Obras de Agostinho Santos em Belas Artes · "Aviões e máquinas voadoras". Museu Nacional da...

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PORTO Obras de Agostinho Santos em Belas Artes "Recolecção e Magia" é o título da exposição de Agostinho Santos patente no Museu da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto. A mostra, comissariada pelo professor Baltasar Torres, in- tegra 11 pinturas, concebidas em vários suportes durante a cadeira de ateliê do mestrado de Pintura daquela faculdade, durante 2009 e 2010. Patente até 1 de Outubro.

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Page 1: Obras de Agostinho Santos em Belas Artes · "Aviões e máquinas voadoras". Museu Nacional da Imprensa (Estrada Nacional 108, 206). Tel. 225304966. Até 31 de Dezembro. Praha Fotografias.

PORTO

Obras de AgostinhoSantos em Belas Artes

"Recolecção e Magia" é o título da

exposição de Agostinho Santos

patente no Museu da Faculdadede Belas Artes da Universidadedo Porto. A mostra, comissariadapelo professor Baltasar Torres, in-

tegra 11 pinturas, concebidas emvários suportes durante a cadeirade ateliê do mestrado de Pinturadaquela faculdade, durante 2009e 2010. Patente até 1 de Outubro.

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A República na Imprensa: do Porto a Lisboa Trata-

se de uma mostra singular que se inicia com o "31

de laneiro", nos jornais da época, e prossegue em

Setembro, com um núcleo dedicado inteiramenteao "5 de Outubro". Museu Nacional da Imprensa(Estrada Nacional 108, 206). Tel. 225304966. Até 31

de Dezembro.

Acção: Fénix 2.0 Instalação de Sivestre Pestana.

Galeria Alvarez (Av. Boavista, 707). Tel. 226065771.Até 10 de Novembro.Colectiva Pintura e escultura. Galeria Artes Solar

Sto. António (R. do Rosário, 84). Tel. 222013009. Até

30 de Outubro.

Erro Maria Helena e loão Bento Soares. Composta

por obras de fotografia, pintura e uma instalação,

esta exposição surge a convite de Rita Pessanha.

AP'ARTE Gaíeria (R. Miguel Bombarda, 221). Tel.

220120184/5. Até 30 de Outubro.

Foto-Grafia - O Lugar do Olhar Fotografia. Joaquim

lesus. Centro Português de Fotografia - Edifício da

ex-Cadeia da Relação (Campo Mártires da Pátria).

Tel. 222076310. Até 24 de Outubro.

Francisco Laranjo Obra Gráfica . Galeria OlgaSantos (Pç. da República, 168). Tel. 222010889. Até

30 de Outubro.

Fridged Fotografia. Pedro Matos Soares. Centro

Português de Fotografia - Edifício da ex-Cadeia da

Relação (Campo Mártires da Pátria). Tel. 222076310.

Até 24 de Outubro.

GraziaToderi Esta exposição apresenta uma

ampla selecção das obras mais recentes da artista,realizadas depois de 2006, entre projecções de

vídeo, fotografias e desenhos. Museu de Serralves

(R. D. ]oão de Castro, 210). Até 31 de Outubro.

Interiors Apresenta os trabalhos mais recentes da

artista plástica Susana Ribeiro.

Esta mostra apresenta um total de 24obras de

Pintura e desenho. Galeria Átomo (R. Oliveira

Monteiro, 348). Tel. 220187960. Até 15 de Outubro.

Marlene Dumas: Contra o muro Pintura. MarleneDumas. Casa de Serralves (R. D. |oão de Castro,

210). Tel. 808200543. Até 10 de Outubro.

Médium (série I) Fotografia. Sandra Viva. Conta-

giarte (R. Alvares Cabral, 372). Te1. 222000682. Até 2

de Outubro.

Novos.com Júlio Resende Coletiva. Cor Espontânea- Gaíeria de Arte (R. do Bom Sucesso, 221). Tel.

