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Olá!

Sou a Mafalda, do blogue It's (not) so simple!

Em primeiro lugar, obrigada pelo teu interesse no meu blogue e neste pequeno guia

prático de como destralhar a tua casa.

It's (not) so simple! é um espaço de partilha de ideias de como tornar as nossas vidas

mais simples e felizes, com histórias, aprendizagens, dicas e confissões. Tudo em nome

de uma maior realização de cada um seus leitores.

Em 2012, iniciei uma jornada de simplificação da minha vida. Todas as dimensões

(familiar, pessoal e profissional) precisavam de ser revistas, e rápido, apercebi-me. E

foram as ideias da vida simples e do minimalismo que me ajudaram a tornar-me mais

feliz e realizada. Agora, quero ajudar outras pessoas a seguir este caminho, que sei, por

experiência própria, que pode levar a uma vida mais plena.

Aproveito para acrescentar que este pequeno guia pode ser partilhado com quem tu

quiseres. Achas que tens um familiar, um amigo ou um conhecido que pode beneficiar

destes conselhos? Compartilha-o! Deixo-o livre de todos os direitos de autor. Obrigada!

Bom, sem mais demoras, passemos ao que te trouxe até aqui: como destralhar a tua

casa.

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Introdução

Por que motivo, perguntas tu, preciso eu de destralhar?

Comecemos pelo início: se a tua vida te parece demasiado complicada e procuras forma

de a simplificar, destralhar pode ser parte da solução.

Levamos o tempo a acumular pertences: loiça, roupa, recordações, bibelots, fotografias,

brinquedos (mesmo que não tenhas filhos!), eletrodomésticos, material informático… Um

sem fim de objetos que entram na nossa vida a uma velocidade por vezes estonteante.

E estes têm de ser arrumados, limpos, conservados, reparados, etc., etc..

Caso ainda não te tenhas dado conta, isto significa, não só, que tu tens muita coisa, mas,

acima de tudo, que todas estas coisas te têm a ti. É a ti que elas “pesam”, ainda que

talvez de forma não literal. És responsável por mantê-las, por zelar por elas, por garantir

que não se estragam e que não se perdem.

Não seria bem mais fácil deixar tudo isto ir? No sentido do “desapego”?

Criámos uma sociedade em que o “ter” é mais valorizado do que o “ser”: ter o último

grito da tecnologia em telemóveis, comprar as roupas que estão na moda, colecionar

sapatos, relógios, o que queiras. Só temos dois pés e dois pulsos. Quantos sapatos e

quantos relógios achas que consegues usar de uma só vez?

E, no final das contas, só o fazemos porque procuramos infinitamente por essa coisa tão

nomeada, e aparentemente tão difícil de encontrar, que é a felicidade. Onde está? Junto

desta camisola que vou comprar agora? Dentro do computador de última geração que

tenho debaixo de olho?

Diz comigo: a minha felicidade está dentro mim! Não são os objetos que posso vir a

ter que me vão trazer a felicidade que tanto procuro!

Eu sei que é complicado. Atingimos um estádio de desenvolvimento na sociedade atual

em que ter acesso a determinados bens é relativamente fácil. E, podes agradecer ao

génio dos publicitários e à ganância das empresas, vivemos rodeados de estímulos e

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sugestões que servem o propósito de nos fazer sentir inferiores por não sermos o dono

do novo carro X, ou por não estarmos sempre impecavelmente apresentados como

qualquer “estrela televisiva” que te venha à ideia.

Porém, isto pode ser parado. E, ao ser parado, os benefícios para ti e para os que te

rodeiam são imediatos.

Não acreditas? Então, visualiza isto: em tua casa, tens apenas os objetos de que mais

gostas e que te fazem verdadeiramente falta, nem uma coisa a mais, nem uma coisa a

menos. Por teres menos objetos, tens menos para limpar e manter, menos com que te

preocupar. Como achas que te vais sentir? Disponível? Livre? Leve? Sim, é isso mesmo. E

isto é apenas um aspeto da tua vida. Se aplicares o princípio a outras áreas, as melhorias

serão imensas.

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Vem livrar-te da tralha!

E agora perguntas-me: tu achas que eu tenho tempo para destralhar? Isso deve ser muito

demorado!

Não posso saber a quantidade de coisas que tens em tua casa, nem te vou dizer que

demorará exatamente uma hora, ou dois meses. Para além da grande verdade de que a

remoção do excesso é algo que, para fazer sentido, se faz toda a vida, tudo dependerá

de como queres encarar este procedimento.

Queres ser francamente radical? Um fim de semana deverá ser suficiente para começar.

Se “recrutares” uns ajudantes lá de casa, será ainda mais rápido, sobretudo se todos

estiverem imbuídos do espírito da simplificação.

No entanto, eu recomendo que encares isto como algo que deve ser feito com calma.

Diria que o ideal serão uma, ou duas, semanas, para o destralhamento inicial. Algum

tempo por dia em cada divisão fará milagres, acredita.

O pensamento que te deve guiar é: vou investir neste processo de redução do excesso

para melhorar a minha vida, tornando-a mais simples, e para ganhar tempo de

qualidade. E, dessa forma, todos os minutos diários que dedicares a isto darão frutos.

“A melhor forma de descobrir o que realmente nos faz falta é livrarmo-nos do que não

precisamos.”

