornou insubstituível nas boticaJcaseiras. Estamos na época dos resfriados, procurae adqui-rir um vidro e guardar. Rua dos Ourives n. 38. •— Riode Janeiro.

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O TICO -TICO:

~S l\v-v '/>M

(PROPRIEDADE DA SOCIEDADE ANONYMA "O MALHO")Itedactor-Chefe Carlos Manhâes — Dlroctor- Gerente: Antônio A. de Souza e Silva

Assignaturas — Brasil: 1 anno, 25$000; 6 mes «es, 18$000 — Estrangeiro: 1 anno, G0900O 6 mezes, S5S000] As assignaturas começam -sempre no dia 1 do mea em que forem tomadas e serão aoceltas annual ou •emestralment».^ODA A CORRESPONDÊNCIA, como toda a remessa de dinheiro, (que pôde «er feita por vale postal ou carta registradacom valor declarado), deve ser dirigida 4 Sociedade Anonyma O MALHO — Rua do Ouvidor. 161. Endereço telegrapjilco:I O MALHO — Rio. Telephones: Gerencia: Norte. 8402. Escriptorlo: Norte: 0818. Annuneloa: Norte, 0181. Officlnas: Villa 6247.

Succursal em Sao Paulo, dirigida pelo Dr, Plínio CavalcanU — Rua Senador FelJÓ n. 27, 8» andar. Salas 8» e 87.

LlCOQfà __*^^^^TB mr\ - __T_hii^ È

- *^ÊSn\W^fA L/OVO**-* \ \._____r~____r [.^BBB^*^^ »*^*

o s prodígios DAS FADASAteus netinhos:

A Hilda, uma graciosa nctinhaíutiito amiga dos livros, muito de-ÇiCada ao estudo, dizia hontem aonmaozinho

que as fadas, essas en-idades maravilhosas que povoam os

llr>dos contos da infância, não exis-em mais. Foram fazer companhia

ays príncipes encantados e ás bra--'as qlle habitavam as florestas dosPaizes da lenda e da illusão.

-uiutos meninos pensam como aAda; estão, mesmo, certos de que1 s iadas desapparecerani com todo

' poder das varinhas de condão,cll«e eram o seu sceptro. Mas nem

lilda nem esses meninos estão,cni informados. As fadas, tão

- ^ías de bondade, tão ciosas dal rotecçao ás pessoas, e aos animaes,¦luida existem e vocês, meus neti-

. 10s» as conhecem muito bem.penas, não sabem distinguil-as,

J01que ellas não se apresentam aos10s dps meninos com as roupa-ns de prata e de ouro com quevestiam no tempo da lenda. Têm

ormas differentes e os meni-• ]'r>r isso, não podem reconhe-

ovò vae mostrar alsrumas

fadas a vocês. Começa, como e na-tr.ral, pela rainha de todas, dona deprodígios e maravilhas, capaz detransformações e de milagres. E' afada Terra. Essa rainha, meus ne-tinhos, transforma a semente secca,mirrada, o grão ínfimo, no arbusto,na'planta, na arvore, que dá a florpara perfumar os.campos, o fruetopara o alimento, a lenha para aqííe-cer, a sombra para o descanso, acopa sombria para regaço dos i:i-nhos, a folhagem para flauta dosventos. E' ella que nos dá todo onecessário á vida e no seu vasto do-ír.inio agasalha outras fadas, todasconhecidas de vocês, como a que sechama Agita. Esta, meus netinhos,anda sempre cantando nos regatos

)

hoje fnoscsAas. \

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e nos rios, fertilizando as regiOeápor ende passa, formando os ma-res, onde se abriga a fauna niari*nha, sttrprehendente c maravilhosa;constituindo as chuvas, regadoresdo céo .que animam e vivi ficam asculturas, dando nascimentos ás ca-choeiras, geradoras da força accio-nadora das machinas, movendo osmoinhos que trituram o.s grãos paraalimento do ser humano.

Outras, muitas outras fadas exis-tem, mtus meninos, que vocês co-nhecem. A fada Luz, a fada Fogo,Sol, Yev.to, todas capazes de mara-viihas muito maiores do eme aquel-Ias narradas nos contos da infan-cia, que tanto impressionam a ima-ginação infantil. Vocês não as co-nhecem pelo nome de fadas nemvêem as varinhas de condão com asquaes operam os milagres que Vovôacima citou. E' que, meus netinhos,as fadas de que lhes falo são hu-mildes, bondosas, inimigas da os-tentação e se preoccupam única-mente1 com o Beiri c a Perfeição, fi-nalidades para as quaes o Creadorde todas as coutas dirige os desi-gni< >s d ) mundo.

VOVÔ.

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O TICO-TICO 22 Maio — 1929

?OTICOTICO

NASCIMENTOS

¦^ "§• No Recife, nasceu a 22 do mez passado a pequenaHerblannicy, segundo participação que gentilmente nosfizeram seus irmãosinhos Drauzio e Herman Paes Barreto.

<$• <3> Acha-se em. festa, desde 18 dc Abril ultimo, o lardo Sr. Victorino Ciuffo e de D. Maria Nida M. Citiífo, pormotivo do nascimento de seu filhinho Miguel Ângelo.

<$• <$> Acha-se enriquecido o lar do casal Octavio Ge-raldo Vieira com o nascimento de uma menina.

A N N I V E R S A R I O S

<S> •$> Eez 1 anno no dia 13 do corrente a grncrosa Albada Penha Aguiar, filhinha do Sr. Álvaro daCosta Aguiar e sua Exma. senhora.

^ •** No dia 14 completou seis annos apequena deusa Costa, estimada filha do Sr.Antônio Fernandes Costa e sua esposa.

<$• ^ Faz annos no dia 23 do corrente asenhorita Raymundinha Salles, que será muitofelicitada pelas suas amiguinhas.

<§> ^ A 24 festeja seu natalicio a pe-quena Elzinha Salles, intelligente filha do£)r. Tristão de Salles e sua senhora.

Suas amiguinhas, que são innumeras, irãocumprimental-a.

<& ? Enrico E. de Carvalho, nossointelligente leitor, fez annos no dia 12

Pp^C^B

do corrente.

EM LEILÃO

® ® Estão em leilão os seguintes rapazes da rua daEstrella: Quanto dão pela "pose" do Oswaldo? pela deüca-deza do Asdrubal? pelas conversas do Juberto? pelo acanha-mento do Carlos? pela graça do Adaim? pela sympathia doOlivio? pela bondade do redro? pelas creancices do Idimrpela elegância do Rinaldc? e pela simplicidade do Chico?

NO JARDIM.,» .

Q> "$• Querendo offérecer uma "corbeille" á nossa pro-fessora de franceí, senhorita Yvonne Carvalho, por occasiãode suas nupcias, escolhemos as seguintes flores no- 2° annodo Curso Geral Superior do Instituto La-Fayette: Zelia, umarosa; Creusa, uma margarida; Carmen, um cravo; LygiaRamos, um jasmin; Evcrílde, uma açucena; Juracy, umahortencia; Niva, um mal-me-quer; Branca, uma rosa prin-cipe negro; Dulce, um cravo branco; Déa, uma camelia;Marina, um crysanthemo; Judith, uma accacia; M. Appa-recida, uma rosa chá; Lygia Portella, uma papoula; Lucy,uma bem-me-quer; Aidyl, unia angélica: Diva, uma orchi-déa; Ruth, uma violeta; Ileloiza, uma tulipa; Noemia, uma

magnolia; Nedda, uma rosa vermelha; Aurelia, um ma-nacá; Ismenia, um lyrio; Dinah Rachel, um bouquet denoiva; Eloah, um copo de leite; Dora, uma saudade; MariaBraz da Cunha, uma dhalia; Marias das Dores, uma rosaamarella, e nós, por sermos as floristas.

*'^ Querendo offérecer uma "corbeille" á minha boae querida professora D. Okena, escolhi' as seguintes alu-mnas e alumnos do Collegio Grajahú: Olga, uma rosa;Isimiro, um cravo; Edmée, uma Saudade; Vitoldo, um jas-min; Joanna, uma camelia; Jorge, um lyrio; Yone, umaorchidêa; Maria de Lourdes, uma angélica; Fernando, umamor-perfeito, e eu o laço que se acha pendido das extre-midades da cesta. — Odette Lucas de Faria.

Por motivo do anniversario da pequena CreusaCosta, suas amiguinhas lhe offereceramuma linda "corbeille", já estando escolhidasas seguintes flores: Rosa, a gentil DéaParanhos; cravo, o elegante José Oiticica;angélica, a sympathjca Bellinha Salles; lyrio,o delicado Oscar Paranhos; dhalia, a esbeltaSelene Salles; copo de leite, o garboso AlipioPernet; verbena, a graciosa Ednora Ribeiro;crysanthemo, o amável Heitor Plaisant; vi-ctoria regia, a insinuante Raymundinha Sal-les; amor-perfeito, o encantador Ivan Ri-beiro; orchidêa, a mimosa Cecy Ribeiro;jasmin, o destemido Álvaro Costa; cravina,a modesta Ritinha Nunes; a cesta, a seduetora

Yara Ribeiro; o lindo laço roseo, o menino Petronio Vi-eirà; o cartãozinho com cs seguintes dizeres: Salve! 14 deMaio de 19291, representado pelo menino Fernandinho Sal-les. A portadora será Carmen.

^ 3> No chá dansante offerecido pela senhorita Ray-mundinha Sajles está preparada a seguinte mesa: Maria S.Gonies, e os doces, representados pelas seguintes pessoas:mãe-benta, Sçlene Salles; papo de anjo, Alipio Pernet; so-nhos, Déa Paranhos; baba de noiva, Vicencia Salles; bei-jos, Teimo Ribeiro; bomba, Bellinha Salles; suspiros, OscarParanhos; supplicas, Jair Bivar; esquecidos, Esther Costa;manjar branco, Túlio Ribeiro; especialidade, Ednora Ri-beiro; fios de ovos, Álvaro Costa; bolas de neve, AlinioSalles;_ "bonbons", Arnaldo Teixeira; o chá, Tote Saílcs ea copei rinha — Nemrac Atsoc.

