OJORNAL 04/04/2010

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Exemplar de assinante CMYK Sem apoio, Banco do Cidadão agoniza Páginas A17 e A18 N um clima de saudosismo, O JORNAL deu um passeio por Maceió em busca do que resta da arquitetura e dos costumes do maceioense de antigamente. O tempo em que os homens tiravam o chapéu numa saudação ficou marcado nos prédios da época. Nestes cliques, a Praça dos Palmares de ontem (1951) e de hoje. E m se tratando de arquitetura, pouco se mudou da visão que se tinha em 1950 da Praça D. Pedro II e da que se tem hoje. Da Catedral Metropolitana, via-se ontem – e hoje também – o imponente prédio da Biblioteca Pública. O muro da praça é mantido, mas a escada lateral foi destruída. Páginas A9, A10 e A11 04ca01_COR_NOVA R$ 2,00 Esportes L L JORNA O JORNA O ALAGOAS Maceió, domingo, 4 de abril de 2010 | Ano XVI | Nº 104 | www.ojornalweb.com | MACEIÓ EM DOIS CLIQUES Desempregado ganha a vida “vendendo” sonhos em fotos CRB e Murici disputam hoje jogo decisivo Página A14 Páginas A3 e A4 Policiais militares querem a oportunidade para votar Hoje, operação de crédito para empreendedores informais é quatro vezes menor que em 2004 Dois TV Pelé vai apresentar programete no SBT A sociedade teatral de Nova Jerusalém Páginas B1, B2 e B3 Lula Castello Branco Lula Castello Branco

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Sem apoio, Banco do Cidadão agonizaPáginas A17 e A18

Num clima de saudosismo, O JORNAL deu um passeio por Maceió em busca do que resta da arquitetura e dos costumes do maceioense de antigamente. Otempo em que os homens tiravam o chapéu numa saudação ficou marcado nos prédios da época. Nestes cliques, a Praça dos Palmares de ontem (1951) e de hoje.

Em se tratando de arquitetura, pouco se mudou da visão que se tinha em 1950 da Praça D. Pedro II e da que se tem hoje. Da Catedral Metropolitana, via-seontem – e hoje também – o imponente prédio da Biblioteca Pública. O muro da praça é mantido, mas a escada lateral foi destruída. Páginas A9, A10 e A11

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LLJORNAO JORNAOALAGOASMaceió, domingo, 4 de abril de 2010 || Ano XVI || Nº 104 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm ||

MMAACCEEIIÓÓ EEMM DDOOIISS CCLLIIQQUUEESS

Desempregado ganha a vida“vendendo” sonhos em fotos

CRB e Murici disputam hoje jogo decisivo

Página A14 Páginas A3 e A4

Policiais militares querema oportunidade para votar

Hoje, operação de crédito para empreendedores informais é quatro vezes menor que em 2004

Dois

TVPelé vai apresentarprogramete no SBT

A sociedade teatralde Nova Jerusalém

Páginas B1, B2 e B3

Lula Castello Branco

Lula Castello Branco

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JORNALO JORNALO

Domingo, 4 de abril de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

OpiniãoObservando-se ações sociais no Estado constata-

se que o povo alagoano anda muito carente de cida-dania. Muita gente não tem documento ou temalgum tipo de pendência para resolver na esfera ju-dicial. Quem não tinha nada para resolver, precisa-va ao menos cortar o cabelo. Nas duas ações, ambasem regime de mutirão promovido pelo poder público– Estado e Município – o povo foi beneficiado.

Numa ação, ocorrida no Clube Fênix Alagoana,milhares de pessoas foram ao local – que funcionoucom estrutura para emissão de documentos e orien-tações jurídicas – em busca de cidadania. Para fina-lizar o grande evento de atendimento especial e gra-tuito ao povo carente, foi realizado um casamento co-letivo. Trezentos casais se apresentaram para a ceri-mônia do matrimônio.

No outro dia, outra força-tarefa em benefício dopovo mais precisado de apoio do poder público aconte-ceu em Maceió e, novamente, milhares de pessoas seavistaram no local, para resolver algum tipo de pen-dência na vida e tornarem-se mais cidadãos ou cidadãs.

Trabalho semelhante aconteceu no presídio femi-nino, onde as detentas receberam assistência dopoder público. Mas, nas unidades prisionais alagoa-nas, este tipo de ação é comum e, sempre que ocorre,muitos presidiários são atendidos e têm seus proble-mas, ao menos, ouvidos por autoridades. Algunscasos não podem ser resolvidos de forma célere, masé dado o primeiro passo e, com ele, vem a esperançapela liberdade.

Seja qual for a ação para oferecer mais cidadaniaàs pessoas carentes, o atendimento sempre será ma-ciço. Sempre haverá uma multidão em busca dos ser-viços. Isso implica em dizer que as autoridades aindatêm muito o que fazer para equacionar este problemachamado falta de cidadania em Alagoas.

A bem da verdade, alguns gestores já dispuse-ram a dar a sua parcela de contribuição para esteprocesso. Se cada cumprir o seu papel, tanto na con-dução normal do seu cargo como nessas atividadesextra-expediente, o povo alagoano receberá fortesdoses de cidadania na veia.

Cidadania

Ponto de vista

San

Quando Maria recebeu o Cristo ensangüentado,de olhos fechados e braços abertos em seu colo, sen-tiu a dor do mundo em seu coração. Sofreu por to-dos, por ser a mãe que abraçava o Filho morto, porser a escolhida que sabia ter em suas mãos o Filho deDeus martirizado. Quando fitou o infinito, trazia osolhos prenhes de luz, de quem via além e vislumbra-va a eternidade, a divindade, aquilo que está muitoacima de nós e, por isso, só sentida na entrega ao in-decifrável mistério.

Quando carregou o corpo do Filho, sabia não serele, mas um pedaço que ficou para lembrar a histó-ria, testemunhar a glória. Era a Maria de todo dia.Ali, naquele triste momento de vazio e dor, nascia ocristianismo, da morte, em uma sublimação celestialtransfigurando toda a paisagem. Era a semente dosofrimento brotando no solo fértil da fé, dos quecrêem, dos que bebem diariamente o indefinível mis-tério, o invisível elo.

Acima da coroa de espinhos - nada mais simbóli-co que isso - a cruz apontando os vários caminhos, nóselevando o olhar para o além. Nas abscissas da dor, alonga e longitudinal caminhada, a via crucis de todosnós. Nas ordenas da fé, a linha reta que nos leva aocéu, o caminho dos sonhos, o religar ao que seu perdeu.

Cristo é a vida e a morte, a alegria e a dor, o so-nho e a realidade, o hoje e a eternidade. Está tanto eem tudo, que se refaz a cada dia, a cada hora, comouma força imanente que não encontra o caminho davolta. Por isso tão falado, tão lembrado, tão vivo eamado, numa tradução diária de tudo aquilo que foi

e plantou em cada palavra levada pelo vento da his-tória, aquele que vai muito além das horas. Não foi amorte que sepulta, mas a fé que ressuscita.

Obstinado, enfrentou a fúria dos leões, a incom-preensão dos justos. Teve tudo, sem exigir nada.Apenas pediu, como um sopro de primavera varren-do a atmosfera da terra em busca de paz: “Amai-vósuns aos outros como eu vós amei”. Foi o seu últimopedido, quando, alta, a noite caia pesada sobre o co-ração da humanidade, tingindo a aurora com umgrito de dor.

De sua morte fez-se vida. Do seu martírio, o per-dão, pendão de vida para aqueles que buscam oalém. Viveu o amor incondicional, devocional.Partilhou o pão que não tinha. Fez de peixes e pãesalimentos imateriais da Humanidade, sanando afome de muitos no deserto de homens e idéias.Muitos os viram, poucos o identificaram. Era Ele:trino e uno, homem e Deus, filho e pai, santo e eté-reo. Depois da paixão, o renascimento, o Cristo vivoe eterno após tantos erros, equívocos e omissões.

Hoje, celebramos suas palavras, comungamossuas certezas, partilhamos seu exemplo, sua condutairretocável. Nos elevou a Deus e o trouxe até nós,como imagem e semelhança, a busca divina pela ver-dade, a entrega, a comunhão libertadora. Como po-deremos dizer que um dia morreu aquele que estávivo entre nós até os dias de hoje?

Sempre o senti, nunca o vi. No entanto, o seguireie o buscarei até o último dia de minha pequena e efê-mera vida!

“Nas ordenas da fé, a linha reta que nos leva ao céu”

Petrônio Souza GonçalvesJornalista e escritor

Celebração ao Cristo vivo

Entre os recursos que o homem dispõe, a água aparece como umdos mais importantes, sendo indispensável para a sua sobrevivência.

Nas suas múltiplas atividades, o homem precisa da água. A utiliza-ção cada vez maior dos recursos hídricos tem resultado em problemas,não só de carência dos mesmos, como também de degradação de suaqualidade.

Assim, nos programas de usos múltiplos de recursos hídricos, de-vem ser considerados os aspectos relacionados com a quantidade neces-sária e a qualidade desejada dos mesmos.

A preocupação com a qualidade da água é relativamente recente. Osprojetos mais antigos de aproveitamento de recursos hídricos aborda-vam com maior ênfase o aspecto quantitativo, procurando garantir asvazões necessárias aos diversos usos previstos para os mesmos.

Com o crescimento populacional, acompanhado do desenvolvimen-to industrial e da intensificação de outras atividades humanas, resultan-do numa maior utilização dos recursos hídricos, o fator qualidade pas-sou a ser importante.

Quase todos os usos que o homem faz da água resultam na produ-ção de resíduos, os quais são novamente incorporados aos recursos hí-dricos, causando a sua poluição.

Por outro lado, certos usos são conflitantes, com algumas atividadescausando problemas de modificações na qualidade da água, em prejuízode outras.

Assim, a manutenção da qualidade necessária a um ou mais usos dedeterminado recurso hídrico é meta a ser alcançada em qualquer projetoque vise ao seu aproveitamento.

Os programas de aproveitamento de recursos hídricos devem, por-tanto, considerar a preservação da qualidade da água, de modo a possi-bilitar os usos determinados para mesma.

A qualidade da água de um manancial, além dos seus usos, depen-de das atividades que se desenvolvem em suas margens. Pode-se dizerque a mesma está intimamente relacionada com o uso que se faz do soloem seu redor.

Assim, em programas de preservação de recursos hídricos, deve-seconsiderar o todo – água e solo, de modo que os usos dos mesmos resul-tem no menor impacto possível sobre a qualidade do líquido.

O disciplinamento do uso e ocupação do solo da bacia hidrográficaé o meio mais eficiente de controle dos recursos hídricos que a integram.

Assim, em um programa de preservação de recursos hídricos, váriasmedidas devem ser adotadas considerando a bacia hidrográfica comoum todo.

Outro aspecto importante diz respeito à outorga do direito de usoda água, sendo este o instrumento pelo qual o poder público atribui aointeressado, público ou privado, o direito de utilizar privativamente orecurso hídrico.

A necessidade de controlar o uso da água está intrinsecamente rela-cionada com a escassez do recurso. Dados indicam que do volume deágua existente no planeta, 97% é de água salgada, 3% de água doce,2,37% estão nas geleiras, 0,6% são de águas subterrâneas e 3% são deáguas disponíveis. Outro fator agravante para os problemas da água éque, o seu volume sempre foi constante e o número de usuários vem au-mentando geometricamente ao longo dos anos, sendo o seu uso cadavez mais degradante e poluidor prejudicando assim, sua qualidade. Deacordo com a ONU no ano de 2025 teremos dois bilhões de sedentos em48 países, a exemplo da Índia, da Espanha, do México, que em médiaatingirá 27% da população.

Os problemas ambientais atuais devem servir de lição. A naturezaexiste para ser utilizada. Porém, sua capacidade de ser alterada é limita-da O homem disporá sempre dos recursos naturais se usá-los de formaadequada, agindo como parte integrante da natureza e não como seudono absoluto.

Alder FloresAlder Flores, advogado, químico, esp. em Direito, Engenharia eGestão Ambiental, auditor Ambiental

“Quase todos os usos queo homem faz da água resultamna produção de resíduos”

A importância dapreservação das águas

Marcial LimaProfessor

Este é omomento

“Os governos não sepercebem como

um organismoharmônico

e integrado”.

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Nesses últimos meses, trêssetores do segmento cultural, le-gitimamente, manifestaram-sereivindicando ações que ve-nham fundamentar PolíticasPúblicas: artes cênicas, audiovi-sual e os foliões que defendem ocarnaval de Maceió. Nesses últi-mos dias, a imprensa noticiaque dois pré-candidatos aoGoverno do Estado cuidam deseu Programa de Governo. Taisfatos me conduzem a um fórumde que participei ano passado,onde um dos módulos, conduzi-do com competência pelo pro-fessor Wanderley Novato, trata-va do tema Gestão Estratégica eOrganização da Cultura. Nosdebates, verificamos que os ob-jetivos (comerciais, educativos,sociais ou, simplesmente, cultu-ra pela cultura) que envolvemesse universo, suas inúmerasatividades, bens e serviços, sãofatores que contribuem para adificuldade de compreendê-lonuma lógica formal de planeja-mento.

Durante as discussões, cons-tatamos que seus objetivospodem variar da elaboração deprodutos de consumo de massaà preservação do patrimônio ar-tístico; de ações de fortalecimen-to da identidade de grupos mar-ginalizados, com a salvaguardade minorias culturais, a eventosmeramente pontuais. Tal fatotorna mais difícil uma visãocompartilhada e integrada degestão dos processos que envol-vem a administração dos órgãospúblicos de Cultura. Donde con-cluímos, numa discussão queenvolveu realizadores de todoBrasil, que, “apesar no amadu-recimento e profissionalizaçãodo setor, nota-se, ainda, a ausên-cia de uma cultura de planeja-mento coletivo, sistemático, emespecial em organizações cujotrabalho aponta para uma mili-tância cultural, onde ações decurto prazo se fazem necessá-rias”.

Por outro lado, os governosde coligação, em esmagadoramaioria, não se percebem umorganismo harmônico e integra-do; raciocinam em termos de“máquinas públicas”, onde peçassão trocadas em intrigante rota-tividade, sem qualquer critério,a não ser o de atender a acordosvoláteis, passageiros, que setransformam conforme os ven-tos de ocasião; ignorando, sole-nemente, práticas bem-sucedi-das e, não poucas vezes, ceifan-do, em pleno processo, projetoscomprovadamente vitoriosos.

Essa realidade e a diversida-de das questões que nos sãoapresentadas, recomendam quenos antecipemos às suas conse-qüências. Se cada segmento de-finir seus objetivos, apontandocaminhos e formas de atingi-los,formalizando-os em documentohábil e consistente, levando-o acada candidato, independentede cores partidárias e isentos dequalquer relação de favor, fun-damentado, só e unicamente, noEstado de Direito, as probabili-dades de êxito, decerto, aumen-tarão.

Sempre senti um fascínio inexplicável pelo mar. E, em horas de nos-talgia, eu costumava procurá-lo para com ele conversar. Contemplava-ode longe ou de perto e levava minha alma a socorrer-se desse poderosointerlocutor para tentar purgar meus poucos pecados. Meu corpo, nocontato de suas águas mornas com a pele, ou ao sentir o cheiro forte einconfundível de maresia, entrava em completa sintonia com esse aquo-so e fiel amigo.

Eram conversas infindáveis, em que as palavras pareciam mergulharna imensidão de suas águas verde-esmeralda, douradas pelo sol ardentedo verão nordestino. Sobre o que conversávamos? Sobre tudo o que pu-desse aliviar-me as angústias adolescentes. Minhas dúvidas, meus amo-res frustrados, minhas esperanças, meus primeiros fracassos e frugais vi-tórias, meus medos infundados. Ele me escutava sem alterar o ritmo dovai-e-vem das ondas espumantes, à beira do seu abismo. As respostasvinham com notável nitidez; a comunicação se dava diretamente, entre oâmago de meu ser e sua própria alma, a alma azul-turquesa do oceanoimenso que me enternecia o olhar.

Meu liquefeito e amoroso amigo possuía uma extraordinária capaci-dade de ouvir e um especialíssimo jeito de falar. Era uma voz sonora,com ricas modulações; por vezes, um simples sussurro, outras vezes, umvozeirão forte e imperativo.

Quando, em minhas queixas, eu me mostrava tensa, ele escutava emsilêncio, para depois aconselhar-me com doçura. Porém, algumas vezesse enfurecia com as angústias de quem estava apenas começando a vivere me lançava palavras duras e brilhos intensos que denotavam um olharfuzilante.

Havia dias em que se apresentava com um verde-esmeralda dúbio,indagador; noutros, com uma tonalidade azul-turquesa, como se trans-mitisse a paz e a reconciliação. Em algumas vezes, eu percebia que suaságuas exibiam uma cor escura e indefinida, entre um verde carregado eum azul profundo. Isso acontecia quando meus pensamentos eram den-sos e minhas confissões queixosas.

Nesses dias, ele ia mudando também o tom com que me falava; pas-sava das reprimendas severas às palavras de carinho. Parecia entenderas incertezas e os temores de uma adolescente sonhadora, que pensavaem reformar o mundo, tornando-o menos cruel; uma jovem que só que-ria viver sua liberdade e colocar-se em face do seu destino.

Enfim, uma jovem que não aceitava recriminações e regras pré-esta-belecidas que se forjavam para não dar apoio à rebeldia da juventudecompartilhada que sofria a angústia da responsabilidade humana e nãoadmitia que a guiassem no exercício dessa responsabilidade, com medode ser um logro, cuja lucidez deveria predominar em todos os seus atos.

Caminhando ao longo da praia, eu recebia os recados de otimismoenviados pelo mar amigo, quer seja pelo grasnar das gaivotas, com suasilhueta delicada, quer por um peixe prateado que saltitava sobre asondas.

Havia momentos em que o mar, numa ânsia comunicativa, chegavaa acariciar-me. Gotas se espalhavam pelo ar e, num poético gotejar,caíam sobre meu corpo e me davam a certeza de felicidade.

Os momentos mais intensos eram aqueles em que eu me rendia aosseus afagos e à total entrega, num mergulho que determinava um abra-ço, lançando-me às suas águas benfazejas. Era quando meu corpo eminha alma se fundiam com a sua alma, buscando seu aconchegante re-fúgio, sempre e inegavelmente consolador.

No aconchego do mar

Arlene MirandaJornalista e escritora (membro da AcademiaMaceioense de Letras) / [email protected]

“As respostas vinham com notável nitidez”

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JORNALO JORNALO

Domingo, 4 de abril de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

PolíticaAA33

Policiais buscam no STF garantiro direito de votar nas eleições Associação do RN moveu Mandado de Injunção; em AL, entidades são favoráveis

Alexandre H. LinoRepórter

No mesmo ano em que sur-ge a polêmica votação dos pre-sos provisórios chega tambémno Supremo Tribunal Federal(STF) um pedido para que po-liciais militares tenham direi-to ao voto no dia da eleição.Através de um Mandado deInjunção (MI 2541), a Associa-ção dos Praças da Polícia Mi-litar e Bombeiros do Rio Gran-de do Norte (Aspra/RN) pediuque seja garantido o direito devoto em trânsito, mesmo queno dia da eleição estejam emserviço ou fora de seu domicí-lio eleitoral.

O assunto também é de in-teresse dos policiais militaresalagoanos, pois se o STF deci-dir favorável, a medida alcan-ça os policias de Alagoas, poistrata-se de matéria constitu-cional. A tropa da PM é deaproximadamente 8 mil ho-mens. Inclusive, o resultadopode ser decidido até o mêsde maio - tendo validade ime-diata para eleição de outubro.

Nesta semana, a Aspra/RN,

ao lado do senador ValdirRaupp (PMDB-RO), estevereunida com o ministro JoséDias Toffoli para analisar esteimpasse. A proposta é queurnas eleitorais sejam instala-das nas unidades militares, ouque os policiais farda-dos possam votarem qualquer seçãoeleitoral, com prio-ridade, mediante ouso da cédula elei-toral. Essa medidaseria adotada na im-possibilidade opera-cional do voto emtrânsito eletrônico.

Em paralelo coma decisão, O JOR-NAL trouxe o assun-to para repercussãoem Alagoas. Arepor-tagem conversoucom o cabo WagnerSimas, presidente da As-sociacao de Cabos e Soldados(ACS) e com o presidente daAssociacao dos OficiaisMilitares de Alagoas (Assomal),major Fragoso: ambos foramfavoravéis a iniciativa. Tambémentrevistamos nesta reporta-

gem o presidente do TribunalRegional Eleitoral, desembar-gador Estácio Luiz Gama deLima; o corregedor regionaleleitoral, André Luiz Maia

Tobias Granja; e o ju-rista Fábio Ferrário,que já integrou opleno do TRE comojuiz eleitoral.

No caso dos pre-sidentes das associa-ções, vale ressaltarque ambos tem aspi-rações eleitorais, es-pecialmente Simasque disputou as últi-mas três eleiçõestendo votações ex-pressivas. Desta vezele planeja ser candi-dato a uma cadeira

da Assembleia Legis-lativa. Já Fragoso prepara umacampanha de olho em uma vagana Câmara Federal. Os dois nãoestão filiados e usam isso comoarma, já que têm a prerrogativade militares que apenas preci-sam de filiação a partir do dia daconvenção eleitoral.

Segundo Simas, nas elei-ções, grande parte do contin-

gente policial militar é desloca-do para o interior e outras ci-dades; por outro lado, mesmoos policiais que prestam servi-ço na sua própria cidade, onderesidem, somente conseguemvotar - com exceções - os poli-ciais que tiveram a sorte detirar o serviço na sua própriaseção eleitoral. “Somos preju-dicados no nosso direito cida-dão. Boa parte dos policiais édeslocada para o interior nodia do pleito, estando fora desua zona eleitoral e ficando im-pedida de votar”, alegou.

Para Fragoso, a maior partedo efetivo policial encontra-seem serviço no dia das eleiçõese, por isso, não consegue exer-cer o direito ao voto - em razãoda incompatibilidade de horá-rios entre o início e fim do seuturno de trabalho e o horário davotação. “Se os presos provi-sórios podem votar, com muitomais razão os policiais milita-res em serviço também devemvotar”, assegurou o militar. Aimpossibilidade de votar, se-gundo o oficial, se reflete napouca representação da cate-goria nos poderes constituídos.

Córdova diz que “silêncio e omissão” do TSE invibilizam voto de policiais

Fragoso, da Assomal, defende que militares em serviço devem votar Simas, da ACS: “Somos prejudicados no nosso direito cidadão”

Advogado de entidade acusa omissão

Para o advogado MiltonCórdova Junior, que repre-senta a Aspra/RN, o TribunalSuperior Eleitoral (TSE) es-taria sendo omisso quanto aessa questão. Ao determinar,por meio de resolução, que ochamado voto em trânsito serestrinja às capitais, o TSEnão atende à ConstituiçãoFederal, prossegue o advo-gado. Isso porque a Cartanão impõe qualquer restri-ção ao exercício do voto, comas exceções da não obrigato-riedade do voto dos maioresde 70 anos, dos menores de18 e para aqueles que estãocom os direitos políticos sus-pensos - estes, na verdade,ficam impedidos de votar,salienta a associação.

Lembrando que o TSEeditou resolução garantindoo direito aos presos provisó-rios, a Aspra/RN afirma queos policiais não contam comessa mesma atenção porparte da corte eleitoral. “En-quanto o policial militar temo seu voto sacrificado por seencontrar defendendo o inte-resse coletivo dos cidadãos,nas eleições, sem que nenhu-

ma instituição denuncie ofato, por outro lado os presosprovisórios acabam de terResolução aprovada peloTSE, para que possam votarno dia das eleições”.

De acordo com Córdova,não se trata que questionara validade do voto dos pre-sos provisórios, mas apenasmostrar que se presos pro-visórios têm direito a voto,“com muito mais razão, sobo enfoque lógico, ético emoral deverão votar os cida-dãos policiais militares”.

“O silêncio e a omissãodo TSE, em razão da faltade providências e regula-mentações que viabilizem ovoto dos policiais militaresem serviço, inviabilizam oexercício de um dos maisimportantes direitos de pri-meira geração, liberdadesconstitucionais e das prer-rogativas inerentes à cida-dania: o voto”, disse lem-brando que antes da adoçãodo sistema de votação ele-trônico, os policiais podiamvotar em zonas distintas dassuas. (A.H.L.)

(Continua na página A4)

Contexto

EXPRESSASAlguém realmente acreditou que o resultado da elei-

ção para o comando da Adepol, realizada dias atrás, seriadiferente?

O atual presidente da entidade, Antonio Carlos Lessa, ven-ceu com uma diferença de 66 votos em relação ao segundo colo-cado, Jobson Cabral.

A campanha pela Presidência da República, pelo visto,já começou, mesmo que informalmente: os candidatosdevem intensificar as visitas a Estados.

Alagoas é um dos que devem receber, em breve, novas visi-tas de presidenciáveis: por aqui, deve haver, sim, polarização entrePT e PSDB.

[email protected]

SÓ LEMBRANDOFica, para os próximos dias, a expectativa quanto ao

Movimento Unificado da Saúde. Seu coordenador, BeneditoAlexandre, já avisou que vai procurar o Ministério PúblicoEstadual e o Ministério Público Federal para denunciar abu-sos no uso dos recursos do Fundo Estadual de Saúde por partedo governo para contratos com agências de publicidade. Asagências, receberam R$ 3,2 milhões do Fundo no ano passado.

CAROÇO...

É verdade que um dos fatores que motivaram a exo-neração do diretor do Instituto Médico Legal, KláberSantana, foram suas declarações sobre delegados de po-lícia que estariam enviando pessoas para fazer examesde corpo de delito no IML sem documentação com o in-tuito de encobrir supostas torturas. As declarações pro-vocaram reação por parte da Associação dos Delegadosde Polícia (Adepol), que cobrou de Santana a provapara as acusações.

... DO ANGU

O mais surpreendente é que Kléber Santana acabousendo nomeado pelo governo para a direção-geral doServiço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) noEstado. O governo ainda teve o cuidado de dizer que aida de Santana para o Samu já estava prevista antes desua exoneração do IML. Mas há quem diga que “temmais caroço nesse angu”...

“COSTAS QUENTES”

Outra mudança que também carece de maiores ex-plicações é a do Comando do Corpo de Bombeiros. Ocoronel Jadir Ferreira informou ao governo que deixa afunção para trabalhar na coordenação da Defesa Civilde Marechal Deodoro. Mas há quem diga que a insu-bordinação de um integrante da corporação, famoso porsua vaidade em excesso e com “costas quentes”, teriapesado de forma decisiva para que ele saísse do posto.

SURPREENDENTE

Há quem tenha ficado surpreso com a manifestaçãoque os servidores da Assembleia Legislativa fizeram naúltima terça-feira, na sede do Legislativo, para a im-plantação do Plano de Cargos e Carreira (PCC). É quenão se vê tanto funcionário assim trabalhando dentroda Casa Tavares Bastos, no dia a dia...

FICOU

Diferente do que alguns pensavam, o secretário deEstado de Educação, Rogério Teófilo, não deixou o go-verno para ser candidato. Ex-deputado federal, Teófilo,que é filiado ao PPS, chegou a ser cogitado como possí-vel vice do governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) naseleições deste ano.

ALTERAÇÃO

Em breve, outros órgãos estaduais, ao que tudo indi-ca, devem passar por mudanças. Um dos que estãonesta lista, como O JORNAL já adiantou e conforme ou-tros meios de comunicação vem anunciando, é oDetran, onde a diretoria segue em clima tenso com osservidores. Não se sabe quando vai acontecer: é que ogoverno, ao que parece, prefere adotar cautela quando oassunto é a autarquia.

DESISTIRAM

Quatro procuradores de Estado decidiram retirar osnomes da disputa por cadeiras no Conselho Superior daPGE. A eleição está marcada para a próxima terça-feira.Desistiram os procuradores de Estado Roberto TavaresMendes Filho, Flávio Cavalcanti Gomes de Barros,Augusto Carlos Borges do Nascimento e Vanaldo deAraújo Ferreira. O edital comunicando a desistência foipublicado na edição da última quinta-feira do DiárioOficial do Estado. Onze candidatos continuam na dis-puta por nove vagas no Conselho, que é presidido peloprocurador-geral do Estado, Mário Jorge Uchôa.

COMISSÃO

Ainda sobre esta eleição, o presidente do conselhopublicou resolução, também no Diário Oficial, que com-põe a comissão receptora e apuradora de votos.Integram o grupo os procuradores de Estado ReginaMaria Correia Pinto, Sílvio Pimentel Gomes e Rita deCássia Lima Andrade.

O JORNAL

trouxe o

assunto

para

repercussão

em Alagoas

Yvette Moura

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André Granja explica que, no futuro, será possível votar para qualquer cargo em qualquer cidade brasileira

Ferrário diz que militar deve fazer a segurança do processo eleitoral

Estácio Gama avalia que voto dos policiais militares só será possível se o setor de informática “avançar mais”

Lula Castello Branco Yvette Moura

Tecnologia ainda não permite voto de militares, dizem integrantes do TREOdilon RiosRepórter

Os militares querem votarno dia da eleição. Parece algosimples, mas não é. Alagoas tem7,5 mil PMs. É um efetivo sub-dimensionado porque o idealera o dobro dos policiais nasruas. Mesmo que fosse o dobro,os PMs têm uma função básica:guardar o dia da eleição, aju-dar em operações contra a com-pra de votos, apoiar o trabalhode fiscalização. No dia votação,todos os policiais estão em re-gime de plantão.

Esse é o entendimento dedois integrantes do TribunalRegional Eleitoral e de um ju-rista, ouvidos por O JORNAL.Leva-se em conta até a estrutu-ra do Judiciário para que os pre-sos provisórios votem, no dia daeleição - argumento dos milita-res para votarem. Se os presosprovisórios têm o direito devotar, porque os policiais nãopodem?

Juiz federal e corregedor re-gional eleitoral, André Granjadiz que ainda não é possível ovoto de militares no Brasil. Mashá estudos no setor de tecnolo-gia do Tribunal Superior Elei-toral (TSE) para incrementar ouso das urnas eletrônicas. “Até2016, o TSE quer que todas asurnas eletrônicas no Brasilsejam biométricas [por identifi-cação digital]. Isso fará com quea segurança das urnas aumen-te”, explicou.

“Há estudos avançados nosetor de tecnologia do TSE. Serápossível, no futuro, se votar

para qualquer cargo em qual-quer cidade brasileira. Isso serápara os eleitores que estão emviagem ou para aqueles queacabam não votando no dia daeleição”, explica.

Presidente do TRE, o desem-bargador Estácio Gama apontapara um futuro onde o eleitorpoderá votar de casa, pelo com-putador, como se faz comprasatravés da internet, usando umcartão de crédito. “O voto demilitar é difícil porque o setorde informática precisa avançarmais, permitindo que ele votesem atrapalhar seu trabalho nodia da eleição”, disse.

“O voto em trânsito serápossível na eleição, mas serápara presidente da República esó nas capitais”, afirmou EstácioGama. Os policiais comparamo voto dos presos provisórios acondição que deveriam ter paraescolherem seus representan-tes. “Só que os dados dos pre-sos provisórios estão nas urnaseletrônicas. O sistema precisaavançar mais, em tecnologia,para dar essa condição aos po-liciais”, responde.

Para aumentar a fiscaliza-ção, o TRE fez acordo com asuniversidades e faculdades. Issopara que os estudantes possamser mesários voluntários no diada eleição. Quem topar, ganhanota nas disciplinas universitá-rias. “Será um pessoal que vai,inclusive, criticar o sistema ele-trônico, averiguar como funcio-na, acompanhar o trabalho dasurnas durante a apuração”, ex-plicou o presidente do TribunalRegional Eleitoral.

Jurista não é favorável a voto de PM

O advogado Fábio Ferrárioé um dos profissionais mais re-quisitados por candidatos a car-gos eletivos no Estado. Ex-juizintegrante do pleno do TRE,Ferrário diz que é contra tanto ovoto do policial militar quanto dopreso provisório. As razões sãodiferentes das colocadas pelosdois integrantes do Tribunal ou-vidos na reportagem.

“Eu sou contra o voto dospoliciais por causa do clima elei-toral. E se um policial fizer cam-panha, distribuindo santinho eoutro vai lá para prender? Hárisco de tumulto, que pode acon-tecer na fila, em outra situação di-ferente. Para mim, o militar é en-carregado de fazer a segurança

na eleição e deve estar longe detudo isso”, analisou.

A respeito dos presos provi-sórios, voto usado como argu-mento pelos policiais para justi-ficar o voto no dia da eleição,Ferrário explica que, primeiro,teriam que ser deslocados maispoliciais para atender a seguran-ça dos presídios, já que o dia daeleição tem características bas-tante específicas, como movi-mentação de mais gente em de-terminadas alas de um presídio;argumenta também que os pre-sos nas delegacias podem ficarem situação mais difícil de votar,o que geraria mais efetivo poli-cial no deslocamento das urnasou dos presos. (O.R.)

AA44 Domingo, 4 de abril de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

Política JORNALO JORNALO

PMs se preparam para embarcar rumo ao interior do Estado nas eleições de 2008, para reforçar segurança: categoria quer garantir direito a voto

Lula Castello Branco

IMPROBIDADE

Cadastro pode ser consultado pelosite do CNJ na internet desde 4ª

Em cumprimento à decisãodo plenário do Conselho Nacio-nal de Justiça (CNJ), está dispo-nível ao público no portal doCNJ (www.cnj.jus.br), desde aúltima quarta-feira, os dados in-cluídos no Cadastro Nacionalde Condenados por Ato deImprobidade Administrativa. Apossibilidade de consulta ao ca-dastro, pelo público externo, foiaprovada durante sessão plená-ria do dia 10 de fevereiro desteano quando os conselheiros vo-taram pela alteração da Resolu-ção 44 do CNJ, de novembro de2007, que instituiu o cadastro.

Qualquer cidadão podeacessar os dados por meio dapágina eletrônica do Conselho.Para isso, basta clicar o link“Improbidade Administrativa -Acesse a Consulta Pública”. Aseguir, na aba “Consulta públi-ca”, o interessado poderá veri-ficar os processos já julgadosque não cabem mais recurso(transitados em julgados). Sãodadas duas opções de consulta:pelo número do processo oupelos nomes das partes. Clican-

do sobre o número do proces-so, os cidadãos poderão visua-lizar detalhes sobre as conde-nações como qual tribunal, sub-seção ou vara condenou os en-volvidos, quais foram os moti-vos das condenações e quais aspenas aplicadas. Até agora, oacesso ao cadastro era permiti-do apenas a usuários com senha.

As penalidades previstas naLei de Improbidade Adminis-trativa (Lei 8.429/92) são ressar-cimento do dano, pagamentode multa, perda do que foi ad-quirido ilicitamente, perda dafunção pública e dos direitospolíticos, além de proibição defirmar contratos com o poderpúblico. O cadastro contém in-formações quanto às penas apli-cadas e a qualificação do conde-nado por cometer ato de lesãoao patrimônio público, de enri-quecimento ilícito ou que aten-te contra os princípios da admi-nistração pública.

CADASTRO - A gestão dobanco de dados é responsabili-dade da Corregedoria Nacional

de Justiça, que coordena o ca-dastro com o auxílio das corre-gedorias dos Tribunais. Osdados sobre as condenações depessoas físicas e jurídicas nosprocessos em que não cabemmais recursos são inseridos nocadastro por juízes das esferasestadual e federal de todo o país.Ao todo, até 30 de março, ha-viam 2.002 condenados por im-probidade administrativa regis-trados no sistema. Somentequanto a condenação em mul-tas o valor a ser ressarcido erade R$ 176,2 milhões. Os conde-nados atualmente registradosno sistema perderam R$ 26,9milhões em bens ou valoresacrescidos aos patrimônios pes-soais de forma ilícita.

O banco de dados permite ocontrole social dos atos da ad-ministração pública e garante amaior efetividade da Lei deImprobidade Administrativa.“É um instrumento a mais parao gestor público na hora de con-tratar um serviço ou concederum incentivo”, destacou o con-selheiro Felipe Locke Cavalcanti,

relator do processo que permi-tiu a abertura dos dados ao pú-blico e também autor da pro-posta de criação do cadastro.

