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O voleibol sentado: um reflexo bibliogrfica e histrica

O voleibol sentado: um reflexo bibliogrfica e histrica.Fernanda Menegassi Gioia*[email protected] Ferreira Rodrigues da Silva**[email protected] Giuseppe Barbosa Pereira***[email protected]*Professora de Educao Fsica.

**Professora de Educao Fsica e rbitra de voleibol sentado.

***Doutorando em Cincia do Movimento Humano (UAA-PY)

Mestre em Cincia da Motricidade Humana (UCB-RJ), Professor da Unigranrio

e da Universidade Castelo Branco e Professor de Educao Fsica da Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro,

onde atua com Portadores de Necessidades Educativas Especiais (PNEEs). (Brasil)ResumoA presente proposta se prope a realizar um levantamento histrico e bibliogrfico sobre o voleibol e os PNEEs. Em segundo plano, o trabalho procura mostrar como o voleibol pode beneficiar o PNEEs, pois quase no h informaes sobre este assunto para auxiliar o profissional de Educao Fsica que trabalha ou ir trabalhar nesta rea. a desvendar os benefcios que o voleibol pode propor aos portadores de necessidades educativas especiais (PNEEs). Nesta esteira, a prtica de atividade fsica e/ou desportiva para qualquer pessoa importante, pois promove ganhos positivos na rea da sade e da socializao. Para os PNEE, tal prtica ainda mais importante porque podemos ressaltar resultados na esfera psicomotora e social. No mbito motor, podemos perceber a melhora na resistncia fsica e o favorecimento de sua adaptao ou readaptao fsica global, enquanto na esfera psquica e social, podemos observar ganhos variados, como a melhora da auto-estima, integrao social e reduo da agressividade. Embora o voleibol seja considerado, dentre vrios esportes, um dos mais difceis de praticar, pela sua complexidade residente no envolvimento de habilidades no naturais, ainda assim pode trazer benefcios aos PNEE. O resumo ora apresentado consiste em uma anlise histrica e bibliogrfica do assunto em tela.Unitermos: Voleibol. Portadores de necessidades educativas especiais (PNEEs). Histria.

