Olavo de Carvalho - HEF 13, Filosofia Cristã

30

description

Aula de Olavo de Carvalho sobre Filosofia Cristã

Transcript of Olavo de Carvalho - HEF 13, Filosofia Cristã

  • Filosofia CristAula 13

    por Olavo de Cawalho

    coleo

    HistriaEssencial da

    Filosofia

  • por Olavo de Carvalho

    Coleo Histria Esscncial da Filosoiia

    Acompanh esLa publicaco um DvD.no podc s.r vcndido separadamenle.

    Inpress n Brsil. agosto de 2006Copyright o 2005 by OLaro de Caryalho

    rolo olavo de Carvalho

    DditorEdson Manoel de Oh,eiia Filho

    Monique Schenleh e Dasmar Rizzolo

    Dagui Desisn

    lereza Ma.ia Lonrenlo Pcrcira

    Os diruitos ulomis dessa edieo perlencen

    E Realizacs Ednora, Livraria e Distribuido.a Ltda

    CEP: 0.1010 970 So Paulo SPTcl.Ix: ( 11) 5572 s36lErnil, eadlerealizcoes.com brwww.ocalizcoes com br

    Reservados todos osdireltos deia db,a pribid todae qualqucrrcproduodestaediaontrqalqrermeio ou loirna scja claeLelrnica.u eni.i,lbl.pi! 8avao ou qualquerrnclo

    -UFF--

    Filosofia CristAula 13

    por Olavo de Carvalho

    coleo

    HistriaEssencial da

    Filosofia

    @!52006

  • Coleo Hist11a Essencil da FilosofiaFilosofia Cist - Aula 13por Olavo de Carvalho

    Como no acecliio muho no ensino puramente expositivo de filo-solia - simplesmcnte expor uma doutdna tl cono ela est nos livrosquc a apresentam, est,aziando portnto seu problematismo. quc uma

    cractestic de toda filosofia , adoto sempte o mtodo de discuiir aomximo e tentar de algum moclo arguneniar. iustificar as filosofis na

    medidado possvel. O inconvenicnte disso que a gcnte acaba svezes

    se concentrando muito em lgums e pcrdendovrios detalhes quevo

    licanalo pelo caminho. esquecendovrios autores. sendo depois obrigdo

    a voltar um pouco atrs. extamente isso que vou fazer hojc: arei um reirospecto d filosofia

    crist, pelo mcnos at chegar a Santo Anselmo, de modo a costurar os

    vriospedaos. Naaulapassada,nsnosproiundamosiemendamenten qesto da individuao de Duns Scot scm dvida. um questoimport.missima , nlas com isso deixanros de ldo vrios passos importantes da histria. cnto hoje vnos voltar un pouco atrs'

    Eu no sei se csse conccito de "filosolia mcdiev]" est muito cefto'porque exjste um continuidade da filosofi cristA, dcsde os primeirospdres at pelo menos So Boaventura. com a entrada dos escritosde Aristteles (que eram desconhecidos. porque at ento se conheciaapens um palle, a outr retorna atravs dos rabes) e s pallir daque. com Snto Albeo Magno e Sanro Toms de quino. j em plenosculo XIIL a coisa loma um.l dircEo nova e diferente.

    Posso estar eado, mas veio um perfeit continuidade da filosoia

    crist dcsale a Patrst;c t pelo menos as vspers da chegada dos

    escritos aristotlicos. Ness sentido, o conceito de "filosolia mcdieval''

  • pcdc uln pouco dc sbstnci. Adenrais. tcnDs aindr o prohlcma d!qrc..lurl. os sa rlos cm que I rtivida.lc lilos(-)lica ticou praLic:Lrrrcr-tc cnr suspcnso no Ocidcntc. hvltt irinsa disctrssao t'rn Bizncio. ecssa lilosr)l'i bizantin lanrb.r rnis trrdc vai Lccndar lodo o nrutrloisliirico xtr\tsl:la Prsia clrio dilcil ou lrrpossivcl. ou ar'irrconvcnicnic, diviLli la cnr pcrioLlos 1i rrais lticil di!idi l.r c!n ccltas lirllngerrsde pcrisnrcnio. que torrl i rnr s vezcs |rl)r cinr ds cras c, plo L cnosi!clcctualmcnle. rs dcscractcriza.r nr pouco, aprgalr unr pouco aslronlcirxs clrirc clas.

    O c ha lnad o pcro.k) d Patrslica, por crclrrplo, qtre iria ni o sactrloVcuLrinr evl.l.Itcrlrcntc cm Sanlo Agostinho. nlrs corrtiruarti h.LlendoLr.ra li,,hscrr gosljnia,,r (nr vcrdde. c\ic ata hojc). da qLrl llrllds cxprrssacs rriorcs S.Lo llorvcrLLra, um conl.nrpornco.lc Surio1i)rns dA.lnino Sc havirullr agostinisnro. enllo cm prpijr P.ltrsiicaqucl:lc oco nrodo colllinuva viva rLli.lcrrtft).

    ^ (lilcrcna cntrc r I'airiio c l1(olislicr sc rrai clc ordcnr

    iI)l{lgica do quc tilos(llio. C(rnca.ros.t lalr dc llcoisric x parijrdo lnonrcnto .r. quc c\istc um rrsirn) organiza.lo. . r prcoctrpaao.lce\porsistcnrtionrcnler.l( rina crislri c{trirc n t(ifrar lorrrra rrn,:loisgarcros Iit(rilos bcrn craolcrisllcos Unr gtncro suoos chnrdos /irrosttt:s(fite as Surllr, .1conclusa dc trira.ljscrssao. porlanlo. aqriLoqLr! rln dmitidoconroc{mclnsaovrilidarseria.cniiio.aloirlulrato!tlli.lad dirulrina E\islcnr vr)as lirlos dt sunen\.us ah borados l:llr ra r it 1o.:la ldirrlc N1di. scn(lo nrr d(,s nris lanrcs{,s (, dc Pcdro Lonrb.Irdo. qucs.n,irl.r clc basc farr mrLits discrssacs. O scgun(lo Sarrcro litcrl]trio sros,r,s.arcspcilod s(tuaisicrpli!uci

    ^PrrtirdonronrcnLl)crlrq(.se tcnr csscs dols 8ancrcs (aracterilados li|ros dt: t? tetl|s c stt ltLt

    , a a quc sr lala dc Escolislila N{as isrlr ni]o qlrcr dizcr qLrc hjr rrndilcrcn substanllvr rlc corcdo lilos(')lico !nirc o perir)do prrrlstico

    princi!alircnic Ailostinho c o pcrnxlo cscolislico, sobrcitr.lo qurtdo

    sc lrata dc Sr]o Boaventuia. qlre strn d!ida urn scsunda cdi'o dc

    Ncssc pcrio.:lo chlmado p'rts(ico'' c sei que n'ro unra 'listlnqo liloslic, nras tilolgica . existe mtL Srandc dilcrcn crrticJ.,r. r r,l.rl.rrrrti..,;,..'.',':, 1"'.,r\r:'J l.'rrr J.'lJ" -' 'nrt ' i'r _tarncnte na discusso Llis rclacs cni|e o cri!rini\Ino c a tilosofiaOs pa.lrcs grcgos prelerinr cnlatizar unla c')nrinui'ladc do mundogregr) pia o clistrio. no cntido qtrc rn'Lis lnr" dir Clcrncnlc de\tL-'.r.t.'.r...., r"",.t",r... Jr'J," ;, q .\., " r''rorf l.'tr\( rr "ulia Patrsllclali a sobrcltlocol lcrtuliano,'\rnblo Minucio Fli\c oulms nnar Lrnra (llrco lrncrcntc anlag')nicu lllosolia' qlr!clrcg a scr considcm.liL por Nlinutio Flix a "nitc ile tnls as hercsias '

    u,na discussio irtern dos PadrcsIsto s(l pr Llr Lrrna i.lcia Lle conro Lrsta crena

    'le que c\isli'r

    um pensantcrrio crislo nronolitico ai a Rcnsccna '

    cLrlllrrn dc

    alnranaquc. a Lrnr.rtrobaSenr str 1manhr tlrrve mais 'liscuss'ro'houve rlrLrilo rn is antgonisrlos ltr

    'lo qLIc cntrc os enciclopcdis-

    ts, por e\cnrplo Os cnciclopc'lists do sclo XVlll cslrvnrroclos nrtlito nris clrl acordo sobc p(nrto ltrrldamcnris 'lo qtrcos pa.lrcs.l lgrci Uortr qLrcsi'lo conro csta: 'Qul

    ':a positto

    que tonlarnlrs conr rclaro Acadenria Plattro e r\rist')lclcs'? 'll ai posiocs opostas .le 180', qLrc vo sc11'lo clabortr'ls ttt.tuc sc chcg IIrais (,rr ntcDos, coln Clcrncnle c ()rgines' a mcsfcie dc srrtcse.

    O nris !urioso clerrtro (i I']atrisiicr latirrr '

    q cj cortr sur prcl)ctrpal) c\trm clc c!iir a ronlaminao (i hcrcsia ela nr'sma :Lcabapr{xluTi tlo llcrcsis. O horR, tLos hcriicos no thc prcsciva de scrunr dclcs. e!aro pro(cqo.lo l'lsl)rilo S'rnlo nrlo !cnr rrcccssrirnrcrrlepra rqlrelcs qLrc satr) miris zelosos na orlo':loxl' \r sc quc leilnlirrro.l\'1incio t-lir cstlar pcdcilrnrcnrc (lc 'rcortio niso: qu' todas as

  • heresias ncelrl rla tiLosoii que n'rdadoque n iilosoli digatem a'nars

    ,,,i"r." itp"",i"ti", L) qlre importava cr'r a tradiqtto'"t;,:'':;;.; t";adi;o ? rc, pcrccbcr qlre' no sclrro

    rI'j:. , " ,,,.""- "0".: "t,.11::l:::ili.1,'l;1.{rd,, unr stnlrJu bLnr Jiter(ni( d que let'L o(;",;." , ,,:,::" ' ':r 'jn' J ' J' 'ilun;; l , , r,' u,J' "r'|'r 'r' ^ 'ru'l 'ru' rrn\-'r'

    r n'

    ","r",,, ar",.t t'**'

    "m vista emirnsmisso dircldo rcslcrnunho

    ,* "tli,,4" *'"'"

    *qLIcccr quc os quatro [van'lclhos qucalgrela

    ..,.--.L.r,. u,,ru rcr.,

  • ^1un.Lr Qr/a,r/o o senhot laLa "dau'ifio'. nesse t1lan1c ta ela

    s(pa t?oLolia e ibsalia au ..'l)No ncssa poca neln se pensava nisso Essa,:listinqo scr leita

    mlrito mais tai.lc Qucrdizcr, sctinha a cxposirio raclonal e sisrc mt icado quc seri o contcdo c cle qu.Lis seriarr s scrcr1as do Elangclho...Po(uco EvDgclholenluma pr(e rr l.|.rt it/r c. cvid cntcDrcn le, conlrr

    cle naneira ora e\plcii. ora implcit um coniunt(, dc lirmacssobre rcalidadc. sobrc o Univerv,. nrt consiituiqo clo Cosnrossobrc o scntido da vidu hrrnrn. etc. Conro so uDr pae pequenadesssscntcnn csl c\pliciir, prcciso csprcmer o resio par c)iplicit las.e a qc sc obtn a doul|ina

    Adounin.L jrl venr d.rr1isc. do colncnttirioc daexposio dos Evn-gclhos I,lla narocsl propriamcntc ncles i-lst ncles dc mrncir sinttica.s !czcs sob Iornra dc igLrrs.le lnrgriagenr. dc mctforas, hipibolcs. desinrilcs. colnprraqcs. rnlogis, ctc E unl (llscurso |rullco. rclmcnlc. um discurso nnrrivo. porlanto. poaiico [nio, para csprcnter issr)c diz.r: Es1 narrativ.L lransli)nfad crn.:lorLtrina cliz que . '. issl) nno 1.i1. nao sc obLllr.k) dix parx a foltc. i\ obras.lc Shakcspcarc,por exc.rplo, ii!cranr dcs(lc Lrnra inlrrprl1io psicnlitic at urnaintcrprctaaxr rnrxisl.L, lnlerpr.tacao cstrLrturalist. clc. l-las pecxs dcShl(espere Mo sro obrs rcvcladas, t,o lanr, c!idcnicrrcoic. a rique7 de scnlidos do Evanselho Se u'rr sirnplcs obra litcriia p{rdc darronr'i p.r'"f'i' i,,

    'gr ,.,ru(.^r .\r,r. ,...,i,.rp(r .'r., rrr.i,,.a intcrprettLro dos Eva|gclhosl l']odia dai e deu In.snrol

    O quc csscs apologislas laliros condclr!m nrlo err urnt.l()nirirra.csta ou aquela. nras pr(')pri discussrb.

