OFICINA DE MUSEOLOGIA

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OFICINA DE MUSEOLOGIA MATO-GROSSO / CUIABÁ maio/2005 Professor: Marcio Rangel

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OFICINA DE MUSEOLOGIA. MATO-GROSSO / CUIABÁ maio/2005 Professor: Marcio Rangel. Definições de museu. - PowerPoint PPT Presentation

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OFICINA DE MUSEOLOGIA

MATO-GROSSO / CUIABÁ

maio/2005

Professor: Marcio Rangel

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Definições de museu

• Museu é um estabelecimento de caráter permanente, administrado para interesse geral, com a finalidade de conservar, estudar, valorizar de diversas maneiras e, conjunto de elementos de valor cultural: coleções de objetos artísticos, históricos, científicos e técnicos, jardins botânicos e zoológicos, aquários.

(internacional Council of Museuns (ICOM) – 1956)

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2. Instituição permanente, sem fins lucrativos, a serviço da sociedade e do seu desenvolvimento, aberta ao público e que adquire, conserva, investiga, difunde e expõe os testemunhos materiais do homem e de seu entorno, para educação e deleite da sociedade.

Além das instituições designadas como “Museus”, se considerarão incluídas nesta definição:

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• Os sítios e monumentos naturais, arqueológicos e etnográficos

• Os sítios e monumentos históricos de caráter museológico, que adquirem, conservam e difundem a prova material dos povos e de seu entorno

• As instituições que conservam coleções e exibem exemplares vivos de vegetais e animais – como os jardins zoológicos, botânicos, aquários e vivários

• Os centros de ciência e planetários

• As galerias de exposição não comerciais

• Os institutos de conservação e galerias de exposição, que dependam de bibliotecas e centros arquivísticos

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• Os parques naturais

• As organizações internacionais, nacionais, regionais e locais de museus

• Os ministérios ou as administrações sem fins lucrativos, que realizem atividades de pesquisa, educação, formação, documentação e de outro tipo, relacionadas aos museus e à museologia

• Os centros culturais e demais entidades que facilitem a conservação e a continuação e gestão de bens patrimoniais, materiais ou imateriais

• Qualquer outra instituição que (...) reúna algumas ou todas as características do museu, ou que ofereça aos museus e aos profissionais de museus os meios para realizar pesquisas nos campos da Museologia, da Educação ou da Formação.

Versão aprovada pela 20ª Assembléia Geral. Barcelona, Espanha, 6 de julho de 2001.

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3. As instituições museológicas são compreendidas como práticas sociais colocadas ao serviço da sociedade e de seu desenvolvimento e comprometidas com a gestão democrática e participativa.

(DEMU/IPHAN/Minc – 2004)

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BREVE HISTÓRIA DOS MUSEUS

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Ashmolean Museum - 1683

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Museu Britânico - 1753

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Museu do Louvre - 1793

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Louvre

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HISTÓRICO DOS MUSEUS NO BRASIL

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Durante o período colonial podemos citar a experiência da Casa de Xavier dos

Pássaros.

Taxidermizava aves para museus portugueses.

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A chegada da família real em 1808 estabelece um novo ritmo no surgimento de instituições culturais:

• Em 1816 é criada a Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios. Célula-mãe do atual Museu Nacional de Belas Artes

•Em 1818 é criado o primeiro museu brasileiro: o Museu Real, atualmente conhecido como Museu Nacional da Quinta da Boa vista.

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Durante o império este processo foi mais intenso:

•Em 1838 é criado o Museu do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro

•Em 1864 é criado o Museu do Exército

•Em 1868 é criado o Museu da Marinha

•Em 1871 é criado o Museu Paraense Emílio Goeldi

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Prédio da Rocinha, na entrada do Parque Zoobotânico, 1902.

Museu Paraense

Emílio Goeldi

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1871 – a cidade de Belém no ano de fundação do museu

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Funcionários do Museu Paraense de História Natural e Ethnografia, em. 1907. Sentado, no centro, Emílio Goeldi.

