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OBSERVATÓRIO DO TRABALHO

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BOLETIM

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BOLETIM –– –– Ano Referência

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MICRORREGIÃO

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MICRORREGIÃO PIRAPORA

PIRAPORA

PIRAPORA

PIRAPORA

NÚMERO 01 JAN/2014

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MICRORREGIÃO PIRAPORA – JAN/2014

Observatório do Trabalho no Norte de Minas - Grupo de Estudos e Pesquisa em Administração

SUMÁRIO

O BOLETIM DO OBSERVATÓRIO DO TRABALHO....................................................................... 3

A MICRORREGIÃO DE PIRAPORA................................................................................................... 4

CARACTERÍSTICAS GERAIS............................................................................................................. 4

ANÁLISE ECONÔMICA....................................................................................................................... 6

ANÁLISE DO MERCADO DE TRABALHO....................................................................................... 7

Análise dos estabelecimentos.............................................................................................................. 7

Os vínculos: por município, faixa etária e escolaridade...................................................................... 8

Análise de remuneração.................................................................................................................... 10

Tempo de emprego............................................................................................................................ 11

CARACTERIZAÇÃO DOS MUNICÍPIOS......................................................................................... 12

Buritizeiro ......................................................................................................................................... 12

Ibaí .................................................................................................................................................... 13

Jequitaí.............................................................................................................................................. 14

Lagoa dos Patos................................................................................................................................. 15

Lassance............................................................................................................................................ 16

Pirapora............................................................................................................................................. 17

Riachinho.......................................................................................................................................... 18

Santa Fé de Minas............................................................................................................................. 19

São Romão........................................................................................................................................ 20

Várzea da Palma................................................................................................................................ 21

INDICADORES SÓCIOECONÔMICOS............................................................................................ 22

A MICRORREGIÂO versus MESORREGIÃO................................................................................... 26

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O BOLETIM DO OBSERVATÓRIO DO TRABALHO O presente Boletim do Observatório do Trabalho no Norte de Minas surgiu como

resultado de um projeto de pesquisa coordenado pelo Professor Doutor Roney Versiani Sindeaux e co-coordenado pela Professora Mestre Simone Viana Duarte, ambos da Universidade Estadual de Montes Claros – Unimontes.

O projeto de pesquisa denominado Observatório do Trabalho no Norte de Minas é executado pelos professores supracitados juntamente com acadêmicos pesquisadores e voluntários, no Grupo de Estudos e Pesquisas em Administração (GEPAD). Entre seus objetivos busca-se identificar a situação inicial do mercado de trabalho no Norte de Minas, tendo como base os anos 2011/2012 e a partir de então, um acompanhamento que possibilite aos gestores públicos da região uma melhor orientação acerca de políticas públicas voltadas para capacitação de mão-de-obra, incentivo à determinados setores da economia e apontamento de oportunidades para se empreender.

No âmbito do mercado de trabalho, o foco a ser abordado é conforme o entendimento do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE, 2010) nas relações de emprego, estabelecidas sempre que ocorre trabalho remunerado. São consideradas como vínculos as relações de trabalho dos celetistas, dos estatutários, dos vínculos regidos por contratos temporários, por prazo determinado, e dos empregados avulsos, quando contratados por sindicatos. O número de empregos em determinado período de referência corresponde ao total de vínculos empregatícios efetivados, assim o número de empregos difere do número de pessoas empregadas, uma vez que o indivíduo pode estar acumulando, na data de referência, mais de um emprego.

O banco de dados do MTE disponibiliza registros de perfil dos empregados e dos estabelecimentos empregadores em uma série histórica. A proposta é transformar dados em informações úteis para o tomador de decisões público e privado interessado. A opção é pelo mercado formal mesmo que com registros incompletos, pela possibilidade de trabalhar com dados confiáveis.

É com vistas a estes propósitos e com base nos dados disponibilizados pelo Ministério do Trabalho e Emprego, relacionado com outras fontes como Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, Índice Mineiro de Responsabilidade Social (IMRS), dentre outros, que as análises aqui foram realizadas.

Por fim, expresso aqui todo desejo que este trabalho seja de utilidade pública e que constitua para os leitores fonte de reflexão, crítica, entendimento e orientação prática sobre o mercado de trabalho no Norte de Minas.

Boa leitura.

Grupo de Estudos e Pesquisas em Administração (GEPAD – UNIMONTES)

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MICRORREGIÃO PIRAPORA – JAN/2014

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A MICRORREGIÃO DE PIRAPORA CARACTERÍSTICAS GERAIS

O Estado de Minas Gerais é composto hoje por cerca de doze mesorregiões e sessenta e seis microrregiões. Uma das mesorregiões, localizado ao norte do Estado refere-se à Norte de Minas, composta por sete microrregiões, sendo uma delas a de Pirapora.

A microrregião de Pirapora está dividida em dez municípios: Buritizeiro, Ibiaí, Jequitaí, Lagoa dos Patos, Lassance, Pirapora, Riachinho, Santa Fé de Minas, São Romão e Várzea da Palma. Possui uma população estimada em 165.683 habitantes (IMRS, 2011) e área total de 23.068 Km² (IBGE, 2011).

Os dados referentes à região apontam expectativa de vida da população de 72,73 anos; taxa de fecundidade de 2,60 por mulher (em período reprodutivo, entre 15 e 49 anos) e; mortalidade infantil de 19,1 por cada mil habitantes (Atlas, 2013).

A taxa de analfabetismo da população de 25 anos ou mais de idade é de 19,33%, e o percentual da população de 6 a 17 anos de idade frequentando o ensino básico que não tem atraso idade-série, em torno de 69,42%. A taxa de frequência bruta ao ensino superior é de 25,11% (se levado em consideração o número total de pessoas de qualquer idade frequentando o ensino superior e a população na faixa etária de 18 a 24 anos).

Em termos de renda e distribuição social, a microrregião apresenta os seguintes dados: - Renda per capita média - R$ 356,21; - Renda domiciliar per capita máxima do quinto mais pobre - R$ 120,55; - Renda domiciliar per capita máxima do 2º quinto mais pobre -R$ 194,93; - Renda domiciliar per capita máxima do 3º quinto mais pobre - R$ 292,42; - Renda domiciliar per capita máxima do 4º quinto mais pobre - R$ 472,22; - Renda domiciliar per capita mínima do décimo mais rico -R$ 650,73. Quando analisado os índices de distribuição de renda e pobreza, percebe-se que a

microrregião tem um Índice de Gini médio de 0,48. O Índice de Gini, segundo o Atlas (2013), mede o grau de desigualdade existente na distribuição de indivíduos segundo a renda domiciliar per capita. Seu valor varia de 0, quando não há desigualdade (a renda domiciliar per capita de todos os indivíduos tem o mesmo valor), a 1, quando a desigualdade é máxima (apenas um indivíduo detém toda a renda).A proporção de extremamente pobres é de 10,28%, a proporção de pobres é de 26,14% e a proporção de vulneráveis à pobreza de 55,51% do total da população da microrregião.

O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal médio da microrregião é de 0,643; o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal médio - Dimensão Educação 0,552; o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal médio - Dimensão Longevidade é de 0,796; o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal médio - Dimensão Renda 0,606.