Revista Digital - Buenos Aires - Ao 13 - N 125 - Octubre de 2008, http://www.efdeportes.com/ Apresentao Entre os dias 6 e 17 de setembro do ano corrente, a cidade de Pequim sediou a 13 edio do segundo maior evento esportivo do mundo. Cerca de 4 mil atletas, de 150 pases, acompanhados de 2.500 guias participaram dos Jogos. Da mesma forma que nos Jogos Olmpicos, os nmeros do evento impressionam. Cerca de 1, 5 milho de ingressos foram vendidos, todos eles mais baratos do que os ingressos dos Jogos Olmpicos. Com tudo isso, a prtica de atividade fsica e esportiva para qualquer pessoa importante, pois promove ganhos na rea da sade, como a melhoria da qualidade de vida, autonomia, a melhoria das condies organo-funcional, melhoria na fora, resistncia, velocidade, coordenao motora, equilbrio, possibilidade de acesso prtica do esporte como lazer, reabilitao e competio; quanto ao mbito social, fazendo com que haja a socializao com outros grupos, a vivncia de situaes de sucesso e superao de situaes de frustrao. Para os portadores de necessidades educativas especiais (PNEEs), a prtica de atividade fsica ainda mais importante, porque alm de auxili-los na sua reabilitao, atravs de exerccios que desenvolvam a sua agilidade, o aprimoramento da coordenao motora para a realizao de movimentos do cotidiano (escovar os dentes, etc.), o aumento da sua fora muscular, melhorando assim a sua auto-estima, diminuindo a sua idia de incapaz, valorizao do seu eu, evidenciado benefcios tanto na esfera fsica quanto psquica. Quanto ao fsico, equilbrio dinmico ou esttico, dissociao de cinturas, de resistncia fsica; enfim, o favorecimento de sua readaptao ou adaptao fsica global e na esfera psquica, podemos observar ganhos variados, integrao social, reduo da agressividade, dentre outros benefcios. Os PNEEs ao longo do tempo vm praticando diversos tipos de atividades fsicas que em muito dos casos acabam virando um esporte ao qual eles comeam a se dedicar cada vez mais. Dentre tantos os esportes o voleibol passou a ser escolhido por alguns para se dedicar. O voleibol no um esporte simples de se praticar, pelo contrrio considerado por muitos, um dos mais difceis e complexos de se praticar e at mesmo de se ensinar. De acordo com Bizzocchi (p. 55, 2004) isto acaba ocorrendo porque o voleibol um esporte de complexo aprendizado e sua maior dificuldade reside no fato de envolver habilidades no naturais ou construdas. Como todo esporte, baseado em gestos especficos, tambm chamados de fundamentos. As pessoas esto acostumadas desde pequenas a chutar, lanar etc; e se para elas j complicado imagine para os PNEEs que tm se superar as suas limitaes. As fontes de informaes utilizadas para a pesquisa, mostram apenas como o esporte traz benefcios para a vida dos PNEEs, como integr-los junto com a sociedade fazendo com que eles visem seu bem estar fsico e mental. Entre as informaes coletadas para o trabalho existe uma lacuna na literatura, at o presente momento, estudos mais profundos sobre a importncia e at mesmo a prtica do voleibol sentado para os PNEEs. Sendo assim, o objetivo geral do artigo realizar um levantamento histrico sobre o voleibol e os PNEEs. E em segundo plano, propor e mostrar como o voleibol pode beneficiar o PNEEs, pois quase no h informaes sobre este assunto para auxiliar o profissional de Educao Fsica que trabalha ou ir trabalhar nesta rea. Acreditamos que as prximas anlises se torne relevante na medida que, atravs do levantamento de informaes sobre o tema abordado, passa a ser essencial para a elaborao de programas voltados para as necessidades e as expectativas doa PNEEs. Dessa maneira, tem mrito por apresentar uma nova proposta de trabalho para aqueles que atuam com esse pblico. Para orientarmos a discusso, julgamos ser de grande valia levantar alguns questes: Qual a importncia da prtica do voleibol sentado? Como o voleibol sentado auxilia na integrao social dos PNEEs? Quais as dificuldades encontradas pelos PNEEs para realizar a prtica esportiva? Como o profissional de Educao Fsica deve elaborar o seu programa de aulas?Um pouco da Histria do esporte no mundo Tudo comeou quando o homem primitivo sentiu a necessidade de lutar, fugir ou caar para sobreviver. Assim o homem luz da cincia executa os seus movimentos corporais mais bsicos e naturais desde que se colocou de p: corre, salta, arremessa, trepa, empurra, puxa e etc. Os gregos praticavam os esportes que desenvolviam as qualidades inatas do guerreiro, tal como seja, coragem, ousadia, resistncia e confiana em si mesmo. Entre muitos exerccios salienta-se de uma maneira especial: Corridas a p,1 as quais formavam a base dos exerccios de destreza e agilidade, com o objetivo de aplic-lo as corridas de touros. Pugilismo, parecido com o box, dos dias atuais, no qual era permitido golpearem-se tanto com os ps, como os punhos. Os atletas j, nessa longnqua poca, eram divididos em categorias. Combate de gladiadores, este combate, levado a efeito no prprio local do sacrifcio ao culto a Minotauro, em que se sacrificavam vtimas humanas (escravos ou prisioneiros), do qual o vencedor obtinha a liberdade, e o vencido era sacrificado, costume esse encontrado na Grcia primitiva, como herana da civilizao cretense, e, mais tarde, em Roma como herana da Grcia, quando a conquistaram. (GRIFI, 1989, p.161) Roma se desenvolveu numa terra onde j havia duas civilizaes magnficas: a dos Etruscos, ao Norte e a dos Gregos, ao Sul. O exerccio visava a preparao militar, primeiramente, o soldado era