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O-TJCQBTIC O PREÇOS: No Rio $500 Nos Estados. . . . $600 ANNO XXIII SEMANÁRIO DAS CREANÇAS PUBLICA-SE ' A'S QUARTAS FEIRAS RIO DE JANEIRO. 20 DE JUNHO DE 1928NUM. 1.1S5 A ME@UmMA IFBJJJIOMiâ _ 1 L_: M_ÍlB AJmWk a~\Vrr-3 ( lr\ f^f^ 6;—\ O11/ \f ^^ / y~.y _ ,J r—i Al ! [\ /-_______.-«/--- í ^_t-_T «1-11 —'-—%, l In.———.jj ___ ^a Carrapicho: Parina ?aÍ!.ALam" ve2- lu«?'u outra Carrapicho não disse uma palavra Passou a m ã o na correia que lhe pren- de as calças e sahiu fulo de raiva. ba<idar*Vntàouma cias rPelas»djacen- biua , pich°su- 0'hou 7/. Cs.a«a e Pa.ra p.la janella Ut^a r„ ünterior de onde ri, ira V-Hia ü-1sn„V guarda D0te-S de melado.; estava a Lam- parina, esperneando atrapalhada com a cabeça presa dentro de um pote. ás cabe- tadas pelas paredes.

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O-TJCQBTICO PREÇOS:

No Rio $500Nos Estados. . . . $600

ANNO XXIIISEMANÁRIO DAS CREANÇAS PUBLICA-SE ' A'S QUARTAS FEIRAS

RIO DE JANEIRO. 20 DE JUNHO DE 1928 NUM. 1.1S5

A ME@UmMA IFBJJJIOMiâ

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Parina ?aÍ!.ALam"ve2- lu«?'u outra

Carrapicho nãodisse uma palavraPassou a m ã o nacorreia que lhe pren-de as calças e sahiufulo de raiva.

ba<idar*Vntàoumacias rPelas»djacen-biua , pich°su-0'hou

7/. Cs.a«a e

Pa.ra p.la janellaUt^a r„ ünterior deonde ri, ira V-Hiaü-1sn„V guardaD0te-S de melado.;

Lá estava a Lam-parina, esperneandoatrapalhada com acabeça presa dentrode um pote. ás cabe-tadas pelas paredes.

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O T I C 0-T ICO 20 — Junho 1928

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O TICO-TICO 20 — Junho — 1928

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(PROPRIEDADE DA SOCIEDADE ANONYMA O MALHO)Redactor-Chefe: CARLOS MANHÃES Director-Gerente: ANTÔNIO A. E SOUZA E SILVA

Assignaturas — Brasil: 1 anno, 25Ç0O0; 6 mezes, 13$000 — Estrangeiro: 1 anno, 60$000; 6 mezes, 35$000As assignaturas começam sempre no dia 1 do mez em que forem tomadas e serão acceitas annual ou semestralmente. TODA ACORRESPONDÊNCIA, como toda a remessa de dinheiro, (que P°«e ser feita por vale postal ou carta registrada com valor de-clarado), deve ser dirigida â Sociedade Anonyma O MALHO — Rua d° Ouvidor, 164. Endereço telegraphico: O MALHO — Rio,

Telephones Gerencia: Norte, 5.402. Escriptorio: Norte, _.S18. Annuncios: Norte, 6.181. Officinas: Villa, 6.247.Succursal em S. Paulo, dirigida pelo Dr. Plinio Cavalcanti — Rua Senador Feijó n. 27, 8» andar. Salas 86 e 87

o_M *4áA__;;9iílr«n

O QUE

Meus netinhos:

É O

Haroldo, um intelligente e estudiosonetinho residente numa cidade do Estadodo Rio, dizia hontem a um amiguinho que,no logar onde reside, ha um brejo cujaságuas têm a faculdade de arrebentar emlínguas de fogo.

Ora, essa declaração do Haroldo dei-xou o amigo deveras espantado, como.deixaria a qualquer um de vocês.

As águas de um charco terão mesmoa faculdade de emittir línguas de fogo? —não de perguntar todos os netinhos. Não,nieus meninos. Não são as águas do lagociue rebentam em línguas de fogo. O que0 Haroldo viu qualquer um de vocês tam-"em pode vêr. Existe um gaz que emanadas substancias vegetaes e dos corpos dosanimaes em estado de decomposição. Esse8"az, que se chama hydrogenio phosphora-^° gazóso, arde com extrema facilidade á

FOGO FATUO

proporção que vae sendo gerado. Vocêspodem vel-o, principalmente á noite,olhando para um cemitério ou para a su-perficie dos pântanos, dos brejos. Essegaz tambem tem o nome de fogo fatuo cdeu origem a uma serie de lendas, cadaqual mais povoada'de absurdo. Diziamque esse fogo era a lâmpada dos gêniosmáos que attrahia os viajantes, com luztão fugitiva, para os pântanos e brejos,afogando-os.

A sciencia, nascida do estudo e da ex-periencia, destruiu a lenda, fruto daignorância e da superstição. A explicaçãodo phenomeno surgiu felizmente. Os fo-gos fatuos são devidos á combustão dohydrogenio phosphorado gazôso. Nãosão, como pensou o Haroldo, as águas doslagos e dos pântanos que se transformamem línguas de fogo.,

VOVÔ

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O T I C 0-T I C O — c 20 Junho — 192S

/«ES* O TI COTN ASCI M E N T O S

<*•> 3> O lar do Sr. Amadeu Laquintinie e de sua esposaacha-se enriquecido pelo nascimento de uma linda meninaque foi registrada com o nome de Ge^sa.

•§> ® Ilelio, é o nome do bebe que veiu alegrar o lardos seus paes Sr. Ragozzino Machado e D. Sarah MartinsCosta Machado.

<*» * Nasceu a 15 de Maio ultimo, na cidade deCachoeira, Estado do Rio Grande i'o Sul, uma filhinha doprimeiro tenente engenheiro Oswaldo Guimarães e suaesposa D. Diamantina dá Silva Guimarães, a qual tomouo nome de Maria.

ANNIVERSARIO?

^ <-*• Faz annos hoje o menino Paulo, filho do Sr.Hugo Braga de Lacerda.

<s> <S> Festejou ante-hontem a passagem de sua data na-talicia a graciosa Ivonne, filhinha do Dr. Américo Barbosa.

<5» $ Murillo de Castro, nosso prezado amiguinho e as-signante, completou hontem oito annos.

^ <£ Sabbado ultimo passou a data natalicia da me-nina Lygia, filhinha do Dr. Oscar de Carvalho Vieira.

NA BERLINDA.. ...

$> Berlinda dos seguintes meninos e meninas da Ruados Araujos: Murillo, por ser delicado; Aldemar, por serelegante; Milton M. S., por ser bonitinho; Walter P M.,por ser querido; Geraldo, por ser bonito; Hugo, por sersympathico; Renato, por ser bemquisto; Carlinhos, por serdelicado; Zézinho, por ser amável, Apollo, por ser bom-zinho; Jorge D., por ser jovial; Antônio D., por ser ri-sonho; Maurício, por ser innocente; Rachido, por ser ri-tudioso; Jorge Geraldo, por ser engraçadinho; Myriam M.Senna, por ser querida; Nilza, por ser gordinha; ElviraAforado, i por ser bonitinha, Edith, por ser cortez.

$ Escrevi a revista intitulada Eu quero é nota,para deixar a cargo dos seguintes actores e actrizes: Eu-lalia, a meiga Carmen Lobato; Zuleika, a diabólica ítalaFerreira; Antônio, o correcto tenor Francisco Alves; Ni-ninha, a brasileiríssima Aracy Cortes; Lourdes, a sympa-ihica Margarida Max; Ismael, o intelligente Luiz Barreira;Helena, a gentil Lia Binatti; Maria, a actriz cantora EdithFalcão; Arion, o sympathico Paschoal Américo; Odilla, atravessa Dulce de Almeida; Aurora, a sympathica NairAlves; Waldemar, o bailarinoNemanoff; Ilerminia, a sorriden-te Cândida Rosa; Geralda, a ele-gante Antonia Othello; Orlando,o sincero Gervasio Guimarães;ÍVacema, a irrequieta 'CidaliaMattos; Darcy, o comedianteOlympio Bastos, e eu, por ser ocnsaiador de scena. — J. M.

® Q> Berlinda dos seguintesmeninos e meninas: Lais, por sermeiga; Darcy, por ser amável;Arlette, por ser distineta; Anto-nico, por ser bailarino; Marina,por ser querida; Homero, porser estudioso; Rosita, por ser"chie"; Mario, por ser amigo. _,_,¦¦'.,¦

ICOMUftO/\MO

E M L F. I L A O ,- .. ,:/

<3> <*> Estão em leilão os seguintes rapazes e senhori-tas da Rua Dr. Bulhões: Quanto dão pelas mãos de Edith?pelos olhos de Maria? pelo "chie'' de Djanira? pela boceade Zuleika? pelos dentes de Helena? pela elegância deJames? pelo riso de Nininha? pela belleza de Lourdes? peloperfil de Aurora? pela delicadeza de Eulalia? pela graçade Edith M. ? pela gentileza de Waldemar? pelo porte ele-gante de Ismael? pela bondade do Arion? pela cortezia doBarreirmha? pela intelligencia do Darcy? pela vivacidadede Nilza? pelos cabellos de Nair? pelos óculos de Alcides?pelo caracter do Orlando? e, finalmente, quanto dão pebminha lingua comprida? — /. R, P.

<í> * Leilão das senhoritas e rapazes de Paquetá:Quanto dão pelos olhos verdes de Marilia? pelo olhar fas-cinante de Honorina? pela meiguice de Lourdes B.? pelatagarelice de Jandyra P. ? pela altura da Cotiuha? pelosversos da Idala? pela gordura de Nenem? pela cartolinhado Genecy? pela bella voz de Floriano? pelo sorriso de He-lyette? pelas madeixas de ouro da Nylsa S. G.? pela pa-lhaçada de Fernandinho? pela graça da Armenita B.?

^ * Estão em leilão as seguintes meninas e meninosque conheço: Quanto dão pela graça da Hilka de Vicenzi?pela simplicidade de Wanda? peia sympathia do Heitor Piai-sant? pelas travessuras da Esther Costa? pelos lindos olhosdo Oscar Paranhos? pelo "porte" da Déa Paranhos? pelobom comportamento de Gilberto Muller? pelos cabelloslouros de Paula? pela elegância do Altino Almeida? pelasamabilidades da Alice Cortez? pelas mãos de Fritz Manso?pelas risadas de Paula B.? pelo andar interessante do JoséNunes? pelas boas aneedotas de Hilda Cunha? pelos pas-seios do José Oiticica? pelas delicadezas do Piruncy G. deCastro? pelas saudades da Carmita Costa? pelo riso da He-lena de Vicenzi? pelos cabellos da Vera de Vicenzi? pelocantar da Cieusa Costa? pelas garotices de Nelson Coelho?pelos estudos do Álvaro Costa? pela mdestia da RitinhaNunes? c, finalmente, quanto dão pela leiloeira? — E. C..

N O J A R D I M .: :.; x

* ® Passando pela Avenida Amaro Cavalcanti, noEngenho de Dentro, encontrei um lindo "bouquet", que con-tinha as seguintes flores: Iracema, uma primavera; Nair,uma magnolia; Jayme, um copo de leite; Geralda, um amor,perfeito; Maria, uma flor de Maio; Nininha, uma camelia;'Edith, uma dhalia; Darcy, um myosotis; Lourdes, uma hor-

tencia; Esmeralda, uma margarí-da; Waldemar, um cravo; He-lena, uma violeta; Aurora, umaorchidéa; Ismael, um jasmim;Zuleika, uma saudade; Nüza, umaangélica; Antônio, um crysanthe-mo; Odilla, uma rosa; Absolom,um principe negro; Orestalina,uma papoula; Eloy, um resedá;Orlando, um lyrio, e eu, por ser adona do "bouquet". 11

<*>¦ <$ Foi encontrado um lin*do ramo composto das seguintes;flores: Nita, uma orchidéa; Raul,um cravo: Diva, uma rosa; Edyr,uma lyrio; Geny, uma magnolial,Tito um lyrio; Lili, uma violeta/

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SO — Junho — 1928 O T I C O-T I C O

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A DESOBEDIÊNCIA DO PORQUINHOD Porcalhona era talvez a mãe mais

carinhosa de todo o vasto cercado da ei-dade. Seus filhinhos, uma vara numerosae inedia, eram criados com o maior des-velo e nunca coração de mãe foi maisbondoso, nunca affeiçâo existira mais sm-cera e devotada do que a que D. Porca-lliona tributava aos seus ieitõeszinhos.

