Oi, Oi, Meu é nome é Balu. Eu estava passando por aqui e ... menina que salvou o seu... · Isso...

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1 Porto Velho, 15 de novembro de 2008. Oi, Patrícia Fiz esta história para a Helen, uma menina que ficou internada no Hospital Cosme e Damião durante muitos e muitos dias, entre a vida e a morte. A sua pediatra, a Dra. Gisele, me pediu para inventar uma história especialmente para ela. Escrevi. Ela sobreviveu, está forte, bonita e na última vez que eu a vi, disse-me que ia estudar muito para tornar-se médica!! Agora vamos ler novamente o primeiro capítulo? Aí ao lado tem umas brincadeiras e uns desafios. Conto com você! A menina que salvou seu cachorro de morrer sem ter visto a vida I Oi, Oi, Oi, Oi, Meu é nome é Balu. Eu estava passando por Meu é nome é Balu. Eu estava passando por Meu é nome é Balu. Eu estava passando por Meu é nome é Balu. Eu estava passando por aqui e decidi acompanhar esta aqui e decidi acompanhar esta aqui e decidi acompanhar esta aqui e decidi acompanhar esta hi hi hi história muito stória muito stória muito stória muito de perto de perto de perto de perto. Por isso estou curioso para saber: . Por isso estou curioso para saber: . Por isso estou curioso para saber: . Por isso estou curioso para saber: - - - Cadê a menina? Cadê a menina? Cadê a menina? Cadê a menina? A menina, que se chama Helena, não gosta de tirar fotos e por isso nós vamos ter que imaginar como ela é. Muito tímida, no dia em que eu fui conhecê-la, ela me pediu: - Você pode levar estas fotos, que eu recortei de umas revistas? As crianças que lerem a minha história poderão escolher como eu sou. E insistiu: “O senhor promete, não é?!” Prometi e por isso vou mostrar as fotos... Pode escolher como você imagina que ela seja! Dando nome pra cachorro Balu, o cachorro aí ao lado tem um nome bem diferente! De onde surgiu este nome? De um outro Balu, o urso amigo e protetor do Mogli (já assistiram este desenho da Disney?) Aliás, acabei de encontrar um cachorrinho muito legal. Este aqui bem ao lado. Como ele não tem nome e quer ser adotado, precisamos inventar um nome bem bacana para ele. Vamos lá? _______________________ Pintando o sete Cuidado para não abusar das cores! Use no máximo 3 cores diferentes. Como eu acho que é a Helena? Uma garota, menina ou guria Tem ___ anos Gosta de brincar de____ Gosta de comer_______ Tem medo de _____ Seu grande sonho é____ Aproveite as sugestões acima e descreva como é a Helena. __________________________________________________________ __________________________________________________________ __________________________________________________________

Transcript of Oi, Oi, Meu é nome é Balu. Eu estava passando por aqui e ... menina que salvou o seu... · Isso...

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Porto Velho, 15 de novembro de 2008.

Oi, Patrícia

Fiz esta história para a Helen, uma menina que ficou internada no Hospital Cosme e Damião durante muitos e muitos dias, entre a vida e a morte. A sua pediatra, a Dra. Gisele, me pediu para inventar uma história especialmente para ela. Escrevi. Ela sobreviveu, está forte, bonita e na última vez que eu a vi, disse-me que ia estudar muito para tornar-se médica!! Agora vamos ler novamente o primeiro capítulo? Aí ao lado tem umas brincadeiras e uns desafios. Conto com você!

A menina que salvou seu cachorro de morrer sem ter visto a vida I

Oi, Oi, Oi, Oi, Meu é nome é Balu. Eu estava passando por Meu é nome é Balu. Eu estava passando por Meu é nome é Balu. Eu estava passando por Meu é nome é Balu. Eu estava passando por aqui e decidi acompanhar esta aqui e decidi acompanhar esta aqui e decidi acompanhar esta aqui e decidi acompanhar esta hihihihistória muito stória muito stória muito stória muito de pertode pertode pertode perto. Por isso estou curioso para saber: . Por isso estou curioso para saber: . Por isso estou curioso para saber: . Por isso estou curioso para saber: ---- Cadê a menina? Cadê a menina? Cadê a menina? Cadê a menina?

A menina, que se chama Helena, não gosta de tirar fotos e por isso nós vamos ter que imaginar como ela é. Muito tímida, no dia em que eu fui conhecê-la, ela me pediu: - Você pode levar estas fotos, que eu recortei de umas revistas? As crianças que lerem a minha história poderão escolher como eu sou. E insistiu: “O senhor promete, não é?!” Prometi e por isso vou mostrar as fotos... Pode escolher como você imagina que ela seja!

Dando nome pra cachorro

Balu, o cachorro aí ao lado tem um nome bem diferente! De onde surgiu este nome? De um outro Balu, o urso amigo e protetor do Mogli (já assistiram este desenho da Disney?)

Aliás, acabei de encontrar um cachorrinho muito legal. Este aqui bem ao lado. Como ele não tem nome e quer ser adotado, precisamos inventar um nome bem bacana para ele. Vamos lá? _______________________

Pintando o sete

Cuidado para não abusar das cores! Use no máximo 3 cores diferentes. Como eu acho que é a Helena? Uma garota, menina ou guria Tem ___ anos Gosta de brincar de____ Gosta de comer_______ Tem medo de _____ Seu grande sonho é____

Aproveite as sugestões acima e descreva como é a Helena. __________________________________________________________

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Porto Velho, 16 de novembro de 2008

Oi, Patrícia

Ontem foi dito que Helena é uma menina tímida. E que não gosta de ser fotografada. Será que tudo isso é verdade? Ou será que é apenas um truque do autor da história, que resolveu esconder o rosto da menina para fazer suspense?

E se ela for tímida de verdade, eu gostaria de saber: ser tímido é o que mesmo?

( ) É se sentir envergonhado, acanhado, retraído. ( ) É se sentir temeroso, amedrontado. ( ) É ter medo de se expor, de se expressar em público. ( ) É tudo isso aí acima e um pouco mais...

A menina que salvou seu cachorro de morrer sem ter visto a vida II

Continuando a nossa conversa, Helena ganhou de sua tia o Totó, este cãozinho muito engraçado, como presente de aniversário. E desde o primeiro dia eles passaram a viver grudados um no outro, correndo pra cá e pra lá.

A sua tia, que me contou parte desta história, me disse que nunca tinha visto tanto amor assim por um animal’. E disse mais: - Ela era uma menininha apagadinha, dessas que vivem pelos cantos, sem ânimo pra nada. Depois que o Totó apareceu, tudo mudou... Foi o Totó que fez ela descobrir que existia um mundo lá fora...

O mundo lá fora era o próprio quintal, a casa dos vizinhos, a calçada, a rua. E a pracinha, que ela tinha visto de longe e nunca tinha ido lá brincar: no balanço, no escorregador, na gangorra. E de pega-pega, esconde-esconde. Sem contar que pela primeira vez na vida ela viu alguém fazendo algodão doce em uma máquina muito engraçada! Naquela noite, sonhou que as nuvens do céu eram açucaradas e coloridas, tão impressionada ela tinha ficada...