    ^ nfase e colocda n tra

    dio. qlrc signilica crtnrcntc iransnrllslo do icsrcnrrnho. E ven.l).rs coisas conr css disl rnci:r.lc dczoiio scculos. poderros, por um lado,

    t)roictar sobre eles rossrs prprias catcgorias (le pensarncnto vcndL)conro Lrnr conlnrio dc tloLrtrins o que ci.r rra vcrtludc u coflr't)Irto

    l0

    enlre r cxperin.i tliva. a lr.liaro. e tL cliscnsso doulrinI. E podmos.por outro lado. nos piovitar iuslarrrentc dcsla.lisinci e. lcrldo conlolhos dc qucm nro priidrio dc nma colsa ncm da outra. pcrceher acot dc razi{, quc os dois ldos tinham no caso l'o(uc cra necessrioobter urna dout la d , claro. t': isso sc iornav.r cda ve, n ris ncccssir l.)( , r i/." Ju . rJ ltrc\ J-\I r.r','rli| rr. 'i '

    No llrha cscpatia. Sc Lr suielto tiravtL u ra concluso cornpletanrentc cstapalrdi dos li'ngclhos e corrcavlL a cnsinar aquilocomo se li)ssc doutrina d Igreja, el rinh.L que.lizcr: "},sla minh.Ldolrlrina" on "Esl rro ". Por orim l.b. os qLLc se opunhm a issoianrbrr estavrn ccrtos. Dois perspectiva naLo era a de ter raz o nocmpo cl discussro, ms iustamenic cle evil'1 pr.r evltar a perlurb.L,o das alnras Elcs ach!r qtrc.rs Pssoas deveriam sc preocuprrris cnr recebcr o teslelrunho do qu cm disculir' As dlras coisas soverdadciras Nao sc tria tambnr du um rcrmo nr.lio, propria.reirtc,

    ras dc unr lcnso insol!cl.No lin.lo. csse problcm de expositlo racionlou de absoro da

    c\pcrincia 1rdicional exic la hojc Acho quc a Ltor corllilo cstrlrtural cor.liao hLrnr.rn. o sci hLrnrno lodo Icito (le polriddc plrxil.lo para um lal:kr, puvLlk) pr o ouiro, c cnlic essas pola dndcsclc tcnr quc achrr Ima combinlo quc fac sentido.lenrro dc trrsclrcunsincis. deniro dc su sitrL(:Lo.

    Ncnhlrrlr.los lados podi. cniiio. lcnccr cs discusso Nao podcncll)lcncer aparcccm ali Clcnrcnlc c Orgcncs: Clcnrcntc.Linda no sclrlo II,nr passcenr para o llL r Origcncs l no sculo Ill. csboando um lcntariva de srtcsc. nrts urna sntese tnrbm prol)lclntic.. quc na vcrdadeDrLis e prcssa essa tL'lrstio do qnc resolve (csiou me prc\alccendo quidc uma cmnologia d(, livru de Nljchclc Federico Sciacc. para garantirque no !mos PUlrr uns llulorcsJ.

    \rih!l. r,ul., .. s('1,\aa rrn,,n,,l /rlnrii, saLt l'rL k,r]tl rrr Nlonr.1,tr, re68 I

  • Depois de Clemcnte e Origenes. oteffeno cstava pron lo pra ler su r-gir de 1ro um gmnde tilosoii que lossc capaz dc integrar

    ssas vriascrigncias, e justamentc o que aparcce coff Sanio Agosrinho SanioAgostinho . ao nicsmo tempo, herdciro e rcpresentante cla tradioEle Ln lorn1uldor doutrtnat absotut.rmcnte tntico. c uln terrvcl polemista t;Lnto peruntc os criticos. os advesrios.lo cristianismo.qunto perantc os herriclrs Tudo o quc aparecc lfagmcntado em seusanlecessorcs nclc estl,L junto l\-o custa lcnbrar scLr ponto essencial.quc justamenle a nlase que ele cot.rca na quesro da conscinciaindividual. qlrc iambm vi se arrastar at hoje. ( ..)

    ) mcncionamos a imporrnci da questo da inrliviciualidade pam alonnulao das ieoris sobre o toralitarisrro, aqucla cliscusso toala sobreo }leiclcgger. a HannaArcndl. eic. Vocs vacm que csta questo ainda csipresente. Na verddc. se pegarenessc peodo d filosoia crir vocs veroquc ludo o que se cliscuiiu dcpois i estava l, etieqenremcnle lblmulactL)dcr.rncirnrelhorc nraisintligvcl Eu me rc|no.caclavezmis,,rvernopcrodo.la filGolia moderna. pafir sobretudo de [,laquiavel c Hobbes,uma queda, uff clecltuio. unla queda dc nvet absollrtamcnle 1nrjca.ou, como diria Schcliing, urna icgrcssno a unl nvel pueril. da qual natu_,rln cI ( , prpri, s. t,et,ir,, ., ! \ _r . er.r ; zao. poi.elc juDrente a tentariv dc recuperr uin nivct cle .liscussAo prprio

    Conr SantoAgosiinho, enio, queest na passgem do sculo IV paro sculo V nosaparecc an tecipd amente a teoria do cogiio caesiano.como esta aparecc colocacla de uma nraneira nuito nris consislentc cmuiio menos nrecnica. P()is o que vai ca.cterizar o mtodo c.rrtcs ianL) justanrenle su lineridade lgica. No vejo tenso dialticr dentrodo pensamcnto de Descarics e ncsie sentido que acho que ele un)pouco pueril. pois muito lcjl sc isolar ds condies existenciais. rlasconlradies da cxistncia, e tazcr unl raciocnio lgico. pdindo del2

    c'erts prcmissas, mdinte um procedinrenro puramentenreio-naltico. Dreio descritlvo. como ele lz

    Santo Agostinho, quando cstuda ess nsma questo do arr, lcvataffbm todo o conjunto das coniradiqes cxjstenciais hLrnrnas, e estconscienle dels cm cda nlonrnio Quardo descobrc, por exernplo, oque ]nis iarde Lr prprio Dcscaes vi descobrir que a prcscnq d.Lconscincia individual a si mesma, lsto . "cu sei que exisio' , el nltocoloca ess conscincia de unr maneira unvoc,lincar e abstrala, corroDescartcs. que 1r do ".o{,ito eryo sum" ("pcnso. logo eristo') o lirndamcnto axiorntico dc tod a uincia. Snto Agostinho, ao contrrlo,perccbe que csi presenqa do ego a si mesmo prcblcDica.

    Elc percebe, prnnciro. que el no uma conscincia pcrfcit. . lstt)scr n1js lrde uma crtica leit ao prpriLr cisianismo. Dcpois dcDcscartes. hoLrve sculosdediscusso conlra cssc primado do ego. Est.lis.rrssa() se estendcu ai o sculo XX. mas n veddc no se erunciou duranie toda essa pollnica uln s argurnnto. pclo nlenos vlido.que no cstivcsse e Snto Agostinho e tlnbm se eDUrrciou muitabobagem. Santo Agosiirtho percebe quc o ego de lato cst presertc si nlesnro, mas no esi peleitamente preserrtc, pclo seguinler "Eu scique souj sci que exislo, mas. em primeiro lugar. nilo sei por quc cxisio.Om, as rzes. os lundamenlos da minha exislnci tm que estur enrnrirn, porque. se eu eslivessc separado dessc fundmenlo, niio poderiaexisrir mais. riste ento algo em inim quc eu nles o c quc desconheEo por conplcto".

    F.r",Jc\r.roo.t.,:rsr r.,r ,u c u r:r pr, \cnco. . u r,1 I 'cn'ir.ao rnesmo iempo. uma clariclade c um obsclrridadc E no sinr-plesrnen te quclc "circulo de 1u minosidd e absolut' qu Dcscadcs. pornrem absirao, alirmacomo o hrdnlento dctodos os conhccinrcntos.. presena do cgo a si mesno no pod ser o furdamenio de lodosos conheclmcntos. pois o prprio ego no lcl1l scu ltrrdrnrento cm si

    ll

  • mcsmo; o prprio ego n0 a sa sui. no tbi elc que se inurou, q0ese criou, q0e se ps aqui. Ento esrc ego, esta conscin cia humna. tenrum carter in trinsecamente p.oblemtico. dcsre cartc I problcnriicoque Santo Agostinho cxirair sua doutrira do tcmpo como torma cxistcncial, quc prpri d alma enl conlste con a Etcrniddc. que prpriade Dcus, e quc Bocio deiinia como posse plena e sjnultneade todos os seus momentos

    Snto ^gosii

    lo percebe que ;r lma no sc possui inieiramenie acada monrento. s se posslri por p(es. por captulos, ou por seccs,havendo porianto ulna espcie de dislenso, uln desdobramenio. Essedesdobramento jlrstamente o qrre ser para elc o lempo. O tempo a fo.ma cxistencial prpria da allna, enquanto a Etcrnictade tormaprpia de DeLrs. Mais ainda: le tirar da outras conclusoes. sobreludo concenentcs Ilosofia d histria. Sn1o Agosiinho o priDleirolilsoJo quc se preocpr corn o probtema do senrido da existncihistrica hunrana rontda como um coni0nio. No entanto, clrlocanclopara si mesmo cssa qlrcsto. elc no a rcsolve tal qual uma snteschcgeliana, que d unl:r explicao dc nicmo rte todo o nrovirncntohistrico. tjle no iem menorprctenso de lazer isso, porqu sabe queosentidod umentc quiloque pordelinio. est colocdo paraalmdest enie, pelo nenos tomado na sua cordio e\istencit imeclira.

    Por remplo, se o suieiro escnve um livro. qual o senrido dessclivro? Onde est o sentido? Seu sentkto s sc perlz qundo algm ol, mesmo que seja o scu prprio autor ou a su me. lsso q0er dizer queo sentido no est propriamenre no livro, quc uDra mariz quc permitco sulgimento. a revelao do scnlido qndo elc lido. No h nenhunljeito de se embtir no livtu o scniido dcle nesmo, assim cono no hnenhurn jeito de se enbutir numa pal.lirura ffusicl o solll dcl mesm:compra sea paditura c patitur se toc a si prpria lsto ro possivelO sentido da vida e o sentido da histria rm que esrr colocados, ento,

    1,1

    scgu n.lo Aeosiinh o, para alnl dessa prpria h islria, situado iusrmcnieIo plano das linalidades ltimas ou do luzo Final.

    Ele aind lar uma obsclvaEo absolutamente central, que depoisser esquecida olr ignomda por todas as lilosolias da hisiia - dc tipL)Hcgel. Colnic, Marx. elc. que o sentido da histria urn senlido pcs-soal Isto . nnhum scr humano vh,c para assistir histria intcira; aiodo mon1enlo os seres hlrmanos estaLo saindo do campo hisidco parapenelrar no campo da Etcrnidade. lsto significa quc, sc histri tcmLrm scntido de coniunto que s podc ser realizdo no tenlpo, cnto ls ter sentido para quen vcm depLris. E essc extmentc o problemaprincipal dc Hegel Ele o primeiro - c, alis. o ltimo percebcr osntido giobal da histrial Todos os que viernl antes nao sabiarn o quecstava.r fzcndo ali. Hegcl que veio e cxplicoul

    fcil perceber quc, to logo sc cnuncia isto, v-se que a isc i imposs,el em si mesma. Qucr dizer qlre houve um sentido da hiiiaque permaneceu ignomdo para lodos c apareceu nriraculosmenie paraHegcl. ou para Auguste Conte, ou para Ilarl Marl? Qundo o suieitocomea a cnunciar isto, i sc deve dizer: "Pode pararl Isto absolulamentc auiocontraditrio, porquc significa que, para iodos aquelcs quevicram antes e quc no pecebcrm, a histria no teve sentido algun .osentidodhistrialoi rcscIvdlr.ento, miraculosamente,paravoc?Mas acontece qLIc voc no saiu da histri,t, inda est dentro dcla, otcmpo aind e contiru ando | . . Entao vi vir um ou to, e para ele vocser smais unl dos qc no sabianr o scntidoda histria, porque gorqucm sabe elc. e assin por diante". Tudo isio Lrma bestcira fora docomum. rma llt de habilidade iilosfica S uma tremcnda ialla deILLbilidade que permite esse lipo dc aboto lilosficol

    Noiembe]n queofilsolo quc cometeesses cqui\'ocos, eleos cometeporque, na hora de raciocinar sob a histria, faz abstrao de saspprias condies cxisrenciais. Ele no e elaborando unla filosolia

  • dahistria quesiN pra clc mcsmo cnq anlo ser vivente epersongemhistrico. Esl se colocando iora da hiria conro se fosse Lrm deus.ou um obscrvadorj ou rn especldor de cinma que v todo o filmc scdeseniolar e chega concluso: 'Ah. enio isrol". Or, esta posiqoquc um Hcgel adoi, ou Augu!ie Comte. ou Karl Malx, cst posio I . .,ir.. L ndo.\i. c P^rq .. n .JFiru ( r(rln
  • Cerlar]rcntel essa divisao emlses, quc teoricamcnie cu lminriamen1 nosso prpiotcmpo, que tcmos uma visodo todo que nos pemriteiirar a concluso inal da histri e dc cefto modo transfigur Ia' SantoAgostinho sbe que es s trun sugura,ro s eriiste na passgen dotempopma Etemiddc uma trnsligurao no tempo no ieln scntido, porque

    o tempo no pra. Voc no pode alcanar um ourro palmr histricono qul tudo paou, gora se iransfiglrrcu e 'iudo licou mais belo" airli de quevocvaidespetar eviest.rr iudo diterenrc. Estaidia estno lundo de tocias as teods rvolucionrias: hver uma mutaEo, um"slto qulitativo', cono diri Mao Ts-Iung, c tudo licar dileric'Nda vai ficar dilernte. porque, se ficar difcrentc, no dia leguintc vaiesta mais dileentc ainda, e assin por diante Isso no vai acaba iordo, ningum sabe ondc termin a listriai Esi um dos axiomasbsicos d vida huranar nilrgum sabe quando terlnina a histria'

    Al}na: Naa poden cotldicianar esse dia.lNo podem iecharl Podem lcch num esquen metfsico. mas o

    quc nletaisico? Supr-histrico. Porque isso independc d hist)ri' aquilo que colocado para cinu d histria, ento isso possivel eracional. laz sentido. Por excmplo. voc sabe que, no jmporta o qcconte na histria, dois mais .lois vo continuar dndo qurro Nosabemos quando a histria vi terDirraf, mas s.thernos que cla iamais dois mais dois dar cinco Esse esquema metafsico no d ento o.ntedo o seniido da histri. mas seus limites. Erie o esqucmarnetafsico que lirnita Llrasticanlente o coniunlo dc possibilidades hisi-ricas. e uma dessas limitaes nrerlisics jusiamente que a histrino po.lc conier dentro de si mcsm Lr seu prprio fim. lslo uma leinctafsica. ulna ntoldur ncilisica da histda. Haj o qc houver, ofim e o sentido d hisiria est pr alnr dela. no podc estar contido

    1ii

    l\l'rna: lais ou me os Lafio um ilfie: quando toc quet aLota (...), no quet d.et que no aai aco lecet lais l1ada l

    Exaiamentc. QLre dizer que acabou somente o ilne, agora vnrosp a cs, samos dcste plano. ento ( ..) colsa coniina'

    l\lnz: E a t h a qu eles pe.^otla,e ns que podetiafi aze u n iLnleco tifiuaco.)