utilizado para defender Roma, mais tarde, na conquista territorial. Tipos de exerccios praticados: marchas, saltos, corridas, arremesso de dardo como carter militar, arremesso de disco, esgrima, lutas, pugilismo, exerccios eqestres e natao no Rio Tigre. O remo surgiu no decorrer das guerras pnicas. A marcha e a corrida eram praticadas no Lcio e serviam de base no adestramento do guerreiro. A luta e o pugilismo oriundos dos etruscos deixaram fortes traos na atividade fsica romana. Na idade mdia o homem passou a utilizar o esporte para alcanar fins tnicos sociais e higinicos. Segundo os fins tnicos, os exerccios eram de grande valia, enquanto a formao disciplinar e civil do homem. Fins sociais, enquanto os exerccios fortificavam os corpos, era de principal importncia para o carter militar e assim o jovem poderia ser de grande serventia a ptria. Fins higinicos, nesse aspecto a Educao Fsica e a Medicina andaram de mos dadas, a principal importncia para uma boa sade era ter um corpo bem robusto e o organismo forte (GRIFI, 1989). A histria do esporte mais recente veio atravs dos EUA com a criao, desenvolvimento e regulamentao de vrios esportes, sendo criado instituies e grupos de incentivos. Com a guerra veio a historia do baseball, a primeira turma assalariada foi cincinnati Red Stocking que atravessou o pas vencendo todos os seus oponentes em 1869. O tennis chegou a Amrica em 1874 e em 1881 foi criada a United States Law Tennis Association. E em 1888, fundada a St. Andrew Golf Club of New York primeira instituio para regulamentar o jogo de golf. Na Y.M.C.A em 1891 foi criado o basquete. O vlei foi criado em 1895, pelo americano na Y.M.C.A , o primeiro nome deste esporte que viria se tornar um dos maiores do mundo foi minnonette (ACCIOLY, 1989, p. 147-149). No Brasil as primeiras atividades fsicas comearam com os ndios, com a caa e a pesca, a luta e o uso do arco e flecha e do tacape, a canoagem, a marcha e acorrida, a dana, a natao e o mergulho. Os ndios possuam bastante fora e extraordinria resistncia a fadiga, que lhes permitiam deslocarem-se a grande distncia, transportando de maneira veloz, cargas pesadas em plena selva. No longo perodo colonial, as primeiras atividades desportivas imitavam velhos costumes medievais, em algumas festividades pblicas, realizavam-se os jogos de argolinhas, as cavalhadas e as touradas2 (RAMOS, 1983, p.291). Criada na senzala, sobretudo no Rio de Janeiro e na Bahia, surge capoeira, rixa3 ardilosa e cheia de recursos, impregnada de criatividade e rimo e que nos ltimos tempos vem sendo reconhecida como uma luta de enormes recursos (ibidem). No Rio de Janeiro, nos trinta ou quarenta anos que precederam a Proclamao da Repblica, realizavam-se, no mar provas rsticas de natao, patinao e peteca. Nos primeiros anos do sculo XIX surgem muitos clubes de futebol, como o Fluminense, o Amrica, o Botafogo, o Bangu, etc, mais tarde em uma multiplicidade de atividades os desportos comearam modestamente a ganhar terreno. Nos ltimos anos do sculo XIX, o desporto comeou a despertar o interesse da mocidade, e em 1893, a Associao Crist de Moos implantou novas atividades no Rio de Janeiro e em So Paulo, como o basquete, o vlei e a ginstica calistnica. No dicionrio Aurlio Ferreira (1985, p.199) temos como seu significado de Esporte: 1- O conjunto dos exerccios fsicos praticados com mtodo, individualmente ou em equipe. 2. Qualquer deles. 3. Entretenimento. Com base em Gunther Lschen, Kurt Weis e Jean-Marie Brohm apud Betti (1997) podemos definir esporte como uma ao social institucionalizada, convencionalmente regrada, que se desenvolve, com base ldica, em forma de competio entre duas ou mais partes oponentes ou contra a natureza, cujo objetivo , por uma comparao de desempenhos, designar o vencedor ou registrar o recorde, sendo seu resultado determinado pela habilidade e pela estratgia do participante, e para este gratificante tento intrnseca (prazer, auto-realizao, etc) como extrinsecamente. Segundo Canfield e Reis (1998), as manifestaes esportivas (impregnadas de jogo) podem ser distinguidas sob duas vertentes: uma forma ldica, onde jogar o elemento fundamental de filiao e realizao, e uma forma universalmente mais elaborada, sofisticada, discriminativa, onde se sobressaem os expoentes, os campees. Campees estes comparveis aos grandes gnios da msica, da dana, das artes plsticas, do teatro, e que tm, no movimento humano, o meio de expresso. O esporte pode ser encontrado em diversos lugares como: escola, clubes esportivos, ruas, parques, tendo como conseqncias violncia, a mdia especializada, os materiais, as roupas, os equipamentos, envolvendo milhares de pessoas. Deve-se destacar tambm que o esporte pode ser praticado por diferentes pessoas, com diversas idades, tendo vrios objetivos com a sua prtica, sejam ele de competio, de lazer ou aprendizagem escolar.O esporte e a Educao: aspectos convergentes O esporte um elemento fundamental na educao do homem desde a Idade Antiga, mesmo com o passar do tempo o esporte ainda influencia muito na moral dos cidados. A expanso do esporte moderno, um dos fenmenos sociais mais significativos dos ltimos tempos, impulsionada pelas transformaes sociais ocorridas no sculo XIX, acompanhou toda a evoluo tecnolgica e dos costumes do sculo XX e chega ao novo milnio atingindo uma dimenso mpar pela sua abrangncia dos campos poltico, econmico, cultural e educacional (KORSAKAS, 2002). A prtica esportiva como instrumento educacional visa o desenvolvimento integral