OBSERVATÓRIO DO TRABALHO DE PORTO ALEGRE · 2013. 7. 31. · Termo de Contrato Nº. 48918/2012 -...
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OBSERVATÓRIO DO TRABALHO DE PORTO ALEGRE
Análise do Mercado de Trabalho Formal em Porto Alegre Outubro de 2012
Termo de Contrato Nº. 48918/2012 - Secretaria Municipal de Trabalho e Emprego (SMTE) Secretaria Municipal de Produção, Indústria e Comércio (SMIC) – Prefeitura de Porto Alegre,
Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) e DIEESE
NOVEMBRO DE 2012
Termo de Contrato Nº. 48918/2012 - Prefeitura do Município de Porto Alegre 2
EXPEDIENTE DA PREFEITURA DE PORTO ALEGRE SECRETARIA MUNICIPAL DE TRABALHO E EMPREGO (SMTE) E
JOSÉ FORTUNATI Prefeito do Município de Porto Alegre
POMPEO DE MATOS Secretário Municipal do Trabalho e Emprego
JOSÉ ALBERTO JONHER Gerente de Qualificação para o Trabalho e Emprego
TATIANA DE NARDI Psicóloga
Prefeitura de Porto Alegre Secretaria Municipal de Trabalho e Emprego (SMTE)
Rua Siqueira Campos, 1300 5º andar– Porto Alegre - Rio Grande do Sul CEP 90010-170
Telefone: (51) 3289-1350 / 3289-1352
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EXPEDIENTE DO SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS - SEBRAE
VITOR AUGUSTO KOCH Presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae/RS
LEO JOSÉ BORGES HAINZENREDER
Diretor-Superintendente
MARCELO DE OLIVEIRA RIBAS Diretor de Administração e Finanças
MARCO ANTÔNIO KAPPEL RIBEIRO
Diretor Técnico
SEBRAE – Serviço Brasileiro de apoio às Micro e Pequenas Empresas Rua Sete de Setembro, 555 – Centro – Porto Alegre – RS – CEP 90010-190
Site: http://www.sebrae-rs.com.br
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EXPEDIENTE DO DEPARTAMENTO INTERSINDICAL DE ESTATÍS TICA E ESTUDOS SOCIOECONÔMICOS – DIEESE
Direção Técnica Clemente Ganz Lúcio – Diretor Técnico / Coordenador de Pesquisas
Ademir Figueiredo – Coordenador de Estudos e Desenvolvimento José Silvestre Prado de Oliveira – Coordenador de Relações Sindicais
Nelson de Chueri Karam – Coordenador de Educação Rosana de Freitas – Coordenadora Administrativa e Financeira
Coordenação Geral do Projeto Ademir Figueiredo – Coordenador de Estudos e Desenvolvimento
Angela Maria Schwengber – Supervisora dos Observatórios do Trabalho Anelise Manganelli – Técnica Responsável pelo Relatório
Equipe Executora DIEESE
DIEESE – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos Rua Aurora, 957 – Centro – São Paulo – SP – CEP 01209-001
Fone: (11) 3821 2199 – Fax: (11) 3821 2179 E-mail: [email protected]
Site: http://www.dieese.org.br
Termo de Contrato Nº. 48918/2012 - Prefeitura do Município de Porto Alegre 5
ÍNDICE
APRESENTAÇÃO .......................................................................................................................... 6
INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 7
1. COMPORTAMENTO DO SALDO DE VAGAS EM OUTUBRO DE 2012 ...................... 8
2. COMPOSIÇÃO POR ATIVIDADE ECONÔMICA E FAMÍLIAS OCUPACIONAIS DO
SALDO DE VAGAS EM OUTUBRO DE 2012 ......................................................................... 12
CONCLUSÃO ................................................................................................................................ 20
GLOSSÁRIO.................................................................................................................................. 22
ANEXOS ........................................................................................................................................ 23
Termo de Contrato Nº. 48918/2012 - Prefeitura do Município de Porto Alegre 6
APRESENTAÇÃO
O presente documento configura-se no Relatório intitulado: “ Análise do Mercado de Trabalho
Formal em Porto Alegre – Outubro de 2012”, produto previsto no plano de atividades do
Observatório do Mercado de Trabalho de Porto Alegre, parceria entre o DIEESE, o Serviço
Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) e a Prefeitura de Porto Alegre,
através da Secretaria Municipal de Trabalho e Emprego (SMTE).
Este relatório tem por objetivo analisar o comportamento do mercado de trabalho formal celetista
no município de Porto Alegre durante o mês de outubro de 2012. Para o acompanhamento do
movimento do mercado de trabalho formal foram utilizados os dados do Cadastro Geral de
Empregados e Desempregados (CAGED) do Ministério do Trabalho e Emprego – MTE.
O relatório se apresenta em duas partes além da apresentação, introdução e considerações finais. A
primeira parte analisa o comportamento do saldo acumulado de vagas de outubro de 2012 no
município de Porto Alegre, trazendo análises comparativas com outros recortes geográficos. Já a
segunda parte traz uma análise do comportamento dos admitidos e dos desligados em relação às
famílias ocupacionais em destaque no período, considerando questões como, tipos de admissão e
desligamento, porte do estabelecimento e tempo de permanência no emprego e salário médio.
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INTRODUÇÃO
O Brasil em outubro de 2012 apresentou retração no saldo de empregos, embora tenha registrado
resultado positivo de 66.988 vagas, quatro setores (Extrativa Mineral, SIUP, Construção Civil e
Administração Pública) dos oito setores, eliminaram postos de trabalho. Esse foi o pior resultado
para o ano de 2012 e o terceiro pior na análise que considerou os meses de outubro desde 2002.
Por outro lado, apesar da desaceleração no mercado de trabalho em comparação ao mesmo mês do
ano anterior a Região Sul (26.819 vagas) se destacou, sendo a região com maior saldo positivo em
outubro, superando, portanto, o Sudeste. O estado do Rio Grande do Sul que gerou 11.194 vagas,
destacou-se entre os estados do Sul já que foi o que mais gerou emprego no mês, e no contexto
nacional ficou em segundo lugar, somente atrás de São Paulo (21.067).
