O u t-No v 2018 RESÍDUOS NA GESTÃO DE CADEIA DE … · É o caso do Rio de Janeiro, onde foi...

24
GESTÃO DE RESÍDUOS NA CADEIA DE VALOR O impacto ambiental é enorme, conduzindo o mundo para uma catástrofe capaz, segundo muitos especialistas, de causar a extinção do planeta. Pag. 3 Out-Nov 2018

Transcript of O u t-No v 2018 RESÍDUOS NA GESTÃO DE CADEIA DE … · É o caso do Rio de Janeiro, onde foi...

GESTÃO DE

RESÍDUOS NA

CADEIA DE VALORO impacto ambiental é enorme,conduzindo o mundo para uma

catástrofe capaz, segundo muitosespecialistas, de causar a extinção

do planeta. Pag. 3

Out-Nov 2018

Expediente DIRETORIA EXECUTIVA

Vice Presidente Institucional – Laerte Farina Vice Presidente Executiva – Lisley Pólvora

Coordenador do Conselho Deliberativo – JoséEduardo B. Barros

Conselheiro Deliberativo – Fernando F. MouraConselheiro Deliberativo – João Paulo Monetti

Executiva de Negócios – Rita Capistano

DIRETORIA REGIONAL SÃO PAULO André Gurgel – Superintendente de Compras

BM&BOVESPA Eduardo Heinemann – Sócio da Capital Executivo

Soluções Empresariais Cleide Freitas – Diretora – QUANTA Soluções em

Comunicação Júlio Pinheiro – Ger de Contratação – EMBRATEL

TELECOM

DIRETORIA REGIONAL RIO DE JANEIRO Anderson Cotias – Ger. de Sup. Brasil Wilson

Sons Filipe Barroso –

Wladimir Salles – Sócio da WM Trein e Consultoria

DIRETORIA REGIONAL RIBEIRÃO PRETO Marcus Vinicius da Silva Silvano

COMITÊ DE COMPRAS

Eduardo Heinemann – Diretor Comitê SP Wladimir Salles – Diretor Comitê RJ

1

Av. Paulista, 726 – 16° andar - Bela Vista – São Paulo - SP – 01310-910

(11) 3774-0046 e (11) 3774-0045

Editorial Neste edição temos assuntos variados

de grande interesse a todos do setor de

compras e suprimentos. O tema em

destaque nesta edição é sobre a

geração de resíduos.

Os resíduos sólidos são os restos

oriundos das atividades humanas,

sejam elas domésticas ou industriais.

Estes resíduos são os processos

metabólicos dos seres humanos, bem

como produzidos como substratos da

fabricação de produtos dos diversos

meios de fabricação.

O que você tem feito para minimizar a

geração de resíduos em sua empresa

ou casa?

Lisley Pólvora VP Executiva CBEC

Boa leitura!

2

Índice

Setor de Compras Digital e as Melhores Práticas de Compras

3

8

10

13 CBEC em ação! Cursos abertos e in company

Pós-Graduação: Gestão Estratégica de Compras

Gestão de Resíduos na Cadeia de Valor

12 Benefícios de ser associados CBEC

15 Top 10 - As maiores empresas de frete aéreo do mundo.

17 Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse ...... nas negociações

3

GESTÃO DERESÍDUOS NA

CADEIA DE VALORA geração de resíduos é um tema extremamente apaixonante, ao qual

empresas e profissionais devem, dedicar atenção, em função dos

desdobramentos que a sua existência causa a vida em nosso planeta.

A geração de resíduos permeia todo o processo produtivo, desde de a

geração das matérias-primas até o fim do ciclo de vida do produto, causando

problemas de escassez ou esgotamento de recursos naturais e contribuindo

significativamente, para o aumento da poluição e da degradação ambiental,

principalmente em função do descarte inadequado de rejeitos, ao longo de

toda a cadeia de valor.

O impacto ambiental é enorme, conduzindo o mundo para uma catástrofe

capaz, segundo muitos especialistas, de causar a extinção do planeta.

