Oficina Imagem Complexa e Analise de Imagem na Contemporaneidade na Semana de Comunicação da FIAM

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IMAGEM COMPLEXA E ANÁLISE DE IMAGENS NA CONTEMPORANEIDADE

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IMAGEM COMPLEXA E ANÁLISE DE IMAGENS NA CONTEMPORANEIDADE

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IMAGEM COMPLEXA [ Josep Català ]

•  A imagem complexa é um conceito que nos permite repensar as imagens.

•  Vivemos uma época de uma grande proliferação de imagens e de uma grande poluição da imagem.

•  Filme ensaio e interface são aspectos da imagem complexa

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IMAGEM COMPLEXA [ Uma cidade palimpsesta]

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O OLHAR  

Primeira ilustração de uma câmara escura - 1544 Teatro Grego

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O OLHAR  

No teatro grego o espectador contempla uma representação cercado pelos outros espectadores, mas com o surgimento da câmara obscura o “espetáculo se privatizou e agora é um espectador individualizado quem observa (CATALÀ, 2005: 537). •  Essa comparação revelar a mudança e a forma

como observamos uma vez que a câmara obscura fundamentou a distinção entre o olhar artístico e a visão cientifica: “uma regida pela emoção e outra pela razão”(CATALÀ, 2005: 538).

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• No teatro se organiza as vários imaginações e representações construindo uma arquitetura. Organiza realidade e ficção.

• O Teatro grego organiza o pensamento grego.

• No melodrama teatral não é possível captar toda a realidade, diferentemente do cinema.

• O cinema vem do melodrama teatral. • Os primeiros filmes são parados, sem

movimentos, como se fosse um grande palco.

O PENSAMENTO

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A chegada do trem na estação [ Irmãos Lumière -1895]

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• A pintura renascentista deseja a janela e usa a janela.

• É preciso criar a ideia de janela para que o visitante possa olhar pela janela.

• As imagens ao entrar nos olhos e são guardados.

• Segue a ideia de câmera escura.

The Virgin of Chancellor Rolin - 1433-34 - Jan van Eyck Musee du Louvre, Paris

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A visão, em sentido geral, não está só relacionada com os olhos. Na verdade, podemos dizer que vemos também com o corpo, já que o campo de visão e as experiências que dele derivam estão conectados à posição do corpo em relação à realidade que o rodeia, assim como toda experiência visual tem que ver com os estímulos que são recebidos do entorno por meio do corpo em sua totalidade. [...] A nossa visão não é outra coisa que não a propriedade de um corpo. Mas tudo isso só pode ter sentido para nós se o considerarmos a partir do momento em que já temos uma ideia clara do que significa a visão e das relações que ela mantém com o que chamamos de imagem ( CATALÀ: 2011: 19)

A VISÃO

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A VISÃO Fora da imagem, o espectador ( ou ator, nos processos de interatividade contemporâneos) situa-se diante dela de uma maneira que determina a percepção que se tem dela, ao mesmo tempo que a própria imagem, ou fenômeno visual, o coloca em uma posição social que articula sua identidade dentro desse marco. Perceber, ser receptor ou usuário de uma imagem, significa em primeiro lugar iniciar um jogo entre a identidade social e a identidade individual ( CATALÀ: 2011: 19).

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selfiecity —  são  paulo  [A video montage of 640 selfies from São Paulo]

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Albert Eckhout - Índia Tupi Kessel, Jan van the Elder - America complete (1966)

IMAGEM COMPLEXA [ Josep Català ]

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[ As imagens como ponte para o conhecimento]

•  Uma produção pictórica do hermetismo medieval onde 15 gravuras que descreve o método da grande obra da alquímica.

•  Não é um livro sem palavras. Na lâmina 14, existe uma expressão latina conhecida dos alquimistas: “Ora, lege, lege, lege, relege, labora et invenies” (“Reza, lê, lê, lê, relê, trabalha e encontrarás”).

•  A ideia de livro mudo vem a ser à total incompreensão dos seus sinais por parte dos leigos em alquimia, já que só os entendidos compreendiam as revelações das gravuras.