226007522. Até 12 de Novembro.0 Corpo, a Mente, a Alma e o Espírito Pintura. Paula

Cruz. Galeria Por Amor à Arte (R. Miguel Bombarda,572). Tel. 226063699. Até 23 de Outubro.

ONMYOWN Catarina Lira Pereira. Galeria Alvarez

(R. Miguel Bombarda, 572). Tel. 226065771. Até 10

de Novembro.

PortoCartoon-World Festival 2010 Caricatura:

"Aviões e máquinas voadoras". Museu Nacional

da Imprensa (Estrada Nacional 108, 206). Tel.

225304966. Até 31 de Dezembro.

Praha Fotografias. Paulo Pimenta. Galeria Colorfoto

(R Sá da Bandeira, 526). Tel. 965275830. Até 15 de

Outubro.

Recolecção e magia Pintura. Agostinho Santos.

Museu da Faculdade de Belas Artes da Universi-dade do Porto (Av. Rodrigues de Freitas 265). Tel.

225192411. Até 1 de Outubro.

Resistência. Da Alternativa Republicana à Resis-

tência à Ditadura (1891-1974) Nesta exposição,

procura-se retratar rostos, gestos, momentos da

vida desses portugueses cuja resistência e luta é,

de forma decisiva, responsável pela nossa liber-

dade. Centro Português de Fotografia - Edifício da

ex-Cadeia da Relação (Campo Mártires da Pátria).

Tel. 222076310. Até 5 de Outubro.

Role-Playing Sara Maia. Pintura. Mosteiro de São

Bento da Vitória (Rua de S. Bento da Vitória). Tel.

222074940. Até 29 de Outubro.

Tatuagens da Alma Pintura. Rita Pessanha.

AP'ARTE Galeria (R. Miguel Bombarda, 221). Tel.

220120184/5. Até 30 de Outubro.

Terra de Linces A exposição fotográfica contém um

conjunto de fotografias de linces-ibéricos Lynx

pardinus em liberdade, no seu habitat natural, de

autoria do fotógrafo Andoni Canla. Uma parte das

fotos da "Terra de Linces" estará exposta no exte-

rior, no pátio da Quinta de Serralves, em grandestelas fotográficas e outra parte estará disposta em

espaço interior, no Lagar da Quinta. Parque deSerralves (R. D. ]oâo de Castro, 210). Tel. 226156586.Até 7 de Novembro.

Usethe Resources Teresa Henriques. Galeria Pedro

Oliveira (Cç. Monchique, 3). Tel. 222007131. Até 23

de Outubro.

Viagem através da memória Exposição de Pintura

de Ana Maria Oliveira. Vivacidade - Espaço Criativo

(R. Alves Redol, 364 - B). Tel. 220937093. Até 9 de

Outubro.

PortoCartoon 0 riso do mundo. Permanente.

Permanente. Museu Nacional da Imprensa(Estrada Nacional 108, 206). Tel. 225304966.

Viajantes e passageiros - do carroção ao carro

eléctrico Excelente colecção de carros eléctricos.

Permanente. Museu do Carro Eléctrico (Al. Basílio

Teles, 51). Tel. 226158185.

Vinho do Porto Actividade comercial com as natu-rais repercussões no desenvolvimento histórico da

cidade. Permanente. Museu do Vinho do Porto (R.

Monchique, 45-52). Tel. 222076300.

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Programa MIT

emPortugal

A2- Conferência do Programa MIT Portu-gal decorrerá em 28 de Setembro de 2010,na FEUP, sob o tema "Creating ValueThrough Systems Thinking ". Terá umasessão plenária proferida por Eduard Cra-

wley (MIT) e três sessões técnicas: Elec-tric mobility; Medicai Solutions; MovingEnergy-Cities of Change.

Estamos no início do último ano da Ia fase, sendo tem-

po para fazer um balanço e perspectivar o futuro. Este

programa insere-se no âmbito duma estratégia doMCTES que visa dinamizar áreas específicas de I&D,criando sinergias e lançando as bases para a criação desaber com forte impacto no tecido económico e social.O MPP procurou ter um envolvimento de empresas e

instituições que fossem capazes de aproveitar a compo-nente de formação e se envolvessem na investigação.Para além de resultados da I&D, o impacto do programafar-se-á sentir quando centenas de jovens e quadros téc-nicos superiores disseminem e apliquem os conheci-mentos e metodologias adquiridas.

