Observação de cortes histológicos de testículos e ovários ao M.O.C.

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RELATÓRIO DE ATIVIDADE PRÁTICA BIOLOGIA 12ºANO - Avaliação: ______(Total 60 pontos)Profª:______ Identificação Nome, número, turma, data de realização do trabalho Rafaela Silva nº20 12ºA - 6/10/2014 Título Identificar o trabalho a realizar (1,5p.) Observação de cortes histológicos de testículos e ovários ao M.O.C. Objetivos Identificar os objetivos que se pretendem atingir com a atividade prática. (5p.) Observar e identificar as diferentes estruturas que constituem as gónadas masculinas e femininas. Observar e identificar diferentes fases dos processos de espermatogénese e oogénese. Introdução teórica Elaborar um pequeno texto sobre conteúdo /conceitos/ princípios a serem estudados na atividade experimental prática.(5p.) Espermatogénese: A espermatogénese é o processo de formação de espermatozóides maduros, iniciando-se na puberdade e ocorrendo, de modo contínuo, durante o resto da vida do homem. Este processo ocorre nos tubos seminíferos dos testículos e compreende quatro fases: Fase de multiplicação: as espermatogónias (células germinativas) estão localizadas na periferia dos tubos seminíferos. Estas células entram em proliferação constante, dividindo-se através de mitoses sucessivas, a partir da puberdade. Fase de crescimento: as espermatogónias aumentam de volume, devido à síntese e acumulação de substâncias de reserva, originando espermatócitos I. Fase de maturação: cada espermatócito I divide-se por meiose. Da primeira divisão meiótica, resultam dois espermatócitos II. Nos espermatócitos II, ocorre a segunda fase da divisão meiótica, originando-se quatro espermatídeos. Fase de diferenciação (espermiogénese): os espermatídeos sofrem transformações, como perda de grande parte do citoplasma, reorganização dos organelos citoplasmáticos e diferenciação de um flagelo a partir dos centríolos, transformando-se em espermatozóides. Oogénese: A oogénese dá-se em simultâneo com a evolução e desenvolvimento dos folículos ováricos e ambos os fenómenos têm início durante o desenvolvimento embrionário da mulher. Os folículos podem ser classificados de acordo com o seu estado de desenvolvimento: Folículo primordial: forma-se durante o desenvolvimento embrionário e é constituído por uma célula germinativa rodeada por células foliculares achatadas. Folículo primário: a partir da puberdade e cerca de uma vez por mês, um folículo primordial começa a crescer dentro de um dos ovários. O oócito I aumenta de volume e verifica-se uma proliferação das células foliculares, até formarem uma camada contínua. Folículo secundário: continua a verificar-se o crescimento do folículo devido ao contínuo aumento do oócito I e à proliferação das células foliculares que formam a camada granulosa. Entre o oócito I e esta camada forma-se uma outra, acelular, constituída apenas por substâncias orgânicas, denominada zona pelúcida. Surge, ainda, outra camada de células a rodear o folículo – a teca. Folículo terciário (pré-maduro): o oócito I continua a aumentar de tamanho e as células da camada granulosa a proliferar. Dá-se a formação de cavidades na camada granulosa e a teca diferencia-se em teca interna e externa. Folículo maduro ou de Graaf: as cavidades foliculares continuam a aumentar de tamanho até que acabam por se fundir, originando uma única cavidade folicular. Esta cavidade fica rodeada por uma camada granulosa que inclui um conjunto de células a rodear o já formado oócito II.

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Observação e identificação das diferentes estruturas que constituem as gónadas masculinas e femininas. Observação e identificação de diferentes fases dos processos de espermatogénese e oogénese.

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  • RELATRIO DE ATIVIDADE PRTICA BIOLOGIA 12ANO - Avaliao: ______(Total 60 pontos)Prof:______

    Identificao Nome, nmero, turma, data de realizao do trabalho

    Rafaela Silva n20 12A - 6/10/2014

    Ttulo Identificar o trabalho a realizar (1,5p.)

    Observao de cortes histolgicos de testculos e ovrios ao M.O.C.

    Objetivos Identificar os objetivos que se pretendem atingir com a atividade prtica. (5p.)