    CIrol Isto que dizer qLte sse tipo dc filosoli (Hegel. Comte, etc')tinha uma estrutura nitidamenle lucinalria, pois o indivduo saiinaginariamenic de deniro do plano existcn'il e el' mesno assisle'dcntro do tcmpo, a iransigurao do iempo, lazendo de conta que estlbra. Isso tudo loucual a mesma coisa que eu escrcver um Livro enie colocar to bem dcntro dele que Pssc a eriislir sonente nele: no

    cristo mais aqui fora. s esiou ali dcntro Ninglrn pode lazer isto'mesmo porquc, se o sujcito o lizcsse. o livro acabaria naquelc n1esnlornomenio. Eu lne pus dentro do livro. pus o ponto linal: "Bonl. acabei o

    livro". Agora, pergunio eu. quenr vai pr o ponto linal. sc j eou todol dentro? Esse tipo.lc pensarrcnto tem uma eslruturaconro aquel doEsche, cm que a mo se rlcscnha a si mesma un.t coisa que se poderealizarno plno imaginriLr, no plano das 'possibilidades inposs'eis

    "mas no existencialmente, no no te po real.

    Isto signilica que Santo Agosrinho. quando ele pensava, cra oprprio Agostinho, no unr pel:Sonagem inventdo de filsofo que elcconcebeu par assist ij histria do mundo dc canrote c dize ondeel tcrminva. Ou seja, Sanlo Agostinho no linha a tal da pardlaxeque clescrcvi. Paralaxe. recordando, o deslocamento entre o eiro daconsiruo terica e o eixo d.t conscincja existencial do lilsofo' ( ")

    l\l,rno: Nessa crlica que toc loz.- Se a Bblia una Reelao'coto qe eLa fica diatlte do que oc disse (. ) sobre a lessoa eslat

  • contida (1e o (1e fi Liro. coma se litesse alingido uma iLumna,ia)absoLla?l

    Em primciro lugar. a Bblia no um doutrin; em segundo,no Lrma fjlosofi; em terceiro, a Bbli ppria Voz desse planosupraterestre. Ento no tem como lzcr uma comprao de ururcoisa com a outra, assim conlo no se poderia fazer uma compaaoentre os pdncpios da aritmlic elemen ta e isto que emos dizcndo.Os princpios d ritmtica clcmcntar tiveEm certamente que ser descobcrtos unl dia, mas no Ioi no dia eni que o slrjeilo os descobiu queeles passram entrar em vigor Dois majs dois j dvam quatro antesde voc ier pcrccbido quc dvm quatro. e vo continuar dando quatroctcrnamcntc, e quando este mundo no existir nitis, esle Univeso noexistir mais, vo continuar dando quatrc do nresmojeiro. Isto sc rcl'erex molJu,r n,rt.lr\i. d h,'rori.. c nao a h

    'toria m.rma.

    [AlLtno: Cofio (...) descobtiu, ientau...)l:...ujerro r"o in' *nrnu LI larir ca Ib guo. porq -e tia(n|,

    ' ret

    dizcr tmbm descobrir, e dai o terno "inventar" terlr uln conotaoaDlbgua. NIas, evidentenrenie. ningu inventou quc dois mais doisclo qlraio. Na hora err que o sulcito dcscobriu, cle descobrtu que jesivam dndo q uatro lzia tempo, e qlre ele era simplesmente o ltino sabe! colno o nrido enganado.

    Isto significa que a filosolla da histria dc Sanlo Agosiinho tem mist!ndamento racional c cicntfico do que qualquer uma que veio depois ese h algo que yale a penapara o hioriador lcvar em corta isto. Msfica dilcil. Se o hisioriador qucr rcduzir a contedo d prpri cinci histrica, historicizar a prpria noldura metlsica da histria. (ornplirr du d-r.nr,inu..l.,,',vu,,d,..n ^df.chc- i prcc.oentender qe os elenrntos dc doutrina rcvelada, da douirin netiisica, claro quc so descobertos e lbrmulados historicamenie, nias eles

    20

    no tm ncnhum... Ou eles so invlidos. so 1lsos. ou. se tn1 algumrclidadc. essa rcalidade em si mcsma no histric.

    Dito de outro modo: Santo Agostinhlr dcscobriu que no existehisiri sem metaistri.L, e que idia, Por cxemplo' do Antnio Gra'msci. do hisloricisno absoluio . se o suieiio enunciou "historicismoabsoluto", voc tem que mandr ele para cs: Agora vai para uas,moleque, stucla tualo ale novLr. pois o que voc acabou de dizer um']esilrpidcz loa do comum". Se historicismo, no podc ser absolulo'a no ser que se possa revogar os pincipios d riimti. elemenlar c'no liln das conlas. se possa revogar o pprio passado Porque o fatode que o passdo venr antes do prcsentc. e e't"nes d luturo' no histrico. um estrutr imanente histria Diga-me Lrma pocaem que no loi assim A nterioidade do passdo c contingncia dL)lluro so ciaes histricas? Uma criao cultural? Houve algunapoca em quc no funcionva ssim, cm que o iiiuro vinha antes? Nohrrve No entanio. anterioriddc do pssado um dos pressupostos

    da cincia histrica. Bast islo pr entcnder quc no pode havcr histoicismo bsoluio. Todo historicismo neccssarlIncnte reltivo, Pois alenrarcado por Lrm nroldura mctal'sic que ele no podetransccnder

    de ancir algurna. Par lranscender css ml'lllr' nrctrfisica seriapreciso que cle iranscendessc a prpri antcrioriLladc do passa'lo e a

    contingnci do lutlrroPra Santo Agostinho.ludo isto em o bvio do bvio' Quandovoc

    v, qutorze sculos depois, Hcgel sc atrapalhfrI) 'm essas coisas'

    como l(arl Marx e Augusie Contte. voc diz: 'Algo se perdeu no meioNs ccrtamentc emburrccernosl Algo aconteceu"

    l1ino (..) aluci au meio ]nunclo.lAlucinou meio nrundo. E pior: qLre quanto mais bu o o slrieilo

    lica. n1ais sc acha inteligcnte, porque complica o modo de expof

    zt

  • adquire leramentas d11ticas mais elegntes, que servcm para sccngnr mclhor..

    lAtLtna: Ai na h una di itlizao di llistt'ia? Alasta se qualquetpla o que a transcenda, e a histria lir diitlizada. potque eLa agallcle (..).)

    Se voc tirr o pressuposto rcligioso, ainda assnn a idia do histo-ricisno bsoluto bsurda em si, plrrque, se ele absoluto. se tlrdo oqe exisie histrico, enio a estruiur do tcnpo dcvc scr histricatambm. Ela apenas uma criao cL tural: algum dia algun sujeitoinventou que o passado vinha anles. . Ms, sendoum criao cultural,ns podcnros invcntar, cnto o futuro vcm antcs.

    lAlL]na: L lenlatafi sso. o ? ApaFdram os pe$onagetls da

    TentaranI Eo jeito: vL,c mucta o passaclo de rnodo que . O l1o deque, quando o ienpo passa, suaviso.lo pssdo tambnr muda. issono qLrcr dizer que o futlrru reiro ge sobre o passado: retroage sobresua visro do passado, mas no sobre o passado mesmo. Para rcgirsobre o passado precisria rcgir biologicamcntc, isio , precisariatu/crrcnJ..ercr ralrren ea\ tE\\uJ\ u qu( rilu ( - r,(rmi, .oi.iPor exemplo: nudei minha interyrerao d hisiria de Napolco. Ah.isro iffpodantssimo para mim. mas no posso lzcr Napoleo rens-cer e viver a cois llrz da iniepretao que fiz dcle postcriormente.Enlo. qando o sujeiio confundc sua intcrprctao dos fatos com ostros mcsmos. a no podcmos ncm dar a desculpa de que ele loucl,ele sinplesmcnte burro.

    lAlrna: A ! camo o ilm. le licqno Tnel do tenlpo.l.ol'el clo lefiN. o Liemirudat da uluto. .

    lA]ullor ssim. simpleslnente inlantil' no ? Quet dizer" 'tcirma egoc trica que calllunde deseio com rcdlidade l

    Infantill Puerill A filosofi de Hegel. dc Lrguste Comie, de KarlMf)r peril uma imaginao puerii exposta con insirumentosdiallicos. sem o mnimo de discernimento filosfico que deveria ser

    exjgido de um homcnl.dulto

    lAlnno: E o itleressane a hbita que se em' |fiie e|fi dia depegar esse cot*lnto Je pseud.oPzn ssas que ditos "iilsoos" ( ' ) ' "\tacpu t ton p n tdi\ pt, t1i \\a' P nu t tu bol ha' t nr, M, d t\'a Da t race 1 o tt:rilicar a caisa e a pessoa rcspa de: "Naa- m oa porcldgn1ai" )

    Ms qualquer um poal ser um novo paradigmal Saddan Hussein

    cra un novo paradigma, at que deixou de scrl

    A1i.tlo: Acho Ele a exsle 1ht1,. Paru oc dzet que aLgutnLtittia seia prcLe(Lente ()Lt no lem duas caisas l ')'OqueasPessoasa?en caftat o segullda laLot e se concetllrut tla ptimeito) au seia'sobet se ela lem coet.ttcia interttal e te ..)

    No, espcr ail Todos elcs argmentam cm lermos cle vali'iade cxter

    naitoalos elcsdizcm qu aquiloqueesto expondo corrcsponde ordenr

    dos latos ellernos. Porcxenrpb, n rrrontanhadc conhccinenros hisiricos

    qe Hegel c Nlarx tm rclmentc imprcssionante O que litlha no

    isto. no a tli de relcrnci a unr mundo e{ierno E que estc nundocrterno \,islo imginarimcnic. e rro desdc o eiro cxistencial em que o

    suicito e. Voc no podc acuslo de ilta de rclerncia extena Existc reltrncia e{tcrn.r o ponto de visla clo observador que lalso olrsej.r, quele munclo que ele csi ei(pondo no o que ele rclnenic v' o que vcria sc tmse quem ele est fingindo ser Porinto' sao obr s dctico, consiruclas partirdc um personagem inaginrio dc ulnnarrado imagnrrio. O suieilo qLre escrcre as obrs dc l(arl Marx m lqrl

    23

  • Millx literrio. que s aquilo na hora dc cscreve e nao coincide com experinci existcncil dele No coincidc. ncrr poderia coiiciciir

    por isso que digo quc, de ioclas elas. quase toclas as obrs lilosfics a priir de X,Iqiavel Nlaquiavcl, Hobbes. Locke. Hurne, Knt,Hegel. K.rrl Marx. etc.

    - tn eslrutura liccional. O que eou dizendo

    aqui cientiiicaDlerlie dernonstrvel. No sequer uma icsc filosfica.(urt rr.cc'.nri. uU.ii, pod,cf,n\iri.,.,ju.r.nanrc paflrrda distinAo enire os Quatro DiscLrrsos.

