Ocupação Grupo Corpo - Calendário 2016
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janeiro 2016 | 1 Confraternização Universal
Maria Maria (1976)
Primeiro espetáculo do grupo, ficou em cartaz por dez anos e foi apresentado em 14 países. Maria Maria conta com trilha sonora original composta por Milton Nascimento e roteiro de Fernando Brant. O balé narra uma história de libertação por meio da figura de uma mulher forte e lutadora.
coreografia: Oscar Araiz | música: Milton Nascimento
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fevereiro 2016 | 9 Carnaval 10 Cinzas
Prelúdios (1985)
Depois de Último Trem (1980), comandado pelo mesmo trio de Maria Maria (1976) – Oscar Araiz, Fernando Brant e Milton Nascimento –, em 1981 Rodrigo Pederneiras passa a ser coreógrafo residente da companhia, investindo em coreografias menos lineares e mais abstratas. A trilha sonora conta com a interpretação do pianista Nelson Freire para os 24 prelúdios do compositor polonês Frédéric Chopin, “Opus 28”.
coreografia: Rodrigo Pederneiras | música: Frédéric Chopin (interpretação de Nelson Freire)
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março 2016 | 25 Sexta-Feira da Paixão 27 Páscoa
Missa do Orfanato (1989)
A partir da composição homônima do austríaco Wolfgang Amadeus Mozart – criada em 1768 para a consagração da Igreja do Orfanato, em Viena –, a companhia dá continuida-de ao casamento entre música erudita e dança contemporânea. O conjunto de bailarinos se transforma em uma massa de desamparados e infelizes, que revela, mais do que a glória divina, a miséria da condição humana. O cenário remete a uma catedral degradada pelo tempo e o figurino, de roupas simples e envelhecidas, completa a atmosfera religio-sa. Marcante na história da companhia, foi essa produção que proporcionou ao grupo seu primeiro grande patrocínio.
coreografia: Rodrigo Pederneiras | música: Wolfgang Amadeus Mozart
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abril 2016 | 21 Tiradentes
21 (1992)
Com este balé o grupo volta a utilizar uma trilha sonora original – durante praticamen-te uma década a companhia se valeu de composições de grandes músicos, como Heitor Villa-Lobos, Robert Schumann e Frédéric Chopin. As trilhas compostas es-pecialmente para os espetáculos passam a ser uma das características mais decisivas para a produção futura do grupo. Partindo da melodia elaborada por Marco Antônio Guimarães, Rodrigo Pederneiras cria passos e movimentos que se fundem às notas musicais e se desconectam completamente das estruturas rígidas do balé clássico. A coreografia é inspirada nas combinações em torno do número 21, que pauta os arranjos rítmicos de Guimarães, diretor artístico do grupo de música instrumental Uakti.
coreografia: Rodrigo Pederneiras | música: Marco Antônio Guimarães
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maio 2016 | 1 Dia do Trabalho 26 Corpus Christi
Parabelo (1997)
A trilha original de Tom Zé e José Miguel Wisnik mistura a rabeca nordestina à zabumba e ao canto das lavadeiras, numa combinação que remete com clareza às raízes da cultura popular. O processo de construção conjunta permitiu que Rodrigo Pederneiras criasse uma coreografia considerada por ele como a mais brasileira e regional, que esbanja jogo de cintura e marcação de pé. O cenário e o figurino caminham no mesmo sentido e ressaltam as cores, os ex-votos e outros ícones de inspiração sertaneja.
coreografia: Rodrigo Pederneiras | música: Tom Zé e José Miguel Wisnik
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Benguelê (1998)
Centrado nos ritmos afro-brasileiros, o espetáculo explora o maracatu, o candomblé e o congado. O músico João Bosco foi o responsável pela trilha sonora, composta de 11 temas criados especialmente para o balé e de recriações de músicas como “Chorinho 1x0”, de Pixinguinha, e “Tarantá”, canção típica do folclore brasileiro. Ora festivos, ora ritualísticos, os movimentos da coreografia sugerem danças tribais que evocam e exaltam o passado africano e suas profundas raízes na cultura brasileira.
coreografia: Rodrigo Pederneiras | música: João Bosco
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O Corpo (2000)
Talvez este seja o trabalho do grupo em que a harmonia entre o corpo, a iluminação e a música se faça sentir de maneira mais impactante. Na cenografia, spots de luz apa-gam e acendem de acordo com a frequência de cada som, e cada um dos movimen-tos precisos e violentos dos bailarinos acompanha os timbres metálicos – e também a cintilação – da música eletrônica criada por Arnaldo Antunes. Inspirada no imaginário das metrópoles, a coreografia estrutura novas possibilidades de vocabulário, que vão da malemolência ao robótico.
