O Trabalho no Cultivo Orgânico de Frutas: uma Abordagem ... · Palavras-chave: fruticultura...

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Revista Brasileira de Saúde Ocupacional, São Paulo, 29 (109): 37-44, 2004 37 O Trabalho no Cultivo Orgânico de Frutas: uma Abordagem Ergonômica Sandra Francisca Bezerra Gemma 1 Roberto Funes Abrahão 2 Laerte Idal Sznelwar 2 A agricultura orgânica tem sido apontada como uma forma de cultivo sustentável do ponto de vista ecológico, econômico e social. No entanto, não se encontram pesquisas sobre a relação saúde-trabalho na agricultura orgânica, não sendo possível afirmar que a elimina- ção dos riscos toxicológicos do sistema convencional seja suficiente para garantir a saúde dos agricultores. Esta pesquisa tem como objetivo principal a compreensão das dificuldades encontradas na execução do trabalho na produção orgânica de frutas. Para tanto, foi realizado um estudo de caso em um sítio de cultivo orgânico de frutas, aplicando o método da Análise Ergonômica do Trabalho (AET). Tarefas manuais freqüentes no cultivo orgânico, como o ensacamento de frutas, executadas sob pressão temporal, podem colocar em risco a saúde dos agricultores por demandarem esforço físico considerável, posturas desconfortáveis e movimentos repetitivos. Palavras-chave: fruticultura orgânica, ergonomia, tecnologia adaptada. The main purpose of this research is the comprehension of the difficulties related to the work on the organic production of fruits. To achieve this subject, a case study was accomplished on a ranch dedicated to the cultivation of organic fruits. The Ergonomic Method derived from the French/Belgium School, which allows the understanding and transformation of the work through the step by step analysis of actual working conditions, was used as a base to support all the ergonomic analysis of the work performed. It is important to emphasize that some of the manual tasks, more often observed on an organic plantation, can expose the workers’ health to several injuries, as they demand considerable physical effort, uncomfortable postures and repetitive movements that, reinforced by the timing pressure issue, can generate musculoskeletal problems. Weeding, manual grading and fruits bagging, performed to control pests and diseases, are a good example of these type of tasks. Keywords: organic fruticulture, ergonomics, adapted technology. 1 M. Sc. do Departamento de Engenharia de Produção da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo 2 Doutores do Departamento de Engenharia de Produção da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo Aspects of the Work on the Organic Fruit Cultivation: an Ergonomic Approach

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Revista Brasileira de Saúde Ocupacional, São Paulo, 29 (109): 37-44, 2004 37

O Trabalho no Cultivo Orgânico deFrutas: uma Abordagem Ergonômica

Sandra Francisca Bezerra Gemma1

Roberto Funes Abrahão2

Laerte Idal Sznelwar2

A agricultura orgânica tem sido apontada como uma forma de cultivo sustentável do pontode vista ecológico, econômico e social. No entanto, não se encontram pesquisas sobre arelação saúde-trabalho na agricultura orgânica, não sendo possível afirmar que a elimina-ção dos riscos toxicológicos do sistema convencional seja suficiente para garantir a saúdedos agricultores.Esta pesquisa tem como objetivo principal a compreensão das dificuldades encontradas naexecução do trabalho na produção orgânica de frutas. Para tanto, foi realizado um estudode caso em um sítio de cultivo orgânico de frutas, aplicando o método da Análise Ergonômicado Trabalho (AET). Tarefas manuais freqüentes no cultivo orgânico, como o ensacamento defrutas, executadas sob pressão temporal, podem colocar em risco a saúde dos agricultorespor demandarem esforço físico considerável, posturas desconfortáveis e movimentos repetitivos.

Palavras-chave: fruticultura orgânica, ergonomia, tecnologia adaptada.

The main purpose of this research is the comprehension of the difficulties related to thework on the organic production of fruits. To achieve this subject, a case study wasaccomplished on a ranch dedicated to the cultivation of organic fruits. The ErgonomicMethod derived from the French/Belgium School, which allows the understanding andtransformation of the work through the step by step analysis of actual working conditions,was used as a base to support all the ergonomic analysis of the work performed. It isimportant to emphasize that some of the manual tasks, more often observed on an organicplantation, can expose the workers’ health to several injuries, as they demand considerablephysical effort, uncomfortable postures and repetitive movements that, reinforced by thetiming pressure issue, can generate musculoskeletal problems.Weeding, manual grading and fruits bagging, performed to control pests and diseases,are a good example of these type of tasks.