Estes, creanças embora, sabiam retri-• buir a affeiçâo materna com a mais lou-

.vavel das submissões, a maior das obe-diencias.

A' tarde, D. Porcalhona lavava os fi-Ihinhos, vestia-os com roupinhas alvas, eni

gc-mmadas, com tiotets e babadinhos fran-zidos, e sentando-os em fila no degráorjue beirava o cercado, recommendava mile uma cousas. Que -elles nâo fossem para

o meio da estrada, porque havia burros ebois que os podiam pisar; que não se ap-proximassem da valia porque a lama ospodia sujar. Os leitõeszinhos, olhos fitoscm Dona Porcalhona, eram todos obedien-tes e seguiam á risca os conselhos mater-nos, embora os atormentasse q desejo irre-sistivel de se embrenharem pelo matto, dcfuçarem as va'.las, á cata de buhinhos eraizes. Quando, porém, tal desejo era ex-presso pela franqueza de algum delles, avoz dos irmãos, numa unanimidade fingi-da, transformava-se em caudal de protes-to: — Mamãe não quer; não pôde ser|..Ora, de toda a prole de. D. Porcalhona,uns doze cevadinhos retintos, saltadores egrunhentos, um havia, o Capilé, que des-toava, no modo e nos desejos, de toda airmandade. Roupa qua se lhe puzesse nolombo, tinha, cinco mimitos depois, a ai-vura mascarada com borrões de lama,quando não apparccia falha de algum nacoque o estouvado deixava preso aos troncosde alguma arvore ou aos espinheiros dcalguma cerca- E o porquinho era sabido:nunca D- Porv. ^*$urprehandera nastravessuras. F. Jfeitas num abrirc fechar d;olhOo, quando ás vistas mater-tnaes, confiantes na cega submissão filial,passeavam descuidados pelos affazeres dacasa. Mas, a desobediência dos filhos, em-bora o coração da mão nunca o deseje,tem sempre um castigo merecido.

E o Capilé, Que era o único irmão doJote que tinha a coragem desobediente de *

transgredir ás recommendações maternas,teve um dia o castigo de suas travessuras.

Uma tarde, D. Porcalhot.a o advertira.pela travessura da véspera e, como'castigo,deixara-o em pello, sem roupa e sem sa-I>atos, prohibido de exhibir a sua facei-

rice, com a dos irmãos, r.o degráo quebeirava o cercado. Capilé, de orelhas emconcha, /parecia prestar attenção á canti-lena conselheiral de sua progenitora, esubmetteu-se-, complacente, ao jugo impôs-to de recluso. E a um canto da casa, v : -tou-se, pensativo

A desobediência filial é sempre a ans;airreprimível da liberdade, da liberdad.-.perniciosa e tantas vezes funesta. Capilénão podia ou não queria comprehender averdade de tão sabia asserção. E foi as-sim que, aproveitando uns momentos dedescuido materno, varara a cerca e, sempreoccupaçao de sujar a roupa, porque ellenão a tinha na occasião, cahira na valia,im-munda, lamacrnta, mas cheia de resi-duos que a sua gulodicc de porquinho novojulgava appetitoso.

E fuça aqui, fuça acolá, vareja ali,cheira além, Capilé nem mais se lembra-ra do tecto hospitaleiro e carínhovo qu2era o cercado materno. E a noite cahiu.Capilé quiz voltar. Não encontrou o ca-minho. Andou para adiante, voltou, diri-gtu-se para a esquerda, para a direita,nada. Perdera-se o estouvado. Mas umleitão nunca perde a coragem — pensouelle e continuou a caminhar, soltando deinstante a instante um grunhido que talvezfosse chegar aos ouvidos de D. Porcalho-na, aquellas horas, quem sibe, bem affli-cta pelo desgarre do filho insubmisso.:

(Anda que anda, noite fechada, foi Capiléchegar a um "limpo", que era o pateo deuma fazenda, em ouja casa, illuminada,havia preparativos de festa-

Um homem de laço em punho, cercouCapilé- O porquinho estremeceu, estarreci-do, fechou os olhos e sentiu, como se fos-siem mãos de gigantes, apertarem-lhe opescoço. Gritou, gritou muito, mas seusgritos mais fortes tornaram os laços queo prendiam. Eram agora quatro hameíisque o amarravam de barriga para o céo,num grande cepo. Depois, seus olhos es-¦bugalhados de terror viram uma enormefsca, de lamina afiada, que um carnicvàroempunhava.

Só então lembrou-sie o cevadinho de queia ser victima da sua própria imprudência,da -sua desobediência aos conselhos na*ternos.

E fechando os olhinhos, com lagrimas dearrependimento, Capilé só os abriu quandonão mais vivia, quando cercado de rodellaside limão e galhinhos de salsa nadava nummar de banha, numa travessa branca, aacentro da mesa da casa onde havia festa.

CARLOS M A N H A E S

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O TICO-TICO — 3 20 Junho — 192S

Segunda Viagem (7)üm dia Glundalchitch tinha-me fechado á chave no seu

quarto, Fazia muito calor e por isso as janellas da caixa queestavam abertas, bem como as portas e janellas da caixa queme servia de casa. Eu conscrvava-me sentado á mesa. pen-sativo e melancólico. Eis que ouço um estranho ruido e oquer que fosse entrou no quarto. Posto me sentisse sobresal-tado, tive animo bastante para olhar para fora. Um singularanimal, pulando e saltando por todos os lados, tinha-se appro-ximado da caixa e mirava-a com prazer è curiosidade,mettendo a cabeça pela porta e pelas janellas. Refugiei-mecom pavor em um dos. cantos da caixa.. O animal, que era ummacaco, maior do que um elephante nosso, mettcu uma daspatas pela abertura das portas, e, posto que eu mudasseconstantemente de logar, conseguiu agarrar-me. E, dandogritos estridentes, carregou-me e fugiu commigo para acumieira de um dos edifícios do palácio. Ahi começou a ami-mar-me, tal como uma ama secca, e a entulhar-me a bocea dequanta immundicie encontrava. Felizmente, para mim, Glun-dalchitch deu por minha falta e, chorando e gritando porsoecorro, conseguiu que me descobrissem. Um rapaz, lacaioda mestrazinha, conseguiu, com muita astucia e paciência,tirar-me das mãos do maldito animal. E foi tal o abalo querecebi, que levei dous mezes de cama. Suas majestadesmandavam me visitar todos os dias. Tive o meu leito cercadopelas maiores summidades médicas. E a corte toda ficouabalada com tal acontecimento. O macaco foi condemnado ámorte e El-Rei decretou a extineção de toda a sua raça. Comoo meu soberano e senhor gostava de musica, toquei uma gigaingleza, uma noite, para recreal-o. Para isso mandei collocaium grande banco defronte do piano e corria de um lado para ooutro batendo no teclado. — (Continua).

Por VIAGENS MARAVILHOSASJ S W I F DE •

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20 — Junho — 1928 O TICO-TICO

GRAHDI CONCURSO D 1n

Inic,amos hoje a publicação dos no-tam c°ncorrentes deste grande cer-íw

en. COm os respectivos números queIml).arâ°'

°PPortunamente, em sorteio

'" a relação pela ordem numérica:

<k.â.HenrkiUe N. Filho, Districto Fe-

nefroWÍIImay H' Thiénle' Rio de Ja"3- Eduard J. Gepp, Capital Federal.

der> ^ *""' *^e -amorim, Capital Fe-

Kefr0Mar'a L- R' ÓHveira; Rio de Ja.

neir S'IvÍ0 da Costa Reis' Rio de Ja"

.j ^'.Maurício H. P. Fortuna, Rio deJaneiro.

Janeiro.9.

. Jacyra Martins Fontes, Rio' de

•fera] Aloysio Brandão, Districto Fe-

Jane'' Hamilton p- L. Picanço, Rio de

«eiró LeUy R" de S' Lobo' Rio de Ja"

1(. ^ Renato Paiva dos Santos, Capi-"a Federal.

j ' J- J. Monteiro, São Paulo.

Tar,!' Le°P<>ldo P. da Silveira, Rio de

ctn Í-Aydé Rangel de Azevedo, Distri-0 Federal.

trictò p'fredo da Cruz Machado, Dis-

Fede '}yrton R- de Azevedo, Districto

19 p eitor Rocha, Rio de Janeiro.

F«je'r , rnando F. Stamato, Districto

r'eiro ^Va,ter Vieira Costa, Rio de Ja-

lita 'tRauI A A. Carnaúba, Villa Ne-

Janeír0Ma,garÍda Schlodtman. Rio de

'.eiró E'Za' V- R- otive<ra, R'0 de Ja-24 ?25' \7-ydla C- Monteiro, São Pauto,

^'ró. Vlrg>Ho C. da Silva, Rio de Ja-2f

*

iieiro' AuUmaro Machado, Rio de Ja-

Fede'3aria F. L. Albernaz, Districto28 1" •29' J:u'z Coelho Patto, São Paulo.

"eiró ClIla G. L. Renée, Rio de Ja-

^\rom°nÍO P" M- Carvalho, Rio de' 31 p

32 j,rancisco Lino, Capital Federal.cto P^ranca Aguiar de Lima, Distri-

33 ederal.Fstaj^^^o Bernardo, Petropolis —

34 Tdo_ Rio.^anei'r0 Francisco Barbosa, Rio de

35, Waldyr Dehtiz, Rio de Janeiro.36, Hélio G. Leite, Rio de Janeiro.37, Genesio Lemes de Souza, São

Paulo.38, Athanagilda E. de Souza. Aldeia

Catnpista — Rio.39, Augusto Franco, Triumpho — E-

do Rio.40, Maria L. F, de A. Pires, Nicthe-

roy — Estado do Rio.41, Maria Corrêa Monte, Nictheroy

— E. do Rio.42, Edegard Nunes, Petropolis — Rio

de Janeiro.43, Maria A. A. Valle, Nictheroy —

Rio de Janeiro.44; Cid Epaminondas C. Carvalho,

Rio de Janeiro.45, Paulo Pereira da Silva, Rí0 de

Janeiro.46, Francisco Caminha da Silva, Ni-

ctheroy — Rio de Janeiro.47, Altair Pereira de Souza, Rio de

Janeiro.48, Aldacyr de Mello, Rio de Janeiro.49, Newton Abrantes, Rio dc Janeiro.50, Leonillo Lapa Veiga, Rio de Ja-

neiro.51, Ady de Carvalho, Rio de Janeiro.52, Guilherme Gunther, São Paulo.53, Honorio B. Monteiro, Districto

Federal.54, Francisco B. Lopes, São Paulo'.55, Pedro José Sacchia, São Paulo.56, Otto F. Junior, Rio de Janeiro.57, Ney Antero C. Campos, Ri0 de

Janeiro.58, Waldyr de Barros, Rio de Ja-

neiro.59, Dinah Carneiro, Rio de Janeiro.60, Carlos A. D. Estrada, Rio de Ja-

neiro.61, Sylvio A. P. da Silva, Rio de Ja-

neiro.62, Jorge Pereira Pinto, Rio de Ja-

neiro.63, Elza B. O. Coelho, Rio de Ja-

neiro.64, Léa Goia, Rio de Janeiro.65, Dagoberto de Paula, Rio de Ja-

neiro.66, Ikrcilia Raggiotto, Rio de Ja-

neiro.67, Geraldo Granado, Rio de Janeiro.68, Nelza Mendes, Rio de Janeiro.69, Humberto M. Azevedo, Ri0 de

Janeiro.70, Zuleicka Costa, Jacarépaguá —.

Rio.71, Henny Tinoco, Rio de Janeiro.72, Pedro Araujo Braga, Rio de Ja-

neiro.73, Maria A. de A. Lima, Ri0 etc

Janeiro.74, Alarico Silveira Filho, Rio de

Janeiro.75, Francisca E. Bulhões, Rio de

Janeiro.