•  Uma complexa composição de imagens em que nada está representado por acaso. Mutus Liber – Editado por

Eugene Canseliet 1958.

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[ As imagens como ponte para o conhecimento]

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•  A verdade da imagem se encontra através da técnica, por ser um instrumento profundamente ligado a cultura visual contemporânea.

•  A tecnologia fez com que as imagens contemporâneas tornassem imagens complexas.

•  Todas as imagens podem ser complexas uma vez que a nossa “mirada” é complexa.

El poeta y el pinto - Chirico

IMAGEM COMPLEXA [ Josep Català ]

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A FORMA DAS IDEIAS

A perspectiva representa a tendência no sentido da globalidade da imagem época renascentista e pós-renascentista. A técnica implica uma vontade integradora muito forte que constitui o embasamento de seu realismo essencial (CATALÀ,2011: 123).

Vittore Carpaccio (1460-1526). O retorno do Embaixador.

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•  Durante o renascimento, ocorre uma recuperação do mundo clássico cuja tradição tinha sido supostamente, esquecida durante a longa Idade Média.

•  Um movimento cultural faz renascer tradições perdidas e consideradas transcendentais.

A FORMA DAS IDEIAS

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[ As imagens como ponte para o conhecimento]

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[ As imagens como ponte para o conhecimento]

A Entrega das Chaves a São Pedro, Capela Sistina [1481–82]

Reconstrução do templo de Jerusalém - Guillaume de Tyr. [Entre 1200 e1300].

As arestas paralelas dos objetos, ao se distanciarem do observador, fixo, deveriam convergir para um ponto (ponto de fuga),

porém, elas não o fazem.

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•  O interesse em recuperar o pensamento clássico é acompanhado de um interesse pela arte do passado e então há uma tomada de consciência de que esses restos tinham permanecidos até o momento sob o mesmo subsolo que sustentava as construções da sociedade atual.

•  Materializava-se também a ideia moderna da temporalidade.

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•  Hans Holbein nasceu em Augsburgo em 1497 e morreu em Londres em 1543.

•  Estudou com o pai (Holbein, o velho).

•  Em 1515 se instala em Basileia, na Suíça, e ilustra O elogio da loucura, de Erasmo de Rotterdam.

•  Torna-se amigo de Erasmo, que irá dar-lhe várias cartas de recomendação.

OS EMBAIXADORES - Hans Holbein, o Jovem [ roteiro a partir de leituras de John Berger, Arlindo Machado e Omar Calabrese] [ Carlos Roberto da costa]

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•  Em 1518 viaja para a Itália e entra em contato com a pintura de Leonardo da Vinci e de Andrea Mantegna.

•  Esta viagem influenciará no acabamento de seus retratos, na composição e riqueza das cores, típicas do renascimento italiano.

•  Acaba se tornando um grande retratista, embora fosse homem de muitas artes, como a astronomia e o desenho de projetos.

 

Hans Holbein  

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•  Volta para a Suíça, mas retorna para a Inglaterra em 1532, e se torna pintor da corte, por indicação do embaixador Jean de Dinteville, seu amigo. Fez diversos retratos de Henrique VIII.

•  Holbein foi um dos pintores mais intelectualizados de sua época.

•  Amigo de cientistas (como Kratzer, Schöner, Erasmo de Rotterdam e More).

•  Morreu numa epidemia de peste em 1543.

Hans Holbein  

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•  Este retrato de Tomás More, pintado por Holbein em sua primeira estadia na Corte inglesa, dá uma boa amostra de seu estilo de pintura e de retratista amante dos detalhes. Holbein se apresentar com carta de recomendação de seu amigo Erasmo.

Hans Holbein [ Retratos ] Tomás More  

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Hans Holbein [ Retratos ] Kratzer e de Erasmo de Rotterdam

 

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Gisze, um mercador alemão em Londres, e das rainhas Jane Seymour e Ana de Clèves (terceira e quarta esposa de Henrique VIII).

