O USO DA ACUPUNTURA COMO RECURSO … · do progresso da ergonomia, do uso de sofisticados métodos...

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CIEPH – CENTRO INTEGRADO DE ESTUDOS E PESQUISAS DO HOMEM O USO DA ACUPUNTURA COMO RECURSO FISIOTERAPÊUTICO NA LOMBALGIA DE TRABALHADORES DA INDÚSTRIA CALÇADISTA DO MUNICÍPIO DE ROLANTE – RS ALINE MARIA ROCHA DO PRADO TRABALHO DE OBTENÇÃO DE CURSO DE ESPECIALISTA EM ACUPUNTURA Orientador Professor Especialista Cleto Emiliano Pinho Porto Alegre 2005

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– CIEPH – CENTRO INTEGRADO DE ESTUDOS E PESQUISAS DO HOMEM

O USO DA ACUPUNTURA COMO RECURSO FISIOTERAPÊUTICO NA LOMBALGIA DE TRABALHADORES DA INDÚSTRIA

CALÇADISTA DO MUNICÍPIO DE ROLANTE – RS

ALINE MARIA ROCHA DO PRADO

TRABALHO DE OBTENÇÃO DE CURSO DE ESPECIALISTA EM ACUPUNTURA

Orientador Professor Especialista Cleto Emiliano Pinho

Porto Alegre 2005

ALINE MARIA ROCHA DO PRADO

O uso da acupuntura como recurso fisioterapêutico na lombalgia de trabalhadores da

indústria calçadista do município de Rolante – RS.

Trabalho de conclusão de curso apresentado como requisito parcial para obtenção do título de Especialista em Acupuntura pelo Centro Integrado de Estudo e Pesquisa do Homem.

Orientação:

Prof. Cleto Emiliano Pinho

Porto Alegre, 2005

AUTOR: ALINE MARIA ROCHA DO PRADO

TÍTULO: O uso da Acupuntura como Recurso Fisioterapêutico na Lombalgia de Trabalhadores da Indústria Calçadista do Município de Rolante – RS.

Aprovado em ___/___/_____, pela banca abaixo assinada:

BANCA

Orientador: Prof. Cleto Emiliano Pinho

______________________________________

Prof. Dr. Carlos Gustavo Martins Hoelzel

Convidado Prof. Fabiano Bartmann

... Dedico este trabalho às pessoas que sofrem com lombalgia relacionadas à LER/DORT que poderão se beneficiar com este estudo e com a Acupuntura.

AGRADECIMENTOS

Agradeço à todos que, de uma forma ou de outra, ajudaram a desenvolver esta

pesquisa, principalmente aos colaboradores que confiaram em mim, participando

assiduamente do meu estudo.

Meu sincero agradecimento ao amigo e orientador, o professor Cleto Emiliano Pinho,

que, além do seu profissionalismo e competência, mostrou-se uma pessoa extremamente

dedicada e disposta a ajudar, fazendo o melhor. Acreditou no meu potencial e confiou em

mim. Tudo que aprendi, acrescentou, e muito, na minha vida profissional. Lembrarei com

carinho o que fizestes por mim. Obrigada...

Agradeço com carinho à todos os meus familiares, especialmente ao meu esposo, pelo

amor, compreensão e dedicação. Eles que sempre me deram forças para lutar pelos meus

ideais.

SUMÁRIO

RESUMO................................................................................................................................. 07

INTRODUÇÃO....................................................................................................................... 08

1. EMBASAMENTO TEÓRICO............................................................................................ 09 1.1 ERGONOMIA................................................................................................................... 09 1.2 LER/DORT........................................................................................................................ 09 1.3 DOR................................................................................................................................... 10 1.4 LOMBALGIA.................................................................................................................... 11 1.5 ACUPUNTURA................................................................................................................ 11

2. METODOLOGIA................................................................................................................ 13 2.1 DELINEAMENTO DA PESQUISA................................................................................. 13 2.2 PROCEDIMENTOS.......................................................................................................... 14 2.2.1 Contato Inicial................................................................................................................. 14 2.2.2 Projeto Piloto................................................................................................................... 19 2.2.3 Estudo Principal.............................................................................................................. 23

3. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS.............................................................. 24 3.1 ETAPAS............................................................................................................................. 24

CONCLUSÃO......................................................................................................................... 28

REFERÊNCIAS....................................................................................................................... 29

APÊNDICE.............................................................................................................................. 31 APÊNDICE A.......................................................................................................................... 32

ANEXOS................................................................................................................................. 33 ANEXO A............................................................................................................................... 34 ANEXO B............................................................................................................................... 38

RESUMO

Este trabalho compreende um estudo realizado com funcionários de uma indústria

calçadista do município de Rolante – RS portadores de lombalgia crônica de origem muscular

relacionadas ao trabalho, cujo tratamento foi desenvolvido no período de julho à agosto de

2005, totalizando 20 sessões de acupuntura. O procedimento foi dividido em 2 etapas de 10

sessões cada, com freqüência de 3 vezes por semana e foi aplicado na clínica de fisioterapia.

Inicialmente, foi feito um questionário com base na avaliação do CIEPH e uma escala de

classificação da dor de 0 à 10, conforme os estudos de Macker (2001), para a caracterização

de cada paciente. Após, foi dado início ao tratamento de acupuntura onde os pontos utilizados

foram escolhidos de acordo com o que diz o autor SUSSMANN, num total de 11 pontos.

Após realizada a primeira etapa do tratamento, que correspondeu a 10 sessões de

acupuntura, foi aplicado o mesmo questionário do início e a escala de classificação da dor

para comparação dos resultados e a continuidade do tratamento com mais 10 sessões,

completando 20 sessões para a conclusão da segunda etapa. Então, foi aplicada, pela terceira

vez, a mesma avaliação citada acima para a finalização dos resultados.

Como resultado desta pesquisa, foi observado o alívio dos sintomas de um modo geral

e, também verificou-se que a acupuntura promoveu uma melhor qualidade de vida para os

funcionários portadores de lombalgia, bem como outros sintomas que foram relatados no

questionário de avaliação do CIEPH: cefaléia, ansiedade, opressão torácica, insônia,

constipação intestinal, enurese e poliúria.