Os alertas estão bem claros. No período de 2012 a 2017 foi registrado um

dos maiores períodos de seca. Mudanças climáticas radicais e com maior

frequência têm causado enormes transtornos e prejuízos, por todo o planeta.

Os problemas climáticos que enfrentamos, derivam de um modelo de

consumo desconexo, das pessoas e das empresas.

Wladimir Salles Especialista em Cadeia deSuprimentos|Consultor| Professor| Sócio na WMTC

4

No ambiente de negócios, urge a necessidade de uma forte mudança nos

processos produtivos, trazendo a sustentabilidade para o centro da

estratégia empresarial, na busca de modelos que possam alinhar a proteção

do meio ambiente, o bem-estar da população e o crescimento econômico.

A CADEIA DE VALOR

Desde que o Prof. Michael Porter, em 1985, criou o conceito de cadeia de

valor através da estruturação das atividades desenvolvidas pelas empresas,

com o objetivo de garantir a máxima qualidade do serviço e produto ao

cliente final, além de criar vantagem competitiva no mercado, vários modelos

de negócios foram analisados, objetivando a identificação das etapas que

realmente agregassem valor ao produto. Assim, aqueles processos que não

agregam nenhum valor podem ser revistos, seja como alvo de

reestruturação ou corte (evitando desperdício de dinheiro e tempo de

produção) (2).

Na estruturação proposta pelo Professor, as atividades desenvolvidas pelas

empresas são agrupadas, em dois grandes blocos: atividades primárias e

secundárias (ou de apoio).

As atividades primárias, são as responsáveis pela criação e a transformação

dos produtos e serviços, como a logística, as atividades relacionadas com a

comercialização e a promoção do produto e o pós-venda.

Já a gestão de Recursos Humanos, o desenvolvimento tecnológico,

infraestrutura da empresa, que apoiam direta ou indiretamente a execução

5

das atividades primárias da empresa, formam as denominadas atividades

secundárias.

GERAÇÃO DE RESÍDUOS

Para muitos líderes empresariais, a adoção de um modelo sustentável

precisa estar na agenda da sociedade, pois trata-se de tema de interesse de

todos, uma vez que, como acima descrito, trata-se da sobrevivência do

planeta.

Vários são os temas a serem abordados, quando tratamos da

sustentabilidade. Dentre estes está a geração de resíduos ao longo da

cadeia de valor dos produtos.

Apesar de não poder ser apontado como única causa, o modelo de

produção tradicional, é um dos principais causadores do problema.

O “modelo linear de produção, adotado desde dos primórdios da revolução

industrial, é um dos alicerces da enorme geração de resíduos em nossa

sociedade, pois o processo consiste na extração de matérias-primas, na

produção de bens e no descarte das “sobras”. Este modelo causa problemas

de escassez ou esgotamento de recursos naturais e contribui para o

aumento da poluição e da degradação ambiental, principalmente em função

do descarte inadequado de rejeitos”.

Ao efetuarem a gestão da cadeia de valor, as empresas sempre estiveram

preocupadas com a geração de valor. Contudo, ao olharmos para o

processo, com a visão da sustentabilidade, percebemos um aspecto

6

extremamente importante, a ser gerenciado, que é a geração de resíduos

ao longo da cadeia.

A geração de resíduos talvez seja um dos principais problemas da

sociedade moderna. Somente no Brasil, mais de 30 milhões de toneladas de

resíduos são destinados para os lixões, apesar da Política Nacional de

Resíduos Sólidos, que é a lei que regulamenta o tema, ter previsto a

eliminação destes até 2014, o que é claro não aconteceu. Esta quantidade

de resíduos destinada aos lixões irá impactar a saúde, o meio ambiente e

causar problemas sociais(3).

A geração de resíduos permeia toda a cadeia produtiva desde o

fornecimento de matérias-primas até a entrega do produto final pelo

consumidor, etapa na qual o mesmo passa a ser tratado como resíduo

doméstico. Mas, que é na verdade parte do processo de geração de valor

para o cliente final e, portanto, integram a cadeia de valor do produto.

O problema está no modelo de consumo adotado tanto individualmente,

como pelas empresas, baseado na não percepção de que o planeta é um

sistema finito, onde a capacidade de regeneração é limitada e possui um

tempo definido.

