O Trabalho Social Com Pessoas Idosas

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Um manual básico para o desenvolvimento de ações de convivência com Idosos

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Um manual básico para o desenvolvimento de ações de convivência com idosos --- O aumento da longevidade é uma das grandes conquistas do Séc. XX em quase todos os países do mundo. No Brasil, já é um fenômeno notável o grande número de pessoas com mais de 60 anos consideradas pessoas idosas conforme a legislação vigente. É uma conquista, porém com muitos desafios a enfrentar para oferecer condições de vida digna a essa faixa etária, que tanto contribuiu com a sua força de trabalho no desenvolvimento do país. Portanto, merece o nosso respeito e valorização, para que tenham um envelhecimento ativo, como preconiza a Organização Mundial de Saúde - OMS. Neste sentido, a SAS/CPSB, responsável pela implementação da Proteção Social Básica no Estado da Bahia, através dos CRAS/PAIF, com o desenvolvimento de ações socioeducativas para os idosos, fortalecendo os vínculos familiares, objetivando o bem-estar dos que envelhecem na família e na comunidade, elaborou o presente Manual como um roteiro básico no desenvolvimento das ações de grupos de convivência, de forma a contribuir para uma ação dinâmica e de prevenção na busca de uma velhice com dignidade.

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Um manual básico para o desenvolvimentode ações de convivência com Idosos

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Governo do Estado da Bahia

Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza - SEDES

Superintendência de Assistência Social - SAS

Coordenação de Proteção Social Básica - CPSB

Governador do Estado da Bahia

Jaques Wagner

Secretário de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza

Carlos Brasileiro

Superintendente de Assistência Social

Ângela Maria Gonçalves

Coordenação de Proteção Social Básica

Rosemeire Silva Teixeira

Coordenação de Serviço de Conveniência e Fortalecimento de Vínculos

Cláudio Meio

Elaboração

José Leôncio R. de Brito (Sociólogo / Gerontólogo)

Analista Técnico

Page 3: O Trabalho Social Com Pessoas Idosas

Sumário

1. Apresentação

2. Envelhecimento da População Brasileira

3. A Legislação Brasileira de Amparo à Pessoa Idosa

4. O Atendimento à Pessoa Idosa na PNAS / SUAS

5. Modalidades de Atendimento à Pessoa Idosa

5.1. O que é Centro ou Grupo de Convivência

5.2. Quais os Objetivos?

5.3. Atividades Desenvolvidas

5.4. Perfil para quem vai trabalhar com idosos

5.5. Atribuição dos Recursos Humanos

6. Compreendendo a Pessoa Idosa

6.1. Condutas Adequadas e Inadequadas

7. Dinâmicas e Recreação

8. Referências

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1. Apresentação

o aumento da longevidade é uma das grandes conquistas do Séc.XX...••..-----

em quase todos os países do mundo. No Brasil, já é um fenômeno

notável o grande número de pessoas com mais de 60 anos consideraeas

pessoas idosas conforme a legislação vigente. É uma conquista, porém

com muitos desafios a enfrentar para oferecer condições de vida digna

a essa faixa etária, que tanto contribuiu com a sua força de trabalho

no desenvolvimento do país. Portanto, merece o nosso respeito e

valorização, para que tenham um envelhecimento ativo, como preconiza

a Organização Mundial de Saúde - OMS.

Neste sentido, a SAS/CPSB, responsável pela implementação da

Proteção Social Básica no Estado da Bahia, através dos CRAS/PAIF,

com o desenvolvimento de ações socioeducativas para os idosos,

fortalecendo os vínculos familiares, objetivando o bem-estar dos que

envelhecem na familia e na comunidade, elaborou o presente Manual

como um roteiro básico no desenvolvimento das ações de grupos

de convivência, de forma a contribuir para uma ação dinâmica e de

prevenção na busca de uma velhice com dignidade.

Carlos Alberto BrasileiroSecretário de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza

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2. Envelhecimento daPopulação Brasileira

No início do século passado, por volta de 1920, a expectativa de vida

do brasileiro era baixa e morria-se muito cedo, por volta dos 33 anos.

Algumas pessoas que tinham um organismo privilegiado conseguiam

chegar a 60, 70 ou 80 anos. O aumento da expectativa de vida foi

alcançado graças à queda da taxa de mortalidade, fruto dos avanços

tecnológicos da ciência médica, surgimento das vacinas e dos

antibióticos, saneamento básico e melhores condições de higiene,

que aliado com a redução da natalidade resultou num aumento de

indivíduos maiores de 60 anos, caracterizando o Brasil como um país

envelhecido.

Segundo dados do IBGE (Censo 2010), em média, os brasileiros estão

vivendo 72 anos, sendo que no sul do país a expectativa de vida chega

a 75 anos devido a melhores condições de vida. Hoje já somos mais de

21 milhões de pessoas com mais de 60 anos, representando 10,79%

do total da população. No ano de 2025 seremos o 6° país do mundo em

número de idosos com projeção para 32 milhões de idosos.

O envelhecimento populacional é um fenômeno mundial com exceção

de alguns países da África, onde a expectativa de vida é de 33 anos.

A transição demográfica vem ocorrendo de forma acelerada,

trazendo como consequência para a saúde, uma mudança no perfil

epidemiológico, com aumento significativo das enfermidades -

degenerativas, tais como: AVC, neoplasias, diabetes, osteoarticular,

Page 6: O Trabalho Social Com Pessoas Idosas

hipertensão arterial, demências, comprometendo a autonomia e

independência do Idoso.