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Urna funerária – coleção de arqueologia

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Exposição sobre Coleção Etnográfica

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Estação Científica Ferreira Penna, na Floresta Nacional de Caxiuanã

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Museu Paulista - 1895

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Sala de exposição do acervo de Zoologia

Sala de exposição do acervo de Botânica

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Antes das Universidades, dos Institutos científicos os museus já exerciam as funções de pesquisa, preservação, comunicação patrimonial e mesmo

de formação e capacitação profissional.

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Décadas de 20 e 30

• Neste período coloca-se em prática a idéia da construção de um Estado em que caiba as elites papel de destaque no encaminhamento da questão política e cultural

• São temas fundamentais:

1. A criação da nacionalidade

2. O estudo científico da realidade brasileira

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Neste contexto são criadas as seguintes instituições:

•Em 1922 o Museu Histórico Nacional

•Em 1932 o Curso de Museus

•Em 1934 a Inspetoria de Monumentos Nacionais.

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Tanto o Curso de Museus com a Inspetoria de Monumentos Nacionais, são considerados marcos, o primeiro na institucionalização da museologia e dos estudos de museus no Brasil. O segundo foi um dos principais antecedentes do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN), atual IPHAN, criado em 1936.

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•Em 1937 cria-se o Museu Nacional de Belas Artes

•Em 1938 o Museu da Inconfidência

•Em 1940 o Museu Imperial

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Década de 60

• Em 1960 criam-se os Museus Villa-Lobos e da República

•Criam-se inúmeros museus militares

•Surgem também um grande número de museus municipais

•Em 1967 é criado o Museu Lasar Segall

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Década de 70

Com a Mesa Redonda de Santiago do Chile, em 1972, tem início o Movimento da Nova Museologia (MINOM) que se consolida nos anos 80. México, França, Suíça, Portugal e Canadá serão inicialmente os formuladores desta nova concepção

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É neste momento que o conceito de museu passa por uma grande transformação: casas, fazendas, escolas, fábricas, estradas de ferro, músicas, minas de carvão, planetários, jardins botânicos, tudo isto poderia, a partir de agora, receber um olhar museológico.

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Museus no mundo contemporâneo

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• A batalha contra os museus foi um fato persistente da cultura modernista

• Através de seus arquivos e coleções, o museu definiu a identidade da cultura ocidental

• Nos fins do século XX e início do XXI, o museu passa de bode expiatório a menina dos olhos das instituições culturais.

• O papel do museu como um local conservador elitista ou como bastião da tradição da alta cultura dá lugar ao museu como cultura de massa, como um lugar de uma mise-en-scène espetacular e de exuberância operística.

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• O museu neste mundo torna-se mais amplo e amorfo e transforma-se no paradigma-chave das atividades culturais contemporâneas

• O novo museu e as novas práticas de exposição correspondem à mudança do perfil dos freqüentadores

• Mas a questão é: como explicar o sucesso do passado museológico numa época em que se apontou constantemente a perda do sentido da história, a deficiência da memória e uma amnésia generalizada?

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A popularidade do museu, seria o sintoma cultural principal da crise da fé ocidental na modernização enquanto uma certeza. Para julgar as atividades do museu precisaríamos determinar até que ponto ele ajuda a superar a ideologia insidiosa da superioridade de uma cultura sobre todas as outras, no espaço e no tempo. Até que ponto e de que maneira ele se abre para outras representações e como ele será capaz de lidar com os problemas de representação, narrativas e memória nas suas exposições e no seu projeto.

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O que deve pertencer a um museu e as suas coleções?