A 176, Lucia Telles, Rio de Janeiro.77, Laéne O. de Aquino, M. Geraes.78, Mario de Souza Pinto, Rio de

Janeiro — Districto Federal.79, Antônio Ananias, Rio de Janeiro.80, Alayde Duque E. Meyer, Rio de

Janeiro — ü, Federal.81, Emilia L, Fortuna, Rio de Ja-

neiro.82, Wandy Fraga Coelho, Rio de

Janeiro.83, Ithally Barcellos, Rio de Janeiro.84, Mabel B, Carvalho, Rio de Ja-neiro.85, Maria L. R. Senna, Rio de Ja-neiro.86, Helgette Lolema de Andrade, Rio

de Janeiro — D. Federal.87, Sylvia Luiz da Silva, Rio de Ja-

neiro.88, Pedro P. Goytacazes, Rio de Ja-

neiro.89, Raul Lopes Pereira, Rio de Ja-

neiro.90, Lucia A. H. de Souza, Districto

Federal.91, Pery de Araujo Bona, Rio de Ja-

neiro.92, Washington C. B. Monteiro, Rio

de Janeiro.93, Emilia Alves dos Santos, Rio de

Janeiro.94, Maria S. Pontes, Rio de Janeiro.95, Nestor Ladeira, Rio de Janeiro.96, Wanda Ladeira — Rio de Ja-neiro.97, Manoel B. Machado, Rio de Ja»neiro.98, João J. R. Silva, Rio de Janeiro,99, Irene Lapés, Estado do Rio.100, Aurélio C. Mesquita, Rio de

Janeiro.101, Thadeu da Silva Telles, Rio de

Janeiro — D. Federal.102, Françoise Lazzati, São Paulo.103, Joffre Ruy de Assis, Minay

Geraes.104, Gertrudes Rumyanek, Districto

Federal.105, Rodolpho Bracher, Rio de Ja*-

neiro.106, Armando Seabra, São Paulo.107, Helena Neiva de Mello, São

Paulo.108, Ary Farias, Rio de Janeiro.109, Eduardo Sodré da Rosa, Ara-

mama — E. do Rio.110, José A. Guilbarducci, M. Geraes.111, Antônio R. Bueno, São Paulo.112, Irita Villa Bella, Minas Geraes.113, Myrthes Divina Dias, Mina*

Geraes.114, João Ferreira. Minas Geraes.115, Waldemar Candella, S. Paulo.116, Ernesto Grôppo, Minas Geraes.117, Ro.a M. H. Colucci, Minas.118, Yolanda de Mello, Rio de Ja-

neiro

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O TICO-TICO 20 — Junho 192S

119, Paulo Dormeyer, São Paulo.120, Yolanda J. de Souza, Estado

do Rio.121, Sebastião P. da Silva, Estado

do Rio.122, Aurora Ferreira da Silva, Mi-

nas Geraes.123, José Magalhães, Estado do Rio.124, Gustavo do Valle, Minas.125, Angeolina L. Fonseca, Rio.126, Francisco de Assis, Rio.127, Alfredo A. Vieira, Rio.128, Armando Raymundo, Rio.129, Yvo Sezam, Rio.130, Marina Trantvetter, Rio.131, Domingos Potenza, São Paulo.132, José Rocha de Almeida, Rio de

Janeiro.133, José da Silva Mattos, Minas.134, Francisca G. Peixoto — E. de

Minas.135, Luiz de Castro — E. do Rio.136, João Faber, E. do Rio.137, Hival Vergueira, Rio.138, José Tourinho, D. Federal. -139, Maria T. Tourinho D. Federal.140, Mario F. B. Túlio, D. Federal.141, Orlando Alves Carneiro, Rio142, Francisco D'Urso, E. do Rio.143, Maria A. Ferreira, Capital Fe-

deral.144, Heloiza de S. C. e Sá, Rio.145, Dalva de S. Cardia, Estado do

Rio.146, Anna E. R. de Mello, Districto

Federal.147, Paulo Villon, Districto Federal.148, Mariazinha M. de Mello, Rio.149, Rachel M. de Macedo, Rio.150, Romeu P. dos Santos, Rio —

"D. Federal.

151, Alzira C. Lacerda, Rio.152, Romeu Corrêa, Rio — Districto

Federal.153, Hélio José Monteiro, Rio — D.

Federal.154, Luiz G. F. Moraes, Rio.155, Adolpho L. M. Júnior, Rio.156, Manoel M. dos Santos, Rio.157, Ione P. M. Monteiro, Rio.158, Caryaci de A. Espinola, Rio,159, Carlos F. Cardoso, Rio.160, Decio Corrêa de Oliveira, Matto

Grosso.161, Paulo Reis, Rio.162, Talitha G. de Azevedo, Rio.163, Maria I. Estrella, Rio.164, Rubem Musco, Rio.165, José Chamarelli, Rio —r Distri-

cto Federal.166, Mario Chamarelli, Rio — Dis-

tricto Federal.167, Geraldo M. C. Pires, Rio.168, Julieta I. Mattos, Rio.169, Marina R. Aguiar, Rio.170, Dirce C. Niemeyer, Rio.171, Dirce Travassos de Farias, Rio.172, Nicanor M, dos Santos, Rio.

173, José B. Menescal, Rio.174, Álvaro Braga, Rio — Districto

Federal.i75, Benedicto F. Alves, Rio.176, Amélia Wüches, Rio.177, Pedro F. Soares, Rio.178, Hélio Vaz de Souza, Rio.179, Autonio P. de A. Campos, Rio.180, Clara Giannetti, Rio.181, Octavio Calvo, S. Paulo.182, Judith Cardoso, Rio.183, Irsio Iriutine, São Paulo.184, Alice Tuli, Rio.185, Maria do R- G. Eça, S. Paulo.186, Aristides S. Bueno, S. Paulo.187, João E. A. Filho, Minas.188, Joaquim C. Filho, Rio.189, Gentil Lorenzini, S. Paulo190, Victcrino P. dos Santos, São

Paulo.191, Edwiges Tommasi, São Paulo.192, Ayase Ramos Bittencourt, Rio.193,' Noríval Xavier de Barros, Rio.194, Luiz Iervolino, São Paulo.195, Enéas Ferreira, Rio.196, Oscar de Assis Silveira, Rio.197,' Maria A. Barbosa, S. Paulo.198, Oswaldo R- Lustosa, Minas.199, Enço Zucchi, São Paulo.200, Laurindo Vieira, Rio.201, Hélio F. de. Carvalho, Rio.202, Armindo P- Mello, Rio.203, Eugênio R. Netto, São Paulo.204, José O. H. Fiança, Rio.205, Rubens P. de Oliveira, S. Paulo.206, Helena C. Dutra, Ria207, Maurício P. Campos, Rio.208, Maria C. França, Minas.209, Luiz C dos Santos, Rio.210, Luiz Alves Corrêa, Rio.211, Maria T. J- de Carvalho, Minas.212, Hélio C. Surerns, Minas.213, Hélio Carvalho Lima, S. Faulo.214^ Lygia Campos, Minas.215, Alda de Oliveira, Rio.216, Sebastião M. Duarte, Rio.217, Maria de L. Moraes, S. Paulo.218, Newton L. Georg, Rio.

. 219, Celinia R. Pereira, Rio.220, Maria L. Malvar, Rio.221, Nelson Walter Pinto, Rio.222, Yara C. de Oliveira, Rio.223, Hugo Pires, Rio.224, José A. Tavares, Rio.225, Eysler Mosso, Rio. .226, Mario Wanderley, Rio,227, Luiz P. Tavares, Rio.228, José M. U. Daltro, Rio.229, Lucía D, Borges e seu mano,

Rio.230, Sylvio M. de Abreu, Rio.231, Josepha F. Secco, Rio.'232 Yolanda B. Freire, Rio.233, Ramer T.. Barbosa, Rio.234, Maria H. P- Sayão, Rio.23s, Lydia G. Ferreira, Rio.236, Arthur B. de Carvalho, Rio.237, Nelson Strauss, Rio

238, Marysa P. Duarte, Rio.239, Luiz de Asiss Duque Estrada,

Rio.240, Laly Câmara, Rio.241, Nadyr R. Moreira, Rio.242, Vera B. Nascimento, Rio.243, Antoninho de Moraes. Rio.244, Mariazinha de Moraes. Rio.245, Manoel de Moraes, Rio.246, Júlio Alves da Silva, Rio.247, Alcyon da F. Doria, Rio.248, Murillo L. M. Soares, Rio.249, Hebe Nogueira, Rio.250, Siducy do P. Senna, Rio.251", Humberto A. Tenorio, Rio.252, Delphi Portella, Rio.253, Agnaldo V. Antunes, Rio.254, Franklin de O. Júnior, Rio.255, Manoel José de Oliveira, Rio-256, Tito L. M. de SanfAnna, Rio-257 Geraldo Pinho, Rio.258, Nelson de Carvalho, Rio.259, Arnaldo de Souza Paz, Rio.260, Helius Cruz de Moraes. Rio.' 261, Luiz P. de M. Montenegro, Rio-262, Wilson de Sellos, Rio.263, Eunice de Sellos, Rio.264, Rosa Lopes, Rio.265, Maria C. Nascimento, Rio.266, Maria J. U. Daltro, Rio267, Cinira O. P. Filha, Rio.268, Arnaldo Simões, São.Paulo. .269, Áureo de Souza, São Paulo.270, Camillo B. de Castro, Rio.271, Francisco de Luea Netto, São

Paulo.272, Toão Pitanga Santos, Rio.273, Carlos H. S. F. Simonsen, Rio-274, José R. Maceira, Rio... •275, Marilia Q. dos Santos, Minas.276, José Bornego, São Paulo.277, José Saddock de Sá, Rio.278, Leonidas Miglivada, S. Paulo-,.279, Roberto de M. Ribeiro, S.Paulo-280, Agostinho Champagr.tr, S. Paulo281, Altina Marques, Rio..282, Antônio I. Netto, São Paulo.283, Puüde de Mello, Mina?.284, Luiz A. Drummond, Rio.285, Hélio T. da Silva, Minas.286, Vera de S. Jaccoud, Rio'.287, Irmã Machado de Mello;: MÈría|288, Antônio C. Iervolino, S. Pando-289, Marja L. de Assis, .Minasw'290, Juramyr G. Q. Santos,; Rjo.291, Esmeralda Lins, Rio.292, Máximo François, Rio,.293, Léo Ferraz Alves, Rio.294, Blandina Fragoso, Rio.295, Sylvia R. Abramo, Rio.296, Estanislau Bym-Boim, Rio.,

• '297, Nicia Corina Ribeiro, Rio.

298, Georgette C. Mattos, Rio.-299, Antônio de Oliveira Filho, Dis'

tricto Federal.300, Orinos Coelho Pereira, S. Paul*

(Continua no próximo numero)

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James e Jayr RoxoP>B Olympia-—São Paulo

Maria, filha do Sr. Ercole *BflBflflBBBflBBB ' Nabilla, filha do Sr. AssadImbroisi. Zacuaria — Parafía

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Suzette, filhinha do SrFirmino Minghelli

Caxias —R. G. Sul Nayde, Nelci e Nilda, filhos doSr. LuizBernardi

Delmino, filho do Sr.Aristides Ávila — Rio

Preto — São Paulo

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Maria Leite, filha do Sr. José M^ÕPt-vV^rl Ernestina, filha do Sr. JoséLeite Júnior — E. S. do Pinhal j^F Leite Júnior — E. S. do Pinhal

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graciosa Maria num trajeencantador de corsário

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Hélio Padilha, nosso assignante ^J| //em Cataguazes — Minas Vi PIHÜ| 1/

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Elza Alves, nossa leitora deCachoeiro do Itapemirim

Luiz, filho do SrMarilda. filha do

Luiz Cumert eSr. Carlos da

Veiga Cabral Júnior

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ASA D E C A M P O —PAGINA N.° 20

A

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O TICO-TICO 12 20 — Junho — 1928