Entre as capitais brasileiras, Porto Alegre apresentou melhora no ranking, comparado ao mesmo
mês do ano anterior, já que em outubro registrou um saldo positivo igual a 2.052 novas vagas,
passando do sétimo para o quinto lugar entre as capitais com maior saldo de emprego entre 2011 e
2012. O resultado positivo para Porto Alegre deveu-se especialmente aos setores do Comércio (823
novas vagas) e os Serviços (972 novos empregos). Entre os subsetores o destaque foi o Comércio
varejista que registrou saldo positivo de 721 vagas.
Entre as classes de atividade econômica foi possível identificar que as que mais geraram empregos
no município foram àquelas atividades de Construção de Edifícios (338 vagas), seguida por
atividades de Atendimento Hospitalar (224 vagas) e Comércio Varejista de Artigos do Vestuário e
Acessórios (191 vagas).
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1. COMPORTAMENTO DO SALDO DE VAGAS EM OUTUBRO DE 20 12
Em outubro de 2012, o saldo de empregos no país foi positivo em 66.988 postos de trabalho, sendo
esse o terceiro pior resultado para o mês de outubro desde o ano de 2002, ficando atrás apenas dos
resultados registrados no ano de 2002 (36.112) e no ano de 2008 (61.401) (Gráfico 01). O resultado
de outubro representou uma redução de 55,4% em relação ao verificado no mês imediatamente
anterior (setembro), quando o saldo de empregos no país havia sido de 150.334 postos. Ademais,
verificou-se que esse foi o mês no ano de 2012, que menos gerou vagas (Anexo 01).
Na análise dos setores de atividade econômica no Brasil, verificou-se que o Comércio foi o setor
onde foram criados mais postos de trabalho (49.597). Já a construção civil eliminou 8.290 postos.
Com saldo negativo figuraram também a Administração Pública (-3.521), a Agropecuária (-20.153),
os Serviços Industriais de Utilidade Pública (-597) e a Extrativa Mineral (-292) (Anexo 02).
GRÁFICO 01 Evolução do saldo de vagas celetistas para meses de Julho
Brasil, 2002 a 2012
Fonte: MTE, Caged Elaboração: DIEESE.
A Região Sul foi a que mais empregou em outubro de 2012, com saldo de 26.819 vagas. A região
Sudeste ficou em segundo lugar com 25.301 postos,
seguido da Região Nordeste e Norte, que registraram
13.747 e 1.590 vagas, respectivamente. Em último lugar,
a Região Centro-Oeste que foi a única a apresentar saldo
negativo, com eliminação de 469 postos (Anexo 03).
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Entre os estados brasileiros, o Rio Grande do Sul foi o segundo estado com maior saldo positivo de
vagas (11.194), ficando atrás apenas de São Paulo (21.067 postos). Todavia a colocação
privilegiada do estado gaúcho, frente aos demais estados, deve ser analisada com cautela visto que,
considerando o mesmo mês do ano anterior houve uma retração de 32,2% na criação de empregos,
contudo uma diminuição inferior à média verificada para o país (-46,9%) (Anexo 04).
Considerando os estados da região sul do Brasil, o Rio Grande do Sul, destacou-se como o estado
com maior saldo de vagas no mês (Gráfico 02).
GRÁFICO 02 Saldo de vagas celetistas para meses de outubro
Estados do Sul do Brasil, 2011 e 2012
Fonte: MTE, Caged Elaboração: DIEESE.
No acumulado do ano, Porto Alegre (14.511 vagas)
ficou em 8º lugar entre as capitais brasileiras que mais
geraram empregos. Na análise do mês de outubro de
2012, o município ocupou a quinta posição, com 2.052
vagas, enquanto em 2011 sua posição havia sido a
sétima (Anexo 05). No entanto, na análise do mês de
outubro para a série histórica que inicia em 2002 (2.052 novos empregos), verifica-se que 2012 foi
o quarto pior resultado, com saldo de emprego, inferior somente ao registrado no ano de 2002 (304
vagas), 2003 (1.943) e 2007 (1.120) (Gráfico 03).
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GRÁFICO 03 Evolução do saldo de vagas celetistas para meses de Outubro
Porto Alegre, 2002 a 2012
Fonte: MTE, Caged Elaboração: DIEESE.
A geração de empregos em Porto Alegre, em outubro de
2012 ocorreu prioritariamente em dois setores da
economia: Serviços, com 972 postos, e Comércio que
gerou 823 vagas. Em terceiro lugar, a Construção Civil
registrou 195 vagas e os demais setores apresentaram
estabilidade. Em comparação com o mesmo mês do ano
anterior, verificou-se uma retração de 39,7% no total de
empregos no município (Tabela 01).
Ao longo dos meses de 2012 nota-se uma clara desaceleração na criação de vagas, e também na
comparação com o ano anterior, na medida em que, de janeiro a outubro de 2011, Porto Alegre
havia criado 24.9521 vagas, no mesmo período de 2012, registrou uma criação de 14.511 vagas, ou
seja, uma retração de 41,8% na geração de emprego. E ao longo dos meses observa-se um volume
de vagas simular a aquele gerado no ano de 2009 - períodos em que a economia brasileira sofre
intercorrências da crise sobre a atividade econômica do mercado internacional (Anexo 06).
Na análise por subsetor, destacam-se, no setor de Serviços, os Serviços médicos, odontológicos e
veterinários, que geraram 382 vagas, seguida de Serviços de alojamento, alimentação, reparação,
manutenção e redação que registraram 335 novos empregos. O subsetor que mais gerou vagas foi o
1 Número de vagas sem ajustes posteriores.
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de Comércio varejista com 721 novos empregos, respondendo por 35,1% de todo emprego criado
no município no mês.
No acumulado do ano, o único setor, que registou saldo negativo de vagas, foi o de Serviços
Industriais de Utilidade Pública com uma eliminação de 293 empregos de janeiro a outubro de
2012. E entre os setores com maior dinâmica no mercado de trabalho neste mesmo período, foram o
setor de Serviços com 11.200 novas vagas, seguido pelo Comércio com um saldo acumulado
bastante inferior, de 1.813 vagas. Vale salientar que, na análise estrutural do mercado de trabalho e
atividade econômica de Porto Alegre, já realizada por esse observatório2, o setor predominante, que
responde por 43,9% do emprego no município é os Serviços e o Comércio 15,9%.