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Fonte: Elaborado pelo próprio autor. Fonte de dados Atlas do Desenvolvimento Humano.

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MICRORREGIÃO PIRAPORA – JAN/2014

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ANÁLISE ECONÔMICA

Fonte: Elaborado pelo próprio autor. Fonte de dados: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.

Fonte: Elaborado pelo próprio autor. Fonte de dados: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.

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ANÁLISE DO MERCADO DE TRABALHO Análise dos estabelecimentos

A microrregião de Pirapora apresenta no ano de 2012 aproximadamente 87% dos seus estabelecimentos do tipo micro empresa (até 9 vínculos) em um total de 2724 estabelecimentos.

A composição dos setores na microrregião por grande setor tem como aquele com maior número de estabelecimentos o Comércio (37,78%), seguido por Serviços (29%) e Agricultura (23,24%). Os setores Indústria e Construção apresentam o menor número de estabelecimentos na microrregião, 6,06% e 3,93%, respectivamente. Observa-se que entre os subsetores da economia, o subsetor 12, indústria de calçados, não possui estabelecimentos. Observa-se também um crescimento de 2% no número de estabelecimentos se comparado ao ano de 2011.

Os subsetores acompanham a dinâmica de apresentarem a maior parte dos estabelecimentos com até dez vínculos, salvo o subsetor Administração Pública que apresenta 42,31% dos estabelecimentos com mais de 100 vínculos. E os subsetores Indústria Têxtil (21,43%), seguido da Indústria Química (16,67%) e a Indústria Metalúrgica (16,22%) apresentam estabelecimentos com mais de 50 vínculos, em especial a Indústria Têxtil que apresenta um estabelecimento com mais de 1000 vínculos e a Indústria Metalúrgica que possui quatro estabelecimentos com até 900 vínculos.

A microrregião de Pirapora apresenta a distribuição dos estabelecimentos bem concentrada em três municípios: Pirapora (40,79%), Várzea da Palma (23,31%) e Buritizeiro (16,78%). Os demais municípios apresentam baixa participação, oscilando entre 1,17% e 4,26%.

Ao analisar a dinâmica dos estabelecimentos por município, percebe-se que a maioria dos municípios segue a lógica de 90% dos estabelecimentos com até dez vínculos, 10% com até cem vínculos, e um valor percentual residual de estabelecimentos com mais de cem vínculos. Em destaque, os municípios de Lagoa dos Patos e Lassance que apresentam valores percentuais de estabelecimentos com mais de cem vínculos próximos aos 4%.

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MICRORREGIÃO PIRAPORA – JAN/2014

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Os vínculos: por município, faixa etária e escolaridade.

A distribuição dos vínculos por município na microrregião apresenta-se concentrada em três municípios que, juntos, são responsáveis por quase 84% dos vínculos. Sendo estes, Pirapora (45,51%), Várzea da Palma (24,95%) e Buritizeiro (13,63%). Observa-se ainda que, apenas Lassance e São Romão apresentam percentual de participação acima de 3%, sendo os outros cinco municípios responsáveis por pouco mais de 8% dos vínculos, e nenhum deles com participação superior a 3%.

Analisada a distribuição dos vínculos por tamanho de estabelecimento, observa-se na microrregião um comportamento diferenciado, a maior concentração de vínculos se dá nas micro e grandes empresas. As empresas com mais de mil vínculos são responsáveis por 12%, àquelas com mais de quinhentos vínculos por 16%, e aquelas com mais de duzentos e cinquenta por 11% do total de vínculos; do outro lado, as empresas com até quatro vínculos são responsáveis por 12% e as com até nove vínculos responsáveis por 10%. Ressalta-se, portanto, a interferência da Administração Pública, Indústria Metalúrgica e Indústria Têxtil, sendo estes subsetores os grandes responsáveis pelo alto número de vínculos em grandes empresas, aquelas com mais de 250 vínculos empregatícios.

Em termos de características dos vínculos, a microrregião de Pirapora apresenta 70% dos seus vínculos trabalhistas relativos às pessoas do sexo masculino frente aos 30% do sexo feminino, apresentando um acréscimo de 6% para o grupo masculino e respectiva ao grupo feminino. Observa-se ainda, que quanto à faixa etária, apresenta-se uma distribuição com uma maior concentração de vínculos nas faixas etárias entre 18 e 49 anos, com destaque entre 30 e 39 anos (30,61% - aumento de 2% frente à 2011). É perceptível ainda a existência de vínculos de trabalhadores com menos de dezoito anos na microrregião, cerca de cento e dezoito, no entanto não chegam a somar 0,5% do total de vínculos. Quanto à faixa etária acima dos sessenta e cinco anos, observa-se participação irrisória, com pouco mais de 0,6% de participação. As faixas com maior participação são a de 30 a 39 anos (30,61%), a de 40 a 49 anos (21,98%), a de 18 a 24 anos (16,61%) e seguidas pela de 25 a 29 (16,23%) e pela de 50 a 64 anos (13,45%). Ressalta-se que, em nenhuma das cidades, o comportamento da composição etária se faz diferente; o intervalo etário de 18 a 49 anos é responsável, em média, por 70% a 85% do total de vínculos nos municípios.

A microrregião de Pirapora apresenta ainda, segundo os níveis de escolaridade, uma perspectiva de baixa escolaridade, ao ter um percentual alto dos vínculos (55,60%) sem ter o ensino médio completo, apresentando certa regressão frente à 2011, quando tinha menos de 51% sem ensino médio completo. Observa-se ainda, que 40,88% dos vínculos apresenta ensino médio completo, e que um percentual mínimo extrapolou esse nível de escolaridade (9,8%), sendo que 8% apresenta ensino superior completo e outros 1,8% apresenta formação superior incompleta ou em curso.

Quando analisadas as participações percentuais por sexo, observa-se uma participação maior entre vínculos relacionados aos homens (64%) frente às mulheres (36%). Em valores absolutos, a diferença é de pouco mais que sete mil e cem trabalhadores. Analisados os aspectos de escolaridade por sexo, percebe-se que os vínculos relacionados às mulheres apresentam uma escolaridade superior. Conquanto para os homens, o nível de vínculos com escolaridade superior ao ensino médio é de exatos 5,03%, para as mulheres, esse percentual

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ultrapassa os 18%. O próprio nível de escolaridade "Ensino Médio" apresenta uma maior participação quando do sexo feminino (49%) do que para o sexo masculino (36%). Observa-se ainda a participação relevante que os níveis de ensino "Fundamental Incompleto" e "Até 5ª série incompleta" apresentam para os vínculos de sexo masculino, com 23% e 10% de participação, respectivamente.