HISTORIA DO DIAMANTE NEGRO' OU PRÍNCIPE DISFARÇADO

Era uma vez na Rússia um homemmuito rico que tinha dois filhos: Miguele Valdemiro. Miguel era muito bom ecarinhoso. Mas Valdemiro era ruim,invejoso e perverso. Miguel era o maisvelho. Elle tinha um bom amigo de no-me Ivan. Ivan uma vez estava a pales-trar com Miguel e veiu Valdemiro e

mandos Ivan embora, Miguel muitapesaroso, foi para casa entrou no quar-to e sentou-se a beira da cama e come-•çou a chorar. Mas Valdemiro foi trairo irmão contou ao pae que Miguel di-zia, que quando o pae morresse ficariacom todos os seus bens para repartircom Ivan. O pae muito duvidoso nãoquiz acreditar. Interrogou a Miguelque lhe negou tudo. O pae indignadochamou A^aldemiro e com ar severo disse-lhe: Valdemiro retira-te da minhapresença para sempre, tu es indigno dereceber a beção paterna não te chama-rei mas de filho «tira-te que não queromais te ver. Valdemiro assustado interrogou porque pae, o pae respondeu-lhe:.Traiste teu irmão. Neste momento Mi-guel achava-se perto interrompeu o paee disse-lhe: Papae irei eu para fora denossa casa; o pae depois de muito cho-rar, e consentiu mas com uma condiçãode Valdemiro ficar preso num cárceredo Castello, durante o tempo do exilio..Trancado Valdemiro no cárcere; Mi-guel chorou muito e depois de pegar amala de roupas e o sacco de dinheirotomou a benção paterna, despediu-sedo irmão e encaminhou-se a casa deIvan para despedir-se do amigo que adorava. Mas Ivan tomando uma mala dedinheiro e outra com roupas partiu comMiguel. Chegados ao cume de uma montanha Miguel se pintou de preto e Ivanfez o mesmo. Miguel tomou o nome deDiamante e Ivan de Romeu. Mas pro-poz Ivan uma cousa que Miguel se cha-maria Diamante Negro. Miguel accei-tou e continuaram a jornada. Chegadosa S. Pertsburgo hospedaram-se numhotel, como tinham dinheiro não se im-portaram comeram, dormiram tres diasno hotel. Ao alvorecer do quarto diapartiram.andaram mas levavam comida.Ahi combinaram um plano. Diamante

propoz, já em meio da estrada, que ahidormiriam e voltariam a Moscou. En-tão ahi chegados se empregariam comoguardas do Castello do pae. Esta pro-posta foi acceita por Ivan. Depois derepousarem numa isba accordaram ás5 horas da madrugada e depois de com-prarem dois cavallos partiram para Moscou. Depois de um dia de caminhadachegaram a margem dum rio. Ahi re-poussaram mas Miguel com medo quealguma fera os atacasse cuidou do ami-go toda a noite. As 4 horas da madru-gada partiram. Ao chegarem a Mos-cou sua alegria foi immensa. Os doisamigos atiraram-se um ao^braço do ou-tro e choraram de alegria. A tardechegaram ao Castello, quando Ia chega-ra souberam que Valdemiro estava comum arrependimento tal que estava ásultimas de saudade e de arrependimen-to do que tinha feito ao irmão. Quandoentraram no castello era uma aza famaterrível. Arautos, cavalleiros exercitoe vaqueanos conhecedores do caminhoarrumavam-se para ir procurar o prin-cipe. Passado 1 hora partia a embaixa-da. Miguel entrou perguntou se tinhalogar para gu<irda do castello elle Ivanuns 15 minutos depois estavam farda-dos e guardando o castello.

Passou um mez e um dia surgiu a embaixada o pae quasi louco esperava anoticia. Mas quando disseram-lhe "nãoelle caiu na cama, e não pode mais le-vantar-se. Um dia ouviu Miguel umavoz que dizia: Onde estará Miguel meuirmão, com certeza já foi devorado porum urso. E rompeu em prantos. Nesteinstante ao longo viam reluzir lançasos soldados apavorados exclamaram:Os schitas. Todos armaram-se paracombater o inimigo. Miguel quandonascera sua mãe tinha lhe marcado embaixo do braço as seguintes inscripções:"M G" A luta da batalha era de mortedepois de dois dias de pelejas afinal osschitas foram vencidos. Miguel ficouferido no braço pouco abaixo das ins-cripções. Quando foi se tratar entrouno dormitório o pae que ao ver a inseri-pção cahiu para traz como fulminadoe depois de chamar Valdemiro que abra-çou-se com o irmão fazendo as pazes.Dois dias depois estava Miguel bom.Miguel casou-se com a filha do Czar

quando o Czar morreu ficou elle sendoCzar tomou seu irmão para 1° ministro.O seu nome era Czar Diamante Negro.Assim viveram os dois irmãos muito fe*lizes longos annos. E é essa a historiado Diamante Negro.

Pedro Stenghel Guimarães(10 annos)

O CAMPO

O Campo está coberto de um verdo-engo extenso e contornado de montesque recebem as crispações cor de fogodo sol, que nasce por traz das verdesmattas, lançando seus raios que inun-dam de ouro as várzeas e os barrancos.Nas colmeias as abelhas trabalham in-cessantemente, os pássaros esvoaçam"chilreando por entre as arvores, e aolonge destaca-se uma legião de imma-culadas ovelhas. A camponeza que as vêpacendo uma a uma, ao vel-as aligeraãsaltando por entre as virentes sarças,julga o prado como que coberto deum vagalhão de espuma. Por entre asoscillações do prestito do arminho, ve-se aos pés da camponeza, brincando narelva do caminho, um casalzinho de ai-vos pombos..

Peter-Pan«$•<$> «s>Como é alegre um dia de sol! A3

creanças, passam contentes para a es-cola, as moças ficam alegres porque po-dem sahir para o commercio, os rapazesestão satisfeitos nos escriptorios, os cai-xeiros batem no balcão para chamar fre-guezia. Afinal nos dias em que esse as-tro desejado de todos apparece comseus raios faiscantes por entre as nu-vens, é uma alegria! Todos tem um sor-riso, satisfeitos porque vão cumprir comos seus deveres, até a natureza parecesentir a magna influencia da tepidez so-lar, as arvores embaladas pelas brizasderramam nos campos chuvas de peta-las e polem perfumado, os pássaros can-tam esvoaçando de ramo em ramo nafaina construetora de ninhos, os inse-ctos volteiam doidos no ar, embriaga-dos de vida e calor os próprios reptisestiram-se na relva á margem dos rega-tos, aquecendo 03 ventres luzidios á luz.dourada do astro rei.,Florise Wanderky Lima (13 annos)

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20 — Junho — 1928

ZÉ MACACO E- 13 O T I C O-T I C O

FAUSTINA ACHARAM CASA^—.

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O TICO-TICO — 14 20 — Junho — 11)28

O MACACO E A COBRAApezar do seu gênio alegre e folgazão, não levando na-

da a serio, e somente querendo brincar, o macaco tinhabom coração.

Estava sempre ao lado dos fracos contra o forte.Muitas vezes, quando percebia que a astuta raposa iaassaltar algum gallinheiro, corria na frente, pulava nomeio das aves, acordando-as, despertando o gallo que co-meçava a cacarejar, chamando assim, a attenção do cãode guarda, de sorte que o plano de assalto da raposa fa-lhava.

Outras vezes, quando via um gavião fazendo nosares circulos concentricos, prestes a se atirar sobre umaincauta ninhada de pintos, enxotava-os para baixo de al-guma arvore copada ou telheiro, arriscando-se a levarferozes bicadas das respectivas gallinhas que não per-cebiam com que fim o macaco se intromettia na sua ni-nhada assustando os pintainhos.

Sua maior implicância, porém, era com a terrivelcobra preta, — uma velha serpente — que, da sua toca,sem se mexer, magnetisava com os olhos vitreos pobrespasarinhos, infelizes sapinhos que se iam approximandodelia até quasi se lhe metterem pela bocea a dentro!

O macaco, todas as vezes que via a cobra com osolhos fascinantes fixados num passarinho, numa gia, ounum lagarto, atirava uma petéca sobre elles, o que fa-zia com que o pássaro voasse, a gia pulasse e o lagartocorresse, fugindo á influencia magnética dos olhos dacobra.

Ella reparou nisso e jurou que havia de se vingardo macaco, dando-lhe um bote quando elle estivese dis-trahido e picando-o com as suas venenosas presas.

O bem-te-vi que vira e ouvira a cobra contar essaameaça ao jacaré, immediatamente foi prevenir o maça-co, em vista de lhe ser muito agradecido, pois o macacodiversas vezes tambem o prevenira da presença da co-bra prompta a devoral-o.

O macaco começou a tomar suas precauções, evitan-do passar perto da toca da cobra.

Depois achou melhor fazer constar que não tinhamedo e contou ao papagaio, ao periquito, á jandaia e atodos os bichos gritadores da matta que elle era "cura-

do" de veneno de cobra, e si havia uma cousa de quegostasse de comer era cobra!

Tinha certeza, falando assim aquelles bichos lin-guarudos, que em breve a cobra saberia de tudo.

Uma vez, avistando um sagüi muito mexiriqueiro,começou a comer uma banana já bem passada que esta-ya com a casca bastante preta.

Que é que você está comendo macaco? pergun-tou-lhe o sagüi.

— E' um pedaço de cobra preta, respondeu o es-to macaco, mettendo na bocea o resto da banana comcasca e tudo.

.— Livra! Que porcaria! exclamou o sagüi dandogritos e cuspindo enojado.

Qual nada! E' até muito gostosa a carne de co-bra, e agora é meu alimento predilecto: cobra preta.

Não tardou que a velha cobra preta soubesse desseestranho caso pelo sagüi que lhe garantia, de longe, eclaro:

Eu vi, sim. Eu vi com estes olhos o macaco co-mendo um pedaço de cobra.

Ella, porém, não acreditou:Macaco comendo cobra!... Só eu vendo para

crer; resmungava a velha serpente desconfiada.O saguisinho que era "leva e traz" de primeira or-

dem. foi logo contar ao macaco que a velha serpente nãoacreditava que elle comesse cobra.

Ah! Ella não acredita. Pois assim que eu pe-gar a primeira cobra vou comel-a bem em frente datoca onde ella mora, somente para ella ver.

E, como era muito astucioso, arranjou um poucode cera da carnaúba com que encerou bem a própriacauda, tornando-a luzidia como um couro de cobra.

Feito isto foi se postar deante do esconderijo dacobra, trepando em um galho alto de arvore e dandogritinhos de alegria.

A serpente ouvindo os guinchos do macaco botou acabeça de fora para ver o que era aquillo, e deu com omacaco lutando, ou melhor: fingindo lutar com uma co-bra preta que parecia ter a ponta da cauda presa nasua cintura, poróm cuja cabeça já estava na bocea domacaco e elle a mastigava furiosamente.

Deante disto, e com receio que lhe suecedesse omesmo, a cobra preta fugiu dali para bem longe, dei-xando em paz os passarinhos, as rãs os lagartos e ou-tros bichos que costumava magnetisar para devorar de-

pois.O macaco havia conseguido enganal-a, mettendo na

bocea a ponta da cauda previamente encerada, e fingiir-do que comia a cabeça de uma lustrosa e comprida cobra

preta que se movia a cada dentada que elle lhe dava.Os pequenos animaes, livres dos dentes da perversa

cobra preta, graças á astucia e bondade do coração domacaco, lhe fizeram uma grande

"manifestação de apre-

ço", offerecendo-lhe diversos cachos de bananas madu-ras e muitos cocos de sapucaia de que elle gosta muito.

Não sei si os jornaes da matta publicaram o re-trato do macaco como um benemérito. O certo é que os

pequeninos perseguidos pela astuta cobra não mais seesquecendo do seu protector, como faz muitas vezes, ohomem que se esquece dos seus bemfeitores.

Rio — V — 1928.

Malazartes.

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O TICO-TICO — 16 20 — Junho — 192S

cáT A Princeza Culinária ^Era uma princeza muito boa... co-

mo costumam ser todas as princezas.Dizia a gente do paiz que ella só ti-

nha um defeito, que era ser muito gu-losa. E quando vinha algum de seusvassalos, rico ou pobre, fazer-lhe qual-quer pedido, nunca jamais era attendi-do antes de provar que sabia... cozi-nhar!

D'essa exquisita mania, que não dei-xava de ter suas vantagens para o pro-prio supplicante, nasceu o appeilidoque lhe deram de:

Princeza Culinária.Vivia no paiz da dita princeza um

velho Duque, veterano de todas asguerras em que sahio victorioso o Rei,pae de Culinária.

Elle era mui rico, e só tinha dous fi-lhos, ainda crianças, quando se foi paraa outra vida, onde já o esperava a suaextremosa consorte.

O tutor dos filhos passou toda a for-tuna para o seu nome, mandou o rapa-zinho para a Escola Militar, e fez edu-car a menina em um collegio estrangei-ro.

Quando ella completou vinte e umannos, o tutor sabia que tinha de pres-tar contas. E vendo que, nem a moça,nem o rapaz gostavam d'elle, e podi-ara mandal-o ajustar contas na cadeia,resolveu salvar-se por meio de uma no-va maldade.

Foi ao Collegio onde estava a filhado velho Duque, e pediu-a em casa-mento. A moça, indignada, poz-se depé, e mostrou-lhe a porta. Mas o tu-tor, que á custa da fortuna de seus pu-pillos, tinha se tornado um homem po-deroso e temido, ameaçou de mandarseu irmão para uma expedição na Afri-ca, onde as febres ó matariam bem de-pressa, si não fosse comido pelas fé-ras ou morto pelos canibaes.