TABELA 01 Saldo de empregos celetistas, variação absoluta e r elativa, por setor e subsetor de
atividade econômica Porto Alegre, acumulado de janeiro a outubro e Outu bro de 2011 e 2012
Fonte: MTE, Caged Elaboração: DIEESE. Nota (1): Embora seja possível matematicamente fazer a relação entre saldo positivo e negativo, por se tratarem de resultados de natureza completamente distintas, optou-se por não se realizar nas relações de variação.
2 Estudo disponível em: http://geo.dieese.org.br/poa/estudos/pesquisas_11_2012.pdf
Setor e subsetor de atividade out/11 out/12Acumulado
2011Acumulado
2012
Var. Acumulado
absoluta
Var. Acumulado relativa (%)
Extrativa mineral 8 3 49 11 -38 -77,6
Indústria de transformação 238 8 3.069 226 -2.843 -92,6
Indústria de produtos minerais nao metálicos -7 -8 62 39 -23 -37,1
Indústria metalúrgica -3 -15 107 45 -62 -57,9
Indústria mecânica 72 -10 462 -37 -499
Indústria do material elétrico e de comunicações 19 -41 872 -29 -901
Indústria do material de transporte -32 116 3 105 102 3.400,0
Indústria da madeira e do mobiliário 10 0 75 -55 -130
Indústria do papel, papelão, editorial e gráfica -26 -48 -75 -177 -102 -136,0
Ind. da borracha, fumo, couros, peles, similares, ind. diversas -20 23 413 205 -208 -50,4
Ind. química de produtos farmacêuticos, veterinários, perfumaria, 34 -49 170 65 -105 -61,8
Indústria têxtil do vestuário e artefatos de tecidos 5 4 87 47 -40 -46,0
Indústria de calçados 4 -2 1 3 2 200,0
Indústria de produtos alimentícios, bebidas e álcool etílico 182 38 892 15 -877 -98,3
Serviços industriais de utilidade pública -5 -5 31 -293 -324
Construção civil 397 195 3.586 1.454 -2.132 -59,5
Comércio 793 823 2.221 1.813 -408 -18,4
Comércio varejista 593 721 1.268 1.384 116 9,1
Comércio atacadista 200 102 953 429 -524 -55,0
Serviços 1.984 972 16.476 11.200 -5.276 -32,0
Instituições de crédito, seguros e capitalização 108 -40 496 348 -148 -29,8
Com. e administração de imóveis, valores mobiliários, serv. técnico... 465 66 5.160 1.402 -3.758 -72,8
Transportes e comunicações 125 138 1.215 781 -434 -35,7
Serv. de alojamento, alimentação, reparação, manutenção, redação, r... 1.062 335 7.164 4.518 -2.646 -36,9
Serviços médicos, odontológicos e veterinários 110 382 852 2.548 1.696 199,1
Ensino 114 91 1.589 1.603 14 0,9
Administração pública -18 38 -349 40 389
Agropecuária, extr. vegetal, caça e pesca 5 18 93 60 -33 -35,5
Total 3.402 2.052 25.176 14.511 -10.665 -42,4
Termo de Contrato Nº. 48918/2012 - Prefeitura do Município de Porto Alegre 12
2. COMPOSIÇÃO POR ATIVIDADE ECONÔMICA E FAMÍLIAS OCUP ACIONAIS DO
SALDO DE VAGAS EM OUTUBRO DE 2012
Na investigação detalhada do emprego por classes de atividade econômica destacam-se aquelas
atividades de Construção de Edifícios (338 novas vagas), seguida por atividades de Atendimento
Hospitalar (224) e Comércio Varejista de Artigos do Vestuário e Acessórios (191). Entre as
atividades que registraram maior saldo negativo estão às aquelas de Construção de Rodovias e
Ferrovias (-142), Atividades de Tele atendimento (-112) e as Obras de Instalações em Construções
(-65) (Tabela 02).
Na comparação do saldo de emprego dessas atividades econômicas em relação ao mesmo mês do
ano anterior, verifica-se que as dez que mais geraram vagas, totalizaram 1.506 postos, em outubro
de 2012, ao passo que em 2011 haviam gerado apenas 68 vagas. Aquelas atividades que registraram
os maiores saldos negativos no mês (totalizando uma eliminação de 660 postos), em 2011 haviam
registrado saldo positivo de 391. Essa análise, associada à análise dos demais relatórios3 mensais
elaborados por esse observatório em 2012, permite concluir que, a retração na geração do emprego
não está caracterizada por dificuldade de um setor ou atividade econômica específica, e sim, pela
dinâmica que caracterizou todos os setores do mercado de trabalho no município no período em
análise, contudo três setores chamam atenção: pelo desempenho positivo e recorrente, estão as
Atividades de Atendimento Hospitalar, que na maior parte dos meses, desde abril desse ano,
aparecem em primeiro ou segundo lugar no ranking das classes de atividade econômica que mais
geram empregos, seguida da Construção de Edifícios que aparece com frequência entre as três
primeiras colocações. Por outro lado, na análise daquelas atividades que mais eliminam postos de
trabalho aparece seguidamente, ora na primeira, ora na segunda colocação, as atividades de tele
atendimento, vale reforçar que, o saldo não revela uma questão típica do setor - de rotatividade -, e
sim, eliminação de postos de trabalho.
3 Relatórios disponíveis em http://geo.dieese.org.br/poa/estudos_mensais.php
Termo de Contrato Nº. 48918/2012 - Prefeitura do Município de Porto Alegre 13
TABELA 02 10 maiores saldos positivos e negativos de empregos das classes de atividade econômica
Porto Alegre, outubro de 2011 e 2012
Fonte: MTE, Caged Elaboração: DIEESE.
Em Porto Alegre, o saldo de 2.052 postos verificado em outubro de 2012 foi resultado da
combinação entre as famílias ocupacionais que obtiveram saldo positivo, ou seja, mais admissões
que desligamentos e as famílias ocupacionais que desligaram mais do que admitiram - saldo
negativo. As dez famílias ocupacionais com maior saldo positivo no período, somaram 1.476
vagas. E as dez famílias ocupacionais com os maiores saldos negativos registraram redução de 495
postos de trabalho (Tabela 03).
A família ocupacional que gerou mais empregos no mês foi a de Trabalhadores nos Serviços de
Manutenção de Edificações igual a 274 vagas, seguida por Vendedores e Demonstradores em Lojas
ou Mercados (247 vagas) e Escriturários em Geral, Agentes, Assistentes e Auxiliares
Administrativos (163 vagas). Entre os destaques negativos, ou seja, das famílias que eliminaram
postos de trabalho estão os Técnicos de Vendas Especializadas (-98 vagas), seguido pelos
Motoristas de Veículos de Cargas em Geral (-83 vagas) e Operadores de Telemarketing (-56
vagas).
Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, verificou-se que as famílias ocupacionais com
saldo positivo em outubro de 2012, registravam em 2011 saldo ainda maior, totalizando 1.814
contra 1.476 no ano corrente. No entanto, as famílias ocupacionais que extinguiram vagas
Ranking Classe de Atividade Econômica out/11 out/12
1º Construção de Edifícios -143 338
2º Atividades de Atendimento Hospitalar 107 224
3º Comércio Varejista de Artigos do Vestuário e Acessórios 134 191
4º Fabricação de Peças e Acessórios para Os Sistemas de Marcha e Transmissão de Veículos Automotores -10 129
5º Atividades de Atenção Ambulatorial Executadas por Médicos e Odontólogos 2 119
6º Construção de Obras de Arte Especiais -138 116
7º Comércio Varejista de Calçados e Artigos de Viagem 98 105
8º Seleção e Agenciamento de Mão-De-Obra -25 103
9º Atividades de Vigilância e Segurança Privada 31 94
10º Atividades de Associações de Defesa de Direitos Sociais 12 87
Subtotal das 10 Classes de atividade econômica maio r saldo 68 1.506
1º Construção de Rodovias e Ferrovias 138 -142
2º Atividades de Tele atendimento 103 -112
3º Obras de Instalações em Construções não Especificadas Anteriormente 158 -65
4º Instalações Elétricas 49 -64
5º Fornecimento e Gestão de Recursos Humanos para Terceiros -17 -53
6º Obras para Geração e Distribuição de Energia Elétrica e para Telecomunicações -19 -51
7º Atividades de Organizações Sindicais 13 -50
8º Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimento - Financeiras -1 -47
9º Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos para Uso Humano e Veterinário -20 -41
10º Transporte Rodoviário Coletivo de Passageiros, com Itinerário Fixo, Municipal e em Região Metropolitana -13 -35
Subtotal das 10 Classes de atividade econômica meno r saldo 391 -660
Termo de Contrato Nº. 48918/2012 - Prefeitura do Município de Porto Alegre 14
revelaram saldos negativos com magnitude superior a aquele observado em 2011, ou seja, em 2012,
totalizaram 495 contra o saldo positivo de foi de 173 vagas registrado em 2011.
TABELA 03 Saldo das famílias ocupacionais com maior e menor s aldo de vagas
Porto Alegre, outubro de 2011 e 2012
Fonte: MTE, Caged Elaboração: DIEESE.
No geral, o tamanho de estabelecimento que mais
ampliou emprego foram aqueles com até 4 vínculos
de emprego, visto que foram registradas 1.604 novas
vagas. Por outro lado, aqueles estabelecimentos com
o total de vínculos entre 10 e 19 foram os que mais
eliminaram postos de trabalho. Na análise do perfil
dos empregos gerados por aquelas famílias
ocupacionais que mais criaram vagas em Porto Alegre, no mês de outubro, notou-se que entre os
Trabalhadores nos Serviços de Manutenção de Edificações, - família ocupacional com maior saldo
de vagas -, os estabelecimentos que mais empregaram, foram aqueles com entre 250 a 499 vínculos.
Em segundo lugar no ranking do mês - Vendedores e Demonstradores em Lojas ou Mercados, o
saldo se concentrou em estabelecimentos com até 4 vínculos (Tabela 04).
Ranking 2012
Família Ocupacional out/11 out/12
1º Trabalhadores nos Serviços de Manutenção de Edificações 411 274
2º Vendedores e Demonstradores em Lojas ou Mercados 209 247
3º Escriturários em Geral, Agentes, Assistentes e Auxiliares Administrativos 421 1634º Ajudantes de Obras Civis 335 1535º Operadores de Maquinas de Conformação de Metais -10 1286º Cobradores e Afins 227 1097º Alimentadores de Linhas de Produção 116 1098º Trabalhadores Auxiliares nos Serviços de Alimentação 29 1019º Trabalhadores de Montagem de Estruturas de Madeira, Metal e Compositos em Obras Civis -5 9710º Caixas e Bilheteiros (Exceto Caixa de Banco) 81 95
Subtotal das 10 famílias com maior saldo de vagas 1.814 1.476 Demais famílias ocupacionais com saldo positivo 1.863
1º Técnicos de Vendas Especializadas -60 -98 2º Motoristas de Veículos de Cargas em Geral -8 -83 3º Operadores de Telemarketing -95 -56 4º Cozinheiros -4 -56 5º Instaladores-Reparadores de Linhas e Equipamentos de Telecomunicações 131 -39 6º Operadores de Maquinas a Vapor e Utilidades -1 -37 7º Vendedores em Domicilio -6 -33 8º Trabalhadores da Mecanização Agropecuária -9 -33 9º Pintores de Obras e Revestidores de Interiores (Revestimentos Flexíveis) 19 -32 10º Trabalhadores nos Serviços de Manutenção e Conservação de Edifícios e Logradouros 206 -28
Subtotal das 10 famílias com menor saldo de vagas 173 -495 Demais famílias ocupacionais com saldo negativo -792 TOTAL 3.402 2.052
Sa
ldo
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ativ
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Sa
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Termo de Contrato Nº. 48918/2012 - Prefeitura do Município de Porto Alegre 15
TABELA 04 Saldo de empregos celetistas por família ocupaciona l selecionada¹, segundo tamanho do
estabelecimento Porto Alegre, outubro de 2012
Fonte: MTE, Caged Elaboração: DIEESE. Nota: (1) Famílias ocupacionais com maior saldo de empregos no período.
Analisando as formas de admissão, verificou-se que o Reemprego correspondeu a 91,6% do total de
trabalhadores admitidos em outubro 2012. As admissões por Primeiro Emprego representaram 8,1%
do total, e enquanto a média brasileira (16,0%) conforme estudo já elaborado por esse
observatório4. Entre as dez famílias que mais admitiram verifica-se que as admissões se distribuem
da mesma forma, com predomínio do reemprego. Para duas destas famílias, o Primeiro Emprego
aparece com um percentual mais elevado: os Escriturários em Geral, Agentes, Assistentes e
Auxiliares Administrativos (14,9% do total de
admissões) e os Cobradores e Afins (17,9%). Por
outro lado, chamou atenção que 100% dos
Operadores de Maquinas de Conformação de Metais
foram admitidos por Reemprego. As admissões por
contrato por prazo determinado e/ou reintegração se
mostram inexpressivos no mês (Tabela 05).
