Obesidade_ Saúde, Doença e Efeitos Do Treinamento _ Ribeiro Baptista _ Pensar a Prática

9
SISTEMA ELETRÔNICO DE EDITORAÇÃO DE REVISTAS/OPEN JOURNAL SYSTEMS A juda do sistema/Journal Help USUÁRIO/USER Login Senha Lembrar usuário Acesso IDIOMA/LANGUAGE Português (Brasil) FERRAMENTAS DE ARTIGOS Resumo Imprimir artigo Como citar este documento Política de Avaliação Enviar artigo via e-mail (Restrito a usuários cadastrados) E-mail ao autor (Restrito a usuários cadastrados) CONTEÚDO DA REVISTA Pesquisa/Search Todos Pesquisar Procurar/Browse Por Edição/By Issue Por Autor/By Author Por Título/By Title Outras revistas/Other journals TAMANHO DE FONTE INFORMAÇÕES Para Leitores/For Readers Para Autores/For A uthors Para Bibliotecários/For Librarians CAPA SOBRE ACESSO CADASTRO PESQUISA/SEARCH ATUAL ANTERIORES NOTÍCIAS RESUMOS DE TESES Capa > v. 7, n. 1 (2004) > Ribeiro Baptista OBESIDADE: SAÚDE, DOENÇA E EFEITOS DO TREINAMENTO Tadeu João Ribeiro Baptista* Anderson Miguel da Cruz** RESUMO O objetivo desse artigo é discutir a obesidade e suas implicações enquanto saúde e doença, pensando ainda no papel do treinamento como um coadjuvante na redução do peso corporal. PALAVRAS-CHAVE: Obesidade – Saúde – Doença – Treinamento. INTRODUÇÃO O corpo do ser humano é provavelmente uma de suas principais conquistas. Não por ter capacidades que necessariamente sejam iguais ou maiores do que as de alguns animais, mas, por possuir um cérebro altamente desenvolvido graças ao trabalho realizado desde a pré- história. Poderíamos especular que filogenicamente o ser humano é menos aparelhado que um grande coletivo de animais, para responder a determinadas situações ambientais. Esse desenvolvimento não se deu de maneira linear. Foram necessárias outras adaptações corporais, entre as quais destaca-se a retenção de tecido específico armazenado sob a pele (adiposo), com pelo menos duas funções fundamentais: a) armazenar energia; b) funcionar como camada de proteção térmica. Uma terceira função que pode ser atribuída ao tecido gorduroso é o de funcionar como uma espécie de coxim amortecedor ou sistema antichoque para uma grande quantidade de estruturas anatômicas, entre elas tecidos importantes como o cérebro, supra-renal, ovários. Além das condições fisiológicas, a quantidade de gordura também contribui, em algumas culturas, para o estabelecimento de certos padrões sociais, aspectos percebidos, por exemplo, na China e no Japão (WOODMAN, 1995). Kleinubing (1999) citando Franscisch, afirma que a obesidade é provavelmente o mais antigo distúrbio metabólico, observadas ocorrências em múmias egípcias e esculturas gregas. Voltando aos aspectos biológicos, sobretudo na área da fisiologia do exercício, existem critérios bastante claros do que seria a quantidade de gordura desejada para que uma pessoa possa ter “boa saúde”. Segundo o critério de referência proposto por Benke, a quantidade de gordura normal, considerando-se a gordura essencial e a gordura de reserva, aproxima-se de 15% para o sexo masculino e de 27% para o sexo feminino, de acordo com McArdle, Katch e Katch (1998)1. Além disso, existem outros índices que são usados como padrão em alusão ao nível de normalidade da quantidade de gordura corporal. Este é o índice de massa corporal, (IMC, kg/m2, ou Índice de Quetelet)2. Parâmetros considerados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) podem ser visualizados na figura I3.

description

artigo sobre obesidade e saude

Transcript of Obesidade_ Saúde, Doença e Efeitos Do Treinamento _ Ribeiro Baptista _ Pensar a Prática

  • SISTEMA ELETRNICO DE

    EDITORAO DE

    REVISTAS/OPEN JOURNAL

    SYSTEMS

    Ajuda do sistema/Journal

    Help

    USU RIO/USER

    Login

    Senha

    Lembrar usurio

    Acesso

    ID IOMA /LA NGUA GE

    Portugus (Brasil)

    FERRA MENTA S D E

    A RTIGOS

    Resumo

    Imprimir artigo

    Como citar este

    documento

    Poltica de Avaliao

    Enviar artigo via e-mail

    (Restrito a usurios cadastrados)

    E-mail ao autor (Restrito a

    usurios cadastrados)

    CONTED O D A REVISTA

    Pesquisa/Search

    Todos

    Pesquisar

    Procurar/Browse

    Por Edio/By Issue

    Por Autor/By Author

    Por Ttulo/By Title

    Outras revistas/Other

    journals

    TA MA NHO D E FONTE

    INFORMA ES

    Para Leitores/For

    Readers

    Para Autores/For

    Authors

    Para Bibliotecrios/For

    Librarians

    CAPA SOBRE ACESSO CADASTRO PESQUISA/SEARCH ATUAL ANTERIORES NOTCIAS RESUMOS DE TESES

    Capa > v. 7, n. 1 (2004) > Ribeiro Baptista

    OBESIDADE: SADE, DOENA E EFEITOS DO TREINAMENTO

    Tadeu Joo Ribeiro Baptista*Anderson Miguel da Cruz**

    RESUMO

    O objetivo desse artigo discutir a obesidade e suas implicaes enquanto sade e doena,pensando ainda no papel do treinamento como um coadjuvante na reduo do peso corporal.