NO C I N E M A , . :.: ,^ ® Foram contractados para um film os seguintes

meninos e meninas: Paulo, o Jackie Coogan; Deva, aBillie Dove; Joel, o Charles Farrel; Jacy, a Betty Com-pson; Walter, o John Barrymoore; Lenyra, Joan Crawford;Geraldo, o Tom Mix; Glorinha, a Lily Damita; Augusto,o Ricardo Cortez; Conceição, a Stelle Taylor; Darly, o Con-rad Nagel; Diva, a Janet Gaynor; Diony, o Ramon Novarro.

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22 — Maio — 1329 7 — o r 1 € O . T I c O

ÍÉ|1__ 1h'.V' v'V£^5_CL.>''--/£,rV'_f fi^___k 1. &&'-^^^&$€-' ' ¦ I \ !

O bebê mais queridoAquelle engraçado bebe, rochonchudo e rosado que

"até" fechava os olhinhos quando o deitavam, parecendoclormir, era agora o seu mais querido brinquedo.,

As outras bonecas estavam desprezadas. A loura hol-landezinha, a sizuda alsaciana e a própria morena bahià-ninha jaziam abandonadas no fundo escuro, das gavetas,sem um carinho, sem um olhar, ao menos.,

O lindo bebe rochonchudo e risonho é quem tinha to-das as graças da travessa Lili que era, por sua vez, umaverdadeira boneca também, falando, correndo, sorrindo...

Um dia lhe vieram dizer que ella tinha um irmão-zinho., -

Lili foi vel-o. Era rochonchudo e rosado como o seubebê, porém mais lindo.

Mesmo deitado abria os olhinhos quando despertavado seu somno de pássaro.

Sacudia as mãosinhas ccmo si estivesse dando adeusè já sorria para ella

O outro bebê rochonchudo e rosado que "apenas"

fechava os olhos quando o deitavam, foi fazer ccmpanhvaas outras bonecas no fundo escuro das gavetas e lá ficoutambém sem um carinho, sem um olhar ao menos. ...

M A U R I O MAIA

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(» TICO-TICO — 8 *— 22 Maio — 1Ü2IJ

. ' ii .,

(Continuação do Capitulo 36)

"Se estão pobres, é porque merecem. Lembrem-sedo provérbio:

"Quem o alheio veste na praça o despe",.deus fingidos!"

"Tenha compaixão de nós"."De nós", — disse o Gato."Adeus, não se esqueçam do provérbio: Trigo rou-

bado não faz bom pão". ."Não nos abandone!"'Não^ Não", — disse o Gato."Adeus, lembrem-se-do provérbio". Quem rouba o

paletot do vizinho, sempre morre sem camisaGeppetto e Pinocchio continuaram a andar até que

avistaram uma casinha de sapé."Aquella caso deve ser habitada por alguém, vamos

bater", —disse Pinocchio.Quem está ahi? — perguntou uma voz dc dentro da

casa."l;.' um pobre pae com seu tilho, sem pão e sem

lar", — disse o boneco.''Virem a chave e entrem" — disse a mes-

ma voz."Ao entrarem não viram ninguém e

Pinocchio muito surprelicndido per-gtintçu:

"Onde está o dono da casa?'Estou aqui em cima'.'.Tac c filho olharam para.-imã c viram, em uma viga,o Grillo Falante."Oh, meu querido Grillo! —disse Pinocchio, ctimprimcn-

tarid.Q-o respeitosa-.mente.

Agora me chamas dcquerido hein? Lem-bras-te quando me ba-teste com um qiartel-lo? "Você tinha razãoGrillo. Pegue n u inmartello .e me mate.mas poupe a meti p_e

'.

!%t

i llt vmvíaWíPwi

___L_y^^"^-¦ >, ¦ vi ^iài^XWmÂSlrol

'Pouparei a ambos, mas «.« queria li""^-"--^ comufoste mau"

¦—'"Sim, Grillo, você tem razão em me dizer tudoo que diz e eu sempre hei de me lembrar dos conselhos..Mas como construiu esta casa?

"Uma bella cabra azul m'a deu nontem'''Onde. foi a cabra? —- perguntou' Pinocchio cheio

de curiosidade"Não sei"."Quando voltará?"'Nunca mais; hontem partiu, balando, e parece-me

que a ouvi dizer:'"Pobre Pinocchio! Nunca mais o ve-rei. O Peixe-Cão o comeu!".

Falou assim? Então era ella. Era a linda Fada!" —¦murmurou Pinocchio desfazendo-se em pranto.

Depois de chorar muito tempo, enxugou as lagri-mas e preparou uma cama de palha para o seu pae, e emseguida perguntou ao Grillo:

"Onde poderei encontrar um copo de leite para o

meu pobre pae?"A uma pequena distancia você encontrará um fa-

zendeiro que tem vaccas. Vá lá c elle dará o leite quevocê procura"

Pinocchio foi ao fazendeiro e lhe disse:"Da-mc um pouquinho de leite?""Quanto

quer?""Um copo cheio"*"Um copo custa um tostão. Onde está o dinheiro?""Xão tenho""Se não tem dinheiro nâo tem leite."Que

pena'"'"Espere itm pouco." disse o fazendeiro. "Talvez

ii—.,,,,¦,> citegar p um accordo. Você sabe tirai aguatle um poço?"

"1'ossí. experimentar.""liem se você me tirar cem baldes, eu datei um co-!

po de leite;"" Está bem!"

(Continua)

- PaiEr-lHO ot Cvfr-.L.APAQ.BS/.

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nDifíor*-^

Mafalda. filhinha «1<> Sr. Raymundo '*.

¦ ^mf'o / * w*^^ÉH

Jak*on, jo^e e Joíta, filhinhos Mario Ferr™* *¦ Amaral,<,n Dr. Serrano Bezerra Lbirajara Rocha.

^^ —Ceará.— — São Paulo. —

^^

^SS== lili Ê!li Eil! MARGARIDA !:iE '

filhinha «lo Sr. Manoel Monteiro.

Xadir.. filhinha «In Sr. Manoel Barbosa

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t^r - ffifi/^k Cyrene de Mello Castanho.\ 0

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Dalva F. de Andrade.

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Cândida Antonio.

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Leda e F.lvette Rasteiro.

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luvenal Teixeira.

Jljj Archimedes e Ubirajara //Moreira. (IUvV UUJacy Fernandes

dc Nova.Octavio e AugustoTeixeira de Bastos

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22 — Maio — 1929

HISTORIAS DE NOSSA PÁTRIA

11 O TICO-TICO

N0V9 ERÍ)

O império, que fora ao Pa-raguay como libertador, vexa-va-se de que no próprio tenhorio ainda existissem escravos

Lomo á existência da nefan-üa instituição se prendessem osmaiores interesses econômicosdo Paiz, procurou-se um meio

Princeza Dona Isabel — oRedcmptora — Que assignou o

decreto da Lei Áurea.

termo que evitasse o fracassode uma solução radical, e quenão impuzesse portanto, a Umasó geração todo o castigo docrime secular.

Confiou-se esse trabalho aobenemérito Paranhos (viscon-de do Rio Branco); e este con-

guíu fazer passar nas câmarasa lei de 28 de Setembro (1871),chamada do ventre livre, queextinguia, daquella data emdeante a condição servi]. Essalei, no emtanto não satisfez aosentimento nacional. A escra-vidão estava morta, mas aindaf-xistiam escravos.

Procurou-se contemporizar,

decretando medidas com que seapressasse a manumissão daescravatura subsistente.

Chegou um momento emque não foi mais possivel adiaro desfecho daquella crise: e, a13 de maio de 1888, era promul-gada a lei áurea, que aboliu a

_2 escravidão

/. da Silva Paranhos, Viscondedo Rio Branco, autor da lei do

Ventre Livre.

O fim desta guerra tão absurdamarca, no emtanto, uma notfa éraem nossa historia.

Livres das afflicções daquelladolorosa campanha; começamosagora a encarar com mais cora-gem o nosso destino.

A victoria das nossas armas noexterior deu-nos um sentimento

mais vivo da nossa força, e va-leu para a monarchia um gran-

. de prestigio, parecendo mesmo

que ella se havia firmado defi-nitivamente nesta parte daAmerica.

Régularizou-se a vida cons-titucíonal do paiz. As refor-mas liberaes já se faziam semgrandes abalos, e logicamente,como si a legislatura não fizes-se mais do que ir fixando comodireito as tendências e as in-juneções do .espirito nacional.

A primeira, entre as refor-mas que se impuzeram, logoapós a guerra, foi a do elemen-to servil

Jnkou .)

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O TICO-TICO 12 -. 22 — Maio 192D

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MYRIAM (São Paulo) — Sua graphiadenota fraqueza, delicadeza, extrema sen-s-bilidade, senti mentalidade, ternura; nota-_e ainda alegria de viver, esperança, phan-tasia. I.' pena que tenha pouca cultura in-tellcctual... E' ainda muito joven e pôdeestudar e illustrar seu formoso espirito,pois, não lhe falta intelligencia.

E' o seguinte o horóscopo das pessoasnascidas a 4 de Fevereiro: São apathi-cas e indifferentes, não sabendo se apro-veitar das oceasiões para melhorar devida.

Não gostam de ouvir conselhos, emboraestes os impressionem.

Têm opiniões francas e desassombradas,não crêem senão naquillo que vêm clara-mente.

