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________________________________________________________www.cemiteriosp.com.br Obelisco de São Paulo O Obelisco Mausoléu aos Heróis de 32, também conhecido como Obelisco do Ibirapuera ou Obelisco de São Paulo, é um monumento funerário brasileiro localizado no Parque do Ibirapuera, no bairro homônimo, em São Paulo. Símbolo da Revolução Constitucionalista de 1932, o obelisco é o maior monumento da cidade e tem 72 metros de altura. A construção do monumento foi iniciada em 1947 e e concluída em 1970. Tombado pelos conselhos estadual e municipal de preservação de patrimônio histórico, o mausoléu do Obelisco guarda os corpos dos estudantes Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo (o M.M.D.C.) - mortos durante a Revolução de 1932 -, e de outros 713 ex- combatentes. Guilherme de Almeida e Ibrahim de Almeida Nobre, ex-combatentes e respectivamente considerados como o poeta de 32 e o tribuno de 32, se encontram sepultados no mausoleu. Também se encontra sepultado o corpo do agricultor Paulo Virgínio da cidade de Cunha, considerado mais um dos heróis da Revolução na Região do Vale do Paraíba. Paulo Virgínio foi executado pelas tropas fluminenses por se recusar a entrega o local de onde estava as tropas Paulistas. Paulo foi obrigado a abrir sua própria sepultura onde foi assassinado, antes de morrer teria gritado "Morro mas sou paulista e São Paulo Vence". Para homenageá-los e preservar a memória da rebelião, há cenas bíblicas e passagens da história paulista feitas com pastilhas de mosaico veneziano. O Obelisco é um projeto do escultor ítalo-brasileiro Galileo Ugo Emendabili, que chegou ao Brasil em 1923, quando tinha 34 anos de idade, pois estava fugindo de um regime fascista em seu país. O obelisco, feito em puro mármore travertino, foi inaugurado em 9 de julho de 1955, um ano após a inauguração do Parque do Ibirapuera. A Revolução Constitucionalista, Revolução de 1932 e Guerra Paulista foram os nomes dados ao movimento armado ocorrido no Brasil entre julho e outubro de 1932. Autor Galileo Ugo Emendabili Data da construção 1947 - 1970 Cidade São Paulo, SP Órgão CONDEPHAAT e CONPRESP Simbologia A soma dos algarismos da obra é igual a nove, e são nove os degraus na entrada. A simbologia do monumento também está presente no desenho do gramado ao redor do Obelisco, que possui área de 1932 metros quadrados e forma um coração onde está enfincada a espada (símbolo do obelisco) que sagrou a

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Obelisco de São Paulo

O Obelisco Mausoléu aos Heróis de 32, também conhecido como Obelisco do Ibirapuera ou Obelisco de São Paulo, é um monumento funerário

brasileiro localizado no Parque do Ibirapuera, no bairro homônimo, em São Paulo.

Símbolo da Revolução Constitucionalista de 1932, o obelisco é o maior monumento da cidade e tem 72 metros de altura. A construção do monumento foi iniciada em 1947 e e concluída em 1970. Tombado pelos conselhos estadual e municipal de preservação de patrimônio histórico, o mausoléu do Obelisco guarda os corpos dos estudantes Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo (o M.M.D.C.) - mortos durante a Revolução de 1932 -, e de outros 713 ex-combatentes. Guilherme de Almeida e Ibrahim de Almeida Nobre, ex-combatentes e respectivamente considerados como o poeta de 32 e o tribuno de 32, se encontram sepultados no mausoleu. Também se encontra sepultado o corpo do agricultor Paulo Virgínio da cidade de Cunha, considerado mais um dos heróis da Revolução na Região do Vale do Paraíba. Paulo Virgínio foi executado pelas tropas fluminenses por se recusar a entrega o local de onde estava as tropas Paulistas. Paulo foi obrigado a abrir sua própria sepultura onde foi assassinado, antes de morrer teria gritado "Morro mas sou paulista e São Paulo Vence".

