O uso do crack

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O USO DO CRACK: UM PROBLEMA SOCIAL RESTRITO ÀS METRÓPOLES?

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Uso do crack

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ABNT - UNOPAR - Completo

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SUMRIORESUMO31 INTRODUO42 DESENVOLVIMENTO574 CONCLUSO

8REFERNCIAS

RESUMONa atual sociedade o uso do crack vem se alastrando de maneira assustadora e preocupante, seu baixo custo e fcil acesso facilitam sua crescente disseminao dentre todas as classes sociais, principalmente nas mais baixas. A dependncia do crack causa diversos transtornos sociedade, como: sade, segurana, assistncia social, dentre outros. Faz-se necessrio abordar o problema de forma interdisciplinar. 1 INTRODUO

Os conceitos sobre drogadio transformam-se constantemente, influenciando a viso da sociedade em relao ao fenmeno, e tambm o tratamento oferecido aos usurios e familiares.

O crack chegou ao Brasil no final da dcada de 1980, atualmente vem sendo disseminado na maioria dos centros urbanos do pas, ocasionando os mais diversos problemas relacionados ao seu consumo e trfico.A implantao de uma poltica que aborde de maneira eficiente a preveno do uso, o cuidado ao usurio e o enfrentamento ao trfico de drogas, defronta-se com os problemas gerados pelos entorpecentes, de ordem biolgica, psquica, social e cultura.O presente trabalho tem como objetivo abordar o crack como um problema social crescente que no est restrito aos grandes centros urbanos, investigar como a sociedade reconhece seu uso, quais as consequncias para todos os envolvidos.2 DESENVOLVIMENTONa literatura encontram-se percepes imprecisas em relao a drogas e dependncia qumica. Os dependentes qumicos so em sua maioria, adultos jovens com baixa escolaridade, sem ocupao regular e iniciam o uso por meio de influncias e amizades.Vale ressaltar, que no se deve falar em dependncia qumica sem relacion-la ao contexto familiar e social do usurio de substncia psicoativa. Zacharias et al., (2011), em uma pesquisa com parentes de dependentes de crack, verificaram existir disfuncionalidades nas famlias. Estas percebem que o consumo da substncia ocasiona conflitos familiares, muitas vezes terminando no rompimento dos laos anteriormente formados. Inclusive fundamental saber que o comportamento que a famlia assume diante de tal fato influencia positiva ou negativamente o usurio, tornando imprescindvel que todos recebem a devida ateno.

Em relao, as concepes acerca das motivaes para o uso de substncias psicoativas, os familiares acreditam que a motivao encontra-se fora do eixo familiar, muitas vezes negando a existncia da situao, simplesmente por no saber lidar com ela. Os pais no possuem todas as informaes necessrias a respeito das drogas, tambm no conhecem as substncias e os modos de preveni-las.Por outro lado, na viso da sociedade o dependente do crack representa um srio risco a populao, sua dependncia tida como doena e ele necessita de tratamento com urgncia. Os usurios de crack apresentam maiores problemas sociais e de sade, inclusive um ndice elevado de envolvimento em crimes.Oliveira e Nappo (2008) em um estudo etnogrfico com 45 dependentes de crack documentaram atividades ilegais praticadas pelos mesmos, como roubos e furtos, objetivando o financiamento do hbito.A sociedade reconhece o crack como um verdadeiro problema de sade pblica.

O Assistente Social preocupa-se em reintegrar o indivduo sociedade, d apoio e orientao aos mesmos, ajudando-os a passar pelo difcil momento em suas vidas. O profissional pode inclusive contribuir para reduzir os riscos e os danos, participar de polticas sociais com o intuito de diminuir o uso de substncias psicoativas, o Assistente Social de suma importncia no trabalho de atendimento populao atravs de trabalhos de orientao, prestando esclarecimentos acerca dos prejuzos do uso de drogas.Com a chegada da famlia real no Brasil em meados do ano de 1.808, diversas mudanas ocorreram, a modernizao comeou na Capital do pas, ocasionando um aumento populacional considervel, incluindo inmeros trabalhadores oriundos de outros pases. Como as cidades no possuam estrutura para comportar tamanho crescimento iniciou-se a desigualdade e a excluso social.

Milhares de pessoas foram despejadas com a chegada da famlia real para acomodar os vindos da corte. J no sculo XX a reforma urbana de Pereira Passos no Rio de Janeiro, inviabilizou a aquisio de imveis na regio central para a classe baixa, exclui os doentes do centro os mandando para a periferia.O governo de So Paulo fez algo muito parecido ao realizar uma varredura na cracolndia, usando da demagogia em nome do combate ao trfico.

A dependncia qumica a responsvel pelo sofrimento de muitas famlias, as consequncias so muitas e afetam a todos. Os familiares sofrem com a notcia da dependncia qumica, na maioria das vezes inevitvel o desentendimento familiar, na verdade as famlias demoram a aceitar que isso possa acontecer dentro de seu lar, sentem-se impotentes e muito envergonhadas, mentem e acabam se tornando co - dependentes.

Muitas famlias acabam por negar o problema, buscando que ele suma. Para Osrio (2009), existe dentro do seio familiar um desejo de que o membro usurio deixe de provocar problemas.

Segundo Kalina apud Freitas (2002) nota-se nas famlias de usurios de todas as classes sociais a ausncia de um pai firme, de identidade bem definida e que cumpra sua funo especfica.Contudo, existem famlias que assumem o problema junto ao usurio da substncia psicoativa, partem em busca de orientao e ajuda profissional, cabendo aqui a importante interveno do Assistente Social.

O papel dos membros familiares crucial no processo de recuperao do usurio, ela necessria para se reconquistar a autoestima do dependente e recoloca-lo na sociedade, resgatando seus valores e princpios. CONCLUSOPor meio desse estudo foi possvel conhecer com mais clareza o mundo da dependncia qumica, perceber que as drogas esto presentes em muitos lares, no importando o poder aquisitivo. O crack vem martirizando milhares de pessoas e ocasionando diversas complicaes psquicas, fsicas e sociais.O uso do crack um problema que requer envolvimento de instncias da sade, educao, cultura, segurana e principalmente dos setores da economia, atravs de aes elaboradas para tornar o enfrentamento realmente eficaz. O governo deve agir com urgncia para que o problema no se alastre demasiadamente.Durante o processo de recuperao, seja em algum centro de recuperao ou clnicas, o apoio da famlia e dos amigos crucial para que o dependente qumico perceba ser digno de ateno, afeto e compreenso. Nesse processo o Assistente Social valiosssimo, pois seu trabalho garante o exerccio dos direitos humanos, bem como a proposio de polticas pblicas de combate ao uso do crack.REFERNCIAS

KALINA, E. (Org). Drogadio hoje: individuo, famlia e sociedade. Porto Alegra: Artmed, 1999.OLIVEIRA, L. G. NAPPO, S. A. Caracterizao da cultura de crack na cidade de So Paulo: padro de uso controlado. Revista Sade Pblica. (2008).

OSRIO, L. C.; VALLE, M. E. do. Manual de terapia familiar. Porto Alegre: Artmed, 2009.ZACHARIAS, D. G., GARCIA, E. L., PETRY, E. L. S., Bringmann, G. e Skolaude, L. N. Familiares de usurios de crack: da descoberta aos motivos para o uso da droga. IV Jornada e Pesquisa em Psicologia. Desafios atuais nas prticas da Psicologia. UNISC. Santa Cruz do Sul. (2011).

O uso do crack: um problema social restrito s metrpoles?

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