DETALHAMENTO - Alémdas informações dos condena-dos em processos transitadosem julgados, nos quais não cabemais recurso, o banco de dadosinclui informações sobre os ar-tigos da lei em que foi condena-da a pessoa (física ou jurídica)e o período em que a pessoa ouempresa ficará impedida decontratar com a administraçãoou de receber benefícios ou in-centivos fiscais. Também con-tém campo específico no qualdeve ser informada a data dacomunicação à Justiça Eleitoralquanto à suspensão dos direitospolíticos, o que impede o con-denado de concorrer a eleições,afastando a possibilidade depessoas já condenadas por im-probidade administrativa departicipar de processos eleito-rais em todo o país, pelo prazoque foi estipulado na decisãojudicial.

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Evento é promovido pelo Instituto Arnon de Mello em parceria com a PetrobrasUm marco histórico na in-

dústria petrolífera mundial.Esta é a opinião de especialis-tas do setor sobre a descober-ta das jazidas de petróleo nacamada do pré-sal da costabrasileira. Para debater o iní-cio desse novo e promissorhorizonte exploratório e ascontribuições dessas desco-bertas para o desenvolvimen-to do Nordeste, o InstitutoArnon de Mello (IAM), emparceria com a Petrobras, rea-lizará o primeiro semináriodo Nordeste sobre o pré-sal.O evento acontecerá dia 14 deabril, no Hotel Ritz Lagoa daAnta, Cruz das Almas, e teráas presenças de autoridadesnacionais e os principais diri-gentes e técnicos da Petrobras,a exemplo do presidente daestatal, José Sérgio Gabrielli.

Os painéis terão como te-mas “O marco regulatório e anova empresa estatal”, “Fun-do social e capitalização daPetrobras” e “Os reflexos dadescoberta do pré-sal no de-senvolvimento do Nordeste”.O objetivo é promover umamplo debate envolvendo lí-deres empresariais, acadêmi-cos, políticos, técnicos e de-mais interessados, permitindoà sociedade conhecer os dife-rentes aspectos desse projetodecisivo para o crescimentodo País.

De acordo com a progra-mação, para a abertura doevento estão previstas as pre-senças dos ex-ministros Edi-son Lobão e/ou Dilma Rous-sef, de Minas e Energia e daCasa Civil, respectivamente, edos senadores Fernando Col-lor (PTB), presidente da Co-missão de Infraestrutura doSenado; e Renan Calheiros(PMDB), entre outros.

Desde que as descobertadas jazidas de petróleo na ca-mada do pré-sal foram anun-ciadas, algumas discussõesforam realizadas no sentidode esclarecer o assunto. Se-gundo o vice-presidente exe-cutivo do Instituto Arnon deMello, Carlos Mendonça, estaserá uma oportunidade únicapara os alagoanos discutirema participação do Estado nestanova fonte de recursos doPaís. “A realização deste even-to representa, sem dúvida al-guma, uma vitória imensurá-vel para Alagoas porque vaireunir aqui autoridades na-cionais e os principais diri-gentes da Petrobras”, desta-cou Mendonça.

José Lima, da Petrobrás Distribuidora, apresentará painel “Marco Regulatório e a Nova Empresa Estatal”

EM JUNHO

Brasília sediasegunda ediçãoda Conaes

A capital federal recebe,entre os dias 16 e 18 dejunho, a 2ª Conferência Na-cional de Economia Solidá-ria (Conaes), entre os dias16 e 18 de junho de 2010. Oobjetivo do evento queacontecerá em Brasília é en-volver os empreendimentoseconômicos solidários esuas organizações, entida-des de apoio, movimentossociais e outras organiza-ções da sociedade civil e opoder público federal, esta-dual e municipal; para de-bater e definir propostaspara o fortalecimento daeconomia solidária no país.

Além decontribuirpara a for-mação polí-tica dosparticipan-tes, peloaprofunda-mento dodebate dasg r a n d e sq u e s t õ e snacionais elocais da

economia solidária,a 2ª Conaes deverá definirpropostas no âmbito das po-líticas públicas voltadaspara a economia solidária. Etem como meta fazer um ba-lanço sobre os avanços, li-mites e desafios da Eco-nomia Solidária no atualcontexto nacional e interna-cional.

Após a 1ª Conferência,realizada há quatro anos, a2ª Conaes trará o tema“Direito às formas de orga-nização econômica basea-das no trabalho associado,na propriedade coletiva, nacooperação e na autogestão,reafirmando a EconomiaSolidária como estratégia epolítica de desenvolvimen-to”. A Conferência Nacionalé precedida por conferên-cias estaduais e territoriais,onde são definidos os par-ticipantes e os 1600 delega-dos da 2ª Conaes.

EMERGÊNCIA

Cem municípiostiveram decretoreconhecido

Levantamento da Con-federação Nacional de Mu-nicípios (CNM) aponta 100Municípios em Situação deEmergência e Estado deCalamidade Pública comdecreto reconhecido pelogoverno federal entre osdias 24 e 29 de março. Fe-nômenos como vendavais,enchentes, enxurradas,tempestades e estiagem fo-ram registrados no períodoentre os meses março e de-zembro de 2009. A maiorparte dos casos ocorreu emSanta Catarina.

Apenas dois Municípi-os, ambos de São Paulo,precisaram decretar Estadode Calamidade Públicacausado por enchentes: Ju-quiá e Sete Barras. Os Es-tados Pará, Paraná, Mara-nhão, Minas Gerais, SãoPaulo, Espírito Santo, Ama-zonas, Bahia e Pernambucotambém foram atingidospor este e outros fenôme-nos.

Em Minas Gerais, ape-nas o Município de Natér-cia decretou a Situação deEmergência, que foi moti-vada por enxurrada. Esta-dos do Nordeste, comoBahia e Pernambuco, de-cretaram a Situação deEmergência devido ao pe-ríodo de estiagem que pas-savam no período.

ENTENDA - A Situaçãode Emergência é reconhe-cida pelo governo federalapós a decretação feita peloprefeito e a homologaçãopelo governador do Esta-do. Estas condições sãoconsideradas válidas quan-do os danos podem ser su-perados pela comunidadeafetada. O Estado de Cala-midade Pública é determi-nado quando desastrescausam sérios danos à co-munidade afetada, inclusi-ve à incolumidade ou à vi-da de seus integrantes. Asinformações são do site ofi-cial da CNM na Internet.

PAC 2

Ministro vai reunir governantespara atender demandas regionais

O Ministro das RelaçõesInstitucionais da Presidên-cia da República, AlexandrePadilha, afirmou na últimaterça-feira que o governotrabalha para que o próximogovernante tenha condiçõesde dar continuidade à se-gunda edição do Programade Aceleração do Cresci-mento (PAC), lançado no úl-timo dia 29.

Durante o ano, o gover-no federal espera ter temponecessário para que os pro-jetos sejam avaliados e apro-vados e, assim, definir os re-cursos destinados à cadauma das vertentes do pro-grama, inseridos no Orça-mento da União em 2011. Aprevisão de Padilha é queentre abril e junho, os go-vernadores e prefeitos sejamconvidados para apresentaros referidos projetos e ava-liar se os mesmos atendemàs exigências propostas peloPAC.

IMPORTÂNCIA - O mi-nistro Alexandre Padilhalembrou que um programapúblico de médio e longoprazo exige planejamento,assim como a previsão dealocação de recursos. Eleacredita que com tudo feitoa tempo, não haverá descon-tinuidade de um plano pú-blico de investimentos cujaimportância “já é reconheci-da pela sociedade”.

Nesta segunda etapa doprograma o governo fede-ral, atendendo a uma de-manda da Frente Nacionalde Prefeitos (FNP), destinourecursos para pavimenta-ção.

Em janeiro o presidenteda entidade, João Coser, en-tregou à ministra da CasaCivil, Dilma Roussef, ofíciosolicitando recursos paraáreas de saneamento, pre-venção em áreas de risco emobilidade urbana e pavi-mentação.

PROGRAMAS DAS URNAS

Entidades podemassistir a trabalhos

A partir desta sema-na, a Ordem dos Advo-gados do Brasil (OAB),partidos políticos e Mi-nistério Público já po-dem acompanhar o de-senvolvimento dos pro-gramas que serão usa-dos nas eleições de 2010.A iniciativa do TribunalSuperior Eleitoral (TSE)atende ao disposto nalegislação eleitoral e temcomo principal objetivode manter a transparên-cia do Sistema Eletrôni-co de Votação em uso noBrasil.

A disposição estáprevista no artigo 3º daResolução 23.205/10:“Os partidos políticos,a Ordem dos Advoga-dos do Brasil e o Minis-tério Público, a partir de6 meses antes do primei-ro turno das eleições,poderão acompanhar asfases de especificação ede desenvolvimento dossistemas, por represen-tantes formalmente in-dicados e qualificadosperante a Secretaria deTecnologia da Informa-ção do Tribunal Superi-or Eleitoral”.

Nesse sentido, aSecretaria de Tecnologiada Informação (STI) a-briu uma sala, no anexoI do TSE, em Brasília,onde três máquinas

estão à disposição paraque os técnicos indica-dos pela OAB, MP e par-tidos interessados pos-sam ter acesso aos códi-gos-fontes dos progra-mas a serem utilizadosnas eleições. As infor-mações estão no site ofi-cial da OAB na Internet.

CPC - Os advogadosde todo o Brasil têmmais uma semana parafazer comentários e en-viar à Ordem dos Advo-gados do Brasil suges-tões à proposta de refor-ma do Código de Pro-cesso Civil (CPC), emtramitação no Congres-so Nacional. O presiden-te nacional da entidade,Ophir Cavalcante, abriuespaço no site do Con-selho Federal da OABpara que os advogadosenviem suas considera-ções à Comissão espe-cial designada no âmbi-to da entidade para es-tudar o tema.

Com o intuito de au-xiliar as sugestões, aOAB disponibilizou u-ma cartilha contendouma breve explanaçãosobre os trabalhos daComissão de Juristas en-carregada da elaborar aproposta preliminar dereforma do Código deProcesso Civil.

Evento contará com três paineisO primeiro painel do even-

to terá como tema o “MarcoRegulatório e a Nova EmpresaEstatal”. A palestra será profe-rida pelo presidente da Petro-bras Distribuidora, José Limade Andrade Neto, que tambémexerce o cargo de presidente doConselho de Administração daLiquigás.

Ex-secretário de Petróleo,Gás Natural e CombustíveisRenováveis do Ministério deMinas e Energia, José Lima deAndrade Neto vai abordar,entre outros assuntos, os cená-rios possíveis na área de distri-buição com a entrada em ope-ração do Pré-sal. “O setor dedistribuição no Brasil já vem emprocesso de transformação, com

a consolidação dos grupos quenele atuam e com o incremen-to da participação do etanol namatriz energética brasileira, exi-gindo investimentos na área delogística”, afirmou.

O segundo painel do even-to - “Fundo Social e Capitali-zação da Petrobras” - terá comopalestrante o ex-presidente daempresa e diretor da CretaPlanejamento, Eduardo Teixei-ra.

O terceiro e último paineldo seminário será comandadopelo Diretor de Produção daPetrobras, Guilherme Estrella,que abordará “Os Reflexos daDescoberta do Pré-Sal no De-senvolvimento do Nordeste”.Considerado uma das maio-

res autoridades do setor, Es-trella fez parte das principaisdescobertas da Petrobras.Quando a estatal explorou ocampo gigante de Majnoon,no Iraque, em 1976, ele era ogerente de Exploração daBraspetro. Na década de 80teve papel importante no de-senvolvimento de tecnologiasde exploração de óleo emáguas profundas.

O encerramento do seminá-rio contará com as presenças dopresidente da Petrobras, SérgioGabrielli de Azevedo, e o pre-sidente da Braskem, BernardoGradin. Mais informações sobreo evento através do sitewww.seminariopresalala-goas.com.br.

AA55Domingo, 4 de abril de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

Política JORNALO JORNALO

Seminário discute importância dadescoberta do Pré-Sal para o NE

Padilha lembra que programa de médio e longo prazo exige planejamento

Conferência

deve definir

propostas

de políticas

públicas de

Economia

Solidária

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A vida urbana do brasileiroé atormentada por um proble-ma de ordem prática: o assus-tador tempo perdido nos trân-sitos de nossas médias e gran-des cidades a cada ano quepassa, pelo excesso de veículosnas ruas.

De acordo com o Departa-mento Nacional de Trânsito (De-natran), o tamanho da frota bra-sileira de automóveis é de cercade 33 milhões de unidades, comtendência de crescimento, faceao aumento da renda média dosbrasileiros e dos baixos investi-mentos em transporte público,cujos resultados são os caóticostrânsitos das cidades de São

Paulo, Rio de Janeiro, Belo Ho-rizonte, Salvador, Curitiba, PortoAlegre, Florianópolis, entre ou-tras.

De acordo com especialistasem transporte, o metrô tem sidoa melhor solução para o trans-porte de massa, visto que nãodisputa espaço com os automó-veis e tem grande capacidadede transporte, apesar de ser ca-ríssimo, tanto na implantação,quanto na operação, razão pelaqual somente o mundo desen-volvido possui enormes redesde metrô e os países em desen-volvimento contabilizam pou-cas linhas.

Mesmo assim, o metrô setornou uma onda quase incon-trolável no Brasil, no meio po-lítico, já que foi prometido comosolução para as cidades, nas elei-ções municipais de 2008.

Hoje, existem cerca de 140redes de metrô em todo omundo, sendo que as duas mai-ores redes são a de Londres e deNova Iorque, com cerca de 408km de extensão, cada uma. Emseguida, podem ser citadas asgrandes redes de Moscou (292km), Tóquio (292 km), Seul (286

km), Madri (226 km) e Paris (212km).

No Brasil, a cidade de SãoPaulo possui um metrô comapenas 61 km de extensão, masconsiderado um dos mais efi-cientes, modernos e limpos domundo. Entretanto, o governopaulista está implantando omais ousado plano de expan-são e melhoria de transporte pú-blico do país, com aplicação degrandes recursos para o aumen-to e modernização do metrô,que, em breve, passará a trans-portar muito além dos atuais3,3 milhões de passageiros, dia-riamente.

Nas demais grandes cida-des brasileiras, somente Rio deJaneiro, Brasília, Porto Alegre,Recife e Belo Horizonte pos-suem sistemas metroviários emoperação. Salvador e Fortalezaestão com metrôs em implan-tação e Maceió terá o sistemade Veículo Leve Sobre Trilhos(VTL)..

O metrô do Rio de Janeiro,cuja operação encontra-se sobconcessão privada, transporta,atualmente, cerca de 550 mil pas-sageiros por dia e, com a indica-

ção da cidade como sede olím-pica, espera receber grandes in-vestimentos para sua expansão.

Na capital do país, o metrô,que é operado pela Companhiado Metropolitano do DistritoFederal, possui 42,4 km de exten-são e transporta cerca de 150 milpassageiros por dia. Existem pla-nos para a expansão do sistema,mas há previsão de entrega deapenas uma estação em 2010.

Em Porto Alegre, existe so-mente uma linha de metrô, com33,8 km de extensão, que é ope-rada pela Trensurb, empresa dogoverno federal. Atualmente,com investimentos do PAC, essalinha está sendo expandida emmais 9,3 km, cuja previsão deconclusão é dezembro de 2011.Atualmente, o sistema transpor-ta 170 mil passageiros por dia.

Os metrôs de Recife e BeloHorizonte, com 37,8 km e 28,2km de extensão, respectiva-mente, são operados pela Com-panhia Brasileira de Trens Ur-banos (CBTU), empresa do go-verno federal. Atualmente,Recife transporta 184 mil pas-sageiros por dia e Belo Hori-zonte, 148 mil.

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JORNALO JORNALO

Domingo, 4 de abril de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected] AA66

INTERNET

Banda larga móvelcresce 82% no Brasil

Segundo o estudo BrazilQuarterly Fixed & MobileBroadband Database, da IDC,mais de 3 milhões de novasconexões em banda larga fo-ram comercializadas no País.

Desse total foram vendi-dos 15,06 milhões de acessos,número que aponta um cres-cimento de 26,4% ante a baseinstalada no primeiro trimes-tre do mesmo ano.

O segmento de maiorcrescimento foi o residencial,com um incremento de 46%ante a sua base no fim de 2008,juntamente com o segmentodas grandes empresas, queatingiu marca superior a 250%de crescimento devido à inser-ção do acesso móvel.

O estudo realizado trimes-tralmente quantifica os mer-cados de banda larga fixa emóvel no Brasil, incluindo tec-nologias como DSL, CableModem, BWA/FWA, Wi-Max, HSDPA, EDGE, EV-DO,

entre outras.“A tecnologia de maior

destaque foi, sem dúvida, abanda larga móvel, somandomais de 1,6 milhões de aces-sos e superando as expectati-vas durante o ano, já que ocrescimento foi de 82% em re-lação a 2008”, declara SamuelRodrigues, analista do mer-cado de Telecom da IDC Bra-sil.

O acesso via DSL, predo-minante no mercado, está per-dendo a posição de hegemo-nia. De acordo com o analis-ta, esse mercado equivale acerca de 67,9% do total de co-nexões de banda larga, ex-cluindo o acesso móvel.

“Quando incluímos a ban-da larga móvel, esse númerocai para 51,6%”. Soluções wi-reless e satélite ainda se apre-sentam muito mais como al-ternativas para localidadesnão atendidas pelas tecnolo-gias convencionais.

Caos no trânsito cresce nas grandes cidades

Câmara Federal sugere maiores investimentos em metrô e VTLVeículos já em operação são insuficientes para necessidade da população

A subcomissão especialque trata do transporte depassageiros sobre trilhos nasregiões metropolitanas apro-vou, na semana passada, orelatório final dos seus tra-balhos. O texto, do deputa-do Leonardo Quintão(PMDB-MG), alerta que o sis-tema metroferroviário brasi-leiro está muito aquém da de-manda da população e pro-põe medidas como o reforçoorçamentário e a incidênciade menos tributos sobre osetor, para estimular investi-mentos.

O estudo cita como em-blemático o caso de Belo Ho-rizonte, onde há uma únicalinha de metrô (Eldorado/Vi-larinho), que transporta, emmédia, apenas 144 mil usuá-rios diariamente. Esse núme-ro representa pouco mais de5% da população local. Aspropostas de construção denovas linhas na capital mi-neira, conforme o documen-to, ainda depende de dota-ção orçamentária.

Outro exemplo menciona-do pelo relatório é o da cida-de de São Paulo. Apesar deela ser a maior metrópole dohemisfério sul, a extensão dometrô paulistano correspon-de a menos de 1/4 do exis-tente em Seul, capital daCoreia do Sul.

POLÍTICAS PÚBLICAS- Leonardo Quintão esperaque o estudo sirva de subsí-dio para a elaboração de po-líticas públicas capazes demelhorar a mobilidade urba-na nas grandes cidades. O re-latório foi elaborado a partirde visitas técnicas dos inte-grantes da subcomissão a SãoPaulo, Rio de Janeiro, Brasíliae Belo Horizonte, além de ci-dades da China e da Coreiado Sul.

O estudo defende o trans-porte por meio de trens e me-trôs como a opção que garan-te maior qualidade de vidaaos cidadãos. “Além de seruma alternativa para fugirdos engarrafamentos, é me-nos poluente”, reforça o rela-tor.

Conforme o texto, a pro-ximidade de eventos esporti-vos com grande potencial tu-rístico, como a Copa do Mun-do (2014) e os Jogos Olím-picos (2016), reforça a neces-sidade de maiores investi-mentos nos metrôs brasilei-ros. “O panorama atual é re-

flexo da pouca prioridadeque esse meio de transporterecebeu dos nossos gestorespúblicos nas últimas déca-das”, diz Quintão.

MOBILIDADE - Umadas sugestões apresentadaspelo relatório é a implanta-ção de um programa de de-senvolvimento voltado parao transporte urbano sobre tri-lhos, que seria o “PAC” da

mobilidade urbana.Pela proposta, o progra-

ma deverá ter recursos orça-mentários garantidos noPlano Plurianual da União e,quando for o caso, dispor dedinheiro dos demais entes fe-derados. As leis de diretri-zes orçamentárias tambémterão de garantir que os re-cursos não sejam contingen-ciadosBloqueio de despesasprevistas no Orçamento Ge-

ral da União. Procedimentoempregado pela administra-ção federal para assegurar oequilíbrio entre a execuçãodas despesas e a disponibili-dade efetiva de recursos. Asdespesas são bloqueada

As a critério do governo,que as libera ou não depen-dendo da sua conveniência.,possibilitando um planeja-mento sério e de médio pra-zo.

Nacional

Metrôs de São Paulo são conhecidos pelo grande fluxo de passageiros e linhas ainda tem pequena cobertura

Metrô de Belo Horizonte transporta apenas 144 mil usuários por dia, o equivalente a 5% da população

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Castração é recomendada pela OMS

A cirurgia de esterilizaçãode animais, ou conhecidacomo ‘castração’, é o métodorecomendado pela Organiza-ção Mundial de Saúde e porSociedades de Proteção Ani-mal de todo mundo, comouma maneira eficaz de com-bater a superpopulação decães e gatos, e conseqüente-mente o abandono.

A cirurgia deve ser feitapor um médico veterinárioestando o animal sob efeitode anestesia geral. A recupe-ração tende a ser rápida, de-vendo se atentar um poucomais aos cuidados com as fê-meas.

A castração evita muitasdoenças entre elas o câncerde mama das cadelas e gatas- doenças comum em fêmeasidosas - e o câncer de prósta-ta em cães.

IMPORTÂNCIA - Deacordo com a entidade Prote-

tores do Amigo Bicho, o cres-cimento desordenado das po-pulações de cães e gatos, alémde gerar problemas para asaúde pública, leva milharesde animais sadios e abando-nados para o sacrifício.

Para demonstrar a dimen-são do problema: uma gata eseus descendentes podemgerar 28 novos gatinhos emmenos de 1 ano. Já a cadela,ao redor de 24 filhotes nomesmo período.

Somente um a cada seiscachorrinhos consegue seradotado e, para os gatos, ape-nas um a cada 12 consegueum lar. Para os outros, semlar, a única saída é o sacrifí-cio nos Centros de Controlede Zoonoses.

O controle de natalidadedesses animais é uma das so-luções para esse problema,sendo a castração o melhor emais seguro mecanismo decontrole até o momento.

Aprovada esterilização para cães e gatosSENADO

Política nacional pretende conter superpopulação de animais e define regras para castração de animais domésticosA Comissão de Assuntos

Sociais (CAS) do Senado apro-vou, na última quarta-feira, pro-jeto do deputado Affonso Ca-margo (PSDB-PR), que estabe-lece uma política nacional decontrole de natalidade para cãese gatos domésticos.

A execução de programa deesterilização, determina a pro-posta (PLC 4/05), levará em contaas localidades que demandamatendimento prioritário ou emer-

gencial, em razão da superpo-pulação de animais ou de qua-dro epidemiológico, bem comoo número de animais a seremesterilizados por localidade, con-siderando-se a necessidade deredução da taxa populacional aníveis satisfatórios.

Pela proposta, a reprodu-ção desses animais será con-trolada por meio de esteriliza-ção cirúrgica, ficando proibidaa prática de outros procedi-

mentos veterinários. O proje-to também recomenda atendi-mento prioritário aos animaisprovenientes de comunidadesde baixa renda.

Segundo a OrganizaçãoMundial de Saúde (OMS), ob-servou o relator da matéria naCAS, senador Flávio Arns(PSDB-PR), na maioria dos paí-ses industrializados a raiva hu-mana está sob controle. Isso sedeve especialmente à vacinação

obrigatória de animais domés-ticos, bem como ao acesso a va-cinas modernas e à imunoglo-bulina para tratamento dos casoshumanos.

Flávio Arns enfatiza em seurelatório que 98% dos casos deraiva humana ocorrem em re-giões onde há muitos animaiserrantes e não vacinados. Essasituação, observa o relator, é ve-rificada principalmente em re-giões mais pobres.

O projeto prevê também arealização de campanhas edu-cativas pelos meios de comu-nicação para conscientizar apopulação sobre a posse res-ponsável de animais domésti-cos. Em relação ao poder pú-blico, a proposta prevê deter-minação de prazo para os mu-nicípios sem unidades de con-trole de zoonoses cumprirema nova exigência.

Para viabilizar a execução

do programa, o projeto permi-te atuação das unidades decontrole de zoonoses já exis-tentes em parceria com enti-dades de proteção aos animaise clínicas veterinárias. As des-pesas de implementação dainiciativa serão cobertas porrecursos provenientes daSeguridade Social da União,mediante contrapartida míni-ma dos municípios de 10%, es-tabelece ainda o projeto de lei.

AA77Domingo, 4 de abril de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

Nacional JORNALO JORNALO

A castração deve ser cirurgica, realizada em clíni-

cas veterinários, centros deproteção aos animais ouunidades de controle de

zoonoses

Sem o devido controle, umagata e seus descendentes

podem ter 28 novos gati-nhos e uma cadela pode

gerar cerca de 24 filhotes nomesmo período

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AA88

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Países tentam reduziras emissões de gases

O Secretariado de MudançaClimática da Organização dasNações Unidas (ONU) anun-ciou na última terça-feira que 75países firmaram o compromis-so de que tentarão reduzir oulimitar a emissão de gases deefeito estufa no planeta. Apenasesses países são responsáveispor 80% das emissões globaisde uso de energia.

Detalhes do acordo foramrevelados na quarta-feira, no do-cumento divulgado pela Con-venção-Quadro das Nações Uni-das sobre as Alterações Climá-ticas (UNFCCC).

No acordo, 41 países indus-trializados informaram oficialmen-te que pretendem reduzir a emis-são de gases. Outros 35 comuni-caram as ações que estão em exe-cução, mas informaram necessitarde apoio financeiro e tecnológico.

“As promessas que estão so-bre a mesa são um passo im-portante para o objetivo de li-mitar o crescimento das emis-sões”, disse o secretário execu-tivo da UNFCCC, Yvo de Boer,segundo o documento. Ele lem-brou que de 29 de novembro a10 de dezembro será realizadaa Conferência do Clima, no Mé-xico, quando o assunto vai serretomado.

Antes, de 9 a 11 de abril, ha-verá uma rodada de negocia-ções da UNFCCC que está pro-gramada para ser realizada emBonn, na Alemanha.

O objetivo é discutir o acor-do sobre a organização e os mé-todos de trabalho que serão im-plementados ao longo deste ano.

O documento reúne os re-latórios oficiais sobre os resul-tados da conferência promovi-da em dezembro do ano passa-do pelas ONU sobre as altera-ções climáticas, em Copenha-gue, na Dinamarca.

JORNALO JORNALO

Domingo, 4 de abril de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

Internacional

Na semana passada, 75 países assinaram um compromisso para buscarem alternativas para reduzir a emissão de gases do efeito estufa

Yvo de Baer, secretário da ONU

Mudanças climáticas voltam ao debateInverno rigoroso nos EUA divide opiniões: inexistência do aquecimento global ou previsão de eventos mais intensos?

WASHINGTON - Confor-me milhões de pessoas ao lon-go da Costa Leste se recolhemem suas casas envoltas em ne-ve, os dois lados do debate damudança climática aproveitamo rígido inverno para reforçarseus argumentos.

Os céticos do aquecimentoglobal usam as nevascas recor-des para zombar daqueles quealertam sobre uma perigosamudança do clima gerada peloshumanos - isso mais parece umesfriamento global, eles dizem.

A maioria dos cientistas declima responde que as tempes-tades de neve são consistentescom previsões de que um pla-neta em aquecimento irá gerareventos climáticos mais fre-quentes e mais intensos.

Mas alguns especialistas in-dependentes dizem que os tem-porais não provam que o pla-neta está esfriando assim comoa falta de neve em Vancouverou as chuvas no sul da Califór-nia não provam que ele está es-quentando.

Talvez não seja coincidên-cia que o debate aconteça dian-te de recentes controvérsiassobre o clima: nos últimos me-ses, críticos do aquecimentoglobal atacaram um relatóriodo Painel Intergovernamentalpara Mudança do Clima daONU, de 2007, e afirmaram quee-mails e documentos apreen-didos no servidor de um cen-tro de pesquisas sobre o climana Inglaterra aumentavam as

dúvidas sobre a integridade dealguns cientistas da área.

Na semana passada, RushLimbaugh e outros comenta-ristas conservadores derampouca importância ao fato doanúncio da criação de um novoserviço de clima federal feitana segunda-feira ter que serrealizado através de chamadaem conferência, ao invés deuma coletiva de imprensa, por-que o prédio do governo fede-ral foi fechado pela nevasca.

Mas cientistas do clima di-zem que nenhum episódio úni-co de clima severo pode ser cul-pado por tendências globais,ressaltando a evidência de quetais eventos se tornarão maisfrequentes provavelmente porcausa da elevação da tempera-tura global.

Um relatório federal divul-gado no ano passado, que pre-tendia ser uma declaração au-toritária sobre as tendências doclima nos Estados Unidos,apontou à probabilidade de ne-vascas mais frequentes no nortee menos frequente no Sul eSudeste como resultado deuma mudança nos padrões detemperatura e precipitação alongo prazo.

O relatório também proje-tou seca mais intensa noSudoeste e furacões mais po-tentes na Costa do Golfo.

Em outras palavras, se oscientistas do governo estive-rem corretos, aguarde maisneve.

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O Beco da Lama em dois tempos, com suas histórias e tradições

A cidade de hoje e de ontem: contraste de história e modernidade

A Catedral e a ladeira: o ar de cidade pequena foi substituído pelo asfalto

JORNALO JORNALO

DDoommiinnggoo,, 44 ddee aabbrriill ddee 22001100 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || ee--mmaaiill:: cciiddaaddee@@oojjoorrnnaall--aall..ccoomm..bbrr

CidadesAA99

O bonde e a Rua doComércio de antigamente se misturam com o burburinho da cidadegrande de hoje

A antiga praçaonde hoje existeo Clube Fênix:lugar para passeio de“famílias distintas”

Em dois cliques, Maceió ontem e hoje Em dois momentos, a cidade de antigamente e a atual se

misturam em imagens históricas

Gabriela LapaEstagiária*

Passando pelo Centro dacidade, pouca gente imagina queruas de terra e carroças de burrojá dominaram o cenário que,hoje, é composto por apinhadosde lojas e trânsito caótico. Osanos em que o tempo de viagemera medido no lombo do cava-lo, e o homens tiravam o chapéupara saudar uma Maceió aindamenina, ficaram marcados ape-nas no que restou da arquitetu-ra da época. Mas em registrosraros é possível viajar no passa-do e ver, através do trabalho defotógrafos que viveram em out-ras épocas, o glamour que et-erniza a história da capital.

ACatedral Metropolitana deMaceió, com suas escadarias lat-

erais, espremida entre as lojas eo asfalto, já foi o grande centro dasatenções daquela área, quando aatual Praça D. Pedro II se esten-dia aos seus pés, em harmoniacom lances de degraus verticais.Do lado oposto, quando esta-cionamentos e carros de servi-dores da Justiça eram apenasplanos futuros, ela dividia asatenções dos passantes com oprédio da biblioteca pública, umdos poucos que sobreviveu àchegada da modernidade. Nessaépoca, a praça mais larga permi-tia bons passeios de domingo àsfamílias, e o número maior deárvores também funcionavacomo atrativo para quem busca-va, de chapéu e paletó, um poucomais de sombra e ar fresco.

(Continua nas páginasA10 e A11)

Fotos: Lula Castello Branco

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O histórico Café Colombosaiu de cena para dar lugar auma ótica: ônus da vida moderna

No Centro, por trás demuitas lojas, um traçoda arquitetura antigaainda sobrevive,guardando consigo ahistória de Maceió

Fotos: Lula Castello Branco

O Hotel Atlântico era o lugar onde se discutia política à beira-marNão muito distante, cami-

nhando até a praia da Avenida,onde a juventude dourada sebanhava, era possível ver umsímbolo da política de esquer-da que se erguia de frente parao mar. Era lá, no extinto HotelAtlântico, que os figurões ami-gados da família Miranda seencontravam. Como ainda nãohavia fluxo de carros e veículospesados naquela área, e a ave-nida principal tinha metade daextensão atual, a faixa de areiada praia quase alcançava a cal-çada do Hotel. E quando as

ondas se atreviam a ir maislonge, faziam do Atlântico umalegítima construção à beira-mar.

Quando a modernidade co-meçou a pedir espaço na praiada Avenida, boa parte dela foiaterrada. O riacho Salgadinho,límpido e extenso, que passa-va bem distante dali, foi dre-nado e teve seu curso desvia-do para desaguar exatamenteonde ficava o hotel.

Outros figurões, que nãoeram os que se encontravam lá,cimentaram o riacho e, para queele pudesse percorrer aquela

área, derrubaram parte do pré-dio do Atlântico. Hoje apenasuma pequena parcela dele é re-conhecível, mas é preciso muitaginástica para perceber os tra-ços que resistiram ao tempo,como o relevo das colunas queladeavam janelas recuadas. Doantigo casarão símbolo da po-lítica, quase nada restou.

Desviado para o HotelAtlântico, o Salgadinho tam-bém sentiu a chegada da mo-dernidade. Para tomar o lugardo ponto de encontro da polí-tica maceioense, ele deixou de

passar no que hoje é a Rua doImperador, na altura da PraçaSinimbu, e a ponte que permi-tia o tráfego de pedestres e au-tomóveis perdeu o sentidoentre tanto asfalto. Hoje, acurva que dá acesso à rua man-tém as mesmas linhas da anti-ga passagem sobre o riacho, ealguns dos traços da ponte per-maneceram intactos colados aocalçamento.

Olhares desavisados talvezachem graça naquele amontoa-do de formas de cimento, apa-rentemente inútil. Mas quem

já ouviu falar da infância da ca-pital, pode reconhecer o peda-ço de natureza que morreupara deixar a cidade crescer.

Outro trecho bastante mo-dificado foi o que hoje corres-ponde ao Clube Fênix. Antesde sediar grandes bailes parafamílias de respeito e casais daterceira idade, aquele ponto daAvenida da Paz era uma praça,ajardinada e iluminada, quemesmo não abrigando bandasde música e bebidas, reuniapessoas de todas as faixas etá-rias. Elas podiam caminhar sem

pressa pelas ruas largas, e tal-vez dividir o passo com umaou duas carroças de burro, queinsistiam em ignorar a chega-da de novos tempos.

Nessa altura, os carros játrafegavam por Maceió, mastransportavam motoristasmais tranquilos que desconhe-ciam os poderes potenciais dabuzina dos próprios automó-veis. Eles iam se encontrar naantiga garagem, que ficavaentre mata e riacho, próxima àponte por onde passava oSalgadinho. (G.L.)

Café Colombo: para boêmios e intelectuais

Descendo do bonde, na altu-ra da atual Rua do Comércio, er-guia-se um dos pontos preferi-dos pela boemia intelectual deMaceió: o café Colombo. Foi láque renomados escritores comoGraciliano Ramos, Jorge de Limae Rachel de Queiroz, entre outrosfrequentadores não tão ilustresnem menos consumistas, conhe-ceram quitutes e ideais pelosquais brigar, e que teriam leva-do o alagoano de Quebrangulo,o Velho Graça, à prisão, na dé-cada de 1930.

Conta-se que foram os co-mentários de Graciliano, ouvi-dos pelos muitos frequentado-res do Café, que levantaram assuspeitas das autoridades para osseus desejos políticos. Com otempo, o comércio foi crescen-do e tomando o espaço dos qui-tutes da boemia, que deu lugar,hoje, a uma renomada rede deóticas – preferência da juventu-de maceioense, mesmo sem cafése bolinhos.

As lojas que faziam compa-nhia ao Colombo também foramsubstituídas aos poucos, fazen-do da Rua do Comércio uma dasmais descaracterizadas deMaceió. Nela, antes da moderni-dade mostrar a que veio, outrosprédios compunham o roteirode quem passava pelo Centro.Em frente à chapelaria Lisboa,um grande relógio marcava ashoras no ponto exato em queduas linhas de bonde se cruza-vam. Talvez, ao sair da loja, dechapéu novo, os trabalhadores

da época contassem minutosmais longos esperando a sua vezde tomar condução.