INTRODUÇÃO

O interesse de realizar este trabalho com as pessoas portadoras de lombalgia surgiu

devido ao grande número de queixas, por parte dos pacientes, encontradas na minha prática

como fisioterapeuta. Ao aprofundar-me no assunto, verifiquei que, segundo CARVALHO

(1999), aproximadamente 80% das pessoas apresentam, apresentaram ou vão apresentar dor

lombar incapacitante em algum momento de sua vida. Estatísticas da Organização Mundial de

Saúde mostram que mais da metade da população mundial sofre de dores lombares pelo

menos uma vez na vida (SIQUEIRA, 1999).

Estudos Epidemiológicos têm demonstrado que 10 à 15% de todos os afastamentos do

trabalho são causados por lombalgia e 25% de todas as lesões ocupacionais nos EUA estão

relacionadas à Síndrome Dolorosa Lombar (FREITAS & PESSOA, 1994).

Por esses motivos, resolvi desenvolver o estudo com as pessoas portadoras de

lombalgia, desde que estas fossem relacionadas ao trabalho ou seja, ao fator ocupacional

(LER/DORT). A temática deste estudo é verificar os efeitos do tratamento de acupuntura nas

lombalgias para a obtenção de dados positivos ou negativos, identificando se houve uma

melhor qualidade de vida para estes funcionários.

Para efetivar a pesquisa, foram selecionados oito funcionários do sexo feminino, com

faixa etária entre 40 e 50 anos, dos quais a média de idade foi de 45 anos e 8 meses,

portadores de Lombalgia crônica relacionadas ao trabalho. Foram feitos gráficos do programa

Microsoft Excel, versão 2000, para representar o nível de dor e quantificar o resultado obtido

pelo uso da acupuntura. Estes gráficos foram feitos antes do início do tratamento, após 10

sessões (1ª Etapa) e após 20 sessões (2ª etapa). Por último, foi feito um gráfico geral dos oito

pacientes para melhor identificar o resultado de todo o tratamento.

1 EMBASAMENTO TEÓRICO

1.1 ERGONOMIA

A ergonomia estuda vários aspectos: a postura e os movimentos corporais (sentado,

em pé, empurrando, puxando e levantando pesos), fatores ambientais (ruídos, vibrações,

iluminação, clima, agentes químicos), informação, (informações captadas pela visão, audição

e outros sentidos), controle, relações entre mostradores e controles, bem como cargos e tarefas

(tarefas adequadas, cargos interessantes). A conjugação adequada desses fatores permite

projetar ambientes seguros, saudáveis, confortáveis e eficientes, tanto no trabalho quanto na

vida cotidiana. (Dul, 1995).

Muitas situações de trabalho e da vida cotidiana são prejudiciais à saúde. As doenças

do sistema músculo-esquelético (principalmente dores nas costas) e aquelas psicológicas

(estresse, por exemplo) constituem a mais importante causa de absenteísmo e de incapacitação

ao trabalho. Essas situações podem ser atribuídas ao mau projeto e ao uso inadequado de

equipamentos, sistemas e tarefas. A ergonomia pode contribuir para reduzir esses problemas.

Reconhecendo isso, muitos países já obrigam os serviços de saúde a empregar ergonomistas.

(Dul, 1995).

1.2 LER/DORT

Os estudos epidemiológicos atuais comprovam que a LER/DORT tem uma dimensão

multicausal. Estes estudos identificam entre os fatores causais os biomecânicos, ergonômicos,

psicossociais, organizacionais, individuais, metabólicos e socioculturais. Estes fatores são

determinados, em última instância, por um tipo de organização da produção, num

determinado momento histórico. Ou seja, o trabalho é a categoria fundamental de análise.

Com isto, partimos do entendimento que cada trabalhador doente é a expressão do seu

trabalho, fruto da estrutura histórica da produção da nossa sociedade. Cada trabalhador que

adoece faz parte da quantidade de corpos socialmente necessária para a criação da mais valia

da sociedade. Portanto, LER/DORT tem um caráter que não é somente clínico, mas também

eminentemente social. (Baú, 2002).

Todos esses fatores se unem para fazer das doenças ocupacionais um complexo quadro

de degradação do indivíduo, influenciando-o diretamente no equilíbrio entre

corpo/mente/meio sócio-econômico-cultural no qual está inserido e que é imprescindível para

que se tenha uma boa qualidade de vida. As hipóteses biológicas sustentam que os quadros

dolorosos crônicos são concretos, ou seja, não se restringem à fadiga muscular e são

decorrentes de esforços repetitivos que, por sua vez, produzem microtraumas cumulativos. O

uso excessivo ou inadequado de segmentos corporais é a principal causa da origem dos

distúrbios osteo-músculo-ligamentares. (Baú, 2002).

1.3 DOR

Segundo Wood (1998), citado por Bazin e Kitchen (1996), a dor é uma qualidade

sensorial complexa, freqüentemente não relacionada ao grau de lesão tecidual. É uma

sensação subjetiva que varia em termos de qualidade e pode ter efeitos sérios no bem-estar

físico e emocional do indivíduo podendo variar de uma irritação leve até uma dor

insuportável. Os tipos de receptores sensitivos responsáveis pela detecção dos estímulos

dolorosos – os nociceptores – são, principalmente, terminações nervosas livres que podem ser

encontradas em praticamente todos os tipos de tecidos do corpo. A interpretação da sensação

dolorosa envolve não apenas os aspectos físico–químicos da nocicepção, mas também os

componentes socioculturais dos indivíduos e as particularidades do ambiente onde o

fenômeno nociceptivo é experimentado.

De acordo com Santos (1996), a dor é uma percepção central de múltiplas

modalidades sensitivas primárias; é uma função interpretativa e complexa envolvendo fatores

psicológicos, neuroanatômicos, neuroquímicos e neurofisiológicos do estímulo doloroso,

assim como da memória de experiências dolorosas passadas. Dor é algo puramente subjetivo.

É definida como uma sensação desagradável, uma resposta emocional a um estímulo

associado à lesão tecidual real ou potencial; é muito influenciada por ansiedade, depressão,

expectativas e outras variáveis psicológicas.

Para Carvalho (1999), todas as pessoas, exceto portadores de insensibilidade

congênita, sabem descrever o que é dor, porém, geralmente é difícil para alguém descrever a

própria dor e impossível para qualquer ser conhecer exatamente a experiência de dor de outro

ser. A dor é uma experiência individual, com características únicas do organismo. É uma

experiência pessoal, complexa, multidirecional, mediada por vários componentes sensoriais,

afetivos, cognitivos, sociais e comportamentais, desencadeada ou percebida a partir de uma

agressão infligida ao organismo.