O que anda te impressionando?

Helena, depois de sair do pequeno mundo que era a sua vida, presa no sofá-e-na-televisão, começou a descobrir um novo mundo lá fora. E ela, ao ver uma máquina de fazer algodão doce, ficou encantada... E agora, pergunto a você:

1)Quanto tempo você tem ficado em frente da televisão ou do vídeo/DVD, por dia? ( ) Menos de uma hora ( ) Entre uma e duas horas ( ) De duas a três horas ( ) Mais de três horas... ( ) Só assisto de vez em quando E eu ficarei mais uma pergunta:

2)Como é o seu mundo lá fora (fora da sua casa, da escola) O que você costuma fazer?

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Os animais salvam vidas humanas... Alguns pombos comem migalhas, outros fazem História!

Esta é a chamada para o filme Valiant, os bravos do pombal , disponível nas locadoras.

Ao final deste bom desenho animado somos informados que muitos animais salvaram vidas humanas durante a 2ª Guerra Mundial. Inclusive, é claro, muitos pombos.

Os campeões de salvar vidas, no entanto, são os cachorros, capazes de tudo para ajudar aqueles a quem eles gostam!

E você, tem algum animal de estimação?

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Porto Velho, 17 de novembro de 2008

Oi, Patrícia

Ontem foi dito que Helena é uma menina tímida. E que não gosta de ser fotografada. Será que tudo isso é verdade? Ou será que é apenas um truque do autor da história, que resolveu esconder o rosto da menina e fazer suspense? Falando em suspense, os bons filmes que a gente assiste na televisão ou no vídeo/DVD tem um sempre um pouco de suspense – eles nos deixam sem saber o que vai acontecer e cheio de curiosidade! Isso é bom. Eu gosto. E você, o que acha? A menina que salvou seu cachorro de morrer sem ter visto

a vida III

Ei, mas onde vivia essa menina? Ei, mas onde vivia essa menina? Ei, mas onde vivia essa menina? Ei, mas onde vivia essa menina? Escondida debaixo da cama? ou no mundo da Lua? Escondida debaixo da cama? ou no mundo da Lua? Escondida debaixo da cama? ou no mundo da Lua? Escondida debaixo da cama? ou no mundo da Lua? Nunca vi coisa parecida!Nunca vi coisa parecida!Nunca vi coisa parecida!Nunca vi coisa parecida! Isso não é esquisito?! Isso não é esquisito?! Isso não é esquisito?! Isso não é esquisito?! Helena vivia presa na televisão, assistindo um desenho atrás do

outro... Não via nem ouvia nada, nadinha do que acontecia lá fora. Mas o Totó veio e bagunçou tudo. Com as suas brincadeiras colocou tudo de pernas pro ar. A casa de Helena e a vida de cada um: dos seus pais, dos avós, dos seus irmãos mais velhos e até dos vizinhos.

Totó, enfim, conquistou a todos. Ele sabia como agradar! Distribuía suas lambidas e carinhos sem nenhuma pressa. Sabia até a hora certa de chegar perto das pessoas. Ele sentia no ar o bom ou mau humor e não era bobo de se aproximar na hora errada... De manhã, por exemplo, bem de manhãzinha, a quem Totó ia lamber e se aconchegar bem de perto, em busca de calor e carinho? Os pés de Vovô Elias, que morava em sua casinha de telhado branco, no fundo do quintal.

Será que eu conheço todos os meus parentes?

Quem são os seus parentes (seus familiares)? Pai, mãe, avô, avó, irmão, irmã, tio, tia...?

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Porto Velho, 18 de novembro de 2008

Oi, Patrícia

Vovô Elias protege o Totó. O Totó, sem querer rimar, é o xodó dele. Ser o xodó de alguém é ser protegido, amado, paparicado geralmente por alguém da família... E você, é xodó de quem? O meu avô Alcides gostava muito de mim. Eu era o seu neto preferido. E é claro que isso era muito bom! Até açúcar ele me dava para comer, quando não tinha doce... Ê vô, que saudade!

A menina que salvou seu cachorro de morrer sem ter visto a vida IV

E era justamente o avô de Helena, seu Elias, quem mais defendia Totó em suas estripulias. Quando alguém ameaçava mandá-lo embora, por qualquer motivo, fazia o seu vozeirão soar bem alto: - Deixem o bichinho em paz!! Toda criança tem o direito de ter seu animal de estimação. Como elas, eles aprontam mesmo... A conversa acabava ali, sem mais reclamações. UM DIA, porém...

Ah, não! Lá vem encrenca! Quando os humanos Ah, não! Lá vem encrenca! Quando os humanos Ah, não! Lá vem encrenca! Quando os humanos Ah, não! Lá vem encrenca! Quando os humanos juntamjuntamjuntamjuntam UM DIA com o PORÉM coisa boa não pode acontecer! UM DIA com o PORÉM coisa boa não pode acontecer! UM DIA com o PORÉM coisa boa não pode acontecer! UM DIA com o PORÉM coisa boa não pode acontecer! Por que esse negócio de UM DIA? A gente não pode pular Por que esse negócio de UM DIA? A gente não pode pular Por que esse negócio de UM DIA? A gente não pode pular Por que esse negócio de UM DIA? A gente não pode pular esta parte e ir direto para o ...FORAM FELIZES PARA esta parte e ir direto para o ...FORAM FELIZES PARA esta parte e ir direto para o ...FORAM FELIZES PARA esta parte e ir direto para o ...FORAM FELIZES PARA SEMPRE?SEMPRE?SEMPRE?SEMPRE?

Pois foi num dia, num dia de chuva, dessas chuvas que alaga toda a cidade, que Totó sumiu. Ele tinha um medo medonho – um desses medos que faz a gente ficar paralisada, sem se mexer nenhum pouquinho ou sair correndo, sem rumo e com os cabelos arrepiados... Totó tinha um desses medos de correr sem parar e sem olhar pra trás. Mas medo de quê? Medo de trovão! O raio traz o trovão, o trovão traz às vezes a chuva. E choveu muito naquele dia. Totó no meio da rua nem teve tempo de se esconder – molhou-se todo. Da cabeça aos pés, das orelhas ao rabo. E adoeceu... Seus olhos não mais brilharam de alegria como antes. Nem o seu rabo balançava, de contentamento. Parecia que nem tinha jeito de salvar sua vida...

Como é o meu mundo?

Eu vivo com os meus ______

Tenho / Não tenho __ irmãos

Gosto de brincar de____

O desenho animado que eu mais gosto é _______

Eu tenho um pouco de medo de _____

Quando crescer pretendo ser____

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Pensando positivo!

Balu disse que quando alguém junta UM DIA com o PORÉM alguém coisa dá errado! Isso quer dizer que certas palavras ou frases parecem ser usadas apenas para dar má notícia...