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Atualmente o critério da qualidade (raro, precioso, único) vem perdendo terreno numa época em que não se oferece qualquer consenso nítido sobre o que pertence a um museu. O argumento de qualidade desabou a partir do momento em que a documentação do cotidiano e da cultura regional, as coleções de artefatos tecnológicos e industriais, de móveis, de brinquedos, de roupas e assim por diante se tornaram mais do que nunca um projeto museológico legítimo, com vem acontecendo nos últimos anos

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O museu e o mundo real do presente permanecem separados. O museu é recomendado como um local de lazer, de tranqüilidade e de meditação necessária para se confrontarem os estragos causados pela aceleração do lado de fora de suas muralhas.

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TIPOLOGIAS DE MUSEUS

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1. Museu Tradicional1.1 Museu Tradicional Ortodoxo

(acadêmico)

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• Estética do ambiente é fundamental

• Núcleos de exposição integrados

• Espaços bem delimitados para cada núcleo

• A exposição segue um ROTEIRO DEFINIDO (circuito)

• Há uma ênfase no OBJETO COMO PRODUTO CULTURAL (o museu tradicional valoriza o objeto)

• Objeto em si (técnica conceitual)

• Conjuntos de objetos ( técnicas de ambientação e de reconstituição)

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Museu Histórico Nacional – RJ

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Capela Imperial do Paço de São Cristóvão (MHN).

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Exposição de ex-votos (MHN)

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Exposição “E por falar em moda”, 2002

(MHN)

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Museu Nacional de Belas Artes - RJ

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A Cultura em Tempos de AIDS - MNBA

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Museu Imperial – Petrópolis/RJ

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Entrada

Sala de Jantar

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Sala de Música

Sala de Visitas da Imperatriz

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Quarto das Princesas

Gabinete de D. Pedro II

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Sala do Trono

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MASP

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Museu do Traje – Madri - Espanha

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Museu de Girona - Espanha

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Museu de Geociências - UNB

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Museu Inaldo de Lyra Neves-Manta – Rio de Janeiro

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Museu de História Natural - Paris

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1.2 Museu Tradicional do Tipo Interativo (exploratório)

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• Estética geral do ambiente não é fundamental• Exposição em núcleos definidos• Espaços não rigidamente delimitados• Há uma ênfase na PERCEPÇÃO e no TEMPO

do visitante• Trabalha um novo conceito de OBJETO• Dá ênfase aos conjuntos• Não há roteiros definidos, mas conjuntos

interativos• A compreensão só é possível com a

participação do visitante.

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Museu de Astronomia e Ciências Afins - RJ

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“Em 2002, 185.000 pessoas puderam conhecer alguns experimentos do MCT da PUCRS sem sair de suas cidades. O Projeto Museu Itinerante visitou 18 municípios do Rio Grande do Sul e um de Santa Catarina, levando o conceito de aprendizado com entretenimento. Trata-se de um caminhão equipado com sistema de projeção, microscópios e aparelhos multimídia, que carrega também parte do acervo interativo do museu.”

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Pêndulo de FoucaultMuseu das CiênciasValência/ Espanha

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1.3 Museu Tradicional com Coleções Vivas

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• Exposição em núcleos definidos• Núcleos definidos por classificação científica ou

ocorrência segundo critérios ecológicos (ex.: plantas das Floresta Amazônica; peixes do pacífico)

• Ênfase no ACERVO, que é constituído por ESPÉCIMES VIVOS

• Característica: o acervo se reproduz em exposição• Pode ou não ter um roteiro definido• Há pouca interação entre visitantes e acervo• Provoca intensa reação no visitante – mas para que haja

real compreensão, é necessário o complemento educativo ou gráfico (ex.: textos)

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Jardim Zoológico

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Oceanário - Lisboa

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2. Museus de Território

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2.1 Museus Comunitários e Ecomuseus

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• Baseados na musealização de um território

• Ênfase dada ás relações culturais e sociais Homem/território

• Características: valoriza PROCESSOS NATURAIS E CULTURAIS e não os objetos enquanto produtos da cultura