1.4 LOMBALGIA

Segundo PEREIRA, SOUZA e SAMPAIO (2000), a lombalgia é definida como uma

dor localizada na região lombar, de início insidioso, vago ou intensamente doloroso. Apesar

do progresso da ergonomia, do uso de sofisticados métodos diagnósticos e da conscientização

das pessoas, na última década as lombalgias e lombociatalgias tiveram um crescimento 14

vezes maior que o crescimento da população. No Brasil, a dor lombar está entre as 20 queixas

diagnósticas mais comuns em adultos que procuram atendimento na rede pública.

Para GABRIEL, PETIT, CARRIL (2001), as lombalgias podem ser agudas ou

crônicas:

Lombalgia aguda: é de aparição súbita. Na avaliação clínica, se observará uma

retificação da lordose acompanhada de flexão do quadril como postura antiálgica. Dor intensa

localizada na região lombar, que aumentará se o paciente tentar realizar algum movimento.

Grande contratura muscular com diminuição ou abolição da mobilidade lombar, que, por sua

vez, causarão uma dificuldade para a marcha e mudanças de postura. (GABRIEL, PETIT,

CARRIL, 2001).

Lombalgia crônica: é a que persiste por mais de seis meses e recidiva facilmente. Na

avaliação, encontra-se-á dor moderada e persistente, discreta ou moderada contratura

muscular, mobilidade lombar preservada (sem dificuldade para a marcha, embora, o paciente

possa referir dor em bipedestação mantida) e uma postura em bipedestação característica, com

hiperlordose e anteversão pélvica. (GABRIEL, PETIT, CARRIL, 2001).

1.5 ACUPUNTURA

A acupuntura é uma das muitas modalidades de tratamento incluídas na Medicina

Tradicional Chinesa (MTC) e tem sido usada para tratar muitos sintomas e doenças diferentes.

O método é usado em muitos países e provavelmente é um dos mais populares nos países

desenvolvidos. O uso da acupuntura como um método de alívio da dor está baseado num

grande número de ensaios clínicos e não há dúvida de que a acupuntura tem um efeito potente

e confirmado no tratamento de dor músculo-esquelética. Estudos científicos e estudos clínicos

básicos deram evidências de que a acupuntura pode ter efeitos fisiológicos e terapêuticos.

(HOPWOOD, 2001).

2 METODOLOGIA

Metodologia é o processo que usamos para desenvolver nossa pesquisa, é o caminho e

o instrumental próprio de abordagem da realidade, é a própria alma do conteúdo, pois

relaciona o pensamento e a existência (MINAYO, 2000).

Esta pesquisa é do tipo quali-quantitativa e caracteriza-se como sendo um estudo

experimental, promovendo o tratamento de acupuntura nas lombalgias crônicas de origem

muscular.

2.1 DELINEAMENTO DA PESQUISA

População em estudo: oito funcionários da indústria calçadista do setor de montagem,

portadores de lombalgia crônica de origem muscular, do sexo feminino, na faixa etária de 40 à

50 anos de idade, com a média de idade de 45 anos e 8 meses, do município de Rolante – RS.

Programa

O programa que foi desenvolvido com os funcionários visou a conscientização deles

em relação à importância do tratamento de acupuntura, promovendo assim, uma melhor

qualidade de vida.

Recursos:

1) Humanos: Fisioterapeuta Acupunturista Orientador; Acadêmica do Curso de

Acupuntura; Funcionários da Indústria Calçadista de Rolante – RS.

2) Materiais e Métodos: Fichas de avaliação do CIEPH; escala de classificação da dor

do autor Mackler (2001); gráficos do programa Excel 2000; maca; luvas de látex Super Max;

agulhas de aço inoxidável, com cabo da Méd Zen, de tamanho 0,30 x 30mm; álcool etílico ZP

limp; algodão Sussex; recipiente para material perfurante e cortante da Descartac 3 l; bandeja

de inox.

2.2 PROCEDIMENTOS

2.2.1 Contato Inicial

Inicialmente, foi realizado um contato com o empregador da indústria calçadista,

através de conversa informal para apresentação da proposta de estudo. Após, visitei o setor de

produção junto com o empregador para a escolha do setor mais acometido que se deu através

das queixas dos funcionários portadores de lombalgia. O setor foi o da montagem, composto

por 20 funcionários onde observei os movimentos repetitivos da coluna vertebral em flexão

anterior para colocar o calçado na esteira e a hiperextensão ao voltar a posição inicial, que é

de bipedestação estática. Estes movimentos são desenvolvidos durante, aproximadamente,

nove horas diárias. Dos 20 funcionários, 12 apresentavam lombalgia, mas apenas oito fizeram

parte deste trabalho, pois tive que optar pela faixa etária e pelo sexo para delimitar o meu

estudo.

O tratamento de acupuntura foi realizado na clínica de fisioterapia FISIOCENTER,

onde o Responsável Técnico é Aline Maria Rocha do Prado, Crefito – 5 44.270-F.

No dia 18 de julho de 2005 deu-se o início das avaliações. Através da ficha do CIEPH

(Anexo A), expliquei aos pacientes os objetivos da minha pesquisa. Assinaram um termo de

consentimento livre e esclarecido (Apêndice A) e apresentei-lhes também um gráfico de

classificação da dor (Anexo B).

Abaixo, citarei os dados da 1ª avaliação antes do início do tratamento dos oito

pacientes identificando-os através de cores para preservar eticamente a identidade dos

mesmos e o resultado da 1ª escala de classificação da dor.

1) Paciente amarelo

Idade: 48 anos Q.P: dor lombar há 10 anos

Patologias associadas: Hipertensão Arterial Sistêmica.

Medicações: Neotarem para a dor lombar e Propanolol 40 para Hipertensão.

Apresenta polifagia, pouca sede, preferência por alimentos salgados, fezes mole e

insuficiente, sudorese noturna, sudorese na cabeça, fonação baixa, insônia, ansiedade e

tristeza, algia occipital, face avermelhada, pele seca e audição e visão fracas.

Avaliação da língua:

• Desviada para a esquerda;

• Comprida;

• Denteada;

• Saburra amarela;

• Vermelha no C;

• Rachaduras na região E e BP.

Tomada de Pulso:

TA, R, BP, B, VB e ID fracos.

Diagnóstico da MTC: Deficiência Yin Qi.