Um dos poucos prédios queainda guarda vestígios dessaépoca nostálgica, na Rua doComércio, é o que abriga a fa-mosa Casa do Imperador.Desprovido de sua cor origi-nal, ele foi quase todo preser-vado, e pode não ter sido in-cumbido, de início, de receberutensílios domésticos para co-mercialização, mas foi muitoprocurado por compradores as-síduos dos mais diversos arti-gos, à sua maneira.

Nessa época, aquela regiãodo Comércio agrupava, com har-monia, interesse comercial comidentidade cultural. Mesmo ig-norando-se a passagem dos bon-des e das carroças de burro, sím-bolos de intervalos de tempo dis-tintos, era possível perceber tra-ços arquitetônicos que traduziampeculiaridades da capital.

A população, em númerobem menor que o atual, podiacircular livremente pelas ruas,sentar sob a sombra das árvo-res, e fumar cigarros – para os ho-mens – ou conversar paradosnas lojas, como as mulheres res-peitadas podiam se permitirfazer. Por ali, o bonde aindatransportava seus passageirospor ruas como a SenadorMendonça, onde quem quisessefumar ou conversar tinha a opor-tunidade de sentar no banco dapraça, e não no bar construídodepois em seu lugar. (G.L.)

AA1100 Domingo, 4 de abril de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

Cidades JORNALO JORNALO

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O charme do antigo prédio, em frente à Praça Montepio: lembranças de uma cidade que quase não existe

As mudanças trazidas pelo tempoModelado inúmeras vezes,

acompanhando o curso dotempo, das carroças, dos bon-des e dos automóveis, o Centrode Maceió foi ganhando o arcaótico de hoje a partir da dé-cada de 1950, quando as lojascomerciais começaram a dis-putar cada centímetro quadra-do de asfalto. No lugar do re-lógio que marcava os minutospara a chegada do bonde, umposte de luz passou a orientarmotoristas que quisessem tra-fegar pelo Centro da cidade,aperfeiçoando a arte de brigarcom o ponteiro dos segundose com os companheiros de trá-fego, que já se traduziam emvárias linhas de bonde e umsem-número de automóveis.

Outro dos poucos prédiosque mantiveram a arquitetu-ra original e que, como o an-tigo quartel de polícia, tam-bém serve aos mesmos pro-pósitos, é o que atualmenteabriga o Instituto Nacional deSeguridade Social (INSS), naPraça Zumbi dos Palmares.Sede do Instituto de Previ-dência e Assistência Social de

Alagoas (Ipaseal), o protóti-po do INSS, só ele indica aexistência de uma Maceió di-ferente naquela área. O prédioque havia ao lado era uma dasmais belas construções doEstado: o Bela Vista PalaceHotel. Majestosos, seus jar-dins chamavam a atenção doshóspedes e dos passantes, nadécada de 1950, principalmen-te por complementar a belezade um prédio que lembravapalacetes marroquinos, estilobem distinto de tudo o que játinha sido construído atéentão. Mas eles não tiveramoportunidade de impressio-nar gerações futuras; poucotempo depois, na década de1960, o hotel foi derrubadopara dar lugar a um edifíciobem menos atrativo, mas queganhou o direito de dividir apraça com outros símbolos damodernidade, como o monu-mento a Zumbi dos Palmares,que tomou o lugar de um an-tigo posto de gasolina.

Arte e cultura também per-deram muito de sua tradiçãocom a chegada da modernida-

de. Depois do Café Colombo,na rua do Comércio, o CineFloriano deu lugar ao CineArte, que entreteria os ma-ceioenses até a chegada doCine São Luiz, no mesmoponto de esquina. Esse aindaresistiu por mais tempo guar-dando a mágica dos cinemasde rua, mas também teve seufim decretado com a chegadade lojas comerciais. E antes queisso acontecesse, mesmo aindana época do bom e velho CineArte, as linhas de bonde já ha-viam sido ampliadas para tra-zer à sétima arte, moradoresde todas as partes da cidade.Expansão precursora do cres-cimento que existe hoje, essa jáfez de Maceió uma capital de-senvolvida, abrindo caminhopelas áreas que, mais tarde,ganhariam alcunha de maisnobres, e que um dia haviamabrigado apenas riachos emangues – vestígios da histó-ria que só existe hoje nas foto-grafias. (G.L.)

* Sob a supervisão da Editoriade Cidades

O “Beco da Lama” e as histórias de um tempo com charme douradoQuem desce do carro, pró-

ximo à Rua do Livramentoprovavelmente não entendepor que os passageiros dobonde, quando saltavam hádécadas atrás, chamavamaquele lugar de beco da lama.

Mas naquela época, a sujeiraque grudava no sapato doscomerciantes era uma fontebastante rica de inspirações. Obeco da lama fazia jus ao seunome principalmente do ladodireto da via, onde um decli-

ve na calçada convidava águae terra a se encontrar para fes-tejar com os pés alheios.

Seus frequentadores pro-vavelmente também viverampara ver o antigo prédio daAlfândega, por onde tinham

que passar todos os que pre-cisassem tomar embarcaçõese ganhar o mar, em Jaraguá.Mas não ficaram nestemundo tempo suficiente paraacompanhar a derrubada doprédio.

Eles também viram er-guer-se, no Centro, os prédiosda penitenciária e do quartelde polícia. A penitenciáriaruiu, tempos depois, e deulugar a muitas lojas. Mas oquartel resistiu, e continua,

até hoje, com os mesmos tra-ços e o mesmo velho símbo-lo da República, no alto, ser-vindo aos que zelam pela se-gurança. É lá que funciona oQuartel da Polícia Militar.(G.L.)

AA1111Domingo, 4 de abril de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

Cidades JORNALO JORNALO

Fotos: Lula Castello Branco

A Rua do Comércio e suas duasfaces: a cena pacata, quase interiorana, e o caos de hoje

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O humano que exalava cheiro de caridadePara quem não o conhe-

ceu de perto e imagina que oespírita Francisco CândidoXavier fosse uma pessoa sisu-da, distante ou ensimesma-da em suas práticas mediúni-cas, aqueles que conviveramcom ele falam de um homemcompletamente diferente.Doce, meigo e extremamen-te amoroso, Chico era comoum grande pai, que faziaquestão de abraçar e beijar atodos que o procuravam.

Sempre que podia, ia decasa em casa, na periferia deUberaba, atendendo aosdoentes e necessitados comcarinho paternal. Também eradetentor de excelente humor,apesar das dores físicas quedesde cedo o afligiam e dasdificuldades de toda ordemque enfrentava.

O presidente da UniãoEspírita Mineira e membroda comissão organizadora docentenário de Chico Xavier,Marival Veloso fala – na bio-grafia elaborada por ele – darisada “gotosa” e bem audí-vel do médium. Fato que ojornalista Marcel Souto Maior,autor de “As Vidas de ChicoXavier” e “Por Trás do Véu deÍsis”, reitera ao relatar as ani-madas conversas e gargalha-das, que seguiam madruga-da adentro, entre Chico e osfrequentadores de sua casa,após a extensa jornada de psi-cografias na casa espírita.Sempre acompanhadas deum bolinho caseiro e uma xí-cara de café.

Seguidor incansável deJesus de Nazaré, e fiel cum-pridor dos postulados espí-ritas, no entanto, jamais se es-cusou do trabalho desinteres-sado e dos sacrifícios pes-soais, julgando-se não mere-cedor de qualquer privilégioou tratamentos especiais. Aocontrário, era humilde, mo-desto, desapegado de bens evalores materiais e repetiacom frequência que de tãopequeno trazia “cisco” até nonome, referindo-se às duasúltimas sílabas de Francisco.

Atendia a todos com pa-ciência e, muitas vezes, che-gava a “baixar o nível” daconversa para não deixar em-baraçado um interlocutormais mediano em matéria deconhecimento, condição

moral e erudição – alcança-dos por ele com grande es-forço próprio, exercício cons-tante no bem (apesar das di-ficuldades enfrentadas desdemenino) e autodidatismo.Marival Veloso conta que fi-cava sempre muito inibidoperto do Chico nos primei-ros anos de amizade, pois an-siava conversar com ele sobrea Doutrina Espírita, mas tinhapouco conhecimento. Entãoo médium, sabendo que oamigo gostava das músicasda Jovem Guarda – em plenaefervescência naqueles ver-des anos –, quebrava o silên-cio constrangedor fazendo asingela pergunta: - “Marival,e a Wandeca?”. E a conversatranscorria sobre o movimen-to liderado por Wanderléia,Roberto e Erasmo Carlos, nasegunda metade da décadade 60.

Como nada aconteceu poracaso na vida do maior íconedo Espiritismo no Brasil, tam-bém não foi à toa queFrancisco Cândido Xavier re-cebeu o codinome de “ohomem chamado amor”. Asua candura natural, a dispo-nibilidade para atender atodos que o procuravam, suasolicitude ao servir, o amorpelos irmãos brasileiros, tudoisso o credenciava à categoriados espíritos evoluídos.Espíritos esses que, de acor-do com o Evangelho Segundoo Espiritismo, são reconheci-dos pelo cheiro de caridadeque exalam.

Ante os festejos organiza-dos no Uberaba Tênis Clube,para outorgar ao filho dePedro Leopoldo o título decidadão uberabense –,Marival conta que estava pró-ximo do amigo quando

acompanhou uma inusitadacena: Chico se encontrava nomeio de uma roda de gente,assediado por perguntas e cu-riosos, quando dele se apro-xima uma pessoa, que o ob-serva por todos os ângulos,atentamente, e sai rapidinho,entre decepcionada e incré-dula.

No percurso, porém, o vi-sitante solta em voz alta umpequeno desabafo: “Dizemque esse homem é humilde,mas ele está num perfume só.E a humildade onde fica?”.

Tendo ouvido tudo, oamigo do médium teve ím-petos de explicar àquelacriatura sobre a real origemda fragrância do Chico,mas ponderou, compreen-dendo que qualquer co-mentário seu naquele mo-mento seria extemporâneo.(Y.M.)

Os 100 anos do homem chamado AmorChico Xavier, um dos mais influentes do século XX foi, também, uma pessoa simples e de gargalhada fartaYvette MouraRepórter

Se estivesse vivo, ou encar-nado, como dizem os espíritas,Chico Xavier estaria comple-tando cem anos este mês. Paracomemorar a data festiva,vários eventos serão realizadosem homenagem ao médiummineiro ao longo do ano, no

Brasil e no mundo. Aqui, alémdo lançamento do filme queconta a sua história – dirigidopor Daniel Filho e produzidopela Globo Filmes, com NelsonXavier no papel-título – que en-trou em cartaz no dia do cen-tenário do médium, 2 de abril,em todos os estados brasileiros,“Chico Xavier: Mediunidade eCaridade com Jesus e Kardec”

será o tema do 3º CongressoEspírita Brasileiro, que será re-alizado pela Federação EspíritaBrasileira - Feb, no período de16 a 18 deste mês, em Brasília.

Na abertura do congresso, aCasa da Moeda do Brasil irálançar a Medalha Comemorati-va do Centenário de ChicoXavier, com o retrato do médi-um psicografando de um lado e

o desenho de vários livros aber-tos no verso, representando aextensa obra literária psicografa-da por ele. Sobre os livros, aseguinte frase será grafada, emdestaque, seguida da sua assi-natura: “A árvore nascenteaguarda-te a bondade e a tol-erância para que te possa ofer-tar os próprios frutos no tempocerto”. A Empresa Brasileira de

Correios e Telégrafos tambémfez a sua homenagem ao maiorícone do Espiritismo brasileiro,lançando um selo comemorati-vo, no dia dos 100 anos do seunascimento, em São Bernardodo Campo.

Na terra dos marechais, umextenso calendário foi elabora-do para contemplar esta data,pela Federação Espírita do

Estado de Alagoas (Feeal),através das suas federadas, comeventos variados, que vãodesde palestras públicas, sem-inários e programas de rádio eTV até a abertura do IVEncontro Norte-Nordeste dasAssociações Médico-Espíritas,que vai acontecer no períodode 14 a 16 de maio, no Centrode Convenções de Maceió.

AA1122 Domingo, 4 de abril de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

Cidades JORNALO JORNALO

Direitos autorais sustenta instituições

“Seja a tua mediunidadecomo harpa melodiosa”, dissedona Maria João de Deus na pri-meira comunicação mediúnicaditada ao filho Francisco Cân-dido Xavier no primeiro CentroEspírita da pequena cidade dePedro Leopoldo (a 35 km de BeloHorizonte) – fundado por elemesmo em 1927, juntamentecom o seu irmão José Xavier e oseu padrinho José Felizardo.“Porém, no dia que receberes osfavores do mundo como se es-tivesses vendendo os seus acor-des, ela se enferrujará para sem-pre”, alertou maternal.

Nos 75 anos de mandatomediúnico, o homem que re-cebeu inúmeros títulos hono-ríficos – entre dezenas de cida-danias, os títulos O Mineiro doSéculo XX e O Maior Brasileiroda História (numa promoçãofeita pela parceria Tele-mar/Rede Globo Minas e aRevista Época, respectivamen-te), e foi considerado pelos au-ditores independentes daReceita Federal comouma das oito figurasmais importantes domundo, ao lado de Ma-dre Tereza de Calcutá,Nelson Mandela, SantosDumont e Ghandi – nãose esqueceu um só se-gundo do conselho querecebeu da mãe.

Tendo publicado 412obras, Chico Xavier sem-pre se sustentou com omodesto salário de escri-turário da Escola Modelodo Ministério da Agricultura,com o qual também se aposen-tou. Os direitos autorais dos li-vros que psicografou foramtodos doados a federativas espí-ritas e instituições de caridade.Segundo ele, a autoria das obrasnão lhe pertencia, consideran-do-se apenas “o burrinho” queconduzia a carga que lhe foraconfiada ao seu verdadeiro des-tino.

Pelo fato de ter registrado,em cartório, essas doações, osdireitos autorais das obras deChico constituem ainda hojegrande fonte de recursos paraessas instituições, uma vez quejá são mais de 30 milhões deexemplares editados. Até o iní-cio deste ano, por exemplo, o tí-tulo mais conhecido dessasobras, “Nosso Lar” – que já estána 48ª edição –, vendeu maisde um milhão de cópias e já foitraduzido para diversas lín-guas, entre elas, esperanto, fran-

cês, inglês, espanhol, alemão,russo, tcheco e grego.

O primeiro livro publicadopelo médium causou furor nosmeios literários e intelectuaisda década de 30. O motivo nãoera outro: a obra, que reunia 60poemas, foi apresentada pelaFederação Espírita Brasileiracomo uma coletânea de produ-ções póstumas de catorze es-critores, entre os quais, reno-mados poetas brasileiros e por-tugueses, como Augusto dosAnjos, Casimiro de Abreu,Castro Alves, Antero de Quen-tal e Júlio Dinis.

Considerado pelos espíritascomo “médium completo” ou“homem-psi”, para o teóricoHerculano Pires, Chico Xavierdedicou a vida inteira à práticamediúnica, produzindo umaobra bastante diversificada, queacabou tendo ressonância emvários campos da cultura e doconhecimento brasileiros. NaLiteratura, os livros psicografa-

dos pelo médium vãodesde mensagens con-soladoras a estudos filo-sóficos e científicos, pas-sando por contos, poe-mas, literatura infantil ereportagens jornalísticas.

No cinema, o livro“Somos Seis” resultouno filme “Joelma 23ºAndar” (1979) e “NossoLar”, baseado na obrahomônima de AndréLuiz, que será lançado

em setembro desse ano. Na mú-sica, vários artistas, comoRoberto Carlos, Fábio Júnior eMoacir Franco já declararam ainfluência das obras de Chiconas suas composições. O mé-dium também esteve presentena televisão brasileira – comoinspiração para novelas e no con-ceituado programa Pinga-Fogo,que em 1978 alcançou os maio-res índices de audiência quandolevou jornalistas e intelectuais adebaterem com o espírita.

Até os últimos dias do seumandato mediúnico, Chicotrabalhou junto aos mensagei-ros espirituais. Chico tambémficou conhecido por conta dasinúmeras cartas de consola-ção que recebia, endereçadasàs mães chorosas que lotavamo auditório do Grupo Espíritada Prece, em Uberaba.Algumas chegaram a afirmar,inclusive, que muitas vezes o“Carteiro do Além” as teriaabraçado e chorado com elas.(Y.M.)

Apesar de todos os títulos, Chico era simples e gostava de “noitadas” regadas a conversas, bolinho e café

Mesmo coma publicação

de 412obras, Chicosobrevivia

com salário de

escriturário

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AA1133Domingo, 4 de abril de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

JORNALO JORNALO

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Numa das montagens, o lugar simples da realidade virou o quarto dos sonhos A viagem para o curso dos sonhos se “transformou” numa lembrança emoldurada

Fotos: Yvette Moura

Satisfeitos, clientes referendam o trabalho “de qualidade”Para a técnica de enfer-

magem Ana Paula Araújo, otrabalho feito pelo autôno-mo é de muito bom gosto ecuidado. “Ele tinha feito umamontagem com a foto daminha irmã criança, quandovi gostei bastante do trabalhodele e mandei uma outra fotominha durante o trabalho.Quando recebi a imagem,adorei o resultado. Ele arru-mou tudo e não parece queé montagem. É um trabalhofeito com muito cuidado eque fica muito bonito”, afir-mou. “Sempre que tenho al-guma fotografia que está se

acabando com o tempo,mando chama-lo para arru-mar. Todas as que elejá arrumou aqui naminha casa ficaramperfeitas”, afirmou.

A dona de casaMaria Adriana, tam-bém tem fotografiasque foram mexidaspor José Sebastião. Asimagens dos filhoscom fundos luxuososficam expostas na pa-rede da casa simples.“Sei que nunca vou tercondições de dar umquarto lindo como esse para

minha filha, mas poder olha-la nessa foto, nos daresperança para conti-nuar lutando. É muitobonito o que ele faz”,falou.

Simples, o artistadiz que é feliz porpoder trabalhar reali-zando os sonhos daspessoas. “Faço osonho do povo virarrealidade e gostomuito desse trabalho.Mas, também tenho

meus sonhos que hoje é con-seguir uma máquina fotográ-fica e um computador. Se ti-

vesse o equipamento, conse-guiria uma estruturar me-lhor. Infelizmente, o dinhei-ro que ganho é muito poucoe mal consigo sustentarminha família. Se tivesse umcomputador e uma máquinafaria de imediato um cursopara mudar minha situação”,planejou.

Como estudou apenas atéo 3º ano do ensino funda-mental, José Sebastião busca,na força de vontade, a cora-gem para lutar por seus ob-jetivos. “Quero muito podermelhorar de condições e tra-zer minha família que está

no Pilar para morar aqui co-migo. Vivemos uma luta diá-ria para conseguir sobrevi-ver de forma digna. Nuncame envolvi com drogas ouqualquer coisa ilícita. Buscono trabalho a força e cora-gem para continuar viven-do”, disse. “Hoje, a saudadeda família que só vejo aosfins-de-semana e a falta deestrutura para conseguir tra-balhar são meus maiores ini-migos, mas quando me de-sespero, penso em Deus epeço para que tudo seja dife-rente um dia. E acreditonisso”, confessou.

O capricho quefaz a diferença

Apesar de não sabermexer nos softwares espe-cíficos para o trabalho demontagem das fotos, são acriatividade, a minúcia e ozelo com os detalhes quefazem toda a diferença notrabalho de José Sebastião.

As fotos têm de tudo: ocorte certo da imagem, asombra das pessoas, os de-talhes das cores parecidoscom a do fundo escolhido.Tudo detalhadamente pen-sado para parecer queaquela cena realmenteaconteceu. “As idéias sãominhas. Fico do lado dapessoa que está montan-do, coordenando e indi-cando como quero quesaia. Tenho muito cuidadopara deixar o trabalho per-feito. Meus clientes ficamna maior expectativa parao que vou fazer. Pedemque eu melhore a foto e éisso que tendo fazer”, ex-plicou.

Não importa o tama-nho da imagem, JoséSebastião consegue deixa-la do jeito que o cliente de-seja. Veste roupas diferen-tes da fotografia original,coloca uma pessoa comose fosse capa de revista econcerta um fundo malfeito, deixando a imagemmais bonita. “Olha essafoto aqui. São todas trêspor quatro que arrumei.Nessa eu não estava deterno, e nem a minha mu-lher bem vestida dessejeito. Consegui arrumartudo. Foi uma montagemque fiz para os meus so-gros e uma das mais bemfeitas que tenho”, falou oautônomo, mostrando aimagem. “Tem uma outraque gosto muito que é deuma criança no quarto debebê. O quarto é de luxo enão tem nada haver com arealidade do pessoal. Comessas montagens a genteacaba realizando um dese-jo quase impossível navida da maioria das pes-soas”, contou.

A história do homem que realiza sonhosCom criatividade e força de vontade, artista leva clientes à “realidade virtual” com montagens fotográficasLáyra Santa RosaRepórter

Todos os dias, o autônomoJosé Sebastião dos Santos, de 33anos, sai de casa pela manhãpara tentar realizar os sonhosdos moradores do BeneditoBentes. Sem nenhum apetrechotecnológico, como câmera foto-gráfica ou computador, ele con-segue fazer montagens fotográ-ficas e restaurar retratos antigos,e transforma uma simples ima-gem, num registro de uma von-tade difícil de ser realizada. Comcriatividade, ele leva o dono dafoto para lugares que talveznunca fosse possível de se che-gar um dia.

As montagens são as mais ca-riadas. Basta a pessoa contar umpouco de sua história, dizer maisou menos o que deseja e deixaro restante de acordo com o enten-dimento de José Sebastião, quegarante nunca ter decepcionadoum cliente. Quartos de luxo, casasde praia, faculdades no exterior,fazendas, paisagens e desenhosanimados fazem parte dos planosde fundo das fotos que realizamos sonhos das pessoas.

O mais incrível nisso tudo,é que José Sebastião não temmáquina fotográfica, não temcomputador e não entende dosprogramas de montagem. Paraconseguir realizar seu trabalho,ele conta com apoio de algunsconhecidos que sabem mexerno programa Photoshop e pre-cisa pagar por isso. “Sou umcurioso, mas infelizmente mi-nhas condições financeiras nãome permitem ter uma máquinafotográfica e nem um compu-tador. Para conseguir realizarmeu trabalho, preciso contra-tar uma segunda pessoa. Ele sómexe no computador, as mon-tagens e criações são todas mi-

nhas”, explicou o autônomo.Foi a dificuldade para encon-

trar um emprego que fez comque José Sebastião ingressassenesse mercado. “Comecei hámais ou menos um ano e meio.Tinha uma indenização do meuúltimo trabalho e apliquei na

compra de mercadorias. Saia deporta em porta, exatamentecomo faço agora. Uma vez umasenhora me perguntou se eu nãosabia restaurar foto, então resol-vi tentar ajuda-la e gostei desseserviço”, contou. “Arrumei todaa foto, além de aproveitar para

fazer uma montagem. A clientegostou tanto que encomendouuma moldura. Foi então que des-cobri o que gostava de fazer.Tenho prazer em trabalharnisso”, afirmou.

Segundo o artista, uma dasmelhores coisas nesse trabalho é

poder realizar os sonhos dos ou-tros. “O cliente nem imaginacomo a foto vai chegar. Confia nomeu trabalho e não costumo de-cepcionar. É muito bom realizaros sonhos das pessoas”, disse.“Com as montagens, as pessoassentem como se tivessem ido na-

quele lugar bonito. Tinha umcliente que tinha um cavalo quemorreu, a foto estava feia e velha.Arrumei tudo e coloquei ele eseu cavalo numa fazenda. Ocliente ficou tão feliz que se emo-cionou quando viu a imagem”,relembra, emocionado.

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Cidades JORNALO JORNALO

“Ele

arrumou

tudo e nem

parece

que é

montagem”

José Sebastiãomostra sua arte:na garra e força devontade

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Conab absorve parte da produçãoOs agricultores que até

pouco tempo eram obrigados avender seus produtos na ferialivre de Maragogi, agora têmcomo principal cliente a Com-panhia Nacional de Abasteci-mento (Conab). Depois que asfrutas passaram a ser beneficia-das, com a implantação de umafábrica para a produção de pastae polpa industrializada de frutas,as vendas aumentaram expo-nencialmente. Além da Conab,a rede hoteleira do segundomaior pólo de turismo do Estadotambém absorve uma parcelasignificativa da produção.

“Nossos principais clientessão a Conab e as pousadas ehotéis de Maragogi, mas nãopodemos nos esquecer das lan-chonetes e dos restaurantes quetambém compram os produ-

tos. Vendemos de Maceió atéPorto de Galinhas, em Pernam-buco, onde a fama das polpasjá chegou. A cooperativa deuum direcionamento à produ-ção, que antes era desorganiza-da, o que alavancou as vendas.Movimentamos cerca de R$ 35mil por mês e R$ 400 mil porano”, comenta o gerente daCoopeagro, Flávio Silva.

Para o gerente da coopera-tiva, o aumento nos lucros dosprodutores rurais está direta-mente relacionado ao benefi-ciamento do produto. “A frutaque antes era comercializada innatura rendia pouco aos agricul-tores, que já perdiam durante otransporte”, observa. FlávioSilva explica que a industriali-zação gera um valor agregadoao produto, que é repassado

aos produtores. Outro fator queinfluencia no aumento dos lu-cros, segundo ele, é a venda emlarga escala das polpas e dapasta da fruta.

“Com a implantação da fá-brica, as frutas tiveram um apro-veitamento maior. Se antes es-tragavam ao longo de uma se-mana, porque não eram bemarmazenadas ou sofriam danosdurante o transporte do campoaté a cidade, agora podem pas-sar até um ano. Essa é a valida-de das polpas que ficam arma-zenadas em câmaras frias. Alémdisso, as máquinas conseguemretirar todo o miolo da fruta,separando das sementes e dascascas, o que os agricultores nãoconseguiriam fazer. O produtoé bem aproveitado”, ressaltaFlávio Silva.

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Duas câmaras frias foram construídas para armazenar as polpas produzidas pela cooperativa

Beneficiamento de maracujá é “carro-chefe” daprodução da cooperativa.

PENEDO

Cooperativa Maritubadiscute plano de ação

PENEDO - Agricultoresdo projeto Marituba, emPenedo, reuniram-se com re-presentantes da Companhiade Desenvolvimento dosVales do São Francisco e doParnaíba (Codevasf), da Coo-perativa Pindorama e com aconsultoria Markestrat paraavaliação da proposta de ela-boração do plano de açãopara a cooperativa. O planodefinirá as metas paraestruturação da coo-perativa e o início daprodução dentro doslotes irrigados com aságuas do Rio SãoFrancisco.

A proposta paraelaboração do planode ação pelos agricul-tores da CooperativaMarituba contemplatrês dimensões: inte-gração, produção eorganização. Entre as metasque deverão ser formuladasno plano de ação estão a quedefine prazo para a instala-ção da sede e a que estrutu-ra a cooperativa em setorescom funções específicas.

A proposta foi elaboradapela consultoria Markestratpara a Cooperativa Pindo-rama, vencedora da licitaçãopara Concessão de DireitoReal de Uso (CDRU) da área

do projeto Marituba perten-cente à Codevasf e que estáatuando na estruturação daCooperativa Marituba portrês anos para, ao final desteperíodo, repassar a gestão in-tegral da área aos agriculto-res. Nesta fase, a Cooma-rituba contará com o apoioda Codevasf, Sebrae/AL,

Cooperativa Pindora-ma, Serviço Nacionalde Aprendizagem doC o o p e r a t i v i s m o(Sescoop) e as diver-sas organizações deprodutores rurais queatuam na área do pe-rímetro irrigado.

Para Klécio dosSantos, presidente daCooperativa Pindo-rama, que também es-teve presente à reu-

nião com os coopera-dos da Coomarituba, a novacooperativa terá como dife-rencial para o sucesso a par-ceria com a Pindorama, umdos maiores exemplos brasi-leiros em cooperativismo.“Decidimos participar da li-citação para uso do projetoMarituba por acreditar quepoderemos transferir tecno-logia de gestão em coopera-tivismo para os agricultoresda Marituba. Vocês já entramno mercado com a assistên-

cia e a experiência da Pindo-rama”, afirmou.

O superintendente regio-nal da Codevasf em Alagoas,Antônio Nélson de Azevedo,comemorou a entrada demais um parceiro no proces-so de implantação do proje-to Marituba. “A chegada doSebrae/AL será uma grandevitória para o projeto, pois oscooperados poderão contarcom conhecimento técnico-administrativo que fortalece-rá a gestão da Coomarituba.Isso também sinaliza maisuma vez que o Sebrae é umgrande parceiro da Codevasfna estratégia de desenvolvi-mento regional executadapela Codevasf para os muni-cípios alagoanos do Vale doSão Francisco”, reforçou.

Na mesma reunião, Antô-nio Nélson de Azevedo aindainformou que a Codevasfestá disponibilizando àCoomarituba o prédio noqual funcionava o canteirodas obras de melhoria da in-fraestrutura de irrigação doprojeto Marituba, situado nopovoado Ponta Mofina emPenedo (AL), para que sejatransformado em sede dacooperativa. Com isso, aspróximas reuniões já pode-rão ser realizadas na sede doprojeto.

JORNALO JORNALO

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Municí iospFotos: Eduardo Almeida

Cooperativa eleva produção de frutasCultivo triplicou desde setembro de 2003 e movimentou aproximadamente R$ 400 mil no ano passado

Eduardo AlmeidaRepórter

MARAGOGI – Nem mesmoo mais otimista dos produtoresrurais que participaram da fun-dação da Cooperativa dos Pe-quenos Agricultores Organiza-dos de Maragogi (Coopeagro)podia imaginar os resultadosque colheria em apenas seisanos. A cooperativa impulsio-nou o cultivo de frutas na re-gião norte e fez a produção sal-tar de 100 toneladas em 2003 –ano da fundação - para poucomais de 350 toneladas no anopassado, movimentando cerca

de R$ 400 mil e beneficiando di-retamente mais de 100 famílias.

Quando começou, em se-tembro de 2003, com recursosda Província Autônoma deTrento (PAT), a cooperativa idea-lizada pela freira italiana MirianZendron contava apenas com42 sócios, que buscavam umaalternativa para continuar tiran-do o seu sustento do campo.Hoje, seis anos depois, os asso-ciados que apostaram no proje-to ganharam reforço e comemo-ram os bons resultados fazendoplanos de expandir os negócioscom a implantação de uma mo-derna fábrica para aumentar os

lucros e diversificar os serviços.Embora o “carro-chefe” da

cooperativa seja a produção depasta base e polpa industrializa-da de frutas, a Coopeagro tam-bém negocia outros produtos,como mel e castanha. As prin-cipais frutas comercializadas sãoo maracujá e a graviola, segun-do Rivaldo Vasconcelos, presi-dente da entidade, mas a novaaposta dos produtores é a co-mercialização do açaí – fruta tí-pica do Norte do País. A pro-posta da cooperativa, explica, éintroduzir no mercado novosprodutos, gerando um diferen-cial em relação aos concorrentes.

“Os sócios da Coopeagroproduzem, atualmente, todotipo de fruta: maracujá, gravio-la, cajá, acerola e até açaí. Hoje,nós compramos não só a produ-ção dos agricultores de Mara-gogi, como também de muni-cípios vizinhos, a exemplo dePorto Calvo, para suprir a de-manda. No ano passado, produ-zimos 160 toneladas de gravio-la e 160 toneladas de maracujá.A produção aumentou, acom-panhando a demanda. Apesardo crescimento, esse ainda nãoé o máximo que podemos ren-der’, observa Rivaldo Vascon-celos.

O presidente explica a pro-dução de nove assentamentosé comercializada pela Coope-agro. São beneficiados os agri-cultores dos assentamentosBom Jesus, Itabaiana, Massan-gana, Água Fria, Javari, Man-gibura, Costa Dourada, Mellose Lemos. À Coopeagro cabe otransporte, a organização e acomercialização dos produtos.Para isso, a cooperativa contacom o apoio do Serviço Brasi-leiro de Apoio às Pequenas eMicro Empresas (Sebrae), Pe-trobras, Banco do Nordeste,Instituto Nacional de Coloniza-ção e Reforma Agrária, Pro-

víncia Autônoma de Trento eCompanhia Nacional de Abas-tecimento.

“O nosso principal fornece-dor é o assentamento Bom Jesus,que tem 38 agricultores associa-dos. No entanto, todos os ou-tros contribuem para o cresci-mento da cooperativa. Nossaprodução é exposta dentro efora do Estado. Já participamosde feiras em São Paulo, Salva-dor, Rio Grande do Sul e atéItália. Aprodução que antes nãoera absorvida em Maragogi, vi-rava lixo. Hoje, não há desper-dício”, completa Rivaldo Vas-concelos.

Plano deação

definirámetas paraestruturar acooperativa

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Agentes da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito informam aos condutores e pedestres sobre as novas mudanças

Carolina Sanches

Pontos de mototaxistas terão mudanças

Na semana passada foi anun-ciado que o projeto de reorganiza-ção do centro vai definir algumasmudanças para os mototaxistasque trabalham na região. Umadelas é deslocar os pontos de mo-totaxi de ruas com o maior fluxode veículos, a exemplo da AvenidaRio Branco e da Rua EstudanteJosé de Oliveira.

Desde que tomaram conheci-mento da medida, mototaxistascadastrados que têm ponto emruas do Centro estão apreensivoscom o futuro da categoria. Elesacreditam que, se saírem dos pon-tos que trabalham, perderão aclientela e não terão como exercera atividade. A informação repas-sada aos trabalhadores foi de queeles terão que ficar circulando enão mais esperar passageiros nospontos.

O superintendente SeverinoLúcio desmente esta informaçãoe diz que serão organizados outrospontos para os mototaxistas quetiverem que sair das ruas deter-minadas. “O movimento não vaidiminuir porque as pessoas vão

ser informadas dos locais da mu-dança e vão continuar usando otransporte de moto”, observouLúcio, ao explicar que a medidadeve acontecer no mês de junhoou julho.

Mesmo com a informação deque os pontos serão transferidospara outros locais, a categoria or-ganiza um abaixo-assinado contrao projeto. O mototaxista WelingtonFerreira disse que os proprietáriosde lojas também estão assinandoo documento. “Temos o apoio dosdonos das lojas que temem a di-minuição do movimento de clien-tes por causa da medida”, diz.

Antônio Oliveira Lira, de 50anos, trabalha há 15 anos comomototaxista em Arapiraca. Há 12anos ele atua em um ponto naAvenida Rio Banco. Com relaçãoao projeto, Lira diz estar apreen-sivo porque acredita que vai per-der muitos clientes. “Já existemmuitos pontos no centro. Se sair-mos da Avenida Rio Branco, pro-vavelmente seremos colocados emum local distante”, observou omototaxista. (C.S.)

SMTT reorganiza trânsito em ArapiracaReordenamento busca dar maior fluidez ao tráfego de veículos pelas principais ruas do centro da cidadeCarolina SanchesRepórter

ARAPIRACA – Os técnicosda Superintendência Municipalde Transportes e Trânsito (SMTT)de Arapiraca colocaram em prá-tica algumas mudanças no tráfe-go de veículos no centro da cida-de. Amedida faz parte do proje-to para reordenamento da áreacentral, que começou a ser exe-cutado no mês passado.

A proposta é que o tráfegode veículos seja totalmente revi-talizado no centro de Arapiraca,melhorando o trânsito. Para isso,foi contratada uma consultoriatécnica, que está elaborando es-

tudos e projetos voltados à mo-dernização do trânsito. O supe-rintendente de Transportes eTrânsito, Severino Lúcio, expli-cou que a proposta do projeto édiminuir os transtornos nas ruasda cidade. “ASMTT recebe mui-tas reclamações de motoristas arespeito da dificuldade de trafe-gar no Centro. Outra queixa dizrespeito aos veículos estaciona-dos em locais proibidos”, afir-mou.