coreografia: Rodrigo Pederneiras | música: Arnaldo Antunes
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Lecuona (2004)
Depois de 12 anos trabalhando com trilhas criadas especialmente para cada obra – a partir de 1992, com o espetáculo 21, a prática tornou-se uma regra para o grupo –, a companhia interpretou composições do cubano Ernesto Lecuona (1895-1963). A coreografia é quase toda construída a partir de pas de deux – trecho do balé dançado geralmente por um bailarino e uma bailarina. Só há uma formação de grupo – a valsa final –, o que torna o espetáculo singular diante das demais produções da companhia. As canções da década de 1950 – sobre amores ardentes, ciúmes trágicos, rancores – norteiam a dramaticidade das cenas e dos passos.
coreografia: Rodrigo Pederneiras | música: Ernesto Lecuona
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Onqotô (2005)
Onde é que eu estou? A pergunta – que em “mineirês” dá nome a este espetáculo – completa os questionamentos da investigação que Caetano Veloso e José Miguel Wisnik fazem na trilha sonora: qual é a origem do universo? As canções abordam tanto a teoria científica – segundo a qual ele teria surgido de uma grande explosão, o Big Bang – quanto a versão espirituosa de Nelson Rodrigues, que estabelece uma relação entre a concepção do cosmos e uma partida de futebol. A coreografia se desdobra em torno das cenas de origem e do sentimento de fragilidade inerente à condição humana. A simplicidade do espaço cênico sugere um buraco negro, o nada. Com esta produção, a companhia mineira comemorou o seu 30º aniversário.
coreografia: Rodrigo Pederneiras | música: Caetano Veloso e José Miguel Wisnik
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Triz (2013)
A palavra “triz” tem sua origem no vocábulo trikós, que em grego significa “pelo”, “cabelo” – daí a expressão “por um triz”. Quase, por pouco, prestes a. Apesar de deixar implícita a noção de mudança, fica clara a certeza de limite. Neste espetáculo, os baila-rinos atuam em estado de tensão permanente, como se qualquer imprecisão pudesse ser fatal. Na trilha sonora, Lenine utiliza apenas instrumentos de corda e repete temas melódicos, subvertendo-os em diferentes momentos. Cerca de 15 quilômetros de cabo de aço compõem a cenografia e fazem alusão às músicas. O chão também apa-rece marcado, indicando fronteiras que podem ou não ser transpostas pelos bailarinos.
coreografia: Rodrigo Pederneiras | música: Lenine
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Suíte Branca (2015)
Depois de dançar durante 12 anos as coreografias de Rodrigo Pederneiras, Cassi Abran-ches foi convidada pela companhia para assinar Suíte Branca. O espetáculo, assim como Dança Sinfônica (2015), marcou os 40 anos do grupo. Criada por Samuel Rosa, a trilha sonora sugere uma noção de leveza, com notas agudas de guitarra, psicodelia e referên-cias à música mineira. No palco, uma página em branco, uma tela a ser preenchida. Os bailarinos parecem riscar um cenário que ora lembra papel, ora se assemelha a uma mon-tanha ou a uma geleira. A beleza e a calma do branco também compõem o figurino. O tênis, a bermuda e a camiseta permitem e revelam a liberdade de movimentos proposta pela coreografia.
coreografia: Cassi Abranches | música: Samuel Rosa
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Dança Sinfônica (2015)
Assim como Suíte Branca (2015), este espetáculo comemorou os 40 anos da compa-nhia. Mas, ao contrário do que se pode pensar, as duas produções se associam não pelas semelhanças, e sim pelos contrastes. Se a primeira seduz pela casualidade e pelo frescor, a segunda é de uma beleza arrebatadora, emocional. Em Dança Sinfônica, a trilha sonora indica um olhar para o passado: criada por Marco Antônio Guimarães – um dos mais frequentes colaboradores –, foi gravada pela Orquestra Filarmônica de Minas Gerais. Na coreografia, Rodrigo Pederneiras utiliza trechos de processos criativos ante-riores, que, recriados, ganham uma nova dramaturgia. Do figurino fazem parte o dramático vermelho-sangue e o luxuoso veludo.
coreografia: Rodrigo Pederneiras | música: Marco Antônio Guimarães (executada pela Orquestra Filarmônica de Minas Gerais)
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calendário | 2017