4 Estudo disponível em: http://geo.dieese.org.br/poa/estudos/pesquisas_11_2012.pdf
Família Ocupacional ATÉ 4DE 5 A 9
DE 10 A 19
DE 20 A 49
DE 50 A 99
DE 100 A 249
DE 250 A 499
DE 500 A 999
1000 OU MAIS
Total
Trabalhadores nos Servicos de Manutencao de Edificacoes 39 -4 13 34 51 11 110 15 5 274Vendedores e Demonstradores em Lojas ou Mercados 217 6 28 30 -8 17 -15 -19 -9 247Escriturarios em Geral, Agentes, Assistentes e Auxiliares Administrativos 161 3 34 11 94 -19 -27 39 -133 163Ajudantes de Obras Civis 110 -4 13 -14 2 5 41 14 -14 153Operadores de Maquinas de Conformacao de Metais 9 0 0 -1 0 0 0 0 120 128Cobradores e Afins -1 -1 13 4 -4 -49 6 36 105 109Alimentadores de Linhas de Producao 26 15 0 36 17 1 17 -4 1 109Trabalhadores Auxiliares nos Servicos de Alimentacao 34 -2 18 3 4 4 0 31 9 101Trabalhadores de Montagem de Estruturas de Madeira, Metal e Compositos em Obras Civis 48 -2 18 -13 18 27 6 -4 -1 97Caixas e Bilheteiros (Exceto Caixa de Banco) 12 46 4 24 7 4 -1 -6 5 95Subtotal das 10 famílias 655 57 141 114 181 1 137 102 88 1.476Demais famílias 949 -58 -144 -23 52 77 -114 -98 -65 576Total 1.604 -1 -3 91 233 78 23 4 23 2.052
Termo de Contrato Nº. 48918/2012 - Prefeitura do Município de Porto Alegre 16
TABELA 05 Distribuição (%) das admissões segundo tipo, por fa mília ocupacional selecionada
Porto Alegre, outubro de 2012
Fonte: MTE, Caged Elaboração: DIEESE
Na análise da remuneração média de outubro de 2012, verifica-se que os trabalhadores desligados
possuem remuneração média superior à dos trabalhadores admitidos. No período em destaque, o
salário médio dos desligados foi de R$ 1.026 e o dos admitidos R$ 990, ou seja, em média, o
trabalhador admitido neste período recebia uma remuneração que correspondia a 96,5% da
remuneração média do trabalhador desligado.
Ao analisar o mês de outubro comparativamente aos dois anos, imediatamente anteriores, verifica-
se que existe um crescimento real na renda dos trabalhadores na admissão, na medida em que de
2010 para 2011 houve um incremento de 4,0% e de 2011 para 2012, de 1,9%. Por outro lado, entre
os desligados, observa-se uma redução, no intervalo de 2010 e 2011 igual a -0,4% e de 2011 para
2012 verifica-se perda de -1,3% (Gráfico 04).
Familia Ocupacional Admissão por primeiro emprego
Admissão por reemprego
Contrato por prazo determinado e reintegração
Total
Trabalhadores nos Serviços de Manutenção de Edificações 4,3 95,4 0,3 100,0
Vendedores e Demonstradores em Lojas ou Mercados 6,5 93,3 0,2 100,0
Escriturários em Geral, Agentes, Assistentes e Auxiliares Administrativos 14,9 84,5 0,6 100,0
Ajudantes de Obras Civis 6,8 93,0 0,3 100,0
Operadores de Maquinas de Conformação de Metais - 100,0 - 100,0
Cobradores e Afins 17,9 82,1 - 100,0
Alimentadores de Linhas de Produção 5,3 94,7 - 100,0
Trabalhadores Auxiliares nos Serviços de Alimentação 9,6 90,4 - 100,0
Trabalhadores de Montagem de Estruturas de Madeira, Metal e Compósitos em Obras Civis6,3 93,7 - 100,0
Caixas e Bilheteiros (Exceto Caixa de Banco) 4,6 95,4 - 100,0 Subtotal das 10 famílias 8,2 91,6 0,2 100,0 Demais famílias 8,0 91,6 0,4 100,0
Total 8,1 91,6 0,4 100,0
Termo de Contrato Nº. 48918/2012 - Prefeitura do Município de Porto Alegre 17
GRÁFICO 04 Salário médio real de admissão e de desligamento e relação percentual do salário de
admissão e desligamento Porto Alegre, outubro de 2010, 2011 e 2012
Fonte: MTE, Caged Elaboração: DIEESE Nota: Deflacionados pelo INPC/IBGE em R$ de outubro/2012.
A distribuição dos desligamentos em Porto Alegre,
em outubro de 2012, ocorreu fundamentalmente
entre os trabalhadores desligados sem justa causa
(42,8%) e a pedido do trabalhador (35,3%),
seguido pelo Término de contrato (19,3%) (Tabela
06).
Entre as dez famílias que mais desligaram, essas proporções ficam em 43,9%, 33,2% e 20,4%,
respectivamente. Destacam-se três famílias ocupacionais: os Motoristas de Veículos de Cargas em
Geral, os Instaladores-Reparadores de Linhas e Equipamentos de Telecomunicações e os Técnicos
de Vendas Especializadas, que registraram 68,9%, 59,2% e 54,7% dos desligamentos por iniciativa
do empregador sem justa causa, respectivamente Chamou atenção da grande representatividade dos
desligamentos por término de contrato para as ocupações de Operadores de Maquinas a Vapor e
Utilidades que (59,3% dos desligamentos se deram por esse motivo) e os Trabalhadores da
Mecanização Agropecuária (55,0%).
Termo de Contrato Nº. 48918/2012 - Prefeitura do Município de Porto Alegre 18
TABELA 06 Distribuição (%) dos desligamentos segundo tipo, po r família ocupacional selecionada¹
Porto Alegre, outubro de 2012
Fonte: MTE, Caged Elaboração: DIEESE Notas: (1) Famílias ocupacionais com maior saldo negativo no período. (2) Outros - Incluem os desligamentos ocorridos por morte e aposentadoria
Em Porto Alegre, 68,3% dos trabalhadores desligados em outubro de 2012, não completaram um
ano no último emprego, sendo que 47,8% dos trabalhadores permaneceram menos de seis meses
completos, e 25,4%, menos de três meses completos (Tabela 07).