GESTÃO DOS RESÍDUOS

Produtos e embalagens são as grandes fontes de geração de resíduos, na

cadeia de valor, sendo sua eliminação o maior desafio da gestão

empresarial, sendo, portanto, fundamental que as organizações revisem

7

seus processos, abandonando o modelo do ciclo de consumo do “berço ao

túmulo”, no qual ao final da cadeia de valor todos os resíduos são

descartados. A contrapartida é a adoção do modelo denominado do “berço

ao berço”, baseado na ideia central de que os recursos sejam geridos em

uma lógica circular de criação e reutilização, em que cada passagem de

ciclo se torna um novo ‘berço’ para determinado material.

A implantação do conceito de ECONOMIA CIRCULAR, é uma das

ferramentas de maior potencial, na busca de processos sustentáveis, que

eliminem a geração de resíduos ou que garantam a reciclagem de 100%

daqueles cuja a eliminação seja técnica ou economicamente inviável.

8

Reduzir, reutilizar e reciclar são os mantras do processo de gestão dos

resíduos e devem, obrigatoriamente, constar do planejamento estratégico

das empresas, na busca pelo estabelecimento de um processo sustentável.

A empresa HP está buscando adequar seu processo produtivo aos

conceitos da economia circular, possuindo a meta de atingir 100% de uso de

materiais reciclados e renováveis nos produtos. “A companhia está

avançando com o tema no Brasil, onde possui uma operação integrada com

os fornecedores Flextronics e Sinctronics, em Sorocaba (interior de São

Paulo), que permite à empresa reinserir em seu processo produtivo o

plástico que já fez parte de cartuchos e impressoras, disse a Diretora Global

de Sustentabilidade, durante o TERCEIRO FÓRUM DE ECONOMIA

LIMPA”(4).

A fabricante EMBRACO é outro exemplo de avanço na gestão de resíduos,

através de seu programa de economia circular, responsável pelo atingimento

da marca de 87% de reciclagem dos resíduos gerados em suas plantas

localizadas no Brasil, Eslováquia, China, México, Itália e Estados Unidos. O

programa recicla e organiza o reuso e a reindustrialização de materiais da

empresa, necessários a diferentes linhas de produção, mas também

extrapola as fronteiras da companhia atendendo a outras indústrias por meio

de consultorias que avaliam a natureza do resíduo e apontam a melhor

gestão para o descarte(5).

9

A importância do tema tornará mandatório que as empresas estabeleçam

processos de logística reversa, para captação produtos e subprodutos, ao

longo da cadeia. Em alguns Estados, esta passa a ser uma obrigação legal.

É o caso do Rio de Janeiro, onde foi promulgada, no último dia 05/11, a Lei

8151/2018, que determina que empresas que produzam, importam ou

comercializem embalagens ou produtos embalados serão obrigados a

financiar o sistema de logística reversa de embalagens e seus resíduos.

“A nova lei assegura a obrigatoriedade de instalação de pontos de coleta

seletiva destinados ao recebimento, controle e armazenamento temporário

dos resíduos entregues pelos consumidores, até que esses materiais sejam

transportados para o seu beneficiamento, reciclagem ou destinação final

ambientalmente adequada”(6).

Fontes:

1. RESUMO FÓRUM SUSTENTÁVEL 2018. Disponível em: http://cebds.org/publicacoes/resumo-final-

sustentavel-2018/. Acessado em 20/11/2018.

2. SIGNIFICADO DE CADEIA DE VALOR. Disponível em: https://www.significados.com.br/cadeia-de-valor/.

Acessado em 20/11/2018.

3. PARA ONDE VAI O SEU LIXO. Disponível em:. https://www.youtube.com/watch?v=KRyk6PiPGms.

Acessado em 20/11/2018.

4. TERCEIRO FÓRUM DE ECONOMIA LIMPA. Disponivel em:

https://www1.folha.uol.com.br/especial/2018/economia-limpa3/. Acessado em 20/11/2018.

