O USO DE HISTÓRIAS EM QUADRINHOS/TEXTO...
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UNICAMP- UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
INSTITUTO DE BIOLOGIA
Jose Luan de Carvalho
O USO DE HISTÓRIAS EM QUADRINHOS/TEXTO ILUSTRADO COMO
MATERIAL PARADIDÁTICO NO ENSINO DE BIOLOGIA CELULAR E
GENÉTICA
CAMPINAS
2019
Jose Luan de Carvalho
O USO DE HISTÓRIAS EM QUADRINHOS/TEXTO ILUSTRADO
COMO MATERIAL PARADIDÁTICO NO ENSINO DE BIOLOGIA
CELULAR E GENÉTICA
Dissertação apresentada ao Instituto de
Biologia da Universidade Estadual de
Campinas como parte dos requisitos
exigidos para a obtenção do título de
Mestre em Ensino de Biologia, na Área
de Ensino de Biologia.
ESTE EXEMPLAR CORRESPONDE A VERSÃO
FINAL DA DISSERTÃÇÃO DEFENDIDA PELO
ALUNO JOSE LUAN DE CARVALHO, E
ORIENTADA PELO PROF. DR. HERNANDES
FAUSTINO DE CARVALHO.
Orientador: Dr. Hernandes Faustino de Carvalho
CAMPINAS
2019
Campinas, 29/07/2019.
COMISSÃO EXAMINADORA
Prof. Dr. Hernandes Faustino de Carvalho
Prof.ª. Dr.ª Juliana Rink
Prof. Dr. Domingos da Silva Leite
Os membros da Comissão Examinadora acima assinaram a Ata de Defesa, que se
encontra no processo de vida acadêmica do aluno.
AGRADECIMENTOS
Gratidão a Deus pela força, coragem e perseverança que me foi dada. Gratidão a Nossa Senhora
Aparecida que nos momentos difíceis não me deixou desistir em meio às dificuldades que
apareceram no caminho
Aos meus amados e prestativos pais, Juarez e Laudenice por me ajudarem em toda minha vida.
Eles são importantes na formação de meu caráter, me ensinando a importância da educação
para mudar a vida de uma pessoa pobre. Ao meu irmão Alan Jose de Carvalho, que esteve
presente comigo no exame de seleção e na defesa da dissertação
A toda minha família em especial para minha querida avó Irene, que sempre me incentivaram
e apoiaram em todas as dificuldades.
Ao professor Dr. Hernandes Faustino de Carvalho, meu orientador, que agradeço pela
paciência, apoio e ensinamentos.
E por fim, a todos que colaboraram diretamente e indiretamente de alguma forma para a
concretização desta pesquisa, muito obrigado!
O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal
de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Código de Financiamento 001.
A alegria não chega apenas no encontro do achado, mas faz parte do processo da busca.
E ensinar e aprender não pode dar-se fora da procura, fora da boniteza e da alegria.
Paulo Freire
Resumo
A importância de estudar e compreender a biologia celular e genética no ensino médio
é de suma importância para a vida do estudante, porque esses conteúdos estão presentes no
cotidiano. Esse trabalho teve como objetivo analisar e apresentar as conexões e interseções
entre a biologia celular e a genética presentes no livro didático apresentando o conteúdo através
de uma apostila paradidática e histórias em quadrinhos/texto ilustrado criadas pelos alunos do
ensino médio da Escola Estadual Pedro Moreira Matos, como uma alternativa de material
paradidático na prática pedagógica aos professores de biologia do ensino médio visando
contribuir no processo de ensino e aprendizagem dos alunos. Uma das estratégias paradidáticas
adotas neste trabalho foi a utilização de uma apostila elaborada com os conteúdos de Meiose e
Segunda Lei de Mendel junto com um roteiro para elaboração de histórias em quadrinhos
(HQs)/texto ilustrado pelos alunos no auxílio de seu aprendizado, fazendo um comparativo da
efetividade desse material no ensino de biologia celular e genética. Com os resultados
observados da análise dos livros didáticos foi concluído que mesmo com carências referentes a
conteúdo, contextualização, interdisciplinaridade e cotidiano do estudante, os livros aqui
analisados desempenham um importante papel no meio escolar por serem muita das vezes o
único material de apoio do professor e do estudante no processo de ensino-aprendizagem.
Podemos concluir que os potenciais das atividades com HQs servem para motivar os alunos a
aprender de forma criativa e não reprodutiva. A utilização de HQs contribui para a motivação
discente ao proporcionar situações de aprendizagens distintas da rotina que estavam
acostumados a realizarem em outras disciplinas, isso favoreceu que os sujeitos dessem novos
sentidos para o processo de ensino e aprendizagem, potencializando os seus motivos para
aprender, valorizando aspectos característicos da atividade realizada.
Palavras-chaves: Histórias em quadrinhos/texto ilustrado; Ensino de biologia celular e genética;
Material paradidático.
Abstract
The importance of studying and understanding cellular and genetic biology in high school is of
paramount importance to the student's life, because these contents are present in everyday life.
This work had the objective of analyzing and presenting the connections and intersections
between cellular biology and genetics present in the didactic book presenting the contents
through a paradídática handbook and comic books / illustrated text created by the high school
students of the Pedro Moreira Matos State School , as an alternative of paradidático material in
the pedagogical practice to the teachers of biology of the secondary education aiming to
contribute in the process of teaching and learning of the students. One of the paradoxical
strategies adopted in this work was the use of an elaborate handout with the contents of Meiosis
and Mendel's Second Law along with a comic book script (HQs) / illustrated text by the students
in aid of their learning, making a comparative study of the effectiveness of this material in the
teaching of cellular biology and genetics. With the observed results of the analysis of textbooks
we can conclude that even with deficiencies related to content, contextualization,
interdisciplinarity and daily life of the student, the books analyzed here play an important role
in the school environment because they are often the only support material of the teacher and
the student in the teaching-learning process. We can conclude that the potentials of HQ
activities serve to motivate students to learn creatively rather than reproductively. The use of
comics contributes to student motivation by providing learning situations that are different from
the routine they were used to in other disciplines, this allowed the subjects to give new meanings
to the teaching and learning process, enhancing their motives for learning, valuing aspects of
the activity.
Keywords: Comic books / illustrated text; Teaching of cell biology and genetics; Paradidatic
material.
Sumário
Relato .................................................................................................................................................. 10
Introdução ............................................................................................................................... 11
Objetivos ......................................................................................................................................... 13
Material e Métodos .......................................................................................................................... 14
Resultados e Discussão ....................................................................................................................... 17
Conclusão ........................................................................................................................................ 46
Referências ...................................................................................................................................... 49
Apêndice 1 ............................................................................................................................ 53
Apêndice 2 ............................................................................................................................ 78
Apêndice 3 ............................................................................................................................ 80
Apêndice 4 ............................................................................................................................ 84
Apêndice 5 ............................................................................................................................ 88
Apêndice 6 ............................................................................................................................ 92
Anexo 1................................................................................................................................. 96
Anexo 2.................................................................................................................................. 98
Anexo 3................................................................................................................................ 100
Anexo 4................................................................................................................................ 104
Anexo 5................................................................................................................................ 113
Anexo 6................................................................................................................................ 115
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RELATO
No ano de 2017, quando vi o edital do ProfBio pelo Facebook, naquele momento percebi que
poderia melhorar a minha prática pedagógica e o processo de ensino e aprendizagem dos meus
alunos. O edital aberto e a oportunidade de estudar na Unicamp me deram forças para estudar
para o exame de seleção. Sendo professor da rede pública as oportunidades de formação
continuada são praticamente inexistentes, a iniciativa do governo de ofertar um programa de
mestrado profissional para professores pôde me dar oportunidade para hoje ser um Mestre em
Ensino de Biologia. Todo o processo desde o exame de seleção até a defesa da dissertação
foram momentos importantes e de muito aprendizado e desafios. As disciplinas do curso foram
ministradas por excelentes professores e materiais de extrema qualidade auxiliaram muito no
meu aprendizado. As práticas que foram feitas em sala de aula também adaptei para o meu
ambiente escolar para a realidade do meu estudante. Os conhecimentos adquiridos e
experiências vivenciadas foram únicas que levarei para toda minha vida. O aprendizado que
recebi está sendo muito útil para a minha prática pedagógica, ensino com maior confiança e
solidez, uso o conhecimento que recebi em prol do meu estudante que é o protagonista do
processor de ensino-aprendizado. Tenho muito que agradecer pela oportunidade, pelos
professores, pela universidade, orientador e todos os outros que direta ou indiretamente foram
responsáveis pela minha conquista da realização de um sonho.
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Introdução
A grande quantidade de conteúdos de biologia trabalhados no ensino médio e o tempo
disponível para as aulas dificultam o desenvolvimento de alguns temas complexos e
aprendizado dos estudantes. O que acontece é que o aluno é bombardeado por vários conteúdos
em um pequeno intervalo de tempo, não conseguindo assimilar de forma efetiva o conteúdo
ministrado. As aulas de biologia tornam-se apresentações mecanizadas, memorização de nomes
e processos sem significado na vida do estudante, que esquecem tudo depois das provas,
abandonando conhecimentos que poderiam ser úteis para o resto da vida. No ensino de biologia
celular isso também pode ser observado. Segundo Rossetto (2010), no ensino de biologia
celular a maioria das aulas são teóricas, dialogadas e ilustradas por micrografias e
ultramicrografias em imagens apresentadas em livros, ou alguns filmes que apresentam
animações e que não são suficientes para auxiliar a compreensão do assunto, mantendo o aluno
na passividade, ou seja, o aluno apenas recebe informações sem interagir com ela. Os estudantes
do ensino médio sabem muito pouco sobre genética devido a um despreparo dos professores
que apresentam dificuldade na hora de passar os conteúdos. Outro motivo para essa ausência
de conhecimento sobre genética vem da falta de associação desses conteúdos com outras áreas
da biologia como por exemplo a biologia celular. Segundo Barros et al. (2008), a compreensão
dos princípios básicos da genética é fundamental para que nossos estudantes estejam preparados
para opinar de modo consciente frente às inovações introduzidas por essa ciência na sociedade.
Para que o aprendizado seja efetivo é necessário que os conteúdos tenham significado na vida
do estudante, associando esse conhecimento com a realidade do aluno. O ensino de genética
reveste-se de importância pelo fato de que uma série de tópicos da biologia toma como base os
conceitos de herança e o entendimento do fluxo gênico, como é o caso do estudo da evolução
e da diversidade dos seres vivos (JIMENÉZ ALEXANDRE, 1992; BANET; AYUSO, 2003).
Uma maneira de minimizar a mecanicidade do sem significado é a atuação do professor
na produção de estratégias didáticas e paradidáticas que aproximem o aluno do conhecimento
por meio de materiais de interesse dos estudantes. Ao abordar o ensino de Biologia Celular,
Linhares e Taschetto (2011) argumentam que apesar de a célula ter dimensões microscópicas é
necessário propor diferentes formas de apresentar este conteúdo, levando o aluno a gostar e se
interessar, reconhecendo sua importância para o entendimento da vida. Desde o momento que
surgiu um dos primeiros microscópios a imagem preliminar observada por Robert Hooke e
denominada por ele de célula, em 1665, tornou-se de grande importância no âmbito das
Ciências Biológicas e Biomédicas (DE ROBERTIS, 2003).
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O professor terá que adaptar suas aulas tendo como foco o estudante sendo ele o
protagonista da aprendizagem utilizando de seus conhecimentos prévios e a sua realidade como
base para produzir estratégias didáticas dando significado ao processo de ensino aprendizagem.
A ideia de utilizar histórias em quadrinhos (HQs)/texto ilustrado como estratégia didática é de
suma importância. Vergueiro (2004, p. 26) afirma que o único limite para o bom
aproveitamento das HQ em sala de aula é a criatividade do professor e a sua capacidade de bem
utilizá-las para atingir seus objetivos de ensino. Segundo Pizzarro (2009), a ausência de
propostas para uma metodologia que envolva quadrinhos e conteúdos científicos abre uma
lacuna a ser preenchida por pesquisadores e professores que desejam se aventurar em práticas
que fomentem propostas plausíveis de aproveitamento deste material para a divulgação e
educação cientifica. A possibilidade de utilizar histórias em quadrinhos como veículos de
transmissão e discussão de temas específicos em sala de aula, através de uma aprendizagem
lúdica e agradável aos alunos, motivando-os para os conteúdos das aulas, aguçando a
curiosidade e desafiando seu senso crítico (RAMA: VERGUEIRO. et al, 2004). Segundo Banti
(2012), o uso de HQs diretamente relacionados com o ensino de ciências biológicas melhora a
compreensão de termos e conceitos em razão dos seus conteúdos, pois abordam conteúdos
formais de ensino e podem servir como texto base para o professor introduzir um tema.
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Objetivos
Objetivo Geral
Desenvolver um material paradidático procurando apresentar as conexões e interseções
entre a biologia celular (Meiose) e genética (Segunda Lei de Mendel), utilizando o uso de
material ilustrado e HQ, demonstrando a inexistência de barreiras disciplinares impostas nos
livros didáticos, auxiliando assim o trabalho do professor e o aprendizado dos alunos do ensino
médio.
Objetivo Específico
Analisar os conteúdos de biologia celular (Meiose) e genética (Segunda Lei de Mendel)
abordados no livro didático do ensino médio.
Apresentar uma abordagem multidisciplinar sobre os conteúdos de meiose e genética no ensino
médio.
Relação entre biologia celular e genética no cotidiano dos alunos (utilizando temas atuais e a
realidade do aluno, com isso criando cenários educativos para o seu aprendizado).
Utilizar histórias em quadrinhos/texto ilustrado como uma alternativa de material paradidático
no auxílio da prática educativa para os professores de biologia do ensino médio.
Desenvolvimento de histórias em quadrinhos/texto ilustrado com temas de biologia celular
(Meiose) e genética (Segunda Lei de Mendel) no ensino médio.
Criação de uma apostila de apoio pedagógico.
Criação de um roteiro de aula prática para elaboração de HQ (storyboard).
