O Xamanismo

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O xamanismo é um termo genericamente usado em referência a práticas mágicas, religiosas (animista, primitiva) e filosóficas (metafísic transe, supostas metamorfoses e contato direto entre corpos e espí de seres míticos, de animais, dos mortos, etc. A palavra xamã vem do russo tungue saman e corresponde ! práti "udistas das regi#es asiáticas e árticas especialmente a $i"éria %sia). Apesar, como assinala &ircea 'liade da especificidade dessa (em especial as técnicas do êxtase dos tungues, acutes, mongóis, não existe, contudo origem istórica ou geográfica para o xamanism o*e, tampouco algum princípio unificador + . Outros nomes para sua tradu ão seri feiticeiros, médicofeiticeiros, magos, curandeiros e pa*és. Antropólogos discutem ainda na defini ão xamanismo a experiência transe e êxtase religioso, "em como as implica #es sociais da def como fato social. - considerado uma tradi ão e uivalente ! magia individuali/ada relacionada aos pro"lemas e técnicas e ciência da cotidiana (agricultura, ca a, medicina, etc.) ou ao fen0meno reli normati/ador. 1 2 Índice 3esconder 4 5 6amã + 6amanismo entre os 7i8ings ($ei9r) 1 6amanismo no :rasil 2 ;so de plantas psicoativas < =eferências > :i"liografia complementar e fontes Xamã[editar | editar código-fonte] O sacerdote do xamanismo é o xamã, ue geralmente entra em transe xam?nicos, manifestando poderes incomuns, invocando espíritos, pla de o"*etos rituais, do próprio corpo ou do corpo de assistentes e comunica ão com estes aspectos sutis da vida pode se processar at alterados de consciência. 'stados esses alcan ados através de "at e até ervas enteógenas. As varia #es @culturais@ são muitas mas, em geral, o xamã pode se a depender da cultura, e muitas ve/es á na istória pessoal dess

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O xamanismo um termo genericamente usado em referncia a prticas etnomdicas, mgicas, religiosas (animista, primitiva) e filosficas (metafsica), envolvendo cura, transe, supostas metamorfoses e contato direto entre corpos e espritos de outros xams, de seres mticos, de animais, dos mortos, etc.A palavra xam vem do russo - tungue saman - e corresponde prticas dos povos no budistas das regies asiticas e rticas especialmente a Sibria (regio centro norte da sia). Apesar, como assinala Mircea Eliade da especificidade dessas prticas na regio (em especial as tcnicas do xtase dos tungues, Iacutes, mongis, turco-trtaros etc.), no existe, contudo origem histrica ou geogrfica para o xamanismo como conhecido hoje, tampouco algum princpio unificador[2] . Outros nomes para sua traduo seriam feiticeiros, mdico-feiticeiros, magos, curandeiros e pajs.Antroplogos discutem ainda na definio xamanismo a experincia biopsicossocial do transe e xtase religioso, bem como as implicaes sociais da definio do xamanismo como fato social. considerado uma tradio equivalente magia enquanto prtica individualizada relacionada aos problemas e tcnicas e cincia da sobrevivncia cotidiana (agricultura, caa, medicina, etc.) ou ao fenmeno religioso, abstrato, coletivo, normatizador.[3] [4]ndice[esconder] 1 Xam 2 Xamanismo entre os Vikings (Seir) 3 Xamanismo no Brasil 4 Uso de plantas psicoativas 5 Referncias 6 Bibliografia complementar e fontesXam[editar | editar cdigo-fonte]O sacerdote do xamanismo o xam, que geralmente entra em transe durante rituais xamnicos, manifestando poderes incomuns, invocando espritos, plantas etc., atravs de objetos rituais, do prprio corpo ou do corpo de assistentes e pacientes. A comunicao com estes aspectos sutis da vida pode se processar atravs de estados alterados de conscincia. Estados esses alcanados atravs de batidas de tambor, danas e at ervas entegenas.As variaes "culturais" so muitas mas, em geral, o xam pode ser homem ou mulher, a depender da cultura, e muitas vezes h na histria pessoal desse indivduo um desafio, como uma doena fsica ou mental, que se configura como um chamado, uma vocao. Depois disto h uma longa preparao, um aprendizado sobre plantas medicinais e outros mtodos de cura, e sobre tcnicas para atingir o estado alterado de conscincia e formas de se proteger contra o descontrole.O xam tido como um profundo conhecedor da natureza humana, tanto na parte fsica quanto psquica.De acordo com Eliade (o.c.), entre os manchus e os tungues da Manchria a tradio dos dons xamnicos costuma ser feita de av para neto, pois o filho ocupa-se em prover as necessidades do pai, isso no caso dos amba saman (xams do cl). Os xams independentes seguem a sua prpria vocao. O reconhecimento como xam s pode ser feito pela comunidade inteira depois de uma prova inicitica. Ainda segundo esse autor das referncias a distrbios psicolgicos (especialmente no processo de formao) o ideal iacuto de um xam : um homem srio, que sabe convencer os que esto sua volta, no presunoso nem colrico. Entre os kazak-quirguizes o baqa, guardio das tradies religiosas tambm cantor, poeta, msico, adivinho, sacerdote e mdico.Talvez pela experincia do sofrimento antes da iniciao ou experincia de possesso o xam confundido com indivduos portadores de distrbio mental tipo epilepsia, histeria e psicose, Lvi-Strauss citando os estudos de Nadel e de Mauss na introduo obra de Marcel Mauss[5] afirma que existe uma relao entre os distrbios patolgicos e as condutas xamansticas, mas que consiste menos numa assimilao das segundas aos primeiros do que na necessidade de definir os distrbios patolgicos em funo das condutas xamansticas afirma ainda, baseado em estudos comparativos, que a freqncia das neuroses e psicoses parecem aumentar nas regies sem xamanismo e que xamanismo pode desempenhar um duplo papel frente as disposies psicopticas: explorando-as por um lado, mas, por outro canalizando-as e estabilizando-as.Xamanismo entre os Vikings (Seir)[editar | editar cdigo-fonte]O seir, em muitos casos, foi descrito como uma feitiaria realizada para "ferver" certos objetos imputados de poderes mgicos, sendo basicamente utilizado como um rito adivinhatrio ou para assassinato, ou ainda como prescreve Boyer, relacionado a trs aes bsicas: prever o futuro, aprisionar, causar doenas/desgraas ou matar. A traduo do termo varia segundo os pesquisadores, mas geralmente interpretada como sendo canto. Tratava-se de um ritual mgico de tipo divinatrio e proftico, com conotaes xamanistas e uma arte mgica criada pela deusa Freyja. Era um tipo de magia exttica com transe, xtase do celebrante e cantos da assemblia, geralmente realizada durante a noite e praticada sobre uma plataforma chamada de assento para encantamento (seihjallr). A sua realizao era conectada com sons mgicos ou encantamentos, e a melodia era considerada bonita para os ouvidos. Tambm compreendia frmulas mgicas para chamar tempestades e todos os tipos de injrias, metamorfoses e predies de eventos futuros. Criada pela deusa Freyja, era praticada especialmente por mulheres chamadas seikonur (sing. Seikona). Para Neil Price seria antes de tudo uma forma de extenso do esprito e de suas faculdades, enquanto que para Zoe Borovsky a performance do seir simbolizaria o modelo vertical de universo (cosmolgico) da rvore Yggdrasill. Como para o xam, a praticante de seir devia descer ao mundo dos mortos para relatar os ensinamentos que buscam os vivos e para efetuar certos malefcios. A magia nrdica era tanto praticada por homens quanto por mulheres, com uma ntida especializao feminina. As Sagas esto repletas de prticas mgicas, mas maiores detalhes sobre o ritual do seir so desconhecidos.[6]Xamanismo no Brasil[editar | editar cdigo-fonte]Ver artigo principal: Medicina indgena