Entre as famílias ocupacionais que mais desligaram, 29,7% dos trabalhadores foram desligados
antes de completar 3 meses no estabelecimento; 50,5% desses trabalhadores não permaneceram seis
meses no emprego e 72,9% foram desligados antes de
completar um ano.
Vale destacar que entre os Operadores de
Telemarketing, 49,2% dos desligados não haviam
completado 3 meses de emprego. Essa família
ocupacional, assim como a de telefonistas tem
aparecido com frequência no monitoramento mensal
realizado esse observatório5, sempre indicando a alta representatividade de desligamentos com
menos de 3 meses de emprego. Ademais em outubro, 83,6% desses trabalhadores foram desligados
antes de completar um ano no emprego.
E entre os Operadores de Maquinas a Vapor e Utilidades chamou a atenção os percentuais de
desligados com tempo de permanência no emprego de 6 a 11,9 meses, o que possivelmente está
5 Relatórios mensais disponíveis em: http://geo.dieese.org.br/poa/estudos_mensais.php
Família Ocupacional
Desligamento por Demissão
sem Justa Causa
Desligamento por Demissão
com Justa Causa
Desligamento a Pedido
Término de Contrato
Outros motivos
Total
Tecnicos de Vendas Especializadas 54,7 1,2 30,5 13,6 - 100,0
Motoristas de Veiculos de Cargas em Geral 68,9 0,6 20,4 9,5 0,6 100,0
Operadores de Telemarketing 38,9 4,3 38,7 18,0 0,1 100,0
Cozinheiros 44,2 1,3 34,9 19,4 0,2 100,0
Instaladores-Reparadores de Linhas e Equipamentos de Telecomunicacoes59,2 1,6 37,6 1,6 - 100,0
Operadores de Maquinas a Vapor e Utilidades 30,5 - 10,2 59,3 - 100,0
Vendedores em Domicilio 48,9 - 28,7 21,3 1,1 100,0
Trabalhadores da Mecanizacao Agropecuaria 45,0 - - 55,0 - 100,0
Pintores de Obras e Revestidores de Interiores (Revestimentos Flexiveis)47,9 2,1 21,3 28,7 - 100,0
Trabalhadores nos Servicos de Manutencao de Edificacoes 36,7 2,4 35,6 24,8 0,5 100,0
Subtotal das 10 famílias 43,9 2,2 33,2 20,4 0,3 100,0
Demais 42,6 2,1 35,7 19,1 0,5 100,0
Total 42,8 2,1 35,3 19,3 0,5 100,0
Termo de Contrato Nº. 48918/2012 - Prefeitura do Município de Porto Alegre 19
associado ao tipo de desligamento predominante nessa família ocupacional – como visto
anteriormente - que registrou 59,3% dos desligamentos por término de contrato.
TABELA 07 Distribuição (%) dos desligamentos segundo tempo de permanência no emprego, por
família ocupacional selecionada¹ Porto Alegre, outubro de 2012
Fonte: MTE, Caged Elaboração: DIEESE Nota: (1) Famílias ocupacionais com maior saldo negativo no período.
Família Ocupacional1,0 a
2,93,0 a
5,96,0 a 11,9
12,0 a 23,9
24,0 a 35,9
36,0 a 59,9
60,0 a 119,9
120,0 ou Mais
TOTAL
Técnicos de Vendas Especializadas 19,9 26,2 22,0 13,4 7,1 6,8 2,4 2,1 100,0 Motoristas de Veículos de Cargas em Geral 18,2 21,3 26,4 16,2 7,1 5,7 3,4 1,7 100,0 Operadores de Telemarketing 49,2 19,0 15,4 9,9 3,7 1,9 0,8 0,1 100,0 Cozinheiros 27,4 20,9 26,2 11,8 5,8 4,0 2,4 1,4 100,0 Instaladores-Reparadores de Linhas e Equipamentos de Telecomunicações13,9 12,3 34,4 25,4 12,3 1,6 - - 100,0 Operadores de Maquinas a Vapor e Utilidades 6,9 31,0 36,2 10,3 3,4 5,2 1,7 5,2 100,0 Vendedores em Domicilio 18,5 25,0 21,7 10,9 17,4 6,5 - - 100,0 Trabalhadores da Mecanização Agropecuária 25,0 15,0 30,0 15,0 12,5 2,5 - - 100,0 Pintores de Obras e Revestidores de Interiores 33,0 29,7 16,5 11,0 6,6 1,1 - 2,2 100,0 Trabalhadores nos Serv. de Manut. e Conser. Edifícios e Logradouros 27,0 19,5 22,4 15,7 8,9 3,8 2,4 0,3 100,0 Subtotal das 10 famílias 29,7 20,8 22,5 13,4 7,0 3,8 1,9 0,9 100,0 Demais famílias 24,6 22,7 20,2 14,9 6,8 5,4 3,5 1,9 100,0 Total 25,4 22,4 20,6 14,7 6,8 5,2 3,2 1,7 100,0
Termo de Contrato Nº. 48918/2012 - Prefeitura do Município de Porto Alegre 20
CONCLUSÃO Em Porto Alegre, o saldo de 2.052 postos de trabalho verificado em outubro de 2012 foi resultado
da combinação entre as famílias ocupacionais que obtiveram saldo positivo, ou seja, mais
admissões que desligamentos e as famílias ocupacionais que desligaram mais do que admitiram -
saldo negativo.
A família ocupacional que mais gerou saldo positivo de emprego no mês foi a de Trabalhadores
nos Serviços de Manutenção de Edificações igual a 274 vagas, seguida por Vendedores e
Demonstradores em Lojas ou Mercados (247) e Escriturários em Geral, Agentes, Assistentes e
Auxiliares Administrativos (163). Entre os destaques negativos, ou seja, que eliminaram postos de
trabalho estão os Técnicos de Vendas Especializadas (-98), seguido pelos Motoristas de Veículos de
Cargas em Geral (-83) e Operadores de Telemarketing (-56).