No mês passado, a superin-tendência, com base na Lei nº9.503, de setembro de 1997, e ar-tigo 24 do Código de TrânsitoBrasileiro, normatizou, atravésda Portaria Nº 001/2010, os novos

locais para carga e descarga demercadorias no centro da cidade,no período de 15h às 6 horas.

Segundo Severino Lúcio, oprincipal objetivo da medida foidar maior fluidez ao trânsito localno perímetro central da área docomércio. Severino tambémacrescentou que sua equipe estávoltada a desenvolver uma polí-tica de “Humanização e Quali-dade de Vida no Trânsito”; porisso foi feita uma pesquisa paradar maior fluidez nas vias cen-trais.

As novas áreas do perímetrocentral comercial proibitiva parao tráfego de veículos pesadosabrangem as ruas Nossa Senho-

ra de Fátima, 15 de Novembro,Marechal Deodoro da Fonseca,Paula Magalhães, Estudante Joséde Oliveira Leite, DomingosCorreia, Fernandes Lima, SãoFrancisco, Boa Vista, Dom Vital,Manoel Leão, Monsenhor Mace-do, 30 de Outubro, Expedicioná-rios Brasileiros, Rui Barbosa,Pedro Correia, Domingos Rodri-gues, Sete de Setembro, Rua doSol, Parque Ceci Cunha e Aveni-da Rio Branco.

Para os proprietários de es-tabelecimentos comerciais, a me-dida tem sido bastante positiva.O comerciante Pedro Marques éproprietário de uma loja na Ruado Sol. Ele conta que, antes da de-

terminação de horário, os cami-nhões chegavam para descarre-gar as mercadorias a qualquerhora do dia e atrapalhavam ofluxo de carros na rua, principal-mente pela manhã, quando omovimento é maior.

Desde que a determinaçãoentrou em vigor, os agentes lota-dos na autarquia estão dispos-tos nos locais que sofreram alte-rações para informar os condu-tores e pedestres. O superinten-dente Severino Lúcio disse queforam espalhadas faixas educa-tivas para alertar os motoristas.

MUDANÇAS – O projetoprevê, ainda, que a Marginal do

Piauí - avenida que está sendoconstruída partindo da RuaManoel Abreu, nas imediaçõesdo Parque Ceci Cunha, até aRodovia AL-110, no acesso aPenedo, seja transformada nonovo binário, com trecho rotató-rio para garantir ainda mais flui-dez ao tráfego.

Além disso, a prefeitura vaicriar a Zona Azul, que são locaisdefinidos para promover a ro-tatividade dos veículos, raciona-lizando o uso do solo em áreasmuito movimentadas, discipli-nando o espaço urbano e permi-tindo maior oferta de estaciona-mento na área urbana de Ara-piraca.

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Municípios JORNALO JORNALO

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JORNALO JORNALO

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Economia

Apesar da importância para a economia solidária alagoana, instituição não recebe recursos do governo do Estado

Patrycia MonteiroRepórter

Um dos projetos mais rele-vantes da economia solidária deAlagoas está enfrentando gran-des dificuldades. O Banco doCidadão – uma Organização daSociedade Civil de InteressePúblico (OSCIP), criada duran-te o governo Ronaldo Lessa, comobjetivo de realizar operações demicrocrédito para os pequenosempreendedores informais ala-goanos – está sem receber ajudafinanceira oficial. E é em funçãoda falta de repasses da atual ges-tão estadual que a instituição re-duziu sua carteira de crédito pelametade nos últimos três anos,mantendo volume de emprésti-mos que somam apenas R$ 1 mi-lhão.

À míngua, o Banco do Cida-dão encolheu. Das 7,5 mil ope-rações de crédito concedidas em2004, hoje a instituição financei-ra mantém cerca de 2 mil opera-ções, apesar da grande deman-da existente. Só para se ter umaidéia, segundo dados mais re-centes do Instituto Brasileiro deGeografia e Estatística (IBGE),há atualmente 300 mil empreen-dedores que trabalham por contaprópria em Alagoas. É para essepúblico de trabalhadores excluí-dos do mercado de trabalho for-mal e sem acesso ao crédito nasinstituições financeiras conven-cionais que se dedica o Bancodo Cidadão. Lá, os microem-preendedores podem formargrupos solidários, sem necessi-dade de apresentar garantias ou

avalistas, e obter dinheiro parainvestir no capital de giro oucompra de equipamentos, ala-vancando seus pequenos negó-cios. As taxas de juros giram emtorno dos 4% ao mês e o índicede inadimplência atual é de 5%- considerado baixo pelo merca-do.

“Apesar da comprovada im-portância social do microcrédi-to, não recebemos apoio efetivoda atual gestão estadual. Emminha opinião, o governo doEstado tem direcionado seu focoaos investimentos de grandeporte e subestimado a força dospequenos empreendimentos lo-cais - o que demonstra uma mio-pia na sua visão desenvolvimen-tista. Também desconfio que oBanco do Cidadão ficou relega-do a um segundo plano, porquefomos criados durante a gestãodo Lessa”, dispara Pedro Verdi-no, presidente do Banco do Ci-dadão, mencionando que o go-verno estadual não honrou o pa-gamento de contratos assinadosque totalizariam R$ 2,8 milhõesem repasses.

Sem apoio financeiro paraampliar o fluxo de caixa da ins-tituição, Verdino precisou res-tringir a atuação da Oscip noEstado. “Normalmente, assimque o empreendedor quita seudébito no banco, ele logo quercaptar mais recursos para am-pliar seu negócio, lançando mãode um montante maior. Comomantemos uma equipe de 22funcionários capacitados, indis-pensáveis para realização ade-quada do crédito assistido, dei-

xamos de atender a vários seg-mentos. Um dos projetos quesuspendemos foi aquele que in-centivava a criação de novos mi-cros empreendimentos em áreasde vulnerabilidade social”, conta.

Segundo Verdino, nem umcentavo do Fundo Estadual deCombate e Erradicação da Po-breza (Fecoep) foi aplicado naOscip até hoje, mesmo com acomprovada capacidade detransformação social que o mi-crocrédito pode promover.“Pleiteamos recursos do Fecoeppara capacitação de um grupoformado por 20 costureiras de

Fernão Velho que pretendeconstituir uma cooperativa deconfecções. Aproposta foi acei-ta, mas ainda está sob análise daProcuradoria Geral do Estado(PGE), há alguns meses. Con-cordo que certa burocracia é ne-cessária para evitar distorçõese desvios, mas é preciso evitarque os processos engessem edeixem de avançar”, afirmaVerdino. Até novembro do anopassado, o Fecoep contava comR$ 70 milhões em caixa e tinha23 projetos habilitados para re-ceber recursos.

(Continua na página A18)

Banco do Cidadão limita créditoSEM APOIO

Verdino, presidente do Banco do Cidadão, ainda a espera da parceria

Nas agências, 22 funcionários trabalham na orientação dos microempreendedores, quanto à destinação correta dos recursos solicitados ao banco

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AA1188 Domingo, 4 de abril de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

Economia JORNALO JORNALO

Rosineide Tomaz, ex-catadora de lixo e agora microempresária Dona Maria José: produção de pães para cinco mercadinhos

Verdino: Afal ainda é só uma boa intençãoUma das esperanças do pre-

sidente do Banco do Cidadãoreside na Agência de Fomentode Alagoas (AFAL) que develançar um edital que prevê atransferência de recursos parainstituições de microcrédito noEstado - além do Banco do Ci-dadão atuam também no Esta-do, a Amicred, da AssociaçãoComercial de Maceió, e a Agên-cia Nacional de Desenvolvimen-to Empresarial (ANDE). “O pro-blema é que até hoje a AFALnão realizou uma operação fi-nanceira sequer. Trata-se de umprojeto excelente que ainda nãosaiu do plano das boas inten-ções. Mas, se ela avançasse, eexercesse papel semelhante aoque a Desenbahia (agência defomento baiana) exerce na Bahiatodos cresceríamos muito, tantoo Banco do Cidadão, como oambiente de empreendedoris-mo do Estado”, diz.

Sem perder o otimismo daação, Pedro Verdino vem bus-cando apoio financeiro de outrasinstituições. Entre as parceriasque tem mais obtido avançosestão o Banco Nacional de De-senvolvimento Econômico eSocial (BNDES) e a Caixa Eco-nômica Federal. “Estamos ela-borando estudos para conseguirR$ 2 milhões em recursos do

BNDES. E, há um ano e meio,estamos negociando com aCaixa o fechamento de um con-trato inovador que prevê a ob-tenção de empréstimo, para fi-nanciar novas operações de mi-crocrédito pelo Banco do Cida-dão, dando nossa carteira crédi-to como garantia. Se essas inicia-tivas derem certo, vamosrecobrar o nosso fô-lego”, afirma.

Enquanto isso, oBanco do Cidadãomantêm com sacrifí-cio suas cinco agên-cias (em Maceió, Ara-piraca, São Migueldos Campos, Uniãodos Palmares e Del-miro Gouveia) e de-senvolve capacita-ções profissionaiscom recursos públi-cos, como uma açãoconcluída recente-mente pelo progra-ma Agente Jovem, no municípiode Pilar, que qualificou cerca de500 jovens. Atualmente, a Oscipdetém 950 clientes ativos, dosquais 89,56% são pequenos co-merciantes e 2,79% atuam naprestação de serviços. O restan-te (7,66%) faz parte do segmen-to de Produção, reunindo mi-croempresários especializados

em comprar matéria-prima ebeneficiar para fins de comercia-lização, como pequenos fabri-cantes de materiais de limpeza,costureiras e fornecedores dealimentos.

“No Banco do Cidadão,todos os empreende-dores são informaise 99,51% buscam di-nheiro para capitalde giro. Quase 80%dos clientes formamgrupos solidáriospara obtenção deempréstimo, en-quanto 16,26% apre-sentam avalista e3,4% assinam notaspromissórias”, afir-ma Verdino, mencio-nando que 69,42%da clientela é forma-da por mulheres

como Rosineide Tomazdos Santos, ex-catadora de lixo,que atualmente é dona de umbrechó ao ar livre e que comer-cializa animais graças ao micro-crédito. Aprimeira operação deempréstimo de dona Rosineidefoi realizada em 2005 para ini-ciar o novo pequeno negócio.“Não conhecia o Banco doCidadão, mas fiquei sabendodele através dos seus agentesde crédito. Então, disse que es-

tava precisando de dinheiropara comprar roupas e calça-dos velhos que eu queria reven-der na feira. A roupa usada eucompro de um preço e revendopor outro, tirando um pequenolucro”, relembra a empreende-dora.

Depois de fazer um levan-tamento socioeconômico dedona Rosineide, o agente decrédito da Oscip disponibilizouR$ 80 para empreitada e, deposse do pequeno montante,ela mudou os planos iniciais edecidiu comprar uma porca. Oanimal depois de alguns mesesteve 18 filhotes, multiplicandoo valor obtido com o crédito.“Vendi quatro deles por R$ 200e com o dinheiro adquiri umreprodutor. Em seis meses, játinha uma pequena criação queme rendeu uns R$ 5 mil numúnico negócio fechado que meajudou a quitar o débito nobanco e ainda investir na bancade venda de roupas usadas quemantenho até hoje na feira doBenedito Bentes”, relembra. “OBanco do Cidadão fez uma re-volução na minha vida e na daminha família”, diz satisfeita.Atualmente dona Rosineidepartiu para negócios maiores eestá criando e comercializandocavalos. (P.M.)

De doméstica àdona de padaria

Outra cliente beneficiada pelafacilidade de crédito do Bancodo Cidadão é Maria José Xavierda Silva, que tem uma pequenapadaria localizada na AvenidaParaguassu, no bairro do Tabu-leiro do Martins. Com nove anosde atividade empresarial e sete deapoio financeiro da Oscip, a em-preendedora hoje fornece pães acinco mercadinhos e passaportee ainda mantém serviço de entre-ga em domicílio no bairro. Mas,antes de ter seu próprio negócio,dona Maria conta que era em-pregada doméstica - trabalho queconsidera digno, porém muitocansativo. Sensibilizado com osacrifício da mãe, José Valderezda Silva, seu filho mais velho, de-cidiu pegar parte de uma inde-nização trabalhista para alugarum ponto comercial onde insta-lou uma pequena padaria paraque dona Maria e seu marido,José Severino, pudessem mudarde vida. Na época, a empreen-dedora buscou o Banco doCidadão e conseguiu dinheiroemprestado para comprar maté-ria-prima (farinha de trigo, fer-mento, açúcar) para a fabricaçãode pães, bolachas, bolos e salga-dinhos.

Depois de um ano, o peque-no negócio prosperou. Com arenda do empreendimento, donaMaria adquiriu um terreno e neleconstruiu sua casa própria e nelaum espaço para a padaria.Novamente, precisou do finan-ciamento camarada do Bandodo Cidadão. Atualmente, donaMaria já está pagando sua déci-ma operação de crédito – a pri-meira foi realizada em 2003, novalor de R$ 500 e a última, con-cedida em 2009, no valor de R$3 mil. Nesse período, a comer-ciante conseguiu aumentar arenda familiar e, além de pães,passou a revender material delimpeza, cereais, produtos de hi-giene pessoal e bebidas. Suarenda mensal bruta gira em tornodos R$ 9 mil, dos quais R$ 5 milsão direcionados para a manu-tenção do negócio e o restantevai para o bem estar da família.(P.M.)

“A Afal podeter um

papel igualao da

Desenbahia,com

resultadosfantásticos”

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AA1199Domingo, 4 de abril de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

Economia JORNALO JORNALO

Ipea faz levantamento sobre o setorAGRICULTURA FAMILIAR

Estudo constata que 30 milhões de pessoas dependem da atividade agrícola para sobreviver no BrasilA agricultura familiar é a

principal fonte de sustentopara a maior parte das famíliasque vivem em ocupações ru-rais, revela levantamento sobreo setor rural divulgado peloInstituto de Pesquisa Econô-mica Aplicada (Ipea). As rela-ções de trabalho nesse meio,no entanto, são precárias e ins-táveis, indica o estudo.

De acordo com os dadosdo Ipea, 43% da populaçãoocupada em tais condições nãosão remunerados pela sua ati-vidade. Além disso, 43% dosempregados ocupados nosetor são temporários.

“Mais da meta-de dos trabalhado-res do grupamentoagrícola estão forade qualquer relaçãode assalariamento, oque desafia a estru-tura do sistema dedireitos e garantiassociais, fundadasnas relações de tra-balho centradas noemprego formal”,diz comunicado doórgão.

Para a entidade,que realizou o tra-balho com base nas informa-ções da Pnad 2008, é provávelque a maior parte destes tra-balhadores viva em domicílioem que a família possui algu-ma fonte de renda.

“Porém, dada a expressivi-dade do número de não remu-nerados no total da força detrabalho ocupada, é provávelque no interior deste contin-gente encontremos relaçõesprecárias de trabalho e desem-prego”, informa a entidade emcomunicado.

Além da renda recebida

pela atividade rural, rendi-mentos de outras fontes têmimportância bastante expres-siva na composição da rendadomiciliar da população rural,segundo o Ipea, 33,11% dosdomicílios rurais tinham, entreseus moradores, pelo menosum aposentado ou pensionis-ta.

Segundo a pesquisa, háhoje 30 milhões de brasileirosque vivem em ocupações ru-rais; número que, se consti-tuísse um País, seria o quadra-

gésimo mais popu-loso do mundo, e oterceiro da Américado Sul, atrás deBrasil e Argentina.

VENDA DAPRODUÇÃO - Agrande maioria dosagricultores familia-res, segundo o Ipea,efetua sua produçãosem definir previa-mente seu destino.Mais de 70% dosagricultores não as-sumiram o compro-

misso de venda de al-guma parte da produção, deacordo com a análise.

Apesar disso, quase 80%dos agricultores familiaresvenderam alguma parte doque produziram. Por outro la-do, um quinto dos agricultoresfamiliares destina sua produ-ção diretamente ao consumi-dor final.

“Este dado é importante,pois reforça a condição de pro-dutora de alimentos da agri-cultura familiar, além de serum forte indício da integraçãoda agricultura familiar com ocomércio local”, diz o comuni-cado do Ipea.

Por outro lado, apenas 8%da produção dos empregado-res na agricultura tem por des-tino direto o consumidor final.

Outro dado relevante estárelacionado ao cooperativis-mo: apenas 9% dos agriculto-res familiares destinam suaprodução para cooperativas,

“o que pode ser uma evidên-cia da pouca organização entreos agricultores familiares e desua consequente dependênciaem relação a intermediários”.

INSTRUÇÃO PRECÁRIA- Os dados sobre educação evi-denciam que a população rural

continua menos favorecida quea urbana. A taxa de analfabe-tismo para pessoas acima de15 anos é de 7,5% na zona ur-bana e de 23,5% na zona rural.

Enquanto, nas cidades, 9%da população tem pouca ounenhuma instrução, no campo,tal proporção ultrapassa 24%.

Em outro extremo, a popula-ção mais escolarizada, acimade 11 anos de estudo, repre-senta mais de 40% da popula-ção urbana e apenas 12,8% dapopulação rural.

A maioria da população docampo – 73% - não completouo ensino fundamental.

Evidência de pouca organização na agricultura familiar: apenas 9% dos produtores destinam parte do que cultivam para uma cooperativa

“Apenas 8%da produção

tem comodestino direto o

consumidorfinal

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O governo federal enterroude vez a esperança do merca-do imobiliário em ver amplia-dos os limites de renda paraparticipação no financiamentohabitacional “Minha Casa, Mi-nha Vida”. No lançamento dasegunda fase do Programa deAceleração do Crescimento(PAC2), ocorrido esta semana,foi mantido o limite de rendafamiliar mensal de R$ 4.650para se habilitar ao programa.

O setor acreditava que o tetosubiria para R$ 5.100 (o equiva-lente a dez salários mínimos at-uais), mas o Palácio do Planal-to manteve o teto em R$ 4.650.

A reivindicação dos empre-sários e mutuários era plausí-vel. Afinal, quando o “MinhaCasa, Minha Vida” foi lança-do, em março de 2009, os limi-tes de renda para participaçãono programa estavam expres-sos em salários mínimos - se-riam atendidos os trabalhado-res que ganhassem de zero a

dez salários.Como o mínimo valia R$

465 na época, o rendimento má-ximo que para se candidatarao financiamento era deR$ 4.650. Porém, no início de2010, quando o salário mínimosubiu para R$ 510, criou-se aexpectativa de que os limitesde renda do programa seriamreajustados proporcionalmen-te.

O Ministério das Cidadesinformou que o governo ava-liou o reajuste como “economi-camente inviável” - daí a deci-são de manter parâmetros quevigoravam anteriormente.

Caso o governo tivesse aten-dido o pedido de empresáriose mutuários, todas as famíliasque possuem renda entre R$4.650,01 e R$ 5.100, hoje excluí-das do “Minha Casa, MinhaVida”, passariam a ter acesso àcondições oferecidas pelo pro-jeto do governo - desde quequisessem adquirir um imóvel

novo de até R$130 mil. Aoserem aceitas no programa, elaspoderiam economizar até R$25 mil em financiamento de 30anos, com 20% de entrada.

Isso porque, para o públicoque não pode participar do“Minha Casa, Minha Vida”, alinha de crédito mais barata domercado é a Carta de Créditodo FGTS. Embora as duas li-nhas tenham taxas de juros se-melhantes, o programa do go-verno isenta os mutuários dopagamento dos seguros pormorte ou invalidez e contradanos físicos ao imóvel, redu-zindo significativamente ovalor da prestação.

"Isso é ruim para a socieda-de, porque parcela importanteda população vai ficar de forado programa e deixar de rece-ber subsídios maiores e outrosbenefícios, como juros baixose isenções cartorárias", diz oanalista de construção civil,Eduardo Silveira.

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O setor da construção civil acereditava que o teto subiria para R$ 5.100, mas o Palácio do Planalto manteve o limite de R$ 4.650

MINHA CASA,MINHA VIDA

X CARTA DECRÉDITO

FGTS

NORMAS DO MINHA CASA, MINHA VIDA - POR RENDA FAMILIAR

Pelo programa “Mi-nha Casa, Minha Vida”,o custo total é de R$233.579,65, porque os se-guros não são cobrados eo mutuário também ficaisento de taxas cartoriais.

Pela Carta de Créditoda FGTS, o custo totalseria de R$ 259.063,33 -ou seja, R$ 25.483,68mais caro que peloMinha Casa, MinhaVida.

Metade dos lançamentos é de 2 quartosDo total de 2 milhões de

casas que devem ser financia-das até 2014 pelo PAC 2,cerca de 1,2 milhão de unida-des serão voltadas a quemtem renda máxima de R$1.395, outros 600 mil imóveisservirão a famílias com rendaentre R$1.395 e 2.790 e, porfim, 200 mil imóveis serãoofertados a quem ganhaentre R$2.790 e R$4.650.

Lançado em março de2009, o programa habitacio-nal beneficia famílias comrenda mensal de até R$ 4.650e que queiram comprar um

imóvel novo de até R$ 130mil. Detalhe importante: o ti-tular não pode ter outro imó-vel em seu nome.

Essa limitação no valordo imóvel tem mexido comas construtoras. Os imóveismenores, com dois dormitó-rios, passaram de 34,6% doslançamentos em 2008 para45,9% em 2009. Já as unida-des com três quartos caíramde 38,2% para 32,4% do total.Tudo para tentar fazer os lan-çamentos se enquadrarem noprograma.

“Em cidades como São

Paulo e em outras capitaisonde o custo de construçãoé mais alto do que a média,esse valor de R$ 130 mil tornaainda mais difícil o ingressono programa”, pondera o di-retor-presidente da CipesaEmpreendimentos Imo-biliários, Luiz HenriqueTaboada.

Para o analista de cons-trução civil Eduardo Silveira,a perspectiva de o programaatender uma parcela maiordo que o esperado da faixade 0 e 3 salários mínimos pa-rece não ter agradado aos in-

vestidores. "Uma das inter-pretações possíveis para aqueda das construtoras naBolsa de Valores esta sema-na é a que o programa estábuscando se concentrar nafaixa menor de renda, o quefica meio fora do foco damaior parte das incorpora-doras que têm participaçãono Minha Casa, Minha Vida,que é de 3 a 6 salários", dizSilveira.

Veja a seguir as principaisnormas do programa MinhaCasa, Minha Vida para cadafaixa de renda familiar.

RENDA ATÉ R$1.395Não há taxa de juros. A

prestação equivale a 10%da renda familiar, sendoque a parcela mínima é deR$ 50 e a correção dos va-lores é feita apenas pelaTR. Prazo máximo de 10anos. O trabalhador que

ficar desempregado ficaisento do pagamento dasparcelas por seis meses

RENDA DER$1.395 A R$2.325Juros de 5% ao ano

mais TR. Prazo máximo depagamento de 30 anos. Emcaso de desemprego, a

Caixa Econômica Federalrefinancia até 36 parcelas

RENDADE R$ 2.325,01 A R$ 2.790Juros de 6% ao ano

mais TR prazo máximo depagamento de 30 anos emcaso de perda do empre-go, a Caixa refinancia até

24 parcelasRENDA DE R$2.790,01 A R$4.650Juros de 8,16% ao ano

mais TR prazo máximo depagamento de 30 anos casoo mutuário perca o empre-go, a Caixa refinancia ematé 12 parcelas.

Renda acima de R$ 4.650fica de fora de programa PAC 2 era última chance das famílias com renda até R$ 5.100

JORNALO JORNALO

Domingo, 4 de abril de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

ImobiliárioAA2200

Imóveis.com

EM FOCO

Principal executivo da Soares Nobre, o em-presário e consultor imobiliário EmmanuelSoares Nobre está vendo agora, em 2010, o re-sultado de um trabalho que teve início anosatrás, quando decidiu investir em empreendi-mentos financiados pela Caixa EconômicaFederal. Numa época em que a maioria dasempresas do setor optavam pelo autofinancia-mento, Emmanuel apostou que este filão umdia se tornaria a vedete da construção civil.Dito e feito. Com o Minha Casa, Minha Vida,houve uma revoada de construtoras se enqua-drando nas normas do programa - em busca definanciamento - e milhares de unidades sendocomercializadas feito água.

Theodomiro Jr. [email protected]

PAU NA MOLEIRAConstrutoras inidôneas, tremei! Foi publicada no Diário

Oficial da União a Portaria 516, da Controladoria Geral da União(CGU), instituindo o Cadastro Nacional de Empresas Inidônease Suspensas (CEIS). Trata-se de um banco de dados que tempor finalidade consolidar e divulgar a relação de empresas ouprofissionais que sofreram sanções que tenham como efeito res-trição ao direito de participar em licitações ou de celebrar con-tratos com a Administração Pública. O cadastro conterá, alémdas sanções, a razão social e CNPJ da empresa ou o nome e CPFda pessoa física. A gestão do CEIS ficará a cargo da CorregedoriaGeral da União, que adotará as medidas necessárias à opera-cionalização do cadastro. O sistema está disponível ao públicono site http://www.portaltransparencia.gov.br/ceis/.

DE MALAS PRONTAS

O empresário e diretor técnico da ContratoEngenharia, Guilherme Melro, está de malas prontaspara participar da Semana Internacional da Construçãoe Iluminação de São Paulo. O evento será realizadoentre os dias 6 e 10 de abril, no Pavilhão de Exposiçõesdo Anhembi, em São Paulo

SEMANA DA CONSTRUÇÃO

A Semana da Construção e Iluminação reúne as fei-ras de negócios Feicon Batimat 2010 (18ª FeiraInternacional da Indústria da Construção) e Expolux(12ª Feira Internacional da Indústria da Iluminação).serão apresentados ao setor os últimos lançamentos deprodutos e serviços oferecidos pelo segmento.

BATIMAT

Para a Feicon Batimat são esperados cerca de 172mil visitantes - 95% dos quais brasileiros e 5%, estran-geiros - que acompanharão os mais de 2.500 lançamen-tos de 597 expositores oriundos de 29 países.

A COISA TÁ FEIA

Está ficando feia a briga de bastidores entre mem-bros da Ademi-AL e do Secovi-AL. O assunto não vêmà tona por motivos óbvios: ninguém deseja que emba-tes pessoais afetem os negócios. É melhor assim.

DE CARA FEIA

Os donos de cartórios de registro de imóveis nãogostaram nadinha de parder parte de sua receita men-sal, após a decisão da Justiça que reduziu para cerca de3 mil reais o registro de incorporação de novos em-preendimentos.

RESTRIÇÕES

A iniciativa da Justiça alagoana é um alento para osconstrutores, mas falta agora estender esse mesmo be-nefício para o cidadão comum que paga horrores peloregistro do imóvel.

DO COLUNISTA

Causou impacto a reportagem da semana passadasobre a declaração de imóveis e o imposto de renda.Alguns leitores, em apuros com o Leão, enviaram dú-vidas para o Imóveis.com. Como não somos especialis-tas no assunto, encaminhamos as mensagens para téc-nicos da área. Assim que tivermos as respostas, retor-naremos os e-mails. A pedido de ambos, não publicare-mos o esclarecimento nesta coluna.

MINHA CASA, MINHA VIDA

JO

RN

AL

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JORNALO LO

DoisJORNA

BB11Domingo, 4 de abril de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || ee--mmaaiill:: ccuullttuurraa@@oojjoorrnnaall--aall..ccoomm..bbrr Confira as promoçõesna Revista da TV

Fotos: Arquivo pessoal

Elô Baêta (*)Repórter

Bela manhã do ano de 1634. Aos pés dos Alpes, Oberammergau -pequena cidade do interior da Baviera, ao sul da Alemanha - acor-da preparada para cumprir uma promessa de fé feita quando boa

parte da sua população é dizimada pela peste bubônica durante a Guerrados Trinta Anos (1618-1648). Com olhos e mãos elevados aos céus, ossobreviventes fazem um clamor a Jesus: se forem salvos da epidemia, talconquista será celebrada com a encenação no local, pelos seus habitan-tes, da passagem de Cristo pela Terra - a vida, o sofrimento, a morte, aressurreição - de dez em dez anos. A promessa se cumpriu. E se cumpreaté hoje com a Paixão de Cristo de Oberammergau. Um espetáculo comcinco horas e meia de duração.

Do outro lado do mundo, no Nordeste do Brasil, a Paixão da Alemanhachega, mas de forma inspiradora, ao comerciante pernambucano Epami-nondas Mendonça, contagiando-o para a realização da encenação da

via-crúcis de Jesus durante a Semana Santa, na Fazenda Nova, muni-cípio do Brejo da Madre de Deus, no agreste de Pernambuco. Era 1951.O espetáculo invade a vila pela primeira vez como O drama do calvário.Simples, criativo, familiar.

No elenco, com o figurino restrito a lençois brancos do pequeninohotel pertencente aos Mendonça, um dos filhos do comerciante, Luiz, in-corpora o papel de Jesus; seu irmão, Paulo, vem como Pilatos; a filha Nair,no papel de Nossa Senhora; Marly (esposa de Paulo) vive Madalena; Joséencena como José de Arimatéia; e a caçula, Diva, interpreta uma criançade Jerusalém e o Demônio do Horto; os figurantes vêm dos amigos da fa-mília. Todos estimulados pelo olhar e pelo gosto refinados para o teatro daentão diretora da peça, Sebastiana - esposa de Epaminondas -, adquiridosnum colégio de freiras francesas em Maceió, do qual foi aluna. Assim co-meça a história da encenação da passagem bíblica mais conhecida da hu-manidade representada no coração do agreste pernambucano, que viria ase transformar, anos depois, no maior e mais famoso espetáculo teatral acéu aberto do mundo: a Paixão de Cristo de Nova Jerusalém.

A sociedade

A Paixão de Cristo de Nova

Jerusalém, a mais famosa

encenação teatral a céu aberto,

este ano ganhou o título de

patrimônio cultural e imaterial

de Pernambuco. Por trás dessa

magnífica produção,

que atrai ao Nordeste brasileiro

plateias do mundo inteiro, está

um grupo formado por membros

de uma mesma família, que se

dedica há 50 anos à continuidade

e ao aprimoramento desse

evento, transformado em tradição

SONHO - APaixão de CristodoBrejo da Madre de Deus teve detranspor limites para se consolidarcomo uma atração única, surpreen-dente; para conquistar o Brasil e omundo; para deixar as ruas deFazenda Nova e continuar brilhan-do nos palcos da mais encantado-ra cidade-teatro ao ar livre doPlaneta. Limites que foram supera-dos pelo sonho - de pedra - do ofi-cial gaúcho da Força AéreaBrasileira (FAB) e jornalista autodi-data Plínio Pacheco, idealizador daconstrução na vila pernambucana,no início dos anos 60, de uma per-feita réplica da cidade de Jerusalémpara a encenação do espetáculo -emoldurada por montanhas, cerca-da de rochas, com vegetação rastei-ra e clima semiárido, assim comoa Judéia. Um sonho que, assimcomo a promessa dos alemães, setornou real com a apresentação,há mais de quatro décadas, da en-cenação, que, das ruas para a es-trutura teatral ao ar livre, foi bati-zada como A Paixão de Cristo emNova Jerusalém. Por trás dessa gran-diosa produção, que emocionagente dos quatro cantos domundo, está um grupo que é sódedicação e incansáveis “mimos”à peça: a Sociedade Teatral de Fa-zenda Nova (STFN). (E.B.)

Continua nas páginas B2 e B3.

por trás do espetáculo

Cidade-teatro de Nova Jerusalém foi criada pelo gaúcho Plínio Pacheco; complexo com mais de dez cenários é réplica de onde viveu Jesus

Peça é encenada pela primeira vez em 1951, nas ruas de Fazenda Nova

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JORNALO JORNALOVariedadesDomingo, 4 de abril de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaall--aall..ccoomm..bbrr || e-mail: [email protected] BB22

A sociedade carrega há 50anos o bastão de envolvimentodos Pacheco com a arte dramá-tica, gerindo com firmeza ecompetência todo o complexoque envolve a Nova Jerusalém:o teatro, o espetáculo e aPousada da Paixão - eleganteabrigo dos atores que partici-pam da encenação. A sua ma-triarca, a pernambucana nasci-da em Fazenda Nova DivaPacheco - filha mais nova deEpaminondas e esposa de Plínio-, traz a arte dramática nas veias,tanto que já interpretou váriospersonagens na peça bíblica,desde a criança de Jerusalématé Nossa Senhora, além de con-tribuir com os figurinos e ade-reços dos atores, como joias echapéus. Hoje com 71 anos, amulher que mais deu vida aossonhos do visionário gaúcho eautora do livro Réu, réu, réu, sedessa eu escapei, já sei que vou parao céu (1972) - onde conta comuma linguagem atraente umpouco da história da sua vida -, tornou-se a diva do teatro dePlínio.

Dos seis filhos do casal -Geórgia (Xuruca), Nena, Robin-son, Paschoal, Flávio e Pedro -amante de teatro e consideradoos “pais” da Nova Jerusalém,dois deles vivem na linha defrente da sociedade, comandan-do magistralmente o espetácu-lo. O atual presidente daSociedade Teatral de FazendaNova, produtor-executivo e co-ordenador-geral da Paixão deCristo, Robinson Pacheco, contaque a STFN foi criada não sópara gerir o espetáculo, comotambém para ajudar na cons-trução da cidade-teatro de NovaJerusalém.

“Foi realmente um sonhomuito difícil para o meu paiconstruir esse teatro ao ar livre.Ele era um homem de poucasposses e, para concretizar aideia, teve de vender a sua casano Recife e a minha mãe, asjoias”. E completa: “Ele se foi,mas nós continuamos levandomuito a sério tudo o que a gentefaz aqui. Acreditamos no sonhodo meu pai, fruto de um esfor-ço tremendo de 50 anos”, diz opresidente da sociedade, quecomeçou a participar da ence-nação do espetáculo aos 6 anosde idade, assumindo, logo de-pois, o cargo de assistente dedireção ao lado pai.

A história de amor e de en-volvimento da sociedade com apeça, com fama no mundo in-teiro, se imortaliza em mais umfilho do casal: a atriz, produto-ra de eventos, estilista e figuri-nista Georgia Mendonça Pa-checo. Conhecida no meio artís-tico como Xuruca, dentro e forado Brasil, ela desempenha umimportante papel na peça: dápersonalidade aos atores atra-vés dos figurinos criados porela.

“O meu papel na produçãoé criar, confeccionar, coordenaruma equipe que é a alma do es-petáculo, onde são usados,aproximadamente, 20 figurinosprincipais, sendo seis exclusi-vos para o ator que vive Jesus,cada um deles com uma reser-va”, explicou Xuruca à revistada Paixão de Cristo de marçodeste ano - uma publicação daSociedade Teatral de FazendaNova -, que também foi umadas estilistas e figurinistas dofilme Memorial de Maria Mourae que, ao lado da filha TicianaPacheco e da mãe - Diva -, mo-vimenta a Casa de Bamba commuito samba, nas noites reci-fenses.

Hoje, praticamente, todos osnetos dos Pacheco estão envol-vidos com a Paixão de NovaJerusalém, seja como produto-res ou como atores. E a tercei-ra geração já dá sinais de que aarte está no sangue da família.A primeira bisneta dos patriar-cas Plínio e Diva deu os primei-ros passos do seu talento parao teatro no espetáculo deste ano,como a criança de Jerusalém,na cena em que Jesus diz:“Deixai vim a mim as crianci-nhas”. (E.B.)