das crianas, jovens e adolescentes, capacita o sujeito a lidar com suas necessidades, desejos e expectativas, bem como, com as necessidades, expectativas e desejos dos outros, de forma que o mesmo possa desenvolver as competncias tcnicas, sociais e comunicativas, essenciais para o seu processo de desenvolvimento individual e social (LISTELLO, 1979). O esporte, como instrumento pedaggico, preciso se integrar s finalidades gerais da educao, de desenvolvimento das individualidades, de formao para a cidadania e de orientao para a prtica social. O campo pedaggico do Esporte um campo aberto para a explorao de novos sentidos e significado, ou seja, permite que sejam explorados pela ao dos educandos envolvidos nas diferentes situaes (GALATTI, 2006). Segundo a afirmao de Brotto (2001), o esporte um fenmeno de natureza educacional, onde este tenta interagir o esporte com a educao, como um meio de sociabilizao, favorecendo o desenvolvimento do esprito comunitrio. Sendo assim, a educao representada atravs do esporte, de acordo com os seguintes itens: o esporte pode cooperar no desenvolvimento da capacidade de ao; o esporte pode ser importante para a atividade motora cotidiana; o esporte contribui para a dimenso social da capacidade de ao; o esporte pode ser importante para a relao com a sade e o bem estar; o esporte pode oferecer um modelo compreensvel da realidade social; o esporte adquire um significado crescente na configurao da vida dos indivduos; e o esporte oferece inmeras possibilidades de movimentos significativos, oportunidades de recreao e realizaes estticas. Os Parmetros Curriculares Nacionais, PCNs (BRASIL, 1997) para a Educao Fsica sugerem como valores dentro do processo educacional, atitudes relacionadas incluso, autonomia, cooperao e diversificao. Tais diretrizes podem nos remeter ao esporte, desde que o entendamos enquanto um fenmeno scio-cultural com carter educacional. O esporte nos oferece a possibilidade de formar cidados conscientes e participativos e viabilizando a idia dos esportes coletivos, estes proporcionam situaes e problemas a serem solucionados por um grupo, tal qual num convvio social alm do esporte. O esporte est inserido na multiplicidade das aes, seja, no jogo informal dos finais de semana, ou na ginstica das academias, ou das caminhadas ecolgicas, ou na dana de salo da terceira idade, ou nas brincadeiras nas praas pblicas. O esporte tem espao para receber toda a gente, sem limites etrios ou sociais; com objetivos de alto rendimento ou no; atuando com pessoas normais, dentro dos conceitos de sade, ou com necessidades especiais (GALATTI, 2006, p.19). O esporte pode manifestar-se na escola, nos clubes, nas academias, nas ruas e em qualquer ambiente da sociedade. Sendo reconhecido como promotor da sade, da educao e da formao humana. Sua representatividade pode se dar formalmente, como transmisso de conhecimentos sistematizados e regras pr-definidas, ou ainda, informalmente, como bem cultural e prazer de quem o pratica (idem, p. 22-23)A histria dos esportes adaptados No se tm relatos sobre os esportes organizados para PNEEs antes do sculo XX. Pode at ser que alguns desses indivduos PNEEs, que gostavam muito de esportes usassem a imaginao e comeassem a praticar atividades fsicas no intuito de serem utilizadas como esporte e com propsitos de terapia para o seu tratamento. (ADAMS et al., 1985). Segundo os autores, depois da tragdia que foi a Segunda Guerra Mundial, os soldados que voltaram tinham algum tipo de incapacidade (amputados, paraplgicas etc) e foram considerados heris em seus pases, pois antes da guerra eram ditos como um estorvo para a sociedade e muitas vezes para a sua prpria famlia. A partir dessa guerra os PNEE comearam a ser vistos com respeito e considerados membros normais da sociedade. Aps a guerra, o esporte foi visto como fator de integrao para os PNEEs sendo introduzido em programas de reabilitao pelo Dr. Ludwing Guttmann no Centro de Reabilitao do Hospital de Stoke Mandeville, em 1944. Ele introduziu as atividades esportivas como parte essencial no tratamento mdico para a recuperao das incapacidades geradas por leses medulares, dizendo que este tratamento ir auxiliar na restaurao e manuteno da atividade mental e autoconfiana (op.cit. p.39). Depois de estudar exaustivamente o gesto esportivo, Guttmann conseguiu fazer com que a prtica de atividade fsica fosse adaptada ao processo de reabilitao, onde buscou novos caminhos para integrar os PNEEs sociedade, fazendo com que suas capacidades fossem mais bem desenvolvidas atravs do esporte. Sarrias (1976) concordava com Dr. Guttmann e ressaltava que o esporte pode ser um agente fisioteraputico atuando na eficcia e na reabilitao social e psicolgica ao PNEE, no devendo ser considerada apenas como uma atividade recreativa. Em 1948, Guttman introduziu na Europa o primeiro programa organizado de esportes em cadeira de rodas. Os jogos de Mandeville foram fundados para paraplgicos completos e incompletos, onde vrias classificaes foram feitas de acordo com o grau da deficincia. Hoje em dia estas classificaes possuem um padro para especialistas determinarem onde cada atleta ser classificado. Os jogos trouxeram para os PNEE o desenvolvimento da sua autoconfiana, mostrando o benefcio na parte psicolgica e se tornando assim um grande sucesso. A partir da, ocorreram alguns fatos importantes que devem ser levados em considerao como nos expe os autores Adams et al (1985): 1952 primeiros jogos internacionais em Mandeville;