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Análise de remuneração

A microrregião de Pirapora apresenta a remuneração dos vínculos trabalhistas fortemente concentrados nas faixas de menor valor. Observa-se que 12% dos vínculos apresentam remuneração média de até um salário mínimo (aumento de 2% frente à 2011), outros 43% entre um salário mínimo a um e meio (diminuição de 1% frente à 2011), 21% entre um e meio e dois salários mínimos, e 14% entre dois e três (valores permanecem frente à 2011). Os outros 7% residuais distribuem-se em demais faixas com valores de remuneração até o valor superior a vinte salários mínimos, sendo as últimas faixas com percentuais inferiores a 0,5% do total de vínculos. Analisada a remuneração em cada um dos grandes setores, observa-se que em todos os setores, a faixa salarial que apresenta o maior número de vínculos é a de um salário mínimo até um salário mínimo e meio. ainda que os setores: Indústria e Construção Civil apresentam grande concentração de empregados recebendo de um salário mínimo e meio a três salários mínimos.

Observa-se também a centralização de vínculos nas três primeiras faixas no setor Comércio (77% - aumento de 1% frente à 2011) e a centralização de vínculos, com percentuais significativos nas faixas entre um salário mínimo e meio até três salários, sendo os setores: Construção Civil (49%), Indústria (46% - diminuição de 1% frente à 2011), Agropecuária (35%) e Serviços (34% - aumento de 4% frente à 2011).

A microrregião de Pirapora apresenta, entre os municípios integrantes, uma composição de remuneração bem diferenciada. O município de Ibiaí destaca-se pela forte concentração de vínculos nas faixas de menor valor de remuneração, 83% dos vínculos apresentam remuneração de até um salário mínimo e meio e em 2012 com 64%. Em outrora, 2011, o município destaque era Lassance com 70% e em 2012 com 61%, apresentando uma desconcentração. Observa-se que em 2011 e 2012, os demais municípios que compõe a microrregião de Pirapora apresentam variação de 45% a 67% dos vínculos nas três primeiras faixas de ganho. Apresenta no segundo grupo de remuneração (entre um salário mínimo e meio e três salários mínimos) percentual superior aos 14% dos vínculos. Destaca-se nesse segundo grupo o município de Várzea da Palma com 43% dos vínculos neste e Buritizeiro que permaneceu com os 40% neste grupo, e ainda destaca-se o município de Ibiaí que em 2012 apresentou 14%, e já em 2011 com 31% dos vínculos neste, caracterizando uma desconcentração. O terceiro grupo de faixas de remuneração (acima de três salários mínimos) tem como destaque os municípios de São Romão, Pirapora e Várzea da Palma por apresentaram percentual acima dos 10% dos vínculos neste grupo. Negativamente, destaca-se Ibiaí, Lagoa dos Patos, Santa Fé de Minas e Jequitaí ao apresentar percentual abaixo dos 5% dos vínculos neste grupo.

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Tempo de emprego

A microrregião de Pirapora apresenta uma interessante distribuição de tempo de permanência dos empregados, 54% dos vínculos hoje mantidos apresentam mais de dois anos na mesma empresa em que hoje se encontram, destaca-se ainda que destes, 15% estão a mais de dez anos (aumento de 1% em relação a 2011). Os outros 47% apresentam menos de dois anos de empresa, sendo que apenas 18% apresentam menos de seis meses de vinculação. Analisados os grandes setores (Indústria, Construção Civil, Comércio, Serviços e Agropecuária) observa-se que os setores Comércio e Agropecuária com distribuição similar dos vínculos dentre as faixas de tempo de permanência, nestes setores, entre 34% e 37% dos vínculos apresentam mais de dois anos numa mesma empresa. O setor de Serviços se destaca ao apresentar 56% dos vínculos com mais de três anos de empresa, sendo 29% com mais de dez anos (aumento de 5% em relação a 2011). A construção Civil por outro lado apresenta situação oposta, 66% dos vínculos apresentam menos de um ano de empresa, sendo destes 48% com menos de seis meses. A indústria apresenta uma distribuição de vínculos com o tempo maior de permanência na empresa, apresentando 67% com mais de dois anos (aumento de 8% frente a 2011), sendo destes, 35% com mais de cinco anos, e os outros 34% permanecem menos de dois anos na empresa (diminuição de 6% em comparação à 2011).

Observa-se que na microrregião de Pirapora o tempo de permanência dos empregados apresenta uma distribuição bem homogênea nos intervalos de tempo. Os municípios de Lagoa dos Patos, São Romão, Riachinho e Santa Fé de Minas apresentam mais de 34% dos seus trabalhadores com mais de cinco anos de empresa, em destaque, Lagoa dos Patos com 52% e São Romão com 44%. Os municípios de Ibiaí, Buritizeiro e Lassance apresentam respectivamente no máximo 68% dos empregados com até um ano de trabalho na empresa, em destaque Ibiaí com os 68%. Por fim, os municípios de Buritizeiro, São Romão e Várzea da Palma apresentam mais de 28% dos empregados com tempo de emprego entre dois e cinco anos na empresa.

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MICRORREGIÃO PIRAPORA – JAN/2014

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CARACTERIZAÇÃO DOS MUNICÍPIOS Buritizeiro

O município de Buritizeiro apresenta 38% dos estabelecimentos estão na agricultura, o comércio com 30%, o serviços com 26%, a indústria com 4% e construção civil com 2%. Observa-se que, no setor de serviços, os subsetores em destaque são: i) Transporte e Comunicações, ii) Administração Técnica profissional (9%, cada), os demais subsetores de serviços a participação, somados, representam 8%.

O município conta ainda com 94% dos estabelecimentos com até dezenove vínculos empregatícios, sendo o restante (6%) relativo à estabelecimentos do setor agricultura e dos setores administração técnica profissional e administração pública, que esta última possui estabelecimento com 500 a 999 vínculos, podendo ser a prefeitura municipal.

Ao analisar os vínculos empregatícios no município, observa-se que 69% destes são referentes aos homens, e 31% às mulheres. Em termos de faixa etária a de 30 a 39 anos destaca-se, sendo característica de 30% dos vínculos, seguida de 40 a 49 com 23%.

Quanto à escolaridade, observou-se que a maior parte dos vínculos (33% - aumento de 2% frente à 2011) apresenta o ensino médio completo, seguido pelo ensino superior completo (5%) e ensino médio incompleto (8%). Observa-se ainda que, quanto ao ensino superior, o número de mulheres com esta escolaridade é duas vezes maior que a dos homens.

Quando discutida a alocação dos vínculos nos estabelecimentos segundo critério de porte destes, verifica-se que no município, 19% dos vínculos estão alocados em estabelecimento com 500 a 999 vínculos, 13% estão em um estabelecimento da agricultura com 250 a 499 vínculos e 18% estão alocados em estabelecimento com 20 a 49 vínculos.

Os vínculos em Buritizeiro apresentam um alto tempo de permanência nos estabelecimentos, sendo que 62% permanecem mais de dois anos, destes 26% apresentam mais de cinco anos de vinculação. Observa-se que o setor de serviços, o maior empregador, puxa o alto tempo de permanência ao apresentar 45% dos vínculos com mais de cinco anos.

Em termos de remuneração, verificou-se que 52% dos vínculos no município tem remuneração de até um e meio salário mínimo, seguido de 40% com até três salários mínimos e 6% entre três e dez salários mínimos. A minoria, 0,26%, recebem acima de dez salários mínimos de remuneração

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Ibaí

O município de Ibiaí apresenta poucos estabelecimentos relacionados aos setores indústria e construção civil, tendo cada um dos dois setores, participação de 6% e 4%, respectivamente, no total de estabelecimentos no município. O setor de serviços responsável por 18%, o comércio por 42% e a agricultura por 30% dos estabelecimentos.

