Oficina relatório

3
INTRODUÇÃO O desafio lançado pela oferta da ação de formação “Integração das TIC no ensino- aprendizagem do Português: análise e produção de recursos didáticos digitais”, pareceu-me atrativo, uma vez que pertenço a uma geração que desconhecia o uso das novas tecnologias. Tendo começado a exercer a minha profissão de professora de português e de francês, muito anteriormente à realidade que hoje designamos era digital, o meu trabalho com os alunos resumia-se à exposição dos conteúdos a lecionar e à consequente interacção em situação de sala de aula, através de questionários orais ou escritos, fichas de trabalho diversas e um desgaste enorme para atingir os objetivos definidos pelos programas de cada disciplina e ano de escolaridade. É, por isso, compreensível, que a possibilidade de aprender novas formas de ensinar, começando pela motivação dos alunos, me suscite curiosidade e, por conseguinte, o desejo de usar todas as ferramentas que possam auxiliar-me na minha prática lectiva quotidiana, contribuindo para o sucesso dos meus alunos. Com efeito, a proposta de criação de um blogue através da Internet onde constassem atividades relacionadas com os conteúdos temáticos e gramaticais, quer da disciplina de português de 12º ano, quer de francês de 7º ano, entusiasmou-me muito. DESENVOLVIMENTO Em plena era digital, em que vivemos rodeados de mecanismos com as mais diversas potencialidades, cuja maior parte é conhecida e, na minha opinião, exageradamente usada pelos alunos, urge questionar os métodos de ensino-aprendizagem tradicionalmente utilizados na prática letiva e determinar até que ponto a atuação isolada do professor consegue motivar/estimular o aluno - que demonstra interesses e competências diversos dos daquele - ao seu próprio crescimento. Assim, como professora de português, tenho plena consciência da necessidade de inovação, mas também das condicionantes com que me tenho deparado, nomeadamente, a de não saber como usar as novas tecnologias, a de desconhecer os recursos, softwares, aplicações, formatos e sistemas digitais e a escassez de recursos tecnológicos na minha

Transcript of Oficina relatório

Page 1: Oficina relatório

INTRODUÇÃO

O desafio lançado pela oferta da ação de formação “Integração das TIC no ensino-

aprendizagem do Português: análise e produção de recursos didáticos digitais”, pareceu-me

atrativo, uma vez que pertenço a uma geração que desconhecia o uso das novas tecnologias.

Tendo começado a exercer a minha profissão de professora de português e de francês, muito

anteriormente à realidade que hoje designamos era digital, o meu trabalho com os alunos

resumia-se à exposição dos conteúdos a lecionar e à consequente interacção em situação de

sala de aula, através de questionários orais ou escritos, fichas de trabalho diversas e um

desgaste enorme para atingir os objetivos definidos pelos programas de cada disciplina e ano

de escolaridade. É, por isso, compreensível, que a possibilidade de aprender novas formas de

ensinar, começando pela motivação dos alunos, me suscite curiosidade e, por conseguinte, o

desejo de usar todas as ferramentas que possam auxiliar-me na minha prática lectiva

quotidiana, contribuindo para o sucesso dos meus alunos.

Com efeito, a proposta de criação de um blogue através da Internet onde constassem

atividades relacionadas com os conteúdos temáticos e gramaticais, quer da disciplina de

português de 12º ano, quer de francês de 7º ano, entusiasmou-me muito.

DESENVOLVIMENTO

Em plena era digital, em que vivemos rodeados de mecanismos com as mais diversas

potencialidades, cuja maior parte é conhecida e, na minha opinião, exageradamente usada

pelos alunos, urge questionar os métodos de ensino-aprendizagem tradicionalmente

utilizados na prática letiva e determinar até que ponto a atuação isolada do professor

consegue motivar/estimular o aluno - que demonstra interesses e competências diversos dos

daquele - ao seu próprio crescimento.

Assim, como professora de português, tenho plena consciência da necessidade de

inovação, mas também das condicionantes com que me tenho deparado, nomeadamente, a

de não saber como usar as novas tecnologias, a de desconhecer os recursos, softwares,

aplicações, formatos e sistemas digitais e a escassez de recursos tecnológicos na minha

Page 2: Oficina relatório

2

escola.Todavia, sei que as palavras-chave são partilhar, interagir, conetividade

e publicação e tudo passa pela Web.