Hans Holbein [ Retratos]  

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LER UMA PINTURA

•  A pintura é um texto aberto à leitura. •  Há mensagens distintas e em diversas

camadas, como as de uma cebola. •  Essa leitura demanda olhar atento, como

a leitura de qualquer imagem, na descoberta das intertextualidades.

 

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Olhar Atento

•  A intertextualidade define um conjunto de capacidades e pressupostos por parte do leitor e são evocadas mais ou menos explicitamente em um texto.

•  Algumas são histórias ou narrativas já produzidas por outro autor. Como a clássica cena do carrinho de bebê na escadaria de Odessa, durante a repressão do czar, no filme O encouraçado Potenkin (1925), de Eisenstein. Essa cena foi citada por Brian de Palma no filme Os intocáveis (1987).

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 Encouraçado Potekim - Sergei Eisenstein -1925

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A cena da escadaria de Odessa (acima), da obra de Eisenstein, é citada por Brian de Palma no filme Os Intocáveis (direita).

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Os Intocáveis - Brian de Palma [1987 ]

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•  Os embaixadores [1533] – National Gallery, em Londres.

•  A tela é considerada enigmática, misteriosa, filosófica

•  Equipara-se As Meninas, de Velázquez (1656) em quantidade de estudos e de análises.

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•  O pintor está representado no próprio quadro e olha para fora da tela, na direção do espectador, o “nosso lugar” em relação à tela.

•  Mas lugar do ponto de vista do observador se mostra ocupado: no reflexo do espelho, no fundo da sala, se veem as duas figuras reais que seriam o alvo do trabalho do pintor.

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O casal real (Felipe IV e Mariana da Áustria) refletido no espelho. O lugar do espectador é o lugar o rei (Foucault em A palavra e as coisas).

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Os Embaixadores [Hans Holbein ] Descrição do quadro

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•  É um retrato de ocasião: feito com hora marcada, encomendado ao artista em ocasião especial. A própria tapeçaria (usada em outros quadros de Holbein) realça a dignidade dos retratados.

•  Numa sala solene, de piso marchetado e cortinas de seda verde com brocado ao fundo, dois cavalheiros são retratados em pé.

•  Eles estão apoiados numa mesa com tampo duplo, repleta de objetos científicos, musicais e geográficos. A mesa está coberta por uma tapeçaria.

•  Os dois personagens parecem figuras importantes na hierarquia da corte.

•  Um está vestido com sinais de dignidade: a capa de arminho branco, o colar de ouro e um punhal.

•  Veste ricas roupas e imponentes adereços. •  Os dois olham para o pintor, ou (como quer John

Berger) têm um olhar distante, como alheios: na realidade não olhariam para nada.

Greta Garbo. Rainha Cristina. Rouben Mamoulian - 1933

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•  O homem pintado à direita é um eclesiástico, membro da elite da igreja (trajes e luvas).

•  Há no quadro um efeito realista nos pormenores legíveis.

•  O quadro está pintando com grande habilidade para criar no observador a ilusão de que “olha” objetos e materiais reais. No entanto tudo se dirige ao tato.

•  Cada centímetro da superfície da tela, embora visual, apela ao tato: peles, sedas, metal, madeira, veludo, mármore.

•  Os dois homens têm presença, mas a cena é tomada pelos “materiais” dos objetos e de suas roupas.

•  Fora mãos e rostos, tudo fala da qualidade da fabricação e da arte dos artesãos que as produziram.

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•  Na mesma época em que Holbein pintou a tela estavam em moda os quadros de enigma, que tiveram no pintor Ehrard Schön sua expressão maior.

•  Essas obras eram um tipo de jogo de adivinhação (a mentira e o segredo).

Martinho Lutero, por Ehrard Schön

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“ O que se olha é aquilo que não se pode ver ”. •  Neste sentido que se pode dizer

que, diante da tela de Holbein, o olhar cai sempre no furo, já que aí o olhar quer ver aquilo que não há. Toda pulsão é sempre a pulsão de morte.