    PALAVRAS-CHAVE: Obesidade Sade Doena Treinamento.

    INTRODUO

    O corpo do ser humano provavelmente uma de suas principais conquistas. No por tercapacidades que necessariamente sejam iguais ou maiores do que as de alguns animais, mas,por possuir um crebro altamente desenvolvido graas ao trabalho realizado desde a pr-histria. Poderamos especular que filogenicamente o ser humano menos aparelhado que umgrande coletivo de animais, para responder a determinadas situaes ambientais.

    Esse desenvolvimento no se deu de maneira linear. Foram necessrias outras adaptaescorporais, entre as quais destaca-se a reteno de tecido especfico armazenado sob a pele(adiposo), com pelo menos duas funes fundamentais: a) armazenar energia; b) funcionarcomo camada de proteo trmica.

    Uma terceira funo que pode ser atribuda ao tecido gorduroso o de funcionar como umaespcie de coxim amortecedor ou sistema antichoque para uma grande quantidade deestruturas anatmicas, entre elas tecidos importantes como o crebro, supra-renal, ovrios.

    Alm das condies fisiolgicas, a quantidade de gordura tambm contribui, em algumasculturas, para o estabelecimento de certos padres sociais, aspectos percebidos, por exemplo,na China e no Japo (WOODMAN, 1995). Kleinubing (1999) citando Franscisch, afirma que aobesidade provavelmente o mais antigo distrbio metablico, observadas ocorrncias emmmias egpcias e esculturas gregas.

    Voltando aos aspectos biolgicos, sobretudo na rea da fisiologia do exerccio, existemcritrios bastante claros do que seria a quantidade de gordura desejada para que uma pessoapossa ter boa sade. Segundo o critrio de referncia proposto por Benke, a quantidade degordura normal, considerando-se a gordura essencial e a gordura de reserva, aproxima-se de15% para o sexo masculino e de 27% para o sexo feminino, de acordo com McArdle, Katch eKatch (1998)1.

    Alm disso, existem outros ndices que so usados como padro em aluso ao nvel denormalidade da quantidade de gordura corporal. Este o ndice de massa corporal, (IMC,kg/m2, ou ndice de Quetelet)2. Parmetros considerados pela Organizao Mundial de Sade(OMS) podem ser visualizados na figura I3.

  • Os valores aqui apresentados, assim como alguns outros que poderiam ser discutidos, trazemembutidas pelo menos duas idias nesse processo. A primeira, a de que existe um ser humanode referncia para todos os outros, a outra idia subliminar, presente nesse discurso, o fatode haver um padro de normalidade para todos os homens e mulheres do mundo.

    Os preconceitos estabelecidos a partir do padro corporal em relao aos obesos dispensamqualquer explicao de sua situao atual ou pregressa, pois, aparentemente, o seu caso facilmente entendido por trs possibilidades: as disfunes hormonais; o excesso de ingesta de alimentos ou a falta de realizao de atividades fsicas.

    No primeiro caso, a obesidade pode ser considerada uma doena, uma vez que o maufuncionamento de algumas glndulas, como a tireide, pode reduzir o metabolismo humano,que a corrente cada vez maior, de pesquisadores que apresentam a teoria da heranagentica para a obesidade. Hirsh & Leibel, citados em Kleinubing (1999), apontam que cincogenes tm sido identificados como possveis causadores da obesidade. Um destes genesrecebe uma denominao especial, reconhecido como ob e codifica a produo de umaenzima denominada de leptina4. Esta protena, aps codificao, leva informaes para osistema nervoso central refletindo nos perfis de depsitos de gordura corporal. Para amanuteno do ciclo menstrual regular so necessrios nveis mnimos desta protena, estandoesta ainda relacionada com amenorria de mulheres atletas.

    Na segunda e na terceira situaes, normalmente relaciona-se o excesso de gordura e de peso falta de fora de vontade, ao egosmo e preguia. Nessa situao, ele normalmente temque procurar compensar a sua falta de jeito, cumprindo papis como ser engraado ou forte,de acordo com a situao.

    Todavia, torna-se intrigante o fato de que, independentemente da causa da obesidade, esseestado sempre considerado uma doena, e de acordo com informaes de Bankoff (2000),95% dos obesos o so por obesidade exgena, ou seja, por balano calrico positivo, no qual aingesto de alimentos maior do que o gasto energtico dirio. Os 5% restantes soconsiderados obesos endgenos, sendo o excesso de peso relacionado a problemas hormonais.

