Olhar(ES) 28

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Dezembro de 2009 Publicação trimestral N.º 28 Coordenação: Isabel Vaz Ana Lotra Nesta edição Palavras que nos beijam E.M.R.C. Muros (vinte anos depois) Gastronomia Molecular Todos diferentes, todos iguais Reciclar é preciso! Factos sobre o clima Cadernos de Viagem 2 3 4,5 6 7 7 8 8 ESCOLA SECUNDÁRIA DA LOURINHÃ Muros… porquê? Estação Náutica: um projecto inovador no nosso país Imagine se aqui, bem próximo de casa, tivesse a possibilidade de se alojar num sítio acolhedor e moderno, a paredes meias com o mar... Imagine se aqui, bem perto de si, pudesse ter um local onde reali- zar os seus desportos favoritos, ou actividades desportivas que nunca praticou, desportos completamente inovadores e a bons preços! Imagine se aqui, a dois passos de si, pudes- se ter um verdadeiro restaurante típico da região, com muitos dos seus pratos favoritos... Imagine, agora, tudo num mesmo local... Está a imaginar? É este o nosso projecto: uma Estação Náutica. Trata-se de uma infra-estrutura mais familiar que um hotel, onde as pessoas podem conviver umas com as outras, e na qual pretende- mos anexar três diferentes serviços: alimentação típica da região, des- portos náuticos que valorizem o mar como potencialidade a desenvol- ver e um alojamento moderno, de decoração inovadora. Este é um pro- jecto vanguardista em Portugal já que, embora existam alguns planos para a construção de Estações Náuticas no nosso país, nenhum deles foi em frente. Existem 26 estações pela costa este e norte de Espanha e o turismo de nuestros hermanos é grandemente beneficiado por isto. Porque não hão-de os portugueses, que possuem uma longa costa, fazer o mesmo? Parece-nos um projecto sólido e com futuro e é nele que vamos apostar! Ana Rita Almeida, Ana Sofia Simões e Ricardo Fernandes - 12º E Este muro, que rodeava a cidade de Berlim, foi o principal sím- bolo do período de “Guerra Fria”, que caracterizou o Mundo Bipolar, onde EUA e ex-URSS dividiam o mundo com os seus ideais políticos e económicos antagónicos . P. 4, 5 Cartoon da construção do Muro de Berlim Olhar(es) digital : www.eslourinha.pt

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Jornal da Escola Secundária da Lourinhã, nº28 de Dezembro de 2009

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Dezembro de 2009 Publicação trimestral

N.º 28

Coordenação: Isabel Vaz Ana Lotra

Nesta edição Palavras que nos beijam E.M.R.C. Muros (vinte anos depois) Gastronomia Molecular Todos diferentes, todos iguais Reciclar é preciso! Factos sobre o clima Cadernos de Viagem

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ESCOLA SECUNDÁRIA DA LOURINHÃ

Muros… porquê?

Estação Náutica: um projecto inovador no nosso país

Imagine se aqui, bem próximo de casa, tivesse a possibilidade de se alojar num sítio acolhedor e moderno, a paredes meias com o mar... Imagine se aqui, bem perto de si, pudesse ter um local onde reali-zar os seus desportos favoritos, ou actividades desportivas que nunca praticou, desportos completamente inovadores e a bons preços! Imagine se aqui, a dois passos de si, pudes-se ter um verdadeiro restaurante típico da região, com muitos dos seus pratos favoritos... Imagine, agora, tudo num mesmo local... Está

a imaginar? É este o nosso projecto: uma Estação Náutica. Trata-se de uma infra-estrutura mais familiar que um hotel, onde as pessoas podem conviver umas com as outras, e na qual pretende-mos anexar três diferentes serviços: alimentação típica da região, des-portos náuticos que valorizem o mar como potencialidade a desenvol-ver e um alojamento moderno, de decoração inovadora. Este é um pro-jecto vanguardista em Portugal já que, embora existam alguns planos para a construção de Estações Náuticas no nosso país, nenhum deles foi em frente. Existem 26 estações pela costa este e norte de Espanha e o turismo de nuestros hermanos é grandemente beneficiado por isto. Porque não hão-de os portugueses, que possuem uma longa costa, fazer o mesmo? Parece-nos um projecto sólido e com futuro e é nele que vamos apostar!

