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    Barragens

    Barragens de terra so construes especfcas para reteno de grandesquantidades de gua. So construdas principalmente para o abastecimentode gua em zonas residenciais, agrcolas, industriais, produo de energia

    eltrica, ou regularizao de certo curso de gua, onde se necessrio emdeterminadas situaes.

    As barragens, antigamente, tinam como !uno principal a reser"a de guaem pocas de grandes secas, !ator essencial no desen"ol"imento epreser"ao da espcie umana. #sse mtodo surgiu de uma !ormaanaltica, onde obser"ando lugares de grande inclinao, quando grandescu"as ocorriam, a gua se represa"a. Algumas das barragens mais antigasde que conecimento situa"am$se, por e%emplo, no #gito, &dio 'rientee (ndia. )a (ndia, apareceram barragens de aterro de perfl omogneo comdescarregadores de ceias para e"itar acidentes pro"ocados pelogalgamento das barragens, que quando a barragem transborda e com issopode causar bastantes danos as regies pr*%imas, isso mostra que naquelapoca + a"ia um estudo nesse mtodo. om a -e"oluo ndustrial, ou"ea necessidade de se construir um crescente n/mero de barragens, o quepermitiu o progressi"o aper!eioamento das tcnicas de pro+eto econstruo. Apareceram, ento, as primeiras barragens de aterro modernas,assim como as barragens de concreto.

    #cologicamente !alando as barragens possuem seus pr*s e contras, e gerauma grande discusso nesse 0mbito ambiental. sso acontece em todos os

    lugares em que se "ai construir esse tipo de obra, isso !az com que muitaspessoas se+am desalo+adas e sistemas de !auna e 1ora completamentedizimadas. )o Brasil e%emplos em que tribos indgenas inteiras ti"eramde ser deslocadas para outro lugar, para que essas construes ocorressem.

    2m empreendimento para cegar ao incio da obra de sua implantao de"epassar pelas seguintes etapas de pro+eto3

    $ 4lane+amento

    $ 5iabilidade tcnica

    $ 5iabilidade econ6mica

    $ Antepro+eto

    $ 4ro+eto bsico

    $ 4ro+eto e%ecuti"o

    omo se trata de um tipo de obra que trabala com "alores muito grandes,sempre se busca mtodos construti"os, que alm de "iabilizar e suprir anecessidade do tipo da barragem a ser e%ecutada, tena um oramento

    mais "i"el.

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    Elementos de uma barragem:

    So os seguintes os principais elementos de uma barragem de terra3

    $ rista3 )a crista de"e a"er um sistema de drenagem que permita oescoamento das guas de cu"a de maneira segura, ob+eti"ando$se e"itareroses e empoamento de gua.

    $ Borda li"re3 A borda li"re 7ou 8!olga9, 8re"ance9, 8!reeboard9: adist0ncia "ertical entre a crista da barragem e o n"el das guas doreser"at*rio e ob+eti"a a segurana contra o transbordamento, que pode ser

    pro"ocado pela ao de ondas !ormadas pela ao dos "entos, e"itandodanos e eroso no talude de +usante.

    $ ;alude de montante3 So as duas !aces laterais e inclinadas paralelas aoei%o do macio. ' talude montante aquele que fca do lado da gua.#nquanto que, o talude +usante fca do lado oposto da gua.

    $ 4roteo do talude de montante 7rip$rap:3 4roteo de"ido < ao dasondas que se !ormam no reser"at*rio, e tambm das guas de cu"a quepodem "ir da crista, o talude de montante de"e ser protegido contra aeroso.

    $ ;alude de +usante3 =ace do lado oposto da gua que se interpe com otalude da montante.

    $ 4roteo do talude de +usante 7grama ou outro elemento:3 4roteo contraa eroso, causada pelas guas de cu"a, que podem adquirir grandes"elocidades, ao percorrer a dist0ncia entre o topo e o p do talude.

    $ ;rinceira de "edao3 A esca"ao de trinceiras atra"essando ascamadas superfciais, e o seu preencimento com materiais argilososcompactados a !orma mais utilizada para interromper o 1u%o de gua soba !undao da barragem.