Visando "desenvolver um novo paradigma na Euro-

pa, para investigação e formação em engenharia, basea-da numa abordagem aplicada, e combinando aulas, es-

tágios em empresas e laboratórios de investigação", o

Programa MIT Portugal considerou os princípios deuma sólida componente científica, criatividade, inova-

ção e preocupações ambientais, sociais e económicas.

Integra cinco domínios científicos: Bioengenharia, En-genharia de Concepção e Fabrico Avançado, SistemasSustentáveis de Energia, Transportes e Fundamentosde Sistemas de Engenharia.

As metas são: promover a criação de massa crítica emáreas tecnológicas estratégicas; estabelecer programaseducacionais avançados de nível mundial capazes deatrair estudantes portugueses e estrangeiros de alta qua-lidade, através do desenvolvimento de novas áreas de

formação e investigação; promover a cooperação a nívelde investigação e graus académicos conjuntos; contri-buir para o desenvolvimento, em Portugal, de indústriasbaseadas no saber; aprofundar, a nível de I&D e forma-ção, as relações Universidade/Indústria. Tem o grandeobjectivo de criar uma nova geração de líderes com co-nhecimento único e uma perspectiva global que pos-sam contribuir de forma fundamental para o crescimen-to futuro da economia de Portugal em mercados inter-nacionais.

O futuro do MIT Portugal será a consolidação da ex-periência adquirida e os desafios criados pelas tendên-cias da sociedade moderna: formação ao longo da vida;

internacionalização; complexidade, globalização e mu-dança; novas capacidades tecnológicas e empreende-dorismo.

Criada a dinâmica, conseguida uma cooperação no-tável entre diversas instituições de I&D nacionais, aabertura e a ligação com o MIT, é tempo de lançar uma2- fase do Programa. Em tempos de crise e de dificulda-des financeiras, não se pode desperdiçar o que repre-sentou uma aposta para uma mudança de atitude e decultura de I&D. Deve-se, com base na experiência ad-

quirida, racionalizar recursos e potenciar sinergias. Asdiferentes áreas do programa, apesar da sua especifici-dade, deverão desenvolver a sua investigação em tornode objectivos estratégicos comuns que visam levar oPaís a ser reconhecido internacionalmente como ten-do tecnologia avançada e liderando algumas tecnolo-

gias específicas, podendo potenciar as exportações das

empresas portuguesas e atrair mais investimento es-trangeiro produtivo..

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Líder sindical commestrado sem vagano curso de Direito

clássica Presidente deSindicato dos Trabalhadoresde Notariado critica regrasque favorecem maiores de23 face a médias superiores

Apenas cinco alunos - entre maisde uma centena de candidatos -entraram no curso de Direito daUniversidade Clássica de Lisboa(UL), através do contingente paratitulares de cursos superiores.

Entre os excluídos está o actualpresidente do Sindicato dos Tra-balhadores dos Registos e do No-tariado (STRN), que critica o con-traste entre reduzido número de

vagas para diplomados e as 122

vagas criadas para o contingentede maiores de 23.

Com uma licenciatura em Filo -

sofia e um mestrado em CiênciaPolítica anterior a Bolonha em queobteve a menção de "muito bom",Sérgio Cunha Barros ficou em 17.°

lugar entre os candidatos, comuma nota de 13 valores.

"O facto de o mestrado não tercorrespondência numérica - ahaver teriam de ser 20 valores" -terá prejudicado a minha nota",disse ao DN, confirmando "aguar-dar recurso" da não colocação.

Porém, mais do que o facto deter sido ultrapassado por outros

diplomados, o que causou revoltaao líder sindical foi a constataçãode que, no contingente paramaio-res de 23 anos, "entraram pessoasque tinham uma nota de candida-tura de 10 valores".