    H ainda uma outra investigao possvel com a obesidade do ponto de vista psicolgico. Umestudo feito por Woodman (1995), em 20 mulheres obesas, demonstra um componentepsquico extremamente importante no desenvolvimento do excesso de peso.

    Ao analisar esses diferentes aspectos, chama a ateno o fato de pelo menos, teoricamente,95% dos casos sejam de obesidade exgena.

    Considerando os fatores psicolgicos como endgenos, uma dieta balanceada de acordo comas atividades dirias e a realizao de algumas atividades fsicas poderiam resolver oproblema, sendo assim, relativamente fcil resolver esse desequilbrio. Se o problema relativamente fcil de resolver, no possvel apenas consider-lo falta de um padrocorporal que atenda s exigncias sociais?

    Essa resposta no parece assim to fcil. Em primeiro lugar deve-se levantar que a incidncia

  • de obesidade no Brasil e no Mundo tem crescido significativamente nos ltimos anos, a pontode ser considerada uma epidemia, comum a pases desenvolvidos e subdesenvolvidos. Dadossobre a prevalncia de obesidade no maior pas em extenso da Amrica do Sul, segundolevantamento realizado em 1989, de 6% entre as mulheres e de 13% entre os homens (WHO,1997). Ainda de acordo com este mesmo estudo, o Brasil est mudando rapidamente de umproblema de dficit diettico para um de regime alimentar em excesso (WHO, 1997, p. 23)5.

    Ao que tudo indica, o Brasil vive um momento identificado como de transio do ponto devista alimentar. Para Coutinho (S.d., p. 1) [...] a obesidade desponta como um problema maisfreqente e mais grave que a desnutrio. Pois, esse processo de modificao do padroalimentar,

    [...] sobrecarrega nosso sistema de sade com uma demanda crescente de atendimento adoenas crnicas relacionadas com a obesidade, como o diabetes tipo 2, a doena coronariana,a hipertenso arterial e diversos tipos de cncer. provvel que 200.000 pessoas morramanualmente em decorrncia destas complicaes na Amrica Latina. (ibid.)

    Esses dados demonstram que o Brasil e a Amrica Latina tm modificado o seu padroalimentar e no necessariamente apresentando maiores incidncias de problemas funcionais.Contudo, as pessoas que apresentam essa perspectiva argumentam que o excesso de peso acarreta um aumento nas despesas governamentais com sade, sobretudo na populao debaixa renda.

    Ainda, dentro da reflexo a respeito da epidemia de obesidade que assola toda a AmricaLatina, um dos principais documentos nessa rea o Consenso Latino-Americano deObesidade (CLAO). De acordo com ele, houve um aumento de 53% na incidncia deobesidade no todos os brasileiros sero obesos na primeira metade do terceiro milnio.(CLAO, S.d., p. 5)6

    Ao ser analisada dessa maneira, a obesidade se apresenta como um srio problema de sadepblica, seja pelos gastos por ela provocados, seja pela possibilidade de desenvolvimento deoutras doenas associadas.

    Em outras palavras, a reduo do peso gera reduo significativa em outros problemas.

    Por exemplo: a diminuio de 10 kg de cada pessoa de um grupo de obesos significa mais de20% de queda da mortalidade geral desse grupo, 30% da mortalidade por diabetes e mais40% da mortalidade de cncer de mama, clon, prstata e endomtrio. Assim, o excesso depeso est diretamente associado expectativa de vida do indivduo. Estima-se que apreveno do excesso de peso/ obesidade reduziria a incidncia dessas doenas em, nomnimo, 30%, com uma economia anual para o pas de, no mnimo, 1 bilho de reais.(BANKOFF, 2000, p. 43)

    Afinal, o problema est na obesidade em si ou nas doenas dela decorrentes? O que adoena, o excesso de peso ou os outros problemas associados? E o que o excesso de peso?Como ele se estabelece?

    Do ponto de vista da reflexo sobre o corpo, uma primeira ponderao possvel seriaidentificar qual a idia filosfica de corpo com a qual a sociedade est lidando. Ter-se-ia trsrespostas possveis. A primeira, refere-se concepo de corpo como mquina universal egeneralizvel, voltada para o desempenho e a sade fisiolgica. Outra perspectiva estabelece ocontato com o mundo e com ele se relaciona, influenciando e sendo influenciado a partir desua corporeidade. A terceira e ltima possibilidade entender o corpo a partir de suasrelaes histricas e materiais, que se definem pela classe social da qual este corpo emerge.