Keywords: organic fruticulture, ergonomics, adapted technology.

1M. Sc. do Departamento de

Engenharia de Produção daEscola Politécnica da Universidadede São Paulo

2Doutores do Departamento de

Engenharia de Produção daEscola Politécnica daUniversidade de São Paulo

Aspects of the Work on the OrganicFruit Cultivation: an ErgonomicApproach

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Introdução

A agricultura orgânica tem sido apontadacomo uma forma de cultivo sustentável dospontos de vista ecológico, econômico e social(Ehlers, 1999). A importância econômicada produção orgânica é crescente, tendo mo-vimentado no mundo US$ 10 bilhões em1997 e US$ 90 milhões no Brasil, em 1999;a maior parte da produção é do tipo familiar,representando 90% do total (Chaim, 2002;Darolt, 2002; Ormond et al., 2001). Par-tindo de uma visão técnica, econômica e eco-lógica, diversas pesquisas têm sido feitas nestesegmento (Darolt, 2002), no entanto, não seencontram pesquisas sobre a relação saúde-trabalho na agricultura orgânica, não sendopossível afirmar que a eliminação dos riscostoxicológicos do sistema convencional sejasuficiente para garantir a saúde dos agricultores.

A ergonomia fornece elementos para oconhecimento dos riscos envolvidos nas ati-vidades de trabalho, sendo, portanto, de bas-tante valia na agricultura, setor que compor-ta grande variedade de riscos (Alves Filho,1999; Jafry, 2000; Pinzke, 1997; Wisner,1994). Supõe-se que: a gestão da produçãoorgânica seja bastante complexa por envol-ver uma multiplicidade de cultivos; o processode certificação do manejo orgânico tragatarefas adicionais para os agricultores; existafalta de tecnologia específica; e, por últi-mo, que exista um grande número de tarefasmanuais necessárias para substituir o uso deprodutos químicos convencionais e a meca-nização na produção, solicitando um maiornúmero de pessoas.

Diante do exposto, decidiu-se fazer umestudo de caso utilizando o método da Aná-lise Ergonômica do Trabalho (AET) em umaprodução orgânica de frutas do tipo familiara fim de melhor compreender as dificul-dades encontradas na execução do traba-lho, explorando questões ligadas à gestão daprodução, ao processo de certificação, àtecnologia disponível e às tarefas manuais.

Material e métodos

Foi utilizado o método denominado Análi-se Ergonômica do Trabalho (AET), oriundo

da escola franco-belga de ergonomia que sebaseia na análise de situações reais de tra-balho, possibilitando a compreensão e atransformação das mesmas (Guérin et al.,2001).

A pesquisa de campo foi realizada em umaempresa do tipo familiar com 4 hectares deprodução orgânica de frutas, situada emValinhos-SP, na qual trabalhavam dozepessoas (produtores, meeiros, diaristas,entre outros), e contou com as seguintesetapas: coleta de dados gerais da empresa eda população, consulta de documentos,entrevistas abertas e semi-estruturadas,observações diretas, registros através defilmagem e fotos e observações sistemáticasde tarefas específicas.

Resultados e discussão

O principal produto do sítio em questão éa goiaba branca, que corresponde a 29%do volume total produzido, seguida pelo pês-sego, com 16%, pelo morango e pela seri-guela, com 11%, pela goiaba vermelha, com5%, e pelos demais produtos, com 28%.Algumas tarefas fatigantes são realizadas commaior freqüência, como, por exemplo, acapina manual em substituição aos pragui-cidas convencionais. Segundo um dos agri-cultores, há muitas atividades diferentes, oque dificulta o domínio técnico dos cultivos:“[...] não somos especialistas em nada, poistemos que cultivar um grande número devariedades”. Essa variabilidade de cultivosfica evidente ao se constatar que em apenas4ha. de área são produzidos mais de trinta eoito itens de fruticultura e vinte de horticultura.