As mulheres ambicionam ser ricas e fa-zcm o possível pata não perder os bensadquiridos. São pessoas honradas e de ca-«racter nobre e firme

ANNA A. C. DE MELLO (Bôa Via-gem) — As mulheres nascidas a 12 deFevereiro são indifferentes, não sabendoaproveitar as boas opportunidades que selhe deparam na vida.

Possuem boa memória, são observadorase tem muita inspiração.

Geralmente bondosas e amantes do lar.procurando tornal-o sempre agradável. Sãoserias, confiantes e amáveis.

E. N. FIGUEIREDO (Pirajuhy) —Queira se dirigir directamente á Escola doCampo dos Affonsos que lhe ministrarátodas as informações. Este anno creio quejá estão encerradas as matrículas. Oscandidatos são sujeitos a um rigorosoexame medico . p

JOSEPHINA M. SHERGAM (S.Paulo) — Sua letra fina e desigual de«nota delicadeza, sensibilida.de, fraqueza,efotividade, agitação constante, nervosismo.Nada pois poderei dizer porque escreveuem papel pautado.

O horóscopo das pessoas nascidas a 30de Janeiro é este: Têm grande vocaçãopara o commercio, principalmente as mu-lheres, que são capazes de dirigir importan-tes negócios, com êxito, assim como en-tendem de finanças.

Os homens são cautellosos. honestos exa-ctos no cumprimento dos seus deveres epromessas.

SSo caridosas e vangloriam-se dos seus-uecessos' na sociedade. Um tanto vaido-sas, econômicas, estão sempre com algumdinheiro guardado São tambcm de espiritopratico, excêntricas e teimosas

MAZA (Capital) — Letra inclinadapara a esquerda: desconfiança, contensãodc espirito, dissimulação; como é redonda

indica tambcm bondade, doçura. índulgen-cia. Ha signaes de reserva e prudência.

O horóscopo das pessoas nascidas a 13de Mdrço é este: São abnegadas, princi-palmente tratando-se de parentes ou pes-soas queridas. Amantes do bello e da na-tureza. Fieis nas amizades, mesmo comsacrifício. Amigas de obsequiar e natural-mente affaveis. Têm erudição, attracçãonatural c pureza de pensamentos. Hábeis econscienciosas na critica dc arte. Metho-dicas em todos os seus negócios.

D. ARIMAR Io (?) — E' o seguinteo horóscopo dos nascidos a 28 de Junho:

"São hábeis políticos e bons médicos,porém estão sempre insatisfeitos com a sua

^^^ifj^í^litt JBT

Sorte. Amigos de viajar, são tambcm or.gulhosos dos seus brazões de familia.

Exaggerados cm tudo. gostam muito dosprazeres da mesa, pelo que acabam soffrcn-,do do estômago c do fígado.

Sua graphia confirma essa ultima parte,vendo-se nos traços grossos bastante epi-curismo. Na letra desigual se constata vo-lubilidade, inconstância, mobilidade. Algu-ir.a teimosia, força de vontade.

ODETTE (S. Paulo) — Imaginaçãoviva, generosidade, altas _ aspirações, umpouco dc orgulho, sensibilidade extrema,nervosismo, impaciência. No momento deescrever estava sob uma impressão qual-Cfuer de tristeza, desalento, melancolia.Vê-se ainda bondade natural, cxpansivida-

dc, desejo de confiar a outrem seus pen-samentos.

Grande mobilidad., agitação continua, vo-lubilidade, indecisão. Vaidade, coquetteria,prazer em ser vista, admirada, cortejada.

Creio que chega, não é?F. N. F. (Nictheroy) — As pessoas

nascidas a 1 d. Agosto são bondosas, ge-nero.as, attrah.ntes, amam a pátria e a fa-niilia. A's vezes antipathisam uma pessoasem motivo al>P-r.nte, sendo impossível do-minar seus impulsos. Um tanto esquecidas,obtém, não obstante isso, optimo ex:to nosseus negócios, desde que não se deixem do-minar pela preguiça. As mulheres quandosão melancólicas difficilmente se alegram.São pacientes, calmas, bondosas e amantesdo lar.

ALEXANDRE GERALDO DE SOU-ZA (Itabira) — Queira sc dirigir directa-mente á Escola Militar do Realengo cujasecretaria lhe enviará copia dc regulamcn-tos e outras iiistrucçõcs. Creio que esteanno já estão encerradas as matrículas.

J. XAVIER (S. José do Rio Farda)— Não lhe custará nada a resposta queaqui vae. As pessoas nascidas em 1 deDezembro são ambiciosas, activas e go>-tam de mandar e dirigir. Têm deducçãofácil, rapidez nas decisões e resoluções, asy-sim como arrojo, generosidade, honradeze, ás vezes, franqueza demasiada.

Acontece com freqüência fazerem juizostemerários de ouircm.

Sendo escriptores são fluentes e saty-ricos. Têm bastante habilidad. manual, as-sim como para a nicchanica e possuemadmirável poder de previsão. Suas pala-vras são algumas vezes mal interpretadas,do que resultam discussões e pendências.Devem evitar a tendência çtie têm para acrueldade.

H. R. L. (S. Paulo) — O horóscopodos que nascem a 29 de Maio é este:Têm grande talento para a oratória, ma-thematica, philosophia e literatura, devendoessas aptidões serem desenvolvidas e bemaproveitadas.

Caprichosos c volúveis, tão depressa sejulgam felizes, como se queixam de Infe-\izcs.

Têm individualidade própria . gostam detrabalhar sozinhos pelo prazer dc dever oêxito dos seus negócios tão somente a simesmos. São desinteressados generosos edc. espirito independente. Devem conduzirsempre para o bem suas aptidões c termuito cuidado na escolha da carreira a sc-guir para evitar desgostos futuros.

DR. SABE TUDO

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22 — Maio — 1928 — 13 —

O PRÍNCIPEQUE

O TICO-TICO

TINHA DOISCORAÇÕESyjÀmmm _____K^ * \ '_/ <t_E______Bl_____________Ni

6_F V_^\^^'-___P_Í___H^_BH/ aTmW^M&*~^ci ktofi _x na £___ K-rU\I-._ai k ^--t-, ¦•¦ir \ -_jh¦__. i '^r ^V_____-8_-_i Ir/ // ' A \ I—. ^« SSu >V__sfi Km* Sv3t ^EJB_HR\

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4 -T > vfTí\ 2> ¦''¦'" jW^wAíaVt^K ) j) I r\ !¦¦>_-_--- fo^^-/^

.aí.»..í. comí fcr.r/a desenvoltura que a princezinha esqueceu sua doença.

Era uma vez um casal de príncipes gêmeos, filhos deSni_poderoso rei da Bohemia. O soberano era de mao co-ração, perseguindo seus vassallos. pelo que, um grupo dec'-ganos a quem elle mandara esbordoar e expulsar ilo reino,lesolveu, por vingança, raptar-lhe os filhos.

¦O encarregado do rapto, devido á precipitação cio mo-ni«ito, só conseguiu carregar o menino, deixando a meninan° palaci-o. O rei mandou procurar o f.lho por toda a partee nao o encontrou. Resignou-se.

O pequeno, que íôra crendo como se fosse filho Co chefedo bando, demonstrava grande intelligencia e bondade decoração. Sabia coutar historias maravilhosas e engraçadasÇ"e rl.stralram e faziam rir á pessoa que estivesse maisaborrecida da vida. Apezar d'sso era muito maltratadoPelos ciganos. Por uma nota\el co:n_:dencia, el'e e a irmãnasceram com uma tatuagem vermelha no ante-braço, partoa° pulso, representando um coração.

. Costumava elle d:zer, por brneadeira, que mscera com"°:s corações. Quando alguém duvidava disso, chamando-o

de mentiroso ou gabo'a, elle propunha uma aposta.Acceifa esta pelo seu oontendor, elle levava a mão do'ncred-uilo ao peito e perguntava: — Estávendo e sentindo meu primeiro coraçãobater?

Estou apenas sentindo —respond:a o interpeliado.

Pois bem; agoravae "ver" e sentiroutro bater tambem.

Arregalava amanga da camisa,mostrava-lhe o co-ra ,ão vermelho,G«ja figura - lhonascera i m p r e s -sa n o pulso, edizia:

Pide botar° dedo em cima.'Je sentT-, este

coração 1 -•_.- co-m'° o outio

Com effeito, sob o pulso do esperto cigano sentia-selatejar a artéria rad a_, confirmando o que elle dizia.

Assim ganhava elle a aposta que fazia com aquellesque o chamavam de mentiroso por dizer que tinha doiscorações. Cansado daq...-!la vi-la nômade de cigano, o pe-queno, a quem puzeram a alcunha de Dois-coraçòcs, resolveuabandonar o grupo e procurar trabalho noutra parte.

Caminhando "ao Deus dará", entrou na cap.tal do reinoonae encontrou o povo muito triste porque a princezmhaestava gravemente enferma e o re:, bastante supersticioso,dizia que a frlha era victima dos sortilegios do povo sem-pre descontente com o seu governo.

E como era de coração máo, mandou annunciar que nocaso da princezinha morrer, elle mandaria matar tambem umfilho ou filha de cada casal para saberem si era bom. Dois-corações sabendo disso, e se informando de que a doença dafdha do rei era uma tristeza constante, uma terrível hy-pocondria, pediu licença para ser apresentado á princeza.

Como estivesse pobremente vestdo, sem chapéo, com ascalças remendadas nos joelhos e os sapa'.os rotos, os guar-das não consentiram que elle entrasse no palácio real.