Final da dcada de 50 incios da participao da Amrica do Sul nos esportes para PNEE, atravs da fisioterapeuta Srta. Monica Jones;

1956 reconhecimento do Dr. Guttmann pelo Comit Olmpico Internacional;

1957 primeiros jogos internacionais nos Estados Unidos, organizados por Ben Lipton (diretor de uma escola pblica para os PNEE nos EUA);

1958 surge a National Wheelchair Athletic Association, estabelecendo regras e regulamentos para todos os esportes de cadeira de rodas nos Estados Unidos, com exceo do basquetebol por possuir sua prpria associao nacional.

Com a evoluo do esporte nos Estados Unidos, fizeram com que conseguissem participar de competies internacionais. O Sr. Lipton conseguiu financiamento junto cooperao de interesses individuais, organizacionais e de equipes, inclusive dos prprios participantes. Como resultado direto desses esforos financeiros, o Sr. Lipton conseguiu organizar e fundar a Fundao Americana de Esportes em Cadeira de Rodas, onde suas propostas foram: 1) Estimular pessoas deficientes a usar cadeira de rodas e a participar de atividades esportivas, aumentando a participao em esportes e atividades recreativas nos EUA; 2) Estimular o crescimento das relaes entre os Estados Unidos e outras naes e; 3- solicitar e angariar fundos para estes propsitos. (ADAMS et al, 1985, p. 40). Essa fundao possibilitou, em 1960, a entrada dos Estados Unidos em competies internacionais e a aproximao dos jogos olmpicos. Imediatamente aps as Olimpadas de Roma, a cidade recebeu outros atletas internacionais: os atletas de cadeira de rodas de todo o mundo, que foram recebidos pelo Papa e que realizaram uma competio internacional atualmente denominada Paraolimpadas (Olimpadas para paraplgicos). A cada quatro anos as Paraolimpadas so realizadas na mesma cidade imediatamente aps os Jogos Olmpicos. Desde as Paraolimpadas de Roma, em 1960, at as de Tquio, a Vila Olmpica sofreu e sofre vrias modificaes na sua estrutura para suprir as necessidades dos PNEEs. Em 1967, ocorreu os primeiros Jogos Panamericanos para Paraplgicos, em Winnipeg, no Canad, onde participaram: Estados Unidos, Canad, Trinidad-Tobago, Jamaica, Mxico e Argentina. Como resultado desses jogos foi formada uma Associao Canadense de Esporte em Cadeira de Rodas, mais ajudou no desenvolvimento dessa atividade nos Eua. Alm disso, um conselho panamericano (sic) foi organizado com a funo de organizar uma competio a cada dois anos em pases da Amrica do Norte e do Sul, de modo a desenvolver a participao dos pases do continente nos esporte de cadeira de rodas. (ADAMS et al, 1985, p. 39). O esporte para os PNEEs possibilita a eles: benefcios da prtica regular de atividade fsica, oportunidade de testar seus limites e potencialidades, prevenir doenas secundrias sua deficincia e promove integrao social. Para MONTANDON (1992) integrar, atravs do esporte, seria a quebra de determinadas barreiras; proporcionando-lhes autonomia, independncia e autoconfiana, necessrios para a sua vida em sociedade. Quando no h a prtica de esportes, a maioria deles tende a se marginalizar, evitando-se expor. corrente entre eles a idia errnea de que a ginstica e o esporte lhes so nefastos ou perigosos, ou, no mnimo, que para eles est fora de cogitao a prtica de exerccios fsicos. A escolha de uma modalidade esportiva depende de vrios fatores, como: as oportunidades oferecidas aos PNEE; suas preferncias esportivas; locais adequados; estmulo e respaldo familiar; profissionais capacitados; dentre outros. As modalidades esportivas para os PNEE baseiam-se na classificao funcional e atualmente h uma grande variedade de modalidades. Dentre elas se destacar nesta pesquisa o voleibol que tem como caracterstica: ser praticado por atletas lesados medulares que participam da modalidade de voleibol sentado e os amputados, que participaro da modalidade em p. Os jogos, esportes e atividades fsicas adaptadas s necessidades dos PNEEs surgiram ao fim da Segunda Guerra Mundial. Os veteranos tinham mais interesse por esportes, jogos e atividades fsicas, em comparao a antes dos seus ferimentos. De acordo com Adams et al (1985), a histria se inicia com o interesse pelos programas adaptados que esto crescendo cada vez mais. E de como a terapia junto com a alegria e a recreao, se tornam fundamentais no tratamento dos PNEEs. No incio as primeiras adaptaes se deram devido s necessidades encontradas pelos PNEEs, atravs da imaginao dos mesmos. Com isso, os profissionais e os PNEE envolvidos nos programas de reabilitao, comearam a explorar possibilidades dos esportes, jogos e atividades em relao aos incapacitados. A participao em esportes e jogos adaptados s suas possibilidades confere ao indivduo a oportunidade de desenvolver o seu condicionamento fsico, de se dedicar atividade de lazer, de se tornar mais ativo, de aprender habilidades para poder se ocupar nas horas vagas e de colher experincias positivas no grupo e no ambiente social. (idem, p. 218). Muitas pessoas se perguntam o que para os PNEE participar destes jogos e esportes adaptados e muitos tm como resposta satisfao de conseguir suprir as suas necessidades bsicas, outros querem apenas atender suas necessidades teraputicas atravs da sua reabilitao. Os esportes devem ser regulamentados de modo a atenderem s necessidades do grupo. As regras so modificadas no sentido de diminuir a velocidade do jogo, compensando a diminuio da mobilidade dos participantes. As adaptaes ocorridas na estrutura do jogo tornam-se necessrias para livrar os jogadores das restries impostas pelas regras normais. De acordo com Adams et al (1985) para conseguir os resultados almejados, torna-se necessrio criar uma situao dentro da qual seja possvel analisar um jogo simples. Antes de proceder adaptao, propriamente dita, de jogos e atividades, o orientador do programa obrigado a analisar quatro fatores que se referem aos participantes em questo. So eles: as condies fsicas; o meio de locomoo (marcha independente, cadeira de rodas etc); acuidade visual e; a capacidade de se comunicar e nvel intelectual. Para conseguir uma adaptao em algum jogo ou atividade para PNEE, deve-se levar em considerao alguns critrios, a saber: se a atividade proporcionar a integrao em grupo; deve-se ou no utilizar ajudantes para a realizao das atividades feitas pelos PNEE; utiliza-se ou no algum tipo de equipamento para auxili-los durante a atividade; a adequao de algum movimento utilizado especificamente naquele exerccio; o estabelecimento de algumas regras adaptadas para melhor entendimento do esporte.O voleibol: a sua histria O voleibol considerado um dos esportes de mo mais difcil de ser bem jogado, pois possui particularidades em sua prtica como: toque particular na bola; regras que limitam o nmero de passes; seu campo com pequena dimenso e dividido igualmente por um plano vertical (rede); seu objetivo de jogo (a bola tem que passar a rede e tocar o solo adversrio); seu sistema de rotao obrigatrio; seu tempo limitado em cada set (25 pontos e 15 pontos no ltimo e decisivo set). O voleibol um esporte que exige muita ateno (contnua na bola e nos jogadores, tanto companheiros quanto adversrios). Desenvolve rapidez nos gestos e do raciocnio e pelos movimentos que exige. Dependendo do modo como dado pode ser considerado um jogo ou um esporte. O voleibol surgiu em 1895, apresentado por William George Morgan na ACM de Holioke, Massachussets. Apresentado como um jogo de rebater chamado de minonette. A rede de tnis foi elevada a aproximadamente 1,98m (um pouco acima da cabea de um homem de estatura normal), a cmara da bola de basquetebol serviu de elemento do novo jogo e foram elaboradas dez regras bsicas (BIZZOCCHI, 2004, p.3). Os praticantes solicitaram que a bola fosse trocada, pois o peso da cmara dava lentido ao jogo. Assim, a empresa A.G. Spalding & Brothers fabricou a pedido de Morgan uma bola especial, com um peso intermedirio a da cmara e a da bola de basquete. Aps vrios testes, chegou-se a um modelo semelhante ao utilizado hoje em dia. A idia do Dr. A. T. Halstead de chamar esse novo esporte de volleyball foi aceita, j que a bola permanecia em constante voleio sobre a rede. A partir da, [...] o voleibol foi rapidamente difundido pelas ACMs vizinhas. Springfield e Nova Inglaterra incluram-no no programa de atividades fsicas como um novo e interessante jogo recreativo. Em julho do mesmo ano, J. Y. Cameron, da ACM de Buffalo, Nova York, publicou na revista Physical Training um artigo intitulado O original jogo de voleibol (idem, p. 4). O esporte tomou grande impotncia que o governo norte-americano o introduziu nos programas de educao fsica escolares. Em 1922, ocorre o 1 Campeonato Nacional entre as ACMs, em Nova York. Em 1928, fundada a Associao de Voleibol dos Estados Unidos (USVBA), com 22 associaes filiadas, promovendo vrios torneios. O primeiro peridico exclusivo do voleibol e de alcance internacional foi lanado nos Estados Unidos em 1940 com o nome National Volleyball Review - rebatizado algum tempo depois como International Volleyball Review, incluindo notcias e resultados de jogos de todo o mundo. (BIZZOCCHI, 2004). Em 20 de abril de 1947, fundada a Federao Internacional de Volleyball (FIVB), onde teve como seus fundadores: Brasil, Frana, Itlia, Checoslovquia, Estados Unidos, Blgica, Turquia, Israel, Holanda, Portugal, Romnia, Uruguai, Lbano e Polnia. S em 1962, que o voleibol foi aceito como esporte olmpico pelo Comit Olmpico Internacional (COI), incluindo-o nos Jogos Olmpicos de Tquio (1964). Todas as equipes j empregavam a infiltrao como recurso ttico. No plano tcnico, a manchete era permanentemente utilizada para receber o saque; as tcnicas de rolamento foram aperfeioadas por Hirofumi Daimatsu, treinador da seleo japonesa feminina, campe dos Jogos de Tquio (BIZZOCCHI, 2004, p.8-9). Existem controvrsias em relao ao surgimento do voleibol no Brasil. Alguns pesquisadores informam que foi em Pernambuco (1915), no Colgio Marista de Recife; enquanto outros dizem que foi na ACM de So Paulo (1916) sendo que nesta data h registros fotogrficos. No incio s as ACMs que praticavam, mas com o passar do tempo e com a grande divulgao do esporte, outras instituies passaram a praticar. Em 1942, h a criao da Federao Paulista de Voleibol. Em 1944, ocorre o 1 Campeonato Brasileiro. A Confederao Brasileira de Voleibol (CBV) aparece em 9 de agosto de 1954. Em 1982, nas Olimpadas de Los Angeles o Brasil consegue chegar a final mais acaba perdendo para os Estados Unidos. Os jogadores que disputaram esta partida ficaram conhecidos como a Gerao de Prata. J em 1992, nos Jogos Olmpicos de Barcelona, o Brasil finalmente consegue conquistar a to sonhada medalha de ouro, vencendo os holandeses na final. Em 2004, a Seleo Masculina de Voleibol conquista a segunda medalha de ouro na histria dos Jogos Olmpicos. O vlei de praia chegou aos Jogos Olmpicos em 1996 e, comprovando a superioridade nos torneios em todo o mundo, o Brasil teve duas duplas na final feminina. Jaqueline e Sandra Pires venceram Mnica e Adriana Samuel (BIZZOCCHI, 2004, p.25). Continua o autor, A Confederao Brasileira de Voleibol recebeu da FIVB um prmio que considerou o Brasil um pas com o melhor voleibol do planeta, graas aos resultados conquistados pelas diversas categorias masculinas e femininas (p.27).Voleibol para deficiente Voleibol Sentado4 O primeiro clube esportivo para deficientes foi inaugurado na Holanda no final de 1953. Athletics e Sitzball, originrios da Alemanha, foram os primeiros esportes. Logo em seguida foi percebido que o Sitzball, que jogado sentado no cho, era muito passivo e eram necessrios esportes mais movimentados. Em 1956, o Comit Alemo de Esportes apresentou um novo jogo chamado Voleibol Sentado, uma combinao do Sitzball e do voleibol. Desde ento o voleibol sentado tornou-se um dos esportes mais praticados em competies no s de deficientes na Holanda, mas tambm por competidores de voleibol no deficientes, mas com leses no tornozelo e joelho. Ocorreram competies internacionais desde 1967, mas apenas aps 1978 a International Sports Organisation for the Disabled (ISOD) aceitou o voleibol sentado no seu programa. Na Paraolimpada de Toronto, em 1976, o voleibol sentado teve jogos de exibio. Quatro anos depois, este importante esporte coletivo foi includo no programa de competies dos Jogos Paraolmpicos de Arnhem, Holanda, com a participao de sete selees. O primeiro torneio internacional sob o comando da ISOD foi realizado em 1979 em Harlem (Holanda). Em 1980, este esporte foi aceito como um esporte paraolmpico com a participao de sete equipes. O desenvolvimento internacional pode ser considerado barulhento. Clnicas esto sendo organizadas por todo o mundo, campeonatos mundiais, europeus e ligas regionais so organizadas anualmente. Desde 1993, ocorrem campeonatos mundiais da modalidade tanto no masculino como no feminino. At os Jogos Paraolmpicos de Sydney-2000, o voleibol paraolmpico era dividido entre a categoria sentada e em p. A partir de Atenas, s haver disputas com atletas sentados, por deciso do Comit Paraolmpico Internacional-IPC. Esta ser a primeira vez em que as mulheres participam da competio. No vlei Sentado, o Brasil nunca participou de uma Paraolimpada. Este se tornou um dos mais importantes esportes em equipe na Paraolimpadas. Este um esporte rpido, excitante e procurado por muitos, que pode mostrar as habilidades atlticas dos atletas deficientes. O voleibol sentado tem o potencial de crescer como um esporte onde os deficientes e no-deficientes podem participar com um alto nvel tcnico.Algumas diferenas entre as Regras do Voleibol Sentado e o VoleibolVoleibol SentadoVoleibol