Continua na página B3

Continuação da página B1

Filhos do teatrotrazem a arte dramática nas veias

O embrião do espetáculo no agreste pernambucano foi inspirado na Paixão de Cristo da Alemanha e tinha como tema O Drama no Calvário. No elenco, os Mendonça - Luiz (Jesus), Paulo (Pilatos), Nair (Nossa Senhora), Marly (Maria

Madalena), José (José Arimatéria) e Diva (criança de Jerusalém e Demônio do Horto) -, atores da família que deu origemà encenação da peça no município do Brejo da Madre de Deus

Fotos: Arquivo pessoal

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JORNALO JORNALOVariedadesDomingo, 4 de abril de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaall--aall..ccoomm..bbrr || e-mail: [email protected] BB33

Acada ano, a sociedade de-monstra ainda mais empenhopara a celebração da Paixão deCristo de Nova Jerusalém - com osseus mais de dez gigantescoscenários -, em especial neste2010, quando o teatro e o espe-táculo tornaram-se patrimôniocultural e imaterial de Pernam-buco. Uma conquista que resul-tou em mais renovações no tea-tro, como melhorias no sistemade iluminação cênica, reinsta-lação geral do moderno siste-

ma de som, além da renovaçãogeral das 800 peças que com-põem o figurino e os adereços.

Entre um deslocamento eoutro nos palcos das cenas,mais novidades na muralha depedras de quatro metros de al-tura - com 70 torres de sete me-tros cada uma -, equivalente aum terço da área murada daJerusalém original, onde Jesusviveu os seus últimos dias. Ocenário do templo veio modi-ficado com a colocação de

piras, que permaneceram ace-sas durante toda a cena; incen-sos perfumaram todo o am-biente, favorecendo ainda maisa atmosfera religiosa doTemplo Sagrado de Jerusalém;e a Via-Sacra sofreu uma pe-quena mudança de local, me-lhorando a visibilidade dascenas e facilitando o desloca-mento do público.

A Paixão de Cristo de NovaJerusalém encerrou as suas apre-sentações no final da tarde de

ontem, mas certamente conti-nuará construindo, junto a suasociedade, uma história deamor e dedicação por muitos elongos anos, iluminada pelosencantos e pela magia do tea-tro. Uma página na cultura nor-destina que vem sendo dese-nhada, construída e transmiti-da de geração a geração. (E.B.)

(*) A jornalista viajou a conviteda Secretaria de Turismo dePernambuco.

Continuação da página B2

“É uma homenagem maisque justa e, ao mesmo tempo,um grande reconhecimento àideia desse gaúcho, que veiodo Rio Grande do Sul paramarcar a vila com o seu espí-rito de luta, persistência, cora-gem, sensibilidade e amor àarte”. Assim é definido oMonumento Plínio Pacheco, er-guido na cidade-teatro de NovaJerusalém pela SociedadeTeatral de Fazenda Nova em2003 - um ano após a morte do“patriarca” de um dos maio-res acontecimentos teatrais bí-blicos. A obra-de-arte é umaforma de imortalizar a históriada família e da sociedade deteatro, emoldurando a grande-za e a importância para o con-

texto sociocultural de Pernam-buco e do País da representa-ção impecável da trajetória deCristo na Terra.

Criada pelo cenógrafoOctávio Catanho, com a assi-natura do artista plástico JoséCaxiado, a escultura traz a fi-gura de Plínio Pacheco a cava-lo, empunhando um megafo-ne, construída em concretosob uma estrutura de ferro dedois metros, totalizando cincometros de altura, e pesandocerca de três toneladas. A es-tátua está fixada numa basegiratória, o que permite a suamovimentação em direção acada cena, durante o espetácu-lo, e com iluminação especial.(E.B.)

Monumento imortaliza história da família“Essa família segue passando de geração a

geração o amor pelo teatro, fazendo com quetudo sobreviva nos mínimos detalhes e com muitadedicação, e acaba presenteando nós, como ato-

res desse magnífico espetáculo. Para mim, participar da Nova Jerusalém virou um ideal”.

Dig Druta - Maria Madalena

Estátua do idealizador Plínio Pacheco foi erguida na cidade-teatro

“É um espetáculo de grande magnitude, fruto deum trabalho de anos da família Pacheco, feitocom muita dignidade. Quando cheguei aqui me

arrepiei, sobretudo com a emocionante recepção. Sinto-me privilegiado de participar

do maior teatro aberto do mundo”.

Paulo César Grande - Pôncio Pilatos

“O projeto, a ideia da família Pacheco, me emocionaram. É surpreendente”.

Suzana Vieira - Maria, mãe de Jesus

“Sou apaixonado por essa família. Criei laçosprofundos com ela. Me fascinou conhecer a

história de quem idealizou o maior teatro a céuaberto no agreste pernambucano.

Vejo Nova Jerusalém como algo muito forte simbolicamente. É uma história transformadora,

perfeita, fantástica”.

Eriberto Leão - Jesus

Novidades: murada e templo foram modificados

A Paixão de Cristo de NovaJerusalém encerrou as suasapresentações no final da tarde de ontem

O grande espetáculo conta commais de dez gigantescos cenários

Fotos do espetáculo: João Castelo Branco/Divulgação

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JORNALO JORNALOVariedadesDomingo, 4 de abril de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaall--aall..ccoomm..bbrr || e-mail: [email protected] BB33

Acada ano, a sociedade de-monstra ainda mais empenhopara a celebração da Paixão deCristo de Nova Jerusalém - com osseus mais de dez gigantescoscenários -, em especial neste2010, quando o teatro e o espe-táculo tornaram-se patrimôniocultural e imaterial de Pernam-buco. Uma conquista que resul-tou em mais renovações no tea-tro, como melhorias no sistemade iluminação cênica, reinsta-lação geral do moderno siste-

ma de som, além da renovaçãogeral das 800 peças que com-põem o figurino e os adereços.

Entre um deslocamento eoutro nos palcos das cenas,mais novidades na muralha depedras de quatro metros de al-tura - com 70 torres de sete me-tros cada uma -, equivalente aum terço da área murada daJerusalém original, onde Jesusviveu os seus últimos dias. Ocenário do templo veio modi-ficado com a colocação de

piras, que permaneceram ace-sas durante toda a cena; incen-sos perfumaram todo o am-biente, favorecendo ainda maisa atmosfera religiosa doTemplo Sagrado de Jerusalém;e a Via-Sacra sofreu uma pe-quena mudança de local, me-lhorando a visibilidade dascenas e facilitando o desloca-mento do público.

A Paixão de Cristo de NovaJerusalém encerrou as suas apre-sentações no final da tarde de

ontem, mas certamente conti-nuará construindo, junto a suasociedade, uma história deamor e dedicação por muitos elongos anos, iluminada pelosencantos e pela magia do tea-tro. Uma página na cultura nor-destina que vem sendo dese-nhada, construída e transmiti-da de geração a geração. (E.B.)

(*) A jornalista viajou a conviteda Secretaria de Turismo dePernambuco.

Continuação da página B2

“É uma homenagem maisque justa e, ao mesmo tempo,um grande reconhecimento àideia desse gaúcho, que veiodo Rio Grande do Sul paramarcar a vila com o seu espí-rito de luta, persistência, cora-gem, sensibilidade e amor àarte”. Assim é definido oMonumento Plínio Pacheco, er-guido na cidade-teatro de NovaJerusalém pela SociedadeTeatral de Fazenda Nova em2003 - um ano após a morte do“patriarca” de um dos maio-res acontecimentos teatrais bí-blicos. A obra-de-arte é umaforma de imortalizar a históriada família e da sociedade deteatro, emoldurando a grande-za e a importância para o con-

texto sociocultural de Pernam-buco e do País da representa-ção impecável da trajetória deCristo na Terra.

Criada pelo cenógrafoOctávio Catanho, com a assi-natura do artista plástico JoséCaxiado, a escultura traz a fi-gura de Plínio Pacheco a cava-lo, empunhando um megafo-ne, construída em concretosob uma estrutura de ferro dedois metros, totalizando cincometros de altura, e pesandocerca de três toneladas. A es-tátua está fixada numa basegiratória, o que permite a suamovimentação em direção acada cena, durante o espetácu-lo, e com iluminação especial.(E.B.)

Monumento imortaliza história da família“Essa família segue passando de geração a

geração o amor pelo teatro, fazendo com quetudo sobreviva nos mínimos detalhes e com muitadedicação, e acaba presenteando nós, como ato-

res desse magnífico espetáculo. Para mim, participar da Nova Jerusalém virou um ideal”.

Dig Druta - Maria Madalena

Estátua do idealizador Plínio Pacheco foi erguida na cidade-teatro

“É um espetáculo de grande magnitude, fruto deum trabalho de anos da família Pacheco, feitocom muita dignidade. Quando cheguei aqui me

arrepiei, sobretudo com a emocionante recepção. Sinto-me privilegiado de participar

do maior teatro aberto do mundo”.

Paulo César Grande - Pôncio Pilatos

“O projeto, a ideia da família Pacheco, me emocionaram. É surpreendente”.

Suzana Vieira - Maria, mãe de Jesus

“Sou apaixonado por essa família. Criei laçosprofundos com ela. Me fascinou conhecer a

história de quem idealizou o maior teatro a céuaberto no agreste pernambucano.

Vejo Nova Jerusalém como algo muito forte simbolicamente. É uma história transformadora,

perfeita, fantástica”.

Eriberto Leão - Jesus

Novidades: murada e templo foram modificados

A Paixão de Cristo de NovaJerusalém encerrou as suasapresentações no final da tarde de ontem

O grande espetáculo conta commais de dez gigantescos cenários

Fotos do espetáculo: João Castelo Branco/Divulgação

NOVA

Page 25: OJORNAL 04/04/2010

Golbery Lessa

Nasci maceioense, em 1967, no Trapiche daBarra. Fui para Coruripe com poucos dias devida. Lá moravam meus pais, prósperos

comerciantes. Fiquei quatro anos naquela cidade, atéque viemos para a capital em 1972. Passamos a morarna Gruta de Lourdes, bairro que começava a ser habi-tado. Há filhos que constituem a própria personalida-de de modo a negar os traços subjetivos dos pais. Nãoé o meu caso. Sintetizei na minha personalidade a per-cepção prática e moderna de meu pai, sempre preocu-pado com a modificação da realidade, que nele seexpressa no empreendedorismo, e a visão de minhamãe, um olhar também moderno preocupado com aquestão social, a ciência e a literatura. Quando vireihistoriador e socialista, o meu marxismo não pôde serromântico, não pôde igualmente ser positivista, rígi-do, e despreocupado com os grupos e temas que estãofora da classe operária. Cada historiador socialista temseu próprio marxismo, que tem relação com seu con-texto subjetivo e objetivo formado pela família, ogênero, a etnia, a classe, a cidade, a região e a nação.

Creio que a minha localização social e geográfica,tanto a origem da minha família em Coruripe quantoa profissão dos meus pais, bem como ser pioneiro naGruta, um bairro de periferia, mesmo que uma perife-ria de classe média, tem uma relação íntima com o quepenso sobre Alagoas. Foi um bom mirante para ver asentranhas do capitalismo alagoano naquela novaetapa de acumulação. Corriam os anos darepressão política e do milagre econômico daditadura militar. Lembro das comitivas levan-do o ditador de plantão pela AvenidaFernandes Lima. Minha família tinha muitaproximidade com a União DemocráticaNacional (UDN), principalmente Arnon deMelo e Leda Collor de Melo, ou seja, com asforças adversárias dos trabalhistas e do PartidoComunista Brasileiro (PCB). De formaçãogetulista na infância, minha mãe mudou e pas-sou a ter proximidade ideológica com as lide-ranças liberais. Meu nome tem a ver com avida e a cabeça dos meus pais na quadra histó-rica em que nasci. Acabei apreciando a ironia de pen-sar o oposto da doutrina do general homônimo egosto da sonoridade do nome, mas às vezes me causaproblemas.

Havia elementos que me impressionavam no meubairro. Antes de tudo, a violência no trânsito. Antes demudarmos para um quarteirão mais bucólico, morá-vamos à beira da Avenida Fernandes Lima, primeiracasa da Rua Abelardo Pontes de Lima, em frente aoretorno perto do atual Hiper Bompreço Farol. As pes-soas ainda não sabiam lidar com o novo momento dotrânsito. Depois soube que o próprio código de trânsi-to era péssimo, protegia o motorista e não o pedestre.Via muitos trabalhadores morrerem atropelados nafrente da minha casa. Era ponto de passagem de mui-tos operários da construção civil e de empresas próxi-mas, como a Mecânica Pesada Continental e aCristalvidro. Lembro de ter visto um homem ser atro-pelado. Morreu bem próximo, amparado por minhamãe. Ela tinha sido funcionária da Legião Brasileira deAssistência (LBA) e sempre fora uma espécie de enfer-meira das populações pobres de Coruripe. Com osolhos de hoje, percebo que o seu gesto tornou-me sim-bolicamente irmão daquele operário. Minha valoriza-ção dos trabalhadores relaciona-se com as origens daminha família, já que meus pais vieram de núcleosfamiliares de camponeses e assalariados.

Lembro das vacas pastando nas ruas. Era umarealidade muito contraditória: tinha medo do trânsitoe do gado. Mas não era um medo que paralisava.Subia nas árvores para fugir dos animais, ficava longedos automóveis e exigia moderação do meu pai quan-do ele dirigia. O lazer era nos campos de várzea, ondetínhamos uma socialização complexa com crianças devárias classes e camadas sociais. Ia muito ao centro dacidade, principalmente para o oculista, pois minha

vista requeria exercícios freqüentes num consultórioque ficava no último andar do Edifício Brêda.Aquelas idas e vindas me deram uma vivência abran-gente e detalhada de aspectos da capital. Conheci osmendigos e as linhas de ônibus. A freqüente peregri-nação foi me tornando um apaixonado pela cidadeem que nasci. Passei a ter uma paixão eterna porMaceió, com se ela fosse minha primeira namorada.Só me sinto em mim mesmo quando ando por suasruas. Já vivi em Recife, Campinas e Brasília, mas ape-nas me sinto em casa quando ando pela Praça DomPedro II ou pela Rua do Sol.

As minhas primeiras preocupações teóricas relati-vas à realidade local ocorreram no contexto de umdesejo de ajudar os pobres da periferia. Entre os quin-ze e dezoitos anos de idade minhas iniciativas foramno sentido de participar da vida dos bairros periféri-cos, fazer assistência social e promover hortas comuni-tárias. Colaborei até com cursos de catecismo e inven-tei campanhas para a alfabetização de adultos. Possuíauma inquietação no que se referia àquela realidadecontraditória e àquela miséria. Chocava-me tambémcom a miséria espiritual das classes dominantes. Oliberalismo conservador hegemônico na sociedadecivil alagoana promovido a uma pretensa sabedoriainsuperável pela classe média e a burguesia pareceu-me sempre uma farsa. Modernidade sem democracia égenuíno avanço social? Modernidade com ideologia

do favor e perseguição aos adversários políti-cos? Percebi cedo que a sofisticação da elite ala-goana é superficial; os modos finos convivemcom o mandonismo, a superexploração dostrabalhadores e o uso de assassinos de aluguel.Compreendi isso muito antes de ler o texto “AsIdéias fora de lugar”, de Roberto Schwarz, umdos autores brasileiros que mais admiro; tam-bém antes de conhecer São Bernardo, deGraciliano, Ninho de Cobras, de Lêdo Ivo, e OAnjo Americano, de Luis Gutenberg.

O sistema educacional também foi umbom observatório. Estudei durante toda aminha vida escolar no Colégio Santíssimo

Sacramento, instituição fundada pela IgrejaCatólica no início do século XX como o objetivo deconformar a consciência da burguesia maceioense apartir dos valores católicos (Cf. Medeiros, FernandoAntônio de. O Homo Inimicus: Igreja Católica, açãosocial e imaginário anticomunista em Alagoas.Maceió: Edufal, 2007). Já adulto, passei a refletirsobre a natureza daquela instituição. Meus colegaseram da elite econômica, intelectual e política dacidade. Eu chegava como um novo rico, filho de umself-made man, proveniente de uma nova burguesiade origem interiorana e habitante de um subúrbiode classe média. Foi um choque interessante, escla-recedor para quem aos poucos começou a questio-nar a natureza das relações sociais na cidade e noEstado. Mas não foi nada traumático, exceto por umou outro episódio; guardo uma grande afeição pelosmeus colegas e professores. Como a infância e a ado-lescência são fases nas quais os indivíduos não exer-cem um papel econômico ativo, as crianças e adoles-centes das várias classes e estratos não reproduzemos principais conceitos e preconceitos de seu gruposocial e, mais importante, constituem-se em poten-ciais janelas epistemológicas para verdades escondi-das pelos adultos (Cf. Schwarz, Roberto. DuasMeninas. SP: Cia das Letras, 1997). Esse fenômenoparece explicar porque não senti como insuportávelo ambiente no interior de um colégio marcado porvalores burgueses, mesmo que filtrados pelo catoli-cismo conservador, que tem uma dimensão anticapi-talista. Aquele filtro católico parece ter funcionadocomo um ponto de apoio para criticar o liberalismo,o que me fez paquerar o romantismo católico deesquerda e outras formas de religião preocupadascom a questão social, tendência que não prosperouna idade adulta devido aos ambientes modernos daminha casa e da Universidade Federal de Alagoas(UFAL).

JORNALO JORNALO

BB44

Es açopDomingo, 4 de abril de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaa

UMAS POUCAS PALAVRAS

AlagoanidadeO texto de Golbery Lessa é importante na medida em que

apresenta sua inquietação quanto à natureza de nosso processohistórico, enfocando o atributo da alagoanidade ou, conforme en-tendemos, aquilo que caracteriza a condição histórica do local aponto de evidenciar a sua particularização. É texto polêmico e, nacerta, merecerá discussão. Foi produzido a partir de depoimentodado ao Grupo de Registro da Memória Alagoana, integrante doAgenda/Alagoas. Golbery é um dos representantes do que vemsendo pensado em Alagoas no campo do marxismo. Pela abran-gência do texto, pela motivação polêmica, Espaço decidiu publi-car – em três números - a matéria e a importância do depoimen-to mencionado e que foi ampliado pelo autor.

Dialética da alagoanid

A barba stulti discit tonsor

“Passei a

ter uma

paixão

eterna por

Maceió”

Quando entrei na UFAL, em 1986, aspreocupações de cunho assistencialistae de viés liberal transformaram-se emconvicções socialistas, principalmente apartir da leitura dos clássicos da histo-riografia. O que me convenceu a usar omarxismo como ontologia, ciência so-cial histórica e método foi o estudo daRevolução Gloriosa e da RevoluçãoFrancesa, não foi a leitura sobre aRevolução Russa. A reflexão sobre as re-voluções burguesas e os seus teóricos,como John Locke e J. J. Rousseau, me es-clareceu sobre a grandeza e os limitesdo liberalismo. O marxismo surgiu paramim como o natural continuador dosideais iluministas. Se vivesse num capi-talismo do tipo clássico, talvez nuncachegasse a essa conclusão, já que essesistema social não apareceria tão desti-

tuído de positividades. Fiz, portanto,minha revolução permanente particu-lar. Aproximei-me do pensamento deCaio Prado Jr. referente às singularida-des do capitalismo no Brasil, bem comoda abordagem do professor JoséChasin, que trouxe para Alagoas nosanos 1980 uma espécie de súmula datradição marxista sobre a particularida-de do capitalismo nacional, com a sofis-ticação de explicitar as dimensões filo-sóficas do tema.

Fui muito impactado pela teoria daparticularidade do capitalismo brasilei-ro, que é uma construção de todos osgrandes pensadores nacionais, comoTavares Bastos, Joaquim Nabuco, SérgioBuarque de Holanda, Caio Prado Jr.,Manoel Bonfim, Gilberto Freyre e Flo-restan Fernandes. É um equívoco imagi-

nar que aqudos pesquirio sobre Oem nada onas obras dBrasil ConBrasil muitJoaquim N

INQUIalgum temca tinha dinhas inquiEntendi qufinge que tema da papara quemcompletudmais severcom as exc

“Rousseau, me esclareceu sobre a

Page 26: OJORNAL 04/04/2010

BB55aallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

O que faz GolberyGolbery Lessa, 43, graduado em História pela UFAL, Doutor

em Ciências Sociais pela Unicamp. Pertence ao quadro técnico doMinistério do Planejamento Orçamento e Gestão, onde exerce ocargo de Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governa-mental. É membro colaborador do Grupo de Pesquisa Trabalho eCapitalismo Contemporâneo, da UFAL.

dade (I)

uela teoria seja uma invençãoisadores reunidos no seminá-

O Capital, na USP. Sem forçaros textos, podemos encontrardos autores de Formação dontemporâneo e Raízes dotas idéias de Tavares Bastos e

Nabuco.

IETAÇÕES - Depois dempo, percebi que essa temáti-

iretamente a ver com as mi-ietações relativas a Alagoas.ue a realidade local é uma es-

impõe mais fortemente oarticularidade do capitalismo

m deseja decifrá-la, já que a in-de da modernidade aqui é

a do que em outros Estados,ceções do Piauí e do Mara-

nhão. O tema nacional vinha da minhaconexão com o local.

A realidade alagoana grita a dialéti-ca do atraso e do progresso, do arcaicoe do moderno, a dialética da democra-cia e do mandonismo, e coloca emxeque os paradigmas que procuramdar explicações esquemáticas. O pensa-mento não dialético gira mais em falsoem Alagoas do que em outras realida-des. Não há positivismo, de direita oude esquerda, que explique a carroçaque trafega na Avenida FernandesLima constituída por uma caixa de ma-deira, pneus de automóvel, molas decaminhão, arreios do tempo dos enge-nhos e o indefectível pangaré. Aqui ocientista está entre Hegel e a icognosci-bilidade. Dialética ou nada. É esse fenô-meno que explica a hegemonia que

uma determinada interpretação dopensamento de G. Luckács obteve nointerior do marxismo alagoano a partirdos anos 1990. Como se sabe, foi esse fi-lósofo quem melhor demonstrou a fer-tilidade de algumas conexões entreHegel e Marx, principalmente no livroHistória e Consciência de Classe, obrafundadora do chamado marxismo oci-dental. A situação da intelectualidadehúngara do início do século XX, épocade formação de G. Luckács, era tão an-gustiante quanto a da intelectualidadealagoana dos séculos XX e XXI: o capi-talismo só mostrava seus aspectos ne-gativos e a burguesia não queria a revo-lução democrática (Cf. Löwy, Michel.Para uma Sociologia dos IntelectuaisRevolucionários: a evolução política deLukács, 1909-1929. SP: LECH, 1979).

a grandeza e os limites do liberalismo”

Até no movimento estudantil, seara dostradicionais partidos de esquerda e do “pra-ticismo”, nós “luckacsianos” obtivemos sig-nificativa influência. Essa influência seriamais fértil em termos de ciência e política sealguns de nós percebêssemos que o estudodo local é um dos melhores pontos de apoiopara uma postura dialética; a análise de umausina de açúcar remeterá o estudante maisfacilmente para todos os grandes conceitosuniversais do que a exegese dos textos dojovem Marx. A exegese deve ter caráter ape-nas propedêutico, exceto no campo da filoso-fia. Não faz muito sentido uma dissertaçãoou tese de serviço social, sociologia ou histo-riografia sobre aspectos do pensamento filo-sófico de Luckács ou de Marx, exceto quandose discute as bases epistemológicas dessasdisciplinas; essas áreas deveriam estudar es-sencialmente os seus objetos e não suas refe-rências teóricas universais. Passou a existirno marxismo alagoano um curioso imperia-lismo da filosofia sobre as ciências humanase um exagero no estudo e na exposição dométodo dialético em detrimento da análisede objetos particulares por meio dele, o quecontraria várias das recomendações metodo-lógicas básicas de Marx.

O livro O Capital não começa comum capítulo sobre as dimensões onto-lógicas do trabalho, inicia com umaanálise sobre o trabalho na sociedadecapitalista, ou seja, o seu autor conce-be que o essencial é desvelar o objetoparticular e não ficar fazendo repetiti-vos comentários sobre a ontologia e ométodo. Quem sabe nadar, pula naágua. O cientista que entendeu algoda obra de Lukács intitulada Por umaontologia do ser social, básica para aatualização do marxismo, precisaabrir a janela e estudar o mundo enão ficar fazendo glosas à margemdesse livro. No caso alagoano, a tradição filo-sófica que exagera o momento da epistemo-logia demonstra ser tão enraizada na cons-ciência social que engana até seus maioresadversários, os quais alardeiam a primaziado ser sobre o conhecer, mas nunca colocarisso em prática; constituem uma corrente de-fensora da perspectiva ontológica que, defato, não realiza a ontologia, pois não conse-gue provar na prática que uma ciência guia-da por uma perspectiva ontológica é maisfértil do que uma ciência guiada pela pers-pectiva contrária.

Em Alagoas, o marxismo está fazendomuito sucesso entre determinado grupo de“cristãos-novos” da revolução, pessoas quedescobriram sua vocação revolucionária apósmilitarem década na direita ou no centro e co-meçam a ganhar dividendos institucionaiscom a nova postura. Passaram a ser tão cren-tes como Saulo depois da estrada deDamasco. Como sempre ocorre, a multiplica-ção dos conversos diminui a sua qualidademédia. Com algumas exceções, reconciliam-se com a moda científica local e os novosgurus da academia enquanto continuamapoiando o status quo com sua omissão rela-tiva aos graves problemas do capitalismo ala-goano.

Trata-se de uma espécie de “marxismo

como negócio” (Cf. Darnton, Robert. OIluminismo como negócio: história da publicaçãoda Enciclopédia 1755-1800. SP, Cia das Letras,1996). Um dos muitos indícios da abrangên-cia dessa postura (que tem a complacência devários marxistas históricos locais ou alagoa-dos, na bela expressão de Fernando Fiúza) é aausência de iniciativas intelectuais e políticasdesses “cristãos-novos” durante a presentecrise da Assembléia Legislativa de Alagoas.Não fizeram sequer um seminário, ou mesmopalestra, sobre o mandonismo e o clientelis-mo na realidade alagoana. Em troca, se empe-nharam em dezenas de debates e publicaçõessobre “a crise estrutural do capitalismo”. Ésempre mais cômodo e inútil enfrentar o capi-talismo sem ponto de apoio algum na realida-de empírica. Somente por meio do enfrenta-mento de suas manifestações particulares eregionalmente delimitadas se pode combatero capitalismo como um todo. O internaciona-lismo não pode ser a negação das lutas nacio-nais e locais, mas o resultado da articulaçãodessas lutas. Arevolução mundial não ocorre-rá em águas internacionais, onde não existemfronteiras e sociedade; acontecerá em territó-rios habitados por povos diferentes que arti-

cularão suas lutas. Os aludidos “cristãos-novos”

ainda distorcem a correta tese mar-xiana sobre os limites da emancipa-ção política (revolução democrática)em relação à emancipação humana(revolução socialista) para não faze-rem absolutamente nada na arenapolítica local e, dessa forma, não im-portunarem parentes e aliados con-servadores no interior da burocraciae da sociedade civil. Como emAlagoas o Estado de Direito é resi-dual, é fácil para um alagoano inter-

pretar a crítica marxiana dos limites doconceito de cidadania e de política a partir dodesprezo conservador às instituições demo-cráticas e republicanas. Esse fenômeno pare-ce explicar a condescendência quase geral emrelação ao desprezo desses “marxistas” emrelação à política e às reivindicações demo-cráticas dos oprimidos que lhes estão próxi-mos, o que transforma o marxismo em umavariante mais sistemática e curiosamente cor-data de anarquismo. É um “marxismo-anar-quismo” com “considerações de apreço aoSenhor Diretor” (Cf.. Bandeira, Manuel.Poética, in. Estrela da Vida Inteira. RJ: NovaFronteira, 1997).

O estudo do local compromete de modomais verdadeiro o cientista com um ponto devista ético e revolucionário, já que o colocacontra os poderosos que lhe estão próximos.O proverbial sindicato do crime não vai que-rer atentar contra a vida de um pesquisadorpelo fato deste defender a revolução mundial.Quanto mais “universal” for o cientista,quanto menos pesquisar a exploração do tra-balho e o mandonismo no seu espaço, maisestará seguro na sua cátedra e mais facilmen-te garantirá sua integridade física. Os podero-sos adoram o “cosmopolitismo abstrato” nointerior da esquerda, gostam particularmentedo marxismo acadêmico, fechado em concei-tos universais, absorto em estratégias planetá-rias, alienado da realidade local.

“É mais cômodo e inútil enfrentar o capitalismosem ponto de apoio na realidade empírica”

“(...)estudo

do local é

um dos

melhores

pontos de

apoio para

uma postura

dialética”

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TTVV AABBEERRTTAA

EDUCATIVA Canal 306h00 - Via Legal06h30 - Brasil Eleitor07h00 - Palavras de Vida08h00 - A Santa Missa09h00 - Viola Minha Viola10h00 - A Turma do Pererê10h30 - Poko11h00 - Castelo Rá-Tim-Bum11h30 - Janela Janelinha12h00 - ABZ do Ziraldo12h45 - Curta Criança13h00 - Os Heróis da Praia13h30 - Papo de Mãe14h30 - Cultura Ponto a Ponto

15h00 - Stadium16h00 - Assim que Funciona16h30 - Expedições17h00 - Ver TV18h00 - De Lá pra Cá18h30 - América Latina TalComo Somos19h00 - Som na Rural20h00 - Conexão Roberto D'Ávila21h00 - EsportVisão22h30 - Arte com Sérgio Brito23h00 - Cine Ibermédia00h45 - Curta Brasil01h45 - DOC TV

00h00 - IURD05h25 - Bíblia em Foco05h55 - Desenhos Bíblicos 06h45 - Nosso Tempo 07h15 - Desenhos Bíblicos08h00 - Record Kiks09h00 - Ponto de Luz10h00 - Alagoas da Sorte

11h00 - Informativo Cesmac11h30 - Record Kids12h30 - Tudo é Possível17h00 - Domingo Espetacular20h30 - Programa do Gugu 00h00 - Serie: Heroes01h00 - IURD

TV PAJUÇARA Canal 11

TV GAZETA

06h50 - Santa Missa 07h30 - Pequenas Empresas08h05 - Globo Rural09h00 - Auto Esporte09h30 - Esporte Espetacular12h25 - Aventuras do Didi13h00 - Os Caras de Pau13h40 - Temperatura Máxima

- Carros15h44 - Globo Notícia

15h47 - Futebol 2010- Campeonato Carioca:

Fluminense x Macaé 18h00 - Domingão do Faustão20h45 - Fantástico23h10 - SOS Emergência23h40 - Domingo Maior

- O Justiceiro01h45 - Sessão de Gala

- Maria Antonieta03h45 - Corujão

Canal 7

07h00 - Info10h30 - Brasil Caminhoneiro11h00 - Rota Sertaneja12h00 - Uma Escolinha Muito Louca13h00 - Liga dos Campeões

- Magazine UEFA13h30 - Band Esporte Clube15h30 - Futebol 201018h00 - Terceiro Tempo20h00 - Videonews

21h30 - Força Secreta22h30 - Mar Sem Fim:

Viagem À Antártica 23h25 - De Olho na Copa23h30 - Canal Livre00h30 - Mundo Fashion01h00 - Cine Band

- O Rei Urso Polar03h00 - Vida Vitoriosa

TV BANDEIRANTES Canal 38

JORNALO JORNALOVariedadesDomingo, 4 de abril de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected] BB66

[email protected]

Roteiro Artes plásticas Música Teatro Dança Cinema Literatura Artesanato

Page 28: OJORNAL 04/04/2010

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BB77Domingo, 4 de abril de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

JORNALO JORNALO

Page 29: OJORNAL 04/04/2010

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Page 33: OJORNAL 04/04/2010

Golbery Lessa

Nasci maceioense, em 1967, no Trapiche da Barra.Fui para Coruripe com poucos dias de vida. Lámoravam meus pais, prósperos comerciantes.

Fiquei quatro anos naquela cidade, até que viemos paraa capital em 1972. Passamos a morar na Gruta deLourdes, bairro que começava a ser habitado. Há filhosque constituem a própria personalidade de modo anegar os traços subjetivos dos pais. Não é o meu caso.Sintetizei na minha personalidade a percepção prática emoderna de meu pai, sempre preocupado com a modi-ficação da realidade, que nele se expressa no empreen-dedorismo, e a visão de minha mãe, um olhar tambémmoderno preocupado com a questão social, a ciência ea literatura. Quando virei historiador e socialista, o meumarxismo não pôde ser romântico, não pôde igualmen-te ser positivista, rígido, e despreocupado com os gru-pos e temas que estão fora da classe operária. Cada his-toriador socialista tem seu próprio marxismo, que temrelação com seu contexto subjetivo e objetivo formadopela família, o gênero, a etnia, a classe, a cidade, aregião e a nação.

Creio que a minha localização social e geográfica,tanto a origem da minha família em Coruripe quanto aprofissão dos meus pais, bem como ser pioneiro naGruta, um bairro de periferia, mesmo que uma perife-ria de classe média, tem uma relação íntima com o quepenso sobre Alagoas. Foi um bom mirante para ver asentranhas do capitalismo alagoano naquela nova etapade acumulação. Corriam os anos da repressãopolítica e do milagre econômico da ditaduramilitar. Como viajávamos muito para a casa dosmeus avôs, vi a Mata Atlântica ser destruídapelo Programa Nacional do Álcool (Proálcool) eum horizonte de canaviais substituir a florestaàs margens da BR 101-Sul. Lembro das comiti-vas levando o ditador de plantão pela AvenidaFernandes Lima. Minha família tinha muitaproximidade com a União DemocráticaNacional (UDN), principalmente Arnon deMelo e Leda Collor de Melo, ou seja, com as for-ças adversárias dos trabalhistas e do PartidoComunista Brasileiro (PCB). De formação getu-lista na infância, minha mãe mudou e passou a ter pro-ximidade ideológica com as lideranças liberais. Meunome tem a ver com a vida e a cabeça dos meus pais naquadra histórica em que nasci. Acabei apreciando a iro-nia de pensar o oposto da doutrina do general homôni-mo e gosto da sonoridade do nome, mas às vezes mecausa problemas.

Havia elementos que me impressionavam no meubairro. Antes de tudo, a violência no trânsito. Antes demudarmos para um quarteirão mais bucólico, moráva-mos à beira da Avenida Fernandes Lima, primeira casada Rua Abelardo Pontes de Lima, em frente ao retornoperto do atual Hiper Bompreço Farol. As pessoasainda não sabiam lidar com o novo momento do trân-sito. Depois soube que o próprio código de trânsito erapéssimo, protegia o motorista e não o pedestre. Viamuitos trabalhadores morrerem atropelados na frenteda minha casa. Era ponto de passagem de muitos ope-rários da construção civil e de empresas próximas,como a Mecânica Pesada Continental e a Cristalvidro.Lembro de ter visto um homem ser atropelado.Morreu bem próximo, amparado por minha mãe. Elatinha sido funcionária da Legião Brasileira deAssistência (LBA) e sempre fora uma espécie de enfer-meira das populações pobres de Coruripe. Com osolhos de hoje, percebo que o seu gesto tornou-me sim-bolicamente irmão daquele operário. Minha valoriza-ção dos trabalhadores relaciona-se com as origens daminha família, já que meus pais vieram de núcleosfamiliares de camponeses e assalariados.

Lembro das vacas pastando nas ruas. Era uma rea-lidade muito contraditória: tinha medo do trânsito e dogado. Mas não era um medo que paralisava. Subia nasárvores para fugir dos animais, ficava longe dos auto-móveis e exigia moderação do meu pai quando eledirigia. O lazer era nos campos de várzea, onde tínha-

mos uma socialização complexa com crianças devárias classes e camadas sociais. Ia muito ao centro dacidade, principalmente para o oculista, pois minhavista requeria exercícios freqüentes num consultórioque ficava no último andar do Edifício Brêda. Aquelasidas e vindas me deram uma vivência abrangente edetalhada de aspectos da capital. Conheci os mendigose as linhas de ônibus. A freqüente peregrinação foi metornando um apaixonado pela cidade em que nasci.Passei a ter uma paixão eterna por Maceió, com se elafosse minha primeira namorada. Só me sinto em mimmesmo quando ando por suas ruas. Já vivi em Recife,Campinas e Brasília, mas apenas me sinto em casaquando ando pela Praça Dom Pedro II ou pela Rua doSol.