• Baseada no TEMPO SOCIAL

• Pode conter exposições tradicionais, baseadas em objetos

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Ecomuseu Creusot-Montceau

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Ecomuseu Municipal do Seixal

Núcleo Naval

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Moinho de Maré de Corroios

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Moinho de Maré de Corroios

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Norsk Folkemuseum

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Norsk Folkemuseum

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2.2 Parques Nacionais e outros sítios naturais

musealizados

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• Baseados na musealização de um território

• Ênfase dadas às relações entre os diversos componentes de um ecossistema (nos quais se inclui a presença humana)

• Característica: valoriza PROCESSO NATURAIS E CULTURAIS e suas conseqüências e produtos

• Baseada no tempo natural (biológico)

• Pode conter exposições tradicionais, com espécimes e objetos

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Parque Nacional das Emas – GO/MS

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Parque Nacional da Serra da Capivara - PI

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2.3 Cidades monumentos

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• Baseados na musealização de um território• A exposição é TODO O CONJUNTO• Ênfase dadas às relações entre os diversos

componentes do ecossistema, com priorização para a presença humana

• Característica: valoriza os resultados da presença humana sobre o território

• Baseada no TEMPO SOCIAL (cidades-monumento) e no TEMPO GEO-HUMANO (Sítios arqueológicos)

• Pode conter exposições tradicionais, com espécimes e objetos

• Cidades-monumentos podem conter todos os tipos de museus acima referidos.

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Ouro Preto - MG

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Olinda - PE

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Parati - RJ

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2.3 Museus Virtuais

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• Característica: não existe em materialidade, a não ser através de um possível registro em código informacional

• Exposição: existente apenas na tela do computador

• Pode apresentar todas as características de um do demais tipos de exposição

• Não tem público, na acepção tradicional do termo – mas visitantes individuais

• Cada visitante tem o potencial de alteração da exposição.

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PROJETO/PLANO MUSEOLÓGICO

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Antes do ato de criação do Museu

é necessário a apresentação de um projeto

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Criação de museus

Termo

de

criação:

• Decreto lei: decreto que o chefe do poder executivo expede, com força de lei.

• Portaria: documento de ato administrativo de qualquer autoridade pública que contém instruções acerca da aplicação de leis ou regulamentos, normas de execução...

• Ato Institucional: estatuto ou regulamento criado pelo governo

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Termo de criação

• Da natureza

• Do tipo

• Do vínculo

• Do patrimônio

• Da localização

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Documentos obrigatórios

• Ata de fundação ou decreto de fundação

• Regimento interno

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Regimento interno

Deve conter todas as informações sobre a natureza, objetivos e estruturas de

funcionamento do Museu.

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Termo de extinção

• A partir do dia tal ....

• O acervo será transferido / ficará sob a guarda ....

• O pessoal será lotado ....

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Outros documentos importantes para o Museu

• Código de Ética Profissional do Conselho Internacional de Museus - ICOM

• Código de Ética Profissional do Museólogo – COFEM

• Lei 7.287: Regulamentação da profissão de Museólogo

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PLANO MUSEOLÓGICO: UMA FERRAMENTA INDISPENSÁVEL PARA A GESTÃO DE MUSEUS

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MISSÃO

A missão é um conjunto de palavras que contém, de forma resumida, a finalidade, valores, metas, estratégia e o público alvo de uma instituição” (Davies, 2001, p.32)

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MISSÃO

Idealmente, a “missão” de uma instituição responde a cinco perguntas-chaves e procura resumir as respostas de forma sucinta:

Para que existimos (finalidade)

Em que acreditamos (valores)

O que queremos alcançar (metas)

O que fazemos (função)

Para quem o fazemos (público/parceiros)

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PLANO MUSEOLÓGICO

Definição:

“Estabelece uma visão clara a respeito de para onde se dirige o museu e como chegar até lá.”