O município conta ainda com 97% dos estabelecimentos com até dezenove vínculos empregatícios, sendo o restante (1,5%) relativo à um estabelecimento que tem entre 20 e 49 vínculos pertencente a agricultura, e os outros 1,5% com 250 a 499 vínculos, sendo este último relacionado à administração pública, podendo ser a prefeitura municipal.

Ao analisar os vínculos empregatícios no município, observa-se que 44% destes são referentes aos homens (queda de 18% frente à 2011),e 56% às mulheres. Em termos de faixa etária a de 30 a 39 anos destaca-se, sendo característica de 36% dos vínculos, seguida de 40 a 49 com 18%.

Quanto à escolaridade, observou-se que a maior parte dos vínculos (31%) apresenta o ensino médio completo, seguido pelos que possuem até a 5ª série incompleta (16%), ensino fundamental completo (10%) e ensino superior completo (8%). Observa-se ainda que, quanto ao ensino superior, o número de mulheres com esta escolaridade é quatro vezes maior que a dos homens.

Quando discutida a alocação dos vínculos nos estabelecimentos segundo critério de porte destes, verifica-se que no município, 65% dos vínculos estão alocados em estabelecimento com 250 a 499 vínculos. E apenas 20% estão alocados em estabelecimento com até vinte vínculos.

Os vínculos em Ibiaí apresentam um tempo de permanência relativamente baixo nos estabelecimentos, sendo que 60% apresentam de seis meses a doze meses de vinculação. Observa-se que o setor de serviços, o maior empregador, puxa o alto tempo de permanência ao apresentar 12% dos vínculos com mais de dez anos de vinculação, e 82% dos vínculos com até um ano.

Em termos de remuneração, verificou-se que 83% dos vínculos no município tem remuneração de até um e meio salário mínimo, seguido de 14% com até três salários mínimos e 3% entre três e dez salários mínimos.

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Jequitaí

O município de Jequitaí apresenta o setor de serviços responsável por 21%, o comércio por 28% e a agricultura por 47%, a indústria por 2,35% e a construção civil por 1% dos estabelecimentos. Observa-se ainda, no setor de serviços, a existência de estabelecimentos apenas em três subsetores: i) Transporte e Comunicações; ii) Alojamento e Comunicação; iii) Administração Pública; iv) Administração Técnica Profissional; e v) Instituição Financeira.

O município conta ainda com 94% dos estabelecimentos com até dezenove vínculos empregatícios, sendo o restante (20%) relativo à estabelecimentos que tem entre 20 e 99 vínculos pertencente a agricultura, e os outros 1% com 250 a 499 vínculos, sendo este último relacionado à administração pública, podendo ser a prefeitura municipal

Ao analisar os vínculos empregatícios no município, observa-se que 64% destes são referentes aos homens e 36% às mulheres. Em termos de faixa etária a de 30 a 39 anos destaca-se, sendo característica de 29% dos vínculos, seguida de 40 a 49 com 24%.

Quanto à escolaridade, observou-se que a maior parte dos vínculos (22%) apresenta o ensino médio completo, seguido pelo ensino fundamental até a 5ª série completa (17%) e ensino superior completo (14%). Observa-se ainda que, quanto ao ensino superior, o número de mulheres com esta escolaridade é cinco vezes maior que a dos homens.

Quando discutida a alocação dos vínculos nos estabelecimentos segundo critério de porte destes, verifica-se que no município, 37% dos vínculos estão alocados em estabelecimento com 250 a 499 vínculos. E outros 63% estão alocados em estabelecimento com até 99 vínculos.

Os vínculos em Jequitaí apresentam um tempo de permanência relativamente alto nos estabelecimentos, sendo que 30% apresentam mais de cinco anos de vinculação. Observa-se que o setor de serviços, o maior empregador, puxa o alto tempo de permanência ao apresentar 90% dos vínculos com mais de dois anos de vinculação, sendo destes, 51% dos vínculos com mais de cinco anos.

Em termos de remuneração, verificou-se que 66% dos vínculos no município tem remuneração de até um e meio salário mínimo, seguido de 28% com até três salários mínimos e 5% entre três e dez salários mínimos.

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Lagoa dos Patos

O município de Lagoa dos Patos destaca-se por apresentar apenas um subsetor da indústria, sendo este responsável por 6,25%, o setor de construção civil por 6,25%, o serviços por 28%, a agricultura por 22% e o comércio por 37% dos estabelecimentos. Observa-se ainda, no setor de serviços, a existência de estabelecimentos apenas em quatro subsetores: i) Instituições Financeiras; ii) Alojamento e Comunicação; iii) Administração Pública; e iv) Administração Técnica Profissional.

O município conta ainda com 94% dos estabelecimentos com até dezenove vínculos empregatícios, sendo o restante (6%) relativo à estabelecimento que tem de 50 a 499 vínculos, sendo um da agricultura, e outro relacionado à administração pública, podendo ser a prefeitura municipal.

Ao analisar os vínculos empregatícios no município, observa-se que 58% destes são referentes aos homens e 42% às mulheres. Em termos de faixa etária a de 30 a 39 anos destaca-se, sendo característica de 30% dos vínculos, seguida de 40 a 49 com 26% e 21% com 50 a 64 anos.

Quanto à escolaridade, observou-se que a maior parte dos vínculos (26%) apresenta o ensino fundamental com a 5ª série completa, seguido pelo ensino médio completo (24%) e ensino superior completo (21%). Observa-se ainda que, quanto ao ensino superior, o número de mulheres com esta escolaridade é sete vezes maior que a dos homens.

Quando discutida a alocação dos vínculos nos estabelecimentos segundo critério de porte destes, verifica-se que no município, 60% dos vínculos estão alocados em estabelecimento com 100 a 249 vínculos. E os outros 40% estão alocados em estabelecimento com até noventa e nove vínculos.

Os vínculos em Lagoa dos Patos apresentam um tempo de permanência relativamente alto nos estabelecimentos, sendo que 65% apresentam mais de dois anos de vinculação. Observa-se que o setor de serviços, o maior empregador, puxa o alto tempo de permanência ao apresentar 94% dos vínculos com mais de dois anos de vinculação, sendo destes, 79% dos vínculos com mais de cinco anos.

Em termos de remuneração, verificou-se que 66% dos vínculos no município tem remuneração de até um e meio salário mínimo, seguido de 28% com até três salários mínimos e 5% entre três e dez salários mínimos.

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Lassance O município de Lassance apresenta poucos estabelecimentos relacionados aos setores

indústria e construção civil, tendo o primeiro, participação de 4% e o segundo de pouco mais de 2% dos estabelecimentos no município. O setor da agricultura é responsável por 59%, o serviços por 13% e o comércio por 21% dos estabelecimentos. Observa-se ainda, no setor de indústria, a existência de estabelecimentos nos seguintes subsetores: i) Produção Mineral não Metálico; ii) Indústria Metalúrgica; iii) Borracha, Fumo e Couros;e; iv) Alimentos e Bebidas.