Xam guarani com marac.O xamanismo constante em diversas manifestaes indgenas brasileiras. A palavra "paj", de origem Tupi, se popularizou na literatura de lngua portuguesa em referncia ao xam. Seu estudo, descries de caso e comparao, tem sido recomendado para facilitar a implementao de prticas de assistncia sade culturalmente adequadas no Brasil a cerca de 4.000 ndios pertencentes a 210 povos sob a responsabilidade da FUNASA - Fundao Nacional de Sade desde agosto de 1999Xamanismo ou Pajelana Comunicao com os encantados e entidades ancestrais atravs de cnticos, danas assim como nos ndios Guarani Kaiov e utilizao de instrumentos musicais (marac, zunidores) para captura e afastamento de espritos malignos[7] tipo mamas, anhangs. H tambm a utilizao do jejum, restries dietticas, recluso do doente, alm de uma srie de prticas teraputicas que incluem: o uso do tabaco (o paj fuma grandes cachimbos) e outras plantas psicoativas, aplicao de calor e defumao, massagens, frices, extrao da doena por suco/ vmito, escarificao no trax e locais inflamados com bico, dentes de animais ou fragmentos de cristaisNo Brasil rural e urbano, apesar da tradio multi-tnica dos amerndios, observa-se a presena dessas prticas mdicas-religiosas em comunho com rituais catlicos e espiritualistas de origem africana. Esse xamanismo conhecido em algumas regies como pajelana cabocla, culto aos encantados, tor, catimb, candombl de caboclo, em rituais de umbanda, culto a Jurema sagrada.Atualmente no Brasil existem vrias vertentes de neo-xamanismo ou xamanismo urbano, entre estas linhas diversos grupos se renem para estudar e trocar conhecimentos sobre o tema.O Xamanismo, ou como conhecemos (ndios) costumavam se obliterar em cavernas, matas virgens, alm de florestas, os rituais com seiva de animais mortos era um costume tanto quanto normal, o Xamanismo vem desde a existncia brasileira, e com isso, tem suas apresentaes, coloniais realizadas apenas entre eles, e a diferenciao, de raas.