As minhas primeiras preocupações teóricas relativasà realidade local ocorreram no contexto de um desejo deajudar os pobres da periferia. Entre os quinze e dezoitosanos de idade minhas iniciativas foram no sentido departicipar da vida dos bairros periféricos, fazer assistên-cia social e promover hortas comunitárias. Colaborei atécom cursos de catecismo e inventei campanhas para aalfabetização de adultos. Possuía uma inquietação noque se referia àquela realidade contraditória e àquelamiséria. Chocava-me também com a miséria espiritualdas classes dominantes. O liberalismo conservadorhegemônico na sociedade civil alagoana promovido auma pretensa sabedoria insuperável pela classe média e

a burguesia pareceu-me sempre uma farsa.Modernidade sem democracia é genuíno avan-ço social? Modernidade com ideologia do favore perseguição aos adversários políticos? Percebicedo que a sofisticação da elite alagoana é super-ficial; os modos finos convivem com o mando-nismo, a superexploração dos trabalhadores e ouso de assassinos de aluguel. Compreendi issomuito antes de ler o texto “As Idéias fora delugar”, de Roberto Schwarz, um dos autoresbrasileiros que mais admiro; também antes deconhecer São Bernardo, de Graciliano, Ninho deCobras, de Lêdo Ivo, e O Anjo Americano, deLuis Gutenberg.

O sistema educacional também foi um bomobservatório. Estudei durante toda a minha vida esco-lar no Colégio Santíssimo Sacramento, instituição fun-dada pela Igreja Católica no início do século XX comoo objetivo de conformar a consciência da burguesiamaceioense a partir dos valores católicos (Cf.Medeiros, Fernando Antônio de. O Homo Inimicus:Igreja Católica, ação social e imaginário anticomunistaem Alagoas. Maceió: Edufal, 2007). Já adulto, passei arefletir sobre a natureza daquela instituição. Meuscolegas eram da elite econômica, intelectual e políticada cidade. Eu chegava como um novo rico, filho de umself-made man, proveniente de uma nova burguesiade origem interiorana e habitante de um subúrbio declasse média. Foi um choque interessante, esclarecedorpara quem aos poucos começou a questionar a nature-za das relações sociais na cidade e no Estado. Mas nãofoi nada traumático, exceto por um ou outro episódio;guardo uma grande afeição pelos meus colegas e pro-fessores. Como a infância e a adolescência são fases nasquais os indivíduos não exercem um papel econômicoativo, as crianças e adolescentes das várias classes eestratos não reproduzem os principais conceitos e pre-conceitos de seu grupo social e, mais importante, con-stituem-se em potenciais janelas epistemológicas paraverdades escondidas pelos adultos (Cf. Schwarz,Roberto. Duas Meninas. SP: Cia das Letras, 1997). Essefenômeno parece explicar porque não senti como insu-portável o ambiente no interior de um colégio marca-do por valores burgueses, mesmo que filtrados pelocatolicismo conservador, que tem uma dimensão anti-capitalista. Aquele filtro católico parece ter funcionadocomo um ponto de apoio para criticar o liberalismo, oque me fez paquerar o romantismo católico de esquer-da e outras formas de religião preocupadas com aquestão social, tendência que não prosperou na idadeadulta devido aos ambientes modernos da minha casae da Universidade Federal de Alagoas (UFAL).

JORNALO JORNALO

B2 B3

Es açopDomingo, 4 de abril de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: [email protected]

UMAS POUCAS PALAVRAS

AlagoanidadeO texto de Golbery Lessa é importante na medida em que

apresenta sua inquietação quanto à natureza de nosso processohistórico, enfocando o atributo da alagoanidade ou, conforme en-tendemos, aquilo que caracteriza a condição histórica do local aponto de evidenciar a sua particularização. É texto polêmico e, nacerta, merecerá discussão. Foi produzido a partir de depoimentodado ao Grupo de Registro da Memória Alagoana, integrante doAgenda/Alagoas. Golbery é um dos representantes do que vemsendo pensado em Alagoas no campo do marxismo. Pela abran-gência do texto, pela motivação polêmica, Espaço decidiu publi-car – em três números - a matéria e a importância do depoimen-to mencionado e que foi ampliado pelo autor.

O que faz GolberyGolbery Lessa, 43, graduado em História pela UFAL, Doutor

em Ciências Sociais pela Unicamp. Pertence ao quadro técnico doMinistério do Planejamento Orçamento e Gestão, onde exerce ocargo de Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governa-mental. É membro colaborador do Grupo de Pesquisa Trabalho eCapitalismo Contemporâneo, da UFAL.

Dialética da alagoanidade (I)

A barba stulti discit tonsor

“Passei ater umapaixão

eterna porMaceió”

Quando entrei na UFAL, em 1986, aspreocupações de cunho assistencialistae de viés liberal transformaram-se emconvicções socialistas, principalmente apartir da leitura dos clássicos da histo-riografia. O que me convenceu a usar omarxismo como ontologia, ciência so-cial histórica e método foi o estudo daRevolução Gloriosa e da RevoluçãoFrancesa, não foi a leitura sobre aRevolução Russa. A reflexão sobre as re-voluções burguesas e os seus teóricos,como John Locke e J. J. Rousseau, me es-clareceu sobre a grandeza e os limitesdo liberalismo. O marxismo surgiu paramim como o natural continuador dosideais iluministas. Se vivesse num capi-talismo do tipo clássico, talvez nuncachegasse a essa conclusão, já que essesistema social não apareceria tão desti-

tuído de positividades. Fiz, portanto,minha revolução permanente particu-lar. Aproximei-me do pensamento deCaio Prado Jr. referente às singularida-des do capitalismo no Brasil, bem comoda abordagem do professor JoséChasin, que trouxe para Alagoas nosanos 1980 uma espécie de súmula datradição marxista sobre a particularida-de do capitalismo nacional, com a sofis-ticação de explicitar as dimensões filo-sóficas do tema.

Fui muito impactado pela teoria daparticularidade do capitalismo brasilei-ro, que é uma construção de todos osgrandes pensadores nacionais, comoTavares Bastos, Joaquim Nabuco, SérgioBuarque de Holanda, Caio Prado Jr.,Manoel Bonfim, Gilberto Freyre e Flo-restan Fernandes. É um equívoco imagi-

nar que aquela teoria seja uma invençãodos pesquisadores reunidos no seminá-rio sobre O Capital, na USP. Sem forçarem nada os textos, podemos encontrarnas obras dos autores de Formação doBrasil Contemporâneo e Raízes doBrasil muitas idéias de Tavares Bastos eJoaquim Nabuco.

INQUIETAÇÕES - Depois dealgum tempo, percebi que essa temáti-ca tinha diretamente a ver com as mi-nhas inquietações relativas a Alagoas.Entendi que a realidade local é uma es-finge que impõe mais fortemente otema da particularidade do capitalismopara quem deseja decifrá-la, já que a in-completude da modernidade aqui émais severa do que em outros Estados,com as exceções do Piauí e do Mara-

nhão. O tema nacional vinha da minhaconexão com o local.

A realidade alagoana grita a dialéti-ca do atraso e do progresso, do arcaicoe do moderno, a dialética da democra-cia e do mandonismo, e coloca emxeque os paradigmas que procuramdar explicações esquemáticas. O pensa-mento não dialético gira mais em falsoem Alagoas do que em outras realida-des. Não há positivismo, de direita oude esquerda, que explique a carroçaque trafega na Avenida FernandesLima constituída por uma caixa de ma-deira, pneus de automóvel, molas decaminhão, arreios do tempo dos enge-nhos e o indefectível pangaré. Aqui ocientista está entre Hegel e a icognosci-bilidade. Dialética ou nada. É esse fenô-meno que explica a hegemonia que

uma determinada interpretação dopensamento de G. Luckács obteve nointerior do marxismo alagoano a partirdos anos 1990. Como se sabe, foi esse fi-lósofo quem melhor demonstrou a fer-tilidade de algumas conexões entreHegel e Marx, principalmente no livroHistória e Consciência de Classe, obrafundadora do chamado marxismo oci-dental. A situação da intelectualidadehúngara do início do século XX, épocade formação de G. Luckács, era tão an-gustiante quanto a da intelectualidadealagoana dos séculos XX e XXI: o capi-talismo só mostrava seus aspectos ne-gativos e a burguesia não queria a revo-lução democrática (Cf. Löwy, Michel.Para uma Sociologia dos IntelectuaisRevolucionários: a evolução política deLukács, 1909-1929. SP: LECH, 1979).

“Rousseau, me esclareceu sobre a grandeza e os limites do liberalismo”

Até no movimento estudantil, seara dostradicionais partidos de esquerda e do “pra-ticismo”, nós “luckacsianos” obtivemos sig-nificativa influência. Essa influência seriamais fértil em termos de ciência e política sealguns de nós percebêssemos que o estudodo local é um dos melhores pontos de apoiopara uma postura dialética; a análise de umausina de açúcar remeterá o estudante maisfacilmente para todos os grandes conceitosuniversais do que a exegese dos textos dojovem Marx. A exegese deve ter caráter ape-nas propedêutico, exceto no campo da filoso-fia. Não faz muito sentido uma dissertaçãoou tese de serviço social, sociologia ou histo-riografia sobre aspectos do pensamento filo-sófico de Luckács ou de Marx, exceto quandose discute as bases epistemológicas dessasdisciplinas; essas áreas deveriam estudar es-sencialmente os seus objetos e não suas refe-rências teóricas universais. Passou a existirno marxismo alagoano um curioso imperia-lismo da filosofia sobre as ciências humanase um exagero no estudo e na exposição dométodo dialético em detrimento da análisede objetos particulares por meio dele, o quecontraria várias das recomendações metodo-lógicas básicas de Marx.

O livro O Capital não começa comum capítulo sobre as dimensões onto-lógicas do trabalho, inicia com umaanálise sobre o trabalho na sociedadecapitalista, ou seja, o seu autor conce-be que o essencial é desvelar o objetoparticular e não ficar fazendo repetiti-vos comentários sobre a ontologia e ométodo. Quem sabe nadar, pula naágua. O cientista que entendeu algoda obra de Lukács intitulada Por umaontologia do ser social, básica para aatualização do marxismo, precisaabrir a janela e estudar o mundo enão ficar fazendo glosas à margemdesse livro. No caso alagoano, a tradição filo-sófica que exagera o momento da epistemo-logia demonstra ser tão enraizada na cons-ciência social que engana até seus maioresadversários, os quais alardeiam a primaziado ser sobre o conhecer, mas nunca colocarisso em prática; constituem uma corrente de-fensora da perspectiva ontológica que, defato, não realiza a ontologia, pois não conse-gue provar na prática que uma ciência guia-da por uma perspectiva ontológica é maisfértil do que uma ciência guiada pela pers-pectiva contrária.

Em Alagoas, o marxismo está fazendomuito sucesso entre determinado grupo de“cristãos-novos” da revolução, pessoas quedescobriram sua vocação revolucionária apósmilitarem década na direita ou no centro e co-meçam a ganhar dividendos institucionaiscom a nova postura. Passaram a ser tão cren-tes como Saulo depois da estrada deDamasco. Como sempre ocorre, a multiplica-ção dos conversos diminui a sua qualidademédia. Com algumas exceções, reconciliam-se com a moda científica local e os novosgurus da academia enquanto continuamapoiando o status quo com sua omissão rela-tiva aos graves problemas do capitalismo ala-goano.

Trata-se de uma espécie de “marxismo

como negócio” (Cf. Darnton, Robert. OIluminismo como negócio: história da publicaçãoda Enciclopédia 1755-1800. SP, Cia das Letras,1996). Um dos muitos indícios da abrangên-cia dessa postura (que tem a complacência devários marxistas históricos locais ou alagoa-dos, na bela expressão de Fernando Fiúza) é aausência de iniciativas intelectuais e políticasdesses “cristãos-novos” durante a presentecrise da Assembléia Legislativa de Alagoas.Não fizeram sequer um seminário, ou mesmopalestra, sobre o mandonismo e o clientelis-mo na realidade alagoana. Em troca, se empe-nharam em dezenas de debates e publicaçõessobre “a crise estrutural do capitalismo”. Ésempre mais cômodo e inútil enfrentar o capi-talismo sem ponto de apoio algum na realida-de empírica. Somente por meio do enfrenta-mento de suas manifestações particulares eregionalmente delimitadas se pode combatero capitalismo como um todo. O internaciona-lismo não pode ser a negação das lutas nacio-nais e locais, mas o resultado da articulaçãodessas lutas. Arevolução mundial não ocorre-rá em águas internacionais, onde não existemfronteiras e sociedade; acontecerá em territó-rios habitados por povos diferentes que arti-

cularão suas lutas. Os aludidos “cristãos-novos”

ainda distorcem a correta tese mar-xiana sobre os limites da emancipa-ção política (revolução democrática)em relação à emancipação humana(revolução socialista) para não faze-rem absolutamente nada na arenapolítica local e, dessa forma, não im-portunarem parentes e aliados con-servadores no interior da burocraciae da sociedade civil. Como emAlagoas o Estado de Direito é resi-dual, é fácil para um alagoano inter-

pretar a crítica marxiana dos limites doconceito de cidadania e de política a partir dodesprezo conservador às instituições demo-cráticas e republicanas. Esse fenômeno pare-ce explicar a condescendência quase geral emrelação ao desprezo desses “marxistas” emrelação à política e às reivindicações demo-cráticas dos oprimidos que lhes estão próxi-mos, o que transforma o marxismo em umavariante mais sistemática e curiosamente cor-data de anarquismo. É um “marxismo-anar-quismo” com “considerações de apreço aoSenhor Diretor” (Cf.. Bandeira, Manuel.Poética, in. Estrela da Vida Inteira. RJ: NovaFronteira, 1997).

O estudo do local compromete de modomais verdadeiro o cientista com um ponto devista ético e revolucionário, já que o colocacontra os poderosos que lhe estão próximos.O proverbial sindicato do crime não vai que-rer atentar contra a vida de um pesquisadorpelo fato deste defender a revolução mundial.Quanto mais “universal” for o cientista,quanto menos pesquisar a exploração do tra-balho e o mandonismo no seu espaço, maisestará seguro na sua cátedra e mais facilmen-te garantirá sua integridade física. Os podero-sos adoram o “cosmopolitismo abstrato” nointerior da esquerda, gostam particularmentedo marxismo acadêmico, fechado em concei-tos universais, absorto em estratégias planetá-rias, alienado da realidade local.

“É mais cômodo e inútil enfrentar o capitalismosem ponto de apoio na realidade empírica”

“(...)estudodo local é

um dos melhorespontos deapoio para

uma postura dialética”

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EsportesEsportesEsportesJORNALO LO JORNA

Domingo, 4 de abril de 2010 | wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm | e-mail: [email protected]

Caça ao líderPrecisando vencer para tentar voltar ao G-4, CRBenfrenta hoje o Murici, melhor time do campeonato

Páginas 4 e 5Marco Antônio

Page 35: OJORNAL 04/04/2010

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JORNALO LO JORNAEsportesDomingo, 4 de abril de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

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PELÉ ALFINETA O TÉCNICO MARADONA

Pelé não perde a oportunidade de alfinetar Maradona, e vice-versa.Eles deram uma trégua quando o Rei do futebol foi ao programa do“Pibe”, em 2005, mas os ataques e contra-ataques não demorarama voltar à baila. No mês passando, o jornal inglês The Times api-mentou a polêmica ao divulgar uma pesquisa que aponta Maradonacomo o jogador mais decisivo da história das Copas. Pelé foi o se-gundo.

Pois bem, na última quarta-feira, o Rei resolveu falar sobre seuvelho rival. Apresentado como comentarista do SBT para a Copa,ele afirmou que Maradona não estava preparado para ser treinador.Para envenenar suas flechas, enalteceu a força da seleção argentina.

Polêmicas à parte, Pelé fez apenas uma constatação lógica.Maradona é o responsável direto pela crise que a seleção argentinasofreu no ano passado. Ele tem talentos incontestáveis nas mãos, comoMessi, Di Maria, Aguero, Tevez e Veron, mas não consegue mon-tar uma equipe competitiva. Não fossem as graves deficiências do trei-nador, pela geração que tem, a Argentina estaria, ao lado de Brasile Espanha, entre os franco-favoritos para levantar a taça da Copa.

MISSÃO ARGENTINA

Na primeira fase da Copa, a Argentina caiu num gruporelativamente fácil. O time estreia no dia 12 de junho contraa Nigéria; cinco dias depois, pega a Coreia do Sul e fechasua participação nessa etapa do Mundial no dia 22, contra aGrécia.

BASE

A base da Argentinapara o Mundial deve ser de-senvolvida a partir do timeque venceu a Alemanha noamistoso do dia 3 de março.A equipe atuou com: SergioRomero; Nicolas Otamendi,Demichelis (Burdisso),Samuel e Heinze (ClementeRodriguez); Mascherano,Veron (Bolatti), Gutierrez eDi Maria; Lionel Messi eHiguain (Carlos Tevez).

BAIXA NA ESPANHA

Craque do Arsenal, CescFabregas é outro jogadorque corre sério risco de nãoir à Copa. Ele forçou seuretorno contra o Barcelona,na última quarta-feira, eacabou sentindo outra veza lesão no joelho. O joga-dor, um dos destaques daseleção espanhola, disseque dificilmente volta aatuar nesta temporada eu-ropeia.

Além de Fabregas, o atacante Wayne Rooney se machu-cou na semana passada. A lesão do jogador inglês deve afastá-lo dos gramados por um mês.

Na última quarta-feira, o presidente da CBF, RicardoTeixeira, disse que o Estádio do Morumbi ainda não temcondições de abrir a Copa de 2014. Vai precisar mudar o pro-jeto para não perder o duelo com o Mineirão, de Belo Horizonte.

Apesar de estarem jogando muito bem, Paulo HenriqueGanso e Neymar não têm a menor chance de irem à Copa.Dunga considera que tempo é patente para um atleta fazer partedo grupo. Como eles não foram devidamente testados, con-cordo com a posição do treinador.

CURTO-CIRCUITO

Messi é atualmenteo melhor jogadordo mundo

Com os feitos da última tem-porada e as ótimas atuações nasúltimas semanas, os elogios aMessi viraram rotina. No últi-mo domingo, o técnico do De-portivo La Coruña, Miguel Àn-gel Lotina, chegou a dizer que ojogador do Barcelona é melhordo que Maradona. “É o maiscompleto que alguma vez vijogar. Ele é mais rápido e habi-lidoso”, afirmou.

A declaração rendeu. Cole-gas de clube e jornalistas con-cordaram com o treinador, e atéMessi comentou a situação, deolho no Mundial da África doSul: “Para se tornar uma lenda,você precisa conquistar uma

Copa do Mundo. Eu acabei decompletar 22 anos. Tudo estáacontecendo muito rapidamen-te e é preciso manter a calma”,afirmou.

Com três títulos espanhois,duas Ligas dos Campeões daEuropa, um Mundial Sub-20 euma medalha de ouro nasOlimpíadas, além do prêmio demelhor jogador da última tem-porada, Messi realmente já deusinais que tem tudo para per-tencer ao rol de supercraqueshistóricos. Tanto que, entre 11grandes nomes desse seletogrupo, apenas Pelé tinha currí-culo superior ao do argentinocom a mesma idade. Maradona,

Beckenbauer, Zico, Platini, Zida-ne, Ronaldinho.... nenhum delesgozava, com 22 anos, do prestí-gio já obtido pelo barcelonista.

PELÉ – Aos 22 anos, Pelé erabicampeão mundial com a se-leção brasileira. Foi artilheiro daequipe no Mundial de 1958. Nacampanha de 1962, fez um go-laço na estreia contra o México,mas se machucou na segundapartida e não atuou mais noChile. Com a camisa do Santos,já havia vencido tudo: seisCampeonatos Paulista, duasvezes a Taça Brasil, dois TorneiosRio-São Paulo, duas Liberta-dores e um Mundial.

Talentoso e precoce Aos 22 anos, apenas Pelé era superior ao argentino Messi

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33Domingo, 4 de abril de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

JORNALO LO JORNAEsportes

Segundona não garante patrocíniosDe acordo com o presidente

executivo alvinegro, o fato de oASA estar na Série B, uma com-petição onde apenas 20 clubes adisputam e que tem as partidastransmitidas pela televisão, nãogarantiu ao time arapiraquense,pelo menos até agora, o poderde barganha para conseguir umpatrocinador de maior vulto nocenário nacional. Ele explica omotivo.

“É simples: o ASAé um timenovo na competição e ainda nãodesperta o interesse das grandesempresas. Nesse primeiro ano, é

necessário fazer uma boa compe-tição e se estabelecer. Na tempo-rada seguinte, acredito, podere-mos barganhar um patrocíniomaior para a camisa do time. Porenquanto, estamos trabalhandocom o que temos”, declarou Zéda Danco. E o que ASA tem emtermos de patrocinador é umaquantia aproximada de R$ 45mil, distribuídos pelos cincoanunciantes: Catol, Grupo Co-ringa, Unimed Arapiraca e TecTubo. Destas, porém, a Unimede a Tec Tubo têm contrato até ofim do Estadual. As demais estão

vinculadas ao clube até dezem-bro. As incertezas impedem queo dirigente estabelecer valor dafolha e quantidade de reforços.

“Nem poderemos falar de re-forços agora porque a competi-ção local está em pleno vapor.Seria complicado fazer isso ago-ra. Além do mais, como disseantes, precisamos estabelecer oorçamento para, só assim, teridéia do valor da folha salarial eos gastos em geral. Hoje, no Es-tadual, temos uma folha com to-das as despesas em torno de R$130 mil”, explicou. (L.M)

Contagem regressivaFaltando um mês e três dias para início da Série B, ASA faz as contas para a competiçãoLuciano Milano

Repórter

Os campeonatos estaduaispor todo o Brasil ensaiam suasúltimas cenas nos próximos di-as. Em Alagoas, por exemplo, aprimeira fase do campeonato –Turnão - deverá ser encerradano próximo fim de semana,quando os quatro finalistas dacompetição serão conhecidos.

Fim de competição regional ésinal de que as disputas emnível nacional estão por vir. Emano de Copa do Mundo, a Con-federação Brasileira de Futebol(CBF) já divulgou o calendáriodas duas principais divisões: asséries A e B.

Já os campeonatos brasilei-ros da Terceira e Quarta Divisõesdevem ter início apenas por voltado mês de agosto. Por Alagoas,

estão certas as participações deASA e CRB, na Segunda e Ter-ceira Divisões, respectivamente.Já o representante do Estado naSérie D (Alagoas só tem um) seráconhecido apenas com o fim doEstadual no início de maio.

Para não fazer na difícil e con-corrida competição nacional, de-partamento de futebol alvinegroe comissão técnica se reúnem napróxima segunda-feira, em Ara-

piraca, onde começarão a traçaro planejamento visando à SérieB. O time Alvinegro estreia nodia 7 de maio, contra a Ponte Pre-ta, provavelmente em Arapiraca.Quem confirma a reunião é opresidente-executivo José Olivei-ra, o Zé da Danco.

“Estamos nessa reta final doEstadual, mas a Série B bate ànossa porta porque já estamosem abril e estrearemos na Segun-

dona em maio, com a Ponte Pre-ta. Claro que já vimos conver-sando sobre algo com o Vica paraa competição, como reforços, masnada foi colocado, de fato, no pa-pel. Para o planejamento, preci-samos confirmar o apoio do Go-verno do Estado (R$ 70 mil) equanto a CBF irá disponibilizarpara os clubes mensalmente (de-ve ser entre R$ 80 mil e R$ 90mil)”, explicou Zé da Danco.

Vica vai ainda indicar alguns reforços para a Série B

Marco Antônio

Nordestão deve seroficializado amanhãVictor Mélo

Editor de Esportes

A Copa do Nordeste deveter seu retorno acertado a-manhã. O presidente da Liga,Eduardo Rocha, informouque a competição deve serdisputada por três meses,provavelmente a partir do dia20 de junho, e contará com aparticipação de 16 clubes.Entre os times estão CSA,

CRB e Corinthians-AL. Amanhã, o dirigente e al-

guns representantes dasFederações do Nordeste vãose reunir com o presidente daCBF, Ricardo Teixeira, paraoficializar a competição. Deacordo com Rocha, a Con-federação já deu sinal verdepara o Nordestão em troca daretirada de uma ação movi-da pelos clubes no valor deR$ 20 milhões.

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EsportesDomingo, 4 de abril de 2010 | wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: esportes@

Deu empate naprimeiro partida

Na fase dos jogos de ida,o CRB arrancou um empatepor 1 x 1 contra o Murici.“Sabemos da importânciadesse jogo, que pode signifi-car a classificação inédita doMurici para a decisão docampeonato, e temos que nosprecaver. O CRB é um adver-sário muito forte quando atuaem casa, e o empate não seriaum mau resultado, já quevamos decidir nossa sortecontra o Santa Rita, na últimarodada, em Murici. Apesarda boa vantagem, os jogado-res estão com os pés no chãoe conscientes do tamanho daresponsabilidade”, comentouo assessor de imprensa doMurici, Jailson Colácio.

O goleiro Dias continuacom uma lesão no dedo e édúvida para o jogo de hoje. Oreserva Dinho já está de so-breaviso. O meia Everlan re-cebeu o terceiro cartão ama-relo e deve ser substituídohoje por Da Silva ou Ninho.

O volante Paulo Foiani re-cuperou a condição de titularcom a chegada de CelsoTeixeira e está animado paraa partida desta tarde. “Comose diz por aí, o jogo deste do-mingo contra o Murici seráo da vida do CRB, de nós jo-gadores e de todos os funcio-nários. Porque, se não ven-cermos, a classificação paraa segunda fase do Cam-peonato Alagoano ficaráainda mais difícil. Por isso,temos que nos preparar beme entrar com todo o gás con-tra o Murici. Como eles lide-ram e fazem o último jogoem casa, vão entrar emcampo com menos responsa-bilidade, e isso poderá tor-nar nossa missão mais com-plicada”, declarou o volantePaulo Foiani.

O CRB ainda tem a possi-bilidade de ultrapassar oCoruripe, que recebe hoje oCorinthians-AL, às 16h. Se oHulk perder as duas partidasque lhe restam, e o Galo ven-cer uma e empatar outra, con-seguirá ganhar a corrida con-tra o Hulk. (V.M)

Alta tensãoCRB e Murici fazem um duelo que pode

decidir hoje o campeão do Primeiro Turno

Victor Mélo

Editor de esportes

OCRB precisa vencer seus próxi-mos dois compromissos noCampeonato Alagoano para au-

mentar as chances de garantir a classi-ficação à fase final da competição. OGalo tem 27 pontos na tabela, mesmapontuação do Corinthians-AL, masperde o quarto posto no saldo de gols:8 x 5. Para tirar essa vantagem do Timão,o Galo precisa fazer o dever de casa apartir de hoje, às 15h, na Pajuçara, con-tra o líder Murici.

A partida é complicada para oGalo. O adversário desta tarde faz ex-celente campanha e precisa dos trêspontos para conquistar o título do

Turnão. Apostando na força de seuataque, o Murici deve preparar hojeuma armadilha para o CRB. Aordemdo técnico Edson Ferreira é explorara ansiedade do adversário e buscar avitória em estocadas rápidas, puxa-das pelo meia Gustavo. Na frente, olíder do campeonato conta com umadupla bem afinada: Peixinho eAlexsandro. O primeiro é o vice-ar-tilheiro do campeonato, com novegols, e o segundo foi o grande desta-que da última rodada, marcando duasvezes na vitória por 3 x 0 sobre o CSE.

O técnico Celso Teixeira tem quequebrar a cabeça para neutralizar aspeças ofensivas do Murici e ainda terforça para vencer o duelo. Para compli-car a tarefa, ele não vai contar com o la-

teral-esquerdo Rafinha e o meia HiltonMineiro. Os substitutos devem ser, res-pectivamente, Fábio Jonas e RodrigoBatata. Sem Mineiro, o Galo perde emcriatividade no meio-campo, mas ganhaem marcação e velocidade com a opçãode Batata. A boa notícia para Celso é oretorno do volante Eder, que cumpriususpensão na partida contra oPenedense, no último sábado. Alémdele, o treinador do Galo também temo retorno do atacante Reinaldo Ratinho,mas ambos devem ficar no banco de re-servas.

“Precisamos ainda melhorar algunsaspectos, como fazer no jogo, com per-feição e concentração, as situações si-muladas nos treinamentos”, comen-tou Celso Teixeira.

GGUUIIAA DDOO

TTOORRCCEEDDOORR

X

QQuuaannddoo:: hojeHHoorraa:: às 15hOOnnddee:: Estádio Severiano Gomes Filho,na Pajuçara

CCRRBB – Filipe; Ítalo, Alexandre Luz eRogério Correa; Léo (Kaymmy), PauloFoiani, Jonathan, Rodrigo Batata eFábio Jonas (Yure); Edmar eWellington. Técnico: Celso Teixeira.

MMuurriiccii - Dinho, Gueba, Sinval, Nadoe Paulinho; Serginho, Branco, Gustavoe Da Silva (Ninho); Alexsandro ePeixinho. Técnico: Edson Ferreira.

Marco Antônio

Celso observa treino de finalizaçãona Pajuçara

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JORNALO LO JORNA

@ojornal-al.com.br

Corinthians Alagoano enfrenta hoje o Coruripe O Corinthians Alagoano con-

seguiu reagir na reta final doCampeonato Estadual, mas preci-sa ainda de duas vitórias para con-firmar sua vaga no G-4. Hoje, oTimão tem um confronto diretocom o Coruripe, às 16h, no EstádioGerson Amaral, em Coruripe.

O Hulk soma 30 pontos na ta-bela, contra 27 do Tricolor. Se batero adversário desta tarde, oCorinthians coloca mais lenha nadisputa e deixa o Coruripe tam-bém correndo risco de não passarde fase.

O Alviverde ainda tem uma pe-quena chance de conquistar oTurnão, mas, para isso, precisa ven-cer seus dois próximos jogos eainda torcer por dois tropeços dolíder Murici. O Corinthians ocupaa quarta colocação, com 27, ga-nhando do CRB apenas no saldode gols.

“Não podemos descansar. OCorinthians vem numa crescente enão pode perder um ritmo”, co-mentou o atacante Catanha.

A novidade no grupo doTimão é o volante Madson, que serecuperou de uma lesão no torno-zelo e briga hoje por uma vagano time com Sidney. Outra boanotícia é o retorno do zagueiroEverton, que cumpriu suspensão

automática na partida com oIpanema.

O Coruripe conta nesta tardecom o retorno do volante Léo, dozagueiro Diguinho e do meiaNilson, que cumpriram suspensãoe devem voltar ao time titular. Abaixa é o volante Bétson, que sofreu

uma lesão no joelho na partida doúltimo domingo contra o ASA. Omeio-campista Jaelson tambémestá entregue ao DepartamentoMédico e só deve voltar na últimarodada.

CORINTHIANS-AL -Ander-

son; Maisena, Everton, Daniel Meloe Kaique; Sidney (Madson), Lucas,Daniel e Ciel; Tozin e Catanha.

CORURIPE- Harley; Chiqui-nho, Leandro, Diguinho e Peri; Léo,Stanley, Fabinho e Nilson; Ivan eEdson Di. (V.M)

Dois jogos envolvem os clubes ameaçados

O Ipanema é o único clube doEstadual que já está pensando napróxima temporada. Com 20 pon-tos, o Canarinho não tem maischances de chegar ao G-4 ou de serrebaixado. Hoje, às 15h, o time ape-nas cumpre tabela contra o deses-perado União, que soma apenasdoze pontos na tabela e corre sériorisco de queda.

O jogo vai ser disputado emMaceió, no Estádio Nelson PeixotoFeijó, porque o Ipanema perdeudois mandos de campo em julga-mento realizado pelo Tribunal deJustiça Desportiva.

DESESPERO – Lutando contrao rebaixamento, Penedense e SantaRita jogam hoje, às 15h, em Boca

da Mata. Os visitantes estão deses-perados na competição, com ape-nas 11 pontos e segurando a lanter-na. O Santa venceu o União na se-mana passada, chegou aos 14 pon-tos e, se vencer a partida de hoje,escapa do risco de descer.

ÚLTIMA RODADA – A últi-ma rodada terá cinco partidassendo realizadas no mesmo horá-rio: às 15h, provavelmente sábado.Os jogos vão ser União x Coruripe,ASA x Corinthians-AL, Penedensex Ipanema, CRB x CSE e Murici xSanta Rita. De acordo com o regu-lamento, os quatro primeiros colo-cados disputam a segunda fase, eos dois últimos vão ser rebaixadospara a Segunda Divisão. (V.M)

CAMPEONATO ALAGOANO

GGRRUUPPOO 11 PP JJ VV EE DD GGPP GGCC SS %%1 Murici 35 16 11 2 3 29 13 16 72%2 ASA 31 16 9 4 3 34 19 15 64%3 Coruripe 30 16 9 3 4 39 29 10 62%4 Corinthians-AL 27 16 8 3 5 30 22 8 56%5 CRB 27 16 8 3 5 24 19 5 56%6 Ipanema 20 16 6 2 8 21 35 -14 41%7 CSE 17 16 4 5 7 17 29 -12 35%8 Santa Rita 14 16 3 5 8 18 25 -7 29%9 União 12 16 3 3 10 23 35 -12 25%

10 Penedense 11 16 3 2 11 18 29 -11 22

HHOOJJEE15h Ipanema x União-AL

15h Santa Rita x Penedense15h CRB x Murici

16h Coruripe-AL x Corinthians-AL

Artilheiro: Wellington (CRB) - 14 golsAAttuuaalliizzaaddaa aanntteess ddoo jjooggoo CCSSEE xx AASSAA

O Corinthians Alagoano entrou na penúltima rodada do Trunão ocupando a quarta colocação na tabela

Marco Antônio

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JORNALO LO JORNAEsportesDomingo, 4 de abril de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

Tem reforço na área Robinho participa de coletivo do Santos, e decisão sobre sua volta fica para hoje à tarde

O atacante Robinho temtudo para voltar ao time doSantos na partida de hoje, con-tra o São Caetano, que será rea-lizado no estádio Anacleto Cam-panella, às 18h30. O jogador, queperdeu as últimas quatro parti-das da equipe (Remo, Ituano,Botafogo e Monte Azul) porcausa de uma lesão na coxa, par-ticipou normalmente do coleti-vo realizado comandado pelotécnico Dorival Júnior na manhãde quinta-feira, no CT Rei Pelé.

Robinho foi o substituto dePaulo Henrique Ganso, queestá suspenso pelo terceiro car-tão amarelo e terá de cumprirsuspensão automática no finalde semana. Com isso, o treina-dor voltou a usar seu trio defrente, formado por Neymar,André e o ex-jogador do Man-chester City.

O time teve outra novidadeno treinamento: Bruno Aguiarformou a dupla de zaga comEdu Dracena, já que Durval fezum trabalho de fortalecimen-to muscular à parte. O ex-bequedo Sport, no entanto, não seráproblema para a próxima par-tida.

O time que disputou o co-letivo foi: Felipe; Pará, EduDracena, Bruno Aguiar e Léo;Arouca, Wesley e Marquinhos;

Neymar, André e Robinho.Nesta tarde, Dorival Júnioranunciará se o camisa 7 volta-rá ao time ou não.

DENGUE – A suspeita deque Giovanni estava com den-gue, levantada na semana pas-sada, se confirmou. A epide-mia que assola a cidade deSantos contaminou o jogador.Ele realizou um exame de so-rologia e o resultado saiu naquarta-feira, pela noite. De re-pouso há cerca de uma sema-na, o meia não poderá fazer es-forços, mas deve voltar aos trei-nos amanhã.

De acordo com a assessoriade imprensa do Peixe, Giovannijogou o amistoso contra o RedBull (EUA), no dia 20, com fe-bre. Quando voltou para Santos,os sintomas da doença se agra-varam e a possibilidade de den-gue foi levantada.

Com a confirmação docaso, o jogador perde maisalguns jogos em sua últimapassagem pelo Peixe. Até omomento, ele atuou em cincopartidas e fez um gol. Comoseu contrato com o Alvinegrotermina no dia quatro deagosto, tudo indica que aaposentadoria do meia estápróxima.