Foi partindo destes pressupostos que resolvi aprender a introduzir inovações que

alterem/melhorem o meu desempenho e que assentam no uso de novas tecnologias.

Com efeito, a criação de um blogue que pudesse ser partilhado com os meus alunos,

onde eu pudesse publicar trabalhos, sem o constrangimento de estar na escola e com

liberdade de horário, pareceu-me um bom ponto de partida.

Criei, assim, um blogue, “O blogue da Criatividade”, no qual fui inserindo

gradualmente o que ia sendo ensinado pelo professor/formador, sessão após sessão, o que

nem sempre foi fácil.

Lidei com o Scribd, com o qual inseri um texto no blogue, a que se seguiu a inserção

de uma imagem através da ferramenta Online-converter; depois, inseri um vídeo do

youtube, um powerpoint, através do Slideshare, criei uma nuvem de palavras com a ajuda

da ferramenta “Abcya”, um “Voki, um prezi e uma webquest (um questionário através da

ferramenta “Mobile Study”) . Trabalhei individualmente e em grupo.

Devo salientar que o meu conhecimento das novas tecnologias se resumia ao uso do

Word e do Excel e na Internet apenas pesquisava assuntos do meu interesse e fazia uso

regular do email; desconhecia, portanto, a maior parte das ferramentas referidas e

progressivamente fui-me consciencializando de que as mesmas poderão ser uma mais-valia

na minha atividade docente.

CONCLUSÃO

Chegada à etapa final desta oficina, concluo que as preferências demonstradas pelos

jovens de hoje têm grande razão de ser, uma vez que através do uso da Internet e das suas

inúmeras ferramentas, há uma diversidade de atividades que podem/devem ser partilhadas,

contribuindo para uma maior qualidade do ensino e da aprendizagem, designadamente das

línguas. A recusa destas ajudas parece-me agora uma questão de conformismo e de

obstáculo às mudanças, que impulsionam a evolução das sociedades.

Assim, apesar dos meus receios iniciais de não ser capaz, visto que o grupo de

formandos era muito heterogéneo, de as horas presenciais terem sido difíceis, porque se

seguiam a 8 horas de trabalho na escola, a execução das tarefas propostas pelo formador

entusiasmou-me sempre. Todavia, deparei-me com algumas dificuldades, nomeadamente o

ritmo um pouco rápido com que as instruções eram dadas e a ineficácia dos computadores

Page 3: Oficina relatório

3

que, não raras vezes, ou não abriam ou a internet não funcionava. Urgia, então

persistir, treinar até conseguir.

Em casa fazia todos os trabalhos solicitados, alguns bastante intuitivos, porém, a

minha dificuldade consistia em colocá-los, gravá-los no blogue, o que explica o facto de os

últimos trabalhos apresentarem data recente. Para mim, o importante é que penso ter

completado todos os trabalhos propostos e que a execução dos mesmos me deu imenso

prazer.

Esta reflexão conduz-me à conclusão de que me sinto hoje detentora de novas

competências e de que fiquei a ganhar muito com a frequência desta oficina. Estou convicta

de que a mesma constituirá, sem dúvida, o ponto de partida para uma melhoria do meu

desempenho enquanto docente dos dias de hoje.

No que concerne à metodologia seguida, penso ter sido adequada, sendo que a

componente prática exigia mais tempo para podermos exercitar o que nos era ensinado em

teoria. Os recursos disponibilizados pelo formador foram muitos e de grande qualidade,

todavia, como já referi, os equipamentos nem sempre funcionavam e a Internet esteve, por

vezes, inacessível facto que dificultava o nosso trabalho.

No tocante ao ambiente que rodeou a frequência desta oficina, este foi de grande

cordialidade e entreajuda de todos os colegas entre si e com o formador que, pacientemente,

ouvia as nossas angústias e tentava dissipá-las.

Por tudo o que acima mencionei, faço um balanço bastante positivo desta oficina.

Resta-me agradecer ao Centro de Formação e sobretudo ao formador, José António

Batista, a oportunidade que me deram de conhecer e de poder usar novos recursos para o

ensino.