O primeiro ministro, que era tambem o prece-ptor da princez nha, vendo a physiono-

mia intelligente. do garoto, permt-tia que elle fosse apresentado

á joven aíteza. Chegandoao salão onde el'a estava,

pnme.romostro e damas de

honor, taes graçaselle disse e darisoiicom tanta d_s_n;vo'tura, q u e ¦<princezinha esqu.ceu sua doençiria alegremc--

Por f r

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O TICO-TICO — 14 — 22 - Maio — 19:*.)

p-*ru o

O

Por que tn és tão engraçado, pequeno?Por que? Torquc nasci com dois corações.Com dois corações?! Não é possivel; declarou dia.E' verdade. Eu tenho dois corações: um que não

se vê e se -.ente, e outro que se sente e se vêNão creio! — exclamou a princeza.

,— Se Vossa Aheza duvida, façamos uma aposta: se eu

perder, dou minha cabeça' a cortar, propoz o pequeno.K eu darei metade do meu reino, se perder.Acceito, concordou o esperto garoto. E vohando-seprimeiro ministro, disse:Ponha V. Ex. sua mão sobre meu peito esquerdo,ministro obedeceu.Está sentindo n/.eu coração numero um?Perfeitamente, respondeu o velhote.

Agora "veja" o coração numero dois e lhe sintaas pulsações^ "

Dizendo isto o menino ergueu a manga da camisa emostrou á princeza c coração vermelho que tinha tatuado 110traço desde nascença.

E' igual ao que eu tenho aqui no meu tiFaçoi —

txclamou a princezinha muito surpresa.De onde vieite? — indagou, curioso, o primeiro

«liirstro.Eli vrm fugindo de um bando de ciganos que muito

me maltratavam.Então és o filho do nosso rei que foi roubado, quando

pequeno, por uns ciganos.Meu querido irmão!.,. — gritou a princezinha no

auge da maior alegria, abraçando o garoto que julgavasonhar.

Chamado o rei, ficou constatado ser o pequeno seu filhoque ;>s ciganos haviam raptado cinco annos antes.

Para soleirinisar este acontecimento, realisaram-se gran-des fes*as no palácio do rei, que mudou o gênio terrivelque tinha, tornando-se tm: rom monarcha, amigo do seu povo,que começou a estimal-o tambem,

TRANCOSO

Vem commigo que eu saberei cuidar de ti.Laura acceitou o convite da cigana, que logo se foi

juntar com uma turba de ciganos. D'ahi a tres dias, Laura,em companhia dos ciganos, partia.

A fing:da cigana logo depois começou a maltratal-a.Desde a manhã até a noite Laura era obrigada a trabalhar.Era ella que limpava todas as cousas do acampamento dósciganos e era ella que coznhava para todos.

Estes espancavam a coitada sem piedade. Uma noite.quando já havia terminado c seu árduo trabalho, Lauradeitou-se em cima de um monte de palhas, que era a suacama, e adormeceu vencida pelo cansaço. Teve, então, umsonho muito lindo. Viu sua querida, mâezinha transformadaem um lindo anjo, que lhe dizia: "Laurinha, breve terásdescanso".

Laura, pallida, magra, desfigurada não podia maisagüentar aquelles trabalhos horrorosos! Uma linda manha,ao entrarem no acampamento dos ciganos, a encontrarammorta.

Tinha ido, emfim, descansar junto de sua mâezinha, lábem alto, em um paiz encantador — O' céo !

(12 annos)EUNICE V. PINTO

LAURA E OS CIGANOSt

Em um bairro muito humilde vivia uma pobre viuvacom uma filhinha chamada Laura. Passavam grande miséria,porém, viviam resignadas com a sua sorte. A viuva traba-:lhava muito para poder sustentar a filhinha querida. Detanto trabalhar a pobre mulher adoeceu. Laura, com todo ocarinho, cuidava da sua querida mãe, porém tudo era emvão. A doença aggravava-se cada vez mais, até que unidia sua mâezinha falleceu. Laura chorou muito aquella perda.

Uma mulher chamada Paula, por piedade, levou-a paraa sua cosa. Durante alguns mezes D. Paula velava por Lati»rinha, mas depo;s começou a maltratal-a. Fazia a orphãzi-nha trabalhar muito e quando esta não dava conta do serviçomaltratava-a com pancadas. Um dia, quando-Laura lavavaas louças, sem querer, quebrou c prato de porcellana maisfina de 1). P.inja. Esta pegou de um chicote e correu atra:de Laura para castigal-a.

Ella. cheia de medo, correu para a rua. Depois de andarum pouco, encontrou cm um restaurante uma cigana que lheperguntou porque chorava Laura contou a causa de , suaslagrimas. A cigana disse-lhe:

MEZ DB MARIADin-di-lão! Din-di-lão!!...Tange o sino da pequenina ermida chamando os fieis.

Cinco filas de bancos era o bastante para oecupar o recinto;

paupérrimas as imagens, porém, mãos carinhosas ornamenta-ram-nos com tanto desvelo, que tornava o ambiente en-cantador.

Din-di-lão!... Din-di-lão!!...Festivamente o sino convidava as almas christãs a as-

sistirem o ultimo dia de Maio, dedicado á coroaçãa da Vir-

gem Maria.E como era sublime ouvir o harmonioso hymno de amor:

"Tão lindo mez de alegriaTão lindo mez de floresQueremos ver Maria .Celebrar os seus louvores!..."

No altar, mimosamente enfeitado de flores, muitas fio-res, erguia-se a imagem da Virgem. Quanta riqueza decorações!... Lindas creanças vestidas de anjos rodeavam oaltar. E num adeus saudoso, pleno de respeito, um cherubimda terra depositou na fronte da Santa Imagem, a singelacoroa. Eram as flores colhidas diariamente que ellas agoraoffertavam á Mãe piedosa.

Quanta alegria nos traz á alma o concerto dos nossosanjos saudando a Mãe de todas as mães!:

Acceitae. oh Mãe. esta coroa,Virgem Santa, Mãe querida,Que nos seja, ó Maria,O penhor de eterna vida!!...

E o sino mim d;n-di-lão" din-di-15.o!.. saudoso, dava porterminada a festividade dc Mez Marianno.

EDOZINA SILVA

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AS AVENTURAS DE FAUSTINA E.ZP MACAGO - A chegada do "Serrote"( ¥ I M 1

1/òu exPerQn^m>Ac^ Ssfe pessoa/esAa. / Jr\ • \/% » - / ,_JokSerro/è'm'T77g *^£fc> crente yae ea es/u* A^\JVr^re^ /l/f'//d/fTqencicL hoU- \^%X c/e/Amu/o/ Afa/ /£. A

M^\ciai ySA\\rAjO sabem e//es aue J w çAFff"Jroe ser //Ofcfcr*^jC\ Passet ° f7^a'or A ,-. /^ ^^£/?77 assombpe?j>^ k /"^W^

{acurem

/l\/ct77ca. "SerraA"

r'c/7-H '^itunO

ÜT© CS) CS: C9 C9

jfèo fia nada6u aprendia rnerdfr'a escola.

A^AA^=^J^-yb /J-L / vw Sem rnar/^^___^J^~^AÜ y^^rAy^^J***-* /^ ^*léêL—~—^\/*r~^ J^\ cnitcat-o fsA~%^r——iy~j> N~/ J\vvf/'/^

v\^ /fê~\ ^si Ora bofas; y^Ae/' fayi/o c/Tri/.e/ro^./VA $, \ jf^lL ^w ^">T7eco esfyar/- Xpc/ro^^^e fazer estac/aA^.

«^-k/Tx V^V^v l^J^^^ /DOS5ar' '""os/f

rÇ^A^I ^esvffas o Cf ora.

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O TICO-TICO — 16 — 22 — Maio — 1929

4 ^^^^^W^0

MODA INFANTILBORDADOS

"A raposa e o gallo" — moti-vo inspirado na fábula de Lafon-taíne para bordar.

Apresentamos hoje, nesta pagi-na, ás nossas gentis leitoras, umacolteção de interessantes motivospara bodar que com facilidade po-derão ampliar.

Podem também bordar em rou-pa branca, ou de creança. comlinha de cores.

Damos também duas letras emotivo — para bordar em cruze um modelo de forro para pratos.

Avisamos ás nossas queridasamiguinhas que daremos no pro-ximo numero uma pagina só debordados e outra — só de figu-rinos.

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¦22 — Maio j- 1929 '—17 — O TICO-TICO

A CAIXA IHV^TEKHO*wak.BRIGA DA ONÇA COM O MACACO

Papae! Papae! gritavam á por fia as creançasque rodeavam o Sr. Adhemar, não sabendo este, qualdellas devia attender primeiro.¦— Afinal, o que querem vocês?

'— Queríamos que você viesse brincar comnosco'de "Joãozinho e Maria" para mostrar aos filhos do

Sr. Álvaro.Pois então vamos!

E como o Sr. Álvaro quizesse saber como era obrinquedo, explicou:

E' uma invenção minha que tem a dupla van-tageni de distrahir as creanças e fazel-as perder omedo. Vamos, ao anoitecer, para um recanto bern co-nhecido e reproduzimos algumas historias e lendas que°s pequenos sabem de cór.

—¦ Optima idéa! Mas por que chamar a este jogo:"Joãozinho e Maria"?

Porque, a primeira vez que assim brincamos, foiesse o thema escolhido; data tambem dahi o nome da'casa

da bruxa" para aquelle casebre abandonado ábeira do rio.

x ¦—• Papae, vamos! insistiram as creanças impaci-eates.

Já havia algumas estrellas no céo, e, embora aindahouvesse a meia luz do crepúsculo, dentro do pequenotrecho de matta estava escuro como se fora noite.

O Sr. Ahemar explicou ás creanças a historia da•Briga da Onça coin o macaco" e depois de ligeira dis-

cussão foram distribuídos os papeis: da seguintefôrma:

¦ Lauro é quem corre ir»aís e quem melhor trepanas arvores; mas eu tenho mais força, disse Dadinho.»