Por isso tem gente que prefere usar somente palavras e frases com sentido positivo, mesmo quando as coisas não estão exatamente boas!! Quer ver? - As coisas não estão muito bem, mas não podemos reclamar. A gente tem o que comer, o que vestir, um teto que nos abriga...

- Ah, graças a Deus eu quebrei só a perna! O tombo foi feio, viu? O cavalo me jogou a uns três metros de distância, numa ribanceira, no meio do cascalho! Na hora eu pensei: “me arrebentei todo!!” Meu primo disse, brincando, que eu sou um “vaso ruim”, desses que não quebram de jeito nenhum. Por isso a minha perna só trincou!!

- Eu sou animado! Se a vida me oferece um limão, desses bem azedo, eu não recuso! Faço logo uma boa limonada e sigo firme, pois reclamar da vida não traz boas coisas!!

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Porto Velho, 19 de novembro de 2008

Oi, Patrícia

Todo mundo tem medo de alguma coisa! Uns de ficar no escuro, outros de assombração, outros de morrer!! Mas há alguns medos que são até engraçados: como aquele homenzarrão de quase dois metros que tinha medo de injeção e chegava a desmaiar só de ver a agulha... Vá entender! Por isso eu não tenho receio de dizer que tenho medo de água fria!

A menina que salvou seu cachorro de morrer sem ter visto a vida V

Eu estou aqui torcendo muito e pedindo a Deus, que também é Criador Eu estou aqui torcendo muito e pedindo a Deus, que também é Criador Eu estou aqui torcendo muito e pedindo a Deus, que também é Criador Eu estou aqui torcendo muito e pedindo a Deus, que também é Criador de de de de todos os animais, que Ele ajude o Totó a ficar bom. Helena gosta todos os animais, que Ele ajude o Totó a ficar bom. Helena gosta todos os animais, que Ele ajude o Totó a ficar bom. Helena gosta todos os animais, que Ele ajude o Totó a ficar bom. Helena gosta tanto dele! Vou orartanto dele! Vou orartanto dele! Vou orartanto dele! Vou orar! Q! Q! Q! Quem souber que me acompanhe!uem souber que me acompanhe!uem souber que me acompanhe!uem souber que me acompanhe! “Deus, nosso Pai, dos humanos e de todos os animais, ajude “Deus, nosso Pai, dos humanos e de todos os animais, ajude “Deus, nosso Pai, dos humanos e de todos os animais, ajude “Deus, nosso Pai, dos humanos e de todos os animais, ajude o Totó! Que ele fique logo curado. Eu te peço e confio na sua o Totó! Que ele fique logo curado. Eu te peço e confio na sua o Totó! Que ele fique logo curado. Eu te peço e confio na sua o Totó! Que ele fique logo curado. Eu te peço e confio na sua bondadbondadbondadbondade. Aue. Aue. Aue. Au----mém!“mém!“mém!“mém!“ Helena também ficou doente, com muita febre. Não demorou quase nada para o médico descobrir que era por causa do Totó. E disse para a sua mãe: - O remédio dela é ver o seu cachorrinho curado. Procure um veterinário, com urgência. Dona Guiomar não pensou duas vezes: correu com Totó para o veterinário. O médico-dos-bichos depois de muito examinar não deu notícia

boa: - Sinto muito, mas o caso é muito grave. Vou passar uma medicação e o tratamento será longo... Mas o carinho e a atenção de sua filha poderão ajudar este bichinho a ficar logo bom. Qual é o mesmo o nome dela? - Helena, doutor! Mas que coisa! O pediatra disse que ela está doente por causa do Totó e o senhor me diz

que ela pode ajudar ele a ficar bom... E agora? E agora que nem eu sei o que acontecerá!? Que confusão!! Ninguém ainda tinha se lembrado do seu Elias – o avô de Helena - e seus bons conselhos e orientações. Dona Guiomar, porém, lembrou-se dele (do pai dela!), que sempre a socorreu em todas as dificuldades, desde os tempos de criança... Ao chegar em casa não pensou duas vezes: correu para o fundo do quintal.

Se até cachorro anda aprendendo a orar...

O ser humano sempre buscou manter contato com as forças superiores da vida, a quem muitos chamam de Deus...

A prece é, então, este contato com Deus. Algumas preces se tornaram famosas, curiosamente, por serem curtas e dizerem tudo com poucas palavras. Eis abaixo um bom exemplo!

Oração da Serenidade

Senhor, Dai-nos forças

Para aceitar com serenidade Tudo o que não possa ser mudado.

Dai-nos coragem

Para mudar o que pode E deve ser mudado.

E Dai-nos sabedoria Para distinguir

Uma coisa da outra.

Se você se dispusesse a escrever uma prece, bem curtinha, o que você diria? __________________________________________________________

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Frases caninas!

Cãomigo ninguém pode! Dependendo da cãopanhia, todo esforço vale a pena!

"É melhor ter um cachorro amigo do que um amigo cachorro". Fabricio Bravim Melotti

"Quando late o cão velho, deve-se ir olhar". Pereira

“Se o seu cão não gosta de alguém, faça o mesmo”. Desconhecido

“Em algum lugar, sempre haverá um cãozinho abandonado me impedindo

de ser feliz”. Jean Anouilb “O maior amor é o de mãe, depois o de um cão e depois o da namorada”.

Provérbio polonês

“A grandeza de uma nação pode ser julgada pelo modo que seus animais

são tratados”. Mahatma Gandhi

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Porto Velho, 20 de novembro de 2008

Oi, Patrícia

Chega um tempo em nossa vida, aí pela fase da adolescência, em que somos atacados por um estranho mal: a gente se sente um verdadeiro super-herói e os mais velhos (os pais, os tios, os avós e até os professores), coitadinhos, passam a não ter mais nenhum valor, pois estão ultrapassados... Só eles (os adolescentes/jovens) seriam capazes (os poderosos!) de ver, de resolver as situações... Não é estranho?!

A menina que salvou seu cachorro de morrer sem ter visto a vida VI

Ninguém ainda havia se lembrado do seu Elias – o avô de Helena - e seus bons conselhos e orientações. Dona Guiomar, porém, lembrou-se dele (do pai dela!), que sempre a socorreu em todas as dificuldades, desde os tempos de criança... Ao chegar em casa não pensou duas vezes: correu para o fundo do quintal. - Pai, o senhor tem que me ajudar!

E contou tudo o que os médicos – de crianças e de animais – disseram. Seu Elias coçou sua cabeça sem cabelos, alisou as barbas brancas e falou: - Nós temos que curar a Helena primeiro! E eu sei como fazer isso... Conversou longamente com a filha e começaram a colocar em ação um plano secreto.