    [Alrro: itlas enlo o pa to ocal seia a rcLaAa tLa suieto con eLenlesmo? (.. ) l:: da esttutu l?l

    No, porquedaivocorcduziriaa 0m problema psicolgico d aqlr eleinclivduo, c no. NAo possodizerquc todos esses so loucos. Se lbssclsso, seriam malucos. rnas nAo. uma confuso de gneros... goraentrou n flod o Ietmo etnbedtled: "Os reprteres csto e,",eddedras ops:r. Ento es( conluso cst etnbedtled en1 toda cultura: falla de distino cntre o qlre unl discurso cientiico e o que unrdiscLrrso ficcional

    lAlw.lo: Ca na ptlruLare . lA parlxe no um problem indnidul da conscincia deste

    sujeito, uma confuso que entrou cm toda a cultura. Eles no sabcnrmais clistinguir o quc uma lese cientifica do qLr m ronancel E filosolia, durnte esses quatro sculos. constitlri-sc basicamenle desta

    Nallralmente, no tcn um s deles que rcconhe que aquilo umdiscurso ficcional Hegei, IGrl Marx e Conlre pretendem cstr izendom discurso to cicniilico qlranto o cla fisica. s, no. cientiiico era odc Sanio Agostinhol Aquilo core.sponde a ddos obscr!ados, observados c comprovveis E com prov\,cl m piri(am ente. por c\cmplo, qu o

    21

    passdo anierior ao prcsente e ao Iuturo. e isto 1z partc da cstrumdo prprio tempo. qual cst subentendida enl toct e qualqner narm-tiva histrica o! Iilosolia d histria Podanto, a lilosoli da histria.para dizer algo sobre o scntido dcst.r, tcm que passar para un outroplno, que j..1o pode mis scr o d histria, nlas o d Eternidade ou

    lsto estritmcnte cienilico, e nopode no serassim. Qulquerhistria querer embutir o scntido dcntro cla prpria histria 1rquc cssc scntido s p.rsse a existir dcpois dc uma di tal- cle modoque. cuosamcntc, o sn1ido daqlrjlo que se passolr no sculo III scstar no sclrlo XXII. ou no XXIII, ou no XXIV sendo totalmenteignorado no sclrlo lll. E as pessos quc morrcrn ali inlelizmentemorlranl scm sabcr par que. o que signilic...

    )Alllno: H alqu s cafipos do canhecimento que descattam pdr0lt!re? P)t exempLo, a sica...l

    Eu no sei. tsso a muito complicado Acho que, curiosamcntc.o quc contecer no sculo X IX e ).X l'oi que, cnqunto esse fenmerod parlane sc cxpnditr pnr cleniro cla filosoiia, que sc tornavaliccional, as obras de iico cDtravm col)ro corretivos disio. o ienlpoiodo. A fico do sculo x1x c XX uma critica d filosoli.

    {^lLtna: DostoieshilDooivskil Nosso,Uchado dc Assis com o horrenr do "hlrma

    nitisDlo", o Brs Cubas. Os cscritores de licALr saben .rzer distinocntre Iilosoli e fico por qu? Porquc cls escrevenr ico. r\4s osfilsolos no. pois escreven lico seni saber quc ticqo. Ento essesdois campos... Inaginem a multklo de dados que live que juniar parIazer essa comparaEol E se pergurtasscr "Tcm pamlaxe na lisjca? nabidogia?'. Isso complicou o negciol Se voc qLriscr cstudar esse as

  • sunio cst cm bcrto. lns !,ri lcvar !in le anos par iechar isto e poderpro!.u que siln ou quc no. c couro qoc lbi. Prccisrl screver lodaa histtir, rpssar locla hislria d cinci risica c das inllnnciascultLris li.

    claro que, por exenplo. na fisica dc Dcscartcs havia urn lortissinroclcmcnto dc prla\e n medida enr que el cr Lrma deduo tiradados principios filoslicos quc clc hvia colocado. Por isro.rcsnn), olivrc ro qual Descartes expa)e sua conceptlo cicntiic. quc clc charrDo iunda. clc pt6pt (lcclm qu Lrrr obra cie licao. Apresent acomo uma obr dc fico. mas. ao rrcsmo iclnpo, cle credira quc .tuilo,: i. .ir f,, ,', \e \, ,1u( ,- i .urrlrr . ru e rr ,;rr. " r,,n.. i, r Fpr(iprio Dcscrtcs couro sc por crer pio. o cxpor ll loria cla Relali!icLLde. Allre Einstein o fizcssc numa pc dc tctm. ou num pocr .c dr.clmssc conro obm.lc tico. r.as. o nresnro tempo. pretcn.lcrldo cientilicmcntc vlicl crn iodos os scus pssos

    usta uonlustLo cstara. cntao. qusc conscicntc cm Dcscrtcs. Nls aclr) que rrnr) cslala corscirnlc rnr'l'honras Ilobbcs. ntlo cst.rva consciorlc enr Da!i.l Humc. ntio cstv conscicntc cnr Imrrnucl Ituni, c ssiin|ordit'ntc alu scla. eslc um pcitu(lo de obsclr rccirncnro d intcligancia.No possvcl. se voc rcrcrlita r hisl(lria.lo lluminisnro. qlre lenhaha\'ido Lrnr iloresoimcnto inuclito d intcligncia .:lcpois da Rcnsccnq,rnais.Iirrda ro ll riinis.ro. e dcpois voc chega no sculo XX c va oslrutos dc tudo isso, conr s socicda.lcs rri$ absurcl s c iiiaciolrtlls quci cxjlliranr ao lolrgo (lc tocl.r .r histarria humana. uor rnodiclrio pcflna-rcnlc, c ro li iotal corillsao cognilivir c.roial qlrc sc a|ossolr dahurnanidadcl Nrio possivclL Sc gcnrc rivcssc licado 1o lrlcligenletLssinr no sculo XVlll. no csiarnros laro burrcs no srtculo XXI

    loi cnio i.tuc conrccci r c\rlrinrr a hip)lese cr,rlr'rla Filei:"Espcr i. c sc o clc acontcccu loi o conirrio I)i ua pcrd? l\1uiLrScnLr ha!ia insinurdo lsto. nr.Ls sclnprc por rz(-)(s doutrinis quc nad

    pro!va.r Por exemplo, sc pcgrmos toda criic que um ltcn GLrnonou Bcrdicllhzern a(, prprio l leidegger,lazcnr modcrnldde aquiL)tudo que clcs dizcn no prov nad. Ai qu ndo esth ccrto, d a inr-prcsso dc que est certo p0r.qlrc o sujeito pcrccbcu alguna coisa nrasele no tern rclmcntc a crp{)siclo do ( xl, do quc contcccu, qualloi c\larrente o proccsso, c isso i quc tenlei dcscobrir E pra isroque a ecntc lz css conparalo ene os aulorcs d xlcrnidi.le c osanti,ros. cnlrc os ntisos c os r cdic!is

    Qundo vejo Sanlo sostjnho. no vcio parl\es.. O prp oPlato./\risttelcs. os csticos, os neoplal11icos, Jv1aimnidcs. ncss itenr iodantnr vejo paraLL\ealglrma QLLndo cd L,rr desse! suiciros lal. elc ccrpondo s coisas desde o que su pcssoa concrct co r unra yisal)corcreta quc tcln da rcalkiade n qu.'l ele re.Llmentc vivc. Naro cri urrpcrsongcm para irltLr em norne dclc No crisie essa inrpostatLo cla,",, ( J,,,.,c,,,. ouc., l.,,,,,, i, ul r. lu tir..i,.

    Quando Dosioicvski, por c\cn,pl{). st escrevendor dizcndo: 'Ah, conheci FLrlano dc l}rl'. cle ntio conheccu nda. estiinvcnlando quc conhccc O llarr dor in.Lginrio lalnbrr. o qn. ahsolutanrente cssencial obr dc fico. O rarrador nao podc corrcs-pondcr pcsso real do ronrancist. clc tcrn qrc lugir dcle. pois teln qlrc!rrher coiss quc o rornancisir nao srbc Alessan.lro [4nzoni. no sculoXIX. es1 escrevendo um hist(iria quc sc pssa rr) scu10 XVt. e unrralTador Na s os pcrsonltgcDs siio licticios, o nr'rdor iar.b]n li L,rarracir por assinr clizcr. o cxposiior dr lilosofia dc Santo Agosrilrho.a r) pr.(lprio Sanl o Agosllnho. N{as o nrradort o crpositor de Descartesprr dirtc, ou dc N.tuialel pai .Ldiantc. i no so clcs rrcsrlros. rrlrunr que sabc ou quclingcquc sbe algo que eles no podcriam sabcr.c tluc iitnor cois:1s quc elcs sabem pecitancntc bcm l{)de se provar.orttlo. por nlisc csiftitural qre !.rch uma dcsss obrs ficcn allruginenr fl grtLvidadc disto, considcrx.lo rrrrrit escala.le civilizaao.

    2,-

  • que irnplica.iue ioda a cultrr n)odcrna sc bscia numa confusaro cntrcIico c cinci.

    D.pois dc Snro ^gostinho

    ter lcanado eslr irltLrra. erisle .r sc-guida u'r ccrio obscnrcciffcrio cm razo da situaqo crtcrna. N,to se vdiscOuk imcdiatos dc Snto^gostinho. porqucexistea deconrposiodo lmpfio l(L)m.Lno. existenr s invsacs b.'nbr, unrll inlinkladc d.Suerrrs. re!oluoes, o desnirnrbrn]crlio da socicdadc cm fcudos indepcndcntcs. Elcs nrio crarn ncl mais .lo quc propilcd.Ldes par(icuiarcstotrLlnrcnle scprtLdas un S.las oulras Qunnd(, chcg o sculo VIILi se 1c]lr a collsriiuiqo do nprio dc Carlos llgno, qLre laz umtL prinrcn tcntiiva de educrLr sislemllciL da sociedirdc Ii nesse pcrrloerlre o scub \i enr quc r)corre r.oe de SaIlo Agosrinho. c o scnloVIII podnio. saro irs sculos clisrc LLrn csloro nnmstruoso.leconscrvar os tcrtos. organiTt,r-los c crir rLlglrnr sistema cle ensino pelonreros prrra l'irs Lle trrrnrlruo Se ( isc|crn icr idlado qucco cnsinoncssc pcrodo, podcm sc rcporrar xo livro dc Santo lsidoro .lc Sevilha(hafrado.,ls ctittolo{.uts.1 lissas /:/;rro1o.qi,s saLo unrrr cnclclopdla.no sfnli.lo xrurl, Ir) . ul ludo sc nistum: hat 1i dados dcsdc gcologiaJ. rirt,,l..rr', Lu.*rrrd,,p,.. l,,ri. r p,lr rru.i.:,.., I rrr'e r,.'Jrixrdia. mas estl]r ludo l dcntr0, de alglr.r nro.ll,

    Ncssc pcrodo cxislc, cnrio. ialio rclliaiiva dc rcrcr os conhcc:-mcnros. rlc lrrntJos par quc no sc pcrdcsseln de uma gcraao paiir outra. ctllno alguns estbrqos monumenlis de bottr or.lHr, c(mro laz,p( !xer.plo. o rrpiio ttr)cio (tu(] o srjeiLo quc, pdindo do cstudoclc unra patc ds obrs dc r\risttclcs. cstabdecr uma ccila eslnrtura(lc cnsino birstanlc racional l,lo grande passr) que se lai .lllr a a iusta-rlleni. qriarrdo depois dc u rna sric.:lc conrrcvrsias c prcirlcmas, CarlosIIagno conscglr. sc Izcr nonrear imperador drlcndo o consenlincrrlo.. lcgilirracilo (ia lgrejr. e conc(ir urrr orlnr ciclo ci!ilizucnnrl scbor .tuc o Inrpario d Crlos l\4gno tarrbnr dura pouco tclllpo. mas a

    ' ' l'

    '' ". ; l

    ]N

    Drrc ficou. [ntre outros projctos do golcrno dc Ctulos Magno. hvio da allbctizo universal loi a prinreira vez quc algum no nrundL)pcnnr em ensinar todos lei , e cssc proicio loi ddo uff nrongeingls chnrado Alcuino, quc cnto (,.gfiza. pcla priilcira lcz. nnrc{nrjunio opcranrc, o sistema das rtcs Iiheiais. (luc ionirI]ente jcstvam r circulando dcsde a Crcia.

    Dcpois d u sculo dc frnco progresso do cnsinoj surge dc novo trossibiljdaclc dc urra eslreculao lilosfica r.ais sria. c cla !e iustamcntL. Ir) sculo IX corr Johnres Scorus Erigcn (,,erigen, , porquca irlndsi "Erin ' quer dizcr lrlnd e ergcn quclc qLre oiirinriodr Irlt'nda). Erigcn rcnla, enLo. criar unr cosrnologia parccida conrnqucla.lo li,r?er.lc Plato. rnas ic.r ternnrscri.,s I-l em bL,ra clc scjLrm crandc gnio. tanlo da fil$ofi qrarrlo da tcologia. o rnalcrial.lc qucdispunha cr rclativa rerrle pcqucno. cnto asnr(ese acaba llhnlloumpouco dos dois la.los, tnto do lilosllco qlranio do iolgico.