Com relação à certificação da produção,constata-se o acréscimo de tarefas relacio-nadas: ao destino de resíduos domésticos eda produção; à necessidade de organizaçãoda propriedade, tendo locais específicos paraembalagens e insumos, entre outros; ao con-trole do uso de implementos, como o arado,o que conduz à utilização de descompacta-dores naturais, como a adubação verde; àapresentação de análises de solo periódi-cas; à exigência de preenchimento de relató-rios e planilhas detalhadas; à implantação

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e à manutenção de cerca viva a fim de ofere-cer uma barreira natural para evitar a con-taminação da produção por insumos utiliza-dos pelos vizinhos.

Não existem, no mercado, equipamentos eferramentas apropriados ao manejo orgâni-co, demandando adaptações, como os exem-plos mostrados na Tabela 1 e ilustrados nasFiguras 1, 2, 3, 4, e 5. Vale ressaltar que,muitas vezes, as adaptações funcionam demodo precário, podendo colocar em risco asaúde do trabalhador.

Figura 1 Chorumeira com adaptação em“T” durante pulverização.

Figura 2 Microtrator Tobatta com adapta-ção do bico riscador.

Figura 3 Motoserra adaptada com hélicede barco para mistura de chorume.

Figura 4 Aerador – fermentador adapta-do.

Figura 5 Forno de barro para obtençãode ácido pirolenhoso.

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utilizado para o fechamento do mesmo. NaTabela 2 encontra-se uma amostra dos inci-dentes que ocorreram durante oensacamento em 17 minutos de observação.Verificou-se a ocorrência de vinte e um in-cidentes, sendo a “falha do grampeador” o

Tabela 2 Total de incidentes no ensacamento de frutas – 12/08/2003.

incidente mais freqüente. Vale ressaltar quecada tipo de incidente demanda uma açãode recuperação por parte do operador, oque, além de diminuir sua produtividade,exige uma permanência maior em posturasdesconfortáveis.

Devido à altura dos pés de goiaba, o ope-rador raramente consegue ensacar frutas semo uso de equipamento auxiliar, que facilita oalcance das frutas. Além da escada, que pre-cisa ser usada na maior parte do tempo, ooperador utiliza ainda um gancho desenvol-vido e provido por ele para arquear cadagalho, permitindo o alcance das frutas e, aomesmo tempo, mantendo as duas mãos livrespara realizar o trabalho, visto que o ganchoé mantido preso em um dos pés (Figura 6).

Figura 6 Operador usando gancho noensacamento de frutas.

O esforço feito por um dos membros in-feriores, ao sustentar o gancho para mantero galho arqueado, é proporcional ao ta-manho e à espessura do mesmo e à cargaexistente de frutas. O operador refere que“os galhos muito antigos são muito pesados”,o que torna a utilização do ganchodesgastante, ocasionando “fadiga ou dor naperna”. Algumas vezes é necessário que ooperador utilize a escada e o ganchoconcomitantemente para poder alcançartodos os frutos dos galhos mais altos (Figura 7).

Figura 7 Operador usando gancho e es-cada no ensacamento de frutas.

TIPO DESCRIÇÃO DO INCIDENTE TOTAL

1 sacos de papel virados 2 2 sacos de papel descolados 0 3 sacos de papel grudados 2 4 queda de sacos de papel 2 5 travamento do grampeador 2 6 falha do grampeador 1

DATA: 12/08/03HORÁRIO: das 10h30 às 10h47

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Devido à altura das goiabeiras, o opera-dor trabalha a maior parte do pomar utili-zando a escada, o que faz com que ele de-more mais tempo para ensacar e ainda exer-ça um esforço considerável para se manterequilibrado na escada em um terreno cominclinação de 5% a 10%. Além disso, o ope-rador exerce esforço ao subir e descer daescada e ao deslocá-la ao redor das árvorese ao longo do pomar.

As Figuras 8 e 9 mostram cronologicamen-te a postura dos membros superiores do ope-rador durante o ensacamento de goiabas em

função da etapa de trabalho. Observa-se queo operador trabalha a maior parte do tempocom os membros superiores acima do níveldos ombros, sendo que, na Figura 9, arepetitividade de movimentos aparece de for-ma mais acentuada. Essa condição pode re-presentar um risco para a saúde do opera-dor, visto que as posturas desconfortáveis eos movimentos repetitivos são associados aoaparecimento de problemas musculares eesqueléticos (Malchaire, 1998; Pinzke, 1997;Kuorinka & Forcier, 1995).