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Material e Métodos
A pesquisa foi realizada inicialmente analisando como os conteúdos de biologia celular
e genética são abordados nos três principais livros didáticos adotados no ensino médio da Rede
Estadual de Ensino de São Paulo. Os livros em questão foram “Biologia Moderna” da editora
Moderna, dos autores; José Mariano Amabis e Gilberto Rodrigues Martho, “Bio” da editora
Saraiva, dos autores; Sônia Lopes e Sergio Rosso e “Ser Protagonista” da editora SM, de vários
autores. Para efeito de análise o livro “Biologia Moderna” foi adotado como obra “A” o livro
“Bio” como obra “B” e o livro “Ser Protagonista” como obra “C”. Essa Primeira parte da
pesquisa analisou os conteúdos de biologia celular (Meiose) e genética (2ª Lei de Mendel) de
cada um dos livros, selecionando como essa abordagem é feita e como esse conteúdo é
apresentado ao estudante e como o professor deve ensiná-lo ao aluno, seguindo as orientações
da nova Base Nacional Comum Curricular (BNCC), para o ensino médio. Foi analisado se os
conteúdos de biologia celular e genética se comunicam entre essas duas áreas nos livros
didáticos analisados para o estudo.
O estudo foi realizado na Escola Estadual Pedro Moreira Matos localizada na zona leste
da cidade de São Paulo na região da diretoria de ensino leste 2. Participaram do estudo alunos
de duas turmas do 2º ano do ensino médio uma delas do período da tarde (A1), e a outra do
período da noite (A2) totalizando 60 estudantes. Foram escolhidas duas turmas para este estudo
porque permitem, para efeito de análise e interpretação dos dados, um espectro maior do que
se fosse somente uma turma. Além disso pela própria abordagem deste estudo, foram mais bem
analisados as características das turmas com a utilização ou não utilização das HQs/texto
ilustrado havendo uma possibilidade comparativa. Foi escolhida a escola da rede estadual de
ensino pois, como profissional há cinco anos trabalhando na rede, a experiência deste
pesquisador poderá contar positivamente no trabalho, facilitando na determinação dos melhores
espaços de pesquisa, assim como na decodificação de certos padrões culturais do grupo
estudado. Antes que o professor inicie o estudo de determinado assunto, é importante que se
conheça os alunos e as concepções trazidas por eles a esse respeito, pois apresentam ideias
independentes do ensino formal da escola sendo construídas ativamente no meio social em que
vivem (Brasil, 1998). Foi escolhida escola situada na zona leste de São Paulo, pois retratam
uma realidade socioeconômica e cultural características daquele segmento da população que
necessitam de maior atenção da escola e do poder instituído.
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As turmas de 2º anos escolhidas para o estudo receberam terminologias diferentes. A
turma de segundo ano da tarde foi identificada por “A1” e foi adotada como nosso grupo
controle. A turma “A1” nosso grupo controle o professor-pesquisador responsável pela
pesquisa ministrou os conteúdos do livro didático do ensino médio adotado pela escola, através
de aulas convencionais (aulas expositivas, discussões, atividades e exercícios) sobre os
conteúdos de biologia celular (Meiose) e genética (Segunda Lei de Mendel). Nessa turma os
conteúdos de biologia celular e genética não foram associados, utilizando como regra a
hierarquia dos conteúdos do Currículo do Estado de São Paulo.
A turma de 2º ano da noite foi identificada por “A2”, essa turma foi escolhida como
nosso grupo de intervenção. Nessa turma os conteúdos de biologia celular e genética foram
associados, unindo essas duas grandes áreas e rompendo com a ideia de que os conteúdos são
independentes, pensamento herdado do ensino superior que trabalha tais conteúdos em
disciplinas isoladas. Essas aulas com a associação dos conteúdos foram produzidas a partir dos
livros didáticos analisados na primeira parte da pesquisa pelo professor responsável pela
condução do estudo. A partir dessa análise foi elaborada a apostila de apoio paradidático com
os conteúdos de biologia celular (Meiose) e genética (Segunda Lei de Mendel). Essa apostila
foi entregue para os estudantes da turma “A2” que utilizaram durante as aulas.
Além dos conteúdos das aulas com a apostila, utilizamos como recurso paradidático
HQs/texto ilustrado como material complementar nas aulas. Os temas utilizados para
desenvolver as HQs/texto ilustrado foram a partir dos livros didáticos analisados no primeiro
momento da pesquisa separando os conteúdos de Meiose e Segunda Lei de Mendel. Os
conteúdos de biologia celular e genética foram interligados com o objetivo na produção de
material paradidático como estratégia de ensino. Após a análise dos livros didáticos o professor
responsável pela pesquisa separou todos os conteúdos e produziu aulas associando os temas.
Para produzir a parte da apostila sobre as histórias em quadrinhos o professor-pesquisador
recolheu informações e realizou o curso ofertado pela Fundação Demócrito Rocha, da Coleção
Quadrinhos em Sala de Aula: estratégias, instrumentos e aplicações. A apostila conta ainda com
um roteiro de aula prática para confecção de HQs junto com o roteiro de aula prática está
presente o storyboard para facilitar o desenvolvimento da atividade.
Os alunos da turma “A2” participaram de oficinas de confecção de HQs/texto ilustrado
com mediação do professor, essas oficinas ocorreram nos horários regulares de aula toda quarta-
feira. Ao todo foram 6 oficinas com duração de 45 minutos cada, ao longo de 1 mês. Nessas
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oficinas o aluno seguiu o roteiro (storyboard), criado pelo professor, onde recebeu todas as
orientações para a sua produção. Nas oficinas os alunos produziram histórias em
quadrinhos/texto ilustrado baseadas nos conteúdos abordados em sala de aula, utilizando além
disso seus conhecimentos prévios e a sua realidade para criar histórias em que tenha um
significado no seu aprendizado. Todas as obras produzidas e que foram autorizadas pelos alunos
(ou seus responsáveis), foram divulgadas em material impresso e/ou por meio de outros meios
de divulgação e da página de Facebook: Biologia e Biólogos.
As informações foram coletadas por pesquisas dos livros didáticos por meio de registro
no diário de campo do professor das observações em aula, das conversações informais com os
alunos e aplicação de um questionário de aceitabilidade (apêndice 2), no final do trabalho. As
conversações informais parecem ser um mecanismo adequado para a coleta de dados dentro da
perspectiva da pesquisa; não direcionam rigidamente para o tema, tangenciam-no e a ele
retornam sem denunciá-lo, é possível situá-lo em meio a outros temas significativos que sirvam
de estimulo ao entrevistado, possibilitando coleta de informações complementares que
favoreçam ao pesquisador a percepção da visão dos entrevistados. O questionário (apêndice 2)
teve questões sobre HQs e seu uso em sala de aula. Ao todo foram 11 questões das quais ambas
as turmas (A1 e A2) responderam as de número 1, 2, 3 e 4 as demais questões de número 5, 6,
7, 8, 9, 10 e 11 apenas os alunos da turma “A2” responderam. Após o questionário de
aceitabilidade e a avaliação final os resultados das respectivas turmas foram comparados e
analisados. Os dados coletados foram analisados de forma qualitativa.
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Resultados e discussão
Análise dos livros didáticos
O material didático indicado foi comparativamente analisado, verificando-se capa e
encadernação, espaço entre linhas, tamanho da letra, ilustrações, quadros e tabelas (1 análise
geral).
Efetuou-se, também, uma análise do conteúdo de Biologia Celular e Genética, com base na
adequação dos conteúdos teóricos seguindo e analisando os seguintes parâmetros (2 análise
específica); Conceitos gerias e específicos, Clareza do texto, Forma de apresentação do
conteúdo, Grau de atualização do conteúdo, Relação entre a biologia celular e genética,
Possibilidade de contextualização com a realidade do aluno, Grau de inovação, Enfoque
multidisciplinar, Priorização a problematização, Indicação de fontes complementares de
informação ( tabela 1).
1) Análise geral
No contexto analisado as obras apresentaram poucas diferenças na sua estrutura. Os
aspectos gráficos e editorias se referem à qualidade geral da impressão e organização da obra,
à adequação das ilustrações para os fins pedagógicos pretendidos, à presença de referências na
obra.
1.1 Capa
A capa em todos os materiais analisados (A Fig.1, B Fig.2 e C Fig.3) apresentou uma boa
diagramação, imagens coloridas com boa resolução deste modo despertando a atenção do
estudante para os detalhes visuais.
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Figura 1: Livro “Biologia Moderna” da editora Moderna, dos autores; José Mariano Amabis e
Gilberto Rodrigues Martho.
Figura 2: Livro “Bio” da editora Saraiva, dos autores; Sônia Lopes e Sergio Rosso.
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Figura 3: Livro “Ser Protagonista” da editora SM, de vários autores.
1.2 Encadernação, espaço entre as linhas e tamanho das letras
Os materiais analisados apresentaram encadernação em forma de brochura, de formato
resistente onde o uso por longos períodos de tempo não altera o material. Referente ao texto
possui espaçamento entre linhas e tamanho de letras que permite razoavelmente a visualização
e leitura. Essas características ajudam aos estudantes para o desenvolvimento das atividades.
1.3 Ilustrações, quadros e tabelas
Todas as obras analisadas apresentaram um número suficiente de fotografias e ilustrações,
que complementam o texto de forma clara, didática e de tamanhos, cores e definições de
qualidade consideravelmente agradáveis para o estudante.
Quadros e tabelas aparecem de forma comparativa abordando aspectos gerias dos
conteúdos.
Segundo Vasconcelos (2003) uma figura adequada desse ser compreensível, possuir legenda
autoexplicativa, ter relação direta com o texto, e ser inserida à medida que a informação é
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apresentada. A ilustração deve conter ainda o nome do autor e a fonte, caso não seja original.
É preciso cuidado em não permitir que a ilustração “confunda” o leitor, levando-o a uma
interpretação errônea da realidade. As imagens aqui analisadas não contiveram ilustrações que
veiculassem ideias erradas sobre conceitos, ideias incorretas sobre as dimensões ou cores
representadas sem indicação apropriada de escalas ou cores-fantasias.
Guimarães (2004), afirma que a comunicação por imagens, por si só, possui enorme
força apelativa e as imagens que apresentam cores têm uma força ainda maior.
Para a imagem apresentar funcionalidade o professor tem papel crucial, pois como em
qualquer outro recurso, cabe ao professor, direcionar a observação do aluno para a percepção
da importância da imagem no contexto da aula (SILVA et al, 2006).
2) Análise específica
Tabela 1. Critério para análise do conteúdo teórico de biologia celular e genética.
Parâmetro Inexistente Fraco Regular Bom Excelente
Conceitos gerias
e específicos
Clareza do texto
Forma de
apresentação do
conteúdo
Grau de
atualização do
conteúdo
Relação entre a
biologia celular
e genética.
Possibilidade de
contextualização
com a realidade
do aluno
Grau de
inovação
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Enfoque
multidisciplinar
Priorizam a
problematização
Indicação de
fontes
complementares
de informação
2.1 Conceitos gerais e específicos
Os conceitos gerais e específicos apresentados nas obras A, B e C foram considerados
excelentes com base nos conteúdos analisados em comparação com livros do ensino superior.
Boas definições e um contexto geral foram utilizados nas obras, fortalecendo assim esses termos
para o estudante.
Estudos avaliativos de coleções didáticas realizadas por Amaral e Megid Neto (1997),
consideram que os autores de livros didáticos procuram incorporar os fundamentos conceituais
e os avanços educacionais na área de ciências, tanto nas páginas iniciais das coleções, quanto
nas explicações e na introdução da obra ao professor e aluno. Contudo, a implementação dessas
ideias usualmente não se efetiva no texto do livro, nas atividades propostas, nem ao menos nas
orientações metodológicas explicitadas ou implícitas na obra.
Quanto ao conhecimento científico veiculado nos livros didáticos de biologia, não se
nota qualquer mudança substancial nas últimas décadas. As coleções enfatizam sempre o
produto final da atividade científica, apresentando-o imutável e desprovido de suas
determinações históricas, político, econômicas, ideológicas e socioculturais. Realçam sempre
um único processo de produção científica em detrimento da apresentação da diversidade de
métodos e ocorrências na construção histórica do conhecimento científico (PRETTO, 1985;
FRACALANZA, 1993; BRASIL, 1994; AMARAL et al. 1999).
As obras aqui analisas não conteve conceitos formulados erroneamente não oferecendo
informações básicas erradas; e/ou mobilizasse conceitos e informações de modo inadequado,
levando os estudantes a construir uma compreensão incorreta das explicações e/ou descrições
apresentadas.
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É possível afirmar que; nos últimos anos as coleções de obras didáticas não sofreram
mudança substancial nos aspectos essenciais que derivam de fundamentos conceituais e isso,
muitas vezes, acaba por dificultar o processo de aprendizagem dos alunos, pois o conteúdo
presente nos livros não se relaciona com a realidade vivenciada (FRACALANZA, 2006).
Podemos concluir que, nos últimos anos, as coleções de obras didáticas não sofreram mudanças
importantes nos aspectos que derivam de fundamentos conceituais, tanto nos gerias quanto nos
específicos e muito menos conteúdos voltados para o meio sócio-histórico-cultural do estudante
tais conteúdos devem ser incluídos nos livros didáticos.
2.2 Clareza do texto
Os textos analisados das obras do estudo apresentaram clareza na forma de tratar o
conteúdo para estudantes do ensino médio. Mas ainda existe uma grande dificuldade por parte
dos estudantes de compreender a nomenclatura e os processos dos eventos biológicos devido a
termos ou escrita muito complexa, que não relacionam os conteúdos trabalhados com o
cotidiano do aluno.
Podemos observar o que diz Vasconcelos e Souto (2003); não é suficiente um livro ter
linguagem clara e coerente se ele não priorizar o reconhecimento do universo do estudante em
suas páginas.
2.3 Forma de apresentação do conteúdo
As três obras analisadas apresentam de forma ordenada os conteúdos de biologia celular
e genética. Seguindo uma hierarquização que pode ser observada também em livros didáticos
do ensino superior.
Segundo Pacheco (1983, p.15), todo livro didático apresenta uma proposta
metodológica de ensino. Essa se caracteriza pela descrição dos conceitos, pela sequência em
que são apresentados, pelos recursos utilizados para tentar convencer os alunos do que o que
está sendo apresentado é “verdade” ou pelos tipos de exercícios apresentados como proposta
de avaliação.