Eu, que posso Eu, que posso Eu, que posso Eu, que posso bisbilhotar à vontade, acabei bisbilhotar à vontade, acabei bisbilhotar à vontade, acabei bisbilhotar à vontade, acabei ouvindo uma frase que nem gostaria de ter ouvido, pois ouvindo uma frase que nem gostaria de ter ouvido, pois ouvindo uma frase que nem gostaria de ter ouvido, pois ouvindo uma frase que nem gostaria de ter ouvido, pois me cortou o coração.me cortou o coração.me cortou o coração.me cortou o coração. AAAA mãe de Helena, mãe de Helena, mãe de Helena, mãe de Helena, ao comentar sobre o Totó, usouao comentar sobre o Totó, usouao comentar sobre o Totó, usouao comentar sobre o Totó, usou estas palavrasestas palavrasestas palavrasestas palavras aí aí aí aí,,,, sem tirar nem pôr sem tirar nem pôr sem tirar nem pôr sem tirar nem pôr: : : : ---- Será uma pena se ele não resistir... Pobrezinho, Será uma pena se ele não resistir... Pobrezinho, Será uma pena se ele não resistir... Pobrezinho, Será uma pena se ele não resistir... Pobrezinho, é é é é tão novinhotão novinhotão novinhotão novinho que que que que morrerá sem ter visto a vida!morrerá sem ter visto a vida!morrerá sem ter visto a vida!morrerá sem ter visto a vida!

Um plano é secreto até ser revelado, descoberto...

Além dos SEGREDOS, existem também os ENIGMAS, os MISTÉRIOS... Ah, sim, esqueci das CHARADAS! Sem contar aquilo que deve permanecer em SIGILO...

E agora? Só há um jeito: desvendar o significado destas palavras.

Uma Visita urgente ao dicionário!

(SE.GRE.DO)(SE.GRE.DO)(SE.GRE.DO)(SE.GRE.DO) (E.NIG.MA)(E.NIG.MA)(E.NIG.MA)(E.NIG.MA) ���� O que ninguém deve saber ou não pode ser divulgado; SIGILO

Φ Questão, pergunta, problema difícil de interpretar e resolver

���� Causa desconhecida de algo (segredos da vida); ENIGMA; MISTÉRIO

Φ Frase ou discurso cujo sentido é incompreensível

���� Confidência, confissão que se faz a alguém

Φ Algo misterioso, de difícil compreensão

(CHA.RA.DA)(CHA.RA.DA)(CHA.RA.DA)(CHA.RA.DA) (MIS.TÉ.RI:O)(MIS.TÉ.RI:O)(MIS.TÉ.RI:O)(MIS.TÉ.RI:O) �Espécie de jogo ou passatempo verbal, em que se propõe um enigma

�Tudo que não se pode explicar ou compreender; ENIGMA

� Aquilo que é difícil de entender, situação intrincada; problema, mistério

� Coisa ou pessoa desconhecida, da qual nada se sabe e que desperta curiosidade e/ou receio;

� Expressão ou linguagem obscura ou de difícil entendimento

�Característica intrigante e insondável; ENIGMA

(SI.GI.LO)(SI.GI.LO)(SI.GI.LO)(SI.GI.LO)

Aquilo que se não pode revelar ou divulgar; SEGREDO ږ

Discrição no falar; SILÊNCIO; SEGREDO ږ

Agora, depois de ler os significados destas palavras, que tal escrever o início de uma história de suspense, cheia de mistério, de segredos, de enigmas?

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Porto Velho, 21 de novembro de 2008

Oi, Patrícia

Dizem por aí que o riso, as coisas engraçadas, tem um grande poder. O bom humor cura! Houve um caso, de um homem que os médicos tinham desenganado. O que ele fez? Alugou todas as fitas de vídeo de comédia que encontrou em uma locadora, hospedou-se em um hotel e ficou assistindo os filmes, dando risada, se alimentando, dormindo. E para surpresa sua e de todo mundo, a doença sumiu!

A menina que salvou seu cachorro de morrer sem ter visto a vida VII

Enquanto isso, Helena estava no seu quarto, tristinha e não se animava a fazer nada... Mas, de repente começou a ouvir umas risadas e ficou curiosa, perguntando a si mesma: “quem será que está rindo tanto assim”? Correu para o quintal e viu o avô e a mãe gargalhando, um abraçado no outro, como se fossem cair no chão de tanto rir!! - Qual foi a graça, mãe? - É o seu avô! Ele achou umas coisas engraçadas sobre cachorro nesta revistinha... Olha aí. - Mas eu nem sei ler ainda...! - Claro que não sabe! Você tem apenas 5 anos e já quer saber ler, sua apressadinha?! – brincou o avô – mas você pode muito bem ver e imaginar... Colocou a menina no colo, abriu a revista e leu o que estava escrito no alto da página:

Em sua boa cãopanhia

- Isso não tem nada graça! – resmungou Helena – é só um monte de letrinhas. Mas este cachorrinho é muito bonitinho... – disse apontando uma das figuras. - Te aquieta e ouça estas perguntas engraçadas, Leninha! – disse o avô, com carinho.

Bom humor

Humor ingênuo e cativante

Qual o motivo de um seriado tão precário, tão banal e tão ingênuo ter sobrevivido por vários anos no México, além de ter sido exibido em vários países? É impressionante como o Chaves passou pelo teste do tempo no Brasil e continua sendo exibido até hoje. Eu assisti muito na minha infância (hoje tenho 21 anos), e fico surpreso de ver como as crianças de hoje assistem, e até repetem todos os bordões do personagem ("Foi sem querer querendo", "Isso, isso, isso!", entre outros). Igualzinho a mim e aos meus amigos naquela época :) Penso que é justamente a simplicidade e a ingenuidade que faz o seriado ser tão interessante para as crianças e, em alguns casos, para adultos também. Autor: Fab. Texto coletado na internet, no endereço: http://www.ivox.com.br/opiniao/?id=57893)

Eu não gostei quando o Fab disse: “seriado tão precário, tão banal”! Mas concordo com o restante da sua opinião.

E posso dizer que também sou fã do Chaves. E do seu Madruga, da Chiquinha, da dona Florinda. Enfim, dos demais componentes da turma.

E você?

E os humoristas brasileiros?

Ligue a fotografia à descrição destes bons humoristas!

BARNABÉ é um contador de anedota (piada), daquelas que qualquer criança pode ouvir (sem malícia). Também compõe músicas e vive de fazer shows e de vender seus CDs.

GERALDINHO era um caipira lá do Goiás e cuidava da sua roça, da esposa e dos 8 filhos, quando foi descoberto pela televisão e se tornou um dos melhores contadores de causo do Brasil. A gente morre de rir dele. É diversão pura, sadia.

MAZAROPPI fazia humor por meio dos seus filmes, com personagens engraçados, como o Jeca e sua espingarda torta! Nos tempos de antigamente praticamente todo ano ele lançava um filme para a alegria dos seus fãs!!

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Porto Velho, 22 de novembro de 2008

Oi, Patrícia

Eu quase nunca consigo responder perguntas enigmáticas, que alguns chamam de adivinhas. Como essa, que acabei de descobrir: - Por que o galo quando canta fecha os olhos? - Porque sabe a música de cor! Algumas adivinhas são em formato de rima, como esta:

Tem dentes, Mas não come. Tem barba, Mas não é homem.