    Observar e identificar as diferentes estruturas que constituem as gnadas masculinas e femininas. Observar e identificar diferentes fases dos processos de espermatognese e oognese.

    Introduo terica Elaborar um pequeno texto sobre contedo /conceitos/ princpios a serem estudados na atividade experimental prtica.(5p.)

    Espermatognese: A espermatognese o processo de formao de espermatozides maduros, iniciando-se na puberdade e ocorrendo, de modo contnuo, durante o resto da vida do homem. Este processo ocorre nos tubos seminferos dos testculos e compreende quatro fases:

    Fase de multiplicao: as espermatognias (clulas germinativas) esto localizadas na periferia dos tubos seminferos. Estas clulas entram em proliferao constante, dividindo-se atravs de mitoses sucessivas, a partir da puberdade.

    Fase de crescimento: as espermatognias aumentam de volume, devido sntese e acumulao de substncias de reserva, originando espermatcitos I.

    Fase de maturao: cada espermatcito I divide-se por meiose. Da primeira diviso meitica, resultam dois espermatcitos II. Nos espermatcitos II, ocorre a segunda fase da diviso meitica, originando-se quatro espermatdeos.

    Fase de diferenciao (espermiognese): os espermatdeos sofrem transformaes, como perda de grande parte do citoplasma, reorganizao dos organelos citoplasmticos e diferenciao de um flagelo a partir dos centrolos, transformando-se em espermatozides.

    Oognese: A oognese d-se em simultneo com a evoluo e desenvolvimento dos folculos ovricos e ambos os fenmenos tm incio durante o desenvolvimento embrionrio da mulher. Os folculos podem ser classificados de acordo com o seu estado de desenvolvimento:

    Folculo primordial: forma-se durante o desenvolvimento embrionrio e constitudo por uma clula germinativa rodeada por clulas foliculares achatadas.

    Folculo primrio: a partir da puberdade e cerca de uma vez por ms, um folculo primordial comea a crescer dentro de um dos ovrios. O ocito I aumenta de volume e verifica-se uma proliferao das clulas foliculares, at formarem uma camada contnua.

    Folculo secundrio: continua a verificar-se o crescimento do folculo devido ao contnuo aumento do ocito I e proliferao das clulas foliculares que formam a camada granulosa. Entre o ocito I e esta camada forma-se uma outra, acelular, constituda apenas por substncias orgnicas, denominada zona pelcida. Surge, ainda, outra camada de clulas a rodear o folculo a teca.

    Folculo tercirio (pr-maduro): o ocito I continua a aumentar de tamanho e as clulas da camada granulosa a proliferar. D-se a formao de cavidades na camada granulosa e a teca diferencia-se em teca interna e externa.

    Folculo maduro ou de Graaf: as cavidades foliculares continuam a aumentar de tamanho at que acabam por se fundir, originando uma nica cavidade folicular. Esta cavidade fica rodeada por uma camada granulosa que inclui um conjunto de clulas a rodear o j formado ocito II.

  • Corpo lteo ou amarelo: o crescimento do folculo de Graaf cause uma salincia na superfcie do ovrio, que acaba por provocar a sua ruptura e libertar o ocito II ovulao. Aps a ovulao, a parede do ovrio cicatriza. As clulas foliculares que permaneceram no folculo proliferam, aumentam de tamanho e adquirem funo secretora e uma cor amarela, da a designao corpo amarelo.

    A oognese acompanhada da maturao dos folculos ovricos, num processo que compreende quatro fases:

    Fase de multiplicao: durante o desenvolvimento embrionrio, as oognias (clulas germinativas) multiplicam-se, por mitoses sucessivas.

    Fase de crescimento: as oognias aumentam de volume, devido sntese e acumulao de substncias de reserva, originando os ocitos I. Estes iniciam a primeira diviso meitica, que fica bloqueada em profase I.

    Fase de repouso: Os ocitos no sofrem alteraes, sendo que durante esta fase se d apenas a degenerao de grande parte dos folculos primordiais.

    Fase de maturao: atingida a puberdade, o desenvolvimento dos ocitos I retomado. O ocito, que se encontrava em prfase I, finaliza a primeira diviso meitica e inicia a segunda, originando duas clulas haplides diferentes: uma maior, o ocito II (parado em metafase II), e uma de menor tamanho, o 1 glbulo polar, que acaba por se degenerar. Caso haja fecundao, a meiose II completa-se, formando o vulo e o 2 glbulo polar, que sofre tambm degenrao.