Resultado inicial da escala de classificação da dor (0 à 10): grau 2.

2) Paciente azul

Idade: 49 anos Q.P: dor lombar há 5 anos

Patologias associadas: Hipertensão Arterial Sistêmica

Medicações: Diprospan, Dorilax e Tilex (analgésicos), Fluoxetina e Lexotan

(tranqüilizantes), Aldactone (diurético) e Atenolol (H.A.S.).

Apresenta inapetência, pouca sede, preferência por alimentos doces e salgados,

constipação intestinal e fezes secas, enurese, metrorragia, dispnéia, fonação alta,

irritabilidade, tristeza e ansiedade, dorme pouco, insônia, edema corporal, visão fraca e olhos

ressecados, face opaca e pele seca.

Avaliação da língua:

• Úmida;

• Trêmula;

• Rachaduras no P;

• Denteada.

Tomada de Pulso: R, B, VB e ID e BP fracos.

Diagnóstico da MTC: Deficiência Qi do BP e deficiência Yin do R.

Resultado inicial da escala de classificação da dor ( 0 à 10): Grau 10.

3) Paciente branco

Idade: 46 anos Q.P: dor lombar há 3 anos

Patologias associadas: Não apresenta.

Medicações: Tramal (anti-inflamatório e analgésico).

Apresenta inapetência, preferência por alimentos doces, hemorróidas, urina turva,

poliúria e incontinência urinária, cólica menstrual e tensão pré-menstrual, dispnéia, fonação

rouca e baixa, ansiedade, algia temporal e occipital, opressão torácica, gastrite, edema nas

mãos, visão fraca, zumbido e face amarelada.

Avaliação da língua:

• Edemaciada;

• Saburra branca e espessa;

• Denteada;

• Rachaduras no P.

Tomada de Pulso: F, R, P, BP e B fracos.

IG, E, VB e ID cheio e forte.

Diagnóstico da MTC: Deficiência Qi do BP.

Resultado inicial da escala de classificação da dor ( 0 à 10): Grau 08.

4) Paciente laranja

Idade: 50 anos Q.P: dor lombar há 2 anos

Patologias associadas: Hipertensão Arterial Sistêmica.

Medicações: Tandene e Buscopan (analgésicos) e Atenolol (H.A.S.).

Apresenta pouca sede, preferência por alimentos salgados, constipação intestinal, fezes

secas e hemorróidas, ciclo menstrual irregular, incontinência urinária e poliúria, suspiros,

fonação baixa, dorme pouco e tem insônia, preocupação e ansiedade, algia frontal e occipital,

opressão torácica, gastrite, visão e audição fraca, olhos vermelhos, face avermelhada e pele

úmida.

Avaliação da língua:

• Petéquias;

• Denteada;

• Úmida.

Tomada de Pulso: IG, E, F e ID, VB e R fracos.

Diagnóstico da MTC: Deficiência da essência do R e Qi do R.

Resultado inicial da escala de classificação da dor ( 0 à 10): Grau 4.

5) Paciente lilás

Idade: 40 anos Q.P: dor lombar há 4 anos

Patologias associadas: Não apresenta.

Medicações: Dorflex, Paracetamol e Miosan (analgésicos e relaxante muscular).

Apresenta pouca sede, preferência por alimentos salgados, constipação intestinal e

fezes secas, cólica menstrual, respiração ofegante, fonação baixa, dorme pouco e tem insônia,

preocupação e ansiedade, algia frontal e occipital, hipocôndrio D, gastrite, edema MSIS, visão

fraca e olhos ressecados, face pálida e pele úmida.

Avaliação da língua:

• Edemaciada;

• Denteada;

• Vermelha.

Tomada de Pulso: BP, R e B fracos.

F e C cheio e forte.

Diagnóstico da MTC: Deficiência de Qi do BP.

Resultado inicial da escala de classificação da dor ( 0 à 10): Grau 10.

6) Paciente verde

Idade: 49 anos Q.P: dor lombar há 2 anos

Patologias associadas: Hipertensão Arterial Sistêmica.

Medicações: Neutarem (anti-inflamatório) e Captopril (H.A.S.)

Apresenta inapetência, halitose, pouca sede, preferência por alimentos doces,

constipação intestinal e hemorróidas, sudorese na cabeça, fonação alta, dorme pouco e tem

insônia, ansiedade, algia frontal, opressão torácica, gastrite, visão fraca, prurido no ouvido e

face escurecida.

Avaliação da língua:

• Saburra branca espessa;

• Rachaduras no P;

• Trêmula;

• Úmida.

Tomada de Pulso: VB, F, C e ID fracos.

Diagnóstico da MTC: Deficiência Qi do E e deficiência do aquecedor médio.

Resultado inicial da escala de classificação da dor ( 0 à 10): Grau 10.

7) Paciente rosa

Idade: 45 anos Q.P: dor lombar há 3 anos

Patologias associadas: Hipertensão Arterial Sistêmica.

Medicações: Captopril e Hidroclorotiazida (H.A.S. e diurético), Tilex (analgésico).

Apresenta inapetência, preferência por alimentos salgados, ausência de sede,

incontinência urinária, metrorragia, dispnéia, fonação alta, dorme pouco, preocupação, algia

frontal e orbital, opressão torácica, visão fraca e face avermelhada.

Avaliação da língua:

• Denteada;

• Úmida;

• Edemaciada;

• Rachaduras no P.

Tomada de Pulso: B, VB, ID, R, TA, E, IG fracos.

Diagnóstico da MTC: Deficiência Yin Qi.

Resultado inicial da escala de classificação da dor ( 0 à 10): Grau 5.

8) Paciente vermelho

Idade: 40 anos Q.P: dor lombar há 2 anos

Patologias associadas: Hipertensão Arterial Sistêmica; Cálculo Renal e Artrose no

tornozelo E.

Medicações: Captopril (H.A.S.) e Dôrico (analgésico).

Apresenta pouca sede, preferência por alimentos doces, diarréia, cãibras, dores

articulares, edema no tornozelo, algia frontal e occipital, fonação alta, ansiedade, tem pouco

sono, face opaca e pele seca.

Avaliação da língua:

• Edemaciada;

• Denteada;

• Rachaduras em toda língua.

Tomada de Pulso: BP, IG fracos.

P, R, C e F forte e cheio.

Diagnóstico da MTC: Deficiência de Qi do BP e da Essência do R.

Resultado inicial da escala de classificação da dor ( 0 à 10): Grau 10.