O que é? Já descobriu? Veja com os colegas, o/a professor/a!

A menina que salvou seu cachorro de morrer sem ter visto a vida VIII

A menina sossegou, se aconchegou ao peito do avô e prometeu ouvir tudo. Seu Elias leu, então, a primeira pergunta e a sua resposta:

QUAL O CACHORRO QUE NÃO

TEM RABO?

– O cachorro-quente.

Helena olhou bem a figura, demorou alguns segundos e danou a rir... A mãe, vendo o esforço dela em entender a piada, começou a rir também – a rir dela... O avô, que não entendeu porque a sua filha estava rindo de sua neta, começou a rir das duas. E tanto riram os três, cada um por um motivo, que todo mundo apareceu para ver o que estava acontecendo... Seu Elias não perdeu tempo. E antes que perguntassem se eles tinham “visto um passarinho verde” leu em voz alta a próxima pergunta:

Quando o cachorro fica desconfiado?

Bom humor II

Seção infantil

O médico conversa com a mulher do paciente, logo após a consulta: - Fique tranqüila, seu marido ficará bom logo. Em apenas uma semana ele já estará trabalhando. E a mulher grita: - É um milagre! Ele nunca trabalhou antes!

Um motorista perguntou para um homem na beira da estrada: - Esta estrada vai para o Paraná? E o homem respondeu: - Não, a estrada fica, o senhor é quem vai!

- Você sabe manter as pessoas em suspense? - Claro que sei. - Como? - Depois eu conto.

A garota perguntou ao rapaz: - Você conhece a piada do fotógrafo? - Não - disse o jovem. - Eu também não. Quando ele revelar eu te conto!

Um cliente chegou na lanchonete e perguntou: - Quanto é o café? O balconista respondeu: - Um real. - E o açúcar? - É de graça. - Ah, então me dê dois quilos de açúcar.

No parque, o garoto pediu dinheiro à sua mãe para dá-lo a um velhinho. A mãe, sensibilizada, deu o dinheiro e perguntou ao filho: - Para qual velhinho você vai dar o dinheiro, meu anjo? - Para aquele ali, que está gritando: "olha a pipoca quentinha!"

O treinador perguntou para o aluno: - Joãozinho, você sabe nadar? - Sei sim. - E onde aprendeu? - Na água.

A cartomante comunicou, sorridente, ao ler a mão do consulente: - Que maravilha: nenhuma doença em sua vida! - Maravilha nada! Eu sou médico!

O garoto se aproximou da professora e perguntou: - Alguém pode ser culpado por alguma coisa que não fez? - Mas é claro que não, meu querido - respondeu ela. - Ufa, ainda bem! É que eu não fiz o dever de casa.

O preguiçoso, deitado na rede, perguntou ao amigo: - Você tem aí um remédio para picada de cobra? - Tenho sim, por quê? Você foi picado? - Não, mas tem uma cobra vindo em minha direção.

O pão-duro entrou no restaurante ao meio-dia e perguntou ao garçom: - Quanto custa o almoço? - R$ 20 - respondeu o garçom. - E o jantar? - R$ 10. - Então, traga-me o jantar!

Duas cobras conversavam, quando uma delas perguntou para a outra: - Nós somos cobras venenosas? - Por que essa curiosidade nesse momento? - Porque acabo de morder minha língua!

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Porto Velho, 23 de novembro de 2008

Oi, Patrícia

Você acredita na inteligência dos animais? Os cientistas já admitem que sim, que eles têm capacidade de resolver problemas; que são dotados de memória, que se comunicam e que criam, transmitem e assimilam conhecimentos... O psicólogo Marc Hauser, estudioso deste assunto, diz que "convivemos nesse planeta com animais pensantes". E mais ainda, que "cada espécie, com sua mente única, favorecida pela natureza e moldada pela evolução, é capaz de enfrentar os mais fundamentais desafios que o mundo apresenta”.

A menina que salvou seu cachorro de morrer sem ter visto a vida IX

- Quando está com a pulga atrás da orelha.

Todos riram – até mesmo a tão ocupada avó de Helena, dona Adélia, que balançou a cabeça e pensou secretamente: “Este Elias parece mais uma criança, não tem o que inventar!...” Depois de muitas outras brincadeiras, Helena nem parecia mais a mesma. Foi aí, então, que seu avô aproveitou a ocasião: - Olha, Leninha, leve esta revista e conte umas estórias para o Totó... Eu ouvi dizer que os cachorros têm uma inteligência fora do comum. Ele vai entender quase tudo! E não é que ela foi? Graças à sua boa memória, “leu” as piadas, as estorinhas, mostrou as figuras...

Isso eu quero ver de mais perto ainda! Menina Isso eu quero ver de mais perto ainda! Menina Isso eu quero ver de mais perto ainda! Menina Isso eu quero ver de mais perto ainda! Menina contando estória pra cachorro?! contando estória pra cachorro?! contando estória pra cachorro?! contando estória pra cachorro?! Não que não sejamos inteligentes... Somos e muito! Mas Não que não sejamos inteligentes... Somos e muito! Mas Não que não sejamos inteligentes... Somos e muito! Mas Não que não sejamos inteligentes... Somos e muito! Mas não é muito comunão é muito comunão é muito comunão é muito comum ver isso por aí, não é?m ver isso por aí, não é?m ver isso por aí, não é?m ver isso por aí, não é? A diversão de toda a família, naqueles dias, foi ver Helena cuidar de Totó...

Façanha animal

Estes animais e suas inteligências...

Uma ABELHA é capaz de contar para suas companheiras, apenas por meio de uma dança, onde viu flores cheias de pólen. Os movimentos indicam a distância da colméia e o ângulo em relação ao Sol.

Uma fêmea de CORVO surpreendeu os cientistas ao conseguir dobrar um arame e transformá-lo em um gancho para pegar alimentos dentro de um tubo. Enfim, confirmou-se mais uma vez que os animais também conseguem criar ferramentas.

Há também um curioso caso, coletado por Fátima Borges: o de um CÃO que após ser tratado e curado por um cirurgião que o encontrou com uma pata esmagada na rua, volta à residência do mesmo cirurgião, após um ano, levando consigo um outro cãozinho também com uma das patinhas esmagada, para surpresa do médico.

Eis o que encontramos sobre um animal até hoje visto como maus olhos: “o PORCO na vida real, no seu ambiente natural, não é sujo, grosseiro ou indecente, mas pelo contrário é abençoado com sensibilidade, inteligência, curiosidade e charme”.

A BBC Brasil noticiou em novembro de 2007 que uma fazenda na Inglaterra cria miniporcos de

estimação, com um quinto do tamanho de um porco normal. Um dos proprietários da fazenda, Chris Murray, afirma que conseguiu a espécie perfeita de porco de estimação. Estes porquinhos não passam dos 70 kg. Em

média, um porco adulto normal pesa 500 kg.