    Preliminarmente, a resposta sobre o corpo parece se apoiar na primeira concepo, uma vezque a sociedade atual vive regida por idias como o rendimento e a lucratividade. Tudo issoleva a crer que o problema da obesidade, para os 95% dos casos exgenos, no se constituinecessariamente como doena e sim como forma de controle sobre as pessoas para que elaspossam aderir idia de magreza (BANKOFF, 2000). Todos esses elementos apontam para ofato de que a obesidade no em si, somente um problema de sade pblica, mas, umarelao estabelecida a partir de um modelo esttico excludente e controlador, ao mesmotempo em que oferece prazeres associados s facilidades tecnolgicas, possibilitando ummenor gasto energtico, favorecendo o aumento de peso, contrapondo o iderio de um corpoforte, gil e resistente, tal qual se fazia necessrio no sculo XIX, conforme demonstraFoucault (1999).

    OBESIDADE: DEFINIES E RELAES COM A SADE

    A obesidade conhecida desde a pr-histria, embora, ao longo dos tempos, ela tenha sidoanalisada de maneiras diferentes. Na pr-histria, ela era smbolo de fertilidade e derepresentao maternal. Na medicina greco-romana, era entendida por Hipcrates como causade infertilidade pelo acmulo de gordura no tero. Galeno acreditava que ela eraconseqncia da desobedincia natureza. No perodo bizantino ela j era conhecida eCannon de Avicenna, um mdico influente da poca escreveu o primeiro livro sobre comoreduzir a obesidade. A partir do sculo XVII, as escolas de medicina da poca comearam aproduzir estudos a respeito da obesidade, a princpio, bastante influenciados pelos estudos deGaleno. No sculo seguinte, a obesidade era vista como responsabilidade individual e,

  • tambm, as doenas eram associadas aos miasmas, que alteravam as funes orgnicas, o quese relacionava por sua vez estagnao do ar. J no sculo XIX, os estudos avanam, primeiro,dominados pelos estudos franceses, depois pelos alemes e, finalmente, pelos ingleses. Nessemomento, existem vrios estudos relatando os diferentes tipos de obesidade, apoiadossobretudo nos avanos das cincias da poca. Finalmente no sculo XX, os estudos sobreobesidade foram dominados pelos americanos que centraram a teraputica no controle daingesta alimentar e no uso de mtodos comportamentais (BRAY, 1992).

    A obesidade caracteriza-se pelo acmulo acentuado de tecido adiposo subcutneo, sendomuitas vezes associada a outras doenas, como a hipertenso, a diabetes, entre outras.

    Esse problema pode estar relacionado com o que Mellerowicz & Meller (1987) vo chamar dedoenas hipocinticas. Segundo estes autores,

    Devido falta de atividade fsica, de trabalho e de treinamento fsico, surgiu um novo tipo dedoenas deficitrias [...]. Kraus (1961), denominou estas doenas de hipocinetic diseases(hipocinesias). Elas englobam um complexo amplo de modificaes orgnicas e funcionais esintomas em quase todos os rgos. Sem dvida, estes sintomas no se devem somente a umfator, a falta de atividade fsica, mas a um amplo complexo de fatores patognicoscondicionantes, tais como alimentao excessiva e deficiente, superestimulao nervosa, vcios(fumo) etc. [...] Entre as doenas hipocinticas encontrase, a obesidade. (MELLEROWICZ &MELLER, 1987, p. 106)

    Dados Estatsticos mostram que o excesso de peso em Goinia chega a atingir 44,1% dapopulao, considerados os nveis sobrepeso/obesidade, apesar de haver diferenas entreestes conceitos, os quais j foram discutidos (BAPTISTA, 2000).

    Pelo percentual de gordura, o sobrepeso e a obesidade podem ser definidos a partir da figura2.

    Figura 2: Classificao de Acordo com o % de gordura.

    Esse fator se justifica devido s diferenas de composio corporal entre homens e mulheres.Aqueles tm maior quantidade de massa muscular, enquanto estas possuem uma maiorquantidade de tecido adiposo. Esse aparente excesso no caso das mulheres responsvel pelocontrole do ciclo menstrual. Existem evidncias de que a reduo acentuada do percentual degordura das mulheres (< 12%) pode gerar amenorria, sendo esse um fato relativamentecomum na vida de mulheres atletas.

    Dowse et al. (1992) demonstra que na populao do oceano pacfico a obesidade no umasituao recente. Nesse mesmo estudo ele demonstra que em um outro estudo,

    West notou que a obesidade tem sido considerada de importncia etiolgica para o diabetesdesde tempos mais remotos, e a Comisso de Especialistas da Organizao Mundial de Sadesobre diabetes melito considerou ser a obesidade o fator de risco mais importante para o

  • desenvolvimento de DMNID (DOWSE et al, 1992: 626)

    Segundo a WHO (1997), confirmam os dados apresentados por Dowse et al (1992), para apopulao mundial. Alm disso, apresentam outros dados de que, teoricamente, 64% doshomens e 74% das mulheres poderiam ter prevenido a Diabetes Melito No-InsulinoDependente se o seu IMC no tivesse sido maior que 25 kg/m2.