"Houve diplomados que nãoconseguiram entrar com média de15. Entre os maiores de 23 entra-ram quase todos. Inicialmente fo-ram criadas 75 vagas e depois essenúmero foi alargado até às 122,para cobrir a procura", contou.

Os dados - que o DN confir-mou com a consulta dos editais re-ferentes aos dois concursos deacesso - explicam-se com as polí-ticas de incentivo ao ingresso dapopulação activa no ensino supe-rior, consagradas nos "contratosde confiança" assinados entre oGoverno e as instituições do ensi-no superior.Aposta em novos públicosA aposta nas vagas para maioresde 23 anos e para estudantes pro-venientes de cursos de especiali-zação tecnológica duplicou esteano lectivo, representando amaioria dos 10 mil lugares adicio-nais criados no conjunto das viasde acesso ao superior em 2010.

As vagas para maiores de 23 -que substituíram o antigo sistemade ingressos adhoc- são disputa-das anualmente por adultos que,

mesmo não tendo o ensino secun-dário concluído, podem entrar noensino superior mediante umaanálise de currículo, entrevista e

realização de provas escritas.

Sérgio Barros garante "nada tercontra a aposta nos maiores de 23anos", mas lamenta o "tratamen-to desigual" aos candidatos. "Nãoentendo porque não se pode, tam-bém, alargar as vagas para titula-res de cursos caso exista procura."Não foi possível ouvir o Ministérioe a Faculdade de Direito da UL.PEDRO SOUSA TAVARES

ENSINO SUPERIOR

530 vieram dasNovas Oportunidades

> Em três anos, o número dealunos oriundos do

Programa Novas

Oportunidades que entra-ram na faculdade cresceumais de 50 vezes. Este ano,foram 530 os que consegui-ram uma vaga assim no ensi-no superior. Foram aindamais de 6000 os estudantesque ingressaram no ensinosuperior a partir do contin-gente destinado aos estudan-tes com mais de 23 anos.

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Plano Tecnológico

Economia nãoreage à subidadas qualificações• Portugal nunca teve tantos recursoshumanos e tão qualificados nas ciên-cias e engenharias, mas a economianão parece estar a ganhar com isso.Antes pelo contrário, os resultadossão de perda. O país exporta menosalta tecnologia e não consegue criarmais empresas de grande intensidadetecnológica. -» Economia, 18/19

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País tem mais engenheiros e doutoradosmas a economia ainda não reage0 Plano Tecnológico atingiu várias metas, mas há outras que não está a cumprir. O programa,uma bandeira de Sócrates, está encalhado num ponto crítico da competitividade do paísLurdes Ferreira• Os primeiros sinais surgiram hácerca de um ano, agora a tendênciaacentuou-se: Portugal nunca tevetantos recursos humanos e tão qua-lificados nas ciências e engenharias,mas a economia nacional não pa-rece estar a ganhar com isso, antespelo contrário, os resultados são de

perda, a avaliar pelos últimos dadosoficiais. Por exemplo, apesar de termais profissionais nestas áreas, o

país exporta menos alta tecnologiae não consegue criar mais empresasde grande intensidade tecnológica ede conhecimento.

As explicações variam muito, comoo PÚBLICO constatou, sobre o que se

passa com os indicadores que deve-riam traduzir a dinâmica económi-ca e empresarial gerada pelo esforçoque o país tem feito para melhorar as

suas educação, qualificação e compe-tências científicas e tecnológicas, talcomo preconizado no Plano Tecno-

lógico (PT). No meio de várias metas,umas atingidas, outras já superadas eoutras ainda longe, o programa quefoi uma das grandes bandeiras do

primeiro Governo de Sócrates aindanão desencalhou num ponto críticoda competitividade do país.