Todos os livros analisados apresentam o conteúdo biológico praticamente na mesma
sequência, com apenas pequenas variações entre elas. Os livros de primeiro ano iniciam-se com
biologia celular e desenvolvem tópicos de genética apenas no livro de terceiro ano o último
volume da coleção.
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Segundo Fracalanza (1985, p.144), essa quase identidade sequencial dos conteúdos
parece corresponder ao conteúdo básico. Matriz neutralizada, sobre a qual os diversos autores
organizam seus argumentos na defesa de seus pontos de vista.
Podemos concluir que em termos da distribuição dos conteúdos analisados de biologia
celular e genética ao longo das diferentes obras analisadas, ela acontece de maneira semelhante,
seguindo o modelo desenvolvido na academia. O que prejudica o trabalho do professor na rede
estadual de ensino de São Paulo é o fato de que os conteúdos presentes nos livros didáticos não
correspondem com a proposta curricular do seguinte ano ou série. Os conteúdos de biologia
celular e genética estão presentes respectivamente nos livros de 1º e 3º, sendo que esses
conteúdos são cobrados no 2º do ensino médio, causando uma dificuldade na hora do professor
utilizar o material didático.
2.4 Grau de atualização do conteúdo
As referências utilizadas pelas obras A e C datam de 2016. A obra com referências mais
atuais é a obra B com referências de 2017. Sendo que todos eles têm uma validade até 2020.
De modo geral verificamos que os conteúdos analisados apresentam-se um pouco
desatualizados, descontextualizados e de modo bastante fragmentado, evidenciando apenas
conteúdos universalmente aceitas dos fenômenos biológicos, completamente isentos de
contradições ou conflito. Para os estudantes que são de uma era digital onde as informações são
praticamente instantâneas a leitura de um texto desatualizado causa uma estranheza e
desestimulo para o estudo.
2.5 Relação entre a Biologia celular e a Genética
Nas obras analisadas o único momento que ocorre uma comunicação entre a biologia
celular e a genética é nos livros do 3º ano na parte do capítulo voltado para a genética com o
tema a relação entre a meiose e a segunda lei de Mendel. Isso demonstra que não existe uma
preocupação dos autores em associar essas duas grandes áreas da biologia nos materias
analisados. Causando nos alunos a interpretação que tais conteúdos devem ser tratados e
aprendidos de maneira isolada, sem a relação entre eles. Outro fato preocupante é que o
professor responsável por ensinar acaba seguindo essa sequência limitante, tratando os
conteúdos de forma isoladas.
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2.6 Possibilidade de contextualização com a realidade do aluno
Em nenhuma das obras analisadas foram encontrados temas que pudessem ser inseridos
na realidade do estudante. Ausência de notas ou pequenos textos com orientações aos
professores para como abordar esse conteúdo é um fator preocupante. O ensino é visto pelos
estudantes como algo não útil já que os conteúdos ali trabalhados não serviram para entender
fenômenos que ocorrem no seu dia a dia.
Para Fracalanza (1985, p.141), os livros didáticos respondem positivamente às
alterações curriculares introduzidas nas escolas, alterações estas atreladas ao modelo
econômico vigente. Dessa forma, os conteúdos apresentados em obras didáticas nunca
ultrapassam os limites estreitos dos conceitos básicos e muito menos se preocupam em
apresentar à discussão temas polêmicos relacionados a uma realidade nacional. Tudo fazem
para cumprir a visão de uma ciência e de técnica desvinculadas de contextos particulares de
surgimento e apropriação, mas, antes, universalizados e transcendentes à história que não a dos
acontecimentos factuais da própria descoberta.
Segundo Megid (2003) apesar de todos os esforços empreendidos até o momento, ainda
não se alterou o tratamento dado ao conteúdo, presente no livro que configura erroneamente o
conhecimento cientifico como um produto acabado, elaborado por mentes privilegiadas,
desprovidas de interesses políticos econômicos e ideológicos, ou seja, que apresenta o
conhecimento sempre como verdade absoluta, desvinculado do contexto histórico e
sociocultural. Aliás, usualmente o presente atemporal (presente do indicativo) para veicular os
conteúdos. Desse modo, apresenta-os como verdades que uma vez estabelecidas, serão sempre
verdades (AMARAL e MEGID, 1997).
O contexto com a realidade do aluno nas obras analisas deixou lacunas a serem
preenchidas pelo professor, o fato da ausência de associação do cotidiano com os conteúdos do
livro didático concebe o aluno como ser passivo, depositário de informações desconexas de
descontextualizadas da realidade. Parece ser necessário, em quase todos os casos que os livros
didáticos de cada coleção sejam atualizados com temas geradores de conhecimento associando
os conteúdos com a realidade do estudante e o seu cotidiano. Tornando disponível pelo mercado
editorial aos professores e seus alunos temas geradores de aprendizado. O professor terá que
desempenhar o papel de aproximar esses conteúdos com a realidade de seus alunos e fazer que
esses estudantes associem esses temas com o seu cotidiano e as vivências no ambiente escolar
com objetivo de criar uma sociedade em que os conhecimentos biológicos sejam de livre acesso
a todos.
25
2.7 Enfoque multidisciplinar
Nas obras A, B e C não foi citado em nenhum momento um enfoque multidisciplinar.
O que demonstra que existe uma necessidade de maior comunicação entre as áreas do saber. O
ensino médio necessita uma maior comunicação entre as disciplinas esse isolamento
desnecessário prejudica o andamento do processo de ensino-aprendizagem. Separar as ciências
nesse caso é separar a oportunidade de o aluno relacionar os temas trabalhos de absorver e
interpretar o conteúdo como um todo, perceber que a ciências estão interligadas.
2.8 Priorização a problematização
Analisados os textos e as questões no final de cada capítulo nenhuma das atividades
propostas priorizavam a problematização.
O que pode ser analisado é que todas as obras apresentam uma grande preocupação com
os vestibulares e o Enem, o que pode ser confirmado mediante a observação das questões
apresentadas ao final do capítulo que são de testes de vestibulares de grandes universidades
públicas do país e do próprio Enem.
Referente às questões problematizadoras ou investigativas não foi observada em
nenhuma das obras. O que foi verificou é que os exercícios presentes apenas confirmam de
forma direta, os conteúdos desenvolvidos são colocados de uma forma que a resolução não
exige nenhum esforço por parte do aluno; essas resoluções estão apresentadas no capítulo.
Referente aos exercícios eles apenas refletem os conteúdos dos livros sem envolver
nenhuma problematização. A metodologia empregada privilegia memorização e aprendizagem
mecânica de conteúdos e terminologias, em vez de estimular o desenvolvimento do pensamento
autônomo e crítico, e a compreensão das relações entre o conhecimento científico e as vidas
dos estudantes o uso adequado dos conhecimentos prévios e das experiências culturais dos
estudantes.
2.9 Indicações de fontes complementares de informação
As três obras analisadas apresentaram indicações de fontes complementares de
informação.
Os textos complementares presentes nas obras A, B e C garantem uma abordagem mais
diferenciada, uma vez que tratam de questões mais atuais e reportagens que dificilmente estão
26
presentes no currículo oficial. Proporcionando ao estudante um amparo maior a temas diversos
relacionados com a biologia. Os impactos dessas fontes complementares para o ensino são
positivos porque levam o aluno a buscar outras informações além do texto do livro didático.
3. A condução do trabalho na turma “A1”
As aulas na turma “A1” foram realizadas com os conteúdos do livro didático, adotando
uma didática tradicional com aulas convencionais (aulas expositivas, discussões, atividades e
exercícios). Os conteúdos abordados foram sobre biologia celular (Meiose) e genética (Segunda
Lei de Mendel). Inicialmente o conteúdo abordado sobre meiose foi apresentado seguindo o
capítulo do livro adotado pela escola que é o livro “Biologia Moderna” da editora Moderna dos
autores; José Mariano Amabis e Gilberto Rodrigues Martho. No livro didático a sequência que
aparece os tópicos são;
Meiose e reprodução.
Etapas da meiose.
Semelhanças e diferenças entre mitose e meiose.
Meiose I.
Meiose II.
Como leitura complementar no capítulo aparece um texto (Anexo 2) sobre falhas na
meiose e alterações cromossômicas. Nesse momento os alunos começaram a discutir como
pequenos erros na meiose poderiam causar efeitos nocivos na estrutura de um organismo.
Esses conteúdos foram trabalhados com aulas expositivas detalhadas com os respectivos
tópicos do capítulo. A todo momento houve discussões sobre o tema, duvidas tiradas, atividades
e questões para exercitar o pensamento.
O livro didático foi utilizado como nosso único recurso porque essa é a realidade da
maioria dos professores do Brasil onde a única ferramenta de trabalho no caso apoio pedagógico
é o livro didático. O fato de utilizar apenas aulas tradicionais serve como exemplo do que é
realizado no decorrer do ano letivo onde o professor não tem nenhum material paradidático.
Essa dificuldade de o professor possuir material paradidático é proveniente da falta de
estruturação do nosso sistema de ensino onde falta material de apoio, falta tempo ao professor
planejar suas aulas, buscar material e produzi-los devido a uma carga horaria excessiva
proveniente de salários defasados. O professor precisa trabalhar mais para ter um padrão de
vida razoável.
27
Lembrando nessa turma não houve o uso de da apostila paradidática (Apêndice 1) e nem
das oficinas de HQs. A turma “A1” teve as mesmas quantidades de aulas da turma “A2”.
Os conteúdos abordados da Segunda Lei de Mendel também foram retirados do livro
didático “Biologia Moderna”. Foi seguido a mesma aula tradicional com as exposições dos
conteúdos. A sequência dos conteúdos é apresentada nos seguintes tópicos;
As bases cromossômicas da herança.
A segregação independente dos genes.
A base celular da segregação independente: meiose.
A avaliação final (Anexo 3), que foi aplicada para ambas as turmas o grupo controle
teve em média de 54,5% acertos, demonstrando nesse caso um desempenho considerado baixo.
Os resultados demonstram que existe uma dificuldade do estudante principalmente em aprender
as fases da meiose I e meiose II que envolve as representações esquemáticas das fases. A
dificuldade surge da ausência de atividades que incentive o estudante a abstração a
representação dessas fases da meiose na sua vida escolar de diversas formas. Outra dificuldade
apresentada na avaliação foi a dificuldade dos alunos em entender como ocorrem as proporções
genéticas da Segunda Lei de Mendel, demostrando mais uma vez a carência de como esses
temas são trabalhos em sala de aula. O estudante precisa ser mais ativo nas aulas, sendo
incentivado a produzir seu conhecimento a partir dos temas propostos pelo livro didático,
currículo e a BNCC. Os conteúdos de Meiose e Segunda Lei de Mendel são considerados
difíceis pelos estudantes e apenas aula tradicional não se mostrou efetiva para o processo de
aprendizagem onde maioria dos estudantes tiveram resultados pífios decorrente de um ensino
mecânico e “decorébico” levando o aluno a passividade.
3.1 A condução do trabalho na turma “A2”
As aulas da turma “A2” o nosso grupo de intervenção foram ministradas com os
conteúdos dos livros didáticos “Biologia Moderna” da editora Moderna, dos autores; José
Mariano Amabis e Gilberto Rodrigues Martho, “Bio” da editora Saraiva, dos autores; Sônia
Lopes e Sergio Rosso e “Ser Protagonista” da editora SM, de vários autores.
Os principais conteúdos dessas três obras foram separados onde houve como critério
utilizar o que era mais necessário na facilitação do ensino. Com esses conteúdos selecionados
o professor-pesquisador elaborou uma apostila (Apêndice 1) que facilitasse o entendimento do
estudante e provocasse uma participação ativa do nosso aluno na produção do seu material.
Além dos conteúdos da apostila serem mais resumidos e diretos existe partes na apostila em
28
que o estudante tem que produzir desenhos esquemáticos com os respectivos processos pedidos
no decorrer da aula. O aprender fazendo nessa parte da apostila é de suma importância no
processo de ensino-aprendizagem. Diferente da aula tradicional na qual o estudante é um ser
passivo na aula com a utilização da apostila ele se torna um ser ativo, produzindo conhecimento,
interagindo com a aprendizagem e estimulando seu lado lúdico.
3.2 O uso da apostila para o Ensino de Biologia Celular (Meiose) e Genética
(Segunda Lei de Mendel).
Após a análise dos livros didáticos foi produzido uma apostila associando os temas de
Meiose e a Segunda Lei de Mendel. A forma como esses conteúdos foram apresentados para
os estudantes seguiu a seguinte ordem;
Meiose e Segunda Lei de Mendel.
Etapas da meiose.
Primeira divisão meiótica ou meiose I (R!).
Prófase I
Metáfase I
Anáfase I
Telófase I
Segunda divisão meiótica ou meiose II (E!).
Prófase II
Metáfase II
Anáfase II
Telófase II
Todas as fases da meiose I e meiose II tiveram que ser representadas através de desenhos
produzidos pelos estudantes.
As representações realizadas pelos estudantes seguiram os seguintes modelos destas
obras selecionadas:
29
Figura 4. Desenho criado pelo estudante da turma “A2”.
30
Figura 5. Desenho criado pelo estudante da turma “A2”.
31
Figura 6. Desenho criado pelo estudante da turma “A2”.
32
Figura 7. Desenho criado pelo estudante da turma “A2”.
33
Na parte da apostila destinada ao ensino de genética referente a Segunda Lei de Mendel,
o conteúdo foi apresentado seguindo a seguinte ordem;
Mendel e a descoberta da Lei da Segregação Independente.
Detalhes sobre a meiose na Lei da Segregação Independente.
Os conteúdos foram inseridos na realidade do aluno, trazendo para ele os temas com
utilização de exemplos práticos no seu cotidiano.
O aluno foi incentivado a produzir e desenhar os esquemas propostos com objetivo que
o conteúdo fosse melhor aprendido.
As representações realizadas pelos estudantes seguiram os seguintes modelos destas
obras selecionadas produzidas por um aluno:
34
Figura 8. Desenho criado pelo estudante da turma “A2”.
35
Figura 9. Desenho criado pelo estudante da turma “A2”.