    O que muitas pessoas consideram o grande problema da obesidade normalmente ela estarassociada a uma maior incidncia de problemas cardiovasculares, sobretudo quando existe umalto grau de concentrao de gordura na regio do abdmen, denominada de gorduraandride ou em ma. O maior problema, ao que tudo indica, est relacionado ao excesso declulas de gordura localizadas sobre o fgado, o que pode comprometer a circulao da viaporta (WHO, 1997, p. 48).

    A obesidade pode ainda estar relacionada ao aumento da hipertenso, podendo acarretaraumento da prevalncia desta doena em 2,9 vezes mais se comparada com pessoas que noapresentam peso excessivo. Existem, tambm, associaes importantes entre um altopercentual de gordura e o desenvolvimento de certos tipos de cncer que possuem maiorpredominncia na regio do abdmen, em nveis mais baixos de obesidade (idem, p. 52).

    Outro problema que pode ser apresentado pelas pessoas obesas diz respeito a problemas navescula biliar. Nas pessoas obesas, o risco de pedras na vescula trs a quatro vezes maiorpara todas as idades de homens e mulheres quando comparados com pessoas de peso normal,sobretudo, quando h excesso de gordura localizado ao redor do abdmen (idem, p. 53).

    O processo de envelhecimento detona no organismo uma modificao estrutural que envolvea diminuio de uma grande massa de tecidos, dentre eles o muscular (sarcopenia), queculmina com a reduo da capacidade de produo de fora. Simultaneamente acontece umincremento do tecido gorduroso. Distrbios plurimetatlicos apresentam uma correlaomuito estreita com o nvel tecidual de gordura, estabelecendo assim uma conexo demorbidade entre gordura, envelhecimento e distrbios metablicos.

    No se pode esquecer, no entanto, que um dos fatores de risco para a prpria obesidade omau funcionamento orgnico, por exemplo, aquele causado por problemas hormonais e quesegundo Bankoff (2000) chamado de obesidade endgena. Raso (2002) em seu artigoreferendado, discute a relao de eventos relativos ao envelhecimento e as modificaes nacapacidade funcional, principalmente de mulheres, relatando que a idade, IMC e peso corporalso fatores que exercem influncia na independncia social de mulheres acima de 47 anos.

    A obesidade vista atualmente como uma doena associada a outras doenas consideradasgraves (SEIDELL et al., 1986).

    Normalmente, os obesos apresentam altos ndices de colesterol sangneo, hipertenso egrande possibilidade de desenvolver doenas isqumicas.

    De acordo com Santos (S.d.), seguindo os padres da Organizao Mundial de Sade (OMS),sade o estado de completo bem-estar fsico, mental e no apenas ausncia de doenas.Acrescenta que um bem coletivo compartilhado por uma coletividade, determinando assimum locus individual e um coletivo. Este mesmo autor, citando Minayo, ressalta a dependnciados fatores de alimentao, habitao, educao, renda, meio ambiente, trabalho, transporte,lazer, liberdade, acesso posse da terra e aos sistemas de sade pblica. Ainda de acordocom esse autor, o artigo 196 da Constituio Brasileira determina a sade como um direitodo cidado e um dever do Estado. Paiva (1999) defende uma caracterizao menoscapitalista para o conceito de sade, criando um contnuo que vai de um extremodenominado de morbidade at o outro, denominado de apreciao da vida. Um conceitomuito coloquial, mas que confere uma adequao aos moldes sociais atuais.

    A necessidade do desempenho motor para a sobrevivncia do homem (em seu aspecto maisamplo) fez com que a OMS no final da dcada de 1980 acrescentasse a seu conceito de sade otermo aptido fsica (GLANER e colaboradores, 1998), usando a definio de Bouchard ecolaboradores segundo os quais o desempenho motor tem a finalidade de assegurar asobrevivncia em um determinado ambiente.

    Para Monteiro e colaboradores (1999), citando a Organizao Pan-americana de Sade (OPS),

    A exemplo do que ocorreu em pases desenvolvidos, defende que a reduo da misria emnosso meio fator fundamental na soluo do problema, que passa, por exemplo, pelanecessidade de melhoria das condies de moradia, de nutrio e da educao bsica destespovos.

    Cita tambm Chadwick: Homens e mulheres ficam doentes porque so pobres, ficam maispobres porque so doentes e mais doentes porque so pobres, concluses que constam de umrelatrio sanitarista ingls do ano de 1842 (MONTEIRO, 1999).

    Para o Programa Brasileiro de Educao em Sade da Secretaria de Sade, o conceito atreladoao desenvolvimento humano : O recurso que cada pessoa dispe para viver, produzir,participar, conhecer e reger sua existncia 9.

  • Embora somente nos ltimos anos tenha se observado uma mudana singular nos conceitos,preceitos e aes ligadas ao binmio sade - atividade fsica (BANKOFF; ZAMAI, 1999), aconexo entre ambos j vem de longos anos, com personagens ilustres da histria da Toscano(1999), foi um indivduo que veio a bito com idade prxima a 70 anos, vitimado porenvenenamento.