Ana Rita Almeida, Ana Sofia Simões e Ricardo Fernandes - 12º E

Este muro, que rodeava a cidade de Berlim, foi o principal sím-bolo do período de “Guerra Fria”, que caracterizou o Mundo Bipolar, onde EUA e ex-URSS dividiam o mundo com os seus ideais políticos e económicos antagónicos . P. 4, 5

Cartoon da construção do Muro de Berlim

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A Biblioteca é, certamente todos

concordam, um dos espaços mais agradá-

veis da escola. A par deste conforto propor-

cionado pelas cores, pela luz, pelos móveis,

a possibilidade de viajar, de sonhar e tam-

bém de trabalhar é o outro grande atractivo

deste espaço. Lá podemos encontrar, entre

outras actividades, leituras para muitos gos-

tos e necessidades: leituras clássicas, leitu-

ras actuais, leituras para pesquisa e consul-

ta, leitura de periódicos, leitura digital em CD-

-Rom ou na Net…

O Público e o Jornal i são publica-

ções que recebemos todos os dias. Para

além destes, o Expresso e a Visão estão à

disposição dos leitores todas as semanas, e

os periódicos regionais também marcam

presença - O Alvorada e o FrenteOeste.

Ainda podemos contar com algumas leituras

mais especializadas: o Jornal de Letras, a

ExameInformática, a SuperInteressante, a

National Geographic, a FórumEstudante.

Para além de todos estes bens, ain-

da nos são revelados, por vezes, pequenos

tesouros que vão acontecendo: Palavras

com Música e A Música das Palavras, Histó-

rias de Vida, Vidas com História, eventos de

música e poesia e uma exposição respectiva-

mente, que ocorreram durante o mês de

Outubro, em que se comemorou o Mês e o

Dia das Bibliotecas Escolares.

Entretanto, em Novembro, entre 23

e 27, a Biblioteca, protagonizada pela assis-

tente Ana Marta e por muitos docentes, pro-

curou promover a leitura, através de uma

Feira do Livro, aberta para os alunos do

Ensino Diurno e para os formandos do Noc-

turno.

Para lembrar o que se vai fazendo e

dar a conhecer as novidades editoriais que

vão sendo adquiridas, todos podem consultar

a Newsletter bimestral da Biblioteca. A de

Dezembro/Janeiro já saiu e, para além das

habituais sugestões, anuncia várias activida-

des que podem interessá-lo - por exemplo,

uma exposição de aguarelas do pintor Antó-

nio Bártolo e outra sobre Saramago, o pri-

meiro encontro de uma comunidade de leito-

res de que pode fazer parte e que vai conver-

sar sobre o Memorial do Convento no dia 28

de Janeiro, um Workshop sobre como fazer

vídeos - tudo na Biblioteca.

Caso prefira a leitura em suporte

digital, está para breve a página da Bibliote-

ca, com link a partir da página da escola. Aí,

para além da agenda, e de breves notícias

sobre as actividades, podem ser encontradas

muitas sugestões de leitura dadas pelos alu-

nos e pelos professores, uma galeria de ima-

gens de acontecimentos escolares e informa-

ções importantes.

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CONCURSOS PENSO… LOGO, ESCREVO!

Decorreu, até ao dia 27 de Novem-bro, o concurso Penso… logo, escrevo!, que visava, entre outros objectivos mais gerais, motivar para a escrita do texto autobiográfico. As participações, apesar de pouco numerosas, cumpriram os requisitos e apresentaram qualidade. A Joana Cabrita, do 10ºF, e a Cátia Oliveira, do 12º F , que apresentaram tex-tos com reconhecido valor estético e cor-recção linguística, receberão um prémio em livros, oferecido pela Biblioteca Muni-cipal da Lourinhã. A elas, os nossos para-béns por terem participado e os votos de que continuem a escrever.

PALAVRAS SENTIDAS Certamente, muitos alunos já ouvi-ram falar deste concurso poético: ecos do ano passado ou palavras do professor de Português deste ano. Para os mais distraídos, recorda-mos aqui que a primeira fase decorre até 31 de Janeiro e consta da entrega de textos pessoais para serem selecciona-dos e constarem de uma publicação inter-escolas. A segunda fase tem como data limite de inscrição 31 de Março e será concretizada no dia 23 de Abril, no Tea-tro Cine, em Torres Vedras. Mais informações, junto do pro-fessor de Português ou na Biblioteca.

Chegámos à primeira interrupção do ano lectivo. Todos merecemos que o tempo seja de repouso, de despreocupação, de pau-sa… Aproveitemo-lo para ler um livro há muito adiado, para fazer um passeio deseja-do, para visitar um familiar ou um amigo que não vemos há muito… Qualquer que seja a nossa opção, desejo que seja de alegria, de felicidade e, porque não, de alguma introspecção, tão necessária numa época de demasiado con-sumo, demasiado ruído e demasiada pressa. Aos crentes desejo um Santo e Feliz Natal de Jesus. A todos, professores, funcionários e alunos, desejo boas férias e votos de que regressemos em Janeiro cheios de coragem para mais um período de trabalho, capaz de produzir elevado sucesso escolar.