Na área social são graves os problemas entre o idoso e a família. Na

vida contemporânea, a família moderna é obrigada a viver em casa!

apartamento pequeno onde todos trabalham fora e não tem quem

tome conta do idoso. Mais grave ainda é a situação do idoso em

vulnerabilidade e risco social, que além dos conflitos de geração, de

diversidade cultural, de formas diversas de compreender o mundo,

não raro é o provedor da família e coloca as suas necessidades em

segundo plano.

Na questão previdenciária, cada aposentadoria corresponde a

contribuição previdenciária de duas pessoas em atividade. Como as

pessoas estão envelhecendo mais e vivendo mais tempo, o aposentado,

consequentemente, vai passar mais tempo recebendo aposentadoria e

poucos trabalhando para manter os aposentados. Infelizmente ° Brasil

não se preparou para o aumento da longevidade e ainda não existe

uma sensibilização por parte do conjunto de nossos gestores públicos

sobre a necessidade de investir em serviços de qualidade para as

pessoas idosas.

Page 7: O Trabalho Social Com Pessoas Idosas

3. A Legislação Brasileirano Amparo à Pessoa Idosa

A Constituição Federal de 1988, considerada "cidadã", traz alguns

artigos de proteção a pessoa idosa. Vejamos:

Art.? 30 - Constituem objetivos fundamentais da República Federativa

do Brasil:

"Promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo,

cor, IDADE e quaisquer outras formas de discriminação".

Art.? 203 - A assistência social será prestada a quem dela necessitar,

independente de contribuição à seguridade social e tem por objetivos:

a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e àVELHICE;

A garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa idosa

(BPC).

Art.? 229 - Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos

menores e os filhos têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice,

carência ou enfermidade.

Art.? 230 - A família, a sociedade e o Estado têm o dever de amparar

as pessoas idosas, assegurando sua participação na comunidade,

defendendo sua dignidade e bem-estar e garantindo-Ihes o direito àvida.

- Os maiores de 65 anos são garantidos a gratuidade dos transportes

coletivos urbanos.

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A Constituição Federal é Lei maior do país a qual as demais

legislações estão subordinadas. Em 1994, tivemos a promulgação

da Política Nacional do Idoso (Lei n.? 8.842, de 04 de janeiro

de 1994, Decreto n." 1.948, de 03 de julho de 1996), que vem

regulamentar o Art. 230, garantindo os direitos sociais do idoso.

Constitui-se em um instrumento dos mais avançados no que se refere

à garantia dos direitos do segmento da 3a Idade.

Art.? 1° - A Política Nacional do Idoso tem por objetivo assegurar

os direitos sociais do idoso, criando condições para promover suá

autonomia, integração e participação efetiva na sociedade.

Art.? 2° - Considera-se idoso, a pessoa maior de sessenta anos de

idade.

Em 2003, nós tivemos a promulgação do Estatuto do Idoso.

Lei Ordinária n." 10.741, de 01 de outubro de 2003.

o Estatuto é uma grande conquista na proteção aos direitos dos idosos

e quando esses direitos forem violados, o referido estatuto terá poder

de punição.

Se houvesse o respeito aos direitos humanos não haveria necessidade

de ter Estatutos, Códigos e Leis para regular o convívio social entre as

pessoas. Infelizmente, o idoso ainda é muito desrespeitado pela família

e comunidade, necessitando de um tratamento diferenciado com Leis

que proteja os seus direitos, direito a uma vida digna como qualquer

cidadão e não um ser de segunda categoria. Ao Estado e à sociedade

cabe o dever, em conjunto com as organizações de idosos, lutar pelo

cumprimento do Estatuto na sua íntegra.

Page 9: O Trabalho Social Com Pessoas Idosas

Na Bahia, já temos a Política Estadual do Idoso que é a Lei n.? 9.013

de 25 de fevereiro de 2004 e o Decreto n.? 9.234 de 22 de novembro de

2004 que regulamenta a referida Lei.

A Política Estadual foi elaborada com base na Política Nacional do

Idoso, considerando idoso a partir dos 60 anos.

Rege-se pelos seguintes princípios:

- A família, sociedade e Estado têm o dever de assegurar a cidadania

do idoso;

- O processo de envelhecimento diz respeito à sociedade em geral;

- Ao idoso deve ser assegurado o tratamento adequado e livre de

discriminação de qualquer natureza.

Em termos de Legislação de amparo ao idoso, o Brasil avançou nas

últimas décadas, no entanto percebe-se a necessidade de efetividade

do que está posto em lei.

Page 10: O Trabalho Social Com Pessoas Idosas

4. O Atendimento aoIdoso na PNAS I SUAS

De acordo com a Política Nacional da Assistência Social - PNAS "O

Sistema Único da Assistência Social - SUAS é um sistema público

não contributivo, descentralizado e participativo que tem por função

a gestão do conteúdo específico da Assistência Social no campo da

proteção social brasileira".

O SUAS foi uma deliberação da IV Conferência Nacional de Assistência.