36
Figura 10. Desenho criado pelo estudante da turma “A2”.
37
Justina e Rippel (2003, p.4), defendem a importância do estudo da genética para além
da sua problematização e aplicação na vida cotidiana dos discentes para que promova o
entendimento de mecanismos genéticos o que gera uma maior significação destes conceitos
para os alunos. Desta forma o estudo da genética se constitui como uma prática que possibilita
o letramento cientifico uma vez que possibilita o exercício da reflexão teórica e ética das atuais
tecnologias envolvidas na manipulação do material genético.
No decorrer das atividades foi observado que no momento da produção dos desenhos
pelos alunos houve uma participação ativa. Os alunos relataram que se sentiram importantes e
úteis na hora que estavam produzindo sua arte na apostila. O desenho teve como função
estimular o lado criativo dos alunos ajudando no entendimento dos processos de divisão celular
e genéticos.
3.3 O uso da apostila como meio introdutório para o ensino de Biologia com a
utilização de HQs em sala de aula
As aulas que foram produzidas na apostila sobre histórias em quadrinhos foram
baseadas principalmente do curso ofertado pela Fundação Demócrito Rocha, da Coleção
Quadrinhos em Sala de Aula: estratégias, instrumentos e aplicações.
Os alunos foram apresentados as HQs através dos conteúdos presentes na apostila que
estão distribuídos nos seguintes tópicos:
As HQs no Brasil.
Motivos para usar as HQs em sala de aula.
Por que o professor deve usar a HQ?
Leituras e interpretações de HQs.
Elementos importantes nas HQs.
As HQs e o ensino de Biologia.
Os desenvolvimentos dos tópicos seguiam os horários normais de aula. Foi realizado
leituras coletivas, aulas com auxílio multimídia e principalmente o ponto principal que foi uma
aula pratica de produção de HQs pelos estudantes.
3.4 As oficinas de HQs
Após os conteúdos de biologia celular (Meiose) e genética (Segunda Lei de Mendel)
terem sido trabalhados e as aulas de ensino de HQs serem ministradas os alunos participaram
das oficinas de confecção de HQs onde com o auxílio do professor e seguindo o roteiro
desenvolveram HQs com a temática dos conteúdos trabalhados.
O roteiro foi composto dos seguintes elementos;
Introdução
Objetivo
Materiais
38
Procedimentos
Questões
Storyboard
As obras (Anexo 4) produzidas pelos estudantes foram expostas no mural da escola e
divulgadas na página do facebook: Biologia e Biólogos.
Essas aulas segundo os estudantes em relatos informais através de conversação, foram
extremamente importantes para o desenvolvimento do aprendizado. Muitos alegaram que
desconheciam o processo de produção de HQs e como poderiam ser tão importantes para a
educação. Os alunos demonstraram uma grande surpresa da resistência que as HQs sofreram
para pertencerem ao ambiente escolar. Mas segundo os estudantes o momento mais difícil e
importante da aula foi quando tiveram que produzir sua primeira HQ como atividade na
apostila. Associar os conteúdos e a partir deles produzir HQs foi uns dos momentos mais
importantes do trabalho, naquele momento o aluno produzia algo único de sua autoria, que
nesse caso tinha como função auxiliar no aprendizado.
A mesma avaliação final (Anexo 3), que foi aplicada para a turma “A1” também foi
aplicada para nossa turma “A2” o grupo de intervenção. A média do nosso grupo “A2” foi de
78,9% de acertos, um resultado consideravelmente positivo em relação a turma “A1”, que
apresentou em média de 54,5% de acertos. Mesmo as duas turmas tendo a mesma quantidade
de horas aulas a metodologia aplicada na turma “A2” demonstrou ser melhor aceita pelos
estudantes. O uso da apostila atrelada as oficinas de HQs puderam proporcionar melhores
resultados no processo de ensino- aprendizagem.
Os resultados dos questionários de aceitabilidade (Apêndice 2) demonstraram que;
3.5 Questionário
Obs: as questões 1, 2, 3 e 4 todos os alunos de ambas as turmas (A1 e A2) responderam, das
questões 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11 apenas os alunos da turma A2 responderam.
1) Você gosta de histórias em quadrinhos (HQs)?
( 49 ) sim (11 ) não
Na primeira pergunta do questionário que foi aplicado para ambas as turmas 49 alunos
responderam que gostam de HQs, enquanto apenas 11 responderam que não. Essa informação
é extremamente importante porque demonstra que os estudantes se interessam pelo tema.
39
2) Você já leu alguma HQ de qualquer gênero na sua vida?
( 55 ) sim ( 5 ) não
Na segunda pergunta sobre a leitura realizada pelos estudantes de HQ, 55 alunos
responderam que já leram e 5 alunos responderam que nunca leram nenhum gênero de HQ na
vida. Essa demonstração de uma pequena parte que nunca teve contato com as HQ abre um
questionamento sobre a ausência dessa linguagem no ambiente escolar.
3) Alguns dos seus professores já utilizaram HQs como material paradidático em suas aulas?
( 2 ) sim ( 58 ) não
49; 82%
11; 18%
Respostas dos estudantes
Sim
Não
55; 92%
5; 8%
Respostas dos estudantes
Sim
Não
40
Dos 60 alunos que responderam à questão de número três apenas 2 já tiveram aulas com
a utilização de HQ. Essa resposta demonstra como ainda existe uma certa resistência dos
professores da Educação Básica em utilizar as histórias em quadrinhos.
4) A proposta do professor de associar os conteúdos de biologia celular e genética criando uma
comunicação entre os assuntos como um todo na sua opinião facilitou o processo de ensino e
aprendizagem?
( 48 ) sim ( 12 ) não
O fato de associar essas duas áreas que são a biologia celular e a genética no ensino foi
bem aceita por 48 dos alunos entrevistados entorno de 80 % do total aceitando a união dessas
duas grandes áreas. Essa resposta ajuda a fortalecer a nossa tese que é importante os professores
da educação básica associarem os conhecimentos das áreas da Biologia e produzirem conteúdos
mais próximos com a realidade do estudante.
5) O uso de HQs no ensino de biologia foi importante no seu aprendizado?
55; 3%
5; 97%
Respostas dos estudantes
Sim
Não
55; 80%
5; 20%
Respostas dos estudantes
Sim
Não
41
( 27 ) sim ( 3 ) não
A questão de número 5 foi respondida apenas por estudantes da turma “A2” nosso grupo
de intervenção. Dos 30 alunos 90% respondeu que o uso de HQs foi importante para o ensino
de biologia. Reforçando que o ensino de Biologia e as HQs são ferramentas importantes no
processo de formação de processos de aprendizagem.
6) Você prefere a aula com ou sem HQs?
( 27 ) com ( 3 ) sem
Sobre a preferência de utilização de HQs 27 alunos preferem o seu uso como meio de
ensino. A aceitação das HQs pelos estudantes é algo que deve ser considerado pelos professores
e pesquisadores como meios futuros de produção de novos materiais utilizando essa linguagem
em prol do ensino-aprendizagem.
55; 90%
5; 10%
Respostas dos estudantes
Sim
Não
55; 90%
5; 10%
Respostas dos estudantes
Sim
Não
42
7) Produzir a própria HQ foi uma experiência válida no processo de aprendizagem?
( 28 ) sim ( 2 ) não
Na resposta de número 7 conseguimos observar como a produção das próprias HQs
pelos estudantes foram importantes no processo de aprendizagem onde 93% responderam
positivamente para o seu uso. Incentivar o aluno na produção da sua própria HQ é fundamental
para que os conteúdos das aulas sejam melhores entendidos e internalizados pelo estudante. O
aprender fazendo aqui é de suma importância tanto para o professor que é um mediador e o
aluno ser ativo do processo.
8) O professor foi importante na orientação da produção da HQ?
( 28 ) sim ( 2 ) não
Dos 30 estudantes 28 responderam que a participação ativa de seu professor na
orientação das oficinas de produção de HQs foi de suma importância. O papel do professor será
orientar seus estudantes na confecção e etapas de produção das HQs.
55; 93%
5; 7%
Respostas dos estudantes
Sim
Não
55; 93%
5; 7%
Respostas dos estudantes
Sim
Não
43
9) Sem o uso das HQs com apenas as aulas tradicionais o seu entendimento dos conteúdos
seriam os mesmos?
( 5 ) sim ( 25 ) não
Outra questão que demonstra a importância do uso das HQs, 83% dos estudantes
disseram que a sua utilização em sala de aula facilitou o aprendizado dos conteúdos. O ensino
por HQ desperta no aluno o seu lado criativo e reflexivo.
10) Houve uma boa aceitação sua e de seus colegas com o ensino utilizando HQs?
( 28 ) sim ( 2 ) não
Dos 30 alunos, 28 (93%), responderam que sim para a aceitação deles e de seus colegas
para o uso das HQs. Essa pergunta foi importante porque analisa a aceitação através do olhar
do aluno.
55; 17%
5; 83%
Respostas dos estudantes
Sim
Não
44
11) Você preferiria que outras disciplinas também utilizassem as HQs no ensino?
( 29 ) sim ( 1 ) não
Essa reposta demonstra uma necessidade que os alunos apresentam e um desejo pelo o
uso de HQs em outras disciplinas, porque em torno de 97% dos 30 alunos responderam que
querem utilizar as HQ em outras disciplinas além da Biologia.
Segundo Dell Prette et al. (1998, p. 56), os contextos tradicionais de ensino situam,
geralmente, o professor como transmissor e o aluno como um receptor pensamento mito
semelhante da educação bancária onde o aluno é considerado um ser passivo exigindo apenas
atenção e cumprimento das tarefas. Nessa prática pedagógica, a participação do aluno,
essencialmente passiva é extremamente nociva ao aprendizado. Os alunos apresentam
dificuldades na aprendizagem da Biologia decorrentes do fato de os educadores ignorarem os
conhecimentos da vida cotidiana dos seus estudantes, os conhecimentos prévios uma vez que
55; 93%
5; 7%
Respostas dos estudantes
Sim
Não
55; 97%
5; 3%
Respostas dos estudantes
Sim
Não
45
os educadores relatam ser grande a quantidade de conteúdos nos livros didáticos não dando
tempo para realizar outras atividades mais lúdicas. Segundo Ausubel (1982), se os conteúdos
apresentados não forem significativos, se não se conectar aos seus conhecimentos prévios, o
aluno desenvolverá uma aprendizagem mecânica ou repetitiva que será armazenada
isoladamente ou por meio de associações arbitrárias nas estruturas cognitivo, podendo ser
facilmente esquecida.
A importância de usar a HQ na sala de aula foi proveniente de uma necessidade porque
o estudante na atualidade segundo Gadotti (2004) é formado na era imagética, não têm mais o
hábito de ficarem 40 minutos concentrados em torno de algum árduo raciocínio, sendo difícil
para um professor “dar aulas” sem apelar para o sensitivo.
A utilização das HQs em sala de aula pelas mãos do professor, pode levar o aluno a uma
melhor relação com o conteúdo da disciplina, sem falar que pode potencializar para sensibilizar
o aluno quanto a questões ou problemas referentes ao seu meio social.
Segundo Mendonça (2002 p. 202), apesar das HQs já serem aceitas como objeto de
leitura fora das salas de aula, ainda não foram de fato incorporadas ao elenco de textos com que
a escola trabalha. Tampouco alcançaram a devida atenção das pesquisas acadêmicas.
46
Conclusão
Com as análises realizadas, deve-se reforçar que é condição necessária para definir
procedimentos e ações que permitam implementar corretas políticas públicas de escolhas dos
livros escolares, visando à melhoria do ensino praticado em nossas escolas. Diante das pequenas
falhas apresentadas nos livros didáticos cabe ao professor criar critérios críticos em prol da
escolha do material didático a ser utilizados no estabelecimento de ensino com características
específicas de seus alunos. Para melhora as escolhas dos livros didáticos é necessário de
primeiro momento alterações nos livros didáticos produzidos no país e adquiridos para os
alunos. Mais do que isso, entretanto, será imprescindível a elaboração de propostas alternativas
ao livro escolar convencional.
É importante que as críticas a esses programas de livros didáticos sejam ponderadas,
reconhecendo, como fazem Batista et al. (2004), que eles têm apresentado impacto positivo,
com ganhos educacionais, sociais e políticos, mas, ao mesmo tempo, mostram limitações. A
distribuição do livro didático foi de suma importância para os alunos e escolas mais carentes e
apoiamos essa iniciativa do governo, o que queremos são mais livros apropriados com o público
da escola pública com a sua grande heterogeneidade. Entre os ganhos positivos, os mais
visíveis, significativos e, em nosso entendimento, inegáveis, dizem respeito à melhoria da
qualidade dos livros didáticos nas salas de aula da rede pública e ao impacto social da
distribuição gratuita de materiais didáticos para as camadas de baixa renda da população.
Atualmente, acentua-se a difusão de princípios educacionais como por exemplo:
flexibilidade curricular; abordagem temática interdisciplinar; vínculo com o cotidiano (real) do
aluno e seu entorno sócio-histórico; atendimento à diversidade e à resolução de problemas
(BRASIL, 1997/1998). Encontrar um livro ideal para todos esses itens é cada vez mais difícil
por isso a ação crítica e reflexiva do professor no momento da escolha é importante. Bons livros
didáticos favorecem a aprendizagem (LEE et al., 1993; FRANZOLIN; BIZZO, 2007).
É claro que não podemos negar que se mantêm no livro didático de Biologia do ensino
médio problemas importantes, como a valorização excessiva de um ensino informativo e teórico
como aponta Krasilchik (2004). Na maioria dos livros permanece também a apresentação de
uma ciência descontextualizada, separa da sociedade e do cotidiano, como criticam Campos e
Cachapuz (1997), ainda que mudanças possam vir a ocorrer no futuro.
Tanto no Brasil quanto em outros países, tem sido mostrado que o livro didático se
tornou o principal controlador do currículo, sendo usado pelos professores para a seleção de
conteúdos, atividades de aprendizagem e modos de avaliação (BALL et al. 1988). Assim, a
47
participação ativa e democrática do professor em sua seleção é um aspecto essencial da política
do livro didático (Nuñez et al. 2003). Deve-se observar que a escolha do livro didático é de
fundamental importância no ambiente escolar e a necessidade de materiais de apoio
paradidático para complementar esses conteúdos também são extremamente importantes.