O município conta ainda com 94% dos estabelecimentos com até dezenove vínculos empregatícios, sendo o restante (5%) relativo à estabelecimentos que tem entre 20 a 249 vínculos, sendo este estabelecimentos da Indústria Metalúrgica e Agricultura, outros 1% possui estabelecimento com 250 a 499 vínculos, sendo este último relacionado à administração pública, podendo ser a prefeitura municipal.

Ao analisar os vínculos empregatícios no município, observa-se que 61% destes são referentes aos homens e 39% às mulheres. Em termos de faixa etária a de 30 a 39 anos destaca-se, sendo característica de 28% dos vínculos, seguida de 40 a 49 com 23%.

Quanto à escolaridade, observou-se que a maior parte dos vínculos (31%) apresenta o ensino médio completo, seguido pelo ensino fundamental completo, da sexta a nona série e até a quinta série incompleta, 14% cada, seguido ainda pelo ensino superior completo (6%). Observa-se ainda que, quanto ao ensino superior, o número de homens com esta escolaridade é maior que a das mulheres, mas há quase que um equilíbrio.

Quando discutida a alocação dos vínculos nos estabelecimentos segundo critério de porte destes, verifica-se que no município, 52% dos vínculos estão alocados em estabelecimento com 100 a 499 vínculos. E apenas 29% estão alocados em estabelecimento com até vinte vínculos.

Os vínculos em Lassance apresentam um tempo de permanência relativamente alto nos estabelecimentos, sendo que 52% apresentam mais de dois anos de vinculação. Observa-se que o setor de serviços, o maior empregador, puxa o alto tempo de permanência ao apresentar 88% dos vínculos com mais de dois anos de vinculação, sendo destes, 69% dos vínculos estão entre três a quatro anos.

Em termos de remuneração, verificou-se que 61% dos vínculos no município tem remuneração de até um e meio salário mínimo, seguido de 31% com até três salários mínimos e 7% entre três e dez salários mínimos. A minoria, 0,89%, recebe acima de dez salários mínimos de remuneração

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Pirapora O município de Pirapora é um dos, dentre os municípios da microrregião, que

apresenta economia mais diversificada, se levada em consideração a variedade de subsetores que apresentam estabelecimentos. Os estabelecimentos relacionados aos setores da construção civil (6%) e indústria (6%) apresentam uma menor participação no total de estabelecimentos no município. O setor da agricultura é responsável por 8%, de serviços 37% e o comércio por 42% dos estabelecimentos. Observa-se ainda, no setor de indústria, os únicos subsetores que apresentam a inexistência de estabelecimentos são: i) Indústria Calçados e; ii) Indústria Material de Transporte.

O município conta ainda com 95% dos estabelecimentos com até dezenove vínculos empregatícios, sendo o restante (5%) relativo à estabelecimentos que tem entre 20 e 49 vínculos (3%) e de 50 a 99 vínculos (1%), apresentando um valor residual (0,09%) de um estabelecimentos com 500 a 999 vínculos, sendo este pertencente a indústria metalúrgica e outros (0,18%) de estabelecimentos com mais de mil vínculos, sendo um relacionado a indústria têxtil, e outro relacionado à administração pública, podendo ser a prefeitura municipal.

Ao analisar os vínculos empregatícios no município, observa-se que 61% destes são referentes aos homens e 39% às mulheres. Em termos de faixa etária a de 30 a 39 anos destaca-se, sendo característica de 31% dos vínculos, seguida de 25 a 29 com 22%.

Quanto à escolaridade, observou-se que a maior parte dos vínculos (48%) apresenta o ensino médio completo, seguido pelo ensino fundamental completo (12%) e ensino superior completo (10%). Observa-se ainda que, quanto ao ensino superior, o número de mulheres com esta escolaridade é quase três vezes maior que a dos homens.

Quando discutida a alocação dos vínculos nos estabelecimentos segundo critério de porte destes, verifica-se que no município, 32% dos vínculos estão alocados em estabelecimento com 500 a mais de 1000 vínculos. Sendo que 34% estão alocados em estabelecimento com até vinte vínculos.

Os vínculos em Pirapora apresentam um tempo de permanência relativamente alto nos estabelecimentos, sendo que 53% apresentam mais de dois anos de vinculação. Observa-se que o setor de serviços, o maior empregador, puxa o alto tempo de permanência ao apresentar 63% dos vínculos com mais de dois anos de vinculação, sendo destes, 39% dos vínculos com mais de cinco anos. Logo o setor industrial, o segundo maior empregador no município, apresenta 53% dos vínculos com mais de dois anos de vinculação, sendo destes, 39% dos vínculos com mais de cinco anos.

Em termos de remuneração, verificou-se que 56% dos vínculos no município tem remuneração de até um e meio salário mínimo, seguido de 30% com até três salários mínimos e 11% entre três e dez salários mínimos. A minoria, 0,75%, recebem acima de dez salários mínimos de remuneração

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Riachinho O município de Riachinho apresenta uma economia bem concentrada no setor da

agricultura e do comércio, se levado em consideração a concentração de estabelecimentos no respectivo setor. Observa-se ainda, que no município não possui o setor Construção Civil. Os estabelecimentos relacionados ao setor da indústria apresentam o percentual de 5% de participação no total de estabelecimentos no município. O setor de serviços é responsável por 20%, o comércio por 38% e a agricultura por 37% do total de estabelecimentos.

O município conta ainda com 97% dos estabelecimentos com até dezenove vínculos empregatícios, sendo o restante (3%) relativo à estabelecimentos que tem entre 20 a 49 vínculos (1,5%), e outro com um estabelecimento com 100 a 249 vinculos, sendo este último relacionado à administração pública, podendo ser a prefeitura municipal.

Ao analisar os vínculos empregatícios no município, observa-se que 57% destes são referentes aos homens (aumento de 9% frente à 2011) e 43% às mulheres. Em termos de faixa etária a de 30 a 39 anos destaca-se, sendo característica de 32% dos vínculos, seguida de 40 a 49 com 27%.

Quanto à escolaridade, observou-se que a maior parte dos vínculos (29%) apresenta o ensino médio completo, seguido pelo ensino superior completo (20%). Observa-se ainda que, quanto ao ensino superior, o número de mulheres com esta escolaridade é quase quatro vezes maior que a dos homens.

Quando discutida a alocação dos vínculos nos estabelecimentos segundo critério de porte destes, verifica-se que no município, 50% dos vínculos estão alocados em estabelecimento com 100 a 249 vínculos. E outros 50% estão alocados em estabelecimento com até vinte vínculos, sendo deste 24% em estabelecimentos com até quatro vínculos empregatícios.

Os vínculos em Riachinho apresentam um tempo de permanência relativamente alto nos estabelecimentos, sendo que 69% apresentam mais de dois anos de vinculação. Observa-se que o setor de serviços, o maior empregador, puxa o alto tempo de permanência ao apresentar 91% dos vínculos com mais de dois anos de vinculação, sendo destes, 64% dos vínculos com mais de cinco anos.