Para homenageá-los e preservar a memória da rebelião, há cenas bíblicas e passagens da história paulista feitas com pastilhas de mosaico veneziano.

O Obelisco é um projeto do escultor ítalo-brasileiro Galileo Ugo Emendabili, que chegou ao Brasil em 1923, quando tinha 34 anos de idade, pois estava fugindo de um regime fascista em seu país. O obelisco, feito em puro mármore travertino, foi inaugurado em 9 de julho de 1955, um ano após a inauguração do Parque do Ibirapuera. A Revolução Constitucionalista, Revolução de 1932 e Guerra Paulista foram os nomes dados ao movimento armado ocorrido no Brasil entre julho e outubro de 1932.

Autor Galileo Ugo Emendabili Data da construção 1947 - 1970

Cidade São Paulo, SP Órgão CONDEPHAAT e CONPRESP

Simbologia A soma dos algarismos da obra é igual a nove, e são nove os degraus na entrada. A simbologia do monumento também está presente no desenho do gramado ao redor do Obelisco, que possui área de 1932 metros quadrados e forma um coração onde está enfincada a espada (símbolo do obelisco) que sagrou a

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vitória política, apesar da derrota militar dos paulistas. Afinal, ao ver seu governo em risco, o presidente Getúlio Vargas dá início ao processo de reconstitucionalização do país, levando à promulgação em 1934 de uma nova constituição nacional. Outras dados sobre a simbologia: tem 81 metros de altura, cuja raiz quadrada é nove. A base maior do trapézio, no chão, para quem olha o monumento de frente, tem 9 metros, a base menor, em cima, tem sete metros. A largura da cripta, embaixo, tem 32 metros. Assim, quem olha de frente o perfil da planta observa os números 32 - 9 - 7, que lembram o ano, o dia e o mês da Revolução de Nove de julho de 1932.