A moça não cedeu. Ella tinha apren-dido cm as ilhistres religiosas que aeducaram, que nunca devemos nos aco-bardar ante as ameaças dos máus...t

Deus protege sempre áquelles queandam no bom caminho. E a hora daIjustiça, ainda que tarde, sempre chega

Clementina, que assim se chamava afilha do Duque de Aguas-Vivas, es-creveu a seu irmão, o tenente Raymun-do, que ninguém sabia na Escola sero actual Duque, legitimo herdeiro doglorioso general.

Raymundo foge da. Escola, e, ser-yindo-se da sua farda militar para fa-

zer crer aos guardas que vinha em mis-são importante, conseguiu chegar ásala do throno; a, ajoelhando-se aospés da Princeza, pediu que salvassesua irmã.

A princeza tomou-lhe a mão, e disseque jamais o reino poderia esquecer osserviços do Duque de Aguas-Vivas;que era o seu maior desejo abraçarcom sympathia a causa de Clementinae de Raymundo.

Porém... elles conheciam a praxe daCorte. A princeza Culinária não podiaabrir excepções. Era preciso que Ray-mundo lhe apresentasse primeiro umprato de macarrão, feito por suasmãos!

O Duque de Aguas-Vivas, que nuncatinha entrado em uma cozinha, nem pa-ra ver a fôrma dos fogões, empallide-ceu.

Para elle, seria preferível que a princeza ordenasse uma luta romana, oumesmo um combate com todos os bi-chos do matto.

Entretanto, a princeza chamou umlacaio, e fez conduzir o tenente á saladas provas, que era uma cozinha ma-gnifica, onde nada faltava para pre-parar o mais lauto banquete.

Raymundo benzeu-se, como si entrasse na porta do inferno; pois na verda-de só via nesta prova um supplicio, emescarneo, e uma entrada aberta a novasdesgraças!

Mas o joven Duque tinha a seu fa-vor duas grandes qualidades: a Espe-rança e a Vontade.

Com a Esperança, elle não desani-mava nunca, porque tinha certeza devencer, de tudo conseguir, pelo esfor-ço e pelo trabalho.

Cem a Vontade, elle desprezava to-das as difficuldades, e não se deixavaabater pelas contradições nem por-um qualquer obstáculo que outros jul-gariam insuperável.

O lacaio mostrou-lhe todos os recan-tos da nobre cozinha; os armários e ascaixas, onde se guardava a farinha, osovos, a manteiga, o queijo, etc.

Depois, muito delicado e solicito,passou-lhe á cintura um avental de li-nho, muito alvo, e cobriu-lhe os cabel-los com uma boina, dessas que andamagora em moda.

Deixado só, o joven Duque não teveduvidas. Arregaçou as mangas, mistu-rou a farinha com os ovos e a mantei-ga, ç começou o processo de amassar.j

Foram tres dias de luta laboriosa e deestudos scientificos, até conseguir umprato que lhe desse completa satisfação.Mas, que de suores e emoções lhe eus-tara aquella victoria !...

Quantas vezes queimou os dedos, nassuas experiências! quanta massa equantos ovos foram gastos inutilmen-te! quantos macarrões, já promptos,

foram sacrificados e atirados ao li-xo... uns porque ficaram muito sec-cos, duros, quebradiços!... outrosmuito engorduradosj... Estes, sobre-nadando na frigideira, por falta de ca-lor; áquelles, calcinados no fundo dapanella, por terem fogo demais.

Porém, Aguas-Vivas não havia es-morecido. E a sua perseverança es-tava recompensada!

O prato de macarrão, de finos compridos, flexíveis, dourados como fiosd'ovos, devia tentar a gula de todas asprincezas do mundo!

E ainda, por um requinte de arteculinária, o illustre cozinheiro cobriuo macarrão com um preparado desua invenção: rodellas de ovo cozidoe passas fervidas no leite.

Nunca foi servido na Corte um pratomais appetitoso, nem mais elegante!

A princeza Culinária convidou o Duque para o banquete, ao qual se acha-va presente o seu malvado tutor.

E foi ali, em presença de todos osMinistros, aias e cortezões, que a Prin-ceza declarou a sua resolução de cha-mar a graciosa Clementina para damade honra, e dar ao joven Duque umcargo na sua casa militar.

O tutor, que assim deixava de sel-o,perdeu a fome, e não provou dos ma-carrões.

E quando o tenente levantou-se parabeijar a mão da sua bemfeitora, elladisse com um riso alegre:

— Agora saiba, Senhor Duque deAguas-Vivas, que não é por maldadenem por gulodice que ponho na cozinhaps grandes da Corte...

Nada melhor que um prato de maçar-rão para por em evidencia o talento, apaciência, a vontade, a perseverança, eo gênio inventivo d'aquelles que sãochamados a ser as columnas da nação.Si não fora a sua pouca idade, o Se-nhor seria hoje o meu primeiro Mínis-tro.

Imagine-se a alegria e o orgulho docozinheiro!

MARIA RIBEIRO DE ALMEIDA

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20 ~ Junho um 1928 — 17 O T I C 0-T I C 0

MODA INFANTIL1° — Lindo vestido de reps

com desenho futurista e man-ieau de flaneKa azul natier etoque da mesma fazenda. Uni-co enfeite, — pespontos e bo-toes.

2° — Manteau de lã emxadrez, com grandes bolsos ecinto passando por cima. Ca-miseta branca da flanella egravata.

3o — Elegante casaco deflanella branca. Golla e boi-sos de velludo, imitando pelle.

4° — Manteau abotoadoPor quatro botões, ligeiramem-te em forma. Enfeite pontosde cruz.

BORDADOS

¦Aiiphabeto para lenços. Rá-mos para punhos, guarda-napos bordados a cores.

Cabeça de guerreiro parabordado Richelieu.

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CASA DE CAMPO- Paginas ns. 21 e 22 (Fim

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O TIC O-TIC O — 20 20 — Junho — 1928

SE PUDÉSSEMOS VER TODOS OS RAIOS DA LUZAinda que assombrosamente serviçal, a vista hu-

mana está muito longe de ser perfeita.Ella desempenha-se, coro toda efficacia das suas

necessidades para comnosco.Entretanto, a sciencia concebe-a muito mais per-

feita. E sabe que se assim o fosse, transmudar-se-ia in-teiramente o aspecto do inundo em que vivemos.

Sob a influencia dessa luz, tudo resultaria diffe-rente: o aspecto da natureza, as bellezas da paysagem,as ruas, o mobiliário, e, mesmo ( os seres que se mo-vem ao redor de nós.

Tão impressionante seria essa dissimilhança que,certamente, se podessemos percebel-a, muitas pessoas'demasiado sensitivas, enlouqueceriam de terror.

Nossos olhos vêm, somente, alguns dos raios lumi-nosos que existem na natureza.

Mas, além desses raios visíveis da luz ordinária,inundam o universo outros de diversas classes, taes co-mo os raios X, os do radio, os cósmicos, os ultra-viole-tas, os infra-vermelhos e outros mais.

Para todos elles a nossa vista é inteiramente cega.Se magnificamente desapparecesse, de súbito, essa

condição e os olhos humanos vissem os raios X ou ai-gumas outras fôrmas de radioacção fora do reino da luzordinária, a transformação seria fantástica e, mesmo,terrorifica.

O verde ordinário das folhagens seria substituidopor uma orgia de brilhantes cores, agora desconhecidase indescriptiveis. A terra lavrada de côr pardo-opaca,converter-se-ia em uma extensão luminosa. A sueces-são dos dias e das noites seria muito differente, pois opróprio ar teria um aspecto luminoso, á maneira de ne-blina phosphorescente. De certas regiões do ceu desce-riam á terra jactos luminosos, como de gigantescos re-flectores, que agora existem, mas que estão invisíveis.Os cabos electricos suspensos sobre as ruas ou colloca-dos nas paredes das- nossas habitações, brilhariam comoincandescentes.

Ainda que pareça estranho que todos esses raiossejam meras formas da luz, este facto pode ser apre-ciado, produzindo-se o que se chama um espectro, istoc, uma mancha de luz colorida, emittida por um pris-ma de crystal, ou observando-se no "prisma" natural,que é o arco-iris.

Em uma das bordas do arco-iris, como em uniadas do espectro produzido pelo prisma de crystal, hasempre uma restea de côr vermelha.

Seguem-na a de alaranjado, a de amarello, a de ver-de e assim, suecessivamente, até a borda opposta, emque se encontra a ultima das cores visíveis do espectro,a violeta.

Todos esses raios coloreados estão presentes na luzbranca original.

O prisma e as gotas de chuva que constituem oarco-iris, nâo fazem mais do que separar essas cores vi-siveis, de modo que os olhos a descoberto, podem vel-asfacilmente.

Mas o espectro real contém, além dessas cores visi-veis, outras invisíveis.

Para a vista humana, a mancha coloreada do espe-ctro parece terminar com o tom violeta. Mas a este se-guem outros, alguns dos quaes podem ser percebidos comdelicados instrumentos de physica especiaes.

O mais próximo ao violeta, é o chamado raio ultra-violeta, ao qual se attribuem notáveis virtudes curativas.

Após esses vêem outros também muito importantes,taes como os raio X, os do radio e os cósmicos, recente-mente descobertos.

No outro lado do espectro, em seguida ao vermelho,ha, também, raios invisíveis. Immediato aquelle o pri-meiro é o chamado infra-vermelho.

Este raio seria capaz de fazer brilhar, na obscuri-dade, as folhas das arvores, se a vista humana fosse ca-paz de sentil-o.

Os corpos dos animaes vivos, o rosto humano etc.estariam, também, banhados por elle, de maneira que po-deríam ser percebidos na mais absoluta escuridão e te-riam uma côr imaginável inimaginável, posto que nenhumhomem o conseguiu ver.

Em summa, tantas e tão grandes seriam as maravi-lhas que com essa transmutação ficariam a descoberto,que o mundo soffreria uma transformação radical emseus costumes.

Com o avanço admirável das sciencias, ultimamen-te, é de prever-se que taes maravilhas não fiquem só-mente na nossa imaginação.

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20 — Junho -* 1928 r-21 — O T I C O-T I C O

E RAM felizes, o veado a corça e um filho

que era o encanto dos pães. O veadi-nho corria e saltava em torno dos pãese delles não se afastava nunca e seum ruído ouvia na matta, tímido bus-

cava o aconchego dos seus progenitores. O velho veadosempre desconfiadosahia ás vezes, pro-curando a verdurafresca nos campospróximos, mas acada passo, impina-va as orelhas atten-to a qualquer assai-to inesperado de ai-guma fera ou mes-mo do caçador.

Uma vez, porém,ouviu o ladrar dccães, transido demedo deu alguns

passos fora moitadeixando a familiaassustado e perce-

O O R P H Ã O

bendo a approximaçâo dos cães partiu ao seu encontro,deixando-se matar para salvar os seus. O corça então, naviuvez, desdobrava-se de cuidados as seu pequeno filho; asorte, porém, lhe foi avara e uma onça a devorou. O po-bre orphãosinho isolado e triste, sentindo-se perdido proctt-

rou o pico das montanhasonde as aves de rapina pai-ravam o vôo e pousavampara descançar.;

Ahi poria termos a seusamargurados dias e não tar-dou que um abutre esfaima-do viesse saciar a sua sedede sangue .j

A. ROCHA,

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O T I C 0-T I C O — 22- 20 — Junho 1928

O O R H Ã O S I N H ONuma noite de inverno, Ivan, menino de sete an-

nos, estava á porta de um templo, dormindo.Era orphão de pae e mãe, e não tinha uma pessoa

amiga que lhe accudisse em sua desdita.Fazia pena vel-o, assim, maltrapilho e magrissimo

por falta de alimento!... E' que o pobrezinho passa-va muitos dias sem comer, nem mesmo, um pedaço depão duro. Pobre menino!... Emquanto os ricos rejeita-vam os pães — de lots, o infeliz Ivan lastimava a suasorte, por não ter uma migalha de pão para saciar afome que sentia. Tambem não tinha um tecto amigoque lhe agazalhasse !... O logar que o recebia de bôavontade, era a escadaria do velho templo da aldeia on-de nascera! Ahi, elle passava a noite, e, ao romper aaurora, o pequerrucho, pallido de fome, vagando pelasruas da aldeia, implorava a compaixão humana.