O Director, Augusto Franco

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EDITORIAL Vinte anos depois, “comemorou-se” a queda do Muro de Berlim. Poderemos nós falar de comemoração se, vinte anos depois, continuam a construir-se muros físicos e psicológicos por todo lado e inclusivamente no nosso país, tão calmo, tão pacífico, “à beira-mar planta-do”? Se, por um lado, o mundo em que vivemos é um péssimo exemplo da aliança entre os povos, entre iguais, por outro, os nossos alunos e professores quebram os muros e partilham um destino comum. Não são as Áreas de Projecto exemplos de aliança e respeito entre diferentes? Exemplos de respeito pela diferença de cada um num projecto comum? Como é difí-cil, por vezes, para alguns, a aceitação de uma nova e “estranha” ideia, verbalizada por um colega que nem sequer muitas vezes é o que tem as melhores notas da turma.

Afinal, bons, menos bons, todos temos capacida-des e dons, uns para escrever, outros para verbalizar, outros a manter contactos, outros…Há que respeitar as potencialida-des de cada um e, acima de tudo, permitir que venha ao de cima o que cada um tem para dizer, para partilhar. Chegámos novamente ao Natal, tempo por excelência da partilha que gostaríamos que acontecesse sempre: par-tilha de bens, mas sobretudo partilha de amor, de humani-dade. Para todos, um Santo Natal! E já que o assunto é a partilha, as coordenadoras deste projecto mais uma vez agradecem a partilha que vocês, público escolar, nos permitem concretizar. Afinal, sem a vossa existência e desejo de partilha, esta publi-cação não teria sentido.

My Christmas Wish For

You

My Christmas wish for you, my friend Is not a simple one

For I wish you hope and joy and peace Days filled with warmth and sun

I wish you love and friendship too Throughout the coming year

Lots of laughter and happiness To fill your world with cheer

May you count your blessings, one by one And when totaled by the lot

May you find all you’ve been given To be more than what you sought

May your journeys be short, your burdens light

May your spirit never grow old May all your clouds have silver linings

And your rainbow pots of gold

I wish this all and so much more May all your dreams come true

May you have a Merry Christmas, friend And a Happy New Year, too

An older tradition is Christmas mistletoe. People put a piece of this green plant with its white berries over a door. Mistletoe brings good luck, people say. Also, at Christmas Brit-

ish people kiss their friends and family under the mistletoe.

In 1846 the first

Christmas cards began in Britain. That was five years after the first Christmas tree. Queen Victoria’s husband, Prince Albert, brought his German tradition (he was German) to Britain. He and the Queen had a Christ-mas tree at Windsor Castle in 1841. A few years after, nearly every house in Britain had one. Traditionally people decorate their trees on Christmas Eve. They take down the decorations twelve days later, on Twelfth Night (January 5

th).

Festa do cartão No passado dia 16 de Outubro, os alunos de Moral encontraram-se (quase todos) na Escola secundária da Lourinhã, perto das 19h e 30min.

A festa, para além de ser mais um apelativo para os alunos se inscre-verem em Moral, tinha como grande objectivo dar as boas-vindas aos novos alunos, os de 10º ano, estes que começavam agora uma nova etapa e mereciam uma boa entrada… A interacção entre alunos foi apelativa: no meio de comes e bebes, no meio de muita conversa e cantorias do Karaoke, surgem novos risos e novas amizades!... Pode-se então dizer, perdoem a ousadia, que a Festa do Cartão foi a melhor festa da ESL, superou expectativas. Já acabou? Venham mais!!

E

M

R

C

Emrc sobre rodas Esta actividade teve lugar no fim-de-semana após a festa do cartão. Eram 8h, dia 17 de Outubro, e os alunos de moral pegavam nas suas bicicletas e malas para o segundo encontro na ESL, mas desta vez os gran-des “Heróis do Pedal” iam até

ao Bom Jesus do Carvalhal. Já chegados ao destino, depois de muito convívio, mesmo cansa-

dos do dia anterior ainda sobrevivia a cantoria típica: “BOMBA-BA-BOMBA-BARRAL!!”.

Houve momentos de reflexão, de “dança”, de imaginação, enfim, de convívio…Todo este tempo passou muito rapidamente, e a vontade de repetir ficou em todos!