PRIMEIRO MINUTO DE TRABALHO (09:50:00 às 9:51:00H)

3002/80/91 aid megamliFIntervalo - Galho: 9:50:00H às 9:59:32 H

E

D

D

1 9 11 12 18 53 56 57 60

LEGENDA E Membro Superior Esquerdo

D Membro Superior Direito

Acima do nível dos ombros

No nível dos ombros

Abaixo do nível dos ombros

Raleio

Ensacamento

E

DD

Desloca escada Sobe na escada

D

EE

D

Tempo (s)

Figura 8 Cronologia da atividade do ensacamento de frutas (primeiro minuto).

MINUTO INTERMEDIÁRIO DE TRABALHO ( 9:54:14H às 9:55:14H)

3002/80/91 aid megamliFIntervalo - Galho: 9:50:00H às 9:59:32 H

DD D

1 15 16 20 22 26 29 34 35 37 38 39 44 48 49 59 60

LEGENDA E Membro Superior Esquerdo

D Membro Superior Direito

Acima do nível dos ombros

No nível dos ombros

Abaixo do nível dos ombros

Raleio

Ensacamento

D

D

E

D

E

EE

D

E

D DD D

E

DD

E

Tempo (s)

Figura 9 Cronologia da atividade do ensacamento de frutas (minuto intermediário).

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Conclusões

A agricultura orgânica compreende ativi-dades complexas relacionadas à variabilida-de de cultivos, à carência de apoio e suportetécnico disponível, levando os agricultores atrabalhar na base de tentativa e erro, à faltade tecnologia apropriada, determinando adap-tações de ferramentas, equipamentos e mate-riais, à utilização de um grande número depessoas para fazer tarefas manuais em substi-tuição ao uso de praguicidas convencionais eà mecanização, à certificação da produçãoorgânica que demanda tarefas adicionais.

Cada tipo de cultivo envolve uma série deetapas e cada uma delas demanda uma am-pla variedade de tarefas. Isso traz uma exi-gência muito grande para os agricultores emtermos de conhecimentos técnicos específicose também na gestão de tantas variáveis daprodução. Na produção orgânica, a pro-priedade deve ser vista de forma sistêmica,sobretudo no preparo do solo e no controlede plantas invasoras, pragas e doenças. Issoacarreta uma necessidade de monitoramentoconstante da produção e a gestão das infor-mações levantadas, sendo mais um fator decomplexidade no trabalho. Algumas dificul-dades relacionadas ao processo de certi-ficação e a sua manutenção também interfe-rem diretamente no trabalho de gestão daprodução orgânica, pois envolvem custos,adequações da propriedade para atender àsexigências das normas e tarefas adicionais,principalmente administrativas.

É importante destacar que algumas das ta-refas manuais que aparecem com maior fre-qüência no cultivo orgânico podem colocarem risco a saúde dos agricultores por de-mandarem esforço físico considerável, pos-turas desconfortáveis e movimentos repetitivos,além da questão da pressão por tempo, quepodem ocasionar o aparecimento de distúr-bios musculares e esqueléticos.

No ensacamento de frutas, por exemplo, aposição e a altura do galho podem determi-nar as posturas físicas desconfortáveis ado-tadas pelo operador, que, mesmo com auxí-lio de equipamentos para alcançar os frutos,permanece a maior parte do tempo com osmembros superiores elevados acima do níveldos ombros. Podas que privilegiem as ne-cessidades da tarefa de ensacamento podemminorar o problema.

A falta de tecnologia apropriada foi evi-denciada pela descrição de muitos equipa-mentos, ferramentas e materiais adaptados.Quanto à carência de estudos e tecnologiaapropriada para o manejo orgânico, suge-re-se que os especialistas técnicos, tanto daárea agrícola quanto da ergonomia, unam-se no desenvolvimento de pesquisas e proje-tos específicos que visem melhorar a condi-ção de trabalho dos agricultores a fim deassegurar que este segmento possa contribuirnão somente para a sustentabilidade da ex-ploração agrícola, mas também para a saúdedos trabalhadores envolvidos.

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