    A maioria das doenas tem fatores intermedirios em comum que determinam o aparecimentodas mesmas, e seguramente trata-se do fator econmico, principalmente ao se fazer umaseparao da populao por faixas de renda. Para Nunomura e colaboradores (1999), osprofissionais de sade afirmam com certa freqncia uma conexo equilibrada entre oselementos: alimentao, vida familiar e social e prtica regular de exerccio como fatoresfundamentais para uma vida saudvel. Afirmam ainda que a qualidade de vida umadependncia dos subsistemas sociais onde o indivduo esteja inserido (trabalho, escola,famlia, clube, ...) sendo uma compensao matemtica dos elementos positivos e negativosencontrados em cada um destes ambientes.

    Os anos 90 sero lembrados como a dcada em que a medicina reconheceu formalmente ofato de a atividade fsica ser vital para a sade do corpo. (WILMORE; COSTILL, 2001).Embora somente nos ltimos anos que se tenha sistematizado informaes cientficas arespeito da influncia da atividade fsica no nvel de sade e qualidade de vida, essa ligao jprecede aos registros formais, contudo trata-se de intenes e concepes acientficas, racistasou sexistas.

    A atividade fsica, diferente da maioria dos frmacos halopticos, possui uma ao em todo oorganismo, no apenas em alguns sistemas em especial, isto a coloca prximo de umacaracterizao holstica.

    Segundo Silva e colaboradores (S.d.), a atividade fsica est classificada como uma atividadeteraputica no farmacolgica.

    Do ponto de vista da performance motora, o treinamento desportivo e a medicina desportivadevem exibir uma conexo precisa, uma vez que o mximo rendimento orgnico depende deuma integridade de seus sistemas.

    A Educao Fsica, tendo como campo de estudo o movimento humano, independente de seuparadigma, sem dvida uma das cincias que deve exibir uma maior conexo com oemprego da atividade fsica para benefcio da sade.

    A despeito da implicncia da atividade fsica e sade e das ligaes profissionais e acadmicas,no existe at o momento nos cursos regulares de graduao, uma cadeira que respondaefetivamente por este ramo do conhecimento (BANKOFF; ZAMAI,1999).

    O professor de Educao Fsica no um profissional reconhecido pelo SUS para o trabalhointra-hospitalar (SANTOS, S.d.). Este autor sugere entre outras as seguintes sub-reas deatuao do profissional de educao fsica relativos sade:

    Administrao de programas de reabilitao, manuteno e terapias de sade

    Avaliao (anlise) de desenvolvimento fsico/mental/desportivo

    Atividade fsica para grupos especiais

    Gestantes

    Cardiopatas

    Idosos

    Obesos

    Avaliao e orientao vocacional de pacientes com seqelas orgnicas

    Dana hospitalar

    Engenharia biomecnica

    Farmacologia da atividade fsica

    Ginstica Laboral

    O principal motivo que agrega e mantm pessoas em trabalhos fsicos o prazer pessoal(SAMULSKI; NOCE, 2000), mais uma vez refletindo a ligao afetiva com a tarefa a sercumprida, bem como um estilo de vida. Os mesmos autores encontraram em segundainstncia a melhora da sade como fator motivador para a prtica desportiva, seguido dereduo de estresse e melhora do condicionamento fsico.

    ALTERAES MORFOLGICAS COM O TREINAMENTO

    No se tem uma definio final para a etiologia da obesidade. Uma grande quantidade de

  • pesquisas so produzidas no sentido de estabelecer uma conexo gentica e fisiolgica aoevento e outra parte a uma casualstica social, em ambos os casos tendo se produzidoresultados positivos. No se pode deixar de lado o aspecto cultural da morfologia corporal,fenmenos atrelados corpolatria, nos dias atuais bastante ligados moda plstica das roupase s figuras de modelos.

    Para diminuio das propores corporais, o consumo do tecido adiposo armazenado umdos fatores mais importantes, estimular a utilizao de gordura como fonte energtica passa aser ento a inteno principal dos mtodos e sistemas de treinamento. O consumo energticopessoal em diferentes estados metablicos exerce uma importante ao sobre esta mobilizaoem atividade e em repouso.

    Examinar o gasto energtico logo aps o trabalho fsico realizado no parece muito coerente,uma vez que o metabolismo continua elevado mesmo depois de finalizada a tarefa, sendodenominado atualmente de consumo excessivo de oxignio. Este retorno pode levar umtempo varivel para ser adquirido, dependendo da intensidade da tarefa feita, podendo levarminutos, ou mesmo horas. Possivelmente em funo desta alterao metablica darecuperao que alguns pesquisadores insistem em afirmar que a musculao consome tecidoadiposo10. 4 Convm lembrar tambm da acomodao do organismo ao esforo fsico, achamada economia de trabalho, que no levada em conta algumas vezes, na evoluo dotreinamento dentro do macrociclo programado. Desta forma, admite-se o maior gasto calricono perodo aps exerccio e/ou aumento da economia de trabalho com a evoluo dotreinamento, concluindo-se que apenas no incio esta variao metablica poder influenciarpositivamente no processo de consumo de energia.