    Erigcnii tcnia clar uma cxplicrlio .lo conjunto d nturczrL exis-icnle lomndo Dcus corro ponlo dc prii.la e ponto dc chcgd. comsu 1nxrsa.listjn:io cnlrc: pri rciro. a 4tuteza que ao i cria.l.tt ts que Lri.t. qe o prprio Dcus enqurnto criador; sgun.lo..r])dt|rc t que (tiada c cril/. c n clc coloca o prprio Vcrbo Divino(isso !i dr unr problcnra lcol(igico. pois conro quc se vai dizer quco Verbo Divino criado? ItoUVc nruiltl r(,rlro\,rsia, c clc dl, que noquis dizcr bcnr is$ ..)r k\ccilo, a aturcza quc (riad e o uu.qLLc iod a natureza scnsvcl. incluindo ns: c, pt:r lin. d atut.czattue .ia Lriada e nao crra. qoc o prprio llelrs corsiderdo en. anlo rciomo c consulraao de 10l:1s as coisas. ou seja, a Elcrridacle

    ird, onrrd. rr. rrr. r .lut,,\o.'^ rul,J',u.tund.(,rcepo scm dLlviLIa grandiosa, quc nroslra todo o cicb dc c ainc rcdcnaro no s do scr lrunrafo, mas dc rodi natLrreza, dc tr.lo o

  • Isto. no sculo IX, alqo terrjlicarrie. porquc esse suieiro no linhrcn1comque rdiscutiracoisa [nto imginoque, npoca, s pessosprestarn] atcno eur certos dctlhcs. s Ir \'crcm se aquilo cstavadc acordo corr a douirina da lgreja ou no, que cra o ponto de rrriorinteresse nqucie monrentr. E. cvidentemenic. acharam que o ncgoil)cr hcrtico nlto idlrncnic, s enr alguns ponios

    N.rver.larlc. o potcnclal lj bsll co dc Ergen a no loi cx plorado dirciral hojc, mas acho q c, ltoic, com os conhccimentos quc a gcnte lemsobrc a origenr d vida, e conr as hilrs disclrsscs sobrc a n.Llurzada vida biolgica (se cla ,na coisa especiLicrrcntc dilcre,rte da crisincj inorgnic ou sc a unla espcic dc corrlinui.ldc ou p.rss.Lgenrde n,el), com csses conhecimcntos na nro scria intcressan I ss imovoltar Ergena. Urr conhccido DleLI, nr bilogo lirncs chn1dt)Antoine Danchin. tcll1 a leoria dc quc mtri u|ra s quc existcunra percita conlinuidade da nrtri.L e!1r 1o.los os nn'cis, havcndo unladitcrcna de lorr. E urn ncgcio rcio aristotllco A diltrcna enlrea qunrica orynica c inorgni no uma dilercna dc n,riureza, pclrs cstrulural: os r csnros elclnenlos so aranjdos dc uma oL't'amaneira al scj, ofcnnreno qrc chrlamos vida naomaterialmcntcJi.(r.r.rr., ra.,. uI^trr . oit,.i.,,, f.iL .. ., ._riI r. .pruf ,tc buscar a origenr dos scres vilos rros prprios rnirreris. No lei se tLssin precisaria estudr rniio mais. e alrn .lisso a odgem da vida naro propritlmcnte o .reu rmo. N{as seri nruito interessrnie lzcr luzdcssas teorias. uol rcleitura do ]]recna.

    Por rclta dir mesnra poca. surgc urna discusso que vai lravcssr oicurpo e que chcgar na verdacle r ns. quc o mso problemn dosurTzre,rh Na poca, rollo rrrundo llle\e um pouco ncste problema dcnrncira qLre n o podcmos associir lo a ur tilsolo ou outm Todo elescsio intercssdos nisto. e se rprc algum l()lrr alguma posllto. tantol)urs Scol como Sanro [onrs dc r\qulnr). So Bovcnltrr.t Todos el"'s

    :11)

    taln lgo a dizer sobrc isso O problem se fl,rmula assirn csscs con-ccilos nivcrsais quc rcfletcm essncias gerais. clcs rcllctcm algo quecristc cfctivamentc ou sio apenas no cs quc dmos a cntiddes m.isinr r.enos prccids par consesuir asrup los nurn idcntidadc qucln)ssrros rcconheccr?

    Sabemos qLre exislenr. por excrnplo. os lccs Mas a espcie "leao ',

    !nr que sentido cl cxistc? Quc os lees conrc singularidades cxisicm.hour. voc no precisa ser corIli.lo for um dclcs para sber qu exislem.Nlas a espcie "leo' rcrn lguma subsistncia neialisica o! aperrasunra dcnomino gcral quc dmos a esl coleo de indivduos ch-

    Sul3cm, e t), cvidcntcrrcntc, trs possibilida.les cle respostaA prinrcira : s cxistcn os ifflividlros, os conceitos geris cxistcm sr.i mcnte humn.it a nrente que xilup cssas crctcrsticas comuns e.rir osconccitos gcrais. A scgundn rcsposttL. quc oposla. dizr esfcic.ristc clttjvmcntc. s essncis Scrais exiem rrctafisicnrcntci osromes que damos a elils rellcl.Ir urn rclidadc. A tcrccira possibilidadc : csscs conccitos gcrais so rclnrcnlc criqoes da nrenle. rrs clcscllcicn algo qlre c\isle Ia re:rli.hdc. orrhom |o cxista com mcsma

    vrlidLle {nr c(nn .,es,,ra l,cnsidrdc. otl coln a mcsnra relidade doscllcssingularcs ouscj.ascspacicscrlsleln. nrassauuniaexisinciadc'scgun.lo gr.Llr"; tnn lcro singulrrcrlsrcclcri!mcnic. c acspcic'lco"

    sr; c\iste em Lunao delc c conro unra cspcic dc pno de lundo.A quantidadc dc tinta qrLc sc clcrranrou para elaboiai esta qrestio

    tao grande. e as solues s() io bsoluiamcntc ilcniis c cngcnhosas.(trc lcl!o qLre rlruiias dclas ecabaram tmbaln sc irnpregnndo no scnsoc(,rnum, dc modo quc. hojc. qutLn.lo a sente lenta ellborr e!ta ques1lto.veio que exisle IreIos dilicul.ladc do quc parcci havcr nquclc tcnrpot',,r cxcrrplo, sc lhcs digo quc os Ica)cs trn rbo, cstou falando dos lees.ooro cspoic, Inas claro quc a espcie "le.Ld'enquanlo 1al no lenr

    :i

  • rabo. Por ouiro ldo. se lhes digo que o arsnico mata otl que o vinhoembebeda, cstou qucrcndodiTer queum quntidade pequcna dcvinhotomacla isolda e singularmcntc cmbebeda, e qe no preciso bebertodo o virho cxistente ou ioda espcie -vinho" para ficr bbdo

    Ora, aconiccc o scguirter quando digo que o arsnico mata, qucrodirer que unla got.L de arsnico mata, assim conro dez toneladas de ar-snico tflbm nralarianl. No h urn djttrcn subsiniiya. O slrjeiiono pode morrcr mais s polque iomou mais arsnico. Ele vai rnoflcrth.olJ 1 r(nr. Ll( nr. \ J muflcr J.,, \c/.. uL qui 1/( rc,/r\ uu ||rur rl"mais profrndmenle', porque tomou mais arsnico. Isso que diTerque s proprieddcs dc urirgora de arsnico s.Loertmente as mcsmasdo asnico lomdo como cspcic, c propriedade moriler de todo oarsnico a propriedde lnoier dc uma pcqucn quntidade. Nlasse digo quc os lces trn rbo, isso no quer dizcr quc todos os leestnham o nresmo riLboi cd um dclcs tcm unl mbo diLererte. e 'rbos"tambm so uma espcie. Bntilo, o quc estou qucrcndo direr? n)dos oslees tmacspcic "rbo'? No. elesim unl rabosingular, que pcrtenc espcie "rabo", coDro cles pcrtcnccm cspcie 'leo' .

    Or, csss observaoe! so fceis dc voc rcconhecer, e io logoas rcconhccc voc p{rrcebe que questo dos univcrsais no podeter uma soluo Lmvoca vlida para todos os entes e para todas ascspcies de enles. pojs as espcics tambnr so lrieraquizadas demncira difcrcnte. Por exenplo, se digo -todas as gotas dc lsnico",estou llando de entidadcs perfeitamente idnticas, cractcrizdspclas mcsffs propriedades. qlre s s disthts espaclalmente sesepararmos gota por goia. e que jultas. distintas ou mistrds elastm exatamente a mesma propriedade. Mas e se eu disser "todos osbrasilciros"? Ora, as proprieddes qLrctcm unr brasileirc so idntica!s de outro brasilcio? Pelendo nio ser to burro ouanto o nossominjstro da Educaol

    1Z

    Posso at estr engunado elc podc pensr que bun! sou eu -, lraslcjo que tenho propriedadcs que ele nao lem, e le tcrr outras que eunao lenho. Dle ssina un1 decrelo e d emprcgo para quenl ele quiser co Estado paga. J,r eu, se mandr o Estado pagar. ele no vi pagar nada.Se eu dcr enWgo para todos vocs, lmdc. Isto signil]ca que s prop ed.lcs no so as mesmas, ns scoincidinos eln algumas dels, cmriras no Flniao. o rnivcrsal "arsnico" e o universal "brasilciro" nopoLlcm ser discutidos extamenle no rrcs|ro plno. Perguntar se esscsunivcrsais existen ern si ou sc so penas Irolnes urn pcrgunta quetcr qlre ser clilrencia.la cm um e e]n outro claroqucquemdescobriulsso no fui cu, isio foj surgindo no curso das prprias discussocs.

    tcil voc perceber tambrn que. enrbom irrdo isso icnha sido tomarvilhosamentc claborado durn le esse perodo, para cteitos da evolu oposterior d cu ltura ocidenll como sc no tivesse sido. porque a capaci-dade de osujejlo distinguit primcirc. enl.eo u n h,crsal abstrato e osirgularconcrelo e, segundo. entre divcrsas crlrds ou niveis de unit'ersals collrgmdaocs criisienciais diercnics. csta capacid.le parece qLl desparcccuao longo dos iempos. c a propcnsa{) a conlundir ccla vcz maior

    Por excmplo. quan.lo l(arl Mrx diz quc o verdadeiro suieiio da his-klria, sujcito gente d histria, no s,ro os in.ljvduos, mas a classe, clecsi azcndo cxatnrcntc io. QLrsndo clc diz quc a burguesia lonrou opoder.. ora, dizer que a burgucsi i(nrrou o poder a mesln coisa quedizcr que a espcie leo abanou os rabos. e\alanentc a mcsma coisalUn1a classe no po.lc iomr o podcr de nrncira alguma. O que podecontcccr que lguns inditluos, ott ltupas especl/lros, totnaram opodcr. Nenr se pode dizcrquc o lonram e r nonrcd ciasse, pois corrroa que voc podcri reunir lod a clssc burgucsa e eleger se!s rcprc-scniantcs pr qlre eles iornsscm o poder em seu nonrcl Isto nuncaaoonteceu, evidentcmcnie. No neio claqel confuso da ltevduaofrancesa, como que vlrc ia corrscgu rcunir tod a burguesia?

  • I-lm scgurdo llicar qftndo a ial da burgucsi.r lom o poder e vocpcrlunla: Nas. esperaj qantos burgLrcses havj entre os nolos gnvcrrn1es? ' (b Gueses rro scnlido dc cpii.rtisras: qua ios capiratisiashavia entrc os novos governantcs?), a rcsposta r ,.praiicnrcnle ncnhLiin O quc havia crllr illicleciuais..rlrr militrcs. eram padrcsl)ri:lo. ai hoje nrc pergunto o que o s iciio qlrjs dizcr qlrando ilouque "a burguesia tomou o podcr', e que a nova sociedadc que surgc"cst sob o donrinn) da bul3resia',. Como essc donnjo de classe?Ilsse dor nrio consciente dcliberado. ou iolabncntc inconscicnictlPara rcsoh,cr esltL quco. seia prcciso desnrcmb t.L cour tods essasdistincocs escolslicas Sar ura nrcntc trclIrda ncstc iifo de.listinoa cpaz dc rna(ar csta chlrda.

    QLrndo vernos inrlrreras discussaes quc surgem .lcpois porcxcmplo, hii unr li!tu do Si.lncv Hook. um filsoti anre crno qucprimciro loi conlunistx e depois anriconnrnisra. que sc chm O nrrlna hislr.l.1 Ele tcnta sbcl qual o p pel clo i .livnhro na hisi(iij/\o colo(tlr cstc problenr. pL'lo simplcs lto dc cotocir to elc prccccsl r inclo contra Lrma r(xla quc dil que a histri lejr pcls massas,ou pelas clsscsj ou por sIicitos impcssoais.

    ^ sirrplcs cxjstncia L]e

    um discusso sobre qul o papcl do individlro. cta .tsse sociat. dognrpo, da no cic., o que isto? I:ta discuss,ro dos uni\,rsajs clcno!o. i.lntic. s(i qlrc cmprecndi.l scrir aqul]ic rig.n e aquci tilezacscolicrL poriIto. cmprccn.ljd frcquerlemcntc cl)nr a (onfusaocnl|c csprtcies conro o arsnico ou o leo.

    O sinrplcs 11o de os inrlivduos quc ie Inrrcm lressas djscussoe5frio pcrcL,Lrcrcm quc se trt ainda da discussao dos unii,ersiris. apcnasx|licada Lrll setor cspccjal, jri Drosirl' qlrc algo se perdcu no canrjnhoQucr l:lizer cstvIros do rn) cilrinho dlr constiiuir uIr coDjLLnto dccrilri.rs cicntlicos paru .lisoutir iodas cssas coisas. llras. intelizmcntc,qurn.lo os carrards csiilvnr disculindo csscs concejtos ctes no

    ll',,,1,,1

    (inhanr ainda dados hlsliriros sulicicoics. E. quando aprcccram osdados histricos. cs.lucccraln os conccitos . nrdo .lilcil, no ?