Social na perspectiva de reordenar os serviços de proteção na área da

Assistência Social. A ideia é reordenar um sistema onde os serviços e

benefícios da Assistência Social compusessem um conjunto articulado,

integrado de ações, ou seja, organizado em um sistema nacional que

tenha o mesmo desenho, que tenha uma unidade - na União, Estados

ou Municípios - mas respeitando as diversidades.

Um dos princípios básicos do SUAS é organizar os serviços por

território. Ou seja, que o serviço de atenção ao idoso seja próximo ao

local de moradia desse idoso. Um dos modelos de organização desse

serviço é o Centro de Referência de Assistência Social - CRAS/PAIF.

Esse equipamento de assistência social (CRAS) deve ser organizado

para o atendimento das famílias com vistas a prevenção e proteção

das vulnerabilidades, risco pessoal e social, dentro do território de

abrangência.

A base de atenção às famílias atendidas pela Assistência Social e seus

membros - idosos, crianças e adolescentes - é que a família seja vista

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como um todo. Ou seja, a família como um conjunto de necessidades,

de potencialidades, como lócus privilegiado de relações sociais, de

convívio familiar e comunitário. Fortalecer a família é garantir a proteção

social a todos os indivíduos que compõem essa família. O SUAS

pressupõe que o serviço de atenção ao idoso seja de natureza básica

ou especial. Os serviços de atenção básica ao idoso são aqueles que

visam prevenir situações de risco e fortalecer o convívio comunitário e

familiar do idoso.

Conforme previsto na Tipificação Nacional dos Serviços

Socioassistenciais - Resolução n° 109, de 11 de novembro de 2009, o

Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos prevê ações com

idosos sendo,

"Serviço realizado em grupos, organizado a partir de percursos, de

modo a garantir aquisições progressivas aos seus usuários, de acordo

com o seu ciclo de vida, a fim de complementar o trabalho social com

famílias e prevenir a ocorrência de situações de risco social. Forma de

intervenção social planejada que cria situações desafiadoras, estimula

e orienta os usuários na construção e reconstrução de suas histórias e

vivências individuais e coletivas, na família e no território. Organiza-se de

modo a ampliar trocas culturais e de vivências, desenvolver o sentimento

de pertença e de identidade, fortalecer vínculos familiares e incentivar a

socialização e a convivência comunitária. Possui caráter preventivo e

proativo, pautado na defesa e afirmação dos direitos e no desenvolvimento

de capacidades e potencialidades, com vistas ao alcance de alternativas

emancipatórias para o enfrentamento da vulnerabilidade social. "

Page 12: O Trabalho Social Com Pessoas Idosas

As ações com idosos podem ser desenvolvidas nos CRAS ou em outras

unidades referenciadas a este equipamento público.

o objetivo do atendimento a idosos em Centro de Convivência ou no

CRAS é:

- Promover a ressocialização dos idosos através de atividades

sócioeducativas;

- Possibilitar a prevenção gerontológica;

- Elevar a autoestima e o autoconceito dos idosos;

- Preparar os idosos para as perdas biopsicossociais;

- Estimular a luta pela cidadania plena do idoso;

- Promover a motivação para novos projetos pessoais e sociais.

A expenencia prática destas ações com idosos tem demonstrado

que através da convivência em grupo é possível garantir um espaço

sócioeducativo, de troca de experiências, possibilitando o fortalecimento

dos vínculos familiares e comunitários. Tais fatores contribuem para o

envelhecimento ativo e saudável, proporcionando um estilo de vida com

estímulos de valorização da pessoa idosa, resgatando a sua dignidade

enquanto ser humano.

Page 13: O Trabalho Social Com Pessoas Idosas

5. Modalidade de Atendimentoa Idosos no Brasil

São modalidades de atendimento previstas na Política Nacional de

Assistência Social e Política Nacional do Idoso:

1) Centro e Grupos de Convivência;

2) Instituições de Longa Permanência;

3) Centro - Dia;

4) República;

5) Atendimento Domiciliar.

Além destas modalidades temos outras alternativas tais como:

Universidades Abertas a 3a idade e Clubes da Maioridade.

A modalidade Centro e Grupos de Convivência são as mais defendidas

e implantadas em todos os Estados brasileiros, por exigir pouco recurso

e ter um benefício muito grande na vida dos idosos. Vejamos um pouco

o que é este serviço.

5.1) O que é Centro ou Grupo de Convivência?

É o espaço destinado à prática de atividades: sociais, culturais,

educativa, lazer, físicas e promocionais, contribuindo para autonomia,

envelhecimento ativo e saudável, prevenção do isolamento social e

valorização do idoso.

Page 14: O Trabalho Social Com Pessoas Idosas

5.2) Quais os Objetivos do Grupo de Convivência?

- Oferecer oportunidades para participação efetiva na sociedade,

resgatando sua autoestima e autonomia.

- Promover e ressocializar o idoso, proporcionando-lhe oportunidade

de ser útil.

- Desenvolver atividades, as mais variadas possíveis, recreativas,

sócioculturais, que respondam às necessidades dos integrantes do

grupo, que Ihes dêem prazer e contribuam para sua reintegração na

sociedade.

O Centro de Convivência poderá ser construído para este fim ou·

instalado em equipamentos sociais existentes na comunidade,

tais como:

- Centros Comunitários;

- Associações de Bairros;

- Clubes de Serviços;

- Salões Paroquiais;

- Sindicatos.