2.2.2 Projeto Piloto

No dia das avaliações iniciei as sessões de acupuntura com o tratamento selecionado

de acordo com o que aconselha o autor SUSSMANN, num total de 11 pontos específicos da

síndrome, sendo os pontos locais para lombalgia B23 (CHENN-IU), B25 (TA-TCHRANG-

IU) e B28 (PRANG-KOANG-IU) bilateral em tonificação, e os pontos de relaxamento

muscular F3 (TRAE-TCHRONG) e VB34 (IANG-LING-TSIUANN) bilateral em sedação e 1

ponto de concentração de equilíbrio lombar VG4 (MING-MENN) em tonificação, o paciente

ficou na maca em decúbito ventral, semi-flexão de joelhos com uso de travesseiros nos

membros inferiores. A inserção da agulha foi aplicada com mandril em um ângulo de 45º à

favor do meridiano e no sentido horário para tonificar, e contra o meridiano e no sentido anti-

horário para sedar com o tempo de 5’ e 20’ respectivamente de acordo com o Caderno de

Estudos “Técnicas em Acupuntura” (2005).

A seguir, baseado no que diz ROSS (2003) estão relacionados os pontos usados, o que

são e suas respectivas funções:

Ponto B23: é um ponto de assentimento do meridiano do rim e tem a função yang

deste órgão fluindo os líquidos corporais. É o ponto de transporte dorsal dos rins.

Ponto B25: é um ponto de transporte dorsal do intestino grosso. Esse ponto regula o

intestino grosso e também pode ser usado como ponto local para dor nas costas.

Ponto B28: é um ponto de transporte dorsal da bexiga. As funções deste ponto estão

relacionadas com as síndromes da bexiga. Dor lombar é uma delas.

Ponto F3: elimina e reduz espasmos musculares, dor aguda e crônica, é calmante geral.

É um dos pontos mais usados na acupuntura, principalmente nas condições de excesso com

método de dispersão para mover a estagnação do Qi ou do sangue e acalmar a hiperatividade

yang do fígado.

Ponto VB34: é o ponto Terra da vesícula biliar e Ho ou He Mar. Tem a função de

eliminar calor do sangue e relaxar a musculatura. É um dos pontos mais usados do corpo: tem

um efeito tonificante sobre o canal e o órgão da vesícula Biliar e atua sobre os músculos e os

tendões.

Ponto VG4: é um ponto de concentração de energia lombar, é a porta da vida. Ming

MENN é totalmente um ponto do vaso governador e pode ser usado para problemas locais e

gerais da espinha dorsal e para regular o yang e assim fortalecer e clarear o cérebro e acalmar

a mente.

Após a 1ª Etapa do tratamento (10 sessões), verificou-se que:

1) Paciente amarelo:

O paciente relatou que as dores na coluna lombar, a algia occipital e a insônia

desapareceram.

Avaliação da língua: não modificou-se apresentando as mesmas alterações em relação

a 1ª avaliação (antes do tratamento das 10 sessões).

Tomada de pulso: TA, IG, E, B, VB, ID fracos.

Resultado da escala de classificação da dor ( 0 à 10): Grau 0.

2) Paciente azul:

O paciente relatou que a dor na coluna lombar diminuiu.

Avaliação da língua: não modificou-se, apresenta as mesmas alterações em relação a

1ª avaliação.

Tomada de pulso: B, ID, R, P, IG fracos.

Resultado da escala de classificação da dor ( 0 à 10): Grau 8.

3) Paciente branco:

O paciente relatou que a dor na coluna lombar diminuiu.

Avaliação da língua: diminuiu a saburra. O restante não modificou-se.

Tomada de pulso: IG, E, VB e ID cheio e forte.

C, F e P fracos.

Resultado da escala de classificação da dor ( 0 à 10): Grau 6.

4) Paciente laranja:

O paciente relata que a dor na coluna lombar diminuiu.

Avaliação da língua: não modificou-se, apresenta as mesmas alterações em relação a

1ª avaliação.

Tomada de pulso: IG, ID, VB, B e R fracos.

Resultado da escala de classificação da dor ( 0 à 10): Grau 3.

5) Paciente lilás:

O paciente relatou que a dor na coluna lombar, algia frontal e a insônia diminuíram.

Avaliação da língua: não está mais vermelha e edemaciada.

Tomada de pulso: BP e R fracos.

Resultado da escala de classificação da dor ( 0 à 10): Grau 4.

6) Paciente verde:

O paciente relatou que a sudorese na cabeça, ansiedade, algia frontal, opressão torácica

e a gastrite diminuíram. A visão não está fraca como anteriormente e a dor na coluna lombar e

a insônia desapareceram.

Avaliação da língua: não modificou-se, apresenta as mesmas alterações em relação a

1ª avaliação.

Tomada de pulso: C, R, IG e TA fracos.

Resultado da escala de classificação da dor ( 0 à 10): Grau 0.

7) Paciente rosa:

O paciente relatou que a incontinência urinária e a dor na coluna lombar diminuíram.

Avaliação da língua: não modificou-se, apresenta as mesmas alterações em relação a

1ª avaliação.

Tomada de pulso: IG, E, TA, B, C e F fracos.

Resultado da escala de classificação da dor ( 0 à 10): Grau 3.

8) Paciente vermelho:

O paciente relatou que a algia frontal, ansiedade e a dor na coluna lombar diminuíram.

Avaliação da língua: não modificou-se, apresenta as mesmas alterações em relação a

1ª avaliação.

Tomada de pulso: BP fracos.

C e F forte e cheio.

Resultado da escala de classificação da dor ( 0 à 10): Grau 6.

Abaixo, são citados os resultados da 2ª etapa do tratamento, completando as 20

sessões, e o resultado final da escala de classificação da dor.

1) Paciente amarelo:

O paciente relatou os mesmos dados que já foram citados anteriormente.

Avaliação da língua: As rachaduras, saburra e as marcas de dente diminuíram.

Tomada de pulso: ID, TA, R, C, F e B fracos.

Resultado final da escala de classificação da dor ( 0 à 10 ): Grau 0.

2) Paciente azul:

O paciente relatou que agora sente mais sede. Diminuiu a constipação intestinal e as

fezes não estão mais secas. Os olhos não estão mais ressecados. Diminuiu a ansiedade, a

tristeza e a irritabilidade. Não tem mais dispnéia. Diminuiu o edema. Agora dorme bem e não

tem mais enurese.