AAGGEENNDDAA

DDEE HHOOJJEE

CCaammppeeoonnaattoo IInnggllêêss

11h00 Fulham x Wigan

11h00 Birmingham x Liverpool

12h00 Everton x West Ham

CCaammppeeoonnaattoo EEssppaannhhooll

12h00 Valladolid x Villarreal

12h00 Sporting de Gijón x Xerez

12h00 Getafe x Espanyol

12h00 Almería x Mallorca

12h00 Valencia x Osasuna

14h00 Racing Santander x Real Madrid

16h00 Atlético de Madri x La Coruña

CCaammppeeoonnaattoo PPeerrnnaammbbuuccaannoo

16h Cabense x Sport

16h Ypiranga-PE x Santa Cruz-PE

16h Araripina x Salgueiro

16h Central x Porto-PE

16h Sete de Setembro x Vera Cruz

16h Vitória-PE x Náutico

CCaammppeeoonnaattoo AAllaaggooaannoo

15h Ipanema x União

15h Santa Rita x Penedense

15h CRB x Murici

16h Coruripe x Corinthians-AL

CCaammppeeoonnaattoo PPaauulliissttaa

11h Monte Azul x Mogi Mirim

16h São Paulo x Botafogo-SP

16h Ituano x Corinthians

18h30 São Caetano x Santos

18h30 Bragantino x Grêmio Prudente

18h30 Ponte Preta x Mirassol

CCaammppeeoonnaattoo EEssttaadduuaall ddoo RRiioo

16h Fluminense x Macaé

16h Duque de Caxias x Vasco

16h Americano-RJ x Resende

16h Botafogo x Bangu

16h América-RJ x Volta Redonda

16h Tigres do Brasil x Boavista-RJ

16h Friburguense x Flamengo

O atacante Robinho está fora da equipe do Santos há quatro partidas

CARIOCA

GGRRUUPPOO 11 PP JJ VV EE DD GGPP GGCC SS %%1 Flamengo 19 7 6 1 0 18 5 13 902 Fluminense 16 7 5 1 1 16 8 8 763 Bangu 13 7 4 1 2 12 9 3 614 Duque de Caxias 12 7 4 0 3 7 6 1 575 Boavista 9 6 3 0 3 10 8 2 506 Olaria 9 7 3 0 4 5 9 -4 427 Americano 8 7 2 2 3 9 12 -3 388 Volta Redonda 7 7 2 1 4 8 9 -1 33

GGRRUUPPOO 22 PP JJ VV EE DD GGPP GGCC SS %%1 Botafogo 13 6 4 1 1 11 6 5 722 Vasco 12 7 4 0 3 10 6 4 573 América-RJ 11 7 3 2 2 10 8 2 524 Macaé 9 7 3 0 4 11 12 -1 425 Tigres 6 7 2 0 5 8 12 -4 286 Resende 6 7 2 0 5 5 17 -12 287 Friburguense 5 7 1 2 4 7 13 -6 238 Madureira 4 7 1 1 5 4 11 -7

Atualizada antes do jogo Olaria x Madureira

PERNAMBUCANO

Eduardo enche a bolada torcida do Sport

Que a torcida do Sport jogajunto com o time, isso é de co-nhecimento quase geral. Maso reconhecimento vem tambémde quem está dentro de campo.Autor do segundo gol do Leãona vitória por 2 x 0 sobre oSanta Cruz, no domingo, naIlha do Retiro, o meia exaltoua força das arquibancadas eainda propôs um desafio aosadversários.

“Tenho certeza que sempreencontraremos essa força no es-tádio, essa torcida que temos.Assim vai ser difícil ganhar dagente. Pode até acontecer, mas

vai ser difícil”, disse o meia,que foi um dos destaques dojogo.

Mas é claro que só torcidanão ganha jogo. Dentro dasquatro linhas, a boa atuação daequipe foi importante paramanter a liderança no Cam-peonato Pernambucano e ficara uma vitória de garantir a pri-meira posição, além de levar avantagem de decidir em casanas semifinais.

Líder disparado doCampeonato Pernmambucano,o Sport visita hoje o Cabense,às 16h.

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77Domingo, 4 de abril de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

JORNALO LO JORNAEsportes

FLAMENGO

Reservas esperamchance paramostrar serviço

Com a confirmação do téc-nico Andrade em utilizar umtime reserva contra o Fribur-guense, hoje, às 16h, alguns jo-gadores do Flamengo festeja-ram a oportunidade de poderatuar desde o início. O Rubro-negro só precisa de um empa-te para garantir a primeira co-locação do Grupo A da TaçaRio.

Para o atacante BrunoMezenga é mais um chance decomeçar um jogo. O jogadorchegou a atuar em algumaspartidas da Taça Guanabara,mas não teve muitas oportuni-dades durante o segundoturno.

“É uma oportunidade boa.Já conquistamos a classificação,mas ainda buscamos garantiresse primeiro lugar, e esse jogoé sim fundamental para nós. Éuma chance boa para nós quenão estamos jogando normal-mente, e vou procurar me sairbem se realmente jogar”, disseo camisa 37 ao site do clube.

Já o também atacante DênisMarques poderá novamenteatuar desde o início. Isso nãoacontece desde o CampeonatoBrasileiro do ano passado. Ojogador chegou para a pré-tem-porada depois dos demais etenta provar aos rubro-negrosporque foi contratado como so-lução para os problemas no ata-que em 2009. Dênis Marquesespera poder substituir oImpério do Amor.

“Fico contente. Nós sempreesperamos uma oportunidade,e se ela vier, ficarei muito feliz.A responsabilidade é grandede substituir esta dupla, mas égrande sempre que se veste acamisa do Flamengo, indepen-dente da situação”, declarou

Outro que poderá come-çar a partida é o meia Ramon.O jogador chegou para ser asombra de Petkovic, mas aca-bou nem sendo inscrito paraa primeira fase da Li-bertadores. Ele afirmou quevai pegar esta oportunidadepara mostrar serviço paraAndrade.

Treinador do Fluminense podeusar “mistão” contra o Macaé

O técnico Cuca está cheiode problemas para escalaro time do Fluminense paraenfrentar o Macaé (com TVpara Alagoas), hoje, às 16h,pela última rodada da TaçaRio, quando o Tricolor pre-cisará apenas de um empa-te para garantir a classifica-ção para as semifinais dacompetição. Fred ainda está

em recuperação no depar-tamento médico enquantoLeandro Euzébio, AndréLima e Diguinho vão cum-prir suspensão.

Cuca ainda vai decidir sepoupará Gum, Mariano eEverton, pendurados comdois cartões amarelos e pos-síveis desfalques na fase de-cisiva caso sejam advertidos.

Se decidir poupar Gum emanter o esquema 3-5-2 quevem utilizando nas últimaspartidas, o treinador do Flu-minense pode armar a zagacom Cássio, Dalton e Diogomais recuado, entrandoThiaguinho no meio-campopara substituir Diguinho.

Thiaguinho ainda podeser usado na lateral direita

caso Cuca resolva mesmopoupar Mariano. Nessecaso, Fábio Neves oumesmo Marquinho poderiaentrar no meio campo. A de-cisão sobre poupar ou nãoos advertidos com dois car-tões só será tomada pelotreinador momentos antesde o jogo começar.

O meia Carlos Alberto, que nãoparticipou da partida contra o ASA,na última quarta-feira, pela Copado Brasil, ainda não tem escalaçãodefinida na partida de hoje, às 16h,quando o Vasco da Gama enfrentao Duque de Caxias, em VoltaRedonda, pela última rodada daTaça Rio.

O jogador segue fazendo trata-mento da lesão na fíbula da pernaesquerda que o tirou de algunsdos jogos do segundo turno e vaiconversar com o técnico Gaúchosobre a conveniência da sua es-calação.

Caso não possa contar comCarlos Alberto, o treinador cruz-maltino deverá manter PhilippeCoutinho na armação das jogadas,mantendo a dupla de ataque queatuou contra a equipe alagoanaformada por Dodô e Élton. Ovolante Rafael Carioca, suspensopelo TJD por quatro jogos, está forado confronto, mas Léo Gago, quecumpriu suspensão, volta ao time.

A tendência é de que o Vascoda Gama comece a partida comFernando Prass; Elder Granja,Thiago Martinelli, Titi e MárcioCareca; Nilton, Léo Gago, Souza ePhilippe Coutinho;Elton e Dodô.Para se classificar sem dependerde outros resultados, o Vasco pre-cisa vencer a partida desta tarde.

Fazendo mistérioCarlos Alberto ainda não sabe se reforça o Vasco contra o Caxias

Carlos Albertofoi poupado nojogo contra o ASA

Page 41: OJORNAL 04/04/2010

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JORNALO LO JORNAEsportesDomingo, 4 de abril de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

Page 42: OJORNAL 04/04/2010

JORNALO LO JORNA

Jornal da TVJornal da TVJornal da TV

Pelé participa

de mais uma

Copa do Mundo:

SBT convoca

o Rei para

apresentar um

programete

da emissoraPágina 7

Maceió, domingo, 4 de abril de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: [email protected]

Page 43: OJORNAL 04/04/2010

22

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“Quando a pessoa pisa no meucalo, descarto mesmo. Esqueço

até que um dia conheci.Sou capaz de encontrar

e não cumprimentar”.Carolina Dieckmann, a Diana de “Passione”,

próxima novela das oito da Globo, sobre a famade ser uma pessoa antipática. (“RG Vogue”)

“Já tenho que cuidar de

um monte de homem

lá no 'Pânico'”.Sabrina Sato, apresentadora do “Pânico Na

TV”, da Rede TV!, ao ser questionada sobre ca-samento. (“Portal iG”)

“Abriu a votação e comecei

a votar”.Débora Secco, atriz e fã do “Big Brother Brasil

10”, confessando que votou mais de 3 mil vezespara que Dourado vencesse o “reality show”.

(“Folha Online”)

“Ah! A Grazi é ex-BBB, né?Nunca ouvi falar. Como você

conseguiu ficar com ela?”Silvio Santos, apresentador e dono do SBT, de-

bochando do ator Cauã Reymond durante aapresentação do “Troféu Imprensa”, premiação

realizada por ele para eleger os mais variadosdestaques da tevê brasileira.

“Poxa, vim até o SBT para oSilvio ficar me sacaneando?”.Cauã Reymond, o Danilo de “Passione”, próxi-ma novela das oito da Globo, expressando, em

uma entrevista, que se decepcionou com a faltade educação de Silvio Santos durante o “Troféu

Imprensa”. (“Extra”)

“Tive vários papéisinteressantes, muitasconquistas e sucesso.

Sou realizado”.Danton Mello, o Renato de “Tempos

Modernos”, da Globo, analisando sua carreirade 25 anos na emissora. (“Caras”)

“Na rua, dizem que apronto muito. Mas é o que me mandam fazer, né?”.Klara Castanho (foto), a Rafaela de “Viver a Vida”, da Globo, divertindo-se com a repercussão da menina que interpreta na trama das oito. (“Caras”)

“Projeto desembaranga 2010! Esse negócio de que amamentar emagrece é lenda pramim! Minhas amigas ficaram secas, mas a mamãe aqui tem que ralar!”.

Samara Felippo, atriz, sobre as dificuldades que tem enfrentado para voltar à boa forma depois da gravidez. (“Quem”)

“Neste ano, fiz um curso de pilotagem com Roberto Manzini. Eles se surpreenderamcom meu tempo, que foi melhor do que de muitos pilotos que estavam lá”.

Marcello Antony, que será o piloto de Stock Car Gerson em “Passione”, próxima trama das oito da Globo, vangloriando-se do seu desem-penho no laboratório para o personagem. (“IstoÉ Gente”)

“Quando a novela acabar, vou raspar a cabeça e deixar a cabeleira branca crescer”.Cássia Kiss, a Francisca de “Escrito Nas Estrelas”, da Globo, garantindo que, depois que completou 52 anos, passou a não ligar para os cabe-

los brancos. (“O Dia”)

“Sou um cara muito chato, tenho poucos amigos”.Boninho, diretor do “Big Brother Brasil 10”, da Globo, explicando por que não participaria do “reality show”. (“Contigo!”)

“Para mim, ele foi concebido por José e Maria e só depois Deus o escolheu para repre-sentar seu filho na Terra”.

Susana Vieira, atriz que viverá Maria no espetáculo “Paixão de Cristo” de Nova Jerusalém, Pernambuco, discordando que a Virgem Marianão tenha feito sexo com José para conceber Jesus. (“Jornal do Commercio”)

“Morei cinco anos em Nova Iorque. Entendo do assunto”.Patrícia Poeta, apresentadora do “Fantástico”, da Globo, explicando por que, apesar de suas roupas de gosto duvidoso, se considera uma

“expert” em Moda. (“Veja”)

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PERSONAGEM DA SEMANA

Débora Bloch analisa o perfil deKarin, papel que vive em Separação?!

06/04 – Juan Alba, 55 anos, e Nívea Stelmann, 36 anos.07/04 – Roger Gobeth, 37 anos, e Flávio Silvino,

39 anos.08/04 – Nesta data, há 38 anos, foi ao ar o último ca-

pítulo da novela "O Homem Que Deve Morrer". Escritapor Janete Clair, com direção de Daniel Filho, sendosubstituído por Milton Gonçalves, a trama se passa emPorto Azul, cidade do interior de Santa Catarina. Lá, ofalecido Ciro Valdez, interpretado por Tarcísio Meira,que em vida era casado com Esther, vivida por Glória

Menezes, reencarna como um médico que também éum mestre em religiões orientais. Ele tem sérios atritoscom Otto von Müller, papel de Jardel Filho, um vilãonazista que se envolvera com Esther. Janete Clair pre-tendia criar para o personagem principal uma trajetó-ria de vida semelhante à de Jesus Cristo, mas o argu-mento foi considerado impróprio pela Censura Federal,e boa parte dos dez primeiros capítulos foi vetada. Aautora decidiu então fazer uma adaptação de "Eram osDeuses Astronautas?", obra de Erich Von Daniken, que

tivera bastante sucesso na época. Grávida no início dasgravações, Dina Sfat permaneceu apenas um mês nanovela. "O Homem Que Deve Morrer", com a famosadupla de atores Tarcísio Meira e Glória Menezes, foimuito bem recebida pelo público. Um dos destaquesfoi a inclusão, na trama, de um transplante de coração,cirurgia realizada no Brasil pela primeira vez em 1968.O elenco conta, ainda, com Álvaro Aguiar, Ana Ariel eAntônio Pitanga, entre outros.

10/03 – Gugu Liberato, 51 anos.

ANIVERSÁRIOS DA SEMANA DE 4 A 10 DE ABRIL

Por Carla NevesPopTevê

Para Débora Bloch não há dúvidas: muitas mulheres vão se identificar com Karin, papel queinterpreta em "Separação?!", seriado que a Globo estreia na próxima sexta, dia 9, depois do"Globo Repórter". É que, segundo a atriz, a personagem tem características comuns à maioriadas mulheres casadas ou que mantêm um relacionamento sólido – como querer "discutir a re-lação" ou até mesmo implicar com as manias do marido ou namorado, por exemplo. "Ela estáem um momento da relação em que tudo o que achava bonitinho no marido vira defeito. Tudoo que ela adorava nele, agora não suporta mais", descreve a bem-humorada Débora, que, na his-tória escrita por Fernanda Young e Alexandre Machado e dirigida por José Alvarenga Jr., é ca-sada com Agnaldo, de Vladimir Brichta.

Apesar de parecer, Débora garante que o programa não é sobre discussão de relacionamen-to. "A ideia do seriado é mostrar um olhar humorado sobre essa intimidade do casal. Afinal, aKarin e o Agnaldo têm tanta falta de cerimônia que já estão chegando ao desrespeito", analisa.A falta de censura a que ela se refere inclui, entre outras coisas, confessar ao marido que odeiaa maneira como ele mastiga ou fazer escândalos em locais públicos, como restaurantes ou o es-critório onde ele trabalha. "São pequenas implicâncias do cotidiano, que, para quem vê de fora,soam até engraçadas", acredita.

Embora o programa se chame "Separação?!", Débora faz questão de frisar que Karin e Agnaldonão se separaram. "Não sabemos nem se eles vão se separar", conta. Segundo ela, o casal, quena história está junto há oito anos, na verdade, nem sabe que está em vias de se separar. "Elesnão têm consciência disso. Ainda estão ligados um ao outro. Não mais pela paixão, pelo amor.Mas pelas raivinhas, pela irritação, pelo ódio, por essas pequenas coisas", argumenta.

Pedro Paulo Figueiredo/CZN

P – Como você definiria o casal Karin eAgnaldo?

R – Eles são aquele tipo de casal ignorantesobre a relação. Que não tem a menor maturi-dade. São completamente infantis e em nenhummomento param para conversar sobre os assun-tos sérios, que realmente importam. As discussõesdeles são sempre em torno de bobagens do co-tidiano, como " por que a toalha molhada está emcima da cama?". Nunca é sobre eles. Ou seja, elesestão completamente alheios à relação.

P – O seriado é classificado como cômico.Como está sendo voltar para a comédia?

R – É voltar para casa, né? (risos) Me sinto to-talmente em casa fazendo comédia. Não que nãome sinta à vontade fazendo outro tipo de trabal-ho, mas é uma linguagem que gosto muito defazer, de trabalhar. Porque acho que tem a ver com

o meu temperamento de atriz, tem a ver com o meutemperamento de pessoa. O humor é uma coisapresente na minha personalidade. Faz parte demim esse olhar humorado e crítico das coisas. Épor isso que estou adorando tanto fazer esse seri-ado.

P – Por retratar a realidade de muitos casais,você adiciona muitas coisas nas cenas, no texto?

R – O texto é muito bem escrito. Então ele jávem pronto. É quase como uma partitura, muitoprecisa. Se você colocar qualquer coisa, atrapalha.Ele já leva você, tem ritmo. É como música. Aspausas, os silêncios, a hora que é para levantar otom, abaixar o tom... É só você entender. E eu en-tendo o texto do Alexandre e da Fernanda. E tema ver, eu acho, com a minha leitura como atriz. Éum humor que acho que entendo bem. Acho queé só respeitar e não atrapalhar.

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JORNALO LO JORNAJornal da TV

MAPA DA MINA

R a p i d i n h a s

Por Louise Araujo

JACKSON "COVER"(TV Brasil, dom, 12 h)

O "ABZ do Ziraldo" faz uma homena-

gem especial ao ídolo do "pop" americano,

Michael Jackson. O apresentador recebe o

"cover" oficial do apresentador, Rodrigo

Teaser. O artista exibe sua performance com

a música "Billie Jean" e fala sobre quando

começou a imitar Jackson.

"THE BEST"(Globo, dom, 17 h)

Os artistas que se destacaram em 2009

vão ganhar uma homenagem especial. O

"Domingão do Faustão" desse domingo

vai exibir, ao vivo, a premiação "Melhores

do Ano". Anualmente, a equipe do pro-

grama premia artistas de várias catego-

rias, entre elas: Melhor Ator, Melhor

Atriz, Melhor Comediante e Melhor

Cantor.

MÚSICA E PAPO(TV Brasil, seg, 21 h)

Lázaro Ramos entrevista a cantora

Vanessa da Mata no "Espelho" desta segun-

da. Durante o bate-papo, ela fala sobre Alto

Garças, cidade do Mato Grosso, sua terra

natal. O programa que sempre entrevista ar-

tistas e investiga assuntos que permeiam o

cotidiano do país não deixa de lado a valo-

rização da cultura negra.

CRIME EM FOCO(Record, seg, 21 h)

Nesta segunda, a Record vai exibir dois

episódios de "CSI". No "CSI: Las Vegas", o pú-

blico vai poder assistir ao último episódio da

segunda temporada da série. Nele, a equi-

pe de Grissom vai encontrar o corpo de uma

mulher com o rosto desfigurado em um car-

rinho de supermercado. Com isso, o deteti-

ve descobre que o assassino não queria so-

mente a vítima morta, mas também feia. Já

no "CSI: NY", a emissora vai exibir mais um

episódio da terceira temporada da série.

AXÉ(Globo, ter, 22 h)

A final da décima edição do "Big Brother

Brasil" vai ao ar nesta semana. Como todos

os anos, o "reality show" fecha o programa

com um show. Desta vez, a Globo chamou

a baiana Ivete Sangalo para animar a pla-

teia e os telespectadores.

SEXO EM PAUTA(TV Brasil, qua, 21:30 h)

Em "A História Sexual da MPB", o apre-

sentador Rodrigo Faour vai abordar o uni-

verso homoerótico e andrógino na música

brasileira. Para isso, ele conta com entrevis-

tas de cantores consagrados da música bra-

sileira, como Gilberto Gil, Caetano Veloso e

Erasmo Carlos.

INTERNACIONAL(MTV, qui, 20 h)

Toda semana, a MTV exibe shows do pro-

jeto "World Stage". Nesta quinta, os fãs da

música "pop" americana vão poder conferir

as apresentações do grupo Black Eyed Peas

e da cantora Lady Gaga. A festa reuniu um

público de mais de 40mil pessoas que curti-

ram, no show do Black Eyed Peas, músicas

como "Let's Get it Started", "Pump It" e "I

Gotta Feeling" e, com Lady Gaga, sucessos

como "Papparazzi" e "Poker Face".

PÁSCOA (Band, sex, 22:15 h)

A Band aproveita a Semana Santa para

exibir uma programação especial. A emis-

sora vai apresentar, durante dois dias, a série

"A Paixão de Cristo". Produzida pela BBC,

o drama vai contar os dias de agonia que

culminaram na morte e ressurreição de Jesus

Cristo.

CATÓLICO MODERNO(TVBrasil, sab, 19:30 h)

No sábado de aleluia, o "Paratodos" vai

mostrar que a música "gospel" também pode

ganhar estilos diferenciados, como o "Hip

Hop". Além disso, contará o que há em uma

degustação de história, projeto que mistura

o hábito de contar histórias e culinária em

uma livraria de São Paulo.

# O "Teen Mom" vai mostrar a continuação do episódio "GrávidaAos 16". O programa fala das dificuldades das adolescentes queengravidam na adolescência e o relacionamento com os pais. MTV,seg, 20 h.

# Vai ao ar o último episódio de "A História de Ester". Entre outrosdesfechos, a trama desta quinta vai mostrar um final feliz para Rei Assueroe Ester. Record, qui, 23 h.

# A MTV vai exibir o segundo episódio de "Jersey Shore". A sériemostra as férias de oito jovens que dividem uma casa durante o Verãonas praias de Nova Jersey. MTV, sex, 0:30 h.

# Faa Morena leva os integrantes do grupo Sorriso Maroto para uma casade boliche paulistana neste domingo, no "Ritmo Brasil". RedeTV!, dom, 18:15h.

# No clima de Páscoa, o "Viva! MTV" mostra os truques para nãodevorar ovos de chocolate em cinco minutos. MTV, ter, 23:30 h.

# A Band vai exibir a partida Arsenal x Barcelona, exibida ao vivo eem HD, pela Liga dos Campeões. Band, qua, 15:25 h.

# O episódio de "True Life" desta semana vai mostrar a vida detrês pessoas que sentem que já passou da hora de morar sozinho edeixar o teto dos pais. MTV, qui, 20 h.

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Por Carla NevesPopTevê

João Camargo já se acostumou a tera imagem associada ao riso. Afinal, em22 anos de carreira na tevê, o ator, de 50anos, coleciona vários personagens engra-çados, entre eles, o Gildo, de "Um AnjoCaiu do Céu", e o Padre Zeca, de "UgaUga". "Desde pequeno, no colégio, já imi-tava todo mundo. Era o brincalhão daturma.

Sempre tive tendência para a comé-dia", justifica o bem-humorado ator, quenasceu na Suíça, mas se naturalizou bra-sileiro. Aqueda pelo humor fez com que,mais uma vez, ele fosse chamado para in-terpretar um papel cômico em uma no-vela. Desta, vez, no entanto, em umaemissora na qual nunca havia trabalha-do: a Record. "Fiquei feliz quando soubeda possibilidade de representar oHaroldo em 'Bela, A Feia', que é um ca-beleireiro muito divertido, deslumbra-

do e cafona", admite, aos risos.Distante das novelas desde 2002,

quando participou de "Desejos deMulher", João não via a hora de voltar aos"sets" de gravação com um papel fixo.Afinal, há tempos, ele vinha dando o arda graça apenas em participações rápi-das nos programas da linha de showsda Globo, emissora em que trabalhavaantes da Record. "Não estava satisfeitocom essa situação. Por isso fiquei tão em-polgado quando o Fernando Rancoletame ligou e me propôs fazer um teste parao Haroldo", confessa, referindo-se ao di-retor artístico da Record.

Na pele do extravagante dono doSalão Montezuma, João admite estar ado-rando a chance de encarnar um gay as-sumido, que adora glamour e não perdea oportunidade de atrair "VIPs" para o seuestabelecimento. "Me divirto muito fa-zendo o Haroldo. O texto da Gisele Jorasé muito bom. É um prazer reproduzi-lo", derrete-se, citando a autora da trama.

Apesar de saber que o perfil cafona edeslumbrado do personagem poderia,talvez, ser mal interpretado pelo públi-co, o ator não teve medo de abusar dosgestos exagerados e do jeito espalhafato-so. "Quando li o perfil do Haroldo na si-nopse, vi que não tinha como fazê-lo di-ferente, ou seja, cheio de extravagâncias",relembra.

Além de se divertir simplesmente porencarnar o personagem, João reconhecerir "horrores" ao contracenar com BárbaraBorges, Laila Zaid e Rafael Primot, que,na trama, vivem, respectivamente, o di-vertido trio de funcionários Elvira,Magdalena e Ícaro. "A gente se divertemuito em cena. Nesses sete meses de no-vela, criamos uma amizade forte, que sóajuda na hora do 'gravando'", elogia. Joãoacredita, inclusive, que seu personagemficou ainda mais engraçado do que eleimaginava na sinopse depois que ele es-tabeleceu essa relação de troca com os trêscolegas de elenco. "São atores competen-

tes e que conversam muito comigo. Issotudo colabora para deixar o Haroldo maisdivertido", acredita.

Adiversão do ator, contudo, não ficaapenas nos estúdios de gravação. Quandosai para passear pelas ruas de Copacaba-na, bairro da Zona Sul carioca onde mora,João não consegue conter o riso com oscomentários que escuta em relação aopersonagem. De cabeleireiros a senho-ras de idade, todos abordam o ator comhumor. "O melhor é ouvir dos cabeleirei-ros que o Haroldo está representandobem a classe. Está sendo ótima a recep-tividade do personagem", orgulha-se.Prestes a se despedir do singular cabe-leireiro de "Bela, AFeia", João já tem pla-nos para quando a novela terminar, emmaio. "Vou participar de uma peça escri-ta por uma autora jovem maravilhosa,chamada Júlia Spadaccini. E pretendocontinuar na Record, se Deus quiser",torce o ator, que, por enquanto, tem con-trato assinado por obra com a emissora.

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NOME PRÓPRIO

Faceta cômica marcaatuação de JoãoCamargo em Bela,A Feia, da Record

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Jornal da TV

Jorge Rodrigues Jorge/Carta Z Notícias

Domingo, 4 de abril de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

Por Carla NevesPopTevê

Para Humberto Martins, comple-xo é o adjetivo que melhor defineRicardo, médico que ele vai viver em"Escrito Nas Estrelas", nova tramadas seis da Globo. "É um persona-gem amargurado, materialista,sério...", antecipa o ator. E logo expli-ca o porquê de tamanha amargura eceticismo. "Depois que a mulhermorre, meu personagem passa a su-perproteger o filho, que, por sua vez,começa a bater de frente com ele, jáque os dois têm uma série de pontosde vista contrários", justifica Humber-to, fazendo referência ao jovem e idea-lista médico Daniel, interpretado porJayme Matarazzo. O cuidado exces-sivo do pai em relação ao filho, segun-do Humberto, começa pelo fato de elequerer que o rapaz exerça a mesmaespecialidade que a dele: reprodu-ção humana. "Logo no primeiro ca-pítulo da novela, ele já tem um em-bate com o filho sobre isso", adianta.

Dono de uma renomada clínicadefertilização, Ricardo vê no filho ogrande sucessor. O problema é queDaniel não tem apego em relação aonegócio. Para o rapaz, o mais impor-tante é se dedicar à população caren-te. Não é à toa que ele cuida de pes-soas que não têm acesso a serviçosmédicos. "O pai vê essa atitude dofilho com maus olhos porque ele quermesmo é que o garoto dê segmentoà clínica e trace uma carreira bem-sucedida por lá", explica, adiantandoque, logo no primeiro capítulo dahistória, pai e filho vão se confrontarjustamente por causa disso. "O Ri-cardo briga com o Daniel porque elequer levar as vítimas de uma enchen-te na comunidade em que ele traba-lha para a casa da família em Petró-polis", conta. O fato é que, ao discu-tir com o pai, o filho pega o carro eparte para a Região Serrana.

Sem o consentimento do pai, éclaro. No caminho, sofre um aciden-

te e morre. "E essa morte do filhoacaba desestabilizando ainda mais apersonalidade do Ricardo", argumen-ta. Inconformado com a perda doúnico herdeiro, o médico se isola nacasa de Petrópolis e entra em depres-são. "Aí aparece o Breno, um amigodo Daniel, e diz a ele que o rapaz ha-via congelado sêmen", explica Hum-berto, citando o personagem de PauloVilela. A partir dessa esperançosadescoberta, o médico passa a ter umpensamento fixo na vida: encontraruma mãe para gerar seu neto. "Parao Ricardo, através do nascimento deum neto, ele terá de volta o filho", ar-gumenta.

Para interpretar esse bambambãem reprodução humana, Humbertopediu ajuda à Maria Cecília Erthal,médica especializada no assunto quelhe deu várias orientações, entre elas,ter muito carinho com a paciente,que, na maior parte das vezes, estáfragilizada por não conseguir ter umfilho nas condições normais. "Apren-di também que as pessoas preferemo sigilo, que nem todo mundo estáaberto a expor a sua impossibilidadede gravidez", acrescenta. Humbertoainda ficou sabendo pela médica quealgumas mulheres acabam até seapaixonando pelo especialista em fer-tilização. "Inconscientemente, elastransferem isso para o homem queestá dando a elas a possibilidade degerar um bebê", justifica.

Além de se inteirar sobre insemi-nação e fertilização, o ator tambémprocurou pesquisar sobre outro as-sunto abordado na trama: o espiritis-mo. Afinal de contas, mesmo após amorte, Daniel continuará se "comu-nicando" do plano espiritual com ospersonagens do plano real. A tarefade conhecer esse "outro lado", porém,deixou Humberto intrigado. E comvontade de se aprofundar ainda maisno assunto. "Estudar todos os tiposde crença faz parte do interesse doator. Afinal, precisamos investigar ocomportamento humano", defende.

EM FOCO Humberto Martinsvolta às novelas napele de um médico

cético e rígido

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JORNALO LO JORNA

Domingo, 4 de abril de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

Por Natalia PalmeiraPopTevê

Durante muitos anos, Pelé rei-nou nos gramados. Desde queabandonou as chuteiras, ele se ar-riscou, sem tanta destreza, a co-mentar partidas de futebol na te-levisão. Com a aproximação demais uma Copa do Mundo, o Reido Futebol vai atacar em umanova posição: a de apresentador.É nessa função que ele aparece noSBT. “Eu não queria trabalharnessa Copa, porque são 40 diasmuito puxados. Mas o SBT veiocom essa proposta inédita paramim”, conta o ex-jogador sobre“Um Minuto Com Pelé”, novoprograma da emissora, que es-treia dia 12 de abril. Classificadopela emissora como programete,por conta da curta duração de 60segundos, a produção terá de trêsa cinco exibições diárias, no qualvai relembrar histórias sobre asCopas e comentar as partidas dosjogos. Sem o direito de exibir osjogos da Copa e sem nenhumaprogramação dedicada exclusiva-mente ao futebol, o SBT viu emPelé a saída para fechar essa lacu-na. “Queríamos uma maneira di-ferente de cobrir a Copa. Temos asorte de ter o Pelé no SBT”, ressal-ta Henrique Casciato, diretor co-mercial da emissora.

Pelé vai fazer, primeiramente,uma viagem no tempo. Só a par-tir de 11 de junho, um dia antesdo torneio na África do Sul, elevai começar a falar sobre a Copada África em si. Antes dos jogosiniciarem, os programas irão re-lembrar momentos marcantes dahistória das Copas, além de apre-sentar curiosidades sobre o Mun-dial. Aliás, relembrar velhas his-tórias ainda leva o ex-jogador àslágrimas. E ele não esconde a sau-dade que sente dos tempos emque fazia parte da seleção brasilei-ra. “Em um dos programas, dei omaior vexame e chorei. Me emo-

cionei ao ler as histórias”, lembraele, que também fará comentá-rios, ao vivo, ao lado de CarlosNascimento, âncora dos jornais“SBT Brasil” e “Jornal do SBT –Edição Noite”. “É muito bom tero maior atleta do século apresen-tando um programa no SBT. Ecomo apresentador, o Pelé é umcraque”, derrete-se o diretor doprograma, Pedro Henrique Peixoto.

Para os fazer os comentários,Pelé não estará sozinho. Aindanão foi definido, mas ele dividiráas opiniões com outro comentaris-ta. Mesmo com curto espaço parafalar sobre a história do futebol esobre os jogos, o programa exi-giu, ainda, as habilidades de Pelécom a bola. Isso porque, ao finalde cada programete, o ex-jogadorse despede com uma cabeçada.Com um total de 60 programas, atarefa tinha tudo para ser compli-cada. Afinal, em meio ao set degravação a probabilidade de acer-tar um equipamento era grande.“O Pelé tinha de mirar no contra-regra para não acertar a ilumina-ção ou as câmaras. Ele não errounenhuma”, destaca o diretor.

Pelé jura que a proposta é a ta-refa mais fácil que já executou emsua carreira. “O fato de poder re-ver os lances e dizer o que pode-ria ter sido feito é a parte mais fá-cil. Já o jogador tem de decidir, emcampo, o que fazer”, compara.Confortável com o novo projeto, omineiro nem precisou se prepararpara assumir a posição de apre-sentador. A familiaridade com ascâmaras contou pontos para faci-litar o trabalho. Apesar disso, Peléadmite que o nível de exigênciade Pedro Henrique é grande quan-do o assunto é o resultado final.“Ele tem a capacidade de verbali-zar as emoções e a própria visãodele de futebol. Então, temos defazer o melhor e, se for preciso, re-petir duas, três ou quatro vezes”,explica o diretor, justificando afama de rigoroso.

PRIMEIRA MÃOPedro Paulo Figueiredo/CZN

Pelé é a estrelado novoprograma sobrefutebol do SBT

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88 Domingo, 4 de abril de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

JORNALO LO JORNAJornal da TV

TV POP

DOIS EM UM - Protagonizar uma novela não é moleza, afinal não é nadafácil encarar uma intensa maratona de gravações. No caso de FernandaVasconcellos, a atriz descobriu uma maneira de acabar com o estresse do traba-lho. Há alguns meses, a bela corre seis quilômetros por dia e de quebra aindaqueima calorias. A ideia de praticar o esporte surgiu quando ela atuava napeça "Vidas Divididas", de Marcos Paulo. "Tinham oito trocas de roupa emuma hora e meia. Comecei a caminhar e a correr para ganhar fôlego", lembra.

RADICAL CHIC - Carolina Kasting mudou o visual radicalmente. Tudo porconta de sua próxima personagem em "Escrito nas Estrelas". Para interpretarJudite, uma dona-de-casa casada com Guilherme, papel de Marcelo Faria, elateve de mudar a cor dos cabelos pela primeira vez. A atriz, que sempre exibiumadeixas castanhas, vai desfilar com os cabelos curtos e louros. A mudança foitão grande que os fãs nem a reconhecem à primeira vista, quando sai às ruas.

DO OUTRO LADO - Marcelo Carvalho vai atacar de apresentador. O vice-presidente da RedeTV! já gravou os pilotos do novo "game" da emissora, o"Mega Senha". Mas ele não pretende comandar a missão sozinho e vai contarcom a presença de Luciana Gimenez no palco. "Não me ocorre alguém mais in-teligente e charmosa como a Luciana para apresentar comigo", derrete-se ele,referindo-se à esposa. O novo programa vai premiar os competidores com prê-mios em dinheiro. "Ao longo da semana, os candidatos serão submetidos a per-guntas pela Internet ou pelo telefone. De acordo com a performance deles, serãochamados para vir aos estúdios participar do programa", explicou Marcelo.