Com os resultados observados da análise dos livros didáticos podemos concluir que
mesmo com carências referentes a conteúdo, contextualização, interdisciplinaridade e cotidiano
do estudante, os livros aqui analisados desempenham um importante papel no meio escolar por
serem muita das vezes o único material de apoio do professor e do estudante no processo de
ensino-aprendizagem.
A partir dos dados e reflexões apresentadas na parte da pesquisa com as turmas “A1” e
“A2” é possível e necessário a realização de atividades didáticas com histórias em quadrinhos,
como é essencial que essas atividades apresentem dados que apontem sugestões na elaboração
de metodologias que utilizem as HQs de forma a participação do estudante na sua produção
priorizando a reflexão e percepção da sua realidade para além do humor e entretenimento.
O reconhecimento do uso de HQ como recurso didático relevante para o ensino em todos
os níveis é de suma importância. O professor como foi apresentado aqui é engrenagem
fundamental para o trabalho de análise, triagem, produção e uso desse material para o estudante.
As HQs devem ser utilizadas como instrumento a serviço de práticas motivadoras no ensino de
Biologia que planejadas com o intuito de promover no aluno um olhar crítico e reflexivo sobre
os conteúdos de biologia celular (Meiose) e genética (Segunda Lei de Mendel) facilitando seu
aprendizado e entendimento de temas centrais das Ciências Naturais.
A produção das HQs pelos estudantes proporcionou a proximidade dos conhecimentos
científicos com o seu cotidiano. A grande preocupação com a memorização de conteúdos
celulares e genéticos deu lugar a atitudes de reflexão e produção de HQs que demonstrou ser
um motivador para o aprendizado. A motivação manifestada pela participação efetiva do
estudante foi devido ao apoio e produção da apostila pelo professor que culminou em uma
atividade diferenciada promotora de conhecimento.
Podemos concluir que os potenciais das atividades com HQs servem para motivar os
alunos a aprender de forma criativa e não reprodutiva. A utilização de HQs contribui para a
motivação discente ao proporcionar situações de aprendizagens distintas da rotina que estavam
acostumados a realizarem em outras disciplinas, isso favoreceu que os sujeitos dessem novos
sentidos para o processo de ensino e aprendizagem, potencializando os seus motivos para
aprender, valorizando aspectos característicos da atividade realizada.
48
A falta de propostas para utilizar as HQs em salas de aula no ensino de Biologia é uma
lacuna que deve ser preenchida por pesquisadores e professores que desejam produzir práticas
e materiais para o ensino-aprendizagem além da divulgação e educação cientifica.
A temática da apostila unida com as oficinas de HQ vem para melhorar
significativamente a metodologia empregada pelo professor que em muitas escolas apenas
possuem o livro didático para preparação de suas aulas. O caráter lúdico da apostila proporciona
aos alunos um maior nível de autonomia que aquele verificado nas aulas tradicionais de
biologia, fato de terem que desenhar e esquematizar foi um aspecto que contribuiu
significativamente na aceitação com benéficos positivos na aprendizagem.
Acreditamos que nossos resultados trazem uma perspectiva positiva para o uso da
apostila e oficina de HQ como uma abordagem auxiliar e complementar dos conteúdos
específicos dentro de diferentes temas trabalhados nas aulas de Biologia no ensino médio. A
dinâmica das aulas, auxiliado pelo material desenvolvido, provocou um movimento que
auxiliou os alunos na compreensão da relação entre esses conceitos e alguns fenômenos
observáveis em seu cotidiano. Entretanto ficou evidente quando o professor for tratar de
assuntos tidos como mais complexos da Biologia tendo aqui como exemplo a meiose e a
segunda lei de Mendel, é preciso buscar estratégias diferenciadas daquelas de uma aula
puramente tradicional, para que a aprendizagem se estabeleça. As HQs deveriam ser mais
utilizadas com maior frequência no cotidiano escolar, ascendendo à curiosidade do discente
assim a transmissão de conhecimentos fluirá com mais intensidade.
Desejo que essa pesquisa venha contribuir com professores de Biologia que buscam
formas de trabalhar com histórias em quadrinhos em sala de aula, para que percebem as
carências existentes nas pesquisas, instigando-os a desenvolver novas formas de utilizar as HQs.
49
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Contexto, 2004. Cap., p. 7-30.
53
APÊNDICE 1
54
Apostila de apoio paradidático: para o Ensino de Biologia Celular (Meiose) e
Genética (Segunda Lei de Mendel), com o uso de histórias em
quadrinhos/texto ilustrado.
Aluno:_______________________________________
Professor:____________________________________
55
SUMÁRIO
Introdução 1
Meiose e Segunda Lei de Mendel 2
Meiose I 2
Meiose II 5
Mendel e a descoberta da Lei da Segregação Independente 7
Detalhes sobre a meiose e na Lei da Segregação Independente 8
Aula básica sobre o uso das HQs no ensino 11
As HQs no Brasil 11
Motivos para usar as HQs em sala de aula 12
Por que o professor deve usar a HQ? 12
Leituras e interpretações de HQs 12
Elementos importantes nas HQs 12
As HQs e o ensino de Biologia 14
Roteiro para ser utilizado nas oficinas de HQs 17
Referências 21
56
Introdução
A genética e a biologia celular devem caminhar juntas. Os seus significados e
importância na vida do estudante deve ser ressaltado de forma que a relevância do conteúdo
seja de suma importância para o aluno que conseguirá ao longo de sua vida identificar e usar
esses conteúdos de forma prática no seu cotidiano.
A genética e a biologia celular não podem ser vistas como áreas apenas entendidas e
estudadas pelos pesquisadores e alunos do mundo acadêmico. Os conhecimentos destas
áreas devem pertencer as classes mais desfavorecidas. É necessário que os livros e matérias
didáticas se adequem para que o ensino e aprendizagem de genética e biologia celular
realmente aconteça nos nossos meios escolares da educação básica de ensino médio. Essa
desarticulação dos conteúdos em separar essas duas áreas em volumes diferentes e no
momento que elas se encontram no livro didático a comunicação é praticamente nula. Para
um aluno que tem um ensino defasado, onde a inconsistência de conteúdos e as constantes
faltas e mudanças de professores aos longos dos anos prejudica profundamente o
aprendizado, a sequência utilizada pelos livros didáticos não se torna ideal como meio de
aprendizagem. É necessário que o ensino de genética seja mais associado com o ensino de
biologia celular e vice-versa.
Este material surge com o principal propósito de auxiliar o processo de ensino-
aprendizagem de professores e estudantes do ensino médio da escola pública que lidam com
dificuldades diversas que são fatores que interferem na apresentação dos conteúdos e no
aprendizado dos nossos estudantes que são os protagonistas do ato pedagógico.
O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de
Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Código de Financiamento 001.
57
Meiose e Segunda Lei de Mendel
A meiose (sigla=R!) é um processo de divisão celular pelo qual uma célula diploide (2n) dá
origem à quatro células haploides (n), processo comum na formação de gametas da espécie
humana, reduzindo à metade o número de cromossomos.
A meiose ocorre apenas em células diploides já que sua principal função é a formação de
células reprodutivas.
Etapas da meiose:
- Primeira divisão meiótica ou meiose I (R!).
1. Prófase I
2. Metáfase I
3. Anáfase I
4. Telófase I
- Segunda divisão meiótica ou meiose II (E!).
1. Prófase II
2. Metáfase II
3. Anáfase II
4. Telófase II
A primeira etapa é chamada de reducional (R!), porque ocorre a diminuição no
número de cromossomos.
A segunda etapa é chamada equacional (E!), o número de cromossomos das células
que se dividem é mantido igual aos das células que se formam.
Meiose I
1. Prófase I
Fase mais longa da meiose.
58
Eventos Principais:
Condensação dos cromossomos.
Desaparecimento da carioteca.
Desaparecimento do nucléolo.
Duplicação e migração dos centríolos para os polos da célula.
Espaço destinado para o aluno desenhar a fase de prófase I:
2. Metáfase I
Eventos Principais:
Pareamento dos cromossomos homólogos na placa equatorial da célula.
Os cromossomos ficam agrupados na região equatorial da célula, associados às
fibras do fuso.
Espaço destinado para o aluno desenhar a fase de Metáfase I:
59
3. Anáfase I
Eventos Principais:
Encurtamento das fibras do fuso.
Separação dos cromossomos homólogos para os polos da célula. Obs.: Nessa fase não há separação do centrômero (ponto de ligação das cromátides
irmãs em um cromossomo). Espaço destinado para o aluno desenhar a fase de Anáfase I:
4. Telófase I
Eventos Principais:
Desespiralização dos cromossomos, retornando ao aspecto filamentoso.
Os cromossomos continuam duplos e não ocorre divisão do centrômero.
Reaparecimento do nucléolo bem como da carioteca.
Divisão do citoplasma (citocinese), originando duas células haploides.
Espaço destinado para o aluno desenhar a fase de Telófase I:
60
Enquanto isso...
No final da meiose I ocorre a citocinese I, resultando na separação de duas células-filhas, que
logo iniciam a meiose II. Nesse pequeno intervalo entre a meiose I e II, os centrossomos se
duplicam em cada uma das células-filhas recém-formadas.
Meiose II
1. Prófase II
Eventos Principais:
Os cromossomos voltam a se condensar.
O nucléolo e a carioteca desaparecem novamente.
Os centríolos se duplicam e se dirigem para os polos, formando o fuso acromático. Espaço destinado para o aluno desenhar a fase de Prófase II:
2. Metáfase II
Eventos Principais:
Cromossomos duplos não homólogos atingem o grau máximo de espiralização.
Os cromossomos se organizam no plano equatorial, com suas cromátides ainda
unidas pelo centrômero, ligando-se às fibras do fuso. Espaço destinado para o aluno desenhar a fase de Metáfase II:
61
3. Anáfase II
Eventos Principais:
Ocorre o encurtamento das fibras do fuso e divisão do centrômero.
Cada cromossomo duplo origina duas cromátides irmãs.
Cromátides irmãs, são puxadas pelas fibras em direção a polos opostos. Espaço destinado para o aluno desenhar a fase de Anáfase II:
4. Telófase II
Eventos Principais:
Reaparecimento da carioteca.
Reorganização do nucléolo.
Divisão do citoplasma completando a divisão meiótica, totalizando 4 células filhas
haploides. Espaço destinado para o aluno desenhar a fase de Telófase II:
62
Devemos lembrar que...
Ao final, a análise que deve ser feita é que o produto final da meiose são células haploides,
ou seja, ocorre a redução da carga cromossômica original da espécie.
Importante
A meiose I é chamada de reducional, há redução do número de cromossomos e da
quantidade de DNA. Já para o número de cromossomos a meiose II é considerada
equacional, porém para a quantidade de DNA é reducional (pela separação das cromátides
irmãs).
Mendel e a descoberta da Lei da Segregação Independente
Mendel não conhecia o mecanismo da meiose nem a natureza química do gene (que
ele designava com o termo ‘fator’). No entanto, realizando experimentos com ervilhas,
obteve os resultados daquilo que se conhece como Lei da Segregação Independente.
Vamos considerar duas características analisadas por Mendel: a cor das sementes de
ervilha (verde ou amarela) e seu aspecto (rugoso ou liso). Os alelos e as relações de
dominância para esses caracteres são:
Espaço destinado para o aluno desenhar as características das ervilhas analisadas por Mendel:
Mendel realizou a seguinte sequência de cruzamentos, utilizando linhagens puras ou
homozigotas: A geração parental (P) foi constituída por plantas dotadas de sementes
amarelas e lisas, que foram cruzadas com plantas que apresentavam sementes verdes e
rugosas. A geração F1 obtida era constituída por indivíduos com sementes amarelas e
lisas. A autofecundação de F1 resultou em F2, em uma proporção fenotípica de:
63
9
16 de indivíduos com sementes amarelas e lisas;
3
16 de indivíduos com sementes amarelas e rugosas;
3
16 de indivíduos com sementes verdes e lisas;
1
16 de indivíduos com sementes verdes e rugosas;
P Amarela lisa x Verde rugosa
F1 Amarela lisa x Amarela lisa
F2 Amarela lisa Amarela rugosa Verde lisa Verde rugosa
9
16
3
16
3
16
1
16
Representando essa sequência de cruzamentos, com os genótipos dos indivíduos, tem-se:
Espaço destinado para o aluno desenhar os cruzamentos realizados por Mendel e os genótipos
envolvidos:
64
Fenótipos, genótipos e proporção fenotípica nos cruzamentos realizados por Mendel.
Com esses resultados, Mendel confirmou que fatores responsáveis por diferentes
caracteres separam-se de modo totalmente independente.
Detalhes sobre a meiose na Lei da Segregação Independente
A formação dos gametas de animais ocorre por meiose. Destacam-se três processos
importantes: a replicação do material genético (na interfase), a separação de cromossomos
homólogos (na meiose I) e a separação das cromátides (na meiose II).
No caso de cobaias, o indivíduo duplo-heterozigoto BbCc forma quatro tipos de
gametas: BC, Bc, bC e bc. Detalhe a seguir os passos envolvidos na formação desses tipos de
gametas:
65
Espaço destinado para o aluno desenhar os detalhes da meiose e os tipos de gametas formados:
Mendel fez conclusões por meio da observação exclusiva de ervilhas. Apesar de as suas
ideias terem sido geradas com experimentos realizados com uma única espécie de planta,
todos os princípios levantados nas suas duas ideias podem ser aplicados a todos os seres
diploides que realizam reprodução sexuada. Mendel contribuiu enormemente com os estudos
de hereditariedade e, por isso, é considerado o pai da genética.
Segunda Lei: pares de alelos que estão situados em cromossomos diferentes
distribuem-se independentemente uns dos outros na meiose.
66
Aula básica sobre o uso das HQs no ensino
As HQs no Brasil
As histórias em quadrinhos passaram a ser utilizadas no Brasil nos livros didáticos na
década de 1960, através das editoras que contrataram autores para desenvolver, em
quadrinhos, parte dos conteúdos de seus livros.