Avaliação da língua: Não apresenta mais a língua trêmula. As rachaduras diminuíram.

Tomada de pulso: B, VB, ID e R fracos.

Resultado final da escala de classificação da dor ( 0 à 10 ): Grau 6.

3) Paciente branco:

O paciente relatou que o apetite está normal. Não apresenta mais incontinência

urinária, dispnéia, zumbido no ouvido e opressão torácica. Diminuíram as algias temporais e

occipitais e também a ansiedade.

Avaliação da língua: Não apresenta mais o edema, a saburra branca, as rachaduras no

P e está sem marcas de dente, ou seja, todas as alterações desapareceram.

Tomada de pulso: IG, E, VB cheio e forte.

TA e C fracos.

Resultado final da escala de classificação da dor ( 0 à 10 ): Grau 4.

4) Paciente laranja:

O paciente relata que a ansiedade, a preocupação e a constipação intestinal

diminuíram. Não apresenta mais insônia, opressão torácica, fezes secas e hemorróidas.

Avaliação da língua: Idem ao relato anterior.

Tomada de pulso: IG, ID e VB fracos.

Resultado final da escala de classificação da dor ( 0 à 10 ): Grau 1.

5) Paciente lilás:

O paciente relatou que a ansiedade, a preocupação, o edema nos MsIs e a constipação

intestinal diminuíram.

Avaliação da língua: Idem ao relato anterior.

Tomada de pulso: BP e R fracos.

Resultado final da escala de classificação da dor ( 0 à 10 ): Grau 2.

6) Paciente verde:

O paciente relatou que não apresenta mais constipação intestinal.

Avaliação da língua: Idem ao relato anterior.

Tomada de pulso: C, TA, VB e B fracos.

Resultado final da escala de classificação da dor ( 0 à 10 ): Grau 0.

7) Paciente rosa:

O paciente relatou que não apresenta mais inapetência, incontinência urinária e

opressão torácica.

Avaliação da língua: Não apresenta mais o edema e as marcas de dente.

Tomada de pulso: TA, ID e F fracos.

Resultado final da escala de classificação da dor ( 0 à 10 ): Grau 2.

8) Paciente vermelho:

O paciente relatou que não apresenta mais diarréia. O edema no tornozelo diminuiu e

melhorou o sono.

Avaliação da língua: Não apresenta mais o edema.

Tomada de pulso: BP fraco.

F cheio e forte.

Resultado final da escala de classificação da dor ( 0 à 10 ): Grau 3.

2.2.3 Estudo Principal

As 20 sessões de acupuntura mantiveram-se até o dia 31 de agosto de 2005, data da

última sessão e das avaliações finais. Após esta data, todos os dados foram reunidos para

análise e discussão dos resultados. Todas as avaliações e a escala de classificação da dor

foram transportados para gráficos do programa Excel.

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

O processo de análise e a discussão dos resultados foram feitos a partir dos gráficos

obtidos antes do início do tratamento, na 1ª etapa que correspondeu à 10 sessões, e na 2ª etapa

com mais 10 sessões, finalizando um total de 20 sessões de acupuntura nos oito pacientes.

Será apresentado também a análise a partir dos dados coletados nas avaliações.

3.1 ETAPAS

As informações obtidas com os resultados das avaliações estão divididas em etapas: 1ª

etapa, 2ª etapa e mais as avaliações iniciais (antes do início da 1ª etapa) de cada paciente.

Como pode-se observar nos gráficos abaixo:

NÍVEL DE DOR PACIENTE AMARELO

2

0 0

Dor antes do tratamento 1ª etapa (10 sessões)

2ª etapa (20 sessões)

NÍVEL DE DOR PACIENTE BRANCO8

6

4

Dor antes do tratamento 1ª etapa (10 sessões)

2ª etapa (20 sessões)

NÍVEL DE DORPACIENTE AZUL

108

6

Dor antes do tratamento 1ª etapa (10 sessões)

2ª etapa (20 sessões)

NÍVEL DE DORPACIENTE LARANJA

43

1

Dor antes do tratamento 1ª etapa (10 sessões)

2ª etapa (20 sessões)

NÍVEL DE DORPACIENTE VERDE

10

0 0

Dor antes do tratamento 1ª etapa (10 sessões)

2ª etapa (20 sessões)

NÍVEL DE DOR PACIENTE ROSA

5

32

Dor antes do tratamento 1ª etapa (10 sessões)

2ª etapa (20 sessões)

NÍVEL DE DOR PACIENTE LILÁS

10

4

2

Dor antes do tratamento 1ª etapa (10 sessões)

2ª etapa (20 sessões)

Nota-se um nível elevado de dor na coluna lombar num modo geral antes do início do

tratamento de acupuntura e uma melhora gradativa do nível de dor na 1ª e 2ª etapas do

tratamento.

Abaixo, o gráfico total mostrando em conjunto o resultado dos níveis de dor lombar de

todos os pacientes:

Neste gráfico, nota-se uma diminuição gradativa e significativa do quadro álgico, de

todos os pacientes.

TOTAL GERAL

0%20%40%60%80%

100%120%

1 2 3 4 5 6 7 8

Nível de dor antes do tratamentoApós 10 sessõesApós 20 sessões

NÍVEL DE DORPACIENTE VERMELHO

10

6

3

Dor antes do tratamento 1ª etapa (10 sessões)

2ª etapa (20 sessões)

CONCLUSÃO

Através deste estudo, conclui-se que a acupuntura como método de tratamento para as

lombalgias crônicas de origem muscular é muito eficaz, porém os sintomas diminuem

gradativamente por ser uma patologia crônica. Devo lembrar que, além do alívio álgico,

muitos outros sintomas que foram relatados pelos pacientes durante as avaliações diminuíram

e até desapareceram. Por exemplo, a inapetência, a incontinência urinária, a dispnéia, o

zumbido no ouvido e a opressão torácica desapareceram. As algias temporais, occipitais e a

ansiedade diminuíram após as 20 sessões de acupuntura (relatos do paciente branco).

Com a experiência que adquiri através desse estudo, posso afirmar que a acupuntura

trouxe resultados positivos para os pacientes. Mesmo sabendo que este é somente mais um

trabalho sobre o assunto, fica aqui registrado como futura fonte para novos artigos,

contribuindo assim para que a acupuntura, junto com as pesquisas, fique fora do empirismo,

que é necessário em nosso meio.