    O metabolismo de repouso representa em torno de 60 a 75% das calorias totais gastasdiariamente. O papel do treinamento fsico na Taxa Metablica de Repouso (TMR), ainda nofoi bem esclarecido. Estudos transversais demonstram que se encontram elevadas emcorredores de longa distncia, quando comparadas a pares morfologicamente semelhantes.Est associado ao tecido isento de gordura, um tecido que citologicamente mais ativo. Coma evoluo do treinamento, um dos principais eventos a perda de tecido adiposo, e adepender do sistema de treinamento, um aumento da massa muscular, o que resulta porconseqncia em um aumento do percentual de tecido metabolicamente ativo. Este fatorcontribui para a aceitao do trabalho de fora na reduo do peso corporal.

    Durante o exerccio, os cidos graxos livres so liberados de seus stios para seremconsumidos na produo de energia, tendo-se sugerido que esta mobilizao seja fomentadapelo GH (hormnio do crescimento), corroborada pelas observaes de aumentos agudos naconcentrao do mesmo durante a realizao de atividades fsicas e durante a fase derecuperao da mesma. Pesquisas sustentam que o trabalho aerbio de baixa intensidade deveser priorizado em funo desta mobilizao.

    Diante de todo o exposto, a atividade fsica deve ser repensada quanto sade, e sobretudoem relao obesidade como forma de melhor utiliz-la para se alcanar os objetivosdesejados quanto s transformaes, sejam elas biolgicas ou sociais.

    Obesity: health, illness, and the effects of training

    ABSTRACT

    The aim of this article is to discuss obesity and its implications on health and illness, and toreflect upon the role of training as a component in body weight loss. KEY-WORDS: Obesity -health - illness - training

    Obesidad: salud, enfermedad y efectos del entrenamiento.

    RESUMEN

    El objetivo de este artculo es discutir la obesidad y sus implicaciones relacoinadas a salud yenfermedad, pensando todava en el papel del entrenamiento con relacin a un coadyuvanteen la reduccin del peso corporal.

    PALABRAS-CLAVE: Obesidad - Salud - Enfermedad - Entrenamiento.

    NOTAS

    * Doutorando em Educao pela UFG, Professor da UCG e da ESEFFEGO.

    ** Professor Doutorando em Bioqumica pela Universidade Federal de Uberlndia, Professorda Universidade Estadual de Gois , Unidade ESEFFEGO, diretor cientfico da APCE.

    1 Convm lembrar que a constituio anatmica do ser humano difere grandemente de umapopulao para outra. A estrutura tecidual de um europeu tpico no pode ser simetricamentecomparada s distribuies teciduais de um aborgine australiano. Desta forma, asextrapolaes estatsticas que tendem a disseminar um perfil numrico efetivo como padrouniversal, deve ser interpretado e discutido relevando se tais diferenas constitutivas.

  • 2 O chamado ndice de Massa Corporal (IMC) um parmetro que progressivamente cai emdesuso, principalmente nos locais de prticas desportivas voltadas para alto rendimento, ondeas dimenses corporais e volume de massa muscular dos atletas inviabilizam a interpretaobaseada nas escalas apresentadas para uma populao convencional.

    3 Dados adaptados do relatrio sobre obesidade de 1997, da Organizao Mundial de Sade(OMS), doravante chamada WHO (World Health Organization).

    4 uma molcula constituda de 167 aminocidos, o gene humano que codifica a leptinaencontra se no cromossomo 7, regio 7q31.3. A expresso deste gen 75% mais alta emmulheres obesas do que em homens, sugerindo uma influencia dos hormnios sexuais.

    5 Brazil is rapidly shifting from a problem of dietary deficit to one of dietary excess. (WHO,1997:23)

    6 (...) todos los brasileos seran obesos en la primera mitad del tercer milenio. (CLAO, S.d.:5)

    7 Diabetes Melito No-Insulino Dependente (DMNID).

    8 West noted that obesity had been considered to be of etiological importance for diabetessince the earliest times, and the World Health Organization Expert Committee on DiabetesMellitus considered to be the most powerful known risk factor for the development ofNIDDM. (Dowse et al, 1992: 626)

    9 Citao obtida no site do ministrio da Sade, creditada a Sylvayn Levi, diretor doPrograma de Educao em Sade na poca, ligada Secretaria de Polticas da Sade.

    10 Willmore e Costill apresentam pensamento similar na pgina 678.

    REFERNCIAS

    KLEINUBING, Marcos C. Aes dos nveis plasmticos de leptina e sua influncia no controledo peso corporal. Revista eletrnica. Disponvel em:

    BANKOFF, Antonia Dalla Pria; ZAMAI, Carlos Aparecido. Estudo do perfil dos professoresdo ensino fundamental do estado de So Paulo sobre o conhecimento do tema atividade fsicae sade. In: Revista Brasileira de Atividade Fsica e Sade. v. 4, n 3, 1999.