1 - O tamanho quadra de jogo mede 10m x 6m1A - O tamanho quadra de jogo mede 18m x 9m

2 - As linhas de ataque so desenhadas a 2m de distncia do eixo da linha central.2A - As linhas de ataque so desenhadas a 3m de distncia do eixo da linha central.

3 - A rede tem 6.50 a 7.00m de comprimento e 0.80 de largura.3A - A rede tem. 9,50 a 10.00m de comprimento e 1m de largura.

4 - A altura da rede de 1.15m para homens e 1.05m para mulheres. As antenas estendem-se 100cm acima do bordo superior da rede.

4A - A altura da rede de 2.43 para homens e 2.24 para mulheres. As antenas estendem-se 0.80cm

5 - O equipamento dos jogadores no Voleibol Para-olmpico pode incluir calas compridas. No permitido sentar sobre material espesso. No necessrio ter nmero nos cales ou calas.

6 - Uma equipe consiste de no mximo 12 jogadores incluindo de no mximo 2 jogadores classificados como inabilidade mnima, um tcnico, um assistente tcnico, um preparador fsico, e um doutor mdico.

- Os seis jogadores em quadra podem incluir no mximo um jogador com inabilidade mnima.6A - Uma equipe consiste de no mximo 12 jogadores, um tcnico, um assistente tcnico, um preparador fsico, e um doutor mdico.

7- As posies dos jogadores em quadra so determinadas e controladas pelas posies dos seus glteos. Isto significa que a(s) mo(s) e / ou perna(s) dos jogadores podem estender-se na zona de ataque (jogador da linha de fundo no golpe de ataque), na quadra (sacador durante o golpe do saque), ou na zona livre do lado de fora da quadra (qualquer jogador durante o golpe de saque).7A - As posies dos jogadores em quadra so determinadas e controladas pelas posies dos seus ps em contato com o solo.

8 - No momento do(a) sacador(a) golpear a bola, ele/ela deve estar na zona de saque e seus glteos no devem tocar a quadra (linha final inclusive).

8A - No momento do(a) sacador(a) golpear a bola no saque ou decolar (para saque em suspenso), o(s) seus p(s) no devem tocar a quadra (linha de fundo inclusive). Aps este golpe, o sacador pode pisar ou aterrissar fora da zona de saque ou dentro da quadra.

9 - Tocar a quadra adversria com p(s)/pernas permitido em qualquer momento durante o jogo, desde que o jogador no interfira com a jogada do oponente. O jogador dever retornar com o(s) p(s)/pernas diretamente para sua prpria quadra.