Em termos de remuneração, verificou-se que 56% dos vínculos no município tem remuneração de até um e meio salário mínimo, seguido de 36% com até três salários mínimos e 7% entre três e dez salários mínimos. A minoria, 0,27% recebe acima de dez salários mínimos de remuneração

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Santa Fé de Minas O município de Santa Fé de Minas apresenta uma economia bem concentrada nos

setores comércio e agricultura, se levado em consideração a concentração de estabelecimentos nos respectivos setores. Observa-se ainda, que no município não possui o setor indústria. Os estabelecimentos relacionados ao setor construção civil apresentam o percentual de 2% de participação no total de estabelecimentos no município. O setor de agricultura é responsável por 51%, o comércio por 30% e o serviços por 17% do total de estabelecimentos. Observa-se ainda, no setor de serviços que os subsetores que apresentam estabelecimentos no município são: i) Instituição Financeira; ii) Administração Técnica Profissional; iii) Transportes e Comunicações; iv) Alojamento e Comunicações e; v) Administração Pública.

O município conta ainda com 98% dos estabelecimentos com até quarenta e nove vínculos empregatícios, sendo o restante (2%) relativo à estabelecimentos que tem entre 100 e 249 vínculos, sendo este último relacionado à administração pública, podendo ser a prefeitura municipal.

Ao analisar os vínculos empregatícios no município, observa-se que 69% destes são referentes aos homens e 31% às mulheres. Em termos de faixa etária as de 30 a 39 anos, 40 a 49 anos e 50 a 64 anos destacam-se, sendo característica de 25% dos vínculos, cada.

Quanto à escolaridade, observou-se que a maior parte dos vínculos (39%) apresenta o ensino médio completo, seguido pelo ensino fundamental completo (31%) e ensino superior completo (3%). Observa-se ainda que, quanto ao ensino superior, o número de mulheres com esta escolaridade é quase que um equilíbrio, comparando-a com a dos homens.

Quando discutida a alocação dos vínculos nos estabelecimentos segundo critério de porte destes, verifica-se que no município, 41% dos vínculos estão alocados em estabelecimento com 100 a 249 vínculos. E apenas 34% estão alocados em estabelecimento com até vinte vínculos.

Os vínculos em Santa Fé de Minas apresentam um tempo de permanência relativamente alto nos estabelecimentos, sendo que 34% apresentam mais de cinco anos de vinculação. Observa-se que o setor de serviços, o maior empregador, puxa o alto tempo de permanência ao apresentar 76% dos vínculos com mais de dois anos de vinculação, sendo destes, 63% dos vínculos com mais de cinco anos.

Em termos de remuneração, verificou-se que 63% dos vínculos no município tem remuneração de até um e meio salário mínimo, seguido de 33% com até três salários mínimos e 4% entre três e dez salários mínimos.

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São Romão O município de São Romão apresenta uma economia bem concentrada nos setores

agricultura e comércio, se levado em consideração a concentração de estabelecimentos no respectivo setor. Os estabelecimentos relacionados aos setores da indústria e construção civil apresentam respectivamente, os percentuais de 3% e 1% de participação no total de estabelecimentos no município. O setor de serviços é responsável por 20%, o comércio por 35% e a agricultura por 40% do total de estabelecimentos. Observa-se ainda, no setor de indústria que os únicos subsetores que apresentam a existência de estabelecimentos no município são: i) Produção Mineral não Metálico; e ii) Indústria Metalúrgica.

O município conta ainda com 94% dos estabelecimentos com até dezenove vínculos empregatícios, sendo o restante (6%) relativo à estabelecimentos que tem entre 20 e 49 vínculos (3%), entre 50 e 99 vínculos, entre 100 a 249 vínculos, e entre 250 e 499 vínculos, 1% cada, sendo este último relacionado à administração pública, podendo ser a prefeitura municipal.

Ao analisar os vínculos empregatícios no município, observa-se que 63% destes são referentes aos homens e 37% às mulheres. Em termos de faixa etária a de 30 a 39 anos destaca-se, sendo característica de 35% dos vínculos, seguida de 40 a 49 com 23%.

Quanto à escolaridade, observou-se que a maior parte dos vínculos (38%) apresenta o ensino médio completo, seguido pelo ensino fundamental completo (11%) e ensino superior completo (10%). Observa-se ainda que, quanto ao ensino superior, o número de mulheres com esta escolaridade é duas vezes maior que a dos homens.

Quando discutida a alocação dos vínculos nos estabelecimentos segundo critério de porte destes, verifica-se que no município, 44% dos vínculos estão alocados em estabelecimento com 250 a 499 vínculos. E apenas 25% estão alocados em estabelecimento com até vinte vínculos. E ainda 17% estão alocados em estabelecimentos entre 100 a 249 vínculos.

Os vínculos em São Romão apresentam um tempo de permanência bem distribuído entre as faixas, sendo que 71% apresentam mais de dois anos de vinculação. Observa-se que o setor de serviços, o maior empregador, puxa o alto tempo de permanência ao apresentar 89% dos vínculos com mais de dois anos de vinculação, sendo destes, 68% dos vínculos com mais de cinco anos.

Em termos de remuneração, verificou-se que 47% dos vínculos no município tem remuneração de até um e meio salário mínimo, seguido de 38% com até três salários mínimos e 13% entre três e dez salários mínimos. A minoria, 1%, recebem acima de dez salários mínimos de remuneração.

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Várzea da Palma O município de Várzea da Palma é um dos, dentre os municípios da microrregião, que

apresenta economia mais diversificada, se levada em consideração a variedade de subsetores que apresentam estabelecimentos. Os estabelecimentos relacionados aos setores da construção civil (3%) e indústria (10%) apresentam uma menor participação no total de estabelecimentos no município. O setor da agricultura é responsável por 22%, de serviços 25% e o comércio por 40% dos estabelecimentos. Observa-se ainda, no setor de indústria, os únicos subsetores que apresentam a inexistência de estabelecimentos são: i) Indústria Calçados e; ii) Indústria Material de Transporte.

O município conta ainda com 93% dos estabelecimentos com até dezenove vínculos empregatícios, sendo o restante (7%) relativo à estabelecimentos que tem entre 20 e 49 vínculos (4%), de 50 a 99 vínculos (2%), e de 100 a 249 vínculos (1%), apresentando um valor residual (0,63%) de quatro estabelecimentos com 500 a 999 vínculos, sendo três estabelecimentos pertencente a indústria metalúrgica, e um estabelecimento relacionado à administração pública, podendo ser a prefeitura municipal.

Ao analisar os vínculos empregatícios no município, observa-se que 70% destes são referentes aos homens e 30% às mulheres. Em termos de faixa etária a de 30 a 39 anos destaca-se, sendo característica de 29% dos vínculos, seguida de 40 a 49 com 21%.

Quanto à escolaridade, observou-se que a maior parte dos vínculos (38%) apresenta o ensino médio completo, seguido pelo ensino fundamental com a quinta série completa (12%) e ensino superior completo (5%). Observa-se ainda que, quanto ao ensino superior, o número de mulheres com esta escolaridade 12% superior que a dos homens.

Quando discutida a alocação dos vínculos nos estabelecimentos segundo critério de porte destes, verifica-se que no município, 43% dos vínculos estão alocados em estabelecimento entre 500 a 999 vínculos. Sendo que 28% estão alocados em estabelecimento com até vinte vínculos.