Uma vez, quando, em noite de inverno, o pequeno,na escadaria da igreja, dormia o seu somno matinal,passava por elle, um senhor que, ao ver aquelle anjolouro exposto ao frio e á chuva da noite, se condoeuda sua sorte.

O bondoso senhor, tomando-o nos braços depois dedespertal-o, amavelmente, levou-o para a sua residen-cia.

Pelos caminhos solitários, só se via a sombra deum homem abraçado a uma criança.

Depois de muito caminharem, o bom homem parouem frente a um grande palacete illuminado por lampa-das electricas e disse: "Meu filho, pássaras a noite,aqui, em minha companhia e de minha mulher e, ama-nhã, quando despertares, contar-me-ás a tua historia."

O pobrezinho não teve palavras que bem traduzis-sem a sua gratidão para com seu protector.

O homem tocou uma campainha, veio uma creadaabrir o portão e o moço lhe entregou o Ivan, recommen-dando que tratasse bem d'elle.

A empregada, levou-o para uma cama fofa, enfei-tada com bonitas rendas e setins, num quarto quente eamplo. O orphãosinho, n'aquella noite, dormiu comonunca dormira em sua vida. Quando o sol já clareavao quarto, Ivan acordou e viu uma senhora tomando-onos braços e beijando-o: era a esposa do moço.

Minutos depois, uma creada vestia-o, galantemente,com roupas enfeitadas de rendas e de fitas.

O menino ao vêr aquillo tudo, estava alegre; de re-pente, começou a chorar. E' que, no seu intimo, a triste-za o acabrunhava fazendo-lhe pensar em sua mãesinhaque morrera!... Tão contente ficaria ella se visse o seu fi-lhinho assim, no meio do conforto!...

Depois de prompto, tomou leite e, pela mão da aia,foi até uma sala onde viu um homem de barbas griza-lhas: reconheceu, nelle, o homem que lhe levara paraali, na véspera.

O menino correu ao seu encontro e abraçou-o comoque agradecendo o que lhe havia feito.

O moço, beijando-o, ternamente, fel-o sentar-se aoseu lado e disse: "Menino, estou prompto a ouvir a tuahistoria e, depois, farei por ti o que eu puder."

O garotinho, entre lagrimas commovidas, começou

a falar: "Moço, ha oito mezes Jesus levou, para si, omeu papá deixando, no mundo, como riqueza a minhamãe. Quinze dias depois da morte do papae, a mamãecahiu doente, com uma febre muito forte que a arreba-tou para o outro mundo, deixando-me assim, orphão,sem uma pessoa para me proteger. Como o senhor vêsou magrinho por falta de alimento e por apanhar chu-va e sereno da noite. A escada da igreja é a minha mo-rada porque...""Não, meu filho!... Foi, mas não é mais!... Atua residência, agora, é esta. Isto tudo é teu! Substitui-rei o teu paesinho, que se foi. "Falou o millionario comos olhos razos de lagrimas.

Ivan, ao ouvir as meigas palavras do bom homem,abraçou-o dizendo: "Então eu vou morar nessa casa, tãobonita?...""Vaes sim, e ficarás sendo meu filho! Serás rico!Dora avante não te faltará nada!... Roupas, calçados,doces, passeios..."

Ivan soluçava!..."Quetens, meu filho? Não deves chorar assim!...E's tão rico e tens um pae para te dar o que dese»jares!...""Muito obrigado! Tenho tudo isto, mas...':"O que? E's mais rico do que todos esses meni-nos desta e de todas as outras aldeias!...""Não, moço! Não sou tão rico assim, falta-me...""Nada te falta, nem faltará!... E' só pedires quemandarei vir. Não te quero vêr triste. Deves ser ale-gre!... Vaes ser o meu thesouro!..."

O menino chorava convulsivamente..."Que tens, meu filho? Não chores assim!... Que-res ir passear? Queres um companheiro para brincarcomtigo? Um cavallo de páo? Uma estrada de ferro?Uma bola de borracha? O que queres? Dize o que de-sejas! Não chores; eu fico triste!... Dize o que querespara eu te dar...""O senhor não pode dar!... "Diz o menino entresoluços."Posso sim, dize!...""Ah... Si pudesse!... Si pudesse me dar, novamen-te, a minha mãesinha!..." Disse o pequeno, chorando.

O homem, que não se lembrava, n'aquella hora, damãesinha do garotinho, ficou silencioso e pensativo em-quanto o menino repetia, soluçando:"Ah!... Ninguém poderá comprar!... Si pudesse!...A riqueza que eu desejava era a minha mãmã que Jesuslevou. Mamãe!... Mamãe!..."

O millionario dizia comsigo mesmo:" Pobre meni--no!... Como sabe o que é mãe!... Pobresinho!..."

O moço, acalentando-o, disse: "Vem, vou dar-te aminha senhora para substituir a tua mãesinha que Jesuslevou... Vem meu filho, vou arranjar-te uma mãmã",e... Ia se foram os dois ao encontro da esposa do bomsenhor.

Ivan, pequenino, embora, cercado do calor da rique-za, sentia, no coração, a falta immensa de sua mãe!...;

DINAH LAS CASAS DOS SANTOS

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20 — Junho — 1928 — 23 — O TICO- J I C O

0 gAXOPHONE_D0 f_NASIAClOj VOU ESTüPAR. B^M a

MlkHA PARTE ,S£ NÃOADEUS FEUAO

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7 *-NAO POSSO MlS,VOU OESCÍ.NÇAR. AOPE' DESTA MANGUEIEA, ESTOU A 5UA£EM Bicas

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UPA.QUE CALOR;BÁRBARO1 ÁiKDAFAIXA UMA HORA

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ALU ÈST/2. OUGKVMMEPAGrAU O ALMOÇOE AINDA COlVo._

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O T I Ç 0-T I C O — 24 — 20 — Junho 1928

MARIA FERNANDES DA COSTA(São Paulo) ¦— Não é preciso pagar.Dizem os horóscopos pedidos: 30 Janeiro— A mulher será de poucas palavras,concentrada mas de forte audácia e te-nacidade. Amante do jogo, dissiparáfortuna. Será feliz no casamento. 25Dezembro: A mulher será de naturezasentimental: O coração bondoso não da-rá facilmente abrigo a estos amorosos.Viverá muito e não terá filhos.

ODETTE (Prahyba) — O dia 15de Março de 1909 foi uma segunda-fei-ra. Não faço retratos graphologicosfora do Tico-Tico.

ROBERTO E GERMANO (Curity-ba) — O homem nascido a 20 de Feve-reiro, será amável, de espirito fácil ecurioso; será ambicioso, enriquecerámesmo. Casando-se, terá pouca prole.Viverá muito.

BARREIRINHOS (Belém)—O ho-mem nascido a 19 de Fevereiro seráde natureza alegre e dado a trabalhossystematisados. Não alcançará riquezasdada a tendência perdulária de que se-rá portador. Bom amigo, será no em-tanto rancoroso inimigo. A graphia re-vela um grande idealista mas ao mesmotempo mostra um portador de fortes ins-tinctos materialistas capaz de tudo paraconseguir posições. O caracter é dúbio,vestido de conveniências. Terá vida agi-lada e casará tarde, depois dos quaren-ta annos, Terá filhos.

LUA CHEIA (São Taulo) — Nãoconheço pessoalmente a ercriptora massei que é natural de Portugal. Estevehospedada, a ultima vez que veiu ao Bra-sil no Hotel Avenida.

FLOR DE MAIO (Faxina) — Amulher nascida a 30 de Setembro seráaffectuosa, amável, excessivamente ca-rinhosa para as pessoas as quaes dedicaraffeição. Terá especial vecação paraa musica e será feliz no casamento seescolher homem nascido em Março ouSetembro. Deve sempre usar uma jóia,collar ou annel, onde se encontre umaopaia,

NHANHA* (Recife) — Nunca ouvidizer tal cousa! As massagens devem seradministradas por profissionaes. Nãocostumo dar receitas. Fale a seu me-dico.

NÃO ME TOQUES (Porto Alegre)I— O assumpto é muito delicado para serexposto nesta revista. O Tico-Tico, fe-lizmente, tudo tem comprehendido e re-alizado a missão educadora que se im-poz sem se utilisar desses methodos quearranham a flor mais 1«lla da infância,

(jue é a. innocencia. E parece que com

O Tico-Tico, com a consulente e comgrande numero de amigos da juventudepensa muita gente. E isso é um consolo.

OMEGA (São Paulo) — O dia 20de Fevereiro de 1911 foi um sabbado.O horóscopo diz o seguinte:

"O homem nascido a 20 de Feve-rei será amável, de espirito fácil ecurioso; será rico, ambicioso, logran-do alcançar os seus desejos de hon-rarias. Inclinado ao luxo e ostenta-ção, gastará largamente o seu dinhei-ro. Casando-se terá pouca prole. Vi-verá muito, embora doente."

RUTH SO' (Rio) — O caso não éfácil de ser resolvido assim tão deprompto. Mande o nome e endereço..Vou attendel-a.

YOLANDA (Rio) — Foi recebidoo retrato e já está em publicação.

MARIA DE LOURDES (Rio) -Tem a consulente uma antureza umpouco sentimental mas o seu espiritonem sempre corresponde a esse fia-grante indicio de sua graphia.

E' muito desconfiada e pouco ex-pansiva. Voluntariosa, mas discreta,será capaz de vencer tudo sem alar-de. Bondade cordial apreciável. Ho-roscopo de 8 de Agosto:

"As mulheres nascidas sob o signoLeo (8 de Agosto) terão muita viva-dade, serão coléricas e de imagina-ção fantástica, ousadas, vingativas,amantes de seus esposos e amadaspor elles. Serão, porém, desregradas,

pouco cuidadosas de sua saúde. Ca-sarão cedo e terão pouca prole. Suaexistência será longa."

QUERCUS ROMANUS (Bahia)— Fortunato Duarte foi um acatadis-simo latinista, professor do CollegioPedro II. Tem um livro didacticoO Latim.

MENINA LAURA (Magé) — Nãoreceito tinturas para cabellos. A in-dicação do que necessita seu papaepode dar, se julgar conveniente.

CURIOSA (Rio) — Quer saber_ aidade do Vovô? Que indiscreção!Vovô tem setenta annos, mais ou me-nos. Entregamos o retrato a Para-todos...

EXAMINANDO (Nictheroy) — Oconsulente não acertou na definição.Devia ter supposto a these falsa echegaria á conclusão certa. Mandopelo correio a solução do problema.

PEREIRINHA (Rio) — Não co-nheço a espécie eqüina de que falao consulente.

Deve ser um animal extraordinário!OLGA V. V. T. (B. Horizonte)

o— Procure o seu advogado e exija ascontas — é o conselho, único, que lheposso dar.

MARCUS (São Paulo) — O filmtem o nome "Elegia". E' dos mais en-ternecedores e já deve ter passadoahi em São Paulo.

BELLAH (Juiz de Fora) — Eiso horóscopo pedido: "A mulher nas-cida a 15 de junho será bella e aman-te da natureza, simples, meiga e agra-davel na convivência. Não encontra-rá felicidade no casamento se nãocom um homem de idade e gostosiguaes aos seus. Será excellénte es-posa, porém, infelizmente, poucocuidadosa de sua saúde."

ARMINDA CAVALCANTE (Rio)— A menina manda-me dizer que terflonze annos e quer saber a inicial doseu futuro esposo. Não dou. Aindaé muito cedo para saber. Entregueia solução do concurso á redacção.

SENHORINHA DO CINEMA(Rio) — E' um truc interessante, fa*cilmente conseguido por meio de es«pelhos. Por que não lê Cinearte?

ORA VEJA! (Santos) — Não to-mo o conpromisso que solicita. Parasatisfazel-o teria de perder tanto teifl*po.,. Já falou a algum advogado?.

.

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20 Junho — 1928 — 25 O TICO-TICO

A VELHA GULO(CAIXA MYSTERIOSA)

A

Como era de prever, depois da visita á tia Helena,Elza teve uma formidável indigestão.

A menina soffria as conseqüências de suai gulodieeda véspera. Naturalmente não era a primeira vez queisto acontecia e D. Alzira, mais aborrecida do que pre-°ccupada, lia para distrahir a doente.

O Sr. Augusto convidou para jantar um seu amigo,Dr. Brenno, que era o medico de seus filhos ha muitosannos.

Quando entraram no quarto, a menina ficou muitosatisfeita, pois sabia que o doutor temperava sempre suasreceitas com uma historia interessante.