Na análise que verificou qual foi o porte de estabelecimentos que mais gerou vagas, encontraram-se
os pequenos estabelecimentos, ou seja, aqueles que empregam até 4 empregados, que responderam
por 78,2% do saldo positivo. A maior parte (91,6%) dos trabalhadores admitidos em outubro já
tinham tido emprego anterior, ou seja, a oportunidade para aqueles sem experiência ainda é restrita,
na medida em que representou 8,1% das oportunidades de trabalho (sendo que a média de outras
capitais brasileiras é de 16%).
A remuneração média dos trabalhadores admitidos em outubro (R$ 990), quando comparado ao
mesmo mês dos dois anos imediatamente anteriores, apresentou modesta melhora, no entanto a
remuneração dos desligados tem piorado. Nota-se que embora esteja reduzindo a diferença entre o
salário médio do admitido e do desligado, em outubro, um admitido ganhava em média 96,5% do
salário do desligado na capital gaúcha.
Foi possível identificar que, embora haja uma mobilização em busca de mão-de-obra em Porto
Alegre, conforme registrado em sucessivas manifestações pelos empresários nas reuniões mensais
da Comissão Municipal de Emprego, a maior parte dos desligamentos no município, ocorrem por
iniciativa do empregador sem justa causa (42,8%), como vem sendo observado todos os meses6 em
Porto Alegre. Ademais, na análise desses desligamentos, notou-se o baixo tempo de permanência no
emprego, visto que, 68,3% dos trabalhadores desligados em outubro, não completaram um ano no
último vínculo e 47,8% não completou seis meses. Algumas ocupações se destacam como foi o
6 Relatórios mensais de acompanhamento do mercado de trabalho formal de Porto Alegre, disponíveis em: http://geo.dieese.org.br/poa/estudos_mensais.php
Termo de Contrato Nº. 48918/2012 - Prefeitura do Município de Porto Alegre 21
caso dos Operadores de Telemarketing, que 83,6% desses desligamentos foram de trabalhadores
que não completaram um ano na empresa.
Resumidamente é possível concluir que, em outubro, apesar da retração na geração de emprego, no
contexto nacional, Porto Alegre apresentou resultado positivo de emprego, puxado especialmente
pelo Comércio varejista.
Termo de Contrato Nº. 48918/2012 - Prefeitura do Município de Porto Alegre 22
GLOSSÁRIO
Atividade econômica: Conjunto de unidades de produção caracterizado pelo produto produzido, classificado conforme sua produção principal. O IBGE possui, dentre outras, uma classificação de nove setores de atividade econômica: extrativa mineral; indústria de transformação; serviços industriais de utilidade pública; construção civil; comércio; serviços; administração pública; agropecuária, extrativa vegetal, caça e pesca; e ‘outros’. CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados): É um registro administrativo do Ministério do Trabalho e Emprego, de periodicidade mensal e que contém as declarações de estabelecimentos com movimentação (admissões ou desligamentos) prestada até o dia 7 do mês subsequente à movimentação. CBO (Classificação Brasileira de Ocupações): é o documento que reconhece, nomeia e codifica os títulos e descreve as características das ocupações do mercado de trabalho brasileiro. Foi instituída pela portaria ministerial nº. 397, de 9 de outubro de 2002, e tem por finalidade a identificação das ocupações no mercado de trabalho, para fins classificatórios junto aos registros administrativos e domiciliares. CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas): É um instrumento padrão de classificação para identificação das unidades produtivas do Brasil, sob o enfoque das atividades
econômicas existentes. É desenvolvida sob a coordenação do IBGE, de forma compatível com a International Standard Industrial Classification – ISIC, terceira revisão aprovada pela Comissão de Estatística das Nações Unidas em 1989 e recomendada como instrumento de harmonização das informações econômicas em âmbito internacional. Família ocupacional: cada família ocupacional constitui um conjunto de ocupações similares correspondente a um domínio de trabalho mais amplo que aquele da ocupação. INPC: Índice Nacional de Preços ao Consumidor é medido pelo IBGE em 11 capitais brasileiras. Consideram-se apenas famílias com renda entre 1 e 8 salários mínimos. Saldo do emprego: resultado da diferença entre admissões e desligamentos nos estabelecimentos declarantes do CAGED. Indica o emprego efetivamente criado no período. Variação percentual do estoque de emprego (%): Indica o aumento ou a diminuição do estoque do emprego em decorrência da criação/perda de empregos no período. É calculado através da fórmula: saldo da movimentação do mês/ano ÷ estoque inicial do mesmo mês de referência x 100.
ANEXOS
Termo de Contrato Nº. 48918/2012 - Prefeitura do Município de Porto Alegre 24
ANEXO 01 Saldo de empregos celetistas
Brasil, 2012
Fonte: MTE, Caged. Elaboração: DIEESE.