    Quando os camardas tor.Lnr tic.udo rliados por esta discussaocerla llos uni!rsais, snrgc dc novo o vclho tcma da prioridadc dtL

    rr.:lio sobrc a discusso dialtica. Surse com um sLlieito cha.radoPcdro Damio, c ralnbnr com o larroso sio Bernrlo. [.lcs s oporao qurlquer(iiscusso.1:sse ilpo, dLcndo'Vocs csro todos brindo asports par o llclnnio. Essas disclrsses s v,to lev los para o lnlcnrot) quc interessa n.Lo ctuecer aquilo quc nos loi transmitido pclosfri!eiros lesrrrunhos rla pcsc|a dc Cristo'

    Tambm ncstc cso. absollrt.Llnerte nelessarrio dizer que r)s doistam razaLo. pojs. se voc esqce sse testcrrunho, cnio vi csqucccr oconreo da su:L dlscusso. \'oc ncm sabc rtais por quc cst discutxrdo.llr scgLLndo lugar. tanrbm ftu srhc enr que ponto d.L hisl(irix locorir.L. pois estri viven.lo uri ciclo hisi(-)rico.LUc a todirho dctcnninaclopor esle lalo crisro. Alr dis$. )ca no podc jogrtodas as discusscsdillltics no liro. N{uito bcm. crisliafisnro. sintl Nlas como qlre vanrosc\plicristoilqriil IquioscnridodorLlrinalclcrivodocristianislno?o quc o crisrilrisnro clctivnicntc firma'' Sc voc ficr apcnas cl,m olcstcurunho. sc rirr conclusanis pcr lcilanicnte her licirs. isso nalr lr anicnor.ijlerera. pois. al'inrl dc conr s, o tcstclntlnho, o Evangclho no(tual loc esi bascdo r Drcsnro. Enro. aparc(c dc novo css tcnsLrcnlrc o crisrianisrno connr lato c surL trirdlrrio doutrinal, conr loclas a!discusses dinllicas (lai dcco.rcrlcs

    A sta liura. aprccc urr suicito absohrtamcnle rnaravilhL,so. que Sxnro Ansclnlo, quc j nrcncionanros. Sanb Anselrrro o lndivi.luo quecnLrncia clnnrad 'p|o!a ollir)lligica da L'ristartci dc Dcus' , a q alsc iormula ssim: sc Dcus conccbnlo como u ser inlinito e perlcilo.cnto EIc tcln que exisiir llecessariarienle. porque, se e\isiisse penscomo conceilo. llle r:ro eria ill llll ilo nern pcrttito. N{nitos sculos mais

  • tardc. Kant objctar a este argumento, dizendo que Sanio Ansclmoesl conlundindo o conceito corn a coisa conccituada. Kant dir enro: "Essc Dcus dc quc voc csi llan.lo, voc prte de Lrm conceilohipoirico .1 Lrln ser iniinito e perfeilo; hipoletica.eni, o scr assinrconccitndo cdigc su prpria cxisincia. ms s hipoieticamelrte '

    ^cho que o rgumento de ]tuni no viLlido. por u nroiivo muito

    simples Uma ve7 eu nre pergunlel o qre eft un iuzo auo eaidenec procurei a defuiqo elll tudo qunlo lugr S o vi delinldo pclacertez subjetivr juzo aulo evidenie aquele qlre suscita rma cren-a iffcditameirte. Or, mas susciir automalicmenic ulna crenano qucr dizer que o juzo seja verddejro, pois juzos lalsos tambmpodenr. acidenllnenre, srscitr t]nr crcnal Essa dcfinio de juzoauto-cvidcnrc no mc parccia. cnto. ruda evidente. Ao contrrio. elme precia b.Lstarte lalha.

    ELLralbrr buscavportodaparicumadcfiniodprpriaevidncia. c vi que o primeiro sujeito que relncxeu isto a lundo loi EdmundI ILrsseil. rnas mbnr nele no hvi 'na delinio suficicnte do juizoauio-cvidenie. NLr achci a defnrio, mas descobri uma prop.icdadclgica de ro.lo juizo.LLrto evidente: aclule quc no podc tcr rlnlacontmditri unnoc isto . sc voc tcm um juzo uto evidente ecnLrncia su nego, esta ser sempre aDbgua. ter semprc dois scr-ri. - P',' c.e rt , r. leJ^ou,'c t.t^uo4,tpo!a rrui.rrui.cvidcntc quc csrou aqui c agora. Ns sempre estDos aqui e gor.voc sempre est onde es t noDrolllenio en que est Sev.,cdisscr "Euno cstou aqni c gor", isso qucr dizer o.qu'l Que voc esl ellr olrilolugr, olr qlre voc n,Lo esse que estl.L llando? A lrase est: "Eu noe!tou aqui eagora' Vocvquesiamesrra frasctcrr rcccssarianrenreos dois scntidos, quc so complctanlcntc diltrentes.

    Par.L lornar isto aindamis claro. vamos pegar o famoso otcmplor '-A= A . [sie um iuro considcrado rto-cvidcrtc. Se digo 'i{, A', conr

    so quero dizer o qu? Que o pdnriro A dcsigual a si l1lcsrno, ou queo primeiro A difcrcntc dc unl outroA, que chamreDros de Are Ar? Serligo '4,]\ , estolr querendo dizer que AL dilerente de Ar, ou que AL (lilerenle de A':? A expresso A = A' teff um scntido unvoco: que o

    ^c igual a si mesnro e voc enten.le que duplicjdade a usada apenasuma .luplicidde de sigro, que o seglrrrdo signo A sc rcfcrc ao mcsmoobiero do prinrciro sii+o A. Nlas sc cscrcvo i\ r

    ^', j no sei mais se

    a ua dilerena de signo ou uma dllerena de objeto. A cxprcsso 'A I,{' nlro e\pliciia por si ffesma o scu scntido, cla tcm um sentido duplo.\irc podc tcstar isto com todas as sentenEas ulo evidentes No vai

    A ncgao do auto-cvidcnic sempre ambigua Ento, todo o nossl)problema saber se a irmaEo de Santo Anselrno ou no um scn-len iiLrto evidente e se. dito isio, vlc a crtica dc Itant de que ela hipottjca.

    ^ qlresto se t'ornulari assinr: po.le Lrm juizo aulo e!idenie

    scr penas hjpolljco? Ou Ll julo uto'cvidcntc carcgrico c tenrv lidde absolut, on clc somcntc hipoitico, s ten1 vdlidde dentrodc certas hipieses. nalisando aqLrcslio conr certos deilhes, verilico quca ifipossve1 uff itlzo uio-cvidcntc scr hipottico, pois, se assnn tbr, noa ruto-cvidcnrc Se ele lor hipoltico. necessrio que o seu contrrlo,{r scu contraditrio, possa ser concebiclo corno igulm,rnte \,lido. \'oclcnr uff hiptcsc dc quc sirr c um hiptcse de qlre naLo; se uln juizo rLUto'cviderlte, ele nopode ser hipotlico, ele s pode ser categrico, eleri]o pode sequer ser pensado corno hipotiico. Ento, ncstc caso. a criticadc tlt]i de que prova de Santo Ansclmo s vlida hipoleticamentevl para o brejo Resla saber ento, se a scntcna "um scr infinito rcmr,,J.,.

    "' F r 1.r.n.... on.arr^. ra oudr \ r i rc\''rrrr( tui. i.ru ( n,rilnpceiaro' unr juz.r uio evidenle ou no Fic est llo de csapar:L vocs: peguer lirmtiva dc Sntonsclmo e tentem invert-lat'.,r. \cr... un.. Brcr,r, brrr un

    ".u rrr..(lir.riJ unrruLi

    t7

  • li\\)ia ^

    ttuesl.ao qe eja rrcssa prc?a que a prcbLenla na alinar: "DeLts etlslente au tkio". () ptobLeiud alonnt que Deus? inlinito. e a (..) at est amulada de uma na eiru hpotltica:"Se I)es itlli ih. e lao se segue que existe". tsot , se o caso esse(...). )

    No. no -Ser infiniio' e "Deus", ess a prpri delini.r,.

    lAull./1r., Ha.t t .w4u, 'taut,t ttut,..l t'.u,tt , 'nt''dicil de ptutut, a\t se.1...1

    Nao. o Deus a que ele e se relerindo o Dnls cristol Elc qcrsabcr sc csic Dcus... lsto !oca podc qucsrionar, existncia do inlinito.Lr..d"b.. ..u N(r.r( ir. rin.i..lui li iru,l

  • lAlurlr n rssa (otrstatcto desse inli ilo i una cot\taltl:oitltLtitil)a, abs'ao ..?l

    Nao. um conhecimcnto. A cxisrncia do inilnito unr dos primcircsprincpios, coiro o princpio de idcntiddc. A rcall.l.le.lo inlirito oque esl prcssuposto crr tudo qLrc voc pensa.

    l^luna: rri.r rno f. ) e?ide tc a tenpo odo, couto a incpia r1e

    Ntio, o tcrrpo lodo no, clarol Nas ncm o princplo dc l.leriti.lde cviclentc o tcmpo todo, pois qundo voc.liz -o tcrrpo tlo" cstarqueren.lo dizcr "par um srLicito'. Or. nriior evi.lnci qLre e\isic,u,\ c,.dp:, d.n,^. t,.r.,l(,1 i,.,i ,. , , ir,r.n, q.. r",......,

    dertes e. lis. ncrr srio lcr.]dcir0r poclenr nos clar Llnra trcmcndairnpresso de certcza. O quc tcntci ioi iustmente tir.r cssc problcmade evidnciada alada psicoljgic. pois o juizo uto-cvid cntc no podeser ieconhecido apcns pclo cltiio qe ele exerce n cabe dc ial ouqul lLrlanol llle lenr quc ler Lrma propricdadc irrrISeca (,u vri.Ls) quepcrmiia rcconhcc-lo crn todos os csos Unra dcl.Ls csia clc rcff umapropriedade lgica, que a dc no icr urra colllradiiria univoca.

    , os ju,os que nao s,to cvidcntcs, qlrc so cmpricos, todostm contrditri unvoc. Se voc diz, por exemplo: 'O gato cslern cinra da mesa, ou -O gato no cst ellr ci )r da Inesr'r. '()gato nao c cnr cirra Lla mesa, no tcrir ncnhuma anrbigriiddc O!a questo do Paslcur: 'Exisre ger o espontne ' ou 'No cxistc ilc,rao csponlinea" No ienl ambiguidadc alguffa nisto, porque Lrmaqucsto cnrprica. Aqoil(, quc enrprico conlirnrdo ou ncgado pclexperinci, j aquilo quc uio eviderrie independe da cxpcrinciaiqualquer que seja .L cxpcrincia cois tcr que ser assinr, como doismis dois so qurro.

    +0

    f,\llrnor [rds c sc 4s ressaas /a] L1n1 l pa n a q uesto can o li]' ndo e as duds negaes possreis deLo'? A ncfao de u t ju.a auloe)idene una contraditro. ambeua. (...) ll se a q esti.nn1e laqu? elc coloca c rnl )t t7s tts opoes' QuaL dessas (. .)')l

    \. ..,,, , ar.r:r.r rr.Jd..irr ,',u I |r ,rr,. .u.tu,csiou lazc|do l c)tninci o juizo aulo evidenle e sas dus ncgcspossiveis, e esiou reconhecendo sr auio-cvidncia pclo lto clc qucele Io podc tcr uma contraditri un\,oca lt logo voc loriiuloua contraditria. el j ten1 dojs senlidos [u no esiou discuiirtlo snegaaes. s esloLr diTendo que o hLo dc ro rcr contrditri unvocaprc!a quc um jnzo auio-cvidcntc. Esta c Lrni c.Lraclcrsticx do jlrzoauto-c\]idcntc. Da se levnl.r r qulsiao Prirn.iio: a prov dc Snio/\rlseln1o aLrlo c!idellte? Scgundo unr jLLzo uio'cvidcnte. no podendo ler contraditria uni\rcca. podc s.r uln juzo hipolalico? li a

    [Aluno: Nro estou e]tt(tldtfirLo t utlo bcn pat qtrc ?sla u]1tapropticdade do juza ala etidenl. I:t;|,.t.1litl r1o.- h que c'? l-- )S?n set peLa e:{petincid... qunscquLLtnpnic ne.l

    Pra caplicar a cstrutLrr lgica.lc por quc assirrr. issl) levari lrorlls,tcria qucdesdobrar pe.lao porpcda{r l\'1as, s(i paft abrcviar hisiia.,J.L lenre l'', q. r.lr:rd...,r \u. rr.,1.,,

    lAl'rt1o: Ata pacebo t|e, fazetldo drias 1c lt1ti.,as.. ]\bc qcr.lizcr o qu? \'tr dizcr 'um quadrado nao tcnr (lail.()

    lados . qucr dizcr que "nenhlrnr quadradr) lem quatl1) Idos' ou quc''csta figur n,to un qu;rclrado"l'o cnuncido por si no diz is$.\l)c Drecisai erplicr o quc quis dizcr Flnio, csse desdobiarn(ntocntrc o quc voc disse e o que quis dizer cracrcrstico da ncgaq)

    +t

  • lAlno: Erisre una lotma de nasnt ssa? (...)l{\ c\i{c' \4a. r.rl n. n.L ndJ (1r' quc \jJ ,i.'(*rriu .lAlrn: Sabrctuda un iuzoaltta eaitlente, ele a ppioset? Quero

    dizer, o caso de utn iu2o aulo eide le, o ser ( ..)?lNo, o ju7o simplesrnente ma colsa qe dizemos. No caso. para

    SantoAnsclmo. cxprcssodo juzoquc ele 1z sobre Delrs expressodireta dl.] prprio Ser de Deus

    lAj|lna: Na a netn utna ptaz)a. isso s unl iuzo. yoc dizet que\ \'eu4tjut.a ttaap,noftoto f tttnn i\]n ttd

    ' p u,lro pLJn t

    un iuizo aub-e\idetlte.l uma prova, snn: I,orque auto-evidncia a s lnoslracla d pos

    leliori Vamos dizer que este juzo, "Des eriste", no auto'cvidcntcpor si, voc prccisa prov-Io... O que uma prov? Prova evidnciaindireta. A prova torna uln.L.Lfi.nativa que no evidenie, prilrimvisra. evidenle segunda via.

    lAllln\: Mas ao lefi ufl rcrcioci io Lgco.lClaro que teml O raciocnio Igico csi a colocdo par mostrar a

    .vid.-cia Jo quc nao ItJ-e. ia F\ ide re 1 frin ei J \i..u l(\,rrm(rr(isto que ulna prova.

    lAlr1na: ELe s lak o mesma coisa com oura palara; efi )ez deaLat'", eLe lala "etisLe". .)