•  Arlindo Machado escreve que esse “segundo olho” introjetado na cena é um olho crítico, com a função de desmantelar as certezas do sistema renascentista.

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•  A tela de Hans Holbein, ensina Omar Calabrese, possui dois olhares distintos: um para o público em geral e outro para aqueles que possuem a “chave”.

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•  O quadro é teatral na apresentação na anamorfose (a morte) em contraste com a opulência do cenário e dos personagens.

•  A força do poder político, das ciências contra o nada: a caveira.

•  O quadro atrai e confunde e convida para o jogo. O que é aquela figura atravessada no primeiro plano?

•  A tela celebra uma nova classe de riqueza. Mais dinâmica (não é a posse de uma casa) e cuja única porta de acesso é o supremo poder de compra que o dinheiro proporciona ( Jonh Berger).

•  O desejo se baseia na tangibilidade, no poder de tocar, satisfazendo o tato e a mão do proprietário.

•  Se o crânio (memento mori), colocado a pedido dos retratados, fosse pintado igual ao restante, teria perdido sua significação metafísica. Seria apenas parte do esqueleto de alguém que morreu.

Enigma 1: O segredo

A anamorfose (a caveira/crânio transfigurada) reposicionada numa rotação feita com o computador

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Enigma 1: O segredo

A anamorfose (a caveira/crânio transfigurada) reposicionada numa rotação feita com o computador

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•  Georges de Salve, 24 anos, sagrado bispo aos 18. Embaixador papal, está em Londres também em missão de trabalho.

•  Jean de Dinteville, embaixador do rei Francisco I da França na corte inglesa. Tinha 29 anos em 1533. No pescoço a medalha da Ordem de São Miguel, oferta do rei francês.

Enigma 2: Os personagens

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•  Os objetos entre os embaixadores (globo celeste, alinômetro, goniômetro, relógio solar, mapa-múndi, alaúde, flautas.

•  O livro entreaberto é o L’ Arithmétique des Marchands, de Petrus Apianus, de 1527.

•  O outro é o Gesangbüchlein, de Johann Walter, de cantos corais (Wittenberg, 1524).

Enigma 2 – Os personagens

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•  Os personagens se apoiam e se rodeiam não de elementos celestes, mas de ícones da ciência.

•  É um elogio da nova era da ciência e do saber moderno.

•  Copérnico defende, naquele mesmo 1533, a teoria heliocêntrica perante o papa Clemente VII. Tempos de reforma religiosa e científica.

Enigma 3 : Cultura e ciência

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•  Os dois personagens do quadro são mensageiros da modernidade e pertencem a um círculo de sábios.

•  Dinteville é amigo de Nicolau Kratzer, cientista e astrônomo, e alguns dos objetos presentes no quadro estão também no retrato de Kratzer feito por Holbein.

•  Dinteville é amigo de Erasmo de Rotterdam, que o recomendou a Tomás More, chanceler inglês que neste 1533 está preso por não haver aceito o casamento de Henrique VIII com Ana Bolena. More está presente no quadro.

Enigma 4 : O segredo da amizade

Erasmo de Rotterdam por Holbein

Retrato do matemático Nicolau Kratzer, do círculo de Thomas More

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•  1533 é uma data fatídica para a modernidade.

•  Marca o final dos tempos medievais. •  Dinteville e Georges de Salve foram

enviados a Londres (o piso da sala reproduz o chão da Abadia de Westminster) em missão diplomática secreta. Objetivo: tentar evitar a ruptura religiosa entre a Grã-Bretanha e Roma. Martinho Lutero já havia aberto um cisma na igreja (1521). Mas a missão é difícil, se não impossível. A ruptura é iminente, como veremos a seguir.

Enigma 5 : A política

O piso da sala em que os embaixadores se encontram reproduz o chão da Abadia de Westminster: os dois estão ali em missão diplomática secreta, para tentar evitar uma ruptura que se apresenta como iminente  

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•  A ruptura já ocorreu com Lutero, em 1521. •  O alaúde de 10 cordas tem uma delas

partida. •  Georges de Salve tem o rosto com a pele

estranha, como uma pintura incompleta. Holbein poderia ter terminado depois, se quisesse. A pele é imperfeita como a própria missão do bispo Georges.