10

Porto Velho, 24 de novembro de 2008

Oi, Patrícia

Vovô Elias é um cara de sorte! E não é à toa: mora na sua pequena e confortável casinha de telhado branco, que fica no fundo da casa de sua filha; está aposentado e o dinheirinho que ganha dá para ir tocando a vida; tem uma neta com quem pode se entreter... E agora ainda tem o Totó, que não lhe deixa ficar quieto! Sem contar as suas habilidades com o alicate, a chave de fenda, o martelo... Por isso, vive consertando as coisas alheias. Assim tão bem ocupado não há tempo ruim que possa perturbá-lo!

A menina que salvou seu cachorro de morrer sem ter visto a vida X

Ninguém se agüentava mesmo era com a descrição que ela fazia ao explicar para o Totó como era ter-rí-vel e me-do-nho para um cachorro ter uma pulga atrás da orelha... - Desconfie, Totó, desconfie que alguma coisa não está certa!! No começo, Totó pareceu nem estar prestando atenção no que a menina dizia. Parecia... Mas não demorou muito para ele próprio, o Totó, pedir latindo e empurrando-a pela perna, para que ela mostrasse o livro. - Totó, te acalma! Você já está me cansando... Não sei quantas vezes eu já te contei a mesma estória! Você não sossega, não?

Eu serei o intérprete do Totó neste momento, pois rEu serei o intérprete do Totó neste momento, pois rEu serei o intérprete do Totó neste momento, pois rEu serei o intérprete do Totó neste momento, pois raríssimos humanos aríssimos humanos aríssimos humanos aríssimos humanos conseguem entender a nossa língua conseguem entender a nossa língua conseguem entender a nossa língua conseguem entender a nossa língua –––– o caninês... o caninês... o caninês... o caninês... A resposta à pergunta da menina é: A resposta à pergunta da menina é: A resposta à pergunta da menina é: A resposta à pergunta da menina é: ---- Canso nada! Está muito divertido. Tem horas que eu nem Canso nada! Está muito divertido. Tem horas que eu nem Canso nada! Está muito divertido. Tem horas que eu nem Canso nada! Está muito divertido. Tem horas que eu nem sinto que estou doente...sinto que estou doente...sinto que estou doente...sinto que estou doente...

Vovô Elias não perdia uma cena das brincadeiras da neta com o Totó, pois na maior parte do tempo menina-e-cachorro ficavam lá pela varanda de sua casa de telhado branco. O avô chamava a avó toda vez que Helena abria a revista na parte em que se narrava a aventura do pastor alemão, guia de um menino cego: - Oh, Adélia, deixa esta cozinha e vem ver sua neta contar estória!! Corre!!

O tempo...

Como dizem os caipiras: “a gente não pode ficar bestando por aí!”

“Ficar bestando” em caipirês é o mesmo que ficar olhando o tempo passar, sem fazer nadica de nada.

Alguém, muito inteligente, poderia perguntar, com muita razão:

- E isso não é bom? Não é importante a gente relaxar um pouco, às vezes?

Um pouco, às vezes sim! O caso é que tem gente que faz isso o tempo inteiro!

Como sugere a figura do relógio-pizza acima, o tempo tem que ser bem dividido, para caber cada coisa na sua hora!

E você, o que tem feito do seu tempo?

Já sei: você dirá que:

. Estuda

. Ajuda em casa

. Se diverte

Sim! Eu acredito (inclusive que você realmente ajuda em casa!). Mas queremos

que você nos dê mais detalhes. Vamos lá?

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11

Porto Velho, 25 de novembro de 2008

Oi, Patrícia

Existe muita gente parecida com dona Adélia, a avó de Helena – gente que quando começa a trabalhar, a cuidar das coisas da casa, da roça, da loja, não pára mais. Muito pai, muita mãe é assim... E isso não é nada bom!

A menina que salvou seu cachorro de morrer sem ter visto a vida XI

No começo eu fiquei com inveja do meu colega pastor alemão, guia do menino No começo eu fiquei com inveja do meu colega pastor alemão, guia do menino No começo eu fiquei com inveja do meu colega pastor alemão, guia do menino No começo eu fiquei com inveja do meu colega pastor alemão, guia do menino cego. Helena não falava de outra coisa! cego. Helena não falava de outra coisa! cego. Helena não falava de outra coisa! cego. Helena não falava de outra coisa! ””””---- Gente, ele é um poderoso cachorro! Ele fareja o perigo e Gente, ele é um poderoso cachorro! Ele fareja o perigo e Gente, ele é um poderoso cachorro! Ele fareja o perigo e Gente, ele é um poderoso cachorro! Ele fareja o perigo e sempre salva o menino, na hosempre salva o menino, na hosempre salva o menino, na hosempre salva o menino, na hora certa...ra certa...ra certa...ra certa... ”””” Depois eu me acostumei com este cão guia e já gosto de Depois eu me acostumei com este cão guia e já gosto de Depois eu me acostumei com este cão guia e já gosto de Depois eu me acostumei com este cão guia e já gosto de ouvir suas aventuras... Ele vai acabar virando também meu “cão ouvir suas aventuras... Ele vai acabar virando também meu “cão ouvir suas aventuras... Ele vai acabar virando também meu “cão ouvir suas aventuras... Ele vai acabar virando também meu “cão herói”! herói”! herói”! herói”!

Vovó Adélia vivia sempre ocupada com a sua casa... Ocupada em limpar e deixar tudo em ordem: cozinha limpa, banheiro asseado, quartos perfumados, jardim bem cuidado. Ela gritou de lá de dentro, respondendo ao marido: - Outra vez? Mas eu já ouvi esta estória mais de dez vezes! Vocês não se cansam não?! Mas nem ela resistia. Deixava tudo o que estava fazendo e lá vinha ela com o seu ar de avó brava (só por fora!): - Vai, Leninha, conta minha filha, que o Totó precisa aprender a ser um cachorro de verdade!! E a menina, que já tinha se cansado sim, de contar a mesma versão da estória do cão guia, decidiu naquele instante acrescentar por sua conta algumas aventuras extras. Como esta: Um dia o cão guia levou o menino a uma sorveteria. Eles gostavam Um dia o cão guia levou o menino a uma sorveteria. Eles gostavam Um dia o cão guia levou o menino a uma sorveteria. Eles gostavam Um dia o cão guia levou o menino a uma sorveteria. Eles gostavam muito de sorvete. O cão guia mais que o menino. E até o sabor o cacmuito de sorvete. O cão guia mais que o menino. E até o sabor o cacmuito de sorvete. O cão guia mais que o menino. E até o sabor o cacmuito de sorvete. O cão guia mais que o menino. E até o sabor o cachorro horro horro horro escolhia: sempre de chocolate... escolhia: sempre de chocolate... escolhia: sempre de chocolate... escolhia: sempre de chocolate... Mas como comprar sorvete sem dinheiro? O cão guia descobriu um jeito! Mas como comprar sorvete sem dinheiro? O cão guia descobriu um jeito! Mas como comprar sorvete sem dinheiro? O cão guia descobriu um jeito! Mas como comprar sorvete sem dinheiro? O cão guia descobriu um jeito! Ele fazia o menino sentarEle fazia o menino sentarEle fazia o menino sentarEle fazia o menino sentar----se na mesa que ficava bem pertinho se na mesa que ficava bem pertinho se na mesa que ficava bem pertinho se na mesa que ficava bem pertinho –––– como é como é como é como é mesmo o nome, vô? mesmo o nome, vô? mesmo o nome, vô? mesmo o nome, vô? –––– do do do do balcãobalcãobalcãobalcão de sorvete; depois pulava para cima da de sorvete; depois pulava para cima da de sorvete; depois pulava para cima da de sorvete; depois pulava para cima da cadeira e começava a chamar a atenção de todos, latindo bem baixinho (ele cadeira e começava a chamar a atenção de todos, latindo bem baixinho (ele cadeira e começava a chamar a atenção de todos, latindo bem baixinho (ele cadeira e começava a chamar a atenção de todos, latindo bem baixinho (ele era muito educado!!)... era muito educado!!)... era muito educado!!)... era muito educado!!)...