  • Material Listar o material necessrio para a realizao da atividade. (2p.)

    Preparao definitiva de testculo de coelho

    Preparao definitiva de ovrio maduro de gata

    Preparao definitiva de ovrio senil humano

    Microscpio ptico composto (M.O.C.)

    Material de desenho

    Registo de observaes (observaes microscpicas Registo da ampliao e elaborao da respetiva legenda) (15 p.)

    Testculo

    Ampliao: 15 x 10

    Ovrio maduro

    Ampliao: 15 x 5

  • Observaes sobre os esquemas realizados: (15 p.)

    Nesta representao da preparao dos testculos, podemos observar espermatognias (1), clulas caracterizadas por se encontrarem na periferia do tubo seminfero; espermatcitos I e espermatcitos II (6) (impossveis, nesta imagem, de distinguir entre si) que se encontram na zona entre o lmen do tubo seminfero e a zona perifrica do mesmo; espermatdeos (5), clulas que antecedem os espermatozides e que se encontram junto do lmen do tubo seminfero; clulas de Leydig (4), que se encontram nos espaos entre tubos.

    Ovrio senil

    Ampliao: 15 x 10

    Testculo

    Ampliao: 15 x 10

    1. Tubo seminfero

    3. Lmen

    4. Clulas de Leydig

    2. Espermatognias

    5. Espermatdeos 6. Espermatcitos I e II

  • Este folculo pode ser identificado como tercirio ou pr-maduro por ser possvel identificar o ocito I, a zona pelcida, a camada granulosa, uma cavidade folicular e a teca. O que o distingue de um folculo maduro ou de Graaf so as cavidades foliculares pouco definidas, sendo que o que o distingue de um folculo secundrio a diferenciao entre teca externa e interna e o tamanho do ocito I.

    Ovrio maduro

    Ampliao: 15 x 5

    Folculo Tercirio

    Folculos Primordiais

    Teca interna

    Ocito I

    Zona pelcida

    Camada granulosa

    Cavidade folicular

    Ovrio maduro

    Ampliao: 15 x 10

    Teca externa

    Aparente citocinese

    Folculo em degenerao,

    aparentemente

  • Concluso Apresentar as concluses obtidas aps as observaes realizadas. (10p.)

    Conclui-se desta actividade que as amostras histolgicas dos testculos e dos ovrios apresentam estruturas intracelulares diferenciadas. Uma anlise comparativa revela a presena de um processo mittico nos ovrios contrariamente amostra dos testculos. No entanto, e embora o corte dos testculos no permita observar a ocorrncia de divises celulares, sabido que no homem estas ocorrem a partir da puberdade, contrariamente ao que acontece na mulher, onde tm incio na vida embrionria. No que respeita s amostras dos ovrios pr-maduro (jovem) e senil, conclui-se que a existncia do corpo amarelo ou lteo determinante para distinguir as duas amostras. No caso da amostra do ovrio pr-maduro, a ausncia deste corpo indica que ainda no ocorreu a ovulao, enquanto que na amostra do ovrio senil a existncia do lteo (em grande quantidade) indica que a mulher atingiu a fase da menopausa. Em suma, a anlise dos cortes histolgicos permitiu observar e identificar os diferentes tecidos celulares que constituem os testculos e os ovrios, que desempenham um papel preponderante no processo reprodutivo.

    Crtica Na crtica podem ser referidos aspetos relativos forma como decorreu a atividade. (1,5p.)

    Durante a actividade prtica deparei-me com algumas dificuldades, entre elas a identificao dos diferentes folculos nos ovrios, para alm de ter conseguido apenas observar um folculo tercirio, alguns primordiais e alguns corpos lteos. Durante a observao do corte histolgico do testculo, tive tambm problemas em distinguir espermatcitos I e espermatcitos II e foi-me impossvel observar espermatozides. Ainda assim, e apesar de todas as contrariedades, sinto que esta actividade laboratorial me ajudou a compreender melhor os processos e estruturas envolvidos na produo dos gmetas masculinos e femininos.

    Ovrio senil

    Ampliao: 15 x 10

    Corpos lteos