    $ =iltro orizontal3 > uma espcie de drenagem, em !orma de tapetedrenante, que caracteriza os elementos de proteo contra !uturosproblemas.

    $ =iltro "ertical3 > uma espcie de drenagem, em !orma de camin, quecaracteriza os elementos de proteo contra !uturos problemas.

    $ ?reno de p3 ' dreno de p capta todas as guas que percolam atra"s dofltro em camin e do tapete drenante, cegando ao p de +usante,conduzindo$as de "olta ao rio, < +usante da barragem.

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    $ ortina de in+eo3 Se abai%o da trinceira de "edao a !undao aindaapresentar permeabilidade ele"ada para determinado tipo de reser"at*rio, otratamento pode ser !eito por meio de in+eo de nata de cimento ou deoutros materiais impermeabilizantes, tais como, silicatos ou resinas.

    $ 4oo de al"io3 's poos de ali"io so !uros de drenagem abertos noterreno, com o ob+eti"o de reduzir as subpresses desen"ol"idas pelapercolao de gua na !undao.

    $ ;apete imperme"el3 ' tapete imperme"el < montante construdo como ob+eti"o de reduzir o gradiente idrulico atra"s da !undao, diminuindoassim a "azo, pelo aumento do camino que a gua tem que percorrer soba barragem.

    $ Sistema de drenagem das guas plu"iais3

    Alm destes elementos, para o per!eito !uncionamento da barragem,tambm !azem parte da estrutura3

    #nsecadeira $ ?estinada a des"iar as guas do leito do rio, total ouparcialmente, com o ob+eti"o de permitir o tratamento das !undaesnessas reas e,

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    Tipos de Barragens

    As barragens podem ser classifcadas em di!erentes tipos, de acordo com oseu ob+eti"o, seu pro+eto idrulico e os tipos de materiais empregados nasua construo. om relao a este aspecto, as barragens podem ser

    classifcadas em3

    . oncreto

    ra"idade Arco

    C. ;erra

    D. #nrocamento

    E ;erra

    As barragens de terra so as mais elementares obras de barragens enormalmente se prestam para qualquer tipo de !undao, desde a rocacompacta, at terrenos construdos de materiais inconsistentes.

    #%istem dois tipos3

    FomogGneo $ aquele composto de uma /nica espcie de material,e%cluindo$se a proteo dos taludes. )esse caso, o material necessitaser sufcientemente imperme"el, para !ormar uma barreiraadequada contra a gua, e os taludes precisam ser relati"amentesua"es, para uma estabilidade adequada.

    #%emplo3

    Barragem de terra omogGnea E Barragem de i"a 7in ruz, HHI:.

    #%emplo de uma barragem omogGnea de terra3

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    Jonado $ esse tipo representado por um n/cleo central

    imperme"el, en"ol"ido por zonas de materiais considera"elmentemais perme"eis, zonas essas que suportam e protegem o n/cleo. Aszonas perme"eis consistem de areia, cascalo ou !ragmentos deroca, ou uma mistura desses materiais.

    #%emplo3

    Barragem de terra zoneada E Barragem de 'r*s 7n ruz, HHI:.

    #%emplo de uma barragem zoneada de terra3

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    C E #nrocamento

    #sse tipo de barragem aquele em que so utilizados blocos de roca detamano "ari"el e uma membrana imperme"el na !ace de montante. 'custo para a produo de grandes quantidades de roca, para a construodesse tipo de barragem, somente econ6mico em reas onde o custo doconcreto !osse ele"ado ou onde ocorresse escassez de materiais terrosos eou"esse, ainda, e%cesso de roca dura e resistente. ?e"emos lembrar quea roca de !undao adequada para uma barragem de enrocamento podeno ser aceit"el para uma de concreto.

    #%emplo3

    Barragem de enrocamento E Barragem de KLnn 7in ruz, HHI:

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    Exemplos de Barragens:

    #m seguida, so dados alguns e%emplos de situaes geol*gicas ecaractersticas de algumas barragens.

    Barragem de ;aiaupeba 7?.A.#.#. E S.4.:3 Kocalizada no municpio de&ogi das ruzes, !oi concluda em CMMN com uma rea de drenagemde CCO PmQ, rea de inundao de H,DI PmQ, "olume /til doreser"at*rio3 NR,CMC % MI m, n"el m%imo normal de TOT,C m,n"el mnimo deTDH,RM m , cota da rista3 TR,RM m, comprimento deDMOM,MM m, largura N,MM m, altura m%ima de CM,RM m.

    Barragem de Uaguar, no -io rande, na di"isa dos #stados de So4aulo e &inas erais eologicamente, a barragem est localizada emquartzitos putos silicifcados, com camadas de %istos intercaladas. Abarragem apresentou interessante problema geol*gico. ?ada agrande "azo do rio, !oram e%ecutadas, na !ase preliminar, somenteduas sondagens no seu leito. )a !ase de detale, as sondagensconfrmaram a presena de uma camada de %isto decomposto depequena resistGncia. #sse !ato e%igiu o deslocamento das estruturasde concreto para RM m a +usanteV a fm de reduzir os custos deesca"ao da roca decomposta.

    A maior barragem do mundo com CM m de altura, construdasegundo o mtodo -, na zona da !ronteira entre a Algria e a;unsia, pr*%imo de WilaLa de &ila !oi construda a maior barragem decargas pesadas do mundo com uma altura de CM m. A coroa dabarragem - estende$se a um comprimento de TM m. )a secotrans"ersal disposta na "ertical em sentido ascendente ao rio, seroconstrudos degraus no sentido descendente ao rio com umaproporo de subida de 3MN. )o sector do canal de descarga comuma largura de MO m era necessrio incorporar uma camada debeto sobreposta a!agada. Atra"s deste mtodo, o beto

    compactado em camadas de DM cm. ?este modo, !oi necessriodi"idir os trabalos de betonagem em quatro etapas para as etapastrepantes de ,CM m de altura. A e%ecuo de uma etapa E desco!rar,trepar e co!rar E !oi realizada por dois carpinteiros em cerca de cincominutos. ?este modo, !oi poss"el sintonizar este rendimento com oprocesso de betonagem.

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    CONSTRUES COM TERRA

    A defnio para construo com terra camada toda tcnica que seutiliza do solo como matria$prima com estabilizao !eita com a adio deaglomerantes, fbras eXou por compactao, sem que se altere suacomposio mineral*gica, logo, as cer0micas no esto inclusas porpassarem pelo processo de cozimento.

    Sendo o material mais abundante do planeta, o solo + !oi utilizadocomo matria$prima para construo por "rias culturas em "rias pocas.

    Atualmente, a construo com terra "em ganando destaque por seubai%ssimo impacto ambiental, sendo muitas "ezes empregada +untamentecom outras tcnicas que en"ol"em energias reno""eis, reciclagem deresduos, reutilizao da gua, entre outros. ?esse modo, ela tGm tomadoespao no mercado da construo ci"il, pois alm de se tratar de umrecurso to abundante a demanda para transporte e gasto de energia paraesse tipo de construo tambm muito bai%a, gerando um custo bastante"i"el.

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    Mtodos Construti!os "om Terra Crua

    $ ;A4A ?# 4KY'

    A massa usada apenas terra 7IM a TMZ de areia, DM a OMZ de argila: egua apenas para umedecer. 4ode$se acrescentar MZ de al na mistura.#ssa massa colocada em uma !orma instalada onde ser le"antada aparede e socada at tornar$se um bloco compacto. As camadas de terrade"em ser pequenas e bem socadas. ada "ez que se preencecompletamente a !orma, ela desmontada e montada no"amente acima don"el concludo e o processo continua at a altura dese+ada.

    A tcnica consiste no apiloamento do solo de"idamente preparado, por meiode piles ou soquetes, dentro de moldes 7geralmente de madeira:denominados de taipal. A compactao tambm pode se dar de !ormamecanizada. #ntende$se por solo preparado como a terra 8traada9 que

    atende

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    C $ 4A2 A 4[2# 7ou taipa de mo:

    #sta uma tcnica onde se utiliza uma armao de madeira ou bamburecoberta com barro. Bastante utilizada no meio rural, so!re de algunspreconceitos, mas o trabalo sendo realizado com critrio e rigor criaestruturas muito bonitas e agrad"eis. > importante que se !aa uma boa!undao que isole as paredes da umidade do solo e tambm um bomsistema de sustentao da armao de madeira.

    A massa utilizada para recobrir a estrutura a mesma usada para o adobe,isto , terra local 7IM a TMZ de areia, DM a OMZ de argila:, gua sufcientepara que se obtena uma massa plstica e mold"el, algum tipo de capim

    ou pala longa e esterco de "aca ou ca"alo.)esta tcnica, primeiramente, e%ecutada uma trama com madeira oubambu, que encai%ada em uma !undao 7de pedra ou concreto: e !azem$se as aberturas das portas e +anelas. 4osteriormente esse quadro cobertocom uma mistura de barro e pala. #sse re"estimento se d, geralmente,em trGs etapas, desse modo recobre$se as trincas ocasionadas pela retraodo material.

    Assim como a taipa de pilo, apresenta bom isolamento trmico e ac/stico ebai%a resistGncia na presena de gua, sendo muito importante sua

    impermeabilizao. 4orm, por ser composta por paineis le"es, apresentamelor desempeno em construo com mais pa"imentos.

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    #%emplo de como e%ecutada a construo3

    D $ 'B

    ob um material de construo composto por terra, areia e pala, similarao adobe. ' ob a pro"a de !ogo, resistente a ati"idade ssmica e comcusto quase nulo. 4ode ser usado para criar !ormas artsticas, esculturais etem sido di"ulgado recentemente pelos mo"imentos de ecol*gicos, como apermacultura e a bioconstruo.

    > a tcnica que mais d espao < liberdade criati"a na construo, pois,literalmente, a obra esculpida com as mos com uma massa de solo, guae pala. ?esse modo, ela permite a entalar nicos e m*"eis embutidos.

    #sta tcnica utiliza a mesma massa do adobe, porm diretamente no localda construo. So !eitas bolotas com a massa e essas so assentadasumas ao lado das outras em camadas de at CM cm. =az$se todo o permetrodo c6modo a ser construdo de uma s* "ez, respeitando as camadas. adacamada de"e secar bem antes de se comear a pr*%ima camada. 'scuidados com a !undao e cobertura so os mesmos que para as demais

    construes com terra crua. #sta tcnica permite que se !aam c6modoscirculares e se agreguem esculturas na pr*pria estrutura das paredes.

    A massa misturada com os ps e por ser moldada com as mos, umatcnica completamente independente da utilizao do cimento, sendo que,mesmo dentre as tcnicas de bioconstruo, a que apresenta o menorcusto. # mesmo sem a incorporao de aglomerantes apresenta e%celentedurabilidade e resistGncia < gua, desde que !eita a impermeabilizao ee%ecuo adequadas.

    4orm, uma tcnica mais demorada, podendo le"antar$se, no m%,

    OM cm de parece por dia, pois para a aplicao da pr*%ima camada, aanterior tem que estar seca o sufciente para obter resistGncia mec0nica.

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    #%istem "rios lugares do mundo em que essa tcnica aprimorada, e de!orma sistemtica estudada com mais interesse, por ser ecologicamentesustent"el. ;ambm e%istem "rias eco"ilas !eitas somente com esse tipode material.

    #%emplo de como e%ecutada a construo3

    )a e%ecuo, de"e$se atentar impermeabilizao da !undao e dassuper!cies da estrutura e realizar os procedimentos da !orma adequada,principalmente no que diz respeito < umidade e compactao 7nas que seutilizam de estabilizao mec0nica, como a taipa de pilo, iperadobe esuperadobe:.

    #m qualquer um dos casos, as patologias encontradas so ocomprometimento e instabilidade da estrutura e fssurao. Alm de

    apresentar uma bai%a adeso a no"os solos, como um reparo.