Marie Kondō

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É assim tão simples?

Não, não é. Lamento se o fiz parecer mais simples do que o é na verdade. Só que não

vale a pena dramatizar.

Se estás a ler este guia é porque sabes que a tralha tomou conta da tua vida durante

demasiado tempo e tens de resolver essa questão de uma vez por todas. E, concordas

com toda a certeza, dramatizar não adianta absolutamente nada.

Esperar que o tempo disponível se conjugue com a vontade de o fazer é quase utópico.

Portanto, ou decides ir em frente, ou, afinal, a tralha não te atrapalha assim tanto e este

guia não te faz falta. Sim, se te incluis no último grupo, é aqui que podes parar de ler.

Se ainda aí estás, saúdo-te por teres escolhido o caminho da simplificação. Continuemos.

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O método

Sou apologista do sistema dos três sacos, ou caixas:

um saco/caixa para o que é lixo;

um saco/caixa para o que é para dar, doar ou vender;

e um saco/caixa para o que é para ficar.

Este método é aplicável a todas as zonas que irás tratar.

Poderás ter um saco/caixa “intermédios”, para algumas peças que não tens bem a certeza

em que categoria devem ficar, mas eu acho que isso apenas acrescenta passos inúteis e

faz com que tenhas de tomar mais decisões do que o estritamente necessário.

Porém, se te deparares com itens que te levantam realmente muitas dúvidas, vai em

frente e coloca-os numa caixa à parte. No final, fecha a caixa, arruma-a num local onde

não atrapalhe e, 60 dias depois, se não tiveste necessidade de ir lá buscar seja o que for,

doa essa mesma caixa a uma instituição de caridade. Esses objetos, fossem eles quais

fossem, já não são “teus donos”. Parabéns!

Voltando à triagem, para além de algo para fazer a divisão dos objetos, junta também

uns panos para ires limpando, aos poucos, as áreas já destralhadas.

Os passos a seguir serão sempre os seguintes:

Escolhe uma área da tua casa: pode ser uma divisão, ou um móvel em específico,

ou apenas um qualquer recanto particularmente atafulhado.

Observa todas as superfícies da área em análise: gavetas, prateleiras, o que for,

sem esquecer o chão.

Separa todos os objetos que encontras de acordo com o sistema dos três sacos,

sem exceções. Se encontrares itens que pertencem a outro local, coloca-os nos

sítios certos.

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Limpa as superfícies planas.

Arruma todos os objetos da categoria “fica” onde mais gostas de os ver. Definir

lugares fixos é muito importante para a organização da tua casa, como sabes. Um

sítio para cada coisa e cada coisa no seu sítio é um grande lema.

Contempla como ficou essa divisão e rejubila com o que acabaste de conseguir.

Põe o que é lixo no lixo.

O que for para dar, ou doar, entrega no destino logo que possível.

O que for para vender, fotografa e coloca à venda online.

Avança para a área seguinte.

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Então, e agora?

Após o primeiro ímpeto de destralhamento, e depois de conseguir remover vários anos

de excesso, comecei por sentir uma grande leveza. A casa tinha outro aspeto, limpar era

bem mais fácil e sobrava-me muito mais tempo e energia para estar com a minha família.

Às vezes pergunto-me por que não pensei nisto mais cedo e como consegui acumular

tanta traquitana e viver no meio de tudo isso.

Eu sei, tudo tem um tempo e um lugar na nossa vida e o meu tempo e lugar de simplificar

de forma séria e consciente ainda não tinha chegado. E, quando finalmente chegou, eu

estava pronta para avançar. E o mesmo acontecerá contigo.

Leste este guia (obrigada, desde já, pela tua atenção e companhia) e agora perguntas-te

se terás a coragem de levar o barco do destralhamento a bom porto.

A única coisa que te posso dizer para te encorajar é que tens de olhar para dentro de ti

e pensar até que ponto isto melhoraria tua vida.

Se te debates com falta de tempo crónica, se sentes que passas muito tempo a cuidar de

objetos, ao invés de cuidares de ti e dos teus, e se te sentes na disposição de

experimentar esta solução, vai em frente.

Mesmo que não destralhes toda a casa, experimenta só um bocadinho dela, só um

pequeno espaço, como uma bancada da cozinha, a tua secretária, ou o lavatório da casa

de banho.

Como é que essa pequena experiência te fez sentir? Se gostas desses sentimentos, tenho

a certeza que ficarás tão fã quanto eu desta atividade.

Conclusão

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Isto do destralhamento, como carinhosamente lhe chamo, é um tema que me é muito

caro e terei, certamente, a oportunidade de voltar mais vezes a ele no meu blogue.

Se sentes que precisas de mais dicas, segue www.itsnostsosimple.com. Será um gosto

ter-te por lá.

Espero que este pequeno guia tenha utilidade para ti e que contribua para a simplificação

que tanto procuras.

Gostaria muito de saber o que achaste destas dicas e se te posso ajudar na

implementação de algumas delas. Ou, quem sabe, de todas. O que é que já destralhaste?

Se tiveres questões, sugestões, reparos, o que for, o meu mail é

[email protected]. Está sempre à disposição.

Já sabes, também espero por ti em www.itsnotsosimple.com e não te esqueças de

subscrever a newsletter, para receberes todas as novidades no teu Email.

Até breve.

Take care.