Levar histórias em quadrinhos para sala de aula em uma época no Brasil era
considerado algo inaceitável. Era um cenário de preconceito onde as HQs eram vistas como
vilãs.
O caminho das HQs até a sala de aula no Brasil passou por três períodos: a rejeição, a
infiltração e a inclusão.
No período de rejeição, os quadrinhos não eram tolerados em sala de aula. Nesse
período, nenhum professor ousava falar em quadrinhos em sala de aula, pois elas eram algo
proibido.
No período de infiltração, que se constituiu à medida que novas gerações de docentes
assumiram suas funções surgindo um novo olhar para os quadrinhos. Professores mais
propositivos reconheceram o potencial da Nona Arte, familiarizando-se com seus produtos e
desenvolveram atividades em sala de aula, abordando temas diversos.
No período de inclusão, período em que agora vivemos, as HQs já são consideradas
como elemento constituinte do processo didático. Isto ocorreu por meio de diversas medidas
formais, como a Lei das Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), promulgada em 20 de
dezembro de 1996, que apontava a necessidade de inserção de outras linguagens e
manifestações artísticas nos ensinos fundamental e médio; os Parâmetros Curriculares
Nacionais (PCN), no final dos anos 1990, que trouxeram uma releitura das práticas
pedagógicas aplicadas na escola, criando novo referencial a ser adotado pelos professores nos
ensinos fundamental e médio, e neles incluindo as historinhas em quadrinhos.
Motivos para usar as HQs em sala de aula
Um bom motivo para o uso de HQs como veículo de provocação ou transmissão de
conhecimento é a sua capacidade de promover a interação e ampliar o diálogo professor-
aluno. As revistas em quadrinhos são muito populares entre crianças e jovens, não
representando uma invasão de seu mundo ou a imposição de elementos estranhos à sua
realidade. Fáceis de serem obtidas e manuseadas, elas são relativamente baratas quando
comparadas a outros produtos. Seu processo de criação é relativamente simples, permitindo
a elaboração em salas de aula, com poucos recursos e gastos (folhas em branco, papel e lápis
de cor produzir bons resultados). E, mais importante, as histórias em quadrinhos ajudam na
socialização de crianças e jovens, que nelas encontram elementos para discussão, troca de
ideias e expressão.
Cada professor, ciente de suas necessidades didáticas e reconhecendo o potencial de
uso e as características da linguagem dos quadrinhos, a disponibilidade de material e as
67
peculiaridades de seus alunos e a sua ambiência escolar, com criatividade, poderá eleger a
melhor forma de utilizar os produtos quadrinísticos em sua prática diária.
As HQs transmitem conceitos, modos de vida, visões de mundo e até informações
científicas. Trazem temáticas que têm condições de serem compreendidas por qualquer
estudante, sem a necessidade de um conhecimento anterior específico ou familiaridade com
o tema. A sua produção é associada à diversão, sendo um desafio prazeroso e que requer
poucos recursos.
As HQs devem ser aproveitadas em diversas aulas de maneira interdisciplinar e
transdisciplinar, fazendo que o aprendizado se torne, ao mesmo tempo, mais reflexivo e
prazeroso nas salas de aula. O professor tem que ter a visão de que as HQs devem ser
entendidas como um meio de comunicação que reflete a cultura e a sociedade em que ela
está inserida, a realidade de seus alunos pode aparecer nas suas histórias em quadrinhos
como reflexo do seu meio e anseios.
Por que o professor deve usar a HQ?
Mesmo existindo iniciativas no sentido de capacitar e estimular os professores para
utilizar as HQs com finalidade educativa, essas experiências ainda não alcançaram parte
significativa do universo pedagógico. Faz-se necessário, então, resgatar a identidade do
professor como um profissional reflexivo, capaz de fazer, de compreender e de transformar a
sua prática, no sentido de buscar e estar aberto para novas compreensões, sem preconceitos,
sabendo incorporar estratégias e materiais inovadores de apoio.
Em um país onde a educação permanece como uma das áreas mais fragilizadas, com
investimentos insuficiente e professores buscando alternativas para despertar o interesse dos
alunos, utilizar adequadamente as HQs é opção eficiente, pois são suportes mais versáteis em
temas e tratamentos gráficos do que os textos escolares, ou seja, aqueles que só circulam na
escola, como o livro didático. São constituidores de identidades culturais, à medida que são
consumidas por crianças e adultos.
Leituras e interpretação de HQs
Leitores iniciantes de HQs tendem a ler apenas os textos dos balões e não prestam a
devida atenção às imagens dos quadros, que exigem e disponibilizam uma segunda leitura. Os
quadrinhos são pautados em uma relação entre as palavras e as imagens. Por isso, torna-se
necessário que o professor oriente os alunos sobre essa leitura cuidadosa, apurada, ampla e
completa. Além do mais, faz parte da alfabetização do aluno para a linguagem da Nona Arte,
para a correta interpretação das metáforas visuais mais comuns utilizadas pela maior parte
dos quadrinistas, assim como recurso indispensável para maior fixação da temática e
conteúdo da obra.
Elementos importantes nas HQs
1. Caixa de texto: também denominada caixa de narrativa ou recordatório, que
acolhe o texto (a fala) do narrador ou de um personagem onisciente. Muitos
autores usam essa caixa de texto para substituir o balão de pensamento.
68
2. Balão: característica singular dos quadrinhos, pode ser de fala, de pensamento, de
grito, elétrico, uníssono, de sussurro etc.
3. Onomatopeia: é uma grafia dos sons a partir de sua imitação. Os efeitos sonoros
dos quadrinhos. Sua utilização tem um forte apelo sensorial e enriquece a
narrativa.
4. Metáforas visuais: referem-se a desenhos ou linhas que ajudam na informação de
sentimento ou movimentos nos quadrinhos. Ex: fumaças saindo da cabeça quando
os personagens estão com raiva, linhas cinéticas que transmite a ideia de que os
personagens estão em movimento, a lâmpada que simbolizam que o personagem
teve uma ideia entre outras.
69
5. Linguagem do requadro: o requadro é a moldura do quadro ou painel. Ele é uma
fronteira que delimita o universo da história.
6. Ausência do requadro: amplificando da cena. Quebra da fronteira entre os
universos do leitor e da história.
7. Requadros de deslocamento temporal (flashback ou flashfoward): não existe um
padrão visual universal para o requadro de deslocamento temporal, que pode
acontecer para o passado (flashback) ou para o futuro (flashfoward), em histórias
não necessariamente lineares.
8. Requadros oníricos: Que remetem a sonhos.
9. Requadros onomatopeicos: o desenho do efeito sonoro pode ser usado como
requadro.
10. Requadros como metalinguagem: quando isso acontece, o leitor é lembrado que
está lendo uma história em quadrinhos.
Para qualquer curiosidade em outros elementos da HQ é só entrar no site: http://www.educacional.com.br/conteudos_pnld/pequenos_exploradores/conteudos
/V3/POR/elementos_HQ/index_.html
As HQs e o ensino de Biologia
O uso de histórias em quadrinhos no ensino Biologia é de extrema importância e
necessidade. O professor e seus alunos devem analisar os conteúdos do ensino médio e
elaborar HQs para que seja um material útil e importante para o processo de ensino-
aprendizado do estudante. Como exemplo temos algumas HQs com a temática de biologia;
70
por
Fábio Coala
por
Fernando Gonsales
por
Carlos Ruas
71
Agora é sua fez de fazer, mão na massa! Crie uma HQ com a temática de Biologia treinando
seu desenho, texto e elementos básicos de uma história em quadrinhos.
72
Roteiro para ser utilizado nas oficinas de HQs.
Introdução
O uso de histórias em quadrinhos/texto ilustrado no ensino de Biologia ainda é pouco
utilizado pelos professores. Existe uma resistência na sua aplicação em sala de aula por vários
motivos, e um desses motivos é a falta de conhecimento do professor da potencialidade dessa
forma de linguagem. Quando o professor estiver apto para incorporar os quadrinhos em suas
aulas como parte do processo didático, potencializando e ampliando a motivação de seus
alunos e conseguindo resultados positivos no processo de ensino-aprendizagem. Barbosa
(2004, p. 131-149) afirma que todos os principais conceitos de Artes Plásticas estão embutidos
nas páginas de uma HQ e que elas não deverem ser utilizadas apenas para explicar elementos
de artes plásticas, mas também como um exercício prático, os alunos devem produzir suas
histórias em quadrinhos, o autor afirma que isso é uma oportunidade de discutir e praticar o
processo criativo do educando.
Objetivo
Produzir histórias em quadrinhos/texto ilustrado associando os conteúdos de Meiose e
Segunda Lei de Mendel da apostila e do livro didático do ensino médio.
Materiais
• Folhas de sulfite A4.
• Lápis.
• Borracha.
• Régua.
• Lápis ou caneta para colorir.
• Tesoura.
• Cola.
• Clipes.
• Storyboard.
73
• Computador e scanner.
Procedimentos
1) Elabore uma história em quadrinhos com os conteúdos de Meiose e Segunda Lei de Mendel
que foram trabalhados em sala de aula.
2) Associe essas duas grandes áreas da Biologia, elaborando uma história com começo, meio
e fim (de preferência utilize a sua realidade o seu meio e seus conhecimentos de vida para
criar o enredo e cenário).
3) Coloque as suas ideias em sequência de preferência escrevendo e/ou desenhando (usando
personagens, objetos, estruturas celulares, estruturas genéticas, lugares etc).
4) Utilize os modelos de storyboard desse roteiro para começar a produzir seus primeiros
rascunhos.
5) Na etapa de produção dos desenhos deve haver uma boa harmonia entre desenho e texto,
um é o complemento do outro. O desenho pode ser simples, não exigindo demais da arte.
6) Produza os diálogos a partir das aulas e dos conteúdos presentes na apostila e no livro
didático. Utilize também sua própria linguagem, sua criatividade e sua realidade sociocultural
na produção do diálogo.
7) Escreva os textos, assim terá uma noção de espaço.
8) Elabore os rascunhos dos desenhos, dos balões e das divisões dos quadros.
9) Acrescente os detalhes e corrija os erros.
10) Escolha um título para sua HQ.
11) Finalize sua obra, escanei e imprima a sua HQ.
Questões
1- Na sua opinião o uso de histórias em quadrinhos/texto ilustrado para o ensino de
meiose e genética foi válido no processo de aprendizagem?
2- O roteiro (storyboard) da oficina ajudou na produção da HQ?
3- O papel do professor na mediação da produção da HQ foi importante em qual aspecto?
74
4- Qual a maior dificuldade encontrada na produção da HQ?
5- Você já tinha utilizado HQ em outras disciplinas como meio de aprendizado?
75
Storyboard
Título: Cena: Página:
Texto:
Texto:
Texto:
76
Título: Cena: Página:
Texto: Texto: Texto:
Texto: Texto: Texto:
77
Referências
Amabis, José Mariano. Biologia moderna: Amanis & Martho. Vol.1. – 1. ed. – São Paulo:
Moderna, 2016.
Amabis, José Mariano. Biologia moderna: Amanis & Martho. Vol.3. – 1. ed. – São Paulo:
Moderna, 2016.
Bandouk, Antônio Carlos. Ser protagonista: biologia 1º ano: ensino médio/Antônio Carlos
Bandouk...[et al]; organizadora Edições SM; obra coletiva concebida, desenvolvida e
produzida por Edições SM; editora responsável Lia Monguilhott Bezerra; - 3. Ed. – São Paulo:
Edições SM, 2016.
Bandouk, Antônio Carlos. Ser protagonista: biologia 3º ano: ensino médio/Antônio Carlos
Bandouk...[et al]; organizadora Edições SM; obra coletiva concebida, desenvolvida e
produzida por Edições SM; editora responsável Lia Monguilhott Bezerra; - 3. Ed. – São Paulo:
Edições SM, 2016.
Lopes, Sônia. Bio, Volume 1 / Sônia Lopes, Sergio Rosso. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2017.
Lopes, Sônia. Bio, Volume 3 / Sônia Lopes, Sergio Rosso. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2017.
Vergueiro, Waldomiro. Coleção Quadrinhos em Sala de Aula: estratégias, instrumentos e
aplicações. Coordenação de Raymundo Netto, Waldomiro Vergueiro. Fortaleza, CE: Fundação
Demócrito Rocha, 2018.
78
APÊNDICE 2
79
Questionário
Obs: as questões 1,2,3 e 4 todos os alunos de ambas as turmas (A1 e A2) responderão, das
questões 5,6,7,8,9,10,11 apenas os alunos da turma A2 responderão.
12) Você gosta de histórias em quadrinhos (HQ)?
( ) sim ( ) não
13) Você já leu alguma HQ de qualquer gênero na sua vida?
( ) sim ( ) não
14) Alguns dos seus professores já utilizaram HQ’s como material paradidático em suas
aulas?
( ) sim ( ) não
15) A proposta do professor de associar os conteúdos de biologia celular e genética
criando uma comunicação entre os assuntos como um todo na sua opinião facilitou o
processo de ensino e aprendizagem?
( ) sim ( ) não
16) O uso de HQ’s no ensino de biologia foi importante no seu aprendizado?
( ) sim ( ) não
17) Você prefere a aula com ou sem HQ’s?
( ) sim ( ) não
18) Produzir a própria HQ foi uma experiência válida no processo de aprendizagem?
( ) sim ( ) não
19) O professor foi importante na orientação da produção da HQ?
( ) sim ( ) não
20) Sem o uso das HQ’s com apenas as aulas tradicionais o seu entendimento dos
conteúdos seriam os mesmos?
( ) sim ( ) não
21) Houve uma boa aceitação sua e de seus colegas com o ensino utilizando HQ’s?
( ) sim ( ) não
22) Você preferiria que outras disciplinas também utilizassem as HQ’s no ensino?
( ) sim ( ) não
80
APÊNDICE 3
81
TALE - Grupo Controle
Termo de assentimento para criança e adolescente (maiores de 6 anos e menores de 18
anos)
(Resolução 466/2012 CNS/CONEP)
O termo de assentimento não elimina a necessidade de fazer o Termo de Consentimento
Livre e Esclarecido (TCLE) que deve ser assinado pelo responsável ou representante legal do
menor de 18 anos ou legalmente incapaz.