¦—¦ Pois então será elle o macaco e você o cateto.E assim, cada um tomou o nome de um bicho e

começaram a brincar reservando o da Onça para o Sr.Adhemar.

—O macaco só apparece no dia da festa; va seesconder Lauro.

Venham todos, bicharada, que eu vou fazer umafesta grande. Haverá musica, muito doce e uma santam,»agrosa que faz muitos milagres, para quem rezaPara ella.

Os bichos chegaram-se á Onça meio desconfiados.~~ Amanhã eu mando o curiango cantar tres vc-

2es, em cima daquella pedra para dar o signal do co-•^eço da festa. Tragam suas violas e quando o ma-caco chegar, vocês cantem:

' Dingue-lingue-dingue,Leandro chegou.Dingue-lingue-dingue,Leandro chegou".

Pois bem! disse o macaco que estava ouvindo^condido, você quer me comer; más nessa não caio eu!Amanhã eu te curo.

E foi-se embora muito lampeiro. Quando o curían-go cantou a primeira vez, a onça disse á afilhada.

• — Cutia, tn-ga-iiK- umas folhas, para eu me en-f ei tar

(E emquanto Lucy andava com as mãos no chão,muito compenetrada do seu papel, o Sr. dhemar fa-*zia os preparativos para o disfarce: atou á cabeça umlenço onde prendeu muitas folhas, e se escondeu entreas ramagens de um arbusto que serviria de roupa)

Cutia, venha arranjar as pregas do meu vesti-do, e diga ao curiango que dê o terceiro signal.

Então vieram chegando os outros bichos; um cor-tejo dos mais grotescos possiveis, .pois cada um se dis-farçou o melhor que poude, e andava de maneira ade-quada.

Compadre veado, disse Nina a Sérgio, cuidadocom a sua galhada, quando dansar commigo.

Pôde estar descansada, comadre Saracura, eunão danso com gente de perna tão fina!.

Mas o sapo que vinha atraz, deu o signal dealarme;

" Dingue-lingue-dingue,Leandro chegou".y

Eo coro repetiu:

"Dingue-lingue-dingue,

Leandro chegou".

Lauro despencou de uma arvore, fazendo cabriolase veio vindo, emquanto que a bicharada cantava e to-cava num páo, a guiza de viola:

Dingue-lingue-dingue...O macaco chegou perto da Onça olhou bem, e

disse:Vê lá se eu sou bobo, onça! Ainda não é desta

vez que você me come.; e correu para um lado. Todosos bichos, gritando, fugiam pelo matto, emquanto aOnça procurava agarrar ora um, ora outro, dos bi-chos... de duas perans. Depois de muita correria, orna-caco, vendo-se em apuros e como a Onça desse umsalto para o pegar, o macaco negaciou e atirou-lhe umapedra (que era uma dhalia vermelha).

Os outros bichos acercaram-se da onça ferida,matando-a a pauladas e fazendo grande algazarra e de-pois carregaram-n'a até um buraco, e aclamaram omacaco, conselheiro perpetuo da bicharia.

Dando por terminado o briquedo e ao voltarempara casa já despidos dos disfarces, as creanças aindacommentavam os incidentes das tropelias.

Tio Noucui.,

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o VALACiõJ^£TüA\nrt:5

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(Co a t i n ú c. )

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O TICO-TICO — 20 — 22 — Maio 1929

COLLÀBOQAÇÁOO AMOR DA PÁTRIA O SABIÁ

Meus meninos:A Pátria acima de tudo!" Nunca um bom cidadão

pôde esquecer a Pátria que o acolhe desde o berço!Longe ou perto, pobre ou grandiosa," victoriosa ou

vencida, devemos ter sempre orgulho em proclamar anossa Pátria!

Pátria — o cantinho em que nascemos.Pátria — o solo querido que recebe os nossos pri-

meiros passosO idioma em que balbuciamos as primeiras palavras,

o ar que respiramos, as paizagens que nos encantam avista, o lindo céo que nos-cobre, tudo, tudo nos inspirao sublime amor da Pátria dando-iios forças para defen-del-a sempre!

A' vista de um bom patriota nunca a sua Pátria deveser humilhada e a bandeira que a representa é um symbolosagrado.

Vede quando passa um batalhão, solenne no seu armarcial: o pavilhão levado com uni relicario, é impunhadoe escoltado pelos officiaes mais distinetos.

E' a bandeira que incita os soldados na hora da pelejaquando a pátria exige defesa dos seus filhos!

E, quando ao som do Hymno Nacional avistamos oauri-verde pendão da nossa Pátria, sentimos que o nossosêr todo vibra de emoção, num mixto de orgulho e enthu-siasmo, emquanto no nosso intimo ouvimos esse éco glo-rioso: O Brasil é grande e forte! Por Elle lutaremos; e oSeu nome enthronizado erri milhões de corações, se con-servará sempre alto, bem alto, digno do Cruzeiro do Sulque o sagrou!

A Pátria acima de tudolTudo pelo nosso Brasil I

Maria Alda.

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QUEM DA' AO POBRE EMPRESTA A DEUS

José era engraxate. Mal despontava a manhã,sahia de casa para exercer a sua honesta profissão.

Soffria duras privações, pois, com o pouco queganhava ainda sustentava sua mãe já velha. Todos osdias sahia em jejum e só almoçava quando encontravao primeiro freguez, o que diversas vezes acontecia átardinha.

Certa vez, José sahiu de casa meio adoentado; orapaz não quiz ficar em casa apezar da sua boa mãeter insistido muito.

No caminho o pobre José cahiu inanimado e semforças para se levantar.

Acercou-se delle um senhor bondoso que, sabendoas angustias e as privações que o rapaz e sua mãe pas-savam, e admirado pelo amor ao trabalho e amor filialdo rapaz, tomou-os sob a sua protecção.

Mandou educar e instruir José e cercou de cuida-dos a sua velha mãe. Hoje,- José pede a Deus, saúdee felicidade para o seu bemfeitor e sabe que será at-tendido, porque quem dá aos pobres empresta a Deus.,

Héris de Moraes Victoria — (n annos).

Vovô me deu um sabiá.Mas elle veiu triste.. . encorajado num canto da

gaiola!...Só á tarde elle cantou!. ..E o seu canto era triste. .. triste...Parecia que elle se lembrava dos dias felizes em que

em liberdade voava na floresta!,..( Era uma melodia doce e ao mesmo tempo amar-

ga!... Amarga porque parecia com a saudade que tal-vez elle sentisse da sua liberdade!

Eu também fiquei triste!...E... soltei o sabiá!

, Elle que vôe! Que vá outra vez para a floresta em li-berdaae! Que cante alegre outra vez!

E quando eu o vi voando... voando... fiqueialegre, muito alegre!.

DULCINÍIA PíRfilRA.

<8> <3> <S>

O TESTEMUNHO DA MENTIRA

Sempre acontece apparecer em dado momento, cor-roborando,, como contra prova á verdade de um fia-grante testemunho, — o intruso indesejável, — que,vem com a sua maneira falsa e as suas attitudes simu-Ia das, formular gestos

"adrede estudados", com o seucaracter de testemunha que nada viu, ou antes, presen-ciando "de visu" o desenrolar do acontecido, revolve ascena nas trevas do mysterio, oceultando a verdade: —quer, se trate de um juizo insuspeito, na apreciação deum facto, — mera asseveração de cotejo, — ou emquaesquer circumstancias, — O testemunho da mentiratem olhos de megera, ouvidos de perverso e coração depedra. Nada o demove na sua controvérsia extremada,vingando-se para fazer o mal, terçando armas de doiscumes contra a sua victima indefesa. Banindo a verda-de de seus opulentos domínios, — onde imperava, qualmagestade em seu throno de explendor, acredita nos*seus rasgos, ensaiados na ante câmara do meio e do cri-me, e quer convencer, para governar a razão. A mentiraé peior que o cancro, — em vez dilacerar as carnes doindivíduo, sangrando, dia a dia, a ferida mortal,' pro-move a discórdia, porque, deturpa a verdade. A justi-ça é o prêmio verdadeiro do castigo ou da virtude. Ame-mos a verdade, e, sem ella, o homem não vencerá navida; odiemos a mentira jurada no altar da hypro-crisia, em nome do falso testemunho.

PIumberto Saldanha.

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22 — Maio --. 1929 — 21 — 0 TICO-TICO

AS -TRAVESSÜUASNini era uma linda e travessa garotir>ha.A mamãe estava sempre a ralhàr com ?}la: — Não

faça isto, não faça aquillo!E Nini, indifferente, continuava a revolver torlasi

as gavetas e armários, mexia em tudo com uma auto-ridade invejável.

As criadas, já se sabe, respeitavam-n'a; não fosseNini, a filha única do joven casal e os encantos de umaavósihha muito boa, muito tolerante...

Uma oceasião, Nini foi ao jardim da sua linda casae tantas flores colheu que espesinhou os canteiros dei*xando-os de tal maneira que parecia terem passado porali muitos cabrítinhos a correr.

A' tarde, quando o paesinho chegava, era uma se-rie enorme de queixas que a mamãe fazia da pequenaNini.

Elle gostava; achava interessante e se divertia comas travessuras da sua irrequieta primogênita,

Na presença delle, rabiscava com lápis os seus pa-peis, desmanchava os seus charutos, entornava a tintana secretária.

E elle, sempre a sorrir.achava muita graça.A mãesinha é que ficava furiosa, ralhava a todo

instante com Nini.Por isso, é que a travessa pequena adorava o seu

pae e fazia-lhe muitas caricias, emquanto que para amãe era voluntariosa.

Nini gostava de uns gatinhos que nasceram, noporão, ao canto do quarto de tia Maria, e apertava-osmuito com as mãosinhas nervosas.