É importante ressaltar que deve ser um Centro de Referência do

Idoso, onde não se permita a segregação, mas a promoção do

idoso, através de ações integradas com as políticas públicas, saúde,

educação, assistência social, dentre outras.

5.3) Atividades que podem ser desenvolvidas

O desenvolvimento das atividades especificadas a seguir deverá ser

direcionado para a prevenção, promoção, integração e participação

efetiva da pessoa idosa, objetivando uma melhor qualidade de vida.

Page 15: O Trabalho Social Com Pessoas Idosas

Ao desenvolvermos atividades com pessoas idosas, devemos

considerar a individualidade de cada um, seus desejos e

necessidades específicas, assim como compreender os diversos

tipos de inteligências e capacidades.

Existe uma diversidade de atividades possíveis de serem

desenvolvidas com pessoas idosas. As atividades podem ser

empregadas enquanto um recurso terapêutico, uma forma de

ocupação do tempo livre, lazer, socialização e como um recurso

educativo.

Atividades mais utilizadas com idosos:

• Atividades de lazer, jogos competitivos, populares, que requerem

habilidades simples, importantes na construção da confiança e

autoestima, que permitem também desenvolver a coordenação,

memória e percepção;

• Atividades expressivas e artesanais, todos os tipos de pintura,

colagem, modelagens, que estimulam a aprendizagem de novas

habilidades e interesses;

• Atividades manuais que trazem prazer através do manuseio da

transformação da matéria-prima em objetos de valor estético ou

utilitário, em especial as atividades de costura, bordado, crochê,

tecelagem e outras;

• Atividades físicas e corporais que trabalham a consciência

corporal e habilidades físicas como: caminhadas, ginástica, dança

e relaxamento;

Page 16: O Trabalho Social Com Pessoas Idosas

• Atividades sociais que estimulam o convívio social através do

contato com amigos, parentes, comunidade e pessoas de outras

gerações como por exemplo, festas comemorativas, excursões,

passeios, visitas a outras instituições;

• Atividades educativas onde se trabalha temas pertinentes a

questão do envelhecimento e outros temas de interesse dos idosos,

objetivando a reflexão e a discussão coletiva.

Em geral as atividades têm por objetivo:

- Facilitar a socialização, participação e convivência grupal;

- Ajudar a vencer incapacidades e melhorar a autoestima;

- Manter e adaptar, por maior tempo possível, a independência

física, mental e social;

- Construir e reconstruir padrões de vida saudável.

Ao realizar atividades com idosos, algumas considerações se fazem

necessárias:

Preparação do idoso:

- Verificar se o idoso está em posição cômoda;

- Explicar o que está fazendo e porquê;

- Averiguar se o idoso sabe como realizar atividade e se conhece as

matérias utilizadas;

- Verificar o interesse do idoso pela atividade.

Apresentação e realização da atividade:

- Apresentar a atividade através de instruções claras, de forma

pausada, ensinar e mostrar ao idoso como deve ser realizada

a atividade, enfatizando fase por fase. Não explicar mais de uma

Page 17: O Trabalho Social Com Pessoas Idosas

atividade ao mesmo tempo;

- Colocar todos os materiais de forma organizada e preparada para

o uso;

- Solicitar que o idoso repita de forma própria as etapas da atividade

para certificar-se que está seguro para realizar e concluir a atividade

com êxito.

5.4) Perfil para quem quer trabalhar com idosos:

1) Gostar do trabalho;

2) Ter no mínimo o 2° grau, preferencialmente nível superior;

3) Ter noções de Gerontologia;

4) Ser dinâmico e extrovertido;

5) Saber ouvir;

6) Ser paciente;

7) Ser criativo;

8) Ser comunicativo;

9) Ter iniciativa;

10) Não ter preconceito.

Os recursos humanos necessários para o desenvolvimento das

ações no Centro de Convivência são os seguintes:

Coordenador: Nível superior

Técnicos: Professor de Atividade Física;

Técnico Social;

Instrutores de Atividades Manuais.

Page 18: O Trabalho Social Com Pessoas Idosas

Pessoal de Apoio: Merendeira;

Serviço de limpeza;

Administrativo;

Segurança.

Outros profissionais de acordo com as necessidades e

disponibilidades locais.

5.5. Atribuições dos Recursos Humanos

Técnico Social:

- Faz as visitas domiciliares, cadastra os idosos;

- Realiza dinâmica de grupo (reuniões);

- Planeja, coordena e executa as atividades desenvolvidas nos

grupos de idosos, estimulando a participação de todos na tomada

de decisões.

Recreador (técnico de atividade física):

- Estimula sistematicamente o idoso a praticar exercícios físicos e

desenvolver atividades esportivas, o que resultará na melhoria do

seu estado físico e mental.

Orientador de Atividades Manuais:

- Apresenta sugestões de trabalhos manuais;

- Estimula os idosos;

- Busca formas de divulgação e comercialização dos produtos.

Ao longo da vida, o ser humano participa de grupos sociais: família,

escola, trabalho, associações, etc. A necessidade de viver em

grupo possibilita troca de experiências e sedimentam as emoções.

Page 19: O Trabalho Social Com Pessoas Idosas

Ao aposentar-se a pessoa não deve se aposentar da vida, deve

continuar participando ativamente da vida em sociedade.

o Grupo de 3a idade é o espaço onde os idosos aprendem

coisas novas, faz novas amizades e se preparam para as perdas

biopsicossociais do processo de envelhecimento. Daí, a grande

importância deste serviço na vida dos que estão envelhecendo.