Tome este remédio, meu bem, que você fica logoboazinha I

Mas é amargo, Dr. Brenno?Ora! Tome que não se arrependerá. E o medico

acompanhou de um sorriso malicioso o que acabava dedizer. Elza já sabia qual seria a recompensa e decidiu-seafinal a tomar a tizana, mas preveniu:

De fada, não quero.Pois sim, então é de bicho!Mas que conversa é essa, que ninguém entende,

interrompeu D. Alzira.Ahi Minha senhora, são negócios particulares.

Voltando-se para Elza, perguntou: Posso contar qualquerhistoria, sem que você se offenda?

Vae ver que é de uma menina gulosa!Não, é a historia da "Velha

gulosa"..Então não faz mal; pode contar."Era uma vez uma india chamada Ceicy; era uma

yelha muito gulosa, que comia tudo e de tudo, sem nunca6« fartar. Um dia, ella estava pescando de tarrafa no Iga-rapé do rio...

Que é isso r"Igarapé" é uma palavra tupy, que quer dizer:

Caminho da canoa, isto é canal estreito. Ceicy estava noIgarapé e viu um lindo moço, forte e robusto, que tarn-bem. pescava num mutá.

«—' Mas quanto nome difficil-

Pois se é uma lenda indígena! "Mutá" é uma es-pecie de estrada de paus. A velha, assim que viu o indio,poz-se a chamal-o, e como o rapaz não se approximasse,jogou sobre elle a tarrafa, e não o alcançou. O moço riu-se e Ceicy, em vingança, mandou um enxame de marim-bondos, mas nenhum o picou. Então a india mandou tu-candirais; essas formigas bravas deram com elle do mutáno meio d'agua. A velha, satisfeita, prendeu-o na tarrafae levou-o para casa, nada contando á filha e foi juntarlenha, paira o cosinhar.

Mas antes que a velha voltasse, a filha descobriu omoço, teve muita pena delle e soltou-o, recommendando-lhe que, quando ouvisse cantar o gavião kan-kan, seescondesse, pois era a velha que o estava perseguindo. As-sim fez elle e quando ouviu uma ave cantar kan-kan, pe-diu abrigo aos macacos, que o metteram n'um pote.

No dia seguinte o moço poude fugir e na manhã se-gumte depois de haver andado um pequeno trecho, ouviunovamente o kan-kan, Então elle se refugiou na casa dosurucucu. Quando foi alta hora da noite, percebeu que es-sas cobras estavam combinando fazer um moquem e as-sar o hospede. Então o moço pediu soccorro ao gavião"macauan".

Ah! "macauan", os surucucus querem me comer!*— Deixa por minha conta, respondeu a ave. Pouco

depois voltou ella cantando: Já comi os surucucus!A velha gulosa ainda continuou a perseguir o moço

por muito, muito tempo. Um dia, porém, o moço foi pe-dir pousada na casa de uma mulher á qual contou todaa sua longa historia.

A mulher teve muita compaix;> e quiz saber de ondeera o moço e como se chamavam seus paes.

¦¦— Minha mãe chama-se "Aracy-catú".Aracy-catú sou eu e você é meu filho!

Quando a velha gulosa se approximou da casa, todosos parentes do moço o defenderam e mataram a velha apauladas."-

Tio Notcui.

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O T I C 0-T I C O

^> sr, M ãoO velho Zumba, querido contador de

historias á criançada da vü!a, já estavasentado á soleira da porta da sua casi-r,ha, como costumava a fazer assim qusanoitecia, quando foram chegando osseus ouvintes que se lhe agruparam emfrente, á espera de alguma das suasfantásticas narrativas de assombrações,atmas do outro mundo, princezas encan-tadas ou lobishomens.

Hoje não estou p'ra contar histo-rias, disse elle, assim que um dos pe-quenos solicitou uma das esperadas nar-rativas de que sua imaginação erafértil.

Está doente, "seu" Zumba ? —

perguntaram quasi todos, sentindo fica-rem privados de uma boa historia na-quella noite.

Não. Quem está doente é um meuamigo e, eu talvez tenha de ir p'ra lámais tarde lhe "fazer quarto"; si eller.ão melhorar daqui até ás 10 horas danoite.;

E que doença é a delle ? — per-guntou um pequeno mais interessadopelo caso.

A doença delle é "mão carregada",í—, "Mão carregada" ? !... — admi-

raram-se todos numa interrogação col-lectiva.

¦— "Mão carregada" sim; confirmouo bom velhote..

Vocês nunca viram isto ?i— Eu, não I»— Nem eu !

Eu tambem nunca vi; — foram asrespostas que iam dando, simultânea-mente, os interpellados.,

Pois é uma coisa muito ruim, af-firmou "seu" Zumba,;

E como é isso ?—Esperem ahi que eu já conto a

vocês "tudinho" como foi desde o prin-cipio.

Como para reunir melhor as idéas, ovelhote accendeu seu cachimbo de barrocheio de "fumo de rolo" picado, coracabo de taquary, e, depois de "puxar"

umas duas ou tres fumaças, começoupssim:

Lá p'ras bandas do CarrapichoSecco, meu compadre Fulôrenço tem umsitio muito bom, onde dá tudo que seplante. Parece até uma terra abençoadade Deus.

Confinando com este sitio ha um ou-tro, mais p'ra perto da serra, com mui-

— 26 — 20 — Junho 1928

carregada .5? __?to pedregulho e onde a terra já não é

tão bom.O morador de..'e é um caboclo que

dizem ter vindo lá do alto Amazcnas,

dc fala atravessada, que nem parece bra-

sileiro, havendo até quem diga que elle

é boliviano.Muito invejoso, quiz comprar o sitio

do compadre Fulôrenço por " dez réis de

mel coado". O compadre disse que não

vendia.Depois o caboclo arranjou um "grillo"

dizendo que a propriedade delle entrava

por mais de metade do sitio do com-

padre...Que "grillo" era esse que fala-

va ? ! — indagaram alguns admiradosdo facto.

Não falava, não. "Grillo" é umaescriptura falsa com a planta do terrenofeita de propósito p'ra mór de prejudicaros cutros. Mas foi infeliz porque sedescobriu a tramóia e elle só não foi

p'ra a cadeia porque o compadre tembom coração e perdoou..

Passou-se um tempo e começaram aapparecer "despachos" na porta da casado compadre.

"Despachos" de çuê ?Então, vocês não sabem ? ! Des-

pachos de feitiçaria, de "macumba", de"catimbó".. A's vezes era um embru-lho cheio de hervas, de "raspas" deveado, farofa amarella com azeite dedendê, bonecas de cera todas cosidasde agulhas e alfinetes, terra do cemite-rio, dez réis "xm-xem" de cobre. 0s:o3de defunto...

Credo ! — exclamaram duas outres meninas, mais medrosas, persi-gnando-se com devoção.

E não era só isso. Outras vezc3eram sapos com a bocea cosida, sapa-tos sem sola, gallinhas pretas com osbicos "torades" (1), e até uma vez bo-taram um gato esfolado na porta docompadre !

Elle mandou collocar espias escon-didos e viu que quem botava essas"mandingas" era um preto velho a man-dado do visinho..

'(1) Cortados"

Ao principio não ligou importância,vendo que o fim daquillo era metter-lhemedo, elle vender o sitio e mudar-sedali p'ra longe.

Depois começaram a apparecer bilhe-tes sem assignatura dizendo que elle iacahir muito doente, que todo o seu gadoi.a morrer, e que dentro de pouco tem-po elle tinha de sahir do sitio "com ospés pr'a frente"...

Com os "pés p'ra frente"? Comoé isso ? !

Pois você não sabe ? ! " Com 05pés p'ra frente" quer dizer: morto..

Ahn !Pois o compadre foi se amofinan-

do com aquitio; e depois que lhe mor-reram algumas cabeças de gado ataca-das do " mal triste", começou elle a acre-ditar naqueUas porcarias e a ter medo,mesmo, de morrer tambem.:

O caso é que cahiu doente, sem sesaber de quê, ê lá está de cama, comcara de meio maluco, sem querer tomaf"meizinha" nenhuma, com medo de queos remédios tambem tenham "mão car-regada" e elle morra.

Coitado ! — exclamaram as crian-ças, compadecidas do enfermo.

P'ra isso eu só conheço um re-médio...

Qual é, " seu" Zumba ?Qual é elle ?... E' muito sim-

pies... A gente vae no matto...Nesse instante chegou um pequeno,

portador de um recado da mulher docompadre, chamando "seu" Zumba para* fazer quarto", porque o doente estavamuito desassocegado.

Diga lá que já vou.O pequeno que trouxera o recado

disse:Inhôr sim; e voltou por onde ti-

.ha vindo."Seu" Zumba ergueu-se dizendo, por

sua vez, aos ouvintes:Vou passar a noite lá em casa do

compadre. De outra vez eu acabo a his-toria.

E sahiu, arrimado a um grosso cipó-pão de que sempre andava armado ánoite "pro mór de afugentar os cachor-ros, ou matar alguma cobrinha", con-forme elle mesmo dizia.

As crianças, então, dispersaram-se naesperança de ouvir no dia seguinte acontinuação da historia da "mão carre-gada".

TRANCOSO.

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Francisco,filhinho do Sr

Geraldo e Glauco,filhinhos do Sr.Sylvio Garcindo de Sá

José BaptistaCampos

Ouro Fino Minas

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Maria, Rogério e Carmelita,filhinhos do Sr.Agostinho de Mello— Caeté

OS NOSSOSYara, primogênita doSr. A. Couto Valle

- Manhumirim— Minas AMIGUINHOS

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RIN - TIN - TIN, ocão sábio que todosos meninos já* viramnas fitas de Cinema,cumprim e n t ando oseu com padre SI-MÃO. um macaqui-nho sabido e capaz

de mil diabruras. 1 _f*_Í m~»~^_ü

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OLY MAR, BIAS eLUIZ SILVAMELLO, tres me-ninos da Benedetti -Film que figuraramem "BARRO HU-MANO" São tresglorias futuras doCinema Brasileiro

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20 — Junho 1928 O TH 0-1 I C 0

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A TEMPESTADE_ Havia sido assim n'aquelle dia queao longe vae e que tão grande tris-eza deixou no coração da pobre ve-

•hinha.Mal raiava a madrugada, os-peque-

^0s barcos, promptos para a pesca,aloiçavam-se garridos sobre as on-as movidas por ligeira brisa.

A pescaria, em geral, naquella Io-Cidade não durava mais que tres

las findo os quaes era commum vêr-Se voltar os pescadores trazendo boa^arga que iam pressurosamente ven-der na villa distante.

^e volta, vinham contentes para osseus jares trazencj0 mantimentos que0 sitio árido não permittia cultivar.

Encerrada entre duas montanhas, aPequena povoação que se compunha

e Poucas casas esparsas e algumasentro do matto, tinha o seu porto ao

resguardo dos temporaes.Contrastando originalmente com o

erfeno coberto d'uma vegetação ras-eira. existia n'um promontorio queornava o outro lado inaccessivel uma

arvore enorme, cujo tronco resistiaa°s embates do tempo e as folhas ca-larn sacudidas constantemente pelovento qUe soprava.Naquelle dia, ao irem-se os pesca-fes> quando as velas enfunadas

Bondavam os barcos, rumo do largo,' a'guem estivesse perto do arvore-

t.0, Cearia impressionado, (o mari-

0 Quasi sempre é supersticioso)"ecia que as folhas e galhos, agi-os. choravam num som lugubre

m° que avisando ao aventureiroqueseacautelasse.nianhã clara promettia um opti-ia e a aragem agradável corrobo-Va ao bom prenuncio.

haV PartlC*a i* se ^era e a monotoniaini ensaiava em cada casa o10 das obrigações diárias.

Ao cabo do terceiro dia, tudo cor-reria como de costume se não fosseter cessado a viração suave e a at-mcsphera esquentando formar gros-sas e pardacentas nuvens prometten-do um forte temporal.

Era constante o movimento dos quechegavam á praia, a lobngar se al-guma das embarcações fugindo á bor-rasca imminente, antecipava a vindaao porto de segurança.

Outras, em fervorosa prece, ora-vam aos poderes celestiaes para osque estavam no grande oceano.

A surpreza do perigo lhes infun-dia terror mas, não lhes abalava aconfiança na piedade do Altissimo;eram tão pobres, a vida lhes era tãomiseravel-Deus, não os desampararianaquelle momento; por certo!

O horisonte, negro como as nuvenspesadas, cada vez mais escuras e ver-tiginosas, nada deixava ver ao longe.