Elles, coitados, ficavam soffocados, punham a lin*gua de fora e Nini ria a bom rir.,

Era aquillo um interessante divertimento.Um dia, Nini, pegou o gatinho mais engraçado e

'leu-lhe um banho forçado, mergulhando-o no tanque.Os gatos não gostam da água fria!O gatinho esperneava, miava e arranhava Nini, po-

rém, ella não se incommodava; queria banhal-o tal equal lhe fazia sua mamãe.

NINI ¦ <» /VA/7*»*# \m

E dava-lhe mergulhos, esfregava-lhe sabão no9olhos e o gatinho já estava quasi morto quando tia Ma-ria a surprehencleu, e zangada tomou o bichinho pon-do-o a seccar ao sol. Niní observa este pormenor eno dia seguinte, vem fazer o mesmo com a sua lindaboneca Leuci: mergulha-a na água do tanque, esco-va-a com sabão, e, depois que a vê descorada, comcara de — pinto pellado — colloca-a no sol para sec-car...

A sua mãe quando viu que ella inconscientementetinha estragado a linda boneca zanga-se e reprehende-ae ella gritando e sorrindo diz:

— I^apae compra outra!Pudera! se o bom papae lhe faz todas as vonta-

des!. ..Nini, só tem quatro annos!E' um pequenino sol que desponta para a vida.

Raciiix Prado.

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22 — \Iaiu 1929 — 23 —

Tenho um primo originalQue se chama Serafim,Quando quer dizer que não,Ao contrario, diz que sim.

—- Muita cousa, elle declara,Ha perigo em se affirmarPorque pode, quem nos ouve,Só por isto se zangar.

Ai! Que typo estranhoQue é o Serafim!Diz sempre o contrarioDo que pensa, em fim.

Quando sente frioTira o cobertor

K bufando, exclama:*— Ufal Que calor!

Men primo ^eraírm §

(CANÇONETA) ,

Versos de E. IVANDERLEYMusica de M. MAIA

11

A uma cousa, tão somenteElle nunca diz que não:

0 TICO-TICO

Quando indagam si elle querazer uma refeição.

Nesse caso elle abre a boceaE faz com a cabeça assim:

(Gesto affirmatívo".Respondendo com prestezaDiz que sim, que sim, que sim.

Ai! Que typo estranhoQue é o maganão!

Si lhe dão comidaNunca diz que não.

Ao contrario dissoO tal Serafim,Quando está na mesa\_Sempre diz que -um.

E. Wandêrléy.

D IV N D OQuanta saudade sinto ao ouvir a cigarra estridular

as suas eternas canções do verão!Lembro-me da "Fazenda da paz" que era de meu

P»e, no interior do Paraná, onde passei os melhoresdias da minha infância. A "Fazenda da paz" era bemUrn retiro de paz beatifica e serena.

A vida ali, decorria numa doçura e tranqüilidade,luasi monasticas.

Os corredores do velho casarão lembravam umCosteiro florido de acácias e glycinias.Como me desperta saudade a vida matinal da "Fa-*enda" com a sua poesia bucólica.

. E o entardecer, deixava-me numa abstracção silen-a°sa de ânsia e de saudade longínqua:

Queria ir viver a vida tumultuosa das grandes ei-dades e sentia uma angustia a me opprimir o peito!. Hoje, tão differente! Eu desejaria trocar a vida"rtensa da cidade pela tranqüilidade da Fazenda.

Lembro-me do somno á sésta, numa rede sob umaenorme figueira a ouvir a pequena cantora das selvas -d°s jardins.

Ou então, a correria cm torno do açude, com a

brincadeira de pescar minúsculos peixinhos mula*cores. (

.A' noite, havia o serão, ao lado dos camaradas,que após a tarefa diária da lavoura e das colheitas, vi-nham tagarelar em torno ao fogo, num canto da enor-me cosinha de ende se ouvia o coachar dos sapos e, devez em quando, o silvar das cobras.

Que engraçado era ver a gente do logar dansar osamba, o cateretê e improvisar a cantiga de desafio áviola!

Eram quasi todos poetas repentistas, de muita fe-licidade nas imagens poéticas do seu lyrismo.

Hoje, quando oiço, nos salões desta linda Capital,as canções regionaes ou sertanejas, me lembro, comsaudade, dos tabaréos da Fazenda do meu querido pae.

E as lendas, as historias das cousas assombradas, doboi-tatá, do lobis-homem, da mula sem cabeça? Eramde arrepiar!...

Quem me dera voltar aquella idade feliz, viver avida tranqüila entre os simples que não têm inveja enão sabem odiar!

Rachel Prado.

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O TICO-TICO — 24 — 22 — Maio — 1920

O 33 -EU _V_" - T IE - "V IA velha india, sentada no meio dos columys

(crianças) da tribu, desfiava seu rosário de len-das que eram ouvidas religiosamente:

Alguns de fundo supersticioso, outras en-cerrando um ensinamento moral, todas, porém,de uma suave poesia encantadora e simples.

Um "bem-te-vi" cantou alto, poisado emuma arvore próxima, o grito que lhe deu o nome.

¦— Ouviram? perguntou a velha.Ouvimos, sim.Pois aquelle passarinho já foi gente:Já foi gente?! perguntaram, curiosas, as

crianças.Já foi, sim, confirmou a india, balance-

ando a cabeça.Conte, então, como se transformou em

pássaro.—Foi assim: Havia, antigamente, na

grande maloca dos indios bravios, um rapazi-nho muito mentiroso e mettido em toda parte.

Quando os mais velhos estavam reunidosem conselho resolvendo sobre as necessidadesda tribu, elle se mettia na discussão sem sefchamado, o que lhe valia reprehensão e até serexpulso do lugar como intruso.

Certa vez, uma tribu inimiga tinha provo-cado os guerreiros da sua e queria a guerraafim de apoderar das terras que os outros pos-suiam e que eram muito férteis.

O cacique empregava os maiores esforçospara evitar a luta, não porque temesse os ri-vaes, e sim para evitar massacres de parte aparte.

O rapazinho, porém, sempre irrequieto,desejava a guerra.

Sem que ninguém lhe ped-sse cousa algu-ma, se propoz a ir observar o que faziam os ad-versarios na taba visinha.

Com bastante relutanica foi acceita suaidéa e elle partiu.

Não tinha, entretanto, coragem para des-empenhar a perigosa missão e lá nao foi.

Passou, então, dois dias e duas noites es-condido na matta e, ao terceiro dia, voltou ásua maloca, dizendo ter visto isso e aquillo, pre-parativos de guejra, etc

Chegastes, mesmo, a ver o cacique datribu ordenando esses preparativos? perguntouo velho pagé sempre desconfiado do mentiroso.

Vi bem, sim, reaffirmou elle..

Começaram, então, na taba, ameaçada ospreparativos tambem para repellir o ataque doinimigo.

Estava já tudo quasi preparado quandofoi annunciada, pelos vigias alertas, a visita deunremissario da tribu visinha que, chegando áentrada da maloca, quebrou seu arco e flexaem signaj de paz, dando a ponta da setta ao ca-cique.

Venho pedir paz! disse o recemchegado.Como assim?! Pois não estavas prepa-

rando o ataque de guerra?Não.

Mas houve quem te visse dando ordensneste sentido; replicou o cacique.

E chamando o pequeno mentiroso, excla-mou:

Eis aqui quem te viu assim.Tu me viste preparando a guerra?!..."Bem-te-vi", confirmou, tremulo, o

mentiroso, sem levantar os olhos.Por Tupan eu juro que este pequeno

mente! exclamou com energia o indio.Pois que sobre elle caia o castigo de

Tupan, si falta á verdade! bradou o velho pagé,invocando o seu Deus.

O mentiroso baixou ainda mais a cabeça eali mesmo morreu... de vergonha.

Seu espirito se transformou, então, em umpassarinho que, inconsciente, sem mesmo tervisto pessoa alguma, repete:

Bem-te-vi! Bem-te-vi!A velha india terminara sua narrativa; e

como si quizesse confirmal-a, o pássaro, antesde erguer o vôo da arvore onde estava poisado,voltou ainda uma vez seu grito:Bem-te-vi]...

E. WANDERLEY.

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22 — Maio — 1929 2= 0 TICO-TICO

XãllíW ^^^^^^^^^^^^^\ ^v^J

O Lenço escoteiro e seus usos ,

é ./g_N

iry\\/~~"

l") Sacco; 20) Mascara para fumaça; 3'') Distinctivonos jogos.

>^3» 8^ 8ngPrimeiros Soccorro s.

O CEARENSEHontem á tarde, quando Pedrinho narrava-nos o

si-ccedid.- com o pequenino aiogado, entrou na sede

|**n novo "conscripto", menino moreno claro, de ca-

pellos castanhos escuros, rosto redondo, envergandol!r<* fato de brim azul mescla, bonet escuro e botinas

Pretas de bico fino.Muito espantado, o novo inscripto, olhou-nos comvontade de retroceder.—- Com licença, disse, entrando: é aqui os "esco-

teiros"?Sim, respondeu o Chefe, sempre risonho. Quedesejas?Eu vim aqui perguntar ao senhor se posso sertambém escoteiro.

1 ~ - Pois não, sente-se, disse o Chefe indicando-ihe«na cadeira próximo á sua banca de trabalho. O no-

m SCntOU* ° Chcfe toniou-lhe ° ««ne e os de-¦ais signaes; depois designou-o para servir na décimalatrulha, que tem como patrono o Bem-te-vi.