Historia - 9 de Julho o início da Revolução Constitucionalista de 1932

Comemoram-se no dia 9 de julho, o dia em que São Paulo pegou em armas para defender a volta da Constituição Federal e o Estado Democrático de Direito. O levante paulista teve como finalidade a defesa dos direitos constitucionais que foram revogados pelo presidente Getúlio Vargas. Mesmo sem ter um grande contingente militar, os paulistas resolverão enfrentar as tropas federais. A Revolução Constitucionalista começou no dia 9 de julho e terminou com a rendição das tropas em Taubaté no Vale do Paraíba, no dia 3 de outubro de 1932. São Paulo teve que apelar para a participação dos cidadãos paulistas, que contribuirão com dinheiro, com ouro, e com muito trabalho, tudo isto só foi possível com o alistamento voluntário de civis. O movimento que teve início com a morte dos quatro estudantes eclode finalmente no dia 9 de julho numa rebelião armada que passou para a História com o nome de Revolução Constitucionalista de 1932. Este movimento tornou-se conhecido como MMDC (Mário Martins de Almeida, Euclides Miragaia, Dráusio Marcondes de Sousa e Antônio Camargo de Andrade), entidade que tornou-se símbolo de luta e resistência do povo de São Paulo em defesa da democracia, a sigla foi criada para prestar homenagem aos estudantes paulistas que foram brutamente mortos no dia 23 de maio de 1932 pelas tropas federais leais ao então presidente Getúlio Vargas, num confronto que originou a Revolução Constitucionalista de 1932. Os Derrotados pela Revolução de 30, os grupos ligados ao Partido Republicano Paulista (PRP) defendiam a instalação imediata da Assembléia Constituinte e acusavam Getúlio Vargas de retardar a elaboração da nova Constituição do país. Esses grupos lutavam para recuperar o poder que perderam no âmbito regional e nacional com a vitória política de Getúlio Vargas. O movimento MMDC, com a bandeira do constitucionalismo ganhou as classes médias e desencadeou uma revolta civil que mobilizou cerca de 100 mil homens. As frentes de combate ficaram na divisa de São Paulo com Minas Gerais, com o Paraná e no Vale do Paraíba. Os revoltosos esperavam o apoio de outros estados, principalmente de Minas Gerais e Rio de Janeiro, o que não aconteceu. No final de setembro, diante da superioridade das tropas federais, os paulistas optaram pelo cessar fogo. A rendição se deu no dia 3 de outubro. As comemorações cívicas ocorrem no obelisco, sobre o mausoléu dos heróis de 1932, que faz parte do conjunto arquitetônico projetado por Oscar Niemeyer para o Parque do Ibirapuera. Os paulistanos que freqüentam o parque, uma das poucas áreas verdes preservadas na cidade, talvez não saibam por que a avenida que margeia o obelisco leva o nome de 23 de Maio. Com o apoio de outros estados, que não veio, os paulistas depuseram as armas três meses após começarem as lutas. Porém, dois anos depois, em 1934, Getúlio Vargas convocava a Assembléia Nacional Constituinte. Inicialmente, a Revolução Constitucionalista parecia favorecer os paulistas. Os rebeldes dominaram todo o estado e o MMDC - organização formada depois da morte de quatro jovens rebeldes paulistas (Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo) - começou a recrutar a população civil para lutar pela causa revolucionária: mulheres doavam jóias para comprar novas armas e a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo concentrava esforços na fabricação de granadas, cartuchos de fuzis e carros de guerra. Entretanto, os paulistas lutavam isolados, pois seus possíveis aliados - os estados de Mato Grosso, Minas Gerais e do Rio Grande do Sul - acabaram decidindo não aderir ao movimento. As tropas federais bloquearam as fronteiras do estado de São Paulo e atacaram seu interior. A cidade de Campinas chegou a ser bombardeada por aviões, utilizados pela primeira vez no Brasil para fins militares. Após três meses de luta, os constitucionalistas se renderam. Seus líderes foram expulsos do Brasil e tiveram seus direitos políticos cassados. Ao todo, 135 mil brasileiros, sendo 40 mil paulistas, foram para o campo de batalha. O conflito deixou 830 mortos - 630 paulistas e 200 homens das tropas federais. Dois anos depois da derrota, Getúlio Vargas convocou a Assembléia Constituinte defendida por São Paulo. A Frente Única Paulista pretendia reconquistar a autonomia política do estado de São Paulo e participar da composição de uma Assembléia Nacional Constituinte, destinada a elaborar uma nova Constituição para o Brasil. Industriais e militares aderiram a esse grupo de oposição ao governo federal. Os políticos da frente condenavam a participação do operariado na vida pública e procuraram conquistar o apoio da classe média paulista para sua causa. Em