Súbito um vendaval tremendo pas-sa pela povoação e transforma tudona mais horrenda perspectiva.

O mar enfureceu-se, vagalhõesenormes, com estrondo rebentavam napraia .

Quando mais impetuosa ia a re-frega, uma faísca cortou o espaço eum trovão estrugiu, arrostando umgrande pavor para os que se sentiamimponentes para luetar com os ele-mentos.

Grossas bategas vieram em segui-da e transformaram o logarejo em ma-nancial.

Era indescriptivel a ansiedade detodos por saberem dos seus chefes.

A povoação, sem sentir a impetuo-sidade da água que cahia, estava todana praia, n'uma agitação tremenda eem lamentos dolorosos imprecavamaos Céos.

Quando desarvorados num desman-tello horrível foram chegando as em-barcações, avidamente, os que fica-

ram em terra pediam noticias dos seusentes queridos.

Ficara, ao longe, porém, o barco do"Destemido".

O vento impetuoso destroçara-o eos vagalhões enormes envolveram-n'olevando para o abysmo o valente Pe-dro, o seu corajoso capitão.

Os seus companheiros, procuraram-o horas á fio mas, não o viram mais.

A consternação nunca fora tãogrande para aquellas almas boas epuras, pois o que diriam á boa velhaMarianna, mãe do destemido Pedro?

Pedro era o seu único filho e o seumelhor amparo!

Como contar-lhe a desgraça?Seria melhor inventar uma suave

mentira e quando a mãesinha tremu-Ia, soluçava evocando o filho, os va-lentes pescadores disseram-lhe: — oPedro volta, — elle foi bater á cos-ta vizinha, velo-êmos dentro de pou-cos dias! Tenha paciência!

A boa velhinha esperou dias, me-zes, annos e annos se repetiram queella não sabia mais, se os mezes eramdias ou se os dias eram annos!

Perdera, coitada, a noção do tem-po!

Uma dôr silenciosa a consumia eas lagrimas corriam continuamentesobre as faces enrugadas.

O seu querido Pedro não vinha enão obstante, ella não perdia a es-perança, ainda o esperava...

Absorta, olhava o vasto lençol deágua, sondava a vastidão profunda,interrogava o horisonte, a vêr se ve-ria na sua orla azul, o barquinho develas pandas singrando em sua di-recção!

E a arvore enorme sacudia as suasfolhas, soluçando, como que á avisarque o pescador nunca mais voltaria...

RACHEL PRADO.

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Xolucionistas: — Arnaldo Graner, Ma-rma Graner, Paulo Graner, LeonardoSçattolin, Léo Buffardi, Ruy de Vallada-«s Porto, Walter da Gloria Guida, Raul¦Tinoco Seide, Mozart Cotegipe, BrunoBiffardi, Irita Villa Bella, Felicidade•Brandão Carvalho, Eysler Mosso, Eucly-«es Gonçalves Macedo, Maria AmaliaGonçalves, Rogério de Queiroz, MariliaRvis Pinto, Braulinha de Souza, Célia•Magalhães Gomes, Atirelia W-ilche, New-<0n L. de Carvalho, Pedro Welte, Irace-ma Guimarães, Roberto Pilegi, Enéas Ar-ruda, Paulina Luiza S. Pessoa, RubemC^ias Leal, Mario Brochiue, Joaquim Ge-3'alclo, Bernardi.no Motta da Rocha, Mariotfrochme, Nadir de Oliveira, Carlos Gon-Çalves, Nyvaldo Simões, Walter Reis de^reitas, Maria Jesui-na Pinho dos Santos,fedda Regai Possolo, Rubem Pinheiro de.-toledo, Ivanise Carneiro Leão, Almir Oli-vien, Niette Lemos Duarte, Isa de Ibiro-«)'}', Heloísa P. Freitas, Hélio Carvalho^'-ma, Yolanda Dias, Ruy da' Costa Mes-quita, Bruno A. Ribeiro, José de Souzafontes, Raul Esteves Rangel, Auxibio 'de^ouza Valente, Igilda Aguiar Lobão,

RESULTADO DO CONCURSO N. 3233 2" Prêmio i

A solução exacta do concurso

Eduardo Teixeira da Cunha, Waldemardc Almeida, Sérgio Graner.

Foi o seguinte o resultado final do con-curso:

Io Prêmio:

JOAQUIM GERALDO

de 11 annos de idade e morador á rua Pe-reira de Almeida n. 77, nesta Capital.

MOZART COTEGIPE,

de 14 annos de idade e residnte um SãoThomaz de Aquino, Estado de MinasGeraes.

RESULTADO DO CONCURSO N. .vj6

Respostas certas:

1" — Cravo.2* — Queixo — Queixa.3a — Pecego1>* — Tela — Vela — Sela.5a — Mirim.

Soliicionistas: — Olton Eugênio Menc-zes, Maria Amalia Gonçalves, Marina To-jeiro, Francisco Alberto Santos, YvonnePinto Coelho. José Trindade, Carlos deFreitas Casanovas, Newton de Oliveira,João de Campos, Geraldo de Carvalho daCunha Barlwsa, Maria da Gloria F. deSouza, Yedcla Regai Possolo, Eysler Mos-so, José Maria Uchôa üaltro, FranciscoErnesto cb, Rulhões Carvalho. Ruy da

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O TICO-TICO b~ 30 20 — Junho — 1Ü2S

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Foi sorteada a concorrente:

IRITA VILLA BELLA

_e io annos de idade e residente em Bem-fica, Estado de Minas Geraes.

TALCOBOROASSI__r_?MP§P___n X*^ .r . «í

. <v_<_wTParaassadurasdas creanças

CONCURSO N - 3.246

Para os leitores desta capital e DÓSEstados próximos

Perguntas:

Ia — A's direitas sou efidade, ;....A's avessas sentimento;Decifre, tenha a bondade,A charada d'um portento.

Oue é?Olga Mendes

2" — Qual é 9 homem que no espaçobello?

I<j0p-" *^"*lSr

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/__¦ WP^ -AI /**B___fc PORQUE TOMO 1

yCANONILMNA'(3 syllabas)

Américo Gonzaga

3a — Qual a parte do mundo que temnome de mulher?

(4 syllabas)Odette Vieira

'4* — Qual é o cão que não late?

Saul Costa

5a — Qual o homem qt;e lido ás avessasdá claridade?

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(2 syílabas)Olavo Ferreira

As soluções devem ser enviadas a estaredacção, separadas das de outros quaes-quer- concursos, devidamente asgignadas eacompanhadas do vale 3-24^-

Para este concurso, que será encerradofio dia 15 de Julho próximo, daremos como

¦premio, por sorte, um r'c0 ,ivro 'Ilustrado.

• ^n___________________l______________________F^ y^yr^Wk

<N£ 3.246

CONCURSO N. 3-247

Fará os leitores desta capital e dos Estados

-vP^ iáx_^S-^#xf

Um concurso fácil. A' direita está uma como premios, de i° è 20 Iogatfes, por Sor-cabeça de mulher que vocês podem repro- t dois livr03 üiustrados para a infância,duzir exactamente com as linhas que for-mam a parte esquerda do desenho.-

Asi soluções devem ser enviadas á reda-cção d'0 Tico-Tico, acompanhadas dasdeclarações de idade e residência, as.igna-tura do próprio punho do concorrente eainda do vale que vae publicadp a seguir ctem o n. 3.247.

Para este concurso, que será encerradotio dia 27 de Julho vindouro, daremos

fJr **?______£/yÓ .. ?^lrflrtvS&fipf? CONCURSO

3.247

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O TICO-TICO « 32 20 Junho — 192S

Q U E ,B R A - C À B E Ç. A SNossos amiguinhos deverão resol-

ver o enigma no desenho publicado ercineltel-o, com declaração de nome,edade e residência, nossa redacção.Findo o prazo de 40 dias, faremosum sorteio entre os decifradores exa-ctos e o contemplado pela sorte recc-berá O Tico-Tico, gratuitamente, du-rante um anno.

Resultado do enigma n. 5:— Foi sorteado ANNETE RA-

MALHO, residente á rua Conselhei-ro Franco, 2, Bomfim — E. da Ba-hia, que receberá o Tico-Tico umanno, de graça!

CHAVE

Florizontaes:

1 — Dinheiro francez6 — Advérbio

11 — Numero12 — Nota14 — Escuto15 — Cuidado que se quebram!18 — Nota

i [2 p W~ ~p ¦

f [7 p [9 "íõfi ¦ ¦i2 i*M w+ "

Mr^*3 ,6 ,7 mm\\\

^r^/PisssH^5 ^iBi ÜB

19 -— Letra grega20 — Chegar20 A — Homem21 — Tem ciúme22 — Traz

Tico-Tico — N. 10 — 20-6-928

24 — Suspiros26 — Artigo27 — Trabalho.

Verlicaes:

— Do verbo ir— Sorri— No matto— Moderno?— Classe— Na cahna— Pronome— Tornar invisível

10 — Resoar13 — Levantava16 — Attrahe17 — Cinco invertidas23 — Na ave25 — Mais nada I

Tico-Tico — N. 5 — Solução

Toda a correspondência para a Re-dacção de O Tico-Tico — Secção de"Quebra-cabeças" — Rua do Ouvi-dor, 164 — Rio de Janeiro.

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20 — Junho — 1928 33 — O TICO-TICO

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O TICO-TICO 20 Junho — 1928

A ARANHA E A COSINHEIRA(Fábula)

Dona Aranha, muito esperta,Fizera na cosinhaSua teia. Sempre alerta,Desde manhã á noitinha,Ali ficava á espera que cahisse

Na esparrelaUma mosca qualquer que, por tolice,Entrasse pela janellaOnde havia urdido a teia finaTransparente,Numa cilada moíinaConstantemente.A Benedicta, velha cosinheira.— Eu vou ser franco: —Embora preta fosse,Metteu-se-lhe na mioleiraQue tudo ali devia ser bem branco,Bem limpo, desde o doceAté o próprio chão!Não queria saber de meias tintas;De preto ali somente ella... e o carvão.Tinha de hygiene idéas bem distinctas:Suas mesas, embora fosem toscas,Estavam sempre luzidias,E ella fazia intensa guerra ás moscasTodos os dias.Suppondo que a ajudava na limpezaDona Aranha ali fez a sua teiaNa certezaDe tel-a sempre cheiaDe moscas e mosquitos imprudentes.Mas, oh! desillusão!Oh! fados inclementes!A Benedicta, em grande dobadouraDe limpeza e hygiene,Em dada ocçasião,Apanha uma vassouraE, num gesto solenne,Desmancha a teia da aranhaQue, si não corre,Ainda apanhaE quasi morre...

Este caso demonstra simplesmente,Mas de modo cabal,

Que muitas vezes tambémA gente,

Julgando fazer um bem,Faz apenas um mal.

E. Wanderlev.

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20 — Junho _ 1928 — Jo - O TICO-TI C O

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Indisposto?O máo estar que ás -vezes nos acabtunha

pôde ser causado pot««a alimentaçãoimprópria ao rtosso clima e organismo.Diminua a carne e incluanojeumenú dia-rio.um prato de macarrão AYM.DRE . Asmassas Aymoré sáb produetos saborosos ede grande valor tndritivo j- y ezo por pezo ali-meutam mais do gue goalguer outro gênero-

Seca ao seu armazém..-

MASSAS ALIMENTÍCIAS

AYMORÉ5ÇCC.PR3P tf JppT\ \¦* MCINHO iUCLEZ" // àW/S*->''*\ ^-—

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Chiquinho eBenjamim, ar-raarara umaarapuca e amiuao trepa-vam ao muropara vêr sealguma rolli-nha havia ca-hido na ar-.

desconfiado,não quiz aproxi-mar-se dos garo-tos. Esses em tor-no da arapuca dis-cutiam o modoporque haviam detirar a presa ...

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--S.. .m ad ilha.Até que, ven-do a arapucadesa rma da,saltaram paratirar da pri-são, talvezpara fins si-nistros. Ca-minharam ...

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... cuidadosa-mente para aar ma di lh a.Jagunço, ape-zat de nãoter sido con-vidado, gal-gou, o muro,mas

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introduziu amão e actocontinuo sol-tou um gritoretira ndo-a.E, oh! íata-lidade comuma cobra..

... presa aodedo. Ac-cudiram aosseus gritos emataram acobra que.fe liz mente,não era ve-nenosa ...

si?

pois erauma "canina-.na" Me s moassim Benja-mim passoumuitos diascom a mão natipoia e jurounão se metternoutra.