    BANKOFF, Maria A. D. P. Obesidade, adolescncia e atividade fsica e sade. In: MOREIRA,Wagner W. & SIMES, Regina (Org.). Fenmeno Esportivo no incio de um novo milnio.Piracicaba: UNIMEP, 2000, pp. 43-52.

    BAPTISTA, Tadeu J. R. AAtividade fsica no projeto C.A.R.M.E.N.T.: um projeto emconstruo. In: ANAIS DO CONGRESSO ESTADUAL DE EDUCAO FSICA E ESPORTESDE GOIS: Sesses Cientficas. Goinia: FIEP, 01 a 04/06/2000, p. 7.

    BRAY, George A. Obesity: historical development of scientific and cultural ideas. In:BJORNTORP, Per & BRODOFF, Bernard N. Obesity. Philadelphia: J.B. Lippincott Company,1992, pp. 281-293. CLAO. CONSENSO LATINO-AMERICANO SOBRE OBESIDADE. [S.l.:S.n., S.d.]

    DOWSE, Gary et al. Obesity in Pacific Populations. In: BJORNTORP, Per & BRODOFF,Bernard N. Obesity. Philadelphia: J.B. Lippincott Company, 1992, pp. 619-39.

    FOUCAULT, Michel. Microfsica do poder. 14. ed. Rio de Janeiro: Graal, 1999.

    GLANER, Maria Ftima e colaboradores. Diagnstico da aptido fsica relacionada sade deuniversitrios. In: Revista Brasileira de Atividade Fsica e Sade. v.3, n. 4, 1998.

    McARDLE, William D.; KATCH, Frank I.; KATCH, Victor L. Fisiologia do exerccio: energia,nutrio e desempenho humano. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1998.

    MELLEROWICZ, H.; MELLER, W. Treinamento fsico: bases e princpios fisiolgicos. SoPaulo: EPU, 1987. MONTEIRO, Luiz Henrique e Colaboradores. Atividade fsica e hansenase:investigao de leses sensitivo motoras a partir de estudo transversal hbrido no institutoLauro Souza Lima, Bauru SP. In: Revista Brasileira de Cincias do Esporte 21(1), setembrode 1999.

    PAIVA, Andra C. de. A educao fsica promovendo sade na escola: uma regressohistrica. In: Revista Brasileira de Cincias do Esporte 21(1), setembro de 1999.

    RASO, Wagner. A adiposidade corporal e a idade prejudicam a capacidade funcional pararealizar as atividades da vida diria de mulheres acima de 47 anos. In: Revista Brasileira deMedicina Desportiva, v. 8, n. 6, nov.- dez. 2002.

    SAMULSKI, Dietmar Martin; NOCE, Franco. A importncia da atividade fsica para a sade equalidade de vida: um estudo entre professores, alunos e funcionrios da UFMG. In: Revista

  • Brasileira de Atividade Fsica e Sade, v. 5, n. 1, 2000.

    SANTOS, Leonardo Jos Maturana dos. A educao fsica hospitalar em desenvolvimento:uma breve apresentao das 32 sub-especialidades de atuao profissional no campo da sade.Disponvel em: . Acesso em: 2003.

    SEIDELL, Jacob et al. Overweight and chronic illness a retrospective cohort study, with afollow-up of 6-17 years, in men and women of initially 20-50 years. In: Journal of ChronicDisease. Great Britain: Pergamon Journals, 1986, v. 39, n. 8, pp. 585-593.

    SILVA & LOPES, Fabrcio Carvalho Marques e Colaboradores. Efeito fisiolgico imediato deuma atividade fsica na gua, em mulheres com hipertenso. Disponvel em:. Acesso em 2003.

    TOSCANO, Jos Jean de Oliveira. Exortao do filsofo Scrates sobre a influncia doexerccio fsico na sade. In: Revista Brasileira de Atividade Fsica e Sade. V. 4, n. 3, 1999.

    WHO WORLD HEALTH ORGANIZATION. Obesity: preventing and managing the globalepidemic report of a WHO consultation on obesity. GENEVA: WHO, 1997.

    WOODMAN, Marion. A coruja era filha do padeiro: obesidade, anorexia nervosa e o femininoreprimido. So Paulo: Cultrix, 1995.

    Recebido: novembro de 2003Aprovado: dezembro de 2003

    Endereo para correspondncia: Tadeu Joo Ribeiro Baptista

    R. 801, Q. 927, L. 03 Jardim Moema Goinia-Gois

    CEP: 74633-380

    TOPO

    A Revista Pensar a Prtica indexada por:

    Directory of Open Access Journals

    LATINDEX

    LILACS

    Open Access Scholarly Information System

    Open Archives Harvester

    Portal de Peridicos da CAPES

    Sport Discus

    Sport Information Resource Centre

    Realizao:

    Esta obra est licenciada sob uma Licena Creative Commons.

    Permissions beyond the scope of this license may be available at http://www.revistas.ufg.br.

    Visitantes: