OBRAS PÓSTUMAS ALLAN KARDEC - divulgando a · PDF file3 CAPÍTULO 37 = 5º...

download OBRAS PÓSTUMAS ALLAN KARDEC - divulgando a · PDF file3 CAPÍTULO 37 = 5º — Doutrina espírita CAPÍTULO 38 = A MORTE ESPIRITUAL CAPÍTULO 39 = A VIDA FUTURA CAPÍTULO 40 = QUESTÕES

If you can't read please download the document

Transcript of OBRAS PÓSTUMAS ALLAN KARDEC - divulgando a · PDF file3 CAPÍTULO 37 = 5º...

  • 1

    OBRAS PSTUMAS ALLAN KARDEC

  • 2

    NDICE BIOGRAFIA DE ALLAN KARDEC DISCURSO PRONUNCIADO JUNTO AO TMULO DE ALLAN KARDEC por Camille Flammarion PRIMEIRA PARTE - PROFISSO DE F ESPRITA RACIOCINADA CAPTULO 1 = 1 Deus CAPTULO 2 = 2 A Alma CAPTULO 3 = 3 Criao CAPTULO 4 = MANIFESTAES DOS ESPRITOS - Carter e conseqncias religiosas das manifestaes dos Espritos CAPTULO 5 = 1 O perisprito como princpio das manifestaes CAPTULO 6 = 2 Manifestaes visuais CAPTULO 7 = 3 Transfigurao. Invisibilidade CAPTULO 8 = 4 Emancipao da alma CAPTULO 9 = 5 Apario de pessoas vivas. Bicorporeidade CAPTULO 10 = 6 Dos mdiuns CAPTULO 11 = 7 Da obsesso e da possesso CAPTULO 12 = DOS HOMENS DUPLOS E DAS APARIES DE PESSOAS VIVAS CAPTULO 13 = CONTROVRSIAS SOBRE A IDIA DA EXISTNCIA DE SERES INTERMEDIRIOS ENTRE O HOMEM E DEUS CAPTULO 14 = CAUSA E NATUREZA DA CLARIVIDNCIA SONAMBLICA - Explicao do fenmeno da lucidez CAPTULO 15 = A SEGUNDA VISTA - Conhecimento do futuro. Previses CAPTULO 16 = INTRODUO AO ESTUDO DA FOTOGRAFIA E DA TELEGRAFIA DO PENSAMENTO CAPTULO 17 = FOTOGRAFIA E TELEGRAFIA DO PENSAMENTO CAPTULO 18 = ESTUDO SOBRE A NATUREZA DO CRISTO 1 Fontes das provas sobre a natureza do Cristo CAPTULO 19 = 2 Os milagres provam a divindade do Cristo? CAPTULO 20 = 3 As palavras de Jesus provam a sua divindade? CAPTULO 21 = 4 - Palavras de Jesus depois de sua morte CAPTULO 22 = 5 Dupla natureza de Jesus CAPTULO 23 = 6 Opinio dos Apstolos CAPTULO 24 = 7 Predio dos profetas, com relao a Jesus CAPTULO 25 = 8 O Verbo se fez carne CAPTULO 26 = 9 O Filho de Deus e o Filho do homem CAPTULO 27 = INFLUENCIA PERNICIOSA DAS IDIAS MATERIALISTAS - Sobre as artes em geral; a regenerao delas por meio do Espiritismo CAPTULO 28 = TEORIA DA BELEZA CAPTULO 29 = A MSICA CELESTE CAPTULO 30 = MSICA ESPRITA CAPTULO 31 = O CAMINHO DA VIDA CAPTULO 32 = AS CINCO ALTERNATIVAS DA HUMANIDADE CAPTULO 33 = 1 Doutrina materialista CAPTULO 34 = 2 Doutrina pantesta CAPTULO 35 = 3 Doutrina desta CAPTULO 36 = 4 Doutrina dogmtica

  • 3

    CAPTULO 37 = 5 Doutrina esprita CAPTULO 38 = A MORTE ESPIRITUAL CAPTULO 39 = A VIDA FUTURA CAPTULO 40 = QUESTES E PROBLEMAS - As expiaes coletivas CAPTULO 41 = O EGOSMO E O ORGULHO - Suas causas, seus efeitos e os meios de destru-los CAPTULO 42 = LIBERDADE, IGUALDADE, FRATERNIDADE CAPTULO 43 = AS ARISTOCRACIAS CAPTULO 44 = OS DESERTORES CAPTULO 45 = LIGEIRA RESPOSTA AOS DETRATORES DO ESPIRITISMO SEGUNDA PARTE - EXTRATOS, IN-EXTENSO, DO LIVRO DAS PREVISES CONCERNENTES AO ESPIRITISMO - manuscrito composto com especial cuidado por ALLAN KARDEC e do qual nenhum captulo fora ainda publicado CAPTULO 46 = A MINHA PRIMEIRA INICIAO NO ESPIRITISMO CAPTULO 47 = Meu Esprito protetor CAPTULO 48 = Meu Guia espiritual CAPTULO 49 = Primeira revelao da minha misso CAPTULO 50 = Minha misso CAPTULO 51 = Acontecimentos CAPTULO 52 = Acontecimentos CAPTULO 53 = O Livro dos Espritos CAPTULO 54 = Minha misso CAPTULO 55 = O Livro dos Espritos CAPTULO 56 = O Livro dos Espritos CAPTULO 57 = A tiara espiritual CAPTULO 58 = Primeira notcia de uma nova encarnao CAPTULO 59 = A Revista Esprita CAPTULO 60 = Fundao da Sociedade Esprita de Paris CAPTULO 61 = Durao dos meus trabalhos CAPTULO 62 = Acontecimentos. Papado CAPTULO 63 = Minha misso CAPTULO 64 = Futuro do Espiritismo CAPTULO 65 = Minha volta CAPTULO 66 = Auto-de-f em Barcelona. Apreenso dos livros CAPTULO 67 = Auto-de-f em Barcelona CAPTULO 68 = Meu sucessor CAPTULO 69 = Imitao do Evangelho CAPTULO 70 = A Igreja CAPTULO 71 = Vida de Jesus por Renan CAPTULO 72 = Precursores da tempestade CAPTULO 73 = A nova gerao CAPTULO 74 = Instruo relativa sade do Sr. Allan Kardec CAPTULO 75 = Regenerao da Humanidade CAPTULO 76 = Marcha gradativa do Espiritismo. Dissidncias e obstculos CAPTULO 77 = Publicaes espritas CAPTULO 78 = Acontecimentos CAPTULO 79 = Minha nova obra sobre a Gnese CAPTULO 80 = A Gnese CAPTULO 81 = Acontecimentos

  • 4

    CAPTULO 82 = Meus trabalhos pessoais. Conselhos diversos CAPTULO 83 = FORA DA CARIDADE NO H SALVAO CAPTULO 84 = PROJETO 1868 CAPTULO 85 = Estabelecimento central CAPTULO 86 = Ensino esprita CAPTULO 87 = Publicidade CAPTULO 88 = Viagens CAPTULO 89 = CONSTITUIO DO ESPIRITISMO - EXPOSIO DE MOTIVOS 1 Consideraes preliminares CAPTULO 90 = 2 Dos cismas CAPTULO 91 = 3 O chefe do Espiritismo CAPTULO 92 = 4 Comisso central CAPTULO 93 = 5 Instituies acessrias e complementares da comisso central CAPTULO 94 = 6 Amplitude de ao da comisso central CAPTULO 95 = 7 Os estatutos constitutivos CAPTULO 96 = 8 Do programa das crenas CAPTULO 97 = 9 Vias e meios CAPTULO 98 = 10 Allan Kardec e a nova constituio CAPTULO 99 = CREDO ESPRITA - Prembulo CAPTULO 100 = Princpios fundamentais da Doutrina Esprita, reconhecidos como verdades inconcussas CAPTULO 101 = APNDICE CAPTULO 102 = UM CASO DE SEGUNDA VISTA - Pgina indita de Allan kardec

  • 5

    BIOGRAFIA DE ALLAN KARDEC

    ainda sob o guante da dor profunda que nos causou a prematura partida do fundador da Doutrina Esprita, que nos abalanamos a uma tarefa, simples e fcil para suas mos sbias e experientes, mas cujo peso e gravidade nos esmagariam, se no contssemos com o auxilio eficaz dos bons Espritos e com a indulgncia dos nossos leitores.

    Quem, dentre ns, poderia, sem ser tachado de presunoso, lisonjear-se de possuir o esprito de mtodo e organizao de que se mostram iluminados todos os trabalhos do mestre? S a sua pujante inteligncia podia concentrar tantos materiais diversos, tritur-los e transform-los, para os espalhar em seguida, como orvalho benfazejo, sobre as almas desejosas de conhecer e de amar.

    Incisivo, conciso, profundo, sabia agradar e fazer compreendido numa linguagem simples e elevada ao mesmo tempo, to distanciada do estilo familiar, quanto das obscuridades da metafsica.

    Multiplicando-se incessantemente, pudera at agora bastar a tudo. Entretanto, o cotidiano alargamento de suas relaes e o contnuo desenvolvimento do Espiritismo lhe faziam sentir a necessidade de reunir em torno de si alguns auxiliares inteligentes e preparava simultaneamente a nova organizao da Doutrina e de seus labores, quando nos deixou, para ir, num mundo melhor, receber a sano da misso que desempenhara e coletar elementos para uma nova obra de devotamento e sacrifcio. Era sozinho!... Chamar-nos-emos legio e, por muito fracos e inexperientes que sejamos, nutrimos a con vico ntima de que nos conservaremos altura da situao, se, partindo dos princpios estabelecidos e de incontestvel evidncia, nos consagrarmos a executar, tanto quanto nos seja possvel e de acordo com as necessidades do momento, os projetos que ele pretendia realizar no futuro.

    Enquanto nos mantivermos nas suas pegadas e todos os de boa-vontade se unirem, num esforo comum pelo progresso e pela regenerao intelectual e moral da Humanidade, conosco estar o Esprito do grande filsofo e nos secundar com a sua influncia poderosa. Dado lhe seja suprir nossa insuficincia e nos possamos mostrar dignos do seu concurso, dedicando-nos obra com a mesma abnegao e a mesma sinceridade que ele, embora sem tanta cincia e inteligncia.

    Em sua bandeira, inscrevera o mestre estas palavras: Trabalho, solidariedade, tolerncia. Sejamos, como ele, infatigveis; sejamos, acordemente com os seus anseios, tolerantes e solidrios e no temamos seguir-lhe o exemplo, reconsiderando, quantas vezes forem precisas, os princpios ainda controvertdos. Tentemos avanar, antes com segurana e certeza, do que com rapidez, e no ficaro infrutferos os nossos esforos, se, como estamos persuadidos, e seremos os primeiros a dar disso exemplo, cada um cuidar de cumprir o seu dever, pondo de lado todas as questes pessoais, a fim de contribuir para o bem geral.

    Sob auspcios mais favorveis no poderamos entrar na nova fase que se abre para o Espiritismo, do que dando a conhecer aos nossos leitores, num rpido escoro, o que foi, durante toda a sua vida, o homem ntegro e honrado, o sbio inteligente e fecundo, cuja memria se transmitir aos sculos vindouros com a aurola dos benfeitores da Humanidade.

  • 6

    Nascido em Lio, a 3 de outubro de 1804, de uma famlia antiga que se distinguiu na magistratura e na advocacia, Allan Kardec (Hippolyte Lon Denizard Rivail) no seguiu essas carreiras. Desde a primeira juventude, sentiu-se inclinado ao estudo das cincias e da filosofia.

    Educado na Escola de Pestalozzi, em Yverdun (Sua), tornou-se um dos mais eminentes discpulos desse clebre professor e um dos zelosos propagandistas do seu sistema de educao, que to grande influncia exerceu sobre a reforma do ensino na Frana e na Alemanha.

    Dotado de notvel inteligncia e atrado para o ensino, pelo seu carter e pelas suas aptides especiais, j aos catorze anos ensinava o que sabia queles dos seus condiscpulos que haviam aprendido menos do que ele. Foi nessa escola que lhe desabrocharam as idias que mais tarde o colocariam na classe dos homens progressistas e dos livre-pensadores.

    Nascido sob a religio catlica, mas educado num pas protestante, os atos de intolerncia que por isso teve de suportar, no tocante a essa circunstncia, cedo o levaram a conceber a idia de uma reforma religiosa, na qual trabalhou em silncio durante longos anos com o intuito de alcanar a unificao das crenas. Faltava-lhe, porm, o elemento indispensvel soluo desse grande problema.

    O Espiritismo veio, a seu tempo, imprimir-lhe especial direo aos trabalhos.

    Concludos seus estudos, voltou para a Frana. Conhecendo a fundo a lngua alem, traduzia para a Alemanha diferentes obras de educao e de moral e, o que muito caracterstico, as obras de Fnelon, que o tinham seduzido de modo particular.

    Era membro de vrias sociedades sbias, entre outras, da Academia Real de Arras, que, em o concurso de 1831, lhe premiou uma notvel memria sobre a seguinte questo: Qual o sistema de estudos mais de harmonia com as necessidades da poca?