ANEXO 02 Saldo de empregos celetistas por setor e subsetor d e atividade econômica
Brasil, 2012 e outubro de 2012
Fonte: MTE, Caged. Elaboração: DIEESE. * Nota: Resultados acrescidos dos ajustes;
Setor/Subsetor de atividade econômica Admissões Desligamentos Saldo Admissões Desligamentos Sa ldo
TOTAL 1.710.580 1.643.592 66.988 18.581.230 16.892.385 1.688.845
1.EXTRATIVA MINERAL 4.135 4.427 -292 55.326 42.622 12.704
2.INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO 318.155 300.635 17.520 3.449.585 3.168.666 280.919
Indústria de produtos minerais não metálicos 18.171 18.400 -229 204.694 190.645 14.049
Indústria metalúrgica 28.258 27.225 1.033 305.054 294.250 10.804
Indústria mecânica 23.010 21.969 1.041 252.110 235.185 16.925
Indústria do material elétrico e de comunicações 11.049 10.591 458 121.547 111.404 10.143
Indústria do material de transporte 14.683 14.439 244 143.038 139.206 3.832
Indústria da madeira e do mobiliário 21.333 20.184 1.149 224.732 207.576 17.156
Indústria do papel, papelão, editorial e gráf ica 13.009 12.260 749 133.546 126.977 6.569
Indústria da borracha, fumo, couros, peles, similares, ind. diversas 12.099 11.877 222 148.749 134.527 14.222
Indústria química de produtos farmacêuticos, veterinários, perfumaria 35.774 32.134 3.640 369.514 316.591 52.923
Indústria têxtil do vestuário e artefatos de tecidos 42.324 40.624 1.700 457.260 428.880 28.380
Indústria de calçados 16.296 16.611 -315 185.497 165.961 19.536
Indústria de produtos alimentícios, bebidas e álcool etílico 82.149 74.321 7.828 903.844 817.464 86.380
3.SERV INDUST DE UTIL PÚBLICA 6.784 7.381 -597 92.714 79.844 12.870
4.CONSTRUÇÃO CIVIL 217.784 226.074 -8.290 2.518.431 2.246.251 272.180
5.COMÉRCIO 436.240 386.643 49.597 4.236.322 3.996.462 239.860
Comércio varejista 370.782 329.955 40.827 3.584.865 3.408.459 176.406
Comércio atacadista 65.458 56.688 8.770 651.457 588.003 63.454
6.SERVIÇOS 637.164 604.440 32.724 6.976.732 6.257.364 719.368
Instituições de crédito, seguros e capitalização 7.665 6.931 734 82.390 73.682 8.708
Com. e administração de imóveis, valores mobiliários, serv. técnico 251.956 241.028 10.928 2.697.342 2.490.241 207.101
Transportes e comunicações 78.233 73.574 4.659 818.098 734.096 84.002
Serviços de alojamento, alimentação, reparação, manutenção, redação 225.246 217.838 7.408 2.433.466 2.233.818 199.648
Serviços médicos, odontológicos e veterinários 45.433 39.989 5.444 493.535 395.798 97.737
Ensino 28.631 25.080 3.551 451.901 329.729 122.172
7.ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 4.073 7.594 -3.521 107.310 75.221 32.089
8.AGROPECUÁRIA 86.245 106.398 -20.153 1.144.810 1.025.955 118.855
out/12 Acumulado no ano 2012*
Termo de Contrato Nº. 48918/2012 - Prefeitura do Município de Porto Alegre 25
ANEXO 03
Saldo de emprego Grandes Regiões, outubro de 2011 e 2012
Fonte: MTE, Caged Elaboração: DIEESE.
Termo de Contrato Nº. 48918/2012 - Prefeitura do Município de Porto Alegre 26
ANEXO 04 Ranking do Saldo de vagas e variação
Estados brasileiros, outubro de 2011 e 2012
Fonte: MTE, Caged Elaboração: DIEESE. Nota (2): Embora seja possível matematicamente fazer o cálculo da variação entre saldo positivo e negativo, por se tratarem de resultados de natureza completamente distintas, optou-se por não se realizar esse tipo de relação.
Ranking Out/2012
Estados out/11 out/12 Variação (%)
1º São Paulo 22.879 21.067 -7,9
2º Rio Grande do Sul 16.522 11.194 -32,2
3º Santa Catarina 13.153 8.969 -31,8
4º Rio de Janeiro 13.259 6.864 -48,2
5º Paraná 11.569 6.656 -42,5
6º Alagoas 5.938 5.419 -8,7
7º Ceará 6.250 3.934 -37,1
8º Pernambuco 7.421 3.600 -51,5
9º Sergipe 2.239 3.139 40,2
10º Espírito Santo 4.254 2.409 -43,4
11º Paraíba 2.056 1.754 -14,7
12º Amazonas 2.627 1.549 -41,0
13º Para 5.963 1.400 -76,5
14º Mato Grosso 481 1.048 117,9
15º Piaui 1.494 950 -36,4
16º Mato Grosso do Sul -1.986 774
17º Roraima 183 404 120,8
18º Maranhão 2.064 22 -98,9
19º Amapa 673 -94
20º Rio Grande do Norte 1.941 -185
21º Acre -40 -293
22º Tocantins 779 -370
23º Distrito Federal 3.179 -620
24º Rondônia -33 -1.006
25º Goiás -4.661 -1.671
26º Bahia 481 -4.886
27º Minas Gerais 7.458 -5.039
Total 126.143 66.988 -46,9
Termo de Contrato Nº. 48918/2012 - Prefeitura do Município de Porto Alegre 27
ANEXO 05 Ranking do Saldo de vagas
Capitais brasileiras, acumulado de 2012 e outubro d e 2011 e 2012
Fonte: MTE, Caged Elaboração: DIEESE.
Ranking Out/2012
Capital out/11 out/12 Acumulado 2012 Total
1º São Paulo - SP 19.702 8.517 110.239 129.941
2º Rio de Janeiro - RJ 6.405 4.978 58.481 64.886
3º Recife - PE 5.342 3.351 7.287 12.629
4º Belo Horizonte - MG 4.415 2.862 43.237 47.652
5º Porto Alegre - RS 3.402 2.052 14.511 17.913
6º Fortaleza - CE 4.430 1.696 16.440 20.870
7º Manaus - AM 2.479 1.546 4.511 6.990
8º Curitiba - PR 3.948 1.380 26.640 30.588
9º Goiânia - GO 2.893 1.119 19.449 22.342
10º Terezina - PI 937 980 3.642 4.579
11º Belém - PA 1.532 815 5.496 7.028
12º Florianópolis - SC 275 606 1.017 1.292
13º Campo Grande - MS 758 599 6.149 6.907
14º Maceió - AL 881 513 2.749 3.630
15º Boa Vista - RR 172 376 1.859 2.031
16º São Luiz - MA 2.983 303 -102 2.881
17º Vitória - ES 1.241 220 793 2.034
18º Macapá - AP 687 22 1.292 1.979
19º João Pessoa - PB 347 -34 3.952 4.299
20º Palmas - TO 212 -64 1.633 1.845
21º Rio Branco - AC -11 -89 1.168 1.157
22º Cuiabá - MT -266 -131 5.021 4.755
23º Aracaju - SE 519 -195 5.598 6.117
24º Natal - RN 262 -386 4.251 4.513
25º Brasília - DF 3.179 -620 14.730 17.909
26º Porto Velho - RO 29 -734 1.593 1.622
27º Salvador - BA -439 -859 6.840 6.401
Demais regiões 59.829 38.165 950.614 1.010.443
Total 126.143 66.988 1.319.090 1.445.233
Termo de Contrato Nº. 48918/2012 - Prefeitura do Município de Porto Alegre 28
ANEXO 06 Evolução do Saldo de vagas para o mês de outubro
Regiões Metropolitana de Porto Alegre, de 2002 e 20 12
Fonte: MTE, Caged Elaboração: DIEESE.
ANEXO 07
Evolução do saldo do emprego formal acumulado Porto Alegre, 2002 a 2012
Fonte: MTE, Caged. Elaboração: DIEESE.