Você está sendo convidado para participar da pesquisa “O uso de histórias em
quadrinhos/texto ilustrado como material paradidático no Ensino de Biologia Celular e
Genética”. Seus pais permitiram que você participe.
Queremos desenvolver material ilustrado, que poderá adotar o formato de HQs,
procurando apresentar as conexões e interseções entre a biologia celular e a genética,
procurando demonstrar a inexistência de barreiras disciplinares impostas nos livros didáticos
e/ou estrutura disciplinar dos cursos superiores.
Os estudantes que irão participar desta pesquisa têm de 14 a 17 anos de idade.
Você não precisa participar da pesquisa se não quiser, é um direito seu e não terá
nenhum problema se desistir.
A pesquisa será feita na Escola Estadual Pedro Moreira Matos no Estado de São Paulo,
onde os alunos participarão nesta pesquisa consistirá na participação de aulas tradicionais com
conteúdo de biologia celular e genética abordados em sala de aula nos horários regulares, A
participação neste projeto deverá ter a duração de 1 mês onde as atividades ocorrerão nos
horários regulares de aula sem necessidade de contra turno. O uso do material da pesquisa é
considerado seguro, mas é possível ocorrer riscos não premeditados. Caso aconteça algo errado,
você pode nos procurar pelo telefone: (11) 95237-4856 do pesquisador Jose Luan de Carvalho.
Mas há coisas boas que podem acontecer como para o desenvolvimento de atividades
para o ensino de Biologia.
Não falaremos a outras pessoas, nem daremos a estranhos as informações que você nos
der. Os resultados da pesquisa vão ser publicados, mas sem identificar as crianças que
participaram.
Quando terminarmos a pesquisa os dados informados e coletados serão utilizados, única
e exclusivamente, para fins desta pesquisa, e que os resultados poderão ser publicados.
Se você tiver alguma dúvida, você pode me perguntar. Eu escrevi o telefone na parte de
cima deste texto.
Contato:
Em caso de dúvidas sobre a pesquisa, você poderá entrar em contato com os pesquisadores
nome, endereço profissional, telefone, e-mail ou outra forma de contato com o (s) pesquisador
(es). É importante lembrar que o endereço profissional deverá incluir o departamento e/ou
ambulatório de atuação dos pesquisadores, para que sejam prontamente localizados.
82
Em caso de denúncias ou reclamações sobre sua participação e sobre questões éticas do estudo,
você poderá entrar em contato com a secretaria do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da
UNICAMP das 08:00hs às 11:30hs e das 13:00hs as 17:30hs na Rua: Tessália Vieira de
Camargo, 126; CEP 13083-887 Campinas – SP; telefone (19) 3521-8936 ou (19) 3521-7187;
e-mail: [email protected]. (LEMBRAR QUE O CEP-UNICAMP DEVERÁ SER
ACIONADO SOMENTE QUANDO HÁ RECLAMAÇÕES E/OU DENUNCIAS E NÃO EM
QUAISQUER DÚVIDAS, POIS ESTAS DEVERÃO SER ESCLARECIDAS COM O
PESQUISADOR- ATENTAR PARA A REDAÇÃO)
O Comitê de Ética em Pesquisa (CEP).
O papel do CEP é avaliar e acompanhar os aspectos éticos de todas as pesquisas envolvendo
seres humanos. A Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP), tem por objetivo
desenvolver a regulamentação sobre proteção dos seres humanos envolvidos nas pesquisas.
Desempenha um papel coordenador da rede de Comitês de Ética em Pesquisa (CEPs) das
instituições, além de assumir a função de órgão consultor na área de ética em pesquisas.
Consentimento livre e esclarecido:
Após ter recebido esclarecimentos sobre a natureza da pesquisa, seus objetivos, métodos,
benefícios previstos, potenciais riscos e o incômodo que esta possa acarretar, aceito participar:
Nome do (a) participante da pesquisa:
________________________________________________________
___________________________________________________________________________
_ Data: ____/_____/______.
(Assinatura do participante da pesquisa ou nome e assinatura do seu RESPONSÁVEL LEGAL)
Responsabilidade do Pesquisador:
Asseguro ter cumprido as exigências da resolução 466/2012 CNS/MS e complementares na
elaboração do protocolo e na obtenção deste Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.
Asseguro, também, ter explicado e fornecido uma via deste documento ao participante da
pesquisa. Informo que o estudo foi aprovado pelo CEP perante o qual o projeto foi apresentado
e pela CONEP, quando pertinente. Comprometo-me a utilizar o material e os dados obtidos
nesta pesquisa exclusivamente para as finalidades previstas neste documento ou conforme o
consentimento dado pelo participante da pesquisa.
______________________________________________________Data: ____/_____/______.
(Assinatura do pesquisador)
===================================================================
=========
83
CONSENTIMENTO PÓS INFORMADO
Eu, _____________________________________________, RG nº
___________________________declaro ter sido informado e concordo em participar, como
voluntário, do projeto de pesquisa “O uso de histórias em quadrinhos/texto ilustrado como
material paradidático no Ensino de Biologia Celular e Genética”
Entendi os coisas ruins e as coisas boas que podem acontecer.
Entendi que posso dizer “sim” e participar, mas que, a qualquer momento, posso dizer
“não” e desistir e que ninguém vai ficar furioso.
Os pesquisadores tiraram minhas dúvidas e conversaram com os meus responsáveis.
Recebi uma cópia deste termo de assentimento e li e concordo em participar da pesquisa.
São Paulo, ____de _________de __________.
______________________________________
_
Assinatura do menor
______________________________________
_
Assinatura do pesquisador
84
APÊNDICE 4
85
TALE – Grupo de Intervenção
Termo de assentimento para criança e adolescente (maiores de 6 anos e menores de 18
anos)
(Resolução 466/2012 CNS/CONEP)
O termo de assentimento não elimina a necessidade de fazer o Termo de Consentimento
Livre e Esclarecido (TCLE) que deve ser assinado pelo responsável ou representante legal do
menor de 18 anos ou legalmente incapaz.
Você está sendo convidado para participar da pesquisa “O uso de histórias em
quadrinhos/texto ilustrado como material paradidático no Ensino de Biologia Celular e
Genética”. Seus pais permitiram que você participe.
Queremos desenvolver material ilustrado, que poderá adotar o formato de HQs,
procurando apresentar as conexões e interseções entre a biologia celular e a genética,
procurando demonstrar a inexistência de barreiras disciplinares impostas nos livros didáticos
e/ou estrutura disciplinar dos cursos superiores.
Os estudantes que irão participar desta pesquisa têm de 14 a 17 anos de idade.
Você não precisa participar da pesquisa se não quiser, é um direito seu e não terá
nenhum problema se desistir.
A pesquisa será feita na Escola Estadual Pedro Moreira Matos no Estado de São Paulo,
onde os alunos participarão de oficinas de confecção de HQs/texto ilustrado com mediação do
professor, essas oficinas ocorrerão nos horários regulares de aula toda quarta-feira. Ao todo
serão 6 oficinas com duração de 45 minutos cada ao longo de 1 mês. Nessas oficinas o aluno
seguirá o roteiro (storyboard), criado pelo professor, onde receberá todas as orientações para a
sua produção. Nas oficinas os alunos irão produzir histórias em quadrinhos/texto ilustrado
baseadas nos conteúdos abordados em sala de aula, utilizando além disso seus conhecimentos
prévios e a sua realidade para criar histórias em que tenha um significado no seu aprendizado.
Todas as obras produzidas e que forem autorizadas pelos alunos (ou seus responsáveis), serão
divulgadas em material impresso e/ou por meio de outros meios de divulgação e da página de
Facebook: Biologia e Biólogos. O uso do material da pesquisa é considerado seguro, mas é
possível ocorrer riscos não premeditados. Caso aconteça algo errado, você pode nos procurar
pelo telefone: (11) 95237-4856 do pesquisador Jose Luan de Carvalho.
Mas há coisas boas que podem acontecer como para o desenvolvimento de atividades
para o ensino de Biologia.
Não falaremos a outras pessoas, nem daremos a estranhos as informações que você nos
der. Os resultados da pesquisa vão ser publicados, mas sem identificar as crianças que
participaram.
Quando terminarmos a pesquisa os dados informados e coletados serão utilizados, única
e exclusivamente, para fins desta pesquisa, e que os resultados poderão ser publicados.
Se você tiver alguma dúvida, você pode me perguntar. Eu escrevi o telefone na parte de
cima deste texto.
Contato:
86
Em caso de dúvidas sobre a pesquisa, você poderá entrar em contato com os pesquisadores
nome, endereço profissional, telefone, e-mail ou outra forma de contato com o (s) pesquisador
(es). É importante lembrar que o endereço profissional deverá incluir o departamento e/ou
ambulatório de atuação dos pesquisadores, para que sejam prontamente localizados.
Em caso de denúncias ou reclamações sobre sua participação e sobre questões éticas do estudo,
você poderá entrar em contato com a secretaria do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da
UNICAMP das 08:00hs às 11:30hs e das 13:00hs as 17:30hs na Rua: Tessália Vieira de
Camargo, 126; CEP 13083-887 Campinas – SP; telefone (19) 3521-8936 ou (19) 3521-7187;
e-mail: [email protected]. (LEMBRAR QUE O CEP-UNICAMP DEVERÁ SER
ACIONADO SOMENTE QUANDO HÁ RECLAMAÇÕES E/OU DENUNCIAS E NÃO EM
QUAISQUER DÚVIDAS, POIS ESTAS DEVERÃO SER ESCLARECIDAS COM O
PESQUISADOR- ATENTAR PARA A REDAÇÃO)
O Comitê de Ética em Pesquisa (CEP).
O papel do CEP é avaliar e acompanhar os aspectos éticos de todas as pesquisas envolvendo
seres humanos. A Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP), tem por objetivo
desenvolver a regulamentação sobre proteção dos seres humanos envolvidos nas pesquisas.
Desempenha um papel coordenador da rede de Comitês de Ética em Pesquisa (CEPs) das
instituições, além de assumir a função de órgão consultor na área de ética em pesquisas.
Consentimento livre e esclarecido:
Após ter recebido esclarecimentos sobre a natureza da pesquisa, seus objetivos, métodos,
benefícios previstos, potenciais riscos e o incômodo que esta possa acarretar, aceito participar:
Nome do (a) participante da pesquisa:
________________________________________________________
___________________________________________________________________________
_ Data: ____/_____/______.
(Assinatura do participante da pesquisa ou nome e assinatura do seu RESPONSÁVEL LEGAL)
Responsabilidade do Pesquisador:
Asseguro ter cumprido as exigências da resolução 466/2012 CNS/MS e complementares na
elaboração do protocolo e na obtenção deste Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.
Asseguro, também, ter explicado e fornecido uma via deste documento ao participante da
pesquisa. Informo que o estudo foi aprovado pelo CEP perante o qual o projeto foi apresentado
e pela CONEP, quando pertinente. Comprometo-me a utilizar o material e os dados obtidos
nesta pesquisa exclusivamente para as finalidades previstas neste documento ou conforme o
consentimento dado pelo participante da pesquisa.
______________________________________________________Data: ____/_____/______.
(Assinatura do pesquisador)
===================================================================
=========
87
CONSENTIMENTO PÓS INFORMADO
Eu, _____________________________________________, RG nº
___________________________declaro ter sido informado e concordo em participar, como
voluntário, do projeto de pesquisa “O uso de histórias em quadrinhos/texto ilustrado como
material paradidático no Ensino de Biologia Celular e Genética”
Entendi os coisas ruins e as coisas boas que podem acontecer.
Entendi que posso dizer “sim” e participar, mas que, a qualquer momento, posso dizer
“não” e desistir e que ninguém vai ficar furioso.
Os pesquisadores tiraram minhas dúvidas e conversaram com os meus responsáveis.
Recebi uma cópia deste termo de assentimento e li e concordo em participar da pesquisa.
São Paulo, ____de _________de __________.
______________________________________
_
Assinatura do menor
______________________________________
_
Assinatura do pesquisador
88
APÊNDICE 5
89
TCLE - Grupo Controle
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Dados de identificação
Título do Projeto: O uso de histórias em quadrinhos/texto ilustrado como material
paradidático no Ensino de Biologia Celular e Genética
Pesquisador Responsável: Jose Luan de Carvalho
Nome do participante:
Data de nascimento:
R.G.:
Responsável legal (quando for o caso): R.G.:
O (A) aluno (a) pelo qual você é responsável está sendo convidado a participar como
voluntario do projeto de pesquisa “O uso de histórias em quadrinhos/texto ilustrado como
material paradidático no Ensino de Biologia Celular e Genética ”, de responsabilidade do
pesquisador Jose Luan de Carvalho.
Leia cuidadosamente o que segue e me pergunte sobre qualquer dúvida que você tiver. Após
ser esclarecido (a) sobre as informações a seguir, no caso de autorizar a participação do (a)
aluno (a) a fazer parte do estudo, assine ao final deste documento, que consta em duas vias.
Uma via pertence a você e a outra ao pesquisador responsável. Em caso de recusa você não
sofrerá nenhuma penalidade.
Declaro ter sido esclarecido sobre os seguintes pontos:
1. O trabalho tem por objetivo desenvolver material ilustrado, que poderá adotar o formato de
HQs, procurando apresentar as conexões e interseções entre a biologia celular e a genética,
procurando demonstrar a inexistência de barreiras disciplinares impostas nos livros didáticos
e/ou estrutura disciplinar dos cursos superiores.
2. A participação do aluno (a) nesta pesquisa consistirá na participação de aulas tradicionais
com conteúdo de biologia celular e genética abordados em sala de aula nos horários regulares.
3. Durante a execução da pesquisa poderão ocorrer riscos não premeditados.
4. Ao participar desse trabalho estará contribuindo para o desenvolvimento de atividades para
o ensino de Biologia.
90
5. A participação neste projeto deverá ter a duração de 1 mês onde as atividades ocorrerão nos
horários regulares de aula sem necessidade de contra turno.
6. O aluno (a) não terá nenhuma despesa ao participar da pesquisa e poderá deixar de participar
ou retirar o consentimento a qualquer momento, sem precisar justificar, e não sofrerá qualquer
prejuízo.