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    A#OBE

    ' termo adobe "em do rabe 8attob9 e signifca ti+olo seco ao sol. >considerado um dos materiais mais antigos usados na construo ci"il,sendo considerado o primeiro ti+olo de barro. 4rimeiros registros por "olta deHMMM anos atrs, tendo construes do ;urquemenisto datadas de NMMM aIMMM anos a.. > !eito de uma mistura de barro, areia, gua e fbras"egetaisV posto em moldes e secos ao sol.

    A con!eco do adobe, por ser um material muito antigo e ter "riasmaneiras e tipos de prepara$lo, no segue uma rigorosidade, porm, temuma regularidade, pois todos os ti+olos so !eitos em moldes que precisamseguir o mesmo padro. ' solo precisa ser plstico e argiloso, e era tiradodo pr*prio terreno da obra e era considerada boa com, pelo menos, DMZ de

    areia e RMZ de argila e sedimento, e umidade *tima entre R e NZ. 'esterco e a pala tGm papis !undamentais na estabilizao qumica e !sica,respecti"amente. #ram secos no piso da obra por R dias, sem o perigo decu"aV depois "irados na parte mais estreita e secos ao sol por mais CM ouDM dias. 2m teste de resistGncia !eito, antes de emprega$lo na construo, colocar um ti+olo apoiado nas e%tremidades por outros dois, e "er se eleresiste ao pr*prio pesoV se no ou"er racaduras, signifca"a que esta"aapto para ser usado.

    =oi o material mais importante para a e"oluo do po"o #gpcio,

    muito utilizado no Antigo #gito e &esopot0mia, por serem locais muitoquentes que acelera"a a secagem, sendo !eito na poca com barro e pala,utilizado pra todos os tipos de edi!cios, desde as grandes tumbas de !ara*ss pequenas moradias. A "ila de Arg$ Bam, em Bam, cidade da pro"nciaPerman no sudeste do r a maior construo em adobe do mundoconstruda em RMM a.. e abitada at NRM. > considerado patrim6niocultural pela 2)#S'. #sse tipo de estruturas de adobe tambm bastantecomum nas construes da Amrica entral. As runas da cidade deancn no 4eru constituem um dos mais antigos con+untos arquitet6nicos!eitos com terra.

    A con!eco do adobe, por ser um material muito antigo e ter "riasmaneiras e tipos de prepara$lo, no segue uma rigorosidade, porm, temuma regularidade, pois todos os ti+olos so !eitos em moldes que precisamseguir o mesmo padro. ' solo precisa ser plstico e argiloso, e era tiradodo pr*prio terreno da obra e era considerada boa com, pelo menos, DMZ deareia e RMZ de argila e sedimento, e umidade *tima entre R e NZ. 'esterco e a pala tem papis !undamentais na estabilizao qumica e !sica,respecti"amente. #ram secos no piso da obra por R dias, sem o perigo decu"aV depois "irados na parte mais estreita e secos ao sol por mais CM ouDM dias. 2m teste de resistGncia !eito, antes de emprega$lo na construo,

    colocar um ti+olo apoiado nas e%tremidades por outros dois, e "er se ele

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    resiste ao pr*prio pesoV se no ou"er racaduras, signifca"a que esta"aapto para ser usado.

    A !undao das casas !eitas com esse material era con!eccionadacom pedras, areia e barro at o n"el do solo, para que os ti+olos no

    entrassem em contato com a umidade, podendo causar infltrao. Adisposio da al"enaria no era muito uni!orme, apesar de o material sermuito pesado, ele era pouco resistente, !azendo com que raramentefzessem edi!cios com mais de dois pisos. A argamassa utilizada era !eita deareia, cal e terra, garantindo assim pouca retrao, e o re"estimento era!eito para garantir uma maior durabilidade.