(Davies, 2001, p.15)

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PLANO MUSEOLÓGICO

Do plano como um trabalho coletivo: importância, vantagens e limites

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Razões para não planejar (segundo Davies, 2001)

• Não temos tempo• Somos somente um museu pequeno• Afinal de contas, nada está acontecendo• Não temos dinheiro algum, não vale apena• Começamos, mas ficamos atolados e desanimados• Ninguém pediu para fazê-lo.

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Vantagens de se planejar (segundo Davies, 2001)

• Ajuda a assegurar no longo prazo a salvaguarda do acervo.

• Todos (dentro e fora do museu) enxergam mais claramente o que se está querendo realizar.

• Todos que aí trabalham sabem como se encaixam nas metas e objetivos do museu.

• Conduz ao uso mais eficaz dos recursosNão existe a “maneira certa” para preparar um plano museológico

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Não existe a “maneira certa” para preparar um plano

museológico

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Mas, que partes você esperaria encontrar em um plano museológico bem

estruturado?

1. Definição da missão

2. Diagnóstico da situação atual

3. Metas estratégicas

4. Objetivos atuais

5. Indicadores de desempenho

6. Apêndices (quando absolutamente necessários).

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Diagnóstico da situação atual

O diagnóstico incluirá aspectos tanto internos quanto externos ao museu. Será necessário iniciar o diagnóstico interno procurando identificar quais parecem ser os problemas básicos que o museu enfrenta, ou seja, analisar os Pontos Fortes, Pontos Fracos, Oportunidades e Ameaças.

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Análise SWOT(segundo Davies, 2001)

• Pontos fortes

• Oportunidades

• Pontos fracos

• Ameaças

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Estabelecendo metas estratégicas

• devem ser poucas e verdadeiramente estratégicas

•Devem ser o resultado de um consenso obtido por meio de ampla consulta dentro e fora do museu

•Devem ser realistas e atingíveis

•Devem ser tão especificas quanto possível

•Devem estar relacionadas às áreas de atividades essenciais do museu

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Cada meta estratégica estará, provavelmente, relacionada a uma área de atividade essencial do museu, por exemplo:

• Gerenciamento do acervo

• Acesso ao acervo e serviços

• Contribuição social/comunitária

• Educação/extensão

• Gestão de recursos

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Objetivos:

Estes são alvos a curto prazo, relacionados a cada meta estratégica e que se espera sejam atingidos dentro de um prazo identificado.

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Relacionando Metas estratégicas, Estratégia e Objetivos

• Aumentar o número de visitantes do museu (meta estratégica)

• Aumentar a visibilidade do museu (uma das estratégias a serem empregadas)

• Dobrar a produção de folhetos publicitários este ano (um dos objetivos)

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Avaliação de desempenho

Deve ser realizar uma revisão periódica dos objetivos para o ano corrente, para verificar se foram ou não alcançados. Se tais objetivos não foram alcançados, as causas devem ser pesquisadas e o plano talvez requeira alteração.

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Dicas dos especialistas

• Não gaste tempo demais pensando em fazer; simplesmente comece;

• Não tente produzir um plano perfeito ou muito elaborado; este deve ser um documento de trabalho e não uma obra de arte;

• É muito importante que o diretor do museu participe e esteja totalmente envolvido no processo;

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•Envolva o maior número possível de pessoas;

•Deixe claro o motivo pelo qual você está fazendo isso e para quem;

• Reserve tempo para o processo e mantenha-o em andamento em ritmo intenso;

• Aguarde fatos e verdades incômodas que podem ser revelados pelo plano museológico, criando tensões dentro do museu

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•Os consultores podem ser úteis ao processo, mas a responsabilidade pelas decisões e pelo plano é toda sua;

• Nunca esqueça quem deverá ser o beneficiário final: visitantes, usuários e clientes.

•Lembre-se de que o plano museológico, como todos os processos gerenciais, é um meio para se atingir um fim, não um fim em si mesmo.