COM A BOLA TODA - Recém-despedida de Kátia, sua personagem em"Cama de Gato", Nívea Stelmann vem chamando a atenção pela boa forma.Apesar de andar malhando como nunca, a atriz parece ser mesmo fã de umhambúrguer. A morena foi até homenageada com o lançamento de um comseu próprio nome na rede de sanduíches de grife "Joe & Leo's".

CAUSA NOBRE - Reynaldo Gianecchini já está a todo vapor para interpretarseu primeiro vilão na tevê. O ator até viajou para a Itália para gravar os primei-ros capítulos como Fred, seu personagem em "Passione", próxima trama dasoito. Apesar da correria nas gravações, antes de embarcar, o belo relembrouseu dias de modelo posando para as lentes de um fotógrafo. O ensaio, no en-tanto, foi para apoiar a campanha "O câncer de mama no alvo da moda".

NOVA FASE - Depois de viver a sensual Isadora em "Toma Lá, Dá Cá",Fernanda Souza vai voltar à televisão. A loura está escalada para integrar oelenco de "Ti Ti Ti", próxima novela da faixa das sete da Globo. Na trama deMaria Adelaide Amaral, ela vai contracenar com Cláudia Raia, que interpretarásua mãe. Mas antes de a novela ir ao ar, Fernanda vai dar o ar de sua graça natevê. Ela vai participar do quadro "Dança dos Famosos", no "Domingão doFaustão".

A ARTE IMITA A VIDA - Assídua frequentadora da academia na ficção,Letícia Spiller também é fã da malhação, como sua personagem Betina, de"Viver a Vida". Apesar da intensa rotina de gravação e do atraso dos roteiros, aloura sempre arruma tempo para os exercícios físicos. Além da musculação, aatriz é adepta do balé para manter a forma. Com um corpo de causar inveja namulherada, ela costuma ganhar várias roupas das grifes de ginástica. O agra-do, no entanto, não é suficiente e Letícia faz questão de fazer suas própriascompras de roupas de academia.

BELEZA ESCONDIDA - Fernanda de Freitas vai aparecer irreconhecível em"S.O.S mergência", série que a Globo começa a exibir neste domingo, depois do"Fantástico". Ela usará óculos que ocultarão sua beleza e roupas que não valori-zarão sua silhueta. No programa cômico assinado por Marcius Melhem eDaniel Adjafre, a atriz vai dar vida à Evelin, uma assistente social sensível esempre disposta a ajudar pacientes e colegas.

Jorge Rodrigues Jorge/CZN

À MODA ANTIGA - Muitas mulheres

sonham com uma declaração de amor ori-

ginal. Principalmente quando vem em

forma de música, como na cena em que

Bernado cantou especialmente para

Cristiana, em "Malhação ID". O que muita

gente não sabe é que a intérprete da per-

sonagem, Cristiana Peres, também já pas-

sou por situação parecida. "Uma vez, fize-

ram uma música para mim, mas não de

cantar em público", revela a atriz, enver-

gonhada. Timidez, aliás, é um dos pontos

mais marcantes da bela de olhos verdes.

Apesar de protagonizar a novela, ela

ainda não se acostumou com a fama. "Eu

acho estranho quando as pessoas ficam

me olhando", explica.

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JORNALO LO JORNAJornal da TVDomingo, 4 de abril de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

A SEMANA DAS NOVELAS

MALHAÇÃO - Rede Globo - 16h15

CCAAMMAA DDEE GGAATTOO - Rede Globo - 17h

VIVER A VIDA - Rede Globo - 20h

TEMPOS MODERNOS - Rede Globo - 18h15

BELA, A FEIA - Record - 1199h40

Segunda (05/04) - Dora ficanervosa ao ver Marcos se aproxi-mar. Onofre se desentende comGarcia. Soraia conta para Matildesobre o envolvimento entre Marcose sua prima. Marcos e Dora discu-tem no píer. Carlos dá seu telefonepara Malu. Matilde conversa comMarcos na tentativa de obter infor-mações sobre Helena. Marcos re-lembra a conversa que teve comBruno. Bruno confessa para Silviaque está apaixonado por Helena.Ele diz que vai para Búzios na com-panhia da namorada.

Terça (06/04) - Sandrinha falaque ama Benê, mas revela à Helenaque se pudesse teria dado seu co-ração a Flavinho. Luciana conse-gue assinar seu nome e Grazie su-gere que ela escreva um bilhete paraMiguel. Rafaela e Garcia ficam ra-diantes ao saber que Dora esperaum menino. Luciana incentiva Tere-za a dar uma chance para Jean.Soraia pergunta a Dora se o meni-no se chamará Juan Marcos e asduas se enfrentam. Dora, Garcia,Soraia e Rafaela encontram Marcosnas ruas de Búzios.

Quarta (07/04) - Osmar diz àRenata que seu ensaio fotográficoficou pronto e que as fotos certa-mente serão aprovadas pelo clien-te. Felipe busca Renata na produ-tora e a leva para uma consulta comum psiquiatra. Gustavo conta paraCarú que Bruno é filho de Marcos.Miguel convida Ariane para ir aoGengibre e ela pergunta se Jorgetambém irá. Carú diz a Gustavoque no fundo ele é fiel à Betina.Betina telefona para Carlos, masdesliga apressada assim que ouvea voz do marido.

Quinta (08/04) - Isabel confes-sa a Mia que seu relacionamentocom Ricardo não está indo tão bem.Luciana fica emocionada ao verem seu blog um pedido de casa-mento de Miguel. Myrna telefonapara Jorge e pede para que ele váao seu encontro. Miguel vai à casade Luciana e ela diz que aceita opedido de casamento. Helena eBruno se beijam. Tereza mostrapara Jean a mesa que arrumoupara o jantar dos dois. Miguel seprepara para dar um banho emLuciana.

Sexta (09/04) - Até o fechamen-to desta edição, a emissora não dis-ponibilizou o capítulo.

Sábado (10/04) - Até o fecha-mento desta edição, a emissora nãodisponibilizou o capítulo.

Os resumos dos capítulos de todas as novelas são de responsabilidade de cada emissora – Os capítulos que vão ao ar estão sujeitos a eventuais reedições.

Segunda (05/04) - Bernardo fica radi-ante e fala com Cristiana que não vê a horade voltar para casa. Juju e Rita decidemaceitar o show para as The Lícias. Bernardochega em casa e Cissa estranha ao ouvi-lodizer que ela se desculpou com Cristiana.Valentina fica nervosa por estar muito próx-ima de Victor. Reco e Jotapeg ficam de-cepcionados ao verem senhoras entrandono teatro onde as The Lícias irão tocar.Bernardo se surpreende ao ver um antigoamigo tentando beijar Cristiana.

Terça (06/04) - Beto e Bernardo ficamsurpresos com a aparência de João, que seafasta apressado dos dois. As meninas dabanda estranham o comportamento dasmulheres que estão na plateia para ver oshow. Bernardo mostra uma antiga foto deJoão para Cristiana e eles ficam pensandono pode que ter acontecido com o rapaz.Rodrigo beija Patrícia, que se afasta e dá umfora nele. Cissa fica transtornada ao ouvirBernardo falar sobre João e exige que ofilho fique longe dele.

Quarta (07/03) - Cissa e Paulo Robertose preocupam com a aproximação de Joãoe Bernardo. Valentina teme que Victor aindapense em Cristiana. Renato avisa Bernardoque seu videoclipe ficou pronto e que vaimostrá-lo no Rocket. Victor e Valentina sebeijam e Cristiana fica chocada. Bernardo,Cristiana e Beto decidem seguir João. Os trêso veem entregando dinheiro para um garo-to e ficam intrigados. Bernardo arranca amochila de João e fica abismado ao ver oque ele comprou.

Quinta (08/04) - Bernardo discute comJoão e ele sai correndo com a mochila nasmãos. Bruno comenta com Samira que tema chance de ir morar na Espanha com amãe. Cristiana tira satisfações com Valentinae as duas discutem. Rodrigo diz a Reco eJotapeg que está apaixonado por Patrícia.Maria Cláudia incentiva Samira a ficar comBruno. Victor fica esperançoso ao ouvir queCristiana ficou incomodada por ele ter fi-cado com Valentina. Bernardo decide aju-dar João, deixando Cristiana e Beto assus-tados.

Sexta (09/04) - Victor decide ir atrásde Cristiana. Bruno fica triste, mas desistede viajar para Espanha por causa de Samira.Bernardo convida João para ir a sua casa.Samira diz a Bruno que ele deve ir paraEspanha ficar com seu filho. Maria Cláudiapensa em uma forma de fazer Valentina eCristiana voltarem a ser amigas. Anselmo,o ex-noivo de Zuleide, reaparece e ela ficasurpresa. João expulsa Nancy da sala, colo-ca um aparelho de DVD em sua mochila evai embora.

Segunda (05/04) - Ricardo fica apreen-sivo quando Vera diz que Adriano estáafundando a Mais Brasil. Ele dá um prazode seis meses para o sobrinho recuperar aempresa. Bárbara tenta convencer Ricardode que Ataulfo é um bandido, mas ele nãoleva a sério. Adriano fala mal de Bela eRodrigo parte para cima dele. Bela ficapasma ao saber que Magdalena tem umcaso com Ariosto. Seis meses se passam.Verônica está ansiosa para o dia de seucasamento. Nasce o bebê de Bela. Vera eBela choram de felicidade.

Terça (06/04) - Vera fica comovida aosaber que o neto irá se chamar Hélio emhomenagem ao pai de Rodrigo. Dinoráavisa todos os acionistas sobre a reunião emque todos serão avisados sobre a saída deAdriano da presidência. Durante a reunião,Cíntia revela estar disposta a assumir apresidência, deixando todos perplexos. Veranão consegue entender a decisão deRodrigo, que revela que não poderia fazermuita coisa na Mais Brasil sem ajuda deBela. Adriano promete se vingar e acaba dis-cutindo com Ricardo.

Quarta (07/04) - Vera pergunta por queBela não assume a presidência com novaidentidade e disfarce. Bela se anima, masteme ser encontrada por Dinho e Ataulfo.Vera pretende dar aulas de etiqueta paraBela além da mudança total de visual. Verapresenteia Bela com diversos produtos demaquiagem. Ricardo e Verônica casam.Vera incentiva Bela a ser presidente da MaisBrasil. Bela faz dieta para emagrecer, mudao visual e também perde o jeito atrapalha-do. Vera chega com Valentina à agência.Todos ficam encantados.

Quinta (08/04) - Até o fechamentodesta edição, a emissora não disponibili-zou o capítulo.

Sexta (09/04) - Até o fechamento destaedição, a emissora não disponibilizou ocapítulo.

Segunda (05/04) - Hélia ques-tiona Leal sobre seu interesse porIolanda e eles se desentendem.Goretti demite Iolanda e coloca ou-tra babá em seu lugar. Leal procu-ra Iolanda, mas ela o evita. Renatovai até a casa de Nelinha e tentabeijá-la novamente. Justine ensaiacom Ditta e se acidenta. Renatodança com Nelinha e Zeca morre deciúmes. Pasquale cuida de Justine.Lossaco ensaia com Goretti e Naraobserva. Niemann pede paraIolanda voltar a trabalhar para Leal,mas ela recusa. Nelinha diz a Zecaque vai namorar com Renato.

Terça (06/04) - Bodanski senteciúmes de Goretti e decide entrar noconcurso. Zeca teme que Renatoperceba seu amor por Nelinha. Jocarevela à mãe que corre perigo eIolanda se desespera. Iolanda deci-de voltar a cuidar das Marias eMiranda fica apreensiva. Túlio pededemissão da pizzaria. Deodora vi-sita Portinho e assume que foi a res-ponsável pela morte de Regeane.Renato pressiona Nelinha a contaro que existe entre ela e Zeca. Héliadesabafa com Fidélio e encontraLeal trabalhando com o zelador.

Quarta (07/04) - Deodora voltaao Titã arrasada e comenta quecumpriu sua missão. Nelinha pro-mete dar uma chance a Renato.Duba e Heloísa decidem formaruma dupla de dança. Renato vaiatrás de Nelinha na casa de Ramón.Niemann faz Goretti assinar umdocumento sem saber do que setrata. Renato tenta seduzir Nelinha,mas ela foge. Renato avisa a Zecaque Nelinha sumiu. Gaulês visitaLed na casa de Ditta e o encontratocando para Katrina. Zeca encon-tra Nelinha arrasada e os dois sebeijam.

Quinta (08/04) - Zeca e Nelinhaficam arrasados com o beijo. Túliodiz a Pasquale que precisa ganharmais dinheiro para se casar e o donoda pizzaria lhe oferece uma pro-moção. Túlio conta para Jannis quefoi promovido e ela comemora.Nelinha tenta beijar Renato, masele resiste dizendo que não quer seaproveitar dela. Renato deixaNelinha em casa e promete voltarcom uma surpresa. Zeca liga paraNelinha e insiste para que ela váao concurso. Renato dá um vestidopara Nelinha e a convence a ir aobaile.

Sexta (09/04) - Zeca se sur-preende ao encontrar Nelinha noconcurso e não consegue disfarçarsua admiração por ela. Renato vêHélia e Leal juntos e conclui que épor isso que Zeca e Nelinha sãotão próximos. Zeca não tira osolhos de Nelinha e Nara percebe.Nelinha apresenta o pai paraRenato e eles conversam. Zeca con-versa com Nelinha e afirma quetorce para que ela se acerte comRenato.

Sábado (10/04) - Zeca e Neli-nha tentam aceitar a ideia de quesão irmãos. Nelinha leva Renatopara a pista e Zeca observa. Deodo-ra lembra de Portinho e entristece.Renato leva Nelinha para casa. Zecaconsola Nara pelo resultado do con-curso. Nelinha vai tomar café damanhã na casa do pai e descobreque Tertuliana voltou. Gaulês tentaconversar com Led e se desenten-de com o afilhado. Callógeras contapara Leal que Goretti quer inter-ditá-lo. Leal procura Goretti e dizà filha que errou ao lhe entregar oseu reino.

Segunda (05/04) - Gustavo en-contra Rose no aeroporto e os doisse reconciliam. Pedro diz a Éricaque precisa de um tempo para seapaixonar por ela. Verônica pensana conversa que teve com o irmãoe sofre depois de falar com sua ad-vogada. Alcino conversa com Rosee deseja felicidades para ela eGustavo. Patrícia se surpreende aover Luck preparar um café damanhã para ela. Pink acorda Suzanacom beijos. Verônica pede paraJuvenal ajudá-la a criar o seu filho.Alcino e Mari velejam felizes atéuma ilha deserta. Alcino se decla-ra para Mari e os dois se beijam.

Terça (06/04) - Mari e Alcinochoram ao pensar que irão que seseparar se ele morrer. Verônicachora ao voltar para a cela. Severose surpreende ao saber da gravi-dez de Verônica. Rose perdoaDomenico e eles se abraçam emo-cionados. Érica incentiva Pedro avoltar a estudar. Alcino pede paraPedro assumir sua parte naAromas. Waldemar pede Loló emcasamento. Davi se irrita ao verMacau perto de sua casa e omanda embora. Pedro deixa Alicecom Ferdinando e Julieta na casade repouso.

Quarta (07/04) - Gustavo de-cide lançar Glória como a nova mo-delo da Aromas. Tarcísio ensaiapiano com Bruna. Em uma passa-gem de tempo: Alcino dá um anelde brilhante para Mari. Verônicacoloca a mão de Juvenal em suabarriga para sentir o bebê mexer.Glória fotografa para uma campa-nha do L´Eau de Rose. Verônicasente dores e chama a carcereira.Eurídice vai falar com Macau.Heloísa e Nuno, Suzana e Pink,Patrícia e Luck se casam no mesmodia. Julieta, Ferdinando e Adalgisabrigam para ficar com Alice. Pedroe Érica se beijam.

Quinta (08/04) - Até o fecha-mento desta edição, a emissora nãodisponibilizou o penúltimo capítu-lo.

Sexta (09/04) - Até o fechamen-to desta edição, a emissora não dis-ponibilizou o último capítulo.

Sábado (10/04) - Reprise do úl-timo capítulo.

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1100 Domingo, 4 de abril de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

JORNALO LO JORNAJornal da TV

DOMINGO, 04/04

Carros (Globo, 13:40 h)Cars, de John Lasseter. Elenco não informa-

do pela emissora. EUA, 2006, cor, 117 min. Aemis-sora não informou a classificação etária.

Animação – Um carro de corrida jovem e ar-rogante está prestes a participar da corrida maisimportante da sua vida. Mas antes ele aprende-rá um par de lições em uma cidadezinha. Tal ex-periência o fará reconsiderar muitas de suas ati-tudes.

O Justiceiro (Globo, 23:40 h)The Punisher, de Jonathan Hensleigh. Com

John Travolta, Thomas Jane e Will Patton. EUA,2004, cor, 124 min. A emissora não informou aclassificação etária.

Aventura – Após ter sua esposa e filho assas-sinados, Frank Castle resolveu dedicar sua vidaa eliminar o crime das ruas de sua cidade.

Não só persegue os bandidos como tambémos elimina, usando para isso sua experiência comoagente secreto do FBI. Seu novo alvo é HowardSaint, um homem ligado ao submundo do crimeque decide se vingar da sociedade quando seufilho é morto.

Maria Antonieta (Globo, 01:45 h)Marie Antoinette, de Sofia Coppola. Com

Kirsten Dunst, Jason Schwartzman e Judy Davis.EUA, França e Japão, 2006, cor, 123 min. A emis-sora não informou a classificação etária.

Drama – A vida da princesa austríaca MariaAntonieta, que se tornou rainha da França aos 19anos, é contada desde seu nascimento na ÁustriaImperial até o fim de sua vida na França, quan-do morreu guilhotinada em plena RevoluçãoFrancesa.

SEGUNDA, 05/04

Mortal Kombat: A Aniquilação (SBT, 14:15 h)Mortal Kombat II: Annihilation, de John R.

Leonetti. Com Robin Shou, Talisa Soto e BrianThompson. EUA, 1997, cor, 95 min. Classificaçãoetária: 10 anos

Ação – Liu Kang e outros poucos lutadoresescolhidos do Mortal Kombat derrotaram o feiti-ceiro do mundo externo. Passado um período depaz, Shaokan, imperador do mundo externo,ameaça destruir a Terra e a Humanidade em seisdias.

Wendy Wu: A Garota Kung Fu (Globo, 15:50 h)Wendy Wu: Homecoming Warrior, de John

Laing. Com Brenda Song, Shin Koyamada e SusanChuang. EUA, 2006, cor, 91 min. A emissora nãoinformou a classificação etária.

Ação – Wendy Wu tem uma vida perfeita: ébonita, popular e uma das duas candidatas à rai-nha do baile de outono. Mas toda sua vida mudaquando Shen, um monge chinês, lhe conta que elaé a reencarnação do guerreiro Yin e tem comodestino lutar contra o malvado Yan Lo. A partirde então, a adolescente terá de assumir uma gran-de responsabilidade: aprender lições de Kung Fupara derrotar uma das mais poderosas forças domal.

Homem-Aranha 3 (Globo, 22:10 h)Spider-Man 3, de Sam Raimi. Com Tobey

Maguire, Kirsten Dunst e James Franco. EUA,2007, cor, 139 min. A emissora não informou aclassificação etária.

Ação – Peter Parker finalmente consegue en-contrar o equilíbrio entre sua devoção a MaryJane e suas obrigações de super herói. No entan-to, quando o seu traje de Homem-Aranha ganhaoutro aspecto e ele vê que seus poderes aumen-tam, torna-se arrogante e negligente com as pes-soas que ama. Enquanto enfrenta essa crise deidentidade, dois vilões se unem para arquitetaruma incrível vingança contra ele.

Vestido de Noiva (Globo, 02:40 h)Vestido de Noiva, de Joffre Rodrigues. Com

Marília Pêra, Simone Spoladore e Letícia Sabatela.Brasil, 2006, cor, 112 min. A emissora não infor-mou a classificação etária.

Drama – Alaíde é atropelada e, no hospital,relembra sua vida a partir do momento em queleu o diário de uma cafetina, achado na casa paraonde sua família se mudara e que, anos antes,abrigara um bordel.

TERÇA, 06/04

Superman IV - em Busca da Paz (SBT, 14:15 h)Superman IV, de Sidney J. Furie. Com

Christopher Reeve, Gene Hackman e Jackie Cooper.EUA, 1987, cor, 90 min. Classificação etária: Livre.

Aventura – Apossibilidade de uma guerra nu-clear leva Superman a destruir todas as armasnucleares existentes, jogando-as no sol. Porém,Lexter Luthor, fugitivo da prisão, tem outros pla-nos: constrói um homem nuclear com o materialgenético que roubou de Superman para pôr fimà existência do super herói.

O Pequeno Stuart Little 2 (Globo, 16:05 h)Stuart Little 2, de Rob Minkoff. Com Geena

Davis, Hugh Laurie e Jonathan Lipnicki. EUA,2002, cor, 77 min. A emissora não informou a clas-sificação etária.

Comédia – O pequeno Stuart Little salvaMargalo, "uma passarinha", das garras de um fal-cão traiçoeiro. Levada para morar com a famíliade Stuart, ela se recupera rapidamente e cria umagrande amizade com o pequeno rato falante. Atéque, repentinamente Margalo desaparece comuma valiosa antigüidade da família. Stuart deci-de ir atrás da nova amiga e do objeto perdido.

A Hora do Rush 3 (SBT, 22:15 h)Rush Hour 3, de Brett Ratner. Com Jackie

Chan, Chris Tucker e Yvan Attal. EUA, 2007, cor,91 min. Classificação etária: 12 anos.

Ação – O embaixador Han sofre um atenta-do em Los Angeles minutos antes de revelar aidentidade do líder da maior organização crimi-nosa chinesa. As investigações levam os agentesLee e James Carter até Paris, onde a bem-humoradadupla enfrenta bandidos chineses e a polícia local,enquanto evitam uma conspiração mundial.

O Pagamento (ou "Ali", opção do Intercine)(Globo, 01:50 h)

Paycheck, de John Woo. Com Ben Affleck, AaronEckhart e Uma Thurman. EUA, 2003, cor, 119 min.A emissora não informou a classificação etária.

Ficção científica – Jennings é um engenheirode computação que trabalha em projetos ultra-se-cretos, tendo sempre parte de sua memória apa-gada após concluir um serviço. Envolvido em umtrabalho que pode lhe render bilhões como paga-mento, ele é surpreendido ao ser perseguido pelapolícia e receber um envelope com estranhos ob-jetos.

Ali (ou "O Pagamento", opção do Intercine)(Globo, 01:50 h)

Ali, de Michael Mann. Com Will Smith, JamieFoxx e Jon Voight. EUA, 2001, cor, 157 min. Aemissora não informou a classificação etária.

Drama – Cassius Clay, um dos maiores bo-xeadores da História, também impressionava forados ringues pelo seu fácil palavreado. Nos anos60, Cassius se tornou uma das principais perso-nalidades do esporte mundial, principalmenteapós se converter ao islamismo, trocar seu nomepara Muhammad Ali e se recusar a lutar na guer-ra do Vietnã.

QUARTA, 07/04

A Espada Mágica – A Lenda de Camelot(SBT, 14:15 h)

The Magic Sword: Quest for Camelot, deFrederik Du Chau. Elenco não informado pelaemissora. EUA, 1998, cor, 86 min. Classificação etá-ria: Livre.

Animação – Kayley embarca em uma incrí-vel aventura quando Rubber, um malévolo cava-leiro, rouba Excalibur, a lendária espada do ReiArthur.

Com a ajuda de Garret, um rapaz cego e cora-joso, a garotinha parte para recuperar a espada esalvar seu reino. No caminho, Devon & Cornwall,um divertido dragão de duas cabeças, se junta a eles.

Didi, O Caçador de Tesouros (Globo, 15:55 h)Didi, O Caçador de Tesouros, de Marcus Fi-

gueiredo e Paulo Aragão. Com Renato Aragão,João Paulo Bienemann e Eduardo Galvão. Brasil,2006, cor, 86 min. A emissora não informou a clas-sificação etária.

Comédia – Didi é o mordomo do pai de Pedro,que tem 10 anos e é seu grande companheiro deaventuras. Ao achar um mapa em um velho baúde fotos, Didi parte com o garoto para um miste-rioso hotel abandonado à procura de um tesouro.

Por um Triz (Record, 23 h)Out of Time, de Carl Franklin. Com Denzel

Washington, Eva Mendes e Sanaa Lathan. EUA,2003, cor, min. Classificação etária: 12 anos.

Policial – Honesto delegado de uma peque-na cidade da Flórida se vê em apuros após usardinheiro do tráfico de drogas para pagar o trata-mento médico de sua amante, que acaba morren-do junto a seu marido em um incêndio crimino-so. Suspeito de haver cometido o crime, ele teráde descobrir o verdadeiro autor dos assassinatos.

A Gangue Está em Campo (ou "Amor a Três",opção do Intercine) (Globo, 01:55 h)

Gridiron Gang, de Phil Joanou. Com DwayneJohnson, Xzibit e LScott Caldwell. EUA, 2006, cor, 125min. Aemissora não informou a classificação etária.

Drama – Baseada em fatos reais, esta é a his-tória de um oficial, responsável por um centro dedetenção de menores, que cria um time de fute-bol americano e o treina para vencer. O esporte éa forma que ele encontra para tentar salvar osmeninos de um futuro incerto.

Amor a Três (ou "A Gangue Está em Campo",opção do Intercine) (Globo, 01:55 h)

Trois, de Roby Hard. Com Gary Dourdan,Gretchen Palmer e Soloman K Smith. EUA, 2000,cor, 93 min. A emissora não informou a classifi-cação etária.

Suspense – Um advogado bem sucedido estáà procura de alternativas para reaquecer a monó-tona relação que tem com sua esposa. Acreditandoque uma aventura sexual traga de volta a paixãode antes, ela aceita a sugestão de envolver outramulher em sua relação com o marido. Mas elesnão imaginavam que esta outra pessoa acabariatransformando suas vidas em um pesadelo.

QUINTA, 08/04

Liga da Justiça da América (SBT, 14:15 h)Justice League of América, de Felix Enriquez

Alcalá. Com Matthew Settle, Kim Oja e John Kassir.EUA, 1997, cor, min. Classificação etária: LivreAventura – Famosos super-heróis se unem e formama Liga da Justiça para combater o malévolo Homemdo Tempo, que planeja destruir uma cidade.

Belas e Mimadas (Globo, 15:45 h)Cow Belles, de Francine McDougall. Com

Alyson Michalka, Amanda Michalka e JackColeman. EUA, 2006, cor, 90 min. A emissora nãoinformou a classificação etária.

Comédia – Taylor e Courtney são duas irmãsque têm uma vida muito confortável. Mimadas,elas terão de dar duro para salvar o negócio dafamília e a reputação de seu pai.

Traição (Band, 22:15 h)Made Men, de Louis Morineau. Com James

Belushi, Michael Beach e Steve Railsback. EUA,1999, cor, 90 min. Classificação etária: 16 anos.

Ação – Bill é um ex-mafioso que traiu umdos mais perigosos chefões do crime de Chicagoe desapareceu com 10 milhões de dólares. Agora,vivendo sobre a vigilância do Programa deProteção a Testemunhas, leva uma vida tranqüi-la ao lado de Debra, sua esposa. Tudo mudaráquando a gangue de mafiosos decidir recuperaro dinheiro roubado e se vingar de Bill.

Duelo de Titãs (ou "Peixe Grande", opção doIntercine) (Globo, 02:10 h)

Remember The Titans, de Boaz Yakin. ComDenzel Washington, Will Patton e Donald Faison.EUA, 2000, cor, 112 min. Aemissora não informoua classificação etária.

Drama – Baseado em uma história real, narraa luta de um técnico de futebol americano con-tratado para comandar um time estudantil divi-dido pelo racismo, os Titãs.

Peixe Grande (ou "Duelo de Titãs", opção doIntercine) (Globo, 02:10 h)

Big Fish, de Tim Burton. Com Ewan McGre-gor, Albert Finney e Billy Crudup. EUA, 2003,cor, 125 min. A emissora não informou a classifi-cação etária.

Comédia – Ed Bloom é um grande conta-dor de histórias. Quando jovem saiu de sua pe-quena cidade-natal, no Alabama, para realizaruma volta ao mundo. Já mais velho, conta sobreas aventuras que viveu neste período, mesclan-do realidade com fantasia. As histórias fasci-nam todos que as ouvem, com exceção de seufilho.

SEXTA, 09/04

Corrida Rumo ao Sol (SBT, 14:15 h)Race the Sun, de Charles T. Kanganis. Com

Halle Berry, Casey Affleck e James Belushi. EUA,1996, cor, 100 min. Classificação etária: Livre.

Aventura – Professora incentiva seus alunosapáticos a participarem de uma feira de ciências.Para sua surpresa, depois da resistência inicial, elesdecidem elaborar um projeto escolar que os leva-rá a uma corrida mundial de carros solares, queacontece na Austrália.

Peter Pan (Globo, 15:35 h)Peter Pan, de P. J Hogan. Com Jason Isaacs,

Jeremy Sumpter e Rachel Hurd-Wood. EUA eInglaterra, 2003, cor, 113 min. A emissora não in-formou a classificação etária.

Aventura – Peter Pan, um garoto que nuncacresce, vive na Terra do Nunca com os garotos per-didos e a fada Sininho. Um belo dia, ele visita acasa da família Darling e convence as criançasWendy, John e Michael a viajarem com ele parao lugar onde vive. Lá todos enfrentarão a amea-ça do terrível Capitão Gancho.

A Mão do Diabo (SBT, 22:15 h)Frailty, de Bill Paxton. Com Bill Paxton,

Matthew Mcconaughey e Powers Boothe. EUA eItália, 2001, cor, 100 min. Classificação etária: 16anos.

Terror – Durante anos que trabalhou como de-tetive do FBI, Wesley Doyle perseguiu o assassi-no do caso "Mão de Deus", um criminoso quemutilava suas vítimas. Quando está prestes a de-sistir, um homem vai à delegacia. Ele diz conhe-cer o "serial killer" e revela importantes detalhessobre os crimes. Wesley só não imaginava quetais revelações iriam determinar também o seu des-tino.

Starsky & Hutch - Justiça em Dobro (ou "Re-gras do Jogo", opção do Intercine) (Globo, 02 h)

Starsky & Hutch, de Todd Phillips. Com BenStiller, Owen Wilson e Juliette Lewis. EUA, 2004,cor, 101 min. A emissora não informou a classifi-cação etária.

Comédia – David Starsky e Ken Hutchinsonsão dois policiais que trabalham na cidade de BayCity. Eles sempre são designados para resolver oscasos mais complicados e agora terão de pegar umtraficante de drogas, que atua no ramo desde queeles eram estudantes.

Regras do Jogo (ou "Starsky & Hutch – A Jus-tiça em Dobro", opção do Intercine) (Globo, 02 h)

Rules of Engagement, de William Friedkin.Com Tommy Lee Jones, Samuel L. Jackson e BenKingsley. EUA, 2000, cor, 128 min. A emissoranão informou a classificação etária.

Drama – Quando a embaixada americanano Iêmen é cercada por uma multidão de ma-nifestantes, o coronel Terry Childers recebe aordem de levar um esquadrão de soldados parao local e assim garantir a segurança dos cida-dãos norte-americanos. Porém, dezenas de civisacabam sendo mortos e o coronel é levado àcorte marcial, sob a acusação de ter desrespei-tado as regras militares por matar civis desar-mados.

FILMES DA SEMANA

Page 52: OJORNAL 04/04/2010

1111Domingo, 4 de abril de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

JORNALO LO JORNAJornal da TV

RETRATO FALADO Ricky Tavares comemora apopularidade do Rodrigo

de Malhação

Por Clarissa GonzálezPopTevê

Bordões bizarros do tipo "ter ou não ter, eis a questão" e "cavalo bravo não seolha os dentes" se tornaram a marca registrada do Rodrigo de "Malhação – ID". Sempreque sai às ruas, Ricky Tavares, intérprete do rapaz, ouve alguma das "pérolas" pro-feridas por seu personagem. Tanta repercussão tem surpreendido o jovem, que ape-sar de não ser novato na tevê, nunca havia experimentado a fama nestas propor-ções. "É incrível! Logo que comecei a fazer a novela, eu nem tinha muitas falas e aspessoas já me paravam na rua", surpreende-se. Conforme a história foi avançando,porém, passou a ter cada vez mais texto para decorar e fãs para atender. "É por isso

que quero estudar e me aprimorar cada vez mais", indica o ator, que estreou na tevêcomo o Pit de "Promessas de Amor", produzida pela Record em 2009.

Brasiliense radicado no Rio de Janeiro, Ricky, que é sobrinho do autor TiagoSantiago e irmão da atriz Juliana Xavier, trata de se acostumar à fama que a no-vela "teen" lhe deu. Afinal, sua família "é do meio", como ele mesmo diz. "Masisso não quer dizer que não tenha tido de ralar e fazer um monte de testes comoqualquer um", frisa. Atualmente cursando o terceiro ano do Ensino Médio, Rickydivide seu tempo entre o colégio, as gravações da novela e outras atividades, comoo cursinho de Inglês e a auto-escola. "Twitteiro" de carteirinha, usa a rede socialpara dar atenção às fãs e contar curiosidades sobre o que acontece nos bastido-res de "Malhação – ID". "Já tenho 63 mil seguidores", gaba-se.

Luiza Dantas/CZN

Nome: Marcílio Henrique Tavares Gonçalves. "O Rickyvem de Henrique e Tavares é meu primeiro sobreno-me. Na verdade, Ricky Tavares é como a galerinhame chama".Nascimento: 28 de agosto de 1991, em Brasília.Na tevê: "'Jornal Nacional' e 'Fantástico'".Ao que não assiste na tevê: "Programas que passamdomingo muito tarde porque segunda eu tenho deacordar às seis da manhã".Nas horas livres: "Saio com os amigos. E também comcompanheiros de 'Malhação', como o Erich Pelitz. Eleé meu parceiro!".No cinema: "Curto animação e filmes de ação".Música: "Gosto de hip-hop e MPB".Livro: "Fortaleza Digital", de Dan Brown.Prato predileto: "Adoro massa e estrogonofe".Pior presente: "Pô, nunca ganhei um presente que

não gostasse".O melhor do guarda-roupa: "Calça jeans, bermudaquadriculada e camiseta regata".Perfume: "Hugo Boss".Homem bonito: Brad Pitt.Mulher bonita: Juliana Paes.Cantor: Jason Mraz.Cantora: Maria Gadú.Ator: Lima Duarte.Atriz: Fernanda Montenegro.Animal de Estimação: "Adoro os da minha irmã: aMarie, uma cachorrinha maltesa, e o Leo, um gati-nho".Escritor: Dan Brown.Arma de sedução: "O olhar".Programa de índio: "Sair para passear com chuva".Melhor viagem: "Para Petrópolis com a minha tia".

Sinônimo de elegância: "Meu primo, Tiago Santiago".Melhor notícia: "Quando me chamaram para interpre-tar o Rodrigo".Inveja: "Não tenho inveja de ninguém. Cada um temo que tem porque conquistou".Ira: "Falsidade e mentira. Odeio".Gula: Macarronada.Cobiça: "O que realmente cobiço é estar com as pes-soas que eu gosto. Gostaria de ter minha família sem-pre pertinho".Luxúria: "Um carro potente".Preguiça: "De acordar cedo".Vaidade: "Cuido do corpo, da aparência".Mania: "Ficar brincando com essas carteiras que, quan-do você vira, parece que o dinheiro mudou de lado".Filosofia de vida: "Viver cada momento como se fosseúnico".

Page 53: OJORNAL 04/04/2010

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JORNALO LO JORNAJornal da TVDomingo, 4 de abril de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]