•  O livro de cânticos mostra um hino luterano: o final da unidade da igreja. O alaúde, a grande lira do universo, foi rompido.

Enigma 6 : A ruptura

Uma das dez cordas do alaúde foi quebrada: a ruptura já ocorreu. A igreja una está dividida.

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•  A segunda caveira dentro da caveira. A caveira no alfinete de Dinteville. “Memento mori”. Holbein, em alemão, quer dizer “osso oco”.

•  A morte como segredo. E o detalhe final: o crucifico escondido no lado esquerdo da pintura.

•  É o último golpe teatral, o último dos segredos do quadro. Oculto na última prega à esquerda da cortina, um crucifixo de prata em perfil, com o braço curto da luz voltado para nós, é o simulacro do irrepresentável, de Deus. Ponte e passagem para o além da representação.

Enigma 7 : O linguístico

A caveira no alfinete do chapéu ou boina de Dinteville. “Memento mori”: lembre-se de que você irá morrer.

O golpe teatral final: o crucifixo escondido na dobra da cortina.

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Mudança do imaginário

•  O final do século XIX, é um momento transcendental.

•  Há uma mudança radical na forma como se concebia a imagem.

•  Muda o nosso imaginário sobre a forma de concepção da imagem.

•  Continua a pensar na imagem criada pela renascimento [ imagem perspectivista] .

Construção geométrica de uma perspectiva. Gravura de Henricus

Hondius.

Método de Dürer que se utiliza de um vidro quadriculado como plano secante da pirâmide visual.

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 Cliff  Evans,  em  “Citzen:  the  wolf  and  the  Nany  (2009)

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•  Há uma ruptura profunda que de alguma forma explica o que acontece hoje.

•  O século XX foi uma preparação do que estamos vivendo hoje, ao mesmo tempo que manteve os equívocos de interpretração desse tipo de imagem.

•  Na contemporaneidade podemos regressar e reinterpretar a imagens do século XIX.

Panorama de Daguerre: Boulevard parisien - 1827

Nicéphore Niépce [ 1826]

Mudança do imaginário [ A fotografia]

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Mudança do imaginário [ A fotografia]

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Proto imagem cinematográfica

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•  A sensação da imagem em movimento.

•  Um tipo de imagem anterior ao cinematógrafo [ não são considerado imagens já que as imagens seriam produtos de um movimento.

Proto imagem cinematográfica

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A modernização do olhar/observador

•  A suposição do olhar às novas formas racionalizadas de movimento.

•  Essa mudança coincidiu com a crescente abstração da experiência óptica diante de um referente estável.

•  Um desraizamemto visão diante do sistema representacional [câmara escura] .

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Les affiches en goguettes [ Georges Méliès – 1907 ]

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•  Méliès tinha uma imaginação transbordante e fazia algo pode ser considerado moderno e contemporâneo.

•  Há um dispositivo de representação que hoje a TV e o cinema estão utilizando: a tela dividida em diferentes ações.

•  Uma imagem complexa por possuir movimento em potencial, um mecanismo interno, uma técnica e uma visualidade não visível.

•  Esse mecanismo tipicamente modernista oculta a complexidade atrás da impressão de modernidade.

•  Há um prolongamento do imaginário renascentista que pretendia a ilusão do realismo.

A modernização do olhar/observador

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•  Méliès faz uma colagem, não é uma vista direta do que está direta da camera

•  Nos anos 30 isso se repete: compor uma imagem atraves de outra imagem.

•  Quentin Tarantino faz isso hoje. •  Essa forma faz esconder algo

para fazer uma anunciação visual escondendo a complexidade interna.