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Projeto museográfico

Evolução das técnicas de exposições

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1. Século XVI / XVII

O Gabinete de curiosidades

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2. Século XVIII

• O museu instituição

• O museu classificador

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Século XIX

• O museu ordenador

• A acumulação

• A reconstituição do passado

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Fim do século XIX

• O museu começa a abordar

• Tecnologia• Educação de massas• Desigualdade social

Operariado

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Século XX

• A museografia é sedimentada no início do século XX

• museografia (técnicas de museus)

• O museu educativo

• O museu social

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Exposição

É um amostra ou exibição em determinado local e com técnicas adequadas, (aos objetivos, temas, propostas) de um conjunto de elementos orientados segundo um tema específico e com uso de uma linguagem própria, visando informar, motivar, despertar e conscientizar um determinado público para uma determinada mensagem ou realidade.

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Caracteriza a exposição

• Objeto (conjunto de elementos físicos)

•Tema

• Linguagem própria (linguagem museológica)

• Público – segmento específico da sociedade ou vários segmentos/várias sociedades

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Uma exposição também é:

• O principal veículo de comunicação dos museus

• Uma janela que o museu abre para a sociedade

• A síntese e o espelho (mesmo que deformado) da trajetória do homem

• Uma parte entre a sociedade e a realidade, tal como é interpretada pelo museu.

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Sob o ponto de vista técnico uma exposição também é uma

composição cujos elementos se encontram dispostos num espaço pré-determinado, harmonicamente

combinados.

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É importante perceber a realidade

• A geografia local

• Os hábitos e costumes

• O patrimônio

• As tradições

• Os problemas

• As soluções dos problema

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... a realidade será então interpretada e traduzida para o

visitante em linguagem museológica.

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Experiência

Humana

cultural

Traços materiais

e não materiais

museu

museologia

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Recolhe

Decodifica

interpreta

Recodifica em linguagem

museológica exposição

devolve

a sociedade

os traços

recodificados

da cultura

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Quatro métodos básicos de técnicas expositivas:

1. Conceitual (constrói uma realidade)

2. Ambientação (recria uma realidade)

3. Reconstituição (possui elementos suficientes para reconstituir um tema, quase que fiel ao original)

4. Musealização “in situ”.

Page 152: OFICINA DE MUSEOLOGIA

Conjunto de elementos que devem formar uma composição

1. Agradável

2. Limpa

3. De fácil acesso e circulação

4. De fácil visualização

5. De fácil compreensão

6. Completa e coerente, mas podendo ser completa

7. Segura

Page 153: OFICINA DE MUSEOLOGIA

Em todas as exposições você parte de um espaço real para o espaço criado museográficamente, para

atender o projeto.

Page 154: OFICINA DE MUSEOLOGIA

Relação existente entre o espaço real e o espaço criado

Recursos físicos: podem ampliar, diminuir ou modificar o espaço.

• Divisórias

• rebaixamento de teto

• parede falsa

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Ampliar o espaço:

Utiliza-se formas pequenas e leves, cores claras, transparências (painéis, vitrines de vidro) tintas, vernizes, corantes em escala monocromática, espelhos (solução cara), composições com poucas formas, elementos embutidos no chão, teto e parede etc.

Page 156: OFICINA DE MUSEOLOGIA

Reduzir espaço

Utiliza-se formas grandes, peças em destaque no centro; criação de espaços (pequenas galerias); rebaixamento de teto etc.

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Recursos visuais: não modificam fisicamente o espaço

• uso de cor para o chão

• uso de cor para o teto

• uso de cor para a parede

• luz artificial

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Elaboração do projeto museográficoEtapas do desenvolvimento do projeto

1. Concepção

2. Planejamento

3. Analise do ante-projeto

4. Programação

5. Análise do projeto

6. Implantação e Implementação

7. Avaliação

• Proposta• Ante-projeto• Ante-projeto aprovado• Projeto propriamente dito• Projeto aprovado• Resultado do projeto;

criação da exposição• Relatório

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Proposta

É a apresentação resumida da idéia do projeto, sua abrangência, suas características básicas, sua duração, seu custo, vantagens para a instituição.