Cuiando-o, apresentou-nos.Devemos nos regosijar com a inclusão úo pre-

Jnte candidato Sr. Manoel Flor, natural do Ceará,<stado

do meio-norte do Brasil. Amemos este nossoia ricio, nascido nesse torrão glorioso, berço de JoséAlencar e de muitos homens illust.es, patriotas ar-i rosos e trabalhadores. Elle teve por berço esse tor-

fll'e se avança pelo Atlântico como uma sentinella

da Pátria, onde ha immensas montanhas habitadas pe-los descendentes dos tupys.Abracemos este novo camarada; façamos compre-

hender que num grupo de escoteiros todos são irmãos.O Chefe indicou-nos no mappa, do Brasil o logar

aonde fica a terra do novato.Eis aqui vosso Estado, meu amigo.,

Depois, chamou pelo monitor:Leonidio! A' mim!

E' o que instrue a patrulha do Bem-te-vi.Tu que és o escoteiro mais antigo do «rupo

abraça em nome de todos o nosso joven empanheiro:sao os paraenses abraçando os cearenses.

Eeoiidio que se havia collocado junto ao Chefe,deu dois passos e abraçou Manoel Flor que corres-pondeu.

Sede bem vindo ao nosso meio!Toda a tropa prorompeu em "ananês".

1 Devemos amar uns aos outros.Aquelle que maltrata o próximo porque estv é filho

de outro Estado, é indigno de envergar a farda de es-coteiro e erguer os olhos para fitsj a imagem daPátria.

Armillo approximou-se logo do novo inscripto edeu-lhe um código; outro escoteiro deu-lhe um cader-no para annotações. E elle sentou-se, a ouvir a expli-cação do compromisso.

Aspirante.

PARA OS ESCOTEIROS DO MAR

Silhuetas dos na-rios de guerra

Os escoteiros do mar devem conhecer pela silhuetaos navios de guerra do seu paiz e dos outros paizespara dar informações certas e opportunas quando ne-cessano.

Hoje vamos dar a silhueta dos dous grandes naviosde guerra do Brasil o "Minas

Geraes" e o "S. Paulo"Que são do mesmo typo.

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TICO- J I ti O — 26 -¦ 22 — Maio — 1929

—¦¦ ,—... —¦ ¦¦¦ %Jr—^^y .- ———II —QUE QOA IDEA. MINHA FILHAE' MUITO BONITA VOU RtT|-

r&l-a oo coae&io?E INSCREVEM-A NOCONCURSO OA MISS

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£U0,SJU Pipoca .retire a jacomima do /COLLEe>lO E INSCREVA-A NOyC0NCuR^O P*.

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ESTA$ FANTASIAR DOCARNAVAL AINDA-

SERueM P'R(\f~k s\ MUITA

COISA

E Que tal!muita.G.ENTE VAl^PEP-DeF»- A

CABEÇA

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Sylvio Roberto. Elza, filha do Sr. João Pereira Machado— Marechal Hermes —

Isabel, nossa interessan-te leitora.

KW Mm\ Baaaaa"" Ja«»^a«MP»^^Wa«^W»Ma»lM»Ma»M»MMMM^^M«aWWWMM««WIW.IU«,ll-IIIU> 1 Wll-J* »' ¦ '— MlUlMI '""^"'^^'^^Y-B aBa7'lM

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Cecilia Falleiros-S. , ^ W—k^L^- Alvim e Elvira Cabral

José do Capetinga rf^ ^JS| Antonina

- Paraná

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- ?$ '» Ei k-». t & rrBAnna Olympia, dilecta fi-lhinha do casal Piinio Sa-retta, S. Sebastião do Pa-

raizo — Minas

Iêdda, Marina e Stella, filhas do Sr. Octa-vio da Gama Bentes, em companhia de suas

amiguinhas Elvira e Léa.Baby Santos

Recife — Pernambuco.

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22 — Maio _ 1929

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O TICO-TICO

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Orantle Concurso tie São JoãoI' O Tico-Tico

Estejam os nossos queridos leitores de sobreaviso, pois, no próximo nu-niero, apparecerá o grande concurso de São João, com uma infinidade de ma-

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Um conjuncto dos magníficos prêmios que serão distribuídos no grande concurso de São Joao.

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gnificos prêmios encommendados directamente da Allemanha pelo O TICO-TICO. Distribuiremos em sorteio publico, entre outros, os seguintes prêmios:

5 GRANDES BONECASCARROUSSEIS

1 MACHINA DE COSTURAESPINGARDASAUTOMÓVEL

5 CARROÇAS COM CAMPAINHAJAZZ BÁNDS COMPLETOS

2 HARMONIUNS.

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O TICO-T1CO — 30 — 99 Mi»in 1929

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O PINTO "CALÇUDO" E O SOCO A MORTE DA GRIPPENo tempo em que os bichos falavam estava o soco

á beira da lagoa, com as pernas muito finas e compri-das mergulhadas na água, pescando seu almoço paci-entemente.

Ouvindo uns insistentes'pios voltou-se, e não foisem espanto que viu ali perto um pinto

"calçudo" be-bendo água.

Olhando a estranha ave com as pernas cobertas depennas até aos pés, como si fosse um indio "pelle ver-melha" da America do Norte, o soco começou a zom-bar delia:

O' camarada !gritou-lhe com ar de troça, abrin-do, num sorriso .sem dentes, seuponteagudo bico.

Por que mandou você seu alfaiate lhe fazer umascalças tão largas e compridas ?_

Você bem sabe que eu não tenho alfaiate, comovocê tambem não tem.

Não tenho porque não quero, respondeu compresumpção, o soco.

E' melhor dizer logo: não tem porque não pôde.E por que não posso, faz favor de me xlizer?E' porque vivendo dentro da água, como vive,

tinha de andar com as calças sempre molhadas, ou en-tão sem calças, como anda. ..

Por isso não, que eu poderia mandar fazer cal-ças curtas, próprias para banhos.. .

Pois eu não preciso mandar fazer calças por-que já nasci vestido... com ellas, e cada qual comoDeus o fez. Elle bem sabe o que nos convém.

De certo; e eu havia de ter muita "pena" si ti-vesse umas pernas tão cheias de "pennas" como assuas, disse, sorrindo, o soco, muito contente por terfeito um "penoso" trocadilho.

E eu havia de me "amofinar" bastante si as mi-nhas pernas fossem tão "finas" e compridas como assuas, replicou no mesmo tom o pinto calçudo que nãoera tolo nem nada.

Minhas pernas são assim para evitar que eu memolhe quando entro na água afim de pescar.

E as minhas são assim para demonstrar a minharaça diversa da desses pintos sem calças...-

Nesse momento uns garotos vadios que estavamoceultos. entre os juncos das margens da lagoa come-çaram, perversamente, a atirar pedras nas duas inof-íensivas aves.

Antes que cilas pudessem fugir, um calháu attingiuuma das pernas do soco, partindo-a.

Outras haviam batido nas pernas do pinto calçudo,mas nao lhe fizeram mal porque encontraram a "de-

fc-sa" das pennas a lhes amortecer o choque.O soco reparando nisso, emquanto pedia ao maça-

co que lhe concertasse a perna quebrada, reflectia:Bem razão tem o pinto calçudo de estar satisfei-

to do modo porque Deus o fez. Si não fosse o acol-choado de pennas que lhe protege as pernas, elle agoraestaria como eu, com uma perna quebrada, ou, talvezmesmo, com as duas.

Devemos todos ficar satisfeitos da maneira comosomos, não invejando belleza, nem motejando dos ou-tros que nos parecem inferiores em qualquer cousa.

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22 — Maio — 1929 -. 31 O TICO-TICO

HISTORIAS DE EVERDADE

E 30E30I IOE30- 3000EO

A bibüographia infantil no Brasil é ainda bastanteminguada, constituindo, por isso mesmo, fonte ainda fartapara os que desejem tirar da profissão literária algum pro-veito material.

Isto não quer dizer que attribuamos ao professor Tha-fcs C de Andrade, autor de pequena bibliotheca infantildenominada "Encanto e Verdade" o só interesse pecuniário.Delle temos aqui em mãos nada menos de seis pequeninoslivros, todos encadernados com gosto e igualmente illustra-dos. Cada volumezinho é uma historia completa encerrandoproveitosa lição moral e tanto mais aproveitável quanto oautor soube dizel-as envolvendo-as em enredos do ma.orencanto. Por exemplo: A FILHA DA FLORESTA é umconto contra a devastação das mattas; EL-REI DOMSAPO, contra o extermínio dos animaes úteis; BEM- TE-"VI

FEITICEIRO, contra o extermínio das aves, DONA!ÇÁ RAINHA, combate á saúva; TOTÓ JUDEU, pro-Paganda da flora brasileira; e ARVORES MILAGROSAS,Propaganda da citricultura.

Trata-se, pois, de uma literatura moral e cívica, me-fecedora de todo o encorajamento, porque orientada paraum rumo opposto ao que até agora tem sido seguido petosnossos escriptores para creanças, caraminholas e historiasfahtasticas que nada instruem e antes, pelo contrario, in-cuteni nos seus innocentes leitores os mais absurdos con-ce'tos sobre a vida e as coisas. Além do que, os livrinhos(Io- profssor Thales C. de Andrade são escriptos comlouvável simplicidade, sem prejuizo do estylo, que é amenoe dos mais correctos. As gravuras -a cores que lhes ornama capa e o texto também concorrem para o esclarecimentodo' espirito do pequeno leitor no tocante á arte do desenho.

A série de livros infantis "Encanto e Verdade", doProfessor Thales de Andrade marece, por tudo isso, que semreservas a recommendemos ás mães brasileiras como ex-cellentes manuaes próprios por ajudarem a formação docaracter e da intelligencia de seus filhinhos

LUCIA, A DESOBEDIENTE

Lucia era uma menina desobediente, má e colérica.Um dia foi passear no campo com a governante e

'evou L,ili. a sua boneca.-A menina queria correr atraz das borboletas; mas

a governante lhe disse: — Não corra, menina Lucia,Porque poderá cahir e machucar-se.