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 Taran.no  //  From  Below  [  Kogonada

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IMAGEM COMPLEXA [ As imagens como ponte para o conhecimento]

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O  livro  de  cabeceira  -­‐  Peter  Greenway  [  1996]  

O  livro  de  cabeceira  -­‐  Peter  Greenway  [  1996]  

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IMAGEM COMPLEXA HQ como forma de exposição

Rodolphe Töpffer [ 1799 - 1846] A narração gráfica

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IMAGEM COMPLEXA [ Split-screen ]

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•  Nascia uma outra forma de representação distinta do cinematógrafo.

•  Uma representação em uma página e que produzem articulações dentro da página que parecem ser cinematograficas, mas com a virtude de estar presente na superfície.

•  Nesse sentido a imagem de Méliès seria mais complexa.

IMAGEM COMPLEXA HQ como forma de exposição

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 Framed  game

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•  Uma representação em uma página e que produzem articulações dentro da página que parecem ser cinematograficas, mas com a virtude de estar presente na superfície.

IMAGEM COMPLEXA HQ como forma de exposição

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IMAGEM COMPLEXA [ Gabinetes das curiosidades ]

The Gallery of Cornelis van der Geest – 1628. Willem van Haecht

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The Gallery of Cornelis van der Geest – 1628. Willem van Haecht

Jan van Eyck, Femme à sa toilette

IMAGEM COMPLEXA [ Gabinetes das curiosidades ]

Page 83: Oficina Imagem Complexa e Analise de Imagem na Contemporaneidade na Semana de Comunicação da FIAM

Alice Madness Returns - De volta ao País das Maravilhas

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Novas histórias de fantasmas . Didi-Huberman - 2014

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A VIRGEM E O MENINO À FRENTE DE UM GUARDA-FOGO [ O mestre Flemalle - Robert Campin]

•  A pintura holandesa mostrou a possibilidade de uma arte capaz de imitar a realidade.

•  Símbolos cotidiano de um cenário doméstico em símbolos em símbolos de símbolos.

•  O tema é a Mãe. Tudo gira em torno da Virgem.

•  O pintor deixa pista no ambiente para saber a identidade dessa mulher.

•  Maria vive em um mundo real. •  Elevou uma mãe humana, em circunstâncias

comum, a uma posição sagrada ( A Mãe de Deus).

•  Humaniza o divino.

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O FILHO •  Olha com olhar convincentes. •  Segura uma flor invisível .

A MÃE •  Olha para cima, oferecendo o mamilo direito

menos para o filho do que para o espectador.

•  Cabelos ondulados. •  Seios redondos- a metade inferior ausente

por baixo das dobras do vestido. •  Maria é imaculada como o lírio.

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AS VÁRIAS REPRESENTAÇOES DA VIRGEM Isis e Horus – Egito (primeiros registros após 2500 A.C.)

O nascimento da Via Láctea, 1636. Peter Paul Rubens. A Virgem Abençoada Castigando o

Menino Jesus Perante Três Testemunhas ( André Breton, Paul Éluard e o artista) – 1926. Max  Ernst  -­‐  Metropolitan  Museum  of  Art  em  Nova  York.

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AS  VÁRIAS  REPRESENTAÇOES  DA    VIRGEM

Isis e Horus – Egito (primeiros registros após 2500 A.C.)

O nascimento da Via Láctea, 1636. Peter Paul Rubens.

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•  O leite torna-se um dos aspectos da humanidade de Cristo.

•  O leite é o dom da vida. •  Com o leite crescerá e tornará

homem. •  Vinho alemão Liebfraumilch ( Leite

de nossa senhora).

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•  Os sete atos de misericórdia. •  Em representação do juízo final do

Séc XVII Maria despe diante do filho. •  O Filho mostra as feridas no próprio.

Maria e Jesus perante ao Senhor. Mestre dos Encarnados de Zurique. 1503

•  Maria como Mãe misericordiosa, alimenta com seu leite as almas do purgatório.

Filotesi dellÁmatrice. C.1508.