5. COM APOIO DA ECONOMIA CIRCULAR, EMBRACO RECICLA 87% DOS RESÍDUOS. Disponível em:

http://rmai.com.br/com-apoio-da-economia-circular-embraco-recicla-87-de-seus-residuos/. Acessado em

20/11/2018.

6. AGORA É LEI: coleta seletiva precisa avançar 10% a cada dois anos. Disponível em:

https://www.saneamentobasico.com.br/coleta-seletiva-avancar-10-ano/amp/. Acessado em 20/11/2018.

Texto originalmente publicado em http://wmtc.com.br/news/, em 21/11/18.

10

Setor de ComprasDigital e as Melhores

Práticas deCompras!

Pesquisas recentes demonstram que a transformação digital tem impacto

significativo nos processos das organizações, o que permite uma redução de

custo nos processos de até 30%.

A tecnologia desempenha um papel fundamental nas melhores práticas

garantido maior eficiência e eficácia. Por exemplo, nos processos de compra

conhecidos como e-sourcing e e-procurement.

As empresas conseguem, em parte, melhorar a eficiência realizando a

padronização e automatização de atividades de rotina.

Mas, para continuar reduzindo custos, deve-se adotar a transformação digital

como o principal meio para isso, buscando capacitação dos colaboradores de

suprimentos para atender as novas necessidades do mercado.

A maturidade das empresas em cadeia de suprimentos será o processo

chave na sobrevivência das organizações.

Por Luiz Carlos Roque Junior Coordenador de Suprimentos eLogística IBMP - Instituto de BiologiaMolecular do Paraná

11

Benefícios de se adotar as melhores práticas de compras junto atransformação digital: • ROI 10,7% sobre o investimento em compras; • Redução de custo de 30% em processos com uso da transformação digital; • Redução de custo de 22% utilizando as boas práticas; • Aumento de 2 x na probabilidade de ter plano de retenção; • Redução de 3 x na rotatividade de pessoal; • Redução de custo por pedido de 70%.

Fonte: https://www.supplychaindigital.com/procurement/world-class-procurement-organisations-operating-21-lower-labour-costs. Disponível em 30/10/2018.

velocidade cada vez mais rápidae os compradores e os gestoresdevem estarpreparados paraadotar as melhores práticas eadotar a transformação digitalcomo pilar central dosdepartamentos de compras. As principais oportunidades sãoaplicativos baseados em nuvem,big data, blockchain, businessanalytics. No próximo artigo, descubraquais as melhores práticas ecomo estar preparado para ofuturo, ou melhor dizendo, parao hoje!

É evidente que o ambiente em que estamos inseridos está mudando em uma

12

13

Fonte: https://www.supplychaindigital.com/procurement/world-class-procurement-organisations-operating-21-lower-labour-costs. Disponível em 30/10/2018.

CBEC em açãoAcreditamos que o desenvolvimento do

ecossistema de compras, é fortemente impactado

pela capacitação dos profissionais, que nele 

atuam, os quais devem estar atualizados com as principais ferramentas de

gestão, de forma a obterem os melhores resultados no processo de aquisição,

alinhados com os objetivos estratégicos do negócio.

O CBEC, objetivando a melhoria constante da facilitação do relacionamento

com o mercado, disponibiliza dos canais para atendimento das demandas de

profissionais e empresas, quanto a capacitação das equipes:

• Cursos abertos

• Treinamento in company

Os treinamentos in company, possuem como diferencial a possibilidade de

atendimento a características específicas do mercado de atuação da empresa

contratante, podendo serem customizados qanto ao conteúdo e o tempo de

duração. Além disso, podem ser desenvolvidos projetos especiais, que

atendam a necessidades apontadas, pelo cliente.

No meses de outubro e novembro tivemos a oportunidade de desenvolvermos

treinamentos de técnicas de negociação estratégicas, gestão de fornecedores

e gestão estratégica de compras, para as empresas SAFRAN e JCB. E turmas

abertas dos cursos Técnicas de Negociação em Compras (São Paulo e Rio de

Janeiro), Gestão de Contratos (São Paulo) e Gestão Tributária para

Compradores (São Paulo).