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maio de 1932, Getúlio Vargas decidiu nomear para o governo de São Paulo, políticos de sua confiança para cargos de influência no estado. A decisão levou à organização de uma série de manifestações de protesto na capital. A sede do jornal governista Correio da Manhã foi atacada e os manifestantes trocaram tiros com oficiais tenentistas, fiéis ao Governo Provisório. Foi nessa manifestação, realizada em 23 de maio, que morreram Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo, os quatro jovens paulistas. A oposição a Getúlio evoluía rapidamente para a organização de um levante armado. Bertoldo Klinger, então comandante das tropas do estado de Mato Grosso, foi demitido de seu cargo quando ficou clara sua disposição de apoiar a conspiração liderada por São Paulo. Apesar disso, o levante foi marcado para o dia 9 de julho de 1932. O descontentamento das elites e da classe média paulista com o governo provisório de Vargas começara em 1930: o movimento revolucionário liderado por Getúlio Vargas e apoiado pelos tenentes impediu a posse de Júlio Prestes, o candidato do PRP (Partido Republicano Paulista) à presidência da República. Getúlio assumiu a chefia de um governo provisório e prometeu para breve uma nova Constituição ao país. O tempo passava, no entanto, e nada da nova ordem constitucional prometida. O governo provisório chefiado por Getúlio Vargas afastou também os antigos líderes do PRP do governo estadual e os substituiu por políticos do Partido Democrático (PD). Os líderes desse partido estavam insatisfeitos com a orientação do governo federal no estado, pois, ao lado da crise na lavoura cafeeira, multiplicavam-se as falências nas indústrias e crescia o desemprego. Esta situação levou os operários a organizar uma sucessão de greves, procurando fazer cumprir as leis trabalhistas recém-aprovadas. A insatisfação cresceu quando Getúlio Vargas nomeou João Alberto Lins de Barros, um militar pernambucano, interventor em São Paulo. Os democratas exigiram a nomeação de um novo interventor, paulista e civil, mas não foram atendidos por Getúlio. Descontentes, em fevereiro de 1932, os membros do Partido Democrático paulista resolveram entrar em acordo com seus ex-inimigos do PRP e formar uma frente única de oposição ao Governo Provisório. Na cidade de São Paulo, há pelo menos dois marcos que levam o nome 9 de julho: uma de suas maiores avenidas e o túnel que passa por baixo do espigão da avenida Paulista. O nome dado à avenida e ao túnel lembra o dia em que o estado de São Paulo declarou-se em conflito com o governo federal de Getúlio Vargas. Nesta data, homenageamos os heróis da Revolução Constitucionalista de 1932. Em reconhecimento, a Lei Estadual 11.658/2004 consagrou essa data como “Dia dos Heróis MMDCA”, incluindo também Alvarenga (de Orlando de Oliveira Alvarenga) ferido no mesmo confronto, mas que veio a morrer três depois, ampliando o trágico saldo da batalha. Lembrar essa data constitui um exercício de respeito ao Estado Democrático de Direito, aos direitos constitucionais e às garantias individuais. São Paulo tem demonstrado gratidão aos estudantes que tombaram nesta fundamental batalha. O povo pode ter perdido a guerra, mas ganhou legítimos heróis. Dos ex-cobantentes da Revolução restam poucos sobreviventes. Dentre eles o presidente do MMDC Gino StruffaldiSob o obelisco do Parque do Ibirapuera, em São Paulo, está o mausoléu com os restos mortais dos soldados que lutaram na Revolução Constitucionalista de 32.

Vitor Santos é jornalista (Mtb nº 51309/SP) e escritor

Referências:1 – MMDC

2 – Livro A Epopéia de 1932, Vitor Santos

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Mausoléu Perpétuo do Comandante JOÃO RIBEIRO DE BARROS CIDADE de JAHÚ-SÃO PAULO (com outro

crepúsculo!)

Túmulo de três Mocoquenses que faleceram na Revolução Constitucionalista de 1932. A primeira placa diz "Aqui descansam os restos mortais dos três bravos mocoquenses que tombaram no campo da luta durante a revolução constitucionalista de 1932". A segunda diz "Dorme heróis o sono dos justos!

Cumpristes o vosso dever, dando a vida pela causa que abraçastes! A vossa memória viverá no coração e na saudade do povo desta tera! - Oremos pelas suas almas -"

General Júlio Marcondes Salgado

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Júlio Marcondes Salgado nasceu no dia primeiro de Julho em 1890 na cidade de Pindamonhangaba. Seus pais, Victoriano Clementino Salgado e dona Anna Eufrazina Marcondes do Amaral Salgado tinham outros nove filhos. Teve uma infância pobre mas feliz ao lado de sua família. Em Junho de 1907 se alista na Força Pública, no Corpo de Cavalaria, atual Regimento de Cavalaria "9 de Julho", na cidade de São Paulo. Em maio de 1912 se casa com Ophelia Acritelli. O casal teve 2 filhos, Waldemar e Jandira. Em 1914 ingressa na Escola de Oficiais, conclui o Curso em 1915 e por Decreto, do dia 29 de Abril de 1915, é promovido ao posto de Alferes para servir no Corpo de Cavalaria. Em 1922 foi agraciado com a Cruz de Cavaleiro da Ordem de Leopoldo II da Belgica durante a visita do Rei da Belgica a São Paulo, por ter participado ativamente de sua escolta.