Lucia "fez ouvidos de mercador" ao que disse agovernante e poz-se a correr.

A empregada mais uma vez lhe disse: — Nao cor-ra. que aqui ha raizes de arvores e a menina tropc-çando cabe.

Lucia encolerisou-se e atirou uma pedra na gover-nante; mas, a pedra bateu na cabeça da boneca de Lu-Clíl e esmigalhou-a.

Desde esse dia, Lucia só sahiu coin a mãe.As férias chegaram, e Lucia foi passal-as na fazei--

c'a de sua tia.Um dia, por maldade, atirou a boneca de sua pri-

^a Leninha no tanque, e, como Leninha chorasse^ oJardineiro tirou a boneca.

Os paes de Lucia a tinham prohibido de ir ao quin-**}> depois da chuva, porque elle ficava muito escor-fegadio.

^WÍÃfuTflETRi I

i.v'%. tá-A

0

ir i • t ¦ 11 ¦ . ..Eis aqui um grupo de lindas creanças em grande

parada,prestando homenagem ao seu sabonete favorito... o insigne

SABONETE BE REUTERElias consideram este sabonete como um dos seus

melhores amigos, porque lhes conserva a cutis, fresca,perfumada e cheia de saúde.

Portanto, quando alguma dellas propõe um "banhoe uma parada", ha grande enthusiasmo. Cada umaagarra no seu Sabonete de Reuter e vae correndo paraa tina de banho, para uma grande ensaboadella.

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aCESOE-C»

Uma manhã Lucia vestiu seu melhor vestido e fotao quintal.,

Como havia chovido, o quintal estava escorregadio.,Lucia cahiu, sujou o vestido e ficou toda machu-

cada.Só nesse dia é que comprehendeu que a desobedien-

cia, a maldade e a cólera são grandes defeitos.

Maria Isaura Pereira de Queiroz, (io annos).

PAPAE NAO VOLTOU

Papae encheu a mala de roupas e de livros, vestiuum capote muito grosso e disse que ia fazer uma via-

gem. Fiquei tão triste! Chorei.Alas Papae deu-me um abraço, uma porção de bei-

jos e um sacco cheio de bonbons. Depois, disse que eu

fosse comendo os bonbons devagar. Comesse um só

por dia. Quando os bonbons acabassem elle estaria devolta. Quando o trem partiu levando o Papae fui bus-car o sacco de bonbons e comi todos elles de uma só

vez.Papae não voltou ainda. Nem sei quando volta

porque não contei quantos bonbons havia no sacco.

Tia Carolina.

Illustração Brasileira —- a melhor revista mundana e de actualidades,

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O TICO-TICO — 32' — 22 — Maio — 192!)

^n*|||^jf4|ii|MlMie^ .^VMaS^ **SBIil^^ tilllle>^' ^mW ™mW:; ^^Eafafl l^r""*™""*^ ^WP^ .mmww* ^mm wW MkW^.MimT- amm}- ^amwmmw

RESULTADO DO CONCURSO N. 3329

Solucionistas: — Isaura Alves Rosa,Cláudio M. Rocha, Wauda M. da Rocha,Eólo Capiberibe, Jacy Vieira dc Miranda,Irene Furiati, Nilo da Silva Pessoa, Ame-lia Amaral, Ellcn Laurcl Brown, AlfredoBôa, Henrique Pereira, Jorge de BarrosBarreto, Edmir Vasconcellos Teixeira, He-cio Affonso dc Carvalho, Floriano Eiras.Lygia Gonta Vaz, Antônio Eugênio. 13cr-nardo de Oliveira Martins, Abilio C. daCarmo Junior, Yedda Mello, Natercia Gon-ç/alves, Irahy Almira de Oliveira, RenatoCoimbra* Velloso, Aurelia Wilches, EgasPolônio, Heloisa da Fonseca Rodrigues,Epitacio Alexandre das Nevse, Ayrton Sádos Santos, Oswaldo A. da Silva, AugustoCunha Martins, Nadir da Paz Floquet Fon-tes. Maria Thereza Leite Cintra.

RESULTADO DO CONCURSO N. 3332

Respostas certas:

i" — Ovo.2" — Garrafa.3a - V.4" — Pavão.5a — Arroz.

Solucionistas: — Carlos Eduardo dePaulo Pessoa, Egas Polônio, Stella Galvão,Ruy .de Abreu Coutinho, Irahy Almira deOlivcia, Nadyr Marassi, Ruth Bôa, Mu-ton Cyriaco de Carvalho, Ivo Montaguese,Alceu Ribeiro Mendes, Waldemar Lud-¦xvig, Bernardo Horstmann, Maria de Lour-des A. Leite, Aida de A. Coriolano, Or-chidéa Pereira de Oliveira, Lúcia Bitten-court de Oliveira, Ignez da Si' n, NenctteMartins. Cassiano Diegues, Christina Ja-nuaria da Fonseca, Maria de Lourdes Sal-iles Coelho, Rubem Dias Leal, Eólo Capi-beribe, Raul do Couto Moreno. Alice Jor-dão, Emilia Icleia Coelho da Costa, Dulcede Mranda Cordilha, Laura Marinho, Ma-rio Jardim, Nelson José Esteves, AlbertoAndrés. Maria do Carmo Silveira, Nater-

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com 12 annos dc idade, residente á ruaAnna Barbosa, 48 — Meyer, nesta Capital.

Foi o seguinte o resultado final do con-cur?o:

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de 11 annos de idade, residente á ruaXingu', Villa Alvarenga, 34 — São Paul».

2" Premio:

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22 — Maio — 1029 33 - O TICO-TICO

CONCURSO N. 3-3 4 4para os leitores desta capital e dos

Estados próximosPerguntas;

. 1 ~ Qual é o nome de mulher forma-«o pelo oceano e por um tempo dc verbo?(3 syllabas)

Ralphy Mendes2 Qual é a madeira da qual se tro-«^«Jo a inicial fica urna bebida?(2 syllabas)

Hermes J. Gonçalves

, *> Qual é a Republica sul-americanalh q>Ual S' tirarmos a inicial é nome de mu-

(2 syllabas)

5« _ Qual a cidade de Pernambuco queserve para subir?

(¦x syllabas'»Dulce M. M. Cordilha

As soluções devem ser enviadas á reda-cção d'0 Tico-Tico devidamente assigna-das e acompanhadas do va!6 n. 3.--44.

Para este concurso, que será encerrado110 dia 25 dc Junho, daremos como premio,por sorte, entre as soluções certas, umrico livro de leituras infantis.

(4 syllabas)Nclly T. Cruz

"* Ql,al a preposição que lida ásavessas é um vulcão da Europa?

CONCIJRÍ4»

WS 3.344

C O N C U R SPara os leitores desta

O N . 3.343capital e dos Estados

»--¦ • Í--M.^^Z^:;S/^Í

', ^*-~*>«^_; t*^ — * '• ' • •

•' • — — --^— --• _-..!' (*-- ----- -

A solução deste concurso está em re- no dia 20 de Junho vindouro, danemos comocortar «tes rectangulos e pintal-os depois, prêmios, de I» e ?J?&T*>J°* :so/tcvdol$dcPhibio. n»do a forma? o desenho de um

"am- lindos livros illustrados para a infância.

Cç-s soluções devem ser enviadas á reda-das Tico-Tico devidamente assigna-coA. S0Paradas das de outros qüaesquer0j

ür_Sos e acompanhadas não so da de-rem çao de ida<le e residência do concur-b]j

e. c°rno tambem do vale que vae pu-0 a seguir e tem o n. 3.343.Pa** este concurso, que será cncer:ado

FIWn- ''¦l»!l^|lwi1>r'PIIBWIIIIliil!W___í^_&li___/ V- '**—

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AS AVENTURAS DO CHIQUINHO - MIMOSA-—__

^^*"*—•_- ff ^^^»5S_ L^^****%^^1™^ Zl_^ '

™h)\t*--s\ ^^__^*f _í_S^v

Chiquinho e Bea-jamin combina-ram tirar da ja-nella do visinho agatinha Mimo-sa e lá forampor em pratica amanobra.

\ V I

""J^í»-"•*" e—-~_^^ Mal sabiam elles que, por traz da gata, estava o Kron- mmÊÊWmaami^Juiür^i -i «kv^Ml-l

^^"^ \. ger, vim cão policial belga, muito amigo da Mimosa. ^s{\^ I*V_.^^ >. Quando pegaram a cata o câo saltou-lhes . em cima a, ^S^\ ^^_ ^s^

-»«-J >v Udrar- { s LflÉST^sa.X. \/ /^dP^AX\. ..!¦" a». ... 11 i íi, mwmmm»mm^efmmm^m^mm-7 /Làaw^ IV \

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Sy^^>^/^^j< " -^í^- "jS Chiquinho julgou a principio que era covardia de Jagun- X»/ T^ f Ts^Z^Z~y?s'/^'^- s*^'"'*^'\y^ S°- Entretanto viu <jue os dois cães eram velhos amigos, ^»*«. / ¦

/ • ./'***-^'S^*<**" -**/^~**^--j^^ Na corrida Chiquinho e Benjamin deram uma queda for» ^**C*__ li __J^^k^'*"m, ' ^"* , jwa»»**^^ inidavtl. ^—._/,—rí~*'^^

Os garotos Corre-ram. A gata se-gura pelo Chiqui-nho defendeu-soá unhadas e omenino teve d»

I largal-a e...

.. .gritar por Jagunçopara vir em seu soe-cono. Jagunço <_ppa-receu na esquina, to-mou altura e não tevepressa de atacar opolicial.

jChegaram á casa e amamãe de Chiquinhoque já sabia do oceor-rido, lhe applicou um"siãapismo" de chi-nel Io... A JBenja-min perdoou porquefoi arrastado por Chi-quinho.