"Viver é natural, saber envelhecer é uma arte que muitas vezes precisa ser

aprendida". (autor desconhecido)

Page 20: O Trabalho Social Com Pessoas Idosas

6. Compreendendoa pessoa idosa

Ao trabalhar com idosos se faz necessário, em primeiro lugar,

compreender as condições sociais do indivíduo idoso: seu passado,

presente e futuro, pois esse fator tem influência direta no atendimento

oferecido.

o indivíduo não é só o produto de uma geração, a sua, e sim de gerações

anteriores a ele, ademais cada fase da sua vida exerce influência

sobre as fases seguintes. Uma pessoa não chega de forma brusca e

automática à velhice, pelo contrário, o que ocorre é um processo de

envelhecimento desde o nascimento até a morte.

Para a maioria dos idosos a independência é tão valiosa quanto a

própria vida, pois representa o respeito a si mesmo e a sua dignidade.

Se o idoso possui independência poderá ter um papel na sociedade.

o aumento das "horas vazias" na velhice pode ter como consequência

a desilusão, quando ele se vê forçado a um período de inatividade sem

nenhum lugar para ir, sem nada para fazer, sem nenhum propósito.

A inércia, o aborrecimento e a jubilação podem, também, conduzir

rapidamente a alienação. Esse estado pode ser denominado como

"shock do retiro", passando o idoso, depois da aposentadoria, a

assumir um papel passivo perante a vida.

Page 21: O Trabalho Social Com Pessoas Idosas

Para que o idoso não venha a sofrer demasiadamente com as perdas

próprias da idade é necessário estimular necessidades tais como:

- Utilização do tempo vazio com atividades que lhe traga satisfação;

- Desfrutar da companhia de outras gerações;

- Ser reconhecido como indivíduo;

- Ter oportunidade de expressão;

- Proteção e cuidados com a saúde;

- Adequada estimulação mental;

- Boas relações familiares;

- Satisfação espiritual.

6.1) Condutas Adequadas e Inadequadas - Mitos e Preconceitos

Algumas condutas são consideradas inadequadas na relação com a

Pessoa Idosa. São elas:

- Infantilização do idoso, tratando-o com paternalismo e compaixão,

negando-lhe a sua individualidade e incapacidade como

interlocutores capazes. Ex. chamar de crianças da 3aidade, meninos

(as)...

- Perceber o idoso como um ser sem passado, alguém que sempre

foi velho, negando-lhe a sua história de vida;

- Considerar o idoso como indivíduo tolo, egoísta, decadente

e teimoso, adotando posturas autoritárias que intensificam a

dependência e deterioram a relação de confiança;

- Criticar, dar sermões, conselhos ou formular expressões de falsa

tranquilização;

- Manifestações não verbais inadequadas, com falta de contato

visual, posturas que demonstram pressa, inquietação, contradição

entre a fala e a expressão corporal;

Page 22: O Trabalho Social Com Pessoas Idosas

- A melhor idade é aquela em que a pessoa está bem, feliz. Todas

as idades são boas.

o estímulo de atitudes corretas são necessárias para que a relação

com a Pessoa Idosa seja humana e digna. Procurar sempre:

- Aceitar a pessoa como ela é sem juízo de criticas;

- Agir de modo sereno e competente, proporcionando uma forma de

relação respeitosa, amável e humana;

- Chamar o idoso pelo nome, personalizando o mais possível a sua

assistência;

- Respeitar a individualidade dos idosos, pois todos possuem

personalidade própria que os tornam únicos e diferentes entre si;

- Estar disponível para escutar, dar apoio e esclarecer, sempre

incentivando o idoso a tomar suas próprias decisões.

- Solicitar que o idoso repita de forma própria as etapas da atividade

para certificar-se que está seguro para realizar e concluir a atividade

com êxito.

Se o idoso conhece o que deve ser feito, como e porquê, deve

trabalhar de forma independente e sempre que possível ser

estimulado a ajudar outros idosos.

Page 23: O Trabalho Social Com Pessoas Idosas

7. Dinâmicase Recreação

No processo de envelhecimento ocorrem várias mudanças na vida do

indivíduo e muitas dessas dificultam o modo de viver desse grupo, que

tem se expandido muito nos últimos anos. Em especial para o idoso,

um corpo bonito não é essencial, mas sim, um corpo saudável, livre

de tensões e doenças. Diante desse fato surge a preocupação de se

criar estratégias para que os mesmos possam viver de melhor modo

possível, daí surge a prática de exercícios físicos como aliada desse

processo, possibilitando vários objetivos e facilitando a vida dos idosos.

A atividade física é importante no controle do peso e gordura corporal,

podendo contribuir na prevenção e controle de algumas condições

clínicas associadas a estes fatores, como doenças cardiovasculares,

o diabetes, hipertensão, AVC, artrite, apneia do sono, alterações da

mobilidade. Os exercícios físcos, para promoverem benefícios aos

idosos, devem ser feitos cautelosamente, com pouca sobrecarga, com

poucas repetições e sempre obedecendo às limitações dos idosos.

Tipos de exercícios indicados para idosos:

- Caminhadas em rítmos constantes e moderados;

- Exercícios musculares localizados;

- Exercícios de alongamento;

- Exercícios de relaxamento;

- Jogos recreativos;

- Dinâmicas de grupo.