Todos os cursos disponíveis em nossa trilha de capacitação disponível em:

https://cbec.org.br/cursos/, podem ser apresentados no modelo in company.

14

15

Top 10 - As maiores empresas

de frete aéreo do mundo.

Você conhece as principais empresas de transporte aéreo do planeta? Não?! Então, veja a lista abaixo!

* FTK: quilómetros por tonelada de frete mede o tráfego real de frete

Empresas da região da América Latina representam apenas 2,7% do total do transporte aéreo de carga mundial. As principais regiões são: • Ásia-Pacífico 37%; • Europa 24,2%; • América do Norte 20,5%; • Oriente Médio 13,7%; • América Latina 2,7%; • África 1,9%.

Por Luiz Carlos Roque Junior Coordenador de Suprimentos e Logística IBMP - Instituto de Biologia Molecular do Paraná

16

As empresas aéreas podem ser consideradas um bom termômetro de

recuperação da economia, pois demonstram que as empresas estão

comprando ou vendendo mais, sendo necessário o transporte dos produtos.

Em 2017, o crescimento do volume de carga foi de 5,7% e, mesmo assim, o

volume de carga transportada permanece próximo ao de 2014. Isso

demonstra uma retomada lenta da crise que assombra o país, ao mesmo

tempo em que os custos com transporte estão aumentando, gerando um

grande stress na cadeia logística.

Isso demonstra uma retomada

lenta da crise que assombra o

país, ao mesmo tempo em que

os custos com transporte

estão aumentando, gerando

um grande stress na cadeia

logística.

Dessa forma, o profissional da

área e as empresas como um

todo devem mostrar um alto

nível de maturidade em

processos, custos e

indicadores logísticos.

Fonte: https://www.supplychaindigital.com/top-10/top-10-air-freight-carriers.Disponivel em 30/08/2018. https://www.iata.org/pressroom/pr/Pages/2018-01-31-01.aspx. Disponível em 30/08/2018.

17

- Isso é coisa de moleque!

- Molêke? Yo no entiendo ...!

- Se você não entende o idioma português, não deveria ter vindo ao

Brasil!

O diálogo acima, ocorreu nos anos 80 em uma filial brasileira de uma

multinacional da indústria automobilística; de um lado, estava o meu

chefe, que prefiro não declinar o nome, mas que tinha o apelido de Dáblio

- por se iniciar o seu sobrenome pela letra “W”; foi ele que chamou o

interlocutor de moleque.

Do outro lado do diálogo estava Bert; argentino recém vindo para um

posto de direção equivalente ao do meu chefe. À época, era difícil para

um argentino entender o significado de um termo como moleque.

Essa cena foi apenas o resultado de um processo que se iniciara alguns

meses antes. Bert fora trazido pelo novo presidente da multinacional;

também recém-vindo da Argentina. Como todo executivo, o novo

presidente cercou-se de pessoas de sua confiança e Bert era uma dessas

pessoas; afinal, ele e o presidente tinham trabalhado juntos na Argentina

e Bert, além disso, tinha se casado com a filha dele.

Quatro Cavaleiros doApocalipse ...

... nas negociaçõesPor Eduardo Carlos Profissional de Compras

18

Jovem e ambicioso, com ótimas ligações políticas, disputava com meu

chefe uma promoção para um cargo maior na diretoria da filial brasileira.

Meu chefe, Dáblio, ao sentir que suas possibilidades de subir na carreira

lhe fugiam, foi se deixando dominar pela cólera; pela raiva.

Isso foi se acumulando cada vez mais dentro dele; até que houve a

reunião na qual aconteceu o diálogo.

Nessa reunião, Bert trouxera uma proposta que praticamente destruía

todo o projeto de meu chefe; o que ele pretendia, virava apenas um

apêndice de pouca importância no projeto de Bert. Nesse momento,

Dáblio não conseguiu controlar-se e “explodiu”.