    #sta tcnica garantia uma minimizao das "ariaes trmicas,suportando muito bem as altas temperaturasV por isso, sua construo seda"a mais em locais quentes. 'utras "antagens deste uso so a rapidez nae%ecuo, o uso de materiais locais e a sustentabilidade. 4orm, patologiasso !acilmente encontradas, como fssuras e degradao pela gua.

    om o passar do tempo e o aparecimento de no"as tcnicasconstruti"as, o adobe !oi perdendo o usoV porm, com o crescimento daideia de sustentabilidade, ele est "oltando a ser utilizado, com tcnicascomo o superadobe, iperadobe, adobe mecanizado e adobeton.

    ' superadobe !oi criado na dcada de HNM pelo raniano )aderPalili, uma tcnica de terra ensacada, no qual sacos de polipropileno sopreencidos com solo argiloso e moldados no pr*prio local atra"s de

    apiloamento por processo artesanal ou semi$industrial por meio de pistes.4ossui uma simplicidade e rapidez maiores que o adobe comum.

    A preparao se d colocando o solo umedecido nos sacos, onde socado, e em seguida colocado onde sero as paredes, com fadas de CMcmde altura e arame !arpado para dar maior aderGncia entre as fadas. [uandoa parede assume a altura dese+ada, retiram$se os sacos das laterais, queimacom maarico e reboca a parede.

    #sta tcnica mais rpida e !cil que o adobe comum, pois noprecisa de tempo de secagem do material e qualquer solo ser"e desde que

    no se retire os sacos. 4orm, os edi!cios de superadobe de"em obedecer auma !orma arredondada, e s* podem ter um pa"imento, pois no estabilidade de segurana.

    A partir do superadobe, !oi criado o iperadobe, que tem seudi!erencial na utilizao de -ascel, mesmo material usado em sacos de!rutas, "erduras etc. em !eiras. om a utilizao deste material, no precisado arame !arpado entre as camadas, pois ele + permite a aderGncia entreelas, e tambm no necessidade da queima da parte e%terna, pois o-ascel + !unciona como um 8capisco9, pronto para receber ore"estimento.

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    As camadas so postas em cima de um alicerce tradicional e o melorsolo composto de TMZ de areia e DMZ de argila. ;ambm obedece a !ormaarredondada e possui as mesmas des"antagens do superadobe.

    ' adobe mecanizado !az uso da tecnologia atual, com mquinas

    semelantes

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    #%emplo3 =orma ?upla para a preparao dos ti+olos.

    SO$O C%MENTO

    > uma mistura de solo com cimento 4ortland, no qual a

    proporcionalidade gera uma estabilizao, melorando as propriedades da

    mistura.Alguns !atores podem in1uenciar nos resultados fnais e

    caractersticas da mistura, como uma "ariao na dosagem de cimento, a

    natureza do solo, compactao, e "rios outros moti"os.

    A notcia mais antiga de uso de solo$cimento data do sculo , a muralada ina, onde !oi usada uma mistura de argila e cal na proporo de D3T.)aquela poca, no a"ia uso de aglomerantes idrulicos comoestabilizadores, sendo descoberto s* por "olta de NMM.4ara os americanos o uso do solo$cimento remonta a HR, com a misturade de concas marinas, areia e cimento para a pa"imentao de ruas.

    U no Brasil, em HOR, !oi construda a primeira obra em solo$cimento que setem notcia, uma casa de bombas para abastecimento das obras doaeroporto em SantarmE4A, com OC mQ. #m HON, !oi iniciada a construo

    do Fospital Adriano Uorge, em &anaus, onde o teor de cimento usado !oi IZ,a resistGncia do material !oi de C,I&4a a D,C&pa.

    Atualmente, a utilizao mais di!undida do solo$cimento a

    pa"imentao, principalmente na #uropa, Amrica do Sul, #stados 2nidos,

    ]!rica, anad e 'riente &dio

    ' solo o componente mais abundante no solo$cimento. ' cimento,propriamente, entra em uma quantidade que fca entre IZ e MZ em peso,o sufciente apenas para estabilizar e con!erir propriedades de resistGncia

    dese+adas ao produto fnal.