O valor acrescentado dos sectoresde alta e média-alta tecnologia na in-

dústria, de acordo com os dados dis-

poníveis na página da Internet do PT,desceu para 3,33 por cento do VABda economia ao fim de ano e meio dePT (lançado quase no fim de 2005),quando três anos antes o valor erade 3,84 por cento. Também os pro-dutos de alta tecnologia exportadospesam agora 6,9 por cento, contra7,4 por cento no mesmo período de

comparação. O investimento em ca-

pital de risco em fase de arranquede empresas, sobretudo de base

tecnológica, caiu entre 2004 e 2008e os valores de criação de empresasde alta e média-alta tecnologia nãoconseguiram descolar de 2004 para2009 (ver gráfico).

Faltam dados com datas mais re-centes para confirmar a tendência,especialmente para o valor acrescen-tado (um indicador desagregado quedemora a disponibilizar), mas os últi-mos números do Banco de Portugalreferentes já a Julho passado apon-tam na mesma direcção: o saldo da

balança de pagamentos tecnológica,onde entram os serviços e direitos de

patentes, voltou a ser negativo ao fim

dos sete primeiros meses do ano - o

que não acontecia desde 2006. 0 dé-fice é de 32,5 milhões de euros.

Ninguém arrisca já a dizer se, aeste ritmo, Portugal chega ao finaldo ano em terreno negativo, mas o

cenário não é animador, apesar dobom andamento dos vários indica-dores qualitativos sobre a educação,qualificação e competências científi-cas dos portugueses. No período deanálise do PT, a taxa de investigado-res em engenharia e tecnologias da

informação mais do que duplicou, o

que também aconteceu ao peso do

pessoal em I&D, a de doutorados emC&T subiu 36 por cento e a percen-tagem de diplomados em ciência e

tecnologia quase triplicou."Estamos a mudar o perfil das nos-

sas exportações de alta tecnologia.Embora quantitativamente estejamem quebra, qualitativamente estãoauto-sustentadas. A maior parte são

start-ups portuguesas. Deixaram deser gigantes facilmente deslocalizá-veis", defende Carlos Zorrinho, se-cretário de Estado da Energia e Ino-vação e que mantém a coordenação

do Plano Tecnológico.Zorrinho indica ainda que se assis-

te a uma "migração da indústria para

os serviços" e que houve entretantouma reclassificação do que era quali-ficado como alta tecnologia para mé-dia. "Isso aconteceu, por exemplo, naárea das cablagens."

Ao fim de cinco anos de Plano Tec-

nológico e a caminho do fim do anode meta (2010), o comentário mais

frequente que se ouve é que o pro-grama adormeceu no último ano,tanto no plano político como no in-vestimento, alegando-se que umaboa parte dos recursos financeirosdos programas operacionais regio-nais acabaram por ser reorientadospara o chamado "plano tecnológicoda educação".

Zorrinho nega essa reafectação deverbas. "Não houve reafectação pa-ra a educação e não há nenhum pro-jecto que tenha deixado de avançar."Quanto ao abrandamento de algunsprojectos, lembra "a própria conjun-tura global" e o "ano atípico" para as

empresas, sobretudo PME, confron-tadas com compromissos financeirosmas sem acesso ao crédito.

Hoje, completam-se cinco dias de

lançamento da Agenda Digital paraPortugal, na sequência das novasprioridades europeias para 2015. Omomento parece ser de uma tentativa

de reanimação do Plano Tecnológicoe de readaptação a novos objectivos,

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com a promessa de 2,5 mil milhões deeuros de investimento previstos porano até 2012 e 15 mil a 20 mil empre-gos qualificados. Carlos Zorrinho su-blinha ainda que a realidade, expostana feira do Portugal Tecnológico quedecorreu esta semana e termina hojeem Lisboa, "mostrou uma dinâmicamuito forte do país".

A actual meta do Plano Tecnológi-co termina em 2010. 0 coordenador

do plano promete actualizar as me-tas assim que o país cruzar e integrarquer os objectivos da Agenda Digitaleuropeia, com um conjunto de 100medidas a aplicar até 2015, quer os da

Estratégia Europa, em que a Comis-são Europeia aposta no crescimentointeligente, sustentável e inclusivo.Este último programa foi apresenta-do por Bruxelas em Março passado,o outro em Maio.