Page 24: O Trabalho Social Com Pessoas Idosas

Caminhadas

Começa a caminhada aos poucos de acordo com o condicionamento

do idoso. Inicialmente 10 minutos, depois 15, depois vai aumentando

aos poucos o tempo e o rítmo das passadas.

Exercícios musculares localizados

É a ginástica localizada que pode ser feita com ou sem o uso de

sobrecargas (alteres, elásticos).

Exercícios de alongamento

Um dos mais indicados para idosos. Pode fazer os exercícios de

alongamento todos os dias, antes e após qualquer atividade física ou

recreativa.

Exercícios de relaxamento

Pode-se fazer massagem em duplas ou auto massagem utilizando,

músicas de relaxamento, incensos, durante a aula, que deverá ser

aplicada em um lugar tranquilo, sem barulho. Pode-se fazer massagem

em duplas utilizando bolinhas de massagem ou bastão. Uma boa

maneira de relaxar é colocar os idosos deitados em decúbito dorsal

(barriga para cima) e ao som da música apropriada e ir induzindo-os a

situações prazerosas como estar em um jardim, estar na praia, estar

em um pomar, etc.

Jogos Recreativos

Para dar início a um jogo para um grupo de idosos devemos levar em

consideração o estado físico do grupo e adequar às necessidades

dos idosos aos jogos.

Page 25: O Trabalho Social Com Pessoas Idosas

Dinâmicas de grupo

As dinâmicas de grupo para idosos devem ser escolhidas

criteriosamente de acordo com os participantes. O instrutor deverá

explicar claramente o que irá acontecer e assegurar que todos

entenderam. Caso contrário, dar uma nova explicação e só depois que

todos entenderem o enunciado da dinâmica é que a mesma poderá ser

aplicada.

Exemplos de exercício localizado ou de força:

1) Fortalecimento dos braços

Colocar as duas mãos na frente da coxa e flexionar os cotovelos,

levando as mãos na direção dos ombros. Este exercício poderá ser

feito com um pesinho na mão.

Elevar os dois braços na direção da orelha, entrelaçar as mãos e

dobrar o antebraço para trás.

2) Fortalecimento das costas

Flexionar os braços à frente do peito e puxar os cotovelos pra trás.

3) Fortalecimento dos ombros

Colocar os braços ao lado das pernas e subir e descer os braços.

4) Fortalecimento do peitoral

Esticar os dois braços para frente e bater palmas na frente.

5) Fortalecimento das pernas

Abrir as duas pernas, agachar e levantar.

Uma perna à frente, a outra para trás, agachar e levantar.

6) Fortalecimento do quadril

Abrir e fechar a perna para o lado.

Page 26: O Trabalho Social Com Pessoas Idosas

7) Fortalecimento do glúteo (bumbum)

Esticar a perna estirada para trás.

Exemplos de exercícios de alongamento:

1) Entrelaçar os dedos, esticar os dois braços para cima (ombros e

braços).

2) Com as mãos entrelaçadas, esticar para frente na direção dos

ombros (costas).

3) Entrelaçar os dedos com os braços atrás das costas (peito e

costas).

4) Fazer movimentos de sim, não, orelha no ombro e rotação de

cabeça (pescoço).

5) Colocar a mão direita na orelha esquerda e puxar a cabeça para o

lado direito (pescoço e ombro).

6) Com o braço direito para cima, inclinar o corpo para o lado

esquerdo (lateral do tronco).

7) Rotação de quadril (quadril e lombar)

- Puxar a perna para trás com os pés na direção do bumbum (coxa).

- Abrir as duas pernas e fazer deslocamento lateral em uma e outra

perna. Depois, ficar alongando só em uma perna e depois na outra.

8) Flexionar os dois joelhos, colocar o pé para frente e levantar a

ponta do pé.

Mãos na coxa, joelho ou ponta do pé. (panturrilha "batata da perna").

9) Levar os braços na direção da ponta do pé, relaxando a coluna.

10) Subir devagar, desenrolando a coluna.

Page 27: O Trabalho Social Com Pessoas Idosas

Exemplos de Jogos Recreativos

1) Basquete improvisado

Material: dois bambolês e uma bola de basquete

Dividir o grupo em duas equipes. Formar duas filas indianas e colocar duas

voluntárias na frente, segurando o bambolê. Os idosos tentam jogar a bola

dentro do aro, uma fila de cada vez, para ver quem faz a cesta e assim vai

somar os pontos.

2) Disputando caminhada

Material: duas bolas e um objeto (bola, livro...)

Pedir que formem duas filas indianas e colocar duas cadeiras em frente

às filas, mas com uma certa distancia. A primeira pessoa da fila vai até

a cadeira caminhando rapidamente, dá uma volta na cadeira, devolve o

objeto para a pessoa que estava na frente e passa para trás.

3) Futebol adaptado

Material: bola de futebol e algum objeto para servir de trave

Colocar a trave e pedir para os idosos chutem na direção do gol, como se

fosse pênalti no jogo de futebol oficial.

Exemplos de Dinâmicas de Grupo

1) Dinâmica dos palitinhos de churrasco

Material: palitinhos de churrasco

Colocar os integrantes do grupo sentados em círculo. Pegar um fecho de

palitinho de churrasco e passar o fecho de um por um, pedindo a todos

que tentem quebrar o fecho de palitos. Depois, pegar o fecho e distribuir

os palitos entre os integrantes do grupo e mandar cada um quebrar os

palitinhos.

Explicar, ao final da dinâmica, a importância da união para conseguir

alcançar um objetivo. '~ união faz a força"

Page 28: O Trabalho Social Com Pessoas Idosas

2) Dinâmica "O feitiço virou contra o feiticeiro"

Material: papel e caneta

Formar um círculo, todos sentados, e pedir para cada um escrever no

papel uma tarefa que gostaria que o colega da direita fizesse, sem deixar o

colega ver. Após todos terem escrito, o feitiço vai virar contra o feiticeiro e

quem irá realizar a tarefa é a própria pessoa que escreveu.

"Não faça aos outros o que não deseja para si".

3) Dinâmica da historinha

Material: um objeto qualquer

Pedir que todos sentem em círculo. Um integrante do grupo pega um

objeto e diz: "Isto é uma caneta. " Ele passa para o outro que irá completar

a frase: "Isto é uma caneta que fulano me deu." e passa para o outro

dizendo: "Isto é uma caneta que fulano me deu para escrever. .." Assim, vai

passando entre todos do círculo para treinar memorização. O que errar,

paga uma prenda escolhida pelo grupo no meio do círculo.

4) Dinâmica "Para quem você tira o chapéu"

Material: um chapéu e um espelho

(O espelho deve estar colado no fundo do chapéu.)

O animador deve escolher uma pessoa do grupo e mostrar o chapéu a ela,

perguntando: "Você tira o chapéu para essa pessoa?" Não deixar a pessoa

dizer quem é. Só estimular o participante e enaltecer suas qualidades.

Fingir que trocou a foto e chamar o próximo. Fazer a mesma pergunta e

assim por diante.

Page 29: O Trabalho Social Com Pessoas Idosas

5) Dinâmica das mãosTodos os participantes deverão formar um grande círculo de mãos dadas.

O instrutor solicita que todos olhem e memorizem as pessoas com quem

está pegando nas mãos (direita e esquerda).

No próximo passo, o instrutor solicita que todos comecem a caminhar

aleatoriamente pela sala, saindo da posição original. Através de um sinal,

todos deverão se posicionar no centro da sala e se tornar estátuas.

Neste momento, o instrutor solicita que as pessoas, sem sair do lugar,

dêem as mãos para aquelas pessoas no início da dinâmica (mão direita

com a pessoa que estava a sua direita e mão esquerda com a pessoa que

estava a sua esquerda).

O último passo é solicitar que todos, juntos, tentem abrir a roda. Vale tudo,

pular, passar por baixo, girar, etc. Só não pode soltar as mãos. A roda

deverá ficar do mesmo jeito que no início da dinâmica.

6) Dinâmica "trocando os crachás"Material: crachás ou papel grosso e lápis pincel

No início do encontro, distribuem-se os crachás normalmente, de forma

que cada um receba o seu próprio nome. Após algum tempo, recolher

novamente os crachás e colocá-Ios no chão, com os nomes voltados para

baixo. Cada um pega um para si; caso peque o próprio nome, deve trocar.

Colocar o crachá com outro nome e use-to enquanto passeia pela sala.

Enfim, procurar o verdadeiro dono do nome (crachá) e entregar a ele seu

crachá. Se não houver crachá, essa dinâmica poderá ser feita com papel

grosso com os nomes colados com fita adesiva na roupa.

7) Dinâmica de boas-vindasMaterial: envelopes, pedaços de papel, lápis pincel

Entregar aos participantes um envelope com nove pedaços de papel

com letras desenhadas, por exemplo, B ou I ou V. Todos terão 09 letras

da palavra bem-vindos no envelope. Pedir para que cada um forme sua

palavra e, ao final, pedir para todos lerem em voz alta a palavra que formou.

Page 30: O Trabalho Social Com Pessoas Idosas

8) Dinâmica do bambolê

Material: bambolê

Todos de mãos dadas, em circulo, com um bambolê por grupo. Sem soltar

as mãos, deve-se fazer o bambolê passar por todos integrantes do grupo.

Cada um deverá mover-se de modo tal que consiga passar o bambolê

para o companheiro do lado.

9) Dinâmica das perguntas e respostas

Material: pedaços de papel e lápis pincel

Sentados em círculo, o animador entregará os papéis numerados com as

perguntas a uma parte do grupo e outros papéis, também numerados com

as respostas, entregará a outra parte do grupo. Pedir para o número 5 ler

sua pergunta e pedir para quem estiver com o número 5 do outro grupo

ler sua resposta.

Exemplo de perguntas:

1) Sente-se bem?

2) Você tem namorado?

3) Você ronca de noite?

4) Você come muito?

5) Você gosta de quê?

Respostas

1) Sinto-me como uma galinha.

2) É o padeiro.

3) Às vezes fafa, às vezes fufu.

4) Numa tigela.

5) Homens.

Formular perguntas com respostas engraçadas para descontrair o grupo.

Page 31: O Trabalho Social Com Pessoas Idosas

10) Dinâmica da bola de assopro

Material: bolas de assopro de duas cores

Dividir o grupo formando duas equipes. Em umas das equipes, amarre um

cordão no pé dos participantes com as bolas amarelas e em outra equipe,

amarre as bolas vermelhas, também nos pés dos participantes. Explicar

que os participantes das bolas amarelas terão que tentar estourar as bolas

vermelhas dos colegas e, ao mesmo tempo, proteger a sua para que não

seja estourada. Marcar um tempinho e mandar parar de estourar. Vence o

grupo que estiver com mais bolas sem estourar.