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    's solos mais adequados so os que possuem as seguintescaractersticas3

    ^ MMZ passando na peneira R mm

    ^ RMZ a HRZ de areia

    ^ KK _ ORZ 7limite de liquidez:

    ^ 4 _ NZ

    ^ _ C cm de retrao no ensaio da cai%a

    [uase todos os tipos de solos podem ser usados para con!eco

    desse material e o solo pode ser e%trado do pr*prio local da obra de

    construo. #ntretanto, os solos mais apropriados so os que possuem teor

    de areia entre ORZ e IMZ. Somente os solos que contGm matria org0nicaem sua composio no podem ser utilizados. As quantidades mais

    adequadas dos componentes so determinadas atra"s dos ensaios de

    laborat*rio ou ensaios e%pedidos de acordo com os tipos de solo e cimento

    a serem usados.

    F quatro modos de utilizao do solo$cimento3 ti+olos ou blocos, paredemacia 7tambm camada de parede monoltica:, pa"imento e ensacado.

    $ 's ti+olos ou blocos so produzidos em prensas, dispensando a queima em

    !ornos. #les s* precisam ser umedecidos, para que no a+a uma perdarpida de gua podendo causar fssuras, assim fcando mais resistentes.

    $ A tcnica de parede de painis monolticos de solo$cimento !undamentada na tcnica da taipa de pilo, denominada taipa apisonado outapial na maioria dos pases de lngua espanola. As modifcaes maissignifcati"as em relao a taipa de pilo correspondem ao uso de moldesmais le"es, de menores dimenses, a incorporao do cimento < terra emenores espessuras das paredes.

    $ ' Solo$cimento para pa"imentao uma miistura omogGneacompactada, curada e endurecida de solo, cimento e gua, pode empregarsolos do pr*prio leito da !utura base, misturados no local com equipamentopul"imisturador, ou usar solos selecionados, de +azida, misturados em usinacentral ou no pr*prio campo. ' bai%o custo inicial e a alta durabilidade sodois pontos !ortes dessa alternati"a. > indicado como base e sub$base depa"imentos 1e%"eis e de peas pr$moldadas de concreto e tambm sub$base de pa"imentos de concreto. )o campo rodo"irio, ser"e tambm comoconteno de encostas.

    $ #nsacados, a mistura de solo$cimento, em !ormato de uma 8!aro!a /mica9,

    colocada em sacos que !uncionam como !ormas. 's sacos tGm a bocacosturada, depois so colocados na posio de uso, onde so

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    imediatamente compactados, um a um. ' resultado similar < construode muros de arrimo com mataces, isto , como grandes blocos de pedra.

    Testando o solo

    Antes de iniciar a produo preciso saber se o solo adequado ao solo$cimento, tcnica e economicamente !alando. 4ara saber, e%iste um testebem simples, apelidado de 8teste da cai%a9, que consiste em !azer umcorpo de pro"a da seguinte maneira3

    $$ -etira$se uma amostra de apro%imadamente O`g do solo que est ema"aliao. )o usar a camada superfcial, que sempre contm matriaorg0nica. A amostra de solo de"e fcar secando at que possa passar porpeneira com mala entre O a Imm

    C $$ &isturar gua aos poucos, at que a mistura, ao ser pressionada comuma coler de pedreiro, comece a grudar na l0mina.

    D $$ olocar o solo + umedecido em uma cai%a de madeira com asdimenses internas de IM % D,R % N,R cm, con!orme fgura ao lado. A parteinterna da cai%a de"e ser untada com *leo ou des!ormante comercial.

    O $$ #ncer totalmente a !orma, pressionando e alisando a super!cie com acoler de pedreiro, certifcando$se de no criar nenum espao "azio nointerior da massa.

    R $$ ?ei%ar a cai%a em ambiente !ecado, protegida do sol e da cu"adurante T dias, molando$a todos os dias. ?epois disto, medir a retraoocorrida no sentido do comprimento da cai%a e tambm nos dois lados damesma. Some as trGs medidas. Se o "alor fcar abai%o de C cm e se noaparecerem trincas no corpo de pro"a ento o solo adequado e pode serusado.

    ertamente, o ideal usar solo retirado do pr*prio local da obra. aso ele

    no passe no teste da cai%a ser preciso procurar solo mais adequado emoutro local. Alis, o local de retirada do solo denominado 8+azida9. 4orquestes econ6micas, a +azida de"e fcar o mais pr*%imo poss"el da obra,

    + que o custo do transporte pode in"iabilizar economicamente o pro+eto.