O balanço do plano visto de fora0 mérito de pôr o país a falar de tecnologia, mas a ausência de sucessos claros na economia

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Francisco Veloso, professor nasuniversidades de Carnegie Mellon(EUA) e Católica, investigador eminovação e empreendedorismo"0 principal mérito do Plano

Tecnológico (PT) é mérito de JoséSócrates: pôs o país a falar de

tecnologia e colocou-a na agendapolítica. A principal limitação éter-se tornado, ao longo do tempo,uma infindável lista de medidas,com tanta coisa lá dentro queacaba por não se perceber o

que é o plano. Há uma evoluçãomuito meritória também dosindicadores tecnológicos; é bom

para Portugal ter mais massacrítica. No entanto, ainda estamosmuito aquém nos indicadoresmais duros [por exemplo,exportações tecnológicas], o quefaz que a nossa posição relativaface à EU-27 neste domínio estejaabaixo do que se esperaria deum país com 75 por cento do PIBmédio europeu. A nossa base departida era tão baixa que aindacontinuamos muito baixo. Faltoutambém ênfase suficiente doPT no empreendedorismo debase tecnológica. Os estudosinternacionais confirmam que a

criação de emprego está associadaà criação de empresas e não àsPME existentes. Estas mantêmemprego, não criam novo. E são

as empresas de base tecnológicae de forte base de conhecimento

que têm as mais elevadas taxas decrescimento."Jaime Quesado, ex-gestor do

Programa Operacional para aSociedade do Conhecimento (POSC)"No Plano Tecnológico, perdeu-se um pouco do controlo políticodo mesmo. Não há hoje umaverdadeira tutela política da áreatecnológica. [Quanto ao POSC],foi um instrumento fundamentalde política pública. Gastaram-se quase 800 milhões de eurosem 10 anos de políticas públicaspara a sociedade da informação.Criou-se uma cultura estratégicajunto dos autarcas e de entidades

ligadas à sociedade civil e ao nívelacadémico, com reforço da I&D.Há hoje um número interessantede PME tecnológicas que sedesenvolveram muito à custado esforço feito. Apostaram eminovação e hoje, apesar da crise,existem, porque foram obrigadasa ter um processo permanente de

inovação.Norberto Pires, presidente do

Parque de Ciência e Tecnologiade Coimbra, professor daUniversidade de Coimbra"Globalmente, o Plano Tecnológicoé um flop. Os resultados têm dese medir na economia, na criaçãode emprego, de empresas, naforma como as universidadesse relacionam com o mundo e asociedade, e isso pouco mudou.Nesta conjuntura de crise, agoraé que se vai ver se a aposta noensino superior foi para melhoraras estatísticas - o que temo - ouse foi estruturada. Estamos emqueda nos rankings europeus ouentão continuamos a não aparecernos rankings das melhoresuniversidades do mundo. 0 Plano

Tecnológico não tem um objectivofinal a longo prazo e, apesar deter suscitado um movimentomeritório, não chega. 0 país nãoatrai estudantes estrangeirosnem grandes investigadores.No futuro, é fundamental que asuniversidades sejam medidas pelonúmero de empresas e empregosque ajudaram a criar. No mundodas patentes, o importante não é

registá-las, mas ver o lucro que dãoe as empresas a que dão origem.A Agenda Digital diz que vamos

avançar na velocidade da rede. Istodiz zero aos portugueses."

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ArteSanto Tirso

Museu Municipal Abade PedrosaR. de Unisco Godiniz, 100 T. 252830400Final-Mente De Ana Trabulo, Carlos

Mensil, Ferreira de Almeida, Isabel Ferrão,Luís Pereira, Luís Rocha, Luísa G. Costa,Maria Loureiro, Rita Pinto, Tiago Oliveira,Vânia Coelho, Vera Nogueira (AlunosFinalistas da Faculdade de Belas Artes daUniversidade do Porto). Último dia. Das14h00 às 18h00. Pintura.