A proposta tem por meta viabilizar a idéia do projeto

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Ante-projeto

É o desenvolvimento do projeto e tem por objetivo definir as seguintes características:

• Tipo do projeto (museu, exposição, etc)• Justificativa• Viabilidade• Abrangência do projeto• Condições gerais de realização (local, data etc)• Filosofia de trabalho ( inclui modelos conceituais adotados)• Metodologia de trabalho

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• Objetivos

• Resultados esperados

• Equipe a realizar o projeto

• Fases do trabalho e prazos de realização

• Custos estimados e fontes de recursos etc.

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Projeto

É o produto de um trabalho detalhado de planejamento e programação. Utiliza as informações contidas no ante-projeto, complementando-as e acrescentando outras informações indispensáveis a fase de implementação, tais como:

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• Introdução

• Descrição (ou análise) detalhada do modelo conceitual

• Histórico e/ou análise da situação que gerou o projeto

• Dados de pesquisa

• Estudo detalhado de viabilidades

• Condições específicas de realização

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• Detalhamento da metodologia de trabalho

• Especificação de papéis a serem desempenhados pela equipe

• Detalhar os custos e cronograma detalhado

• Análise dos resultados esperados

• Maquetes, plantas, diagramação, bibliografia, croquis etc.

• Outras informações.

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Relatório

É o relato detalhado de todas as fases do projeto e dos resultados obtidos,inclui:

• análise dos métodos, técnicas e materiais utilizados• análise do desempenho da equipe• descrição das dificuldades encontradas• análise de resultados alcançados e não alcançados• sugestões e propostas para novos trabalhos

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Detalhamento das informações técnicas

1. Planta Base:

Planta baixa simplificada contendo, que servirá de base a todo o trabalho de programação visual

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2. Planta de definição de núcleos

Atribui-se a cada item do roteiro da exposição um valor em relação ao conjunto

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3 . Planta de suporte de vitrines

Esta planta deve conter a localização das vitrines e suportes utilizados na exposição

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4. Planta/potencial de circulação

Ao se fazer esta planta, deve-se indicar cada superfície de visibilidade da exposição e como o visitante deverá chegar a ela, no seu trajeto pela sala.

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Faz-se um estudo de circulação considerando:

• O acesso a sala de exposição

• Os locais de maior concentração de visitante (ritmo lento)

• Os locais de fluxo de visitantes (ritmo acelerado)

• As paradas para descanso, anotações, participação tátil, audição de gravações etc.

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5. Planta de iluminação

Deve-se indicar a utilização de luz natural (sempre geral e pouco controlável) ou luz artificial, que pode ser geral ou local.

•Geral: fluorescente, incandescente.•Local: incandescente, halógena

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É importante a localização dos pontos de luz

Pode ser:

• no teto

• nas paredes

• no chão

• dentro das vitrines

• presa aos painéis

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6. Estudo de segurança

A segurança de uma exposição alcança todo o circuito, do início ao fim, e abrange:

•A localização da área

•As suas características físicas

•Treinamento da equipe que tem contato com o público

•Equipamentos contra incêndio (prevenção – detecção – alarmes – extinção)

•Equipamentos contra roubos (prevenção – detecção – alarmes)

•Equipamento para conservação de acervo exposto

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Noções de conservação

Estes materiais não devem ser expostos mais do que três meses

• 50 lux

• Couro• Papel• Pergaminho• Fotografia• Plumária• Guache• Cestaria• tecidos

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• 150 – 180 Lux

• Tela• Mobiliário• Marfim• Têmpera• Imaginária

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• 300 lux

• Pedras• Metais• Porcelanas• Vidro

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Manuseio e embalagem de obras de arte

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Textos em sala:

• Climatização

• Acondicionamento

• Laudos técnicos