    Assim, podem$se estudar "rias misturas, com di!erentes quantidades decimento, e gua e de adio de areia at conseguir um trao que atendaaos requisitos do teste da cai%a de maneira a utilizar o solo do pr*prio localou pr*%imo a ele.

    Abaixo uma tabela com algumas aplicaes na construo civil:

  • 7/24/2019 OBRAS DE TERRA

    19/21

    A&$%CAES #O SO$O'C%MENTO NA CONSTRU(O C%)%$#difcaes =undao, Baldrame, sapata

    corrida ou parede macia apoiadadiretamente sobre o solo.Al"enaria, com ti+olos e blocos

    ou ento em paredes macias.4iso e contra$piso,

    pa"imentao.4aisagismo 4iso e contra$piso de passeios e

    caladas4tios e terreiros

    4a"imentao Base e sub$base de ruas eestradas.

    onteno de #ncostas &uro de arrimo com solo$cimento ensacado.

    onteno de *rregos -e"estimento dos taludes ecanais com solo$cimento ensacado ouem parede macia.

    4equenas Barragens ?ique com solo$cimentoensacado..

    abeceira de 4ontes &uro de arrimo com solo$cimento ensacado.

    Algumas patologias encontradas nesse tipo de material so, trincasoriginadas pela e%panso e contrao dos ti+olos de solo$cimento que!oram !abricados ou curados em desacordo com os procedimentosadequados. 4atologia comum em construes de solo$cimentooriginada pela m utilizao da tecnologia.4eas com trincas originadas por e%pansoXcontrao e ruptura poresmagamento. As trincas "erticais podem ter sido originadas pelasseguintes causas3 ti+olos com di!erentes espessuras,incompatibilidade com o graute ou recalque di!erencial da !undao.

    Ao de !ungos e cu"as ocasionam racaduras, trincas, entre outros.4ara solucionar o problemas usa$ se o rebocar a edifcao.

    ;i+olos armazenados de !orma que absor"a aes de intempriespodem danifcar$se comprometendo a construo.

    #%emplos de construes com solo$cimento3

  • 7/24/2019 OBRAS DE TERRA

    20/21

    &ontagem de blocos de solo$cimento em al"enaria.

    4iso de passeio. 74aisagismo:

    -e!erGncias Bibliogrfcas

    ttp3XX.!ec.unicamp.brXpersioXApostilaBarragens=#A-CM.pd!

    ttps3XXpt.i`ipedia.orgXi`iXBarragemdeterra$enrocamento

    http://www.fec.unicamp.br/~persio/Apostila_Barragens_FEAGR_2011.pdfhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Barragem_de_terra-enrocamentohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Barragem_de_terra-enrocamentohttp://www.fec.unicamp.br/~persio/Apostila_Barragens_FEAGR_2011.pdf
  • 7/24/2019 OBRAS DE TERRA

    21/21

    ttps3XX`dcs.ordpress.comXCMXMXDXtecnicas$de$construcao$com$terra$crua$construcao$naturalX

    ttp3XX.construirsustenta"el.com.brXmateriais$sustenta"eisXHXadobe$superadobe$e$iperadobe

    http://www.habitare.org.br/pdf/publicacoes/geral/03.pdf

    https://kdcs.wordpress.com/2011/10/31/tecnicas-de-construcao-com-terra-crua-construcao-natural/https://kdcs.wordpress.com/2011/10/31/tecnicas-de-construcao-com-terra-crua-construcao-natural/https://kdcs.wordpress.com/2011/10/31/tecnicas-de-construcao-com-terra-crua-construcao-natural/https://kdcs.wordpress.com/2011/10/31/tecnicas-de-construcao-com-terra-crua-construcao-natural/