- Contatar a quadra adversria com qualquer outra parte do corpo proibido.9A - Tocar a quadra adversria com a mo ou p(s) permitido desde que alguma parte de suas mos e ps permaneam em contato ou diretamente acima da linha central.

- Contatar a quadra adversria com qualquer outra parte do corpo proibido.

10 - Aos jogadores da linha de ataque permitido completar um golpe de ataque do saque ao adversrio, quando a bola estiver na zona de ataque e completamente acima do topo da rede.10A - Completar um golpe de ataque do saque do adversrio falta, quando a bola estiver na zona de ataque e completamente acima do topo da rede.

11 - Um jogador de defesa pode realizar qualquer tipo de golpe de ataque de qualquer altura, desde que no momento do golpe os glteos do jogador no toque ou cruzem sobre a linha de ataque.11A - Um jogador de defesa pode realizar um golpe de ataque, exceto: a) os seus ps contatem ou ultrapassem a linha de ataque na decolagem e, b) no momento do golpe a bola esteja inteiramente acima do topo da rede.

12 - Jogadores da linha de frente esto permitidos de bloquear o saque adversrio.

12A - Bloquear o saque adversrio uma falta de bloqueio.

13 - O jogador deve ter contato com a quadra com a parte do corpo entre o ombro e os glteos em todos os momentos quando tocar a bola. proibido erguer-se, pr-se de p ou dar passadas.

Uma pequena perda de contato com a quadra permitida para jogar a bola, excluindo-se o saque, o bloqueio e golpe de ataque, quando a bola estiver completamente mais alta que o topo da rede.

14 - O primeiro rbitro realiza suas funes de p no solo no poste em uma das extremidades da rede.

14A - O primeiro rbitro realiza suas funes sentado ou de p na plataforma de rbitro localizada em uma das extremidades da rede

Sua viso deve estar aproximadamente 50 cm acima da rede.

Integrao atravs do esporte Dentro da filosofia em que se fundamentam os direitos humanos evidente que todos devem ter as mesmas oportunidades de aprender e de desenvolver as suas capacidades para assim alcanar a independncia social e econmica, bem como poder se integrar vida comunitria. Para os PNEEs a adaptao visvel e fundamental em suas vidas, levando em considerao o histrico de sua deficincia e tambm a independncia e autonomia como elementos essenciais. Um portador de necessidades educativas especiais deve ser tratado como uma pessoa qualquer, havendo apenas uma diferena no aspecto motor, e nunca como uma pessoa "deficiente", a limitao em uma caracterstica fsica no atinge a sua totalidade de ser, contida no conceito de pessoa deficiente. Todos da sociedade so orientados por regras e padres de comportamento, e de valores ticos e estticos, determinado culturalmente, dentro de um padro de normalidade, sendo este um conceito estritamente corporal. E a incluso um modo da sociedade aceitar estes corpos que esto fora do padro, ocorrendo assim superao e a compreenso dos ditos normais para serem aceitos. Os efeitos sociais e psicolgicos, que acompanham alguns deficientes podem criar maiores problemas do que a incapacidade fsica, quando se lida com o deficiente, deve ser dirigido para as qualidades mais similares queles de uma pessoa normal. Freqentemente a aparncia fsica da pessoa deficiente notadamente diferente s vezes at bizarra, privando -a das atividades normais da vida. Quanto mais diferente for a sua aparncia, maior ser a possibilidade de o deficiente fsico ser alvo de chacotas, de ser ridicularizado, e ser motivo de pena, uma atitude que servir para aumentar e perpetuar o mrbido conhecimento de sua diferena.Consideraes finais A pessoa deficiente aquela incapaz de assegurar-se por si mesma, total ou parcialmente s necessidades de uma vida individual ou social normal, em decorrncia de uma deficincia congnita ou no em suas capacidades fsicas ou mentais. Este conceito de deficiente enfoca os limites e a incapacidade e no as possibilidades do deficiente enquanto pessoa. O trabalho realizado nos centros de reabilitao voltado para o deficiente e no para a sociedade, trabalhando com reflexo social e no com o social propriamente dito. A instituio se fecha em si mesma. O profissional de Educao Fsica deve estar preparado para trabalhar em diversas reas, o que s vezes no acontece por causa da sua especializao tcnica em determinados desportos. O que este profissional deve procurar so mais informaes cientfico-pedaggicas atravs de conhecimentos de autores e at mesmo de profissionais que trabalhem com os PNEE para melhor realizar o seu trabalho nesta rea. As tarefas principais do professor de educao fsica adaptada a promover a auto-aceitao e confiana que permitiro pessoa deficiente desenvolver habilidades e talentos que compensam a sua deficincia fsica. Ele deve ser persuadido de que todas as tentativas so vlidas (NOVAES, 1986.).Notas1. As corridas a p, o pugilismo e o combate de gladiadores esto em destaque, porque eram os principais esportes praticados pelos gregos.

2. Jogos de argolinhas, as cavalhadas e as touradas eram jogos tpicos da poca colonial.

3. Tipo de luta.

4. As informaes foram extradas dos sites: da Associao Desportiva para Deficientes e do Comit Paraolmpico Brasileiro.

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