Os vínculos em Várzea da Palma apresentam um tempo de permanência relativamente alto nos estabelecimentos, sendo que 56% apresentam mais de dois anos de vinculação. Observa-se que o setor indústria, o maior empregador, puxa o alto tempo de permanência ao apresentar 67% dos vínculos com mais de dois anos de vinculação, sendo destes, 30% dos vínculos com mais de cinco anos. Logo o setor de serviços, o segundo maior empregador no município, apresenta 74% dos vínculos com mais de dois anos de vinculação, sendo destes, 51% dos vínculos com mais de cinco anos.

Em termos de remuneração, verificou-se que 45% dos vínculos no município tem remuneração de até um e meio salário mínimo, seguido de 43% com até três salários mínimos e 10% entre três e dez salários mínimos. A minoria, 0,68%, recebem acima de dez salários mínimos de remuneração.

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INDICADORES SÓCIOECONÔMICOS

Visando uma análise para além do mercado de trabalho, o presente boletim traz aqui outros índices e indicadores relevantes ao diagnóstico da situação econômico-social da microrregião e respectivos municípios, bem como no auxílio à elaboração e direcionamento de políticas públicas.

Em busca destes índices, recorreu-se ao Índice Mineiro de Responsabilidade Social (IMRS), Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil e ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Entre os conceitos aqui apresentados, entende-se:

- Razão de dependência – é considerada a razão entre a população definida como economicamente dependente, nas faixas etárias de 14 anos ou menos e de 65 anos ou mais de idade, e a população definida como potencialmente produtiva, na faixa etária de 15 a 64 anos, em percentual;

- Índice de Envelhecimento – considera o número de pessoas residentes de 65 anos ou mais anos de idade, dividido pelo número de pessoas residentes menores de 15 anos de idade, multiplicado por 100.

- Percentual da População Urbana – é a razão entre a população residente em área urbana e a população total residente no município, multiplicado por 100.

Buscando analisar tais dados, observa-se que os municípios da microrregião de Pirapora, e neste caso, destaca-se Santa Fé de Minas (57,28%), apresentam um alto nível de dependência, ou seja, a população em idade economicamente ativa apresenta-se, quantitativamente, mais próxima da população em idade economicamente inativa.

O índice de envelhecimento auxilia na projeção de crescimento populacional, possibilitando validar a necessidade de políticas públicas voltadas à natalidade ou seu controle, bem como direcionadas à terceira idade. Em destaque os municípios de São Romão (18,55%) e os municípios de Lassance (28,04%), Lagoa dos Patos (29,27%) e Jequitaí (36,79%).

Quando relacionados os dois índices (razão de dependência e índice de envelhecimento) pode-se tomar direcionamentos quanto à determinadas políticas públicas que auxiliem na manutenção de um mercado de trabalho dinâmico.

A razão de dependência próxima de 100%, ou 1, deve-se atentar para esta índice, pois indica uma população economicamente ativa igual a inativa, podendo trazer um contrabalanço previdenciário caso o índice de envelhecimento esteja alto, apontando que há mais idosos do que jovens (entendido aqui até os quinze anos de idade). Quanto ao envelhecimento, índices baixos projetam uma sociedade que tende à uma situação de “fartura” de mão de obra frente ao número de aposentados, dentro dos próximos dez anos, pelo menos.

Os índices apresentam análises superficiais, mas que, se relacionados entre eles ou com outros índices, dão base para diagnósticos e direcionamentos de políticas públicas que podem ser direcionadas ao mercado de trabalho ou sociais.

Page 23: OBSERVATÓRIO DO TRABALHO PIRAPORA · do Trabalho e Emprego, ... e Estatística ... Lagoa dos Patos, Lassance, Pirapora, Riachinho, Santa Fé de Minas, São Romão e Várzea da Palma.

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Município Razão de

dependência (%)

Índice de envelhecimento

(%)

Percentual de população urbana

(%) Buritizeiro 52,37 20,43 87,77

Ibiaí 54,17 25,88 76,59

Jequitaí 50,59 36,79 68,76

Lagoa dos Patos 53,2 29,27 72,88

Lassance 55,29 28,04 59,87

Pirapora 45,79 24,81 98,16

Riachinho 53,8 24,59 55,39

Santa Fé de Minas 57,28 25,56 57,74

São Romão 53,96 18,55 62,95

Várzea da Palma 46,83 24,3 87,44

Fonte: Índice Mineiro de Responsabilidade Social (IMRS) Outra análise de dependência apresentada neste boletim refere-se à dependência das

famílias dos municípios ao Programa Bolsa Família, Programa Federal de transferência de renda. Entre os conceitos aqui usados, entende-se:

- Número de famílias beneficiadas com transferências do Programa Bolsa Família, em outubro de cada ano de referência. Dados disponíveis: 2007-2011;

- Número total de famílias – de acordo com o registrado pelo IBGE (2011); - Percentual de dependência do Bolsa Família – razão entre o número total de famílias

e o número de famílias dependente do Bolsa Família. A microrregião de Pirapora desponta com uma população de 164.903 distribuída em

45.120 famílias; uma média de 3,67 pessoas por família. Observa-se que a microrregião apresenta 16.086 famílias dependentes do Programa Federal, um percentual de 35,65%, que se calculado com base na média de pessoas por família, atinge um contingente de 59.065 habitantes.

Algumas das disparidades observadas referem-se na mudança dos municípios que despontam entre os primeiros lugares nos três índices:

- Número total de famílias beneficiárias: Pirapora, Buritizeiro e Várzea da Palma; - Número total de famílias: Pirapora, Várzea da Palma e Buritizeiro; - Percentual de dependência: Lagoa dos Patos, Jequitaí e Riachinho. Observa-se que os mesmos municípios ocupam as mesmas posições, sejam as

primeiras ou as últimas, quanto ao número total de famílias e o número total de família

Page 24: OBSERVATÓRIO DO TRABALHO PIRAPORA · do Trabalho e Emprego, ... e Estatística ... Lagoa dos Patos, Lassance, Pirapora, Riachinho, Santa Fé de Minas, São Romão e Várzea da Palma.

MICRORREGIÃO PIRAPORA – JAN/2014

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beneficiadas, no entanto, os nomes são diferentes quanto ao percentual de dependência. Nos últimos lugares (menores percentuais):

- Número total de famílias beneficiárias: Santa Fé de Minas, Lagoa dos Patos e Lassance;

- Número total de famílias: Santa Fé de Minas, Lagoa dos Patos e Lassance; - Percentual de dependência: Pirapora, Várzea da Palma e Lassance. O município com menor dependência é Pirapora (26,50%) e o com maior Lagoa dos

Patos (52,42%). Pirapora destaca-se por apresentar-se com o maior número de famílias e o menor percentual de famílias dependentes do Programa Bolsa Família.