11) Dinâmica dos aros (bambolês)

Material: música e bambolês

Entregar um aro para cada participante. Pedir para os participantes

formarem uma grande roda e depois todos colocam seus bambolês no

chão. Sem que a turma perceba, o animador tira um bambolê e solta uma

música para que o grupo fique dançando dentro do círculo formado pelos

bambolês. Ao parar a música, todos devem entrar em um bambolê. Uma

pessoa vai sobrar porque tem um bambolê a menos. O que sobrou, sai da

brincadeira e assim sucessivamente.

Deve-se explicar que os participantes podem entrar em qualquer bambolê,

não necessariamente o que ele estava no início da brincadeira. O animador

deve sempre tirar um bambolê para, aos poucos, ir saindo um da

brincadeira. Ao final, pode-se oferecer um brinde ao que ficar por último.

12) Dinâmica das filas

Pedir para o grupo formar duas filas, uma de frente para outra. O

animador vai formulando perguntas tipo: "Quem gosta de uva? Assim, os

participantes de uma fila passam correndo para a fila de frente, de acordo

Page 32: O Trabalho Social Com Pessoas Idosas

com suas respostas. O animador deve criar perguntas engraçadas para

fazer pegadinhas, tipo: "Quem gosta de mulher?" Quando as mulheres

trocarem, brincar com quem trocou e as outras darão muitas risadas. Essa

dinâmica serve como exercício de aquecimento para ginástica.

13) Dinâmica da direita, esquerda, frente e atrás.

Formar filas indianas com os participantes. O animador vai dando os

comandos da dinâmica: Um passo para direita, toda fila tem que ir para o

lado direito. Fazer para direita, esquerda, para frente, para trás.Quem for

errando vai saindo.

14) Dinâmica das partes do corpo

Numa grande roda, a pessoa começa a brincadeira dizendo o nome

de uma parte do corpo. Passando a vez, a pessoa que estiver ao lado

determinado irá colocar a mão na parte do corpo que a primeira pessoa

falou e dizer outra parte do corpo, passando a vez. A pessoa ao seu lado,

colocará a mão na parte corporal dita pela segunda pessoa e dirá outra

parte e assim sucessivamente.

15) Dinâmica das bolas ao alto

Materiais: bolas de assopro de duas cores

Todos enchem as bexigas e cada um com a sua começam a tocar a bola

pro alto sem deixar cair. O animador vai dando os comandos: primeiro

com a cabeça, depois com o ombro, depois com o cotovelo, com a palma

da mão, com o dorso da mão, com a perna, com o joelho, com os pés.

A bola que cair no chão deverá ser estourada. O animador manda cada

um segurar sua bola de novo. Alguns estarão sem bola porque já foram

estouradas. Pedir para contar o número de bolas de cada cor para ver qual

o grupo que ficou mais tempo com a bola no ar.

Page 33: O Trabalho Social Com Pessoas Idosas

16) Dinâmica da troca de lugares

Formam-se duas filas, uma de frente para outra.

Os participantes irão trocar de lugares com as pessoas da fila da frente,

quando concordarem positivamente com a pergunta do animador.

Ex: O animador diz: "Quem gosta de manga?" Se a pessoa não gostar,

não sai do lugar, se gostar, passa correndo para o outro lado.

O animador vai fazendo as perguntas e depois, pode fazer uma pegadinha

com o grupo que tiver muitos homens, dizendo: "Quem gosta de

homem?" Geralmente um se atrapalha e troca, deixando a brincadeira

divertida. Essa dinâmica serve como exercício de aquecimento para

desenvolver outra atividade.

Obs.: As dinâmicas apresentadas deverão ser acompanhadas por

um profissional da área de atividade de corpo. Estas dinâmicas foram

elaboradas pela Prot". de Educação Física, Joseni Rocha (Katatal}, que

trabalha com idosos no Centro de Convivência de Jacobina/Ba.

Fone: 74.36215631/91250846.

Email: [email protected]

Page 34: O Trabalho Social Com Pessoas Idosas

8. Referências

Política Nacional do Idoso. Lei n° 8.842 de 1994. Brasília, 1996.

Estatuto do Idoso. Lei n° 10.741, de 10 de outubro de 2003.

Zimerman, Guite I. Velhice: aspectos biopsicossociais - Porto

Alegre, Ed. Artmed, 2000.

Néri, Anita Liberalesso e Freire, Sueli Aparecida. E por falar em boa

velhice - Ed. Papirus, 2000.

Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza - SEDES

Superintendência de Assistência Social - SAS

Coordenação de Proteção Social Básica - CPSB

Av. Luiz Viana Filho, 200

2a. Avenida B - CAB

10. Andar -- CEP: 41750-300

Fones: 3115.3284/9917/1563

Salvador/Bahia

"Feliz quem atravessa a vida tendo mil razões para viver"

O.Helder Câmara

Page 35: O Trabalho Social Com Pessoas Idosas

SECRETARIA DE IDESENVOLVIMENTO SOCIAL

E COMBATE A POBREZA

f'J\~~~

TERRA DE TODOS NÓS