Nós podemos criar boas aventuras extras...

Observem o trecho abaixo:

E a menina, que já tinha se cansado sim, de contar a mesma versão da estória do cão guia, decidiu naquele instante acrescentar por sua conta algumas aventuras extras...

Leiam também com muita atenção o que está escrito abaixo:

...todo dia aquela criança, pré-adolescente na verdade (mas ela nem desconfia disso) levantava-se cedo para ir à escola. Na escola, sentava-se na mesma carteira, sempre. Seus amigos e amigas eram os mesmos, desde a pré-escola... Quando chegava da escola ia almoçar, fazia o quilo descansando um pouco na rede e depois ia cuidar dos seus deveres – de casa e depois da escola. Brincar ela brincava, no final da tarde...

Depois do parágrafo abaixo você terá que continuar a narrativa, inventando uma boa aventura extra (vê lá o que você vai fazer!)

Num daqueles dias, quando o sol começava a se pôr, nossa personagem tomou coragem e ________________________________

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Porto Velho, 26 de novembro de 2008

Oi, Patrícia

Quando eu era criança lá em Minas Gerais, numa pacata cidade chamada Paracatu, eu vivia soltinho pela rua. Eu tinha menos de 7 anos... Não havia seqüestro, assalto e toda essa violência de muitas cidades por aí! Eu, então, aproveitava que minha mãe tinha sempre muito que fazer e me mandava pra rua! Um dia eu arrisquei a fazer uma aventura extra. Inventei de ir até um sítio com os meninos do vizinho... Fui! Demorei muito, voltei e apanhei! Uma surra merecida... Aprendi a lição.

A menina que salvou seu cachorro de morrer sem ter visto a vida XII

- Sabe o que acontecia, então, Totó? O dono da sorveteria trazia sorvete para os dois... O menino O dono da sorveteria trazia sorvete para os dois... O menino O dono da sorveteria trazia sorvete para os dois... O menino O dono da sorveteria trazia sorvete para os dois... O menino tomava, o cachorrotomava, o cachorrotomava, o cachorrotomava, o cachorro guia lambia. guia lambia. guia lambia. guia lambia. Vovô Elias, que apenas ouvia, neste dia resolveu ajudá-la na estória: Como dinheiro mesmo não havia e o cachorro insistia em tomar Como dinheiro mesmo não havia e o cachorro insistia em tomar Como dinheiro mesmo não havia e o cachorro insistia em tomar Como dinheiro mesmo não havia e o cachorro insistia em tomar sorvete todos os dias, o dono da sorveteria, que não era nada bobo, sorvete todos os dias, o dono da sorveteria, que não era nada bobo, sorvete todos os dias, o dono da sorveteria, que não era nada bobo, sorvete todos os dias, o dono da sorveteria, que não era nada bobo, transformou o menino e seu ctransformou o menino e seu ctransformou o menino e seu ctransformou o menino e seu cão guia na grande atração da ão guia na grande atração da ão guia na grande atração da ão guia na grande atração da sorveteria... E para o seu plano não falhar, ele combinou tudo com o sorveteria... E para o seu plano não falhar, ele combinou tudo com o sorveteria... E para o seu plano não falhar, ele combinou tudo com o sorveteria... E para o seu plano não falhar, ele combinou tudo com o próprio menino, falando diretamente no seu ouvido (como se quisesse próprio menino, falando diretamente no seu ouvido (como se quisesse próprio menino, falando diretamente no seu ouvido (como se quisesse próprio menino, falando diretamente no seu ouvido (como se quisesse dizer segredo!): dizer segredo!): dizer segredo!): dizer segredo!): ---- Você pode vir aqui tomar sorvete de graça todos os dias, viu? Você pode vir aqui tomar sorvete de graça todos os dias, viu? Você pode vir aqui tomar sorvete de graça todos os dias, viu? Você pode vir aqui tomar sorvete de graça todos os dias, viu? ÀÀÀÀ tardinha, depois das cinco. Mas traga o seu cachorro guia! tardinha, depois das cinco. Mas traga o seu cachorro guia! tardinha, depois das cinco. Mas traga o seu cachorro guia! tardinha, depois das cinco. Mas traga o seu cachorro guia! Vovó Adélia, diante de tanta invenção, ria muito e também se perdia em meio a tanta alegria... Quando se dava conta do tempo transcorrido e lá ia correndo para a cozinha: - Deus meu! Esqueci coisa no fogo, de novo!

Eu estou sentindo que o Totó vai ficar curado logo, Eu estou sentindo que o Totó vai ficar curado logo, Eu estou sentindo que o Totó vai ficar curado logo, Eu estou sentindo que o Totó vai ficar curado logo, logo. Se é que ele já não está!! logo. Se é que ele já não está!! logo. Se é que ele já não está!! logo. Se é que ele já não está!! Pena é que a estória vai acabar... Tomara que contem Pena é que a estória vai acabar... Tomara que contem Pena é que a estória vai acabar... Tomara que contem Pena é que a estória vai acabar... Tomara que contem pelo menos mais um episódio (aprendi a falar bonito com o seu pelo menos mais um episódio (aprendi a falar bonito com o seu pelo menos mais um episódio (aprendi a falar bonito com o seu pelo menos mais um episódio (aprendi a falar bonito com o seu EliaEliaEliaElias!), “mais um episódio do cão guia e o menino cego”.s!), “mais um episódio do cão guia e o menino cego”.s!), “mais um episódio do cão guia e o menino cego”.s!), “mais um episódio do cão guia e o menino cego”.

Aventura infanto-juvenil nos livros, na televisão, na vida...