    Toda prova lz isto. Uma prov lgica, uma prova geomt ca, no nada mais do que explicitao de um contedo que j estava d.rdoinicialnrente nos temos, masque no se iinhapcrccbido. Ncstc scniido,todas as provs so tautolgicas E o que signific a tutologia nessecaso'? No signitica voc dizer a mesn1 cois dlras vezes, n1as diTer

    sbcr o.luc qucr dizcr c, na scgund, i sabcndo. Istosignilica que havi uma evidnci li, hvia ulll dado, uma verdde,que er.L evidenle em si nlas rao era evidente para Ds. Ou seja. nao eracvi.lcntc prirncira visia. cmbor para um sujeito mais inteligentc, oupra o prprio Deus. osse alriomaticamente evidente.

    Na verdade, se voc pegr tod geomelri d Euclides qlrndoclc dclnonstm as propricdadcs dos tringlrlos, dos qlradrados, ctc , eles est lazeDdo isso As propriedades j esiao (odas l. evidenies noprinreirc irrstantc, mas cvidcntcs cm si, no cvidcntcs para ns. O quc uma prova? Uma prova exatamcnlc mosirar uma evidnci que jestava l, nras Io estava visvcl no primeim instanre. Tod prov isto aqui, sc for prova lgicai prov cnrprica outr coisa, scmprcs probabilstic.

    lAlrtlo Ela ecessta. para set utna ezrdtLtia primra. pottirda sinpl.es pelcepao?)

    Nol Ser percepo se Ior 1go rclcrcre os dados dos senlidos,mas os prineiros princpios, quc so o lirnd mento das provs quevoc lar mais tarde com dados dos sclliklos, esses no podenr porsua vez dcpcndcr dc dados dos scntidos. sc voc lbr partir pm oempirismo radicl, tipo o do lohn LL,cke: "Voc nasce com a cabeatoiallnenre vazia e davai agruparrclo os dados sernelhantes ai ci asctcgorias lgicas '... Ms, sc cst vazio, como quc voc sabc o quc semelhana? t o sujeito chegar a descobrir o que semelhnaele j estaria com s5 anos. c d clc i comcr a agrupar: 'Ah, essegio se parece com quelc gto, ess bola se prece com quela boia"...Ento, se consegue comparar du.rs coisas. porque a estrulur lgicada scmclhanqa clc j traz consigo, clc capaz dc pcrccbcr scmclhanas.

    ^lis, at unl gto, umatri.rruga so cpzs de perceber semelhanas

    o qlle prcva qLre essa estriu da sernelhana no depende. por su

    +l

  • vcr, d cxpcrinci, nras, ao conirrio. i !cm embuti.la enr nossa prprjaconstitlrio, nlesmo.luc scja constitlriao lsic, ponco impLrrta

    Alrno: l)eea do esstl alitntaa d.o Sanla ^nsel

    n. para cla setrlkla. para eLu set Trexladeia. en ulEtln nlonleno tL)ca tot que lc'tutlt co lalo expcrie ri.!l cotn Dc s, que setia a ptusenqa de Ctisb naTena, dl[a assini. ao ? It. tua a ttatruliz]a seti.L tt ptoi)a. -

    NaLol llsLa prov scria pcrlcitamenle vlid para ,\ sttcles. qucnunca viu ncnhum Cristo

    l\lt'. l'hLao qual i etotottlcnte u prc|la (. .)')lA prova uio-cvidcnle enl si rresa, porianto. no po.le depcndcr

    cl cnhtlm dadocmprico. \otc bcm. considero qLI e essa p rova dc SantL)r\nsclmo o graidc .li!isor de rigu.rs e.r roda a tristarria. o centro dahislii hLrmn. a coisa lnais irrpodantc que alglrm diss. n civili-zao ocidcntal E curioso que. scndo tLr auto evi(lenle para llns, elascja tiio obscurac ii(, duvidosa paraoutros. O.tLre quc dctcrmin estirditcien? R)rquc SantoArschno viu unrcvidncia lao prlmatriac l(ant.lissc quc cm apen.rs tnr juro hipoitico? Lrvj(, qc rr cst flandodc um cois e o ouiro csi falndo dc ouli:t Pm Snto

    ^nselmo, ist.)

    unra pr(^,a no scutido cslri(o d. "prova', ou seia. uma vidcncioilldirct. Uma vcz dada prov, o quc no ern evidenrc id11ou-se clidcntc. cntlo voc pcrccb. quc o iLrzo no lundo cra tautolirgico e qrcvo! csiara dizcnd0 unra coisa rro bvia como A = .

    Snto ^nscloro

    lal loda csta prova segurc dc qLlc csi trablhandono plano das evidncils. I(nt coloca css cvidnci cntre parn1cscs.colno se no tossc cvi.lncirr. lissc s um rticulaio l(jgica, s um. \a Lri.Lr. t{.{,.,"..cr \. l J,.,(.tr u,..,r, " tti..' n.tu* i.. d,l r, (,,.rr'q.. .r tl.i .. .1. "l.r.1,.,cttr. t,-,,5..L,es(rnlur nrrnrI. Llu scjtL. l(anr pcg css prova dc Sanlo Ansclmo c tr

    iraia como sc losse pcnas 0ma cstrlLtura lonnal. A8ora, pcrgunto eu.quiloquc auto evlclenie sc considcra.to apens conro cstrutlrra lorilalscr outra coisn complctartcnte .lilerente. c no rna alrto evidnci?Ou sei. o quc o ltunllaT dizer o scgui e 'Se no considcrrmos esstru to-cvidn cia com o :ruio-cvidnci. cl.L ser somcntc unra Provr, e dscr sonlentc hipottic". S ienl ulri pd)lcma: por qlre consi.lcr'lrssim? Po qrc l:Lz isto? ll s(i porquc quis. l\4as vejrnn)s sc isto pode sersorncntc umiL provu ou sc tlm uto cvidncia. Enio tcnlos o crilrk)da conadilii Lrn\,oca: sc no iissc aunr-cvidcntc. poLleria ier nrnac0ntradiiria unvoca.

    !Alun.Lr ^b

    caso de "Dsr./s existe" l O aryut ettta erisl.e. Voc podedizet : " Deu s n o exi sle' Porq LE roc, csl 1.. ). 1

    A, sinl. porlue voc est colocando conro irlormo cmprira. corrrLm juizo ernpirico. Nas o quc voc qucr cllzcr col]l "Dcus"? Enr prlmeirolugar o Scr lnlinitol No irllercss o rcstnntc do qLre teologia diz sobrcDeLrs, por dciini,Lo o Ser irlinilo Enltn).4 s(') vI)c i)car cxatamentecomo em lgebra. Voc dcsdobra Lrnr conccilo nico cnl seus (L'nrponcn-tes. Ilrr lcz dc "Dcus". voc troc por "Scr inlirito" O Ser inliriro nopode tcr csta limilaao gra!ssiln chnrda *irexislnci".

    I(antdiz:'IslosrctrcsonrcnlcaoconccitodoScrinfinilo . tiulhcdi-!ro: Ah, isto qucr dizer quc voc cst qucrcrdo dizer que o conccito.lo Ser intinito inlinito, elrbor o inlinito mesnro possu no sJolIsio Ln estupidcz lor do conrum. isl{) no scqucr pcnsirvcl'.Se pudsscmos lzcr cssa separao cnrrc o conceito do inlinlio c olnlinilo mcsrro, da. sinr. segrlr sc-ir qLLc a prova de Sanio AnscLmo somcntc um raciocinio, o scia, sonrcntc unl aniculo lorrnal. e n.Loa exp.esso dc nma uto cvi.lncia

    Om. s cxistcm dois tipos de pcsra: as pessoas pra.loerrr o inliniroeristc c aquelas par qucrn o infiniio no exjste ljsla distinqo...

    +5

  • Scrrpr que.liscuto coln um NIrcio N{oieira lvcs, por cxctrrplo. nrrcrctiro dcsscs qual(llrer. seiquc csto co !ersanclo com uma pcssoaque nLr sabc quc crisrc o ir Iinito, quc imacina qrLC o rnuldo cjruunscriio qu;lo que elc sabc dclc. cmhoir poss vcrba|Icntc rcconh.ccrsua cristrci. 1r:rs senr tirar s conscqancis pri aquilo mcsmoquc ele esi dizcn,:lo. A negaao do inlinito . cnto, Io a negarodc Deus, no senlido teolgico. nad dissor a negao do infiniro, negao mcifsic, no a religiosa a cracrcrisrica de todo o pens ren1l.) nroderno

    Por incrvel quc pareqa, csiil ncgtlo do lnlinjro slrrgc prccisa-Irente no instntc cnr qe, rl lsic e na strolrornia, s passava (laconcepao de Lrm cspao fccha.lo para unr esptLo quantitti\rarrcntcinfinito. cotrro se .L descobcrt do i|liniio .luirntitativo iivcssc cstu-pi.iificado s pcssos e ar lecha.io para idi dc iniiniio metalisico.Istr scri bllse rTljni clc todo cssc neg{')cio df paralre: um trurna(ausdo pcla dcscobcrlado inlinito quantirtlrivo que cegos camara.laspar o inlinito mcrlsico. Sri sc loncebc gora aqUilo qnc nllo lern lirrlitequanriritiv{). rorro n sarie dos nurcros, por e\er.plo Or, sric dosnnlcros 'inllrita . indeinrjdu. no scntido liIC pois nao sricdrLs laranjs. No tcnr irenhu,na laranja na sric dos nnrcros, nito lemnc lrun eletante. no tcln ncnhrLffa pulga A sr;c.los nmcros so-mcntc a sric dos nnrer'os. erto cla cst Iimiidssi . pois sa) umaespcie dc coisas E cl ri iIllinila reste sentida. hltuituttt secu Lle m4ri.l inlinilo sob certo aspcci) . nao unr iriilliio vcrdadciro.

    Or. o infinito !cr.lxdeiro parcce illlpossvcl.lc conccl)er p r.Lccrtaspessors. Por qua'' Porquc si, p(dc ser concebiclo ncgaiivmcntc. o1,.1, * ., ,iroirl. . r'.r ,'r r lr ,., ,'lr.'r, ',',,r,. t-,u, i, ', E, I, tu,.ri. J.,\s cLrs tcologis. a apolitil- e a ctaltic: tcoloilir (lue vri pclancgirao e quc vai pcla hiprhole lintao o inlinito s(l porlc sc co

    l.\a hor cnl que voc hz unr pequenlllo esloro pr nrcditar sobre essa no.to de inlinlio, voc cnlcndc niomticamcnte. n nlesmhor, quc, por c crrplo, a fiLosofia .le l{esel no lale r.lir a inreirano valc nada, pojque na!) renr inlinito ulil O Espiriio, o dcus dclc. sorrerrte o dcus histrico, quc parccc na histria; . cnlim. unr deus.lotrnnho clc Hcgel. (J inlinjto delc de ncs.ro. Inro voc.liz: Nlascsse sujeito unr caipii. Cos'ricnrclric falan,:lo. clc a um caipira. Estnurr mundirhodcsscrarnanhocpcnsaqueaquiloturlo'. Isto pltraspessoas lbrm.Ldas r !ullura rx)dcrn. a io irumtico quc no poden

    r\ cxisinci .lo inlinilo. n sirrples c\islaIria do iIlliniLo coloc nasflaes. na concepo das ocs hunrras. um tal cocficicnle de inpre!isibiliddc quc lhc convida modstir. Voc ntro sabc o resull.lo derrrJrJ,qu,

    '..i {'i t1't,r.I'r I u..n "ol%bi'r ric,'.qurnro nrior cscala nris alcat ia a pl1abilid(le. Quando voc pensanisso, pcga uma idia como, por c\cnrplo unu s(,ciedde mis justa'.c j s.Lbe quc ela nlLo vile nada lc,rlo l /cr unr socicdadc nrais jusr:cla !i scr nrais just sob ccllos aspcc)s. c lai sei lrerrerhlrnrc rrraisinjusta sobre ourrosl Ningun (tur c{)nlic o lnlinito tcntar lazcr LLmasocieLltLcie rnais iusl c tcntrar. p(, c)icnrplo.lzcr um ato mais justo,n su prpria cscala. Xls sc voca nar) srhc Lla eristnci do ilinin).cnto po.le conli.ri cnorrcnrcr!le n prc!isibilidrdc dc sus es. noiesullrdo da loLerla hlstrica.

    l{t\tt: (. .) utfi sistena pLtltitu.lI 1. r1,-:r,,J, q. ,l,tr, r .i.r, , . tu ,ir" ,r' ,,r...,\rI. r

    lcito. po.le ser at unr pouc(, rnais jusl(, l\'las voc no saLrc sc vai scr1 t",u,,. r:,i' iu'r, \,^ r..J. ,b(r , .. l'. r,. ," ., (\ r. iu.ri\,

    c injusti nos nossos prprios rros. na escala da!ullo quc podcnrosprever de imedirll.) For.lisso, nao.