7. Será informado e estará ciente de que não há nenhum valor econômico, a receber ou a pagar,
por participação, no entanto, caso tenha qualquer despesa decorrente da participação na
pesquisa, será ressarcido.
8. Caso ocorra algum dano comprovadamente decorrente da participação no estudo, poderá ser
compensado conforme determina a Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde
9. O nome será mantido em sigilo, assegurando assim a privacidade, e se desejar terá livre
acesso a todas as informações e esclarecimentos adicionais sobre o estudo e suas consequências,
enfim, tudo o que queira saber antes, durante e depois da participação.
10. Os dados coletados serão utilizados, única e exclusivamente, para fins desta pesquisa, e que
os resultados poderão ser publicados.
Contato:
Em caso de dúvidas sobre a pesquisa, você poderá entrar em contato com os pesquisadores
nome, endereço profissional, telefone, e-mail ou outra forma de contato com o(s)
pesquisador(es).É importante lembrar que o endereço profissional deverá incluir o
departamento e/ou ambulatório de atuação dos pesquisadores, para que sejam prontamente
localizados.
Em caso de denúncias ou reclamações sobre sua participação e sobre questões éticas do estudo,
você poderá entrar em contato com a secretaria do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da
UNICAMP das 08:00hs às 11:30hs e das 13:00hs as 17:30hs na Rua: Tessália Vieira de
Camargo, 126; CEP 13083-887 Campinas – SP; telefone (19) 3521-8936 ou (19) 3521-7187;
e-mail: [email protected]. (LEMBRAR QUE O CEP-UNICAMP DEVERÁ SER
ACIONADO SOMENTE QUANDO HÁ RECLAMAÇÕES E/OU DENUNCIAS E NÃO EM
QUAISQUER DÚVIDAS, POIS ESTAS DEVERÃO SER ESCLARECIDAS COM O
PESQUISADOR- ATENTAR PARA A REDAÇÃO)
O Comitê de Ética em Pesquisa (CEP).
O papel do CEP é avaliar e acompanhar os aspectos éticos de todas as pesquisas envolvendo
seres humanos. A Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP), tem por objetivo
desenvolver a regulamentação sobre proteção dos seres humanos envolvidos nas pesquisas.
Desempenha um papel coordenador da rede de Comitês de Ética em Pesquisa (CEPs) das
instituições, além de assumir a função de órgão consultor na área de ética em pesquisas.
Consentimento livre e esclarecido:
91
Após ter recebido esclarecimentos sobre a natureza da pesquisa, seus objetivos, métodos,
benefícios previstos, potenciais riscos e o incômodo que esta possa acarretar, aceito participar:
Nome do (a) participante da pesquisa:
________________________________________________________
___________________________________________________________________________
_ Data: ____/_____/______.
(Assinatura do participante da pesquisa ou nome e assinatura do seu RESPONSÁVEL LEGAL)
Responsabilidade do Pesquisador:
Asseguro ter cumprido as exigências da resolução 466/2012 CNS/MS e complementares na
elaboração do protocolo e na obtenção deste Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.
Asseguro, também, ter explicado e fornecido uma via deste documento ao participante da
pesquisa. Informo que o estudo foi aprovado pelo CEP perante o qual o projeto foi apresentado
e pela CONEP, quando pertinente. Comprometo-me a utilizar o material e os dados obtidos
nesta pesquisa exclusivamente para as finalidades previstas neste documento ou conforme o
consentimento dado pelo participante da pesquisa.
______________________________________________________Data: ____/_____/______.
(Assinatura do pesquisador)
Eu, _____________________________________________, RG nº
___________________________declaro ter sido informado e autorizo a participação do aluno
(a) que sou responsável como voluntário, do projeto de pesquisa acima descrito.
São Paulo, _____ de ___________________ de 20____.
____________________________________________________
Assinatura do participante
________________________________________________________________________
_________
Nome e assinatura do responsável por obter o consentimento
____________________________________________________
Assinatura do pesquisador
92
APÊNDICE 6
93
TCLE – Grupo de Intervenção
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Dados de identificação
Título do Projeto: O uso de histórias em quadrinhos/texto ilustrado como material
paradidático no Ensino de Biologia Celular e Genética
Pesquisador Responsável: Jose Luan de Carvalho
Nome do participante:
Data de nascimento:
R.G.:
Responsável legal (quando for o caso): R.G.:
O (A) aluno (a) pelo qual você é responsável está sendo convidado a participar como
voluntario do projeto de pesquisa “O uso de histórias em quadrinhos/texto ilustrado como
material paradidático no Ensino de Biologia Celular e Genética ”, de responsabilidade do
pesquisador Jose Luan de Carvalho.
Leia cuidadosamente o que segue e me pergunte sobre qualquer dúvida que você tiver. Após
ser esclarecido (a) sobre as informações a seguir, no caso de autorizar a participação do (a)
aluno (a) a fazer parte do estudo, assine ao final deste documento, que consta em duas vias.
Uma via pertence a você e a outra ao pesquisador responsável. Em caso de recusa você não
sofrerá nenhuma penalidade.
Declaro ter sido esclarecido sobre os seguintes pontos:
1. O trabalho tem por objetivo desenvolver material ilustrado, que poderá adotar o formato de
HQs, procurando apresentar as conexões e interseções entre a biologia celular e a genética,
procurando demonstrar a inexistência de barreiras disciplinares impostas nos livros didáticos
e/ou estrutura disciplinar dos cursos superiores.
2. A participação do aluno (a) nesta pesquisa consistirá na participação de oficinas de confecção
de HQs/texto ilustrado com mediação do professor, essas oficinas ocorrerão nos horários
regulares de aula toda quarta-feira. Ao todo serão 6 oficinas com duração de 45 minutos cada
ao longo de 1 mês. Nessas oficinas o aluno seguirá o roteiro (storyboard), criado pelo professor,
onde receberá todas as orientações para a sua produção. Nas oficinas os alunos irão produzir
histórias em quadrinhos/texto ilustrado baseadas nos conteúdos abordados em sala de aula,
utilizando além disso seus conhecimentos prévios e a sua realidade para criar histórias em que
tenha um significado no seu aprendizado. Todas as obras produzidas e que forem autorizadas
pelos alunos (ou seus responsáveis), serão divulgadas em material impresso e/ou por meio de
outros meios de divulgação e da página de Facebook: Biologia e Biólogos.
94
3. Durante a execução da pesquisa poderão ocorrer riscos não premeditados.
4. Ao participar desse trabalho estará contribuindo para o desenvolvimento de atividades para
o ensino de Biologia.
5. A participação neste projeto deverá ter a duração de 1 mês onde as atividades ocorrerão nos
horários regulares de aula sem necessidade de contra turno.
6. O aluno (a) não terá nenhuma despesa ao participar da pesquisa e poderá deixar de participar
ou retirar o consentimento a qualquer momento, sem precisar justificar, e não sofrerá qualquer
prejuízo.
7. Será informado e estará ciente de que não há nenhum valor econômico, a receber ou a pagar,
por participação, no entanto, caso tenha qualquer despesa decorrente da participação na
pesquisa, será ressarcido.
8. Caso ocorra algum dano comprovadamente decorrente da participação no estudo, poderá ser
compensado conforme determina a Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde
9. O nome será mantido em sigilo, assegurando assim a privacidade, e se desejar terá livre
acesso a todas as informações e esclarecimentos adicionais sobre o estudo e suas consequências,
enfim, tudo o que queira saber antes, durante e depois da participação.
10. Os dados coletados serão utilizados, única e exclusivamente, para fins desta pesquisa, e que
os resultados poderão ser publicados.
Contato:
Em caso de dúvidas sobre a pesquisa, você poderá entrar em contato com os pesquisadores
nome, endereço profissional, telefone, e-mail ou outra forma de contato com o (s) pesquisador
(es). É importante lembrar que o endereço profissional deverá incluir o departamento e/ou
ambulatório de atuação dos pesquisadores, para que sejam prontamente localizados.
Em caso de denúncias ou reclamações sobre sua participação e sobre questões éticas do estudo,
você poderá entrar em contato com a secretaria do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da
UNICAMP das 08:00hs às 11:30hs e das 13:00hs as 17:30hs na Rua: Tessália Vieira de
Camargo, 126; CEP 13083-887 Campinas – SP; telefone (19) 3521-8936 ou (19) 3521-7187;
e-mail: [email protected]. (LEMBRAR QUE O CEP-UNICAMP DEVERÁ SER
ACIONADO SOMENTE QUANDO HÁ RECLAMAÇÕES E/OU DENUNCIAS E NÃO EM
QUAISQUER DÚVIDAS, POIS ESTAS DEVERÃO SER ESCLARECIDAS COM O
PESQUISADOR- ATENTAR PARA A REDAÇÃO)
O Comitê de Ética em Pesquisa (CEP).
O papel do CEP é avaliar e acompanhar os aspectos éticos de todas as pesquisas envolvendo
seres humanos. A Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP), tem por objetivo
desenvolver a regulamentação sobre proteção dos seres humanos envolvidos nas pesquisas.
95
Desempenha um papel coordenador da rede de Comitês de Ética em Pesquisa (CEPs) das
instituições, além de assumir a função de órgão consultor na área de ética em pesquisas.
Consentimento livre e esclarecido:
Após ter recebido esclarecimentos sobre a natureza da pesquisa, seus objetivos, métodos,
benefícios previstos, potenciais riscos e o incômodo que esta possa acarretar, aceito participar:
Nome do (a) participante da pesquisa:
________________________________________________________
___________________________________________________________________________
_ Data: ____/_____/______.
(Assinatura do participante da pesquisa ou nome e assinatura do seu RESPONSÁVEL LEGAL)
Responsabilidade do Pesquisador:
Asseguro ter cumprido as exigências da resolução 466/2012 CNS/MS e complementares na
elaboração do protocolo e na obtenção deste Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.
Asseguro, também, ter explicado e fornecido uma via deste documento ao participante da
pesquisa. Informo que o estudo foi aprovado pelo CEP perante o qual o projeto foi apresentado
e pela CONEP, quando pertinente. Comprometo-me a utilizar o material e os dados obtidos
nesta pesquisa exclusivamente para as finalidades previstas neste documento ou conforme o
consentimento dado pelo participante da pesquisa.
______________________________________________________Data: ____/_____/______.
(Assinatura do pesquisador)
Eu, _____________________________________________, RG nº
___________________________declaro ter sido informado e autorizo a participação do aluno
(a) que sou responsável como voluntário, do projeto de pesquisa acima descrito.
São Paulo, _____ de ___________________ de 20____.
____________________________________________________
Assinatura do participante
________________________________________________________________________
_________
Nome e assinatura do responsável por obter o consentimento
____________________________________________________
Assinatura do pesquisador
96
ANEXO 1
97
98
ANEXO 2
99
100
ANEXO 3
101
Aluno (a):
Série e turma: Prof:
Avaliação de Biologia (Meiose e Segunda Lei de Mendel)
1. (UFLA 2010) Oitenta células de um animal com a constituição apresentada na figura
sofrem meiose.
O número de espermatozoides diferentes produzidos por esse animal e o número de
espermatozoides com a constituição AbGm será, respectivamente:
a) 16 e 40
b) 8 e 20
c) 16 e 20
d) 8 e 40
2. (UFLA 2003) Considere as proposições seguintes.
I. O enunciado da Primeira Lei de Mendel diz que os alelos de um gene separam-se durante a
formação dos gametas.
II. O enunciado da Segunda Lei de Mendel diz que quando dois ou mais genes estão
envolvidos, cada um atua e segrega independentemente dos demais.
III. A fase da meiose, responsável pela ocorrência da Segunda Lei de Mendel, é a Anáfase I.
Assinale:
a) se somente I e II estiverem corretas.
b) se somente I e III estiverem corretas.
c) se somente I estiver correta.
d) se somente II e III estiverem corretas.
e) se I, II e III estiverem corretas.
3. (PUCRJ 2013) Considere as afirmativas abaixo acerca dos processos de divisão celular:
I. Na mitose, a célula-mãe dá origem a duas células filhas geneticamente idênticas.
II. Em todos os organismos que fazem reprodução sexuada, a produção de gametas se dá por
meiose.
III. Na primeira fase da meiose, ocorre o pareamento e a segregação dos cromossomos
homólogos.
102
IV. Na mitose, os cromossomos são alinhados na placa equatorial e ocorre a separação das
cromátides irmãs.
Estão corretas:
a) Todas as afirmativas.
b) Somente I e IV.
c) Somente I, III e IV.
d) Somente I, II e IV.
e) Somente I, II e III.
4. (IFSP 2013) Após uma aula sobre divisão celular, em células eucariontes, o professor projeta
a imagem de uma célula 2n=4, que representa uma das etapas estudadas, e pergunta a seus
alunos qual fase e divisão celular estão sendo representadas.
Observe a imagem da representação projetada e assinale, das alternativas abaixo, qual a resposta
correta para a questão proposta pelo professor.
a) Metáfase da Mitose.
b) Anáfase da Mitose.
c) Anáfase I da Meiose.
d) Metáfase II da Meiose.
e) Anáfase II da Meiose.
5. (FGV 2015) As figuras ilustram o processo de crossingover, que ocorre na prófase I da
meiose.
O aumento da variabilidade genética, gerada por esse processo, ocorre em função da permuta
de:
a) alelos entre cromátides irmãs.
b) alelos entre cromátides homólogas.
103
c) não alelos entre cromossomos homólogos.
d) não alelos entre cromátides irmãs.
e) não alelos entre cromossomos não homólogos.
6. (UPF 2013) As figuras abaixo mostram, de forma esquemática, células de um mesmo
organismo em diferentes fases da mitose ou da meiose I. As células somáticas desse indivíduo
apresentam número cromossômico 2n=6. Identifique em que fase da divisão celular se
encontram as células representadas nas figuras 1 a 5, respectivamente:
a) metáfase, telófase I, prófase, metáfase I, telófase.
b) metáfase I, anáfase, prófase I, metáfase, anáfase I.
c) metáfase, anáfase I, prófase, metáfase I, anáfase.
d) prófase I, anáfase I, metáfase, prófase I, anáfase.
e) prófase, anáfase, metáfase I, prófase, anáfase I.
104
ANEXO 4
105
106
107
108
109
110
111
112
113
ANEXO 5
114
115
ANEXO 6
116