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AURÉOLA •  Guarda-fogo feito de palha. •  Depois de Cristo todos os santos herdaram

esse traço singular de divindade. •  A auréola também percorreu o oriente. •  Coroava a cabeça de Deus Pai. •  O Espírito Santo em forma de cisne e Deus

Filho. •  O círculo é a mais perfeita forma geométrica.

Apolo Coroado com uma auréola, examinando inúmeros vasos contendo os atributos dos deuses.Vincenzo Catari . 1556.

Incomensurável Buda dos 48 desejos. Desenho chinês à tinta. Sec. X.

O quarto homem - Paul Verhoeven. 1983. A mãe coroa o seu filho uma casca de maçã.

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A.I. – Inteligência Artificial [ Steven Spielberg – 2001]

•  O protagonista está isolado. •  Ele tem a perfeição de um santo e tem direito a uma auréola. •  Mas a tarefa é executada também no conteúdo (lustre

adequado) e pelo estilo ( A câmera no local adequado para que funcione a ideia.

•  Davi é preso dentro do seu desejo circular. Da mesma forma que o movimento de câmera em círculo.

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A CHAMA •  Presença no ambiente

(Espírito Santo). •  A chama é uma convenção

iconografia medieval.

BANCO DE 3 Pés •  Presença da Santíssima Trindade. •  3 círculos interligados •  Animal de 3 cabeças como a íbis

ou salamandra.

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TRÍPTICO DE JARDIM DAS DELÍCIAS - HIERONYMUS BOSCH .

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MUNDO/IMAGEM NA JANELA •  A cena pintada em detalhe meticuloso, como uma

miniatura retrata a cena de uma cidade. •  A igreja no centro da cidade aponta padrão céu. •  Pessoas •  Uma mulher parada na porta da casa. •  Dois cavalheiros passam com ar de ócio •  Pedestres parados conversam na rua.

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O LIVRO •  A mãe interrompeu a leitura para

amamentar o filho. •  Verba - assume a forma do mesmo. •  Scripta – passa •  O pintor acreditava na palavra escrita.

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A ROUPA •  A cor azul celeste se manteve como valor

simbólico •  Ornada com bordados e pedras preciosas •  Vestida com requinte celestial. •  Usa anel de casamento. •  Noiva de José e Deus. •  Santo Agostinho dizia " a esposa do Filho”. O AMBIENTE •  Não de forma aristocrática. •  O guarda-louça gótico e o cálice foram

acrescentados no séc. XIX e oculto sua genitália do menino.

•  No séc. xv era comum ver o Menino Jesus nu.

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•  Há pelo menos duas pinturas: 1.  Uma cena doméstica comum e um interior

confortável. 2.  Conta a história de um deus nascido de uma

mulher mortal, o qual assume na sua feição humana a sexualidade da carne e o conhecimento.

•  Essa história ameaça ser infinita , uma vez que toda leitura nova acrescenta outras camadas ao seu enredo.

•  Ao analisa-la hoje, emprestamos à pintura uma abundância de detalhes curiosos, dos quais o artista não fazia ideia.

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Leonardo's  Last  Supper  -­‐  Peter  Greenway    

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Cultura visual [ Novas configurações ]

•  A imagem na cultura visual permite ver e explicar as novas configurações .

•  Ao tentar explicar novas configurações temos que recorrrer as novas visualidades que tem em comum determinadas configurações.

•  O que há no fundo do conhecimento. •  Hipertextual implica uma leitura distinta. •  Qualquer imagem ou instrumento visual introduzidos

nesses textos permitem através de mapas e interface descontruir e também reconstruir o texto através dos instrumentos visuais.

•  Qualquer Tecnologia aplicada a anterior, possibilita ver a complexidade da tecnologia.

•  Imagem de vídeo é possível desconstruir o quadro.

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The Survivor from Warsaw, Saskia Boddeke & Peter Greenaway

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IMAGEM COMPLEXA [ARQUITETURA DA INFORMAÇÃO] Photosynth

•  Fotografias que vieram de variados bases de dados.

•  Photosynth tem uma grande coleção de fotos de um lugar ou objeto, analisa-los por semelhanças e os exibe em um espaço dimensional reconstruído.