19

Não se falou mais no assunto, até que.... ... Em determinado dia, o presidente declarou que estava mudando ocomando da empresa e que Bert agora seria o novo diretor do setorcomercial e que Dáblio, seria subordinado a ele. Enfim, o acontecido na reunião, acabou sendo o "dobre de finados" paraa carreira de Dáblio. Algum tempo depois, ele arrumou emprego emoutra montadora, não se deu muito bem, teve problemas de saúde –sérios e nunca mais tive contato com ele. Soube, posteriormente, que elegerenciava uma pequena empresa em Curitiba. Esse fato, me chamou a atenção para a importância que nós de compras,temos que ter para evitar que as emoções nos dominem; principalmentenas negociações que, para nós, normalmente são tensas. Uma regra de ouro para isso é: controle suas emoções; não permita queelas o controlem. Mas como fazer isso? Como não ser dominado pelos QUATRO CAVALEIROS DOAPOCALIPSE na negociação? A figura dos cavaleiros do apocalipse surge na Bíblia, no novotestamento, em seu último livro. Basicamente lá os cavaleiros são a Peste, a Guerra, a Fome e a Morte. Mais recentemente, esse tema foialvo de um livro escrito, ainda durante a Primeira Guerra Mundial, em

20

1916; o autor, Vicente Blasco Ibáñez descreve a invasão da França peloexército alemão até a Batalha do Marne na qual a reação francesa evitouque Paris fosse tomada pelos invasores. A leitura desse livro é muitoinstrutiva e foi nela que me baseei para fazer a analogia com nossaatividade diária de negociar. Nós, compradores, enfrentamos diariamente os QUATRO CAVALEIROSque nas negociações são: o medo, a ganância, a esperança e a dúvida. Nós, compradores somos muito importantes para as empresas nas quaisatuamos; somos responsáveis importantes pela última linha dodemonstrativo de resultados; o BOTTOM LINE dos anglo-saxônicos. Para incrementar o demonstrativo de resultados, temos quenegociar e muito; tanto interna com nossos pares, quanto externamentecom fornecedores. E em todas essas negociações diárias não podemosde forma alguma deixar que as emoções nos controlem; por mais tensos,sob pressão, cansados estejamos. Quanto mais removermos a emoção,melhor desempenho teremos. Mas como fazer isso? Como evitar o domínio das emoções? O mais importante é SE CONHECER. Uso, desde os anos 80, a TEORIA DOS ESTILOS. Ela é muito fácil deser aplicada e nos alerta com muita clareza quais os pontoscomportamentais que podem prejudicar ou melhorar nossa posição nasnegociações.

21

Essa teoria dos estilos é baseada nos trabalhos de Carl Jung. Mais de

setenta anos de pesquisas confirmaram e refinaram o princípio de Jung

que o comportamento de uma pessoa não é aleatório, mas segue um

padrão. Esse conhecimento é altamente aplicável para explicar o

comportamento das pessoas.

Essencialmente, há quatro “lógicas” que orientam o estilo de negociação,

a do catalisador, do apoiador, do controlador e do analítico.

Os estilos são praticamente imutáveis; acompanham-nos por toda a vida;

ao negociar é fundamental enfatizar as forças do nosso estilo e

administrar as fraquezas; conhecer o estilo do outro negociador é

fundamental, pois estaremos mais preparados para identificar suas forças

e fraquezas.

Como fazer para identificar nosso estilo?

Neste artigo não dá para mostrar o método para isso. Se houver

interesse, posso voltar ao assunto em próximos números desta

publicação.

Aos que quiserem estudar o assunto imediatamente, sugiro o livro

NEGOCIAÇÃO TOTAL – JOSÉ AUGUSTO WANDERLEY da EDITORA

GENTE.

22

Inscrições abertas

para 2019Turmas em São Paulo

e São Caetano do Sul!

23

Estamos investindo no

relacionamento com os

grupos de interesse da área

de compras em canais como

LinkedIN , Facebook ,

Instagran e WhatsApp para

divulgação de suas ações,

bem como treinamentos e

seminários online no formato

interativo.

(11) 3774-0045 (11) 3774-0046

(11) 97767-0884

[email protected]

www.cbec.org.br

https://www.linkedin.com/company/3525783/

https://www.facebook.com/cbecinteligenciaemcompras/

Venha fazer partedesta mudança.

Associe-se, patrocinee participe dos

cursos, comitês econgressos.