REFERÊNCIAS

BARBOSA, Jorge de Morais (comp.); KANZLER, Sandro; ENOMOTO, Márcia Fumiko (rev.). Teorias Básicas da Medicina Tradicional Chinesa. (Material de estudo do curso de Acupuntura e Massoterapia Chinesa) CIEPH, 2000. BAÚ, Lucy Mara Silva. Fisioterapia do Trabalho: ergonomia, legislação, reabilitação. Curitiba: Clãdosilva, 2002. CARVALHO, M. Margarida M.J. de. Dor: um estudo multidisciplinar. São Paulo: Summus, 1999. DING, Li. Acupuntura, Teoria do Meridiano e Pontos de Acupuntura. São Paulo: Roca, 1996. Tradução: Luciane M.D. Farber. DUL, Jan; WEERDMEESTER, Bernard. Ergonomia Prática. São Paulo: Edgard Blücher Ltda, 1995. FUNDAMENTOS Essenciais de Acupuntura Chinesa. São Paulo: S’cone editora. 2002, Tradução Sônia Regina de Lima Maike, revisão técnica Edinei dos Santos. GABRIEL, Maria R. Serra; PETIT, J. Diaz; CARRIL, Maria L. de Sande. Fisioterapia em Traumatologia, Ortopedia e Reumatologia. Rio de Janeiro: Revinter, 2001. HOPWOOD, Val. LOVESEY, Maureen. Mokone, Sara. Acupuntura e Técnicas Relacionadas à Fisioterapia. Baraueri: Manole, 2001. JEREMY, Ross. Combinações dos Pontos de Acupuntura: a Chave para o Êxito Clínico, Roca, 2003. MAO-LIAG, Qiu. Acupuntura Chinesa e Moxabustão. São Paulo: Roca, 2001. Tradução: José Ricardo Amaral de Souza Cruz. MINAYO, Maria Cecília de Souza. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 7. ed. São Paulo: Hucitec; Rio de Janeiro: Abrasco, 2000.

PEQUENO Tratado de Acupuntura Tradicional Chinesa. Organização Andrei Editora Ltda, São Paulo, 2001. PEREIRA, A.P.B., L.A.P. e SAMPAIO, R.F. Back School: um Artigo de Revisão. Revista Brasileira de Fisioterapia, janeiro/junho de 2001, Universidade de São Carlos, São Paulo. ROBINSON, Andrei J.; MACKLER, Lysen Sngder. Eletrofisiologia Clínica: Eletroterapia e Teste Eletrofisiológico. 2. ed. São Paulo: Artmed, 2001. SANTOS, Antônio C. O Exercício Físico e o Controle da Dor na Coluna. Rio de Janeiro: Medsi, 1996. SIQUEIRA, André. Dor lombar. Jornal da Paulista, ano 12, nº 133, julho, 1999. SUSSMANN, David J. Acupuntura; Teoria y Practica La antiga Terapêutica China Al Alcance Del Médico Practico. Editorial Kier, 2000. WOOD, Leslie. Fisiologia da Dor. In: KITCHEN, Sheila; BAZIN, Sarah. Eletroterapia de Clayton. 10. ed. São Paulo: Manole, 1998. YOUNG, Steve. Terapia por Ultra-Som. In: KITCHEN, Sheila; BAZIN, Sarah. Eletroterapia de Clayton. 10. ed. São Paulo: Manole, 1998.

APÊNDICE

APÊNDICE A

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Ao assinar este documento, estou consentindo formalmente em participar da pesquisa

a ser realizada pela aluna Aline Maria Rocha do Prado, do Centro Integrado de Estudos e

Pesquisas do Homem – CIEPH – Porto Alegre/RS. O estudo da aluna tem o objetivo de

analisar os estudos do tratamento de acupuntura para a diminuição do quadro álgico em

pacientes com lombalgia crônica de origem muscular dos 40 aos 50 anos de idade do sexo

feminino.

Rolante ____ de _______________ de 2005.

______________________________

Assinatura da paciente

ANEXOS

ANEXO A

FICHA DE AVALIAÇÃO DE PACIENTE CIEPH

Centro Integrado de Estudos e Pesquisas

Do Homem ESCOLA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL SANTA CLARA

DATA INSCRIÇÃO

IDENTIFICAÇÃO Nome: ...........................................................................................................................................

Sexo:......... Data de Nascimento:.................... Idade: ........ Estado Civil:........... Filhos:.............

Profissão:..................................................................................... Telefone:.................................

Endereço:...................................................................................... Bairro:....................................

CEP:............................ Cidade:.................................... Estado:............. P.referência:.................

QUEIXA PRINCIPAL :.............................................................................................................. ..................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... Histórico da doença:......................................................................................................................

.......................................................................................................................................................

.......................................................................................................................................................

Exames Feitos:..............................................................................................................................

.......................................................................................................................................................

...................................................................................................................... Data:.......................

Nome do Médico Responsável:....................................................................................................

...................................................................................................................... Fone: .....................

Cirurgias Feitas:............................................................................................................................

.......................................................................................................................................................

...................................................................................................................... Data:.......................

Remédios que foram receitados ou que estão sendo administrados:............................................

.......................................................................................................................................................

.......................................................................................................................................................

Histórico Familiar de Doenças:.....................................................................................................

....................................................................................................................................................... Fumo ( ) Bebidas ( ).................................................................................................................

Drogas ( ) ...................................................................................................................................

Faz atividade física? ....................................................................................................................

......................................................................................................................................................

FICHA DE AVALIAÇÃO DE PACIENTE CIEPH

Centro Integrado de Estudos e Pesquisas

Do Homem ESCOLA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL SANTA CLARA

DATA INSCRIÇÃO

Investigação Nutrição: Preferência: Salgado Doce Amargo Picante Azedo

o Normal Sabor específico na boca:......................... o Polifagia (calor E) Tipos de alimentos ingeridos:.................. o Inapetência (def. BP, calor E, ret. Alim.E) ................................................................. o Anorexia (vazio de Qi BP e E) ................................................................. o Halitose (exc. CS/retenção alimentos E ................................................................. o Eructações (exc. BP) .................................................................