•  Já não estamos fazendo montagem com imagem de apenas uma pessoa, mas com fotos tiradas de diferentes pessoas, que são colocadas na internet e que existem conexões entre elas.

•  A tela aparece como diferentes tábulas que os planos podem ser colocadas de diferentes formas.

•  É um passo adiante da linguagem cinematográfica. •  Há a criação de espaços virtuais diferentes. •  Uma imagem metafórica baseada em bancos de

dados.

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Photosynth

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IMAGEM COMPLEXA [ Interface ]

•  Modelo mental é uma maneira de organizar o conhecimento.

•  A interface é um novo modelo mental. •  Organizamos através de imagens, pode ser

parecido com cinematográfica. •  No videojogos a se que faz na tela cria uma nova

disposição visual que permite avançar um passo a mais.

•  Videojogo pretende ser realista. •  Não observamos como um avanço e sim como uma

imersão ao universo virtual realista com ações e gestões que são naturais.

•  Mas essas ações não toma com base a imaginação como o espectador de um espetáculo.

•  Toma a decisão também com a ação de uma corpo.

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Immemory - [Chris Markers ] 1997

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•  Do universo que configuramos surgem uma série de “objetos” que constituem a materialização da fenomenologia virtual.

•  Os objetos surgem de uma estrutura anteriormente delimitada, do seu funcionamento multi-estável.

•  Ao considerar estes elementos como objetos, extraímos da arquitetura que fazem parte e do seu fluxo constante.

•  Ao descrevê-los e determinar o seu significado levar em conta que são objetos complexos e por isso estão abertos tanto a constelação ( arquitetura) e à rede ( circulação) a que pertence.

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•  Imagem interface em um novo tipo de imagem [mutante, fluida].

•  Todo esse elementos não estáveis, se articulam e daí a necessidade de de compreender o que significa.

•  E onde esta organizado o nosso pensamento?

•  Estamos na era da representação fluida e em movimento.

•  Os meios anteriores não somem. •  Assumem camadas, novas epidermes

e complicando a estrutura de imagem. •  Os meios se transformam a medida

que assumem novos meios.

IMAGEM COMPLEXA [ Interface ]

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The Left-behind Family - Liu jie  

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Camponês trabalhador Wang Daisheng trabalhador na cidade de Chengdu ao lado da imagem do filho deixado na na província de Sichuan.

The Left-behind Family - liu jie  

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Chen Man  

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IMAGEM COMPLEXA [ Modo de exposição ] Chen Man

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IMAGEM COMPLEXA E ANÁLISE DE IMAGENS NA CONTEMPORANEIDADE

OBRIGADO José Geraldo de Oliveira [email protected]

 

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BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA BERGER, John. Modos de ver. Rio de Janeiro, Martins Fontes, 1987. CALABRESE, Omar. A linguagem da arte. Rio de Janeiro: Editora Globo, 1987. CATALÀ, Josep M.. La Imagen Compleja. La Fenomenológia de las Imagenes en la Era de la Cultura Visual. Bellaterra: Servei de Publicacions, 2005. ________________. El Murmullo de la imágense. Imaginación, documental y silencio. Cantabria, Shangrila, 2012. ________________. A forma do real: introdução aos estudos visuais. São Paulo: Sumus: 2011. ________________. La imagen interfaz. Representación audiovisual y conocimiento en la era de la complejidad. Bilbao: Servicio Editorial D. L., 2010. DANCYGER, K. Técnicas de Edição para Cinema e Vídeo. 4ª Edição. Rio de Janeiro: Campus, 2007. Laurent Jullier e Michel Marie. Lendo Imagens do cinema. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2009. JOLY, Martine. La Imagen Fija. Buenos Aires: La Marca Editora,2012. MANGUEL, Alberto. Lendo imagens. São Paulo: Cia das Letras, 2001. OLIVEIRA, José Geraldo. Grafitecidade e visão travelar. Disponível em http://www.portalcomunicacion.com/monograficos_det.asp?id=226&lng=por