O nosso primeiro livro de aventura infanto-juvenil surgiu em 1938, pelas mãos de Viriato Correa. Lá se vão 70 anos! Trata-se de CAZUZA, MEMÓRIAS DE UM MENINO DE ESCOLA.

O dono da editora que publicou este livro era o, depois tão famoso, Monteiro Lobato criador de O Sítio do Picapau Amarelo.

E foi precisamente neste sítio que surgiram os meninos e meninas que mais marcaram as últimas gerações de crianças e adolescentes brasileiros.

Durante muitos anos apenas por

meio dos livros. Depois na televisão, em várias temporadas.

E vocês, que já assistiram o Sítio na televisão, você é capaz de criar um roteiro de um filme com os seus personagens?

Vou ajudar!

. Emília descobre o mapa do que ela pensa ser um tesouro...

. O único que lhe dá ouvidos é o tio Barnabé, que arrisca um palpite dizendo tratar-se do mapa que leva ao Pico do Tracuá, com 1.120 metros de altitude, na Serra do Pacáas Novos, em uma pequena cidade chamada Campo Novo de Rondônia... . Emília, muito curiosa, diz que “alguma coisa especial deve existir por lá... mas o quê - pergunta-se?”

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Porto Velho, 27 de novembro de 2008 Oi, Patrícia

Pode parecer mentira, mas antigamente (e em alguns lugares) quando a gente ficava doente, muitas das crianças até faziam festa. O motivo é simples: para ajudar na nossa cura os adultos davam o que nós raramente tínhamos oportunidade de comer ou beber: principalmente macã, bolacha e refrigerante. Às vezes era difícil querer ficar logo bom, com tanta coisa gostosa à nossa disposição...

A menina que salvou seu cachorro de morrer sem ter visto a vida XIII

Helena ficou curada. A febre sumiu. Seu pai, que tinha chegado de viagem, fez questão de levá-la ao pediatra, para ouvir a opinião dele. O médico examinou a menina com todos os seus recursos e jeitos: palito na língua para examinar a garganta, ouvidor de coração e de pulmão, lanterninha de olhar ouvido... Nada encontrou – tudo funcionava bem!! Faltava agora o Totó ganhar alta. Voltaram com

ele no veterinário. Era a “consulta de retorno”, conforme explicou seu Luís, o pai de Helena, que resolveu cuidar também do caso canino. O veterinário, depois de examinar bem o Totó, comentou: - Nunca vi uma recuperação tão rápida! Vocês estão de parabéns!! Seu Luís contou para o veterinário tudo o que tinha acontecido durante a sua viagem. O médico dos animais quis saber dos detalhes. Pediu para ver a revista; depois quis ouvir a estória do cão guia e o menino cego; depois que ele não parava mais de rir das tantas estórias inventadas pela menina, que não parava de falar...

Eu sei que a estória está se encerrando. Vou Eu sei que a estória está se encerrando. Vou Eu sei que a estória está se encerrando. Vou Eu sei que a estória está se encerrando. Vou sentir saudades de tudo o que aconteceu lá pela sentir saudades de tudo o que aconteceu lá pela sentir saudades de tudo o que aconteceu lá pela sentir saudades de tudo o que aconteceu lá pela casa de Helena e de seu Elicasa de Helena e de seu Elicasa de Helena e de seu Elicasa de Helena e de seu Elias. as. as. as. Ah, vou dar deixar o meu recado para todos: Ah, vou dar deixar o meu recado para todos: Ah, vou dar deixar o meu recado para todos: Ah, vou dar deixar o meu recado para todos: “Cuidem bem dos seus animais! Eles são muito “Cuidem bem dos seus animais! Eles são muito “Cuidem bem dos seus animais! Eles são muito “Cuidem bem dos seus animais! Eles são muito importantes na vida de uma criança (e dos adultos importantes na vida de uma criança (e dos adultos importantes na vida de uma criança (e dos adultos importantes na vida de uma criança (e dos adultos também)!”também)!”também)!”também)!”

A alegria cura...

O que será que tem a ver estas duas fotos aí abaixo, entre si?

A primeira foto é de uma cena do filme PATCH ADAMS, O AMOR É CONTAGIOSO (péti ádanmis), com o excelente ator Robin William (já passou na televisão algumas vezes!) O filme narra o caso real de um médico que decide inventar novas maneiras de tratar os doentes – com bom humor, principalmente.

A segunda foto retrata dois palhaços profissionais dos Doutores da Alegria em plena ação! Eles fazem animação/festa/brincadeiras para pequenos pacientes nos hospitais infantis de São Paulo, do Rio de Janeiro e de outras cidades. Eles são profissionais, ganham para isso e fazem um excelente trabalho, pois ajudam verdadeiramente as crianças internadas.

E agora, nesta terceira foto vemos o próprio Patch Adams dando um abraço carinhoso e curativo.

Agora, aproveitando o que sobrou de espaço nesta folha, vamos escrever um pouco?

DESAFIO

Responda: - Que coisa engraça você diria para alguém que está internado em um hospital e fará uma cirurgia? (tem gente que morre de medo só de pensar nisso!) ____________________________________

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Porto Velho, 28 de novembro de 2008

Oi, Patrícia

Eu vou sentir saudades da Helena, do Totó, do seu Elias... A gente sente saudade dos personagens, seja dos livros, das novelas, dos filmes... E pensando bem, acho que vou começar a escrever a continuação desta história, afinal Helena está crescendo!!

A menina que salvou seu cachorro de morrer sem ter visto a vida XIV

E eu, que estou escrevendo esta história a conta-gotas, bem devagarinho, nem sei direito o que ocorrerá agora, nestas linhas finais... E fico me perguntando: “toda estória tem que acabar mesmo? Não pode deixar sem um Fim? Não serve aqueles três pontinhos – as reticências – indicando que não acabou,

que pode ter um próximo capítulo ou mais um episódio?” Leninha voltou do veterinário diretamente “para casa” – mas não exatamente para a sua própria casa, mas para aquela outra, de telhado branco, no fundo do terreno. - Não tem jeito, só falta agora ela almoçar por lá todos os dias, levar suas roupas, fazer a mudança completa - comentou o pai de Helena com sua mãe. - E ela só não fez isso ainda porque eu não deixei! Vontade não lhe falta! – comentou Dona Guiomar, achando graça da preocupação do marido. Depois de decidir aprender a ler sozinha, era comum encontrar Helena na varanda do avô com suas canetas, lápis de todas as cores e tamanhos, cadernos e a revista sobre os animais.

Vovô Elias brincava de se zangar com ela, dizendo que ela não precisava se apressar em ler, pois ele era o seu “leitor guia”! E o Totó? Bem, o Totó ficou tão acostumado a ouvir estórias e com a presença de Seu Elias, que mudou de dono à medida que a menina crescia – tornou-se um cão de companhia para o avô de Helena, a menina que salvou o seu cachorro de morrer sem ter visto a vida...

FIM

Seja também autor! Preencha os balãozinhos...

São quatro tiras. Cada uma é uma história! Boa sorte.