Hidratação Pouca sede (def. de yang Qi – frio E)

o Normal Tipo de líquidos ingeridos:............................... o Sem Sede (sind.frio/ummid.) o Muita sede (polidpsia)-(calor) o Pouca sede (def.de yang Qi – frio E) quente frio gelado t.amb. morno

Eliminações Intestinal: normal

o Constipação: exc. IG, E, BP, R; def. IG o Diarréia – alívio (def. yang R) o Diarréia – alim. Não digeridos (def. Qi BP) o Fezes fétidas (exc. Yin R) o Melena (invasão de calor no IG) o Fezes com muco (invasão de umid./frio no

IG o Fezes seca (calor interno/def. yin IG) o Fezes fina como água (um./frio BP E) o Hemorróidas (def. BP) o Borborigmo (exc. IG, def. BP ID)

Menstruação: o Fluxo Normal (Oligomenorréia) o Metrorragia (estagn. Sg, calor no Sg, def Qi

BP hiper. Yang F) o Amenorréia (def. Qi, def. Sg, def. Sg do F) o Disminorréia (estgn.do Sg,calor no Sg) o Ciclo Irregular (estgn. Do Qi do F)

o TPM o Menopausa

Urinária: o Normal o Turva (def. R Be) o Poliúria (def. yang R / umid. Calor Be) o Oligúria (sind. De calor) o Espumante (calor na B) o Incontinência (def. Qi R, afund. Do Qi BP) o Enurese (Nictúria) não consol. do Qi R disf.

Be) o Hematúria

Transpiração: o Sudorese Intensa (calor) o Não sua (frio patógeno – def. Sg – yang Qi) o Sudorese fria (def. yang Qi) o Sudorese noturna (def. de yin Qi – calor

interno) o Sudorese nas extremidades (deb. dos R) o Sudorese cabeça (def. ying Qi – calor E)

Oxigenação

o Normal o Dispnéia (def. Qi P) o Ofegante (Flegma um.P) o Suspiro (estase do Qi F) o Resp. fraca – curta (def. de Qi P) o Resp. “entrecortado” (estase exop. P)

Complementos Fonação o Rouquidão, Afonia gradual (def. yin P R) o Afonia Súbita (estase de expo. P obstrução

Qi P) o Fala alto (sind. exc./calor) o Fala baixo (sind. de./frio) o Fala muito (def. yin C) o Fala pouco (def. frio ou lesão interna)

Sono e Repouso o Dorme bem o Dorme pouco o Insônia (calor no C/def. yin C) o Letargia – sonolência (def. yang C R)

Humor o Irritabilidade / Agressão (F) o Preocupação / Reflexivo (E) o Tristeza / Angústia (P) o Ansiedade / Alegria (C) o Medo (R)

FICHA DE AVALIAÇÃO DE PACIENTE

CIEPH Centro Integrado de Estudos e Pesquisas

Do Homem ESCOLA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL SANTA CLARA

DATA INSCRIÇÃO

Sexualidade

Lazer

Exame Físico Cabeça

o Algia Frontal (retenção alimentos E)

o Algia orbital (def. Sg F) o Algia Temporal (hiper.

Yang F – calor umid. F VB)

o Algia Occipital (distúrbios da BX, ID e VB)

Tronco Dorsal – Coluna

o Algia cervical o Algia torácica o Algia lombar o Alcia sacral o Algia Coxígea

Ventral – Torácica o Algia torácica

anterior (alterações patológicas C P)

o Opressão torácica (frio umidade)

o Abdominal o Epigástrio (disf. Do

E) o Hipocôndrio / tipo

pontada (estase Qi F) o Gastrite / Queimação

/ azia (calor, fogo) Membros superiores e inferiores:

o Edema (yin – yang) o Dormência (def. Qi

Xue) o Câimbras (def. Sg F) o Mialgias o Artralgias

o Dores migratórias (disf. Vb)

o Dores Joelhos (def. yin Qi R)

o Hipiremia e edema (artral. Calor / umid. vento)

o Varizes (def. BP) o Frio (vazio de

yang)

o Calor (Vazio de yin) o Hipodinamia (Frio

patógeno) o Astenia (def. Qi BP,

def. Sg, yin Be, R) o Tendinite (estagn. Qi

do F) o Tensão muscular

(def. Sg F)

Órgãos dos Sentidos o Visão o Fraca (estagn. Qi F, def.

yin B R ) o Turva (def. Sg F) o Olhos vermelhos (fogo

F) o Olhos ressecados (def.

R)

Audição o Fraca (def. yin R B,

def. Qi R) o Surdez (def. yang

Qi, def Sg C, def, yin B R)

o Zumbido (def. yin B R, def Qi R, vento)

o Otodinia – dor (calor pat. Umid. F Vb)

o Surdez súbita (fogo no fígado)

Tato o Fraco (def. Qi C) o Paladar o Fraco (def. Qi BP) o Olfato o Fraco (def. Qi P, v

frio) o Anosmia (débil. IG)

Compleição o Face opaca (def. Qi) o Pálida (def. Qi E Sg, def. Qi C frio) o Amarelada (def. E Bp) o Face avermelhada (ascen. Fogo F C) o Face esverdeada ou azulada (F) o Face escurecida (R) o Pele seca (def. Qi) o Pele úmida (def. yin Qi)

Língua o Pálida e seca (def. de Sg) o Pálida e úmida (def. yang Qi) o Vermelha (calor, def. yin Qi) o Vermelha com áreas avermelhadas

(estagn. Sg) o Ulcerada e vermelha (ascensão do

fogo C) o Com rachaduras (consumo de Jin

Ye/calor int) o Com saburra (umidade) o Com saburra amarela (calor interno) o Sem saburra (insuficiência Qi E) o Denteada (umid. def. Qi BP) o Púrpura ou violácea (estase Sg) o Grande (tendência ao calor) o Curta (tendência a frio)

Tomada de Pulso Freqüência

o Rápido o Lento

Ritmo o Regular o Irregular

Força o Forte o Fraco

Largura

o Fino o Largo (vasto)

Amplitude o Ampla o Baixa

Comprimento o Longo o Curto

P. Esquerdo P.Direito

CUN C ID P IG

GUAN F VB BP E

CHI Yang

R

B Yin R TA

prof. sup. prof. sup.

ANEXO B

Escala de Classificação da Dor

A escala de classificação da dor será a escala analógica visual, que segundo Mackler

(2001) citado por Robinson e Mackler (2001, p. 52) esta escala analógica visual é uma linha

de 10cm de comprimento e convencionalmente numerada de 1 a 10. O paciente é geralmente

questionado a descrever a intensidade da dor no momento.

__________________________________________________________________

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10