General Salgado usando a Medalha de Tempo de Serviço, a Medalha da Legalidade e a Ordem de

Leopoldo II.

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Foi promovido a Capitão em 1924 e neste ano participou ativamente da Revolta de Julho, lutando contra os rebeldes. No dia 7 deste mês comandou com sucesso a retomada da Estação Roosevelt, no Brás. Em 1927 foi promovido a Tenente Coronel, tornando-se Comandante do Regimento de Cavalaria da Força Pública. Em 23 de Maio de 1932 passou a ser o Comandante da Força Pública e foi um dos principais articuladores da Revolução de 1932 remodelando todo o quadro da Força Pública com oficiais favoráveis a causa paulista como vemos abaixo no tercho extraído do livro Cruzes Paulistas:

Júlio Marcondes Salgado, Tenente Coronel da Força Pública, compreendia e sentia sinceramente o estuar do coração paulista. Era, assim, um dos conspiradores para a Revolução em preparo. Quando Pedro de Toledo foi nomeado interventor em São Paulo, como o “civil e paulista” reclamado pelo povo, Marcondes Salgado foi promovido a Coronel e recebeu a missão de comandar a veterana e nobre Força Pública do Estado. Desde então, o valente militar não descansou, no preparo da sortida que ficaria marcada na história de São Paulo e do Brasil como a mais bela página de heroísmo e valor coletivos. Tomou parte nas combinações preliminares, encarregou-se de aliciar Oficiais, explicando-lhes com profunda sinceridade e coragem moral a verdadeira significação do movimento. Deu balanço nas armas e munições disponíveis da Força. Fez, enfim, quanto lhe era possível para que a explosão do movimento tivesse todas as garantias possíveis de vitória. Iniciada a luta, o Coronel Salgado desdobrou-se em ação enérgica e sempre pronta. Atendeu aos seus deveres de comandante da milícia estadual e colaborou com as autoridades na organização dos batalhões de voluntários – e estes eram tantos que em pouco faltaram armas para os encaminhar para as trincheiras.

No fatídico sábado dia 23 de Julho (sempre o sábado, o pior dia da semana para os constitucionalistas) o Comandante Salgado juntamente com outros Oficiais da Força Pública e o General Bertholdo Klinger está no campo de testes em Santo Amaro (onde hoje está localizado o Terminal de passageiros do Aeroporto de Congonhas) onde são demonstrados artefatos bélicos, dentre eles uma bombarda desenhada pelo Major José Marcelino da Fonseca e produzida pela Politécnica. Durante os testes o bocal do pequeno canhão explode e um dos estilhaços atinge mortalmente o comandante Salgado e o Major Marcelino. O General Klinger recebeu um estilhaço no braço, ferindo-se ligeiramente. Feridos foram, também levemente, alguns Oficiais do Exército e da Polícia: Ten CEL Salvador Moya, o Ten Saraiva e o político Wladimir de Toledo Piza, que na década de 50 seria prefeito da Capital. O lançador defeituoso

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que estilhaçou e causou a morte dos militares encontra-se hoje no acervo do Museu Paulista.

Durante o velório, a cidade se comove com a Viúva do General, Sra. Ophelia Acritelli.

Na saída da sede do Governo, no Páteo do Colégio, a Força Pública presta sua última homenagem.

A chegada ao Cemitério São Paulo. Uma enorme massa humana se

aglomera na entrada da necrópole.

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túmulo do General Marcondes Salgado.

Fontes:

• Blog Revolucao1932 • carlosfatorelli27013 • wikipedia • midiageek • tudoporsaopaulo1932

Equipe Cemiteriosp

www.cemiteriosp.com.br – 09/07/2011 – São Paulo – SP – Brasil – Todos os direitos reservados