Município Número de famílias beneficiárias do Programa

Bolsa Família

Número Total de famílias

Percentual de dependência do Bolsa Família

Buritizeiro 3.192 7.129 44,77%

Ibiaí 1.012 2.138 47,33%

Jequitaí 1.125 2.198 51,18%

Lagoa dos Patos 586 1.118 52,42%

Lassance 685 1.817 37,70%

Pirapora 3.944 14.883 26,50%

Riachinho 1.000 2.073 48,24%

Santa Fé de Minas 444 1.046 42,45%

São Romão 1.067 2.466 43,27%

Várzea da Palma 3.031 10.252 29,56%

Microrregião 16.086 1.817 37,70%

Fonte: Índice Mineiro de Responsabilidade Social (IMRS)

Buscando analisar a massa salarial dos empregados por setor, recorreu-se a Relação Anual de Informações Sociais - RAIS, em que a massa salarial é o resultado do produto entre a remuneração média dos empregados e o número de empregos. Na RAIS, as informações de remuneração excluem o 13º salário. Observa-se que as massas salariais per capita dos empregados despontam os municípios entre os primeiros lugares nos cinco grandes setores da economia com maior massa salarial em valores monetários:

- Indústria: Várzea da Palma, Pirapora e Buritizeiro; - Construção Civil: Santa Fé de Minas, Pirapora e Buritizeiro; - Comércio: Pirapora, Buritizeiro e Lassance; - Serviços: São Romão, Pirapora e Várzea da Palma; - Agropecuária: São Romão, Lassance e Jequitaí.

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O município com menor massa salarial é São Romão (R$ 609,32) no setor indústria e com maior Várzea da Palma (R$ 1.591,95) no setor indústria. Os municípios de Riachinho e Santa Fé não apresentam massa salarial nos setores construção civil e indústria, respectivamente. Nestes municípios não há empregos formais nestes setores.

Município Indústria Construção

Civil Comércio Serviços Agropecuária

Buritizeiro R$ 1.175,96 R$ 1.095,68 R$ 832,78 R$ 1.070,83 R$ 1.033,74

Ibiai R$ 892,75 R$ 618,27 R$ 798,95 R$ 738,54 R$ 863,80

Jequitai R$ 635,17 R$ 793,94 R$ 743,01 R$ 980,43 R$ 1.099,44

Lagoa dos Patos R$ 728,71 R$ 880,00 R$ 681,64 R$ 1.013,22 R$1.067,33

Lassance R$ 789,90 R$ 624,59 R$ 822,67 R$ 1.064,53 R$ 1.116,22

Pirapora R$ 1.378,33 R$ 1.129,42 R$ 892,46 R$ 1.245,89 R$ 850,55

Riachinho R$ 644,25 R$ - R$ 799,73 R$ 1.174,51 R$ 1.018,58

Santa Fe de Minas R$ - R$ 1.186,01 R$ 667,15 R$ 933,18 R$ 1.010,68

São Romão R$ 609,32 R$ 622,00 R$ 792,18 R$ 1.345,04 R$ 1.376,96

Várzea da Palma R$ 1.591,95 R$ 741,40 R$ 812,19 R$ 1.216,22 R$ 939,37 Fonte: RAIS/MTE

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MICRORREGIÃO PIRAPORA – JAN/2014

Observatório do Trabalho no Norte de Minas - Grupo de Estudos e Pesquisa em Administração

A MICRORREGIÂO versus MESORREGIÃO

A mesorregião do Norte de Minas é composta por sete microrregiões, a saber: Bocaiúva, Grão Mogol, Januária, Janaúba, Montes Claros, Pirapora e Salinas. Com uma população estimada em1.619.489habitantes (IMRS, 2011), a mesorregião apresenta 204.380 vínculos empregatícios formais e 23.296 estabelecimentos registrados no ano de 2012(MTE).

Dentre os estabelecimentos, um grande número concentra-se na microrregião de Montes Claros (47% - 10.876), sendo o restante disperso entre as demais microrregiões: Janaúba (14% - 3.319), Pirapora (12% - 2.724), Salinas (2.504 - 11%), Januária (2.377 - 10%), Bocaíuva (5% - 1.217) e Grão Mogol (1% - 279).

Ao analisar a distribuição destes estabelecimentos formais por setor de atividade econômica, percebemos o Comércio como o setor com o maior número (45% - 10.549), seguido pelo setor de Serviços (27% - 6.262), Agropecuária (17% - 3.944), Indústria (7% - 1.551) e Construção Civil (4% - 990).

Participação das Microrregiões no

total de estabelecimentos do

Norte de Minas

10%14%

11%

12%

47%

1%

5%

Januária

Janaúba

Salinas

Pirapora

Montes Claros

Grão Mogol

Bocaiúva

Fonte: RAIS/MTE

Fonte: RAIS/MTE

Distribuídos entre as microrregiões, os vínculos na mesorregião apresentam a seguinte distribuição: Bocaiúva (5% - 9.936), Grão Mogol (2% - 4.998), Januária (10% - 19.410), Janaúba (13% - 26.998), Montes Claros (48% - 97.545), Pirapora (12% - 25.510) e Salinas (10% - 19.983).

Quando avaliado a distribuição dos vínculos pelo setor de atividade econômica, percebe-se que no Norte de Minas o setor de serviços é o que mais emprega (49% - 99.930), seguido pelo comércio (23% - 47.328), Indústria (13% - 26.080) e Agropecuária (11% -

22.506), ficando a Construção Civil (4% - 8.536) com o quinto lugar e o setor que menos emprega na mesorregião.

Observa-se para tanto que, se analisados o número de estabelecimentos e relacionado com o número de vínculos gerados por cada microrregião e setor de atividade econômica, pode-se chegar a uma média de vínculos/estabelecimento para cada uma das análises geradas. Em termos de microrregião, percebem-se percentuais aproximados entre a participação de cada uma destas no total de estabelecimentos e do total de vínculos na mesorregião. Mantém-se o “grau de importância” de cada uma das microrregiões em ambas as análises.

Em termos de setor de atividade econômica, verificam-se disparidades entre os percentuais de participação: os percentuais dos setores de comércio e serviços quase apresentam inversão ao sair da participação de estabelecimentos para a de vínculos. A

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OBSERVATÓRIO DO TRABALHO NO NORTE DE MINAS– GEPAD

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agropecuária perde participação no número de vínculos e a indústria ganha. O “nível de importância” é alterado, se mudado o âmbito de análise de estabelecimentos para vínculos e chega-se à uma razão de vínculos por estabelecimento para cada setor na mesorregião: Indústria – 17; Construção Civil – 9; Comércio – 4; Serviços – 16, e; Agropecuária – 6.

Participação das Microrregiões no

total de vínculos do Norte de

Minas

9%13%

10%

12%49%

2% 5%

JANUÁRIA

JANAÚBA

SALINAS

PIRAPORA

MONTESCLAROSGRÃO MOGOL

BOCAIÚVA

Fonte: RAIS/MTE

Fonte: RAIS/MTE

Ao verificar o perfil dos vínculos no Norte de Minas, observa-se que é maioria o

número de homens.

Participação do sexo por setor na mesorregião

79,91%94,62%

60,80%

44,94%

86,00%

59,74%

20,09%5,38%

39,20%

55,06%

14,00%

40,26%

Indúst

ria

Constru

ção C

ivil

Comérc

io

Serv

iços

Agropecu

ária

Total

Homens Mulheres

Fonte: RAIS/MTE