    1i

  • l o conrco dessguc a, por exenlplo.lirdo nrnclLr nle persuntav:''\{)c a lavor or conlra a gucrra? . ll cu: 'l\!aro sci. ist(, a depcndc dctantas vriarveis: \bc qucr dizer moralnrrrie. por cxcurplo? No sei.p{)rqlrer..Lo sci cratmenteoquccsrenr jogo. Sabcrcrnos nocurso dcla,cla sc relelnr. dir o q!e ' . Ncss cscal pequena d para dizer: ,.Foinlis j'rsto' tinto hvia a possibilidadc daquilo taL vjrar uur desstrc,

    ras nao calculci lodas as varivcis Suponho quc os genciais quc lizcrIn o clculo sabi[r mais do que cu Acre.litci que ia drr no que dclrnrcsrro. Flci: 'Olh.L, vi scr rpidr,. isso logo acaba". N4as podc scr queno teia. E no sou Georgc Bush, no lenho quc iorrar ess dccjso.graas Den5 lsto 1. rcsporsabilidadc nroill. pesou sobrc ele. e L)lomcDr accnou Ento. agora, a gentc tcrn quc dizer: -clroquli,ijusto' Porquc s(i loc sonrar: o Sadd m Husscir i de prisioncirospolticos. r.rtou 290 nril cr.25 anos d 5J por dja Voc imagtna otcrnpo quc o pcs)ill licou discnrjnclo n ONU: Vi, riLo vai. inspcror er"l Qr. ClI r,./.,r,or\\Lr(n,.,uL 1Ento, claro quc a !t]cr.r r,i iustal S que o Ceorgc Bush tinha qucl7ei ess conr nies, c eu no preciso. posso lzcr isso depois

    Allrno: Ncsrr.r,sr, dizet que l)oc a la)ol ou cotin guedsiq iliut no prcte di sabet a .tLtc rai a(o ecet. nl{Ls a!r uu1 nap)obabiLidde (..)'tl

    Voc vi lcr unl probbilidade, vircr qe ifliscar ftxla a sna pessoanroral nisso al'Ora qunto mcnos pessoas lorcrr postasncsl sitlrao.mclhorl Nlas no Brsil cst todo nlundo ansiuso.

    l\krno: , na mu do t teirc.)Mas ansioso por.tt]? porque clc no vai reltncntc inar a dc-

    ciso. clc s(i vai brincar, cntito isto um total irresponsbilidrdeIroral.

    ^ rcsponsabili.ladc incumbiu a quem tornou tr deciso. s nra

    +lt

    rrci.1zia de caras: Bush, RLrrsield, Powcll aqucla lunlinha aliE eu no qnda estar na pelc dclcs, porquc podia clar crrado, .la reriasido um crirnc nrcsnro. Corno quc a gcnrc vi saber',, O mrixilno .: uccu podcri dizer que toro pr .lue lcs naro estcinr lzcndo a cois.Lerrdi nras no posso laber A coisa sc rc!!lar porqucDosciosddoslodos qlre elcs tm. Sc lizerilnl o cl]rlcLrlo ccrto, o resultado scr csic. bcnr ptu!vel que tcnhur ttiio, pois naro saro idiotas. Mns. .l oulrasvezes. i houvc clculo eriado. o rr]iin . uo posso dizer quc n)ropara que elcs nrlo crrcmj Irtls nilo posso qarntir qu est,Lo cerlos. Nofim. cstvm cer-los mesnol

    lAlL'nL, rurrs f...) d decl.sao tueeles tot at i bn tltu apastact)ut unl tisco, .ttlo tliztr, tdntbin enl citna tkt ptubabilidatle. potrceles tatnblnL lo |lii lodas as d.adas. Elcs l .1 tnais dttdt)s d.a que e

    ,

    potqtle sefiaa s o let'hmas Sittlilir:J que tino. .)No scise s(nr il ivorou conlm r!cn.r. nras cra c(xrlra o nr.rvinrentL)

    pacifista. Por. u? Porque essc movi|rcro pcilista vai cnrdar o ncga,cio durnle n,ro sei qunto tcrnpr), c o Slddnl Husscin vai corrinurnrtando ll por dir Lnqunto os crs liLiun l na ONU grha do unrdinheiro. gasta|do o dinhciro dc t(xlos na)s para se reunir l.. Vocimagill quanlo custa urn rcr)iio d ONU? Parr lcvar aqlrel.L gentcdo nlundo ro.lo? De quantos so co voc.rdos para dali uff ms, lioisneses? Enqunio isso esl l o Saddnr mrndIdo gente pr a ca.lcia,Iarendr) os caras s.ntar o casselele, dando choqtlc cltrico Que brin-ca.leira css? Qunnlo tempo a sclltc podr cnrolar'? Ento nno sci se guerra cst ccrta, nrs sci que proiclar isso irdi.linidanentc crr.|o... clarc que enado

    [Alnno Mos tanbn nAo l paro a se hot naa di.er nad.a, paryue

  • CIro quc errado. Porqlre algurr ao ime.li ia lem que icr: Sc cltonu or de unr ao blic ou de olriro tipo de o, naro sci.

    l{lr)na: l as seadeciso it ediata s.rircsLl na moe demuilalt:Lis i-lcle do que .-l

    este o cLculo que Bush e Rumsttld tivcran que l7e, quc notivc quc l7er. pois no tinha os clados na nro No sei s annas quelm, no sicomo estrtgi.r. no sei nadadisso alis, q inin-gum sbe.

    Aluna: ltlas eLes ao ln ladas. Vo ot at a decisaa (. .).|Nls eles tDr rnais do quc cu, e tnl qlre lomar a dcciso. no eu.

    Portanlo, por quc tcnho que ter ulna opinio cssc respeiio?

    \tLfi L4ro t.,tt)o.t'a, t. r ' . \.:..t uttitrt t,\at{\ at( . ) lii Mi tet a (. .) tla opnitlo pblica brusilea interc.)

    NIas cnunciei isso vias vezcs: cu no sei se sou a fvor d gucrra.mas contr:r o movimcnto pcifista ell sou pois sci o qlre ele , si quissaro os inicrcsses que eslo o quc vai resulir dele E isso scj que catstrfico. porqe sobrc isso cu j estudei. Agom, c gucrra? Naosel se essc o nico ieito de resolver, sc no Espero que els icnhmmzo. mas naLo posso aposir 10001nisso.

    L,rJJ i,'pe.-^d. q-. c,n .(i iLIJU( r'.rirr p^'i.J, n r,(oi\adessas, ls simplcsnentenio lnr noodo infinito.lm su noode probabjljdde controlvcl. o problema de io.ls cssas ideologias doscLrio XX assim: pcrd conplet.r.la noo clo inlirito. que j resr lt dprpria prlxe. poisnose podccscrcver Lrm ronranceou uma histririntinita Unra pcq dc tcatro ou unr romncc a um universo lechado, dccedo nrodo. finito: tern se qe ier unr scnso d lorm.

    imginaqro desses cmardasvai nesie sentido. d fonna esiiic

    50

    fcchada. por isso que a arie. a nrr.Ltiva. o cincma, o tcatro adqirenrLrn]a imporinci trcmcnd no mundo noderno, mito mais do quce.r qu.rlquer outr poc.

    ^s pessoas hojc vcrn nruiio rnais espetculL)

    do que cm qualqucr outro perodor tm necessi.lde de um conttuuoleedaclr de lbrmas linits quc clas possm conie.rplnr e se naravilhar.cnrrr alideno. pois no gentaln vivcr no mundo rcalpor muito lerrpo, j quc o rnundo rcal muiio inini) c nruito ifdefnrido para cls.

    Alo: O libe|alisnlo esl (:or)'cto. . eL? tuttb t est ( ..) Lotrcto,e Aa, quatilo o Hayek, po| uict plo. clrc$ e diz. .?1

    No, porque ele exagera no negcio da cspontnci.ladc. Est conlundindo indctcnii nisuro conr cs pontll oi.ladc Diz que rnuitas instiruics sclormram porsimesms. Ncnhuma sc ti)rrron porsirnesnial}.ls podemsc lomar por.. [udo o quc conlccc. acontccc porque a]gum tuz, c doquc algum fez. N{uitos prcvimm clrrdo. irs oLrirc previu ceo. e acoisa coniinlrou existindo Isto sigrlilica quc cxistc o humana prulongvel no tenrpo Quarrdo x,loisas baixa coln os Dez Nlndamcntos...Iz cinco nlil anos qLre esto scAUindo o nrcsmo Igciol lle previuqoe i r [tzer isso e llzernr. !nt,ro cslrva cco.

    Alr)na: l asapotltoquu au qu,!.)i pct'Euutaj', nLts especi/icame le. o seguinle: a nlaiotia (1os l.ibevis. t?los nte as as tnais pan o Ladodos libetniios, cobc coma unt ptitlchia bsica a bsoluto d.zsca hecittte lo que os seres humaLtos l sabrc n inensa maia]ia de luda.l

    Sc cssc rlcsconhecimrio li)sse absolulo. ntLo estariaDros llndodc infiniio, mas simplcsnrcntc dc urn nda. N{as eslou llndo de uminlinito posilivo .le ulr infirito quc cxistc clttivmcrtc, c cujo coelicicntcdcindctcrminismoqui no l00tl1, In(o.oqueestoquerendL)fazerl sempreonesmo cnrr:qucrcm clirninr urir dos plos da tensio,quercrn dar ma soluao lilosiica para Lrm negcio quc no po.:lc tcr

  • soluo filosfica, pois um problema existenciI. iaz parte da prp aestrutura humana. Estr colocado entre o fnito e o infinito

    - lembrc-

    se do peiofi faz parte da condio humana, j dizi Anaximandro.Vo. n.lo e\cdpa oe.ta. nao e.capa nem dn t'nilo. nem d inlin lu. E e5tdtenso quevai nos colocndo problemas que acada momentovoc temque rearticuldr, conlorme su situao existencil. Eaverdade no estem voc optar pelo infinito ou pelo finito, pelo determinislno ou peloindeterminismo, mas em vivencir essa tenso entre os plos e sberequacionla deno da realidade existencial em qle voc est.

    Afuno: Mas pelo me os seria cofieto dizet que os liberuis estolenos eftados, potque eles peLa fie os nsercm o (...)?l

    No, eles esto menos errados do que os comunists, por exen1plo,mas estarmais certo do que comunista, isto lcillIsso a at, intelec-tulmente falando, uma brincadeira de crina, pois ocomunismo umestupidez da primeira ltima palavra. No h nada ali que seaproveite.nadl tudo fico, tudol O que no ficEo chrlatanismo mesmo.Por exemplo. o Hayek, como crtico do comunismo e do socilismo, maravilhoso, mas tenie fundmentarurna cinci social, da vem elecom esse indeterminismo tolal, com esse espontnesmo. No. isso atambm no lz sentido. Eisso coisa que o Mises no faz. Ele seguraa tenso: tem aqui o definido, tem l o indefinido. e estmos no meio,puxa para c, puxa para l .. Ele no loge d condio hlrnrana...

    Leitums sgerids

    colrsH, Mc. 1,l'rn /1,4/,trr\ tt tht \fntrl inilethkr! txtni Nc\rl irYlNlhiv ) Pr$s. t9e7

    \t\\tn\rltrhit,\,ttn

    dLSO\. [rr. . ]. ry,,,rl,/,r,r,nrr,n,,n/,.,/. pI sr J vi i. t94rttL L,\trrt Ma,o i!! ? s Pl.r. tr52

    r:FR. Irjldrich rh.,r(//,rrtrrr,ro,r o/r/,/. Grdlnci)r. Ny Dorbhda],i

    LIBERA, A lii Jt ]]/,,n,,,1/1M ird.('rnpo\Tcxerr sPrth r_oyo a, rq9i

    tt,.rr t LLLL M\tir ! P rio\c!s So Prtrto rdl11. rsir!), ( t,, ]! o,,/,,r' Ilrd Miuricio B'dl

  • Drdr\ rnrr.nrrir)1\.r ( nrr.e.i! n1 PuLrr.rr.Ca rL!tu Brrs Lrn! dr L ur. sl:

    1].i (rnv..l.crrv" hn si. r,ir o E ]lcitrncairs 2uri

    crorr o ruLr7 friiltrl{) ho.nin.r r ilri3^dr.inid..'iitri$no.nu]rS I il,^rir prl]nrir c s.. xr.rmln l0 Sn,k) 9,)!ll nx, ru I I Tr,nas (1. r\ql ltro. Dtrns SI(rLh 12 Iiiloli llucr aur lJ Filoilin.rnn

    I I onni ts(Ldorrn:i,rol |.rir

    I n r prm r.r r.3Lr I . niL !

    Eslc ln) a a lrafs.riao da rrh qur,

    li)i grlada r. dia I l/0.112001 naL llcalizaocs !nr Sao l'arlo Sl, tsrasll.

    lDpr.s$ pel lJtul n.rr.E Itcalizao.s cnr agoslo d.2006

    als tiPl)s usa.los sr. da lanrilia IlrLchO prpcla Chafl)is lnrlk 90 9nrr p. a

    0 rni. r) c supun) 250 rnrr pr a I .rDa.

    =--!!'FFF