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ESCOLA SECUNDÁRIA DA LOURINHÃ

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Durante todos esses anos, o muro foi um símbolo de rivalidade entre o bloco de leste e o bloco ocidental. Quando a Segunda Guerra Mundial terminou, a capital alemã, Berlim, foi dividida em quatro áreas. Os Estados Unidos, Grã-Bretanha, França e União Soviética passa-ram a comandar e administrar cada uma destas regiões. No ano de 1949, os países capitalistas (Estados Unidos, França e Grã-Bretanha) fize-

O(s) Muro(s) da

Vergonha

Há vinte anos, caiu o muro de Berlim. O 12º D, do curso de Ciên-cias Socioeconómicas, realizou, no âmbito da disciplina Geografia C e com o apoio do docente Pedro Rodrigues, uma exposição temática, entre os dias 12 e 19 de Novembro. A exposição pretendeu assinalar a queda do muro de Berlim e realçar o (re)surgimento de outros muros que vão marcan-do o mundo de hoje. Na madrugada de 13 de Agosto de 1961, iniciou-se a construção do muro de Berlim, apoiada pelas forças soviéticas, que não permitiam a passagem entre os dois lados de Berlim: o lado ocidental, sob influência dos EUA, de França e de Inglaterra, e o lado oriental, sob influência da ex-URSS. Este muro, que rodeava a cidade de Berlim, foi o principal símbolo do período de “Guerra Fria”, que caracterizou o Mundo Bipolar, onde EUA e ex-URSS dividiam o mundo com os seus ideais políticos e económicos antagónicos . Na noite de 9 de Novem-bro de 1989, após 28 anos de existência, o muro de Berlim começou a ser derrubado, devido ao aumento do descontentamento e das manifestações populares que se faziam sentir dos dois lados, mas, em especial, do lado da República Democrata Alemã (RDA) – Alemanha Oriental. A queda deste muro mar-ca o fim da Guerra Fria, a reunifi-cação da Alemanha, a desagrega-ção da URSS e o início de uma Nova Ordem Mundial. Apesar da queda deste muro, outras barreiras continuam a surgir, como os muros que separam o Norte e o Sul da Irlan-da, Ceuta e Marrocos, a cidade Rio de Janeiro e as suas favelas, EUA e México, Israel e Palestina e, por fim, Coreia do Norte e Coreia do Sul, todos eles, supos-tamente, por motivos de cariz económico, político ou social. O primeiro dos referidos existe por motivos marcadamente religiosos: a Norte a população é, maioritariamente, católica en-quanto, a Sul, a população é, em grande parte, protestante. Os três que se seguem devem-se, principalmente, a moti-vos socioeconómicos. O muro de Ceuta visa impedir a imigração ilegal para a União Europeia e o contrabando, o muro de Rio de Janeiro tem como objectivo conter o crescimento das favelas e evitar

HÁ 20 ANOS QUE O MURO CAIU … 12º E

Este muro, símbolo da esquizofrenia geopolítica e da rivalidade entre o leste e oeste, foi também o verdadeiro atestado do fracasso do socialismo em manter-se como um modelo de sistema atraente para as populações. No campo político e social, Gorbatchev

A Guerra Fria tem início logo após a Segunda Guerra Mundial, pois os Estados Unidos e a União Soviética vão disputar a hegemonia política, económica e militar no mundo. A União Soviética possuía um sistema socialista, baseado na economia planificada, de partido único (Partido Comunista), igualdade social e falta de democracia. Já os Estados Unidos, a outra potência mundial, defendia a expansão do sistema capitalista, baseado na economia de mercado, no sistema democrático e na propriedade privada. O muro chegou a ser reforçado por qua-tro vezes. Possuía cercas eléctricas e valas para dificultar a passagem. Havia cerca de 300 torres de vigilância com soldados preparados para atirar. Cilina Engenheiro

Depois da Segunda Guerra Mundial, a Europa estava destruída, havendo apenas 2 superpotências mundiais – a URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas), que tinha um regime comunista, e os EUA que adoptaram o capitalismo. Ambos queriam “marcar o seu terri-tório na Europa” mas, como tinham regimes diferentes, surgiram conflitos conhecidos pelo nome de Guerra Fria. Ficou denominada assim, pois não houve os tradicionais confrontos direc-tos, mas sim uma disputa pelo poder de influên-cia política, económica e ideológica em todo o mundo, através de corridas aos armamentos nucleares e espaciais. Assim a Guerra Fria começou em 1945-47. Vanessa Pinto

Em Março de 1946, Winston Churchill, primeiro-ministro do Reino Unido, afirmou, num célebre discurso, que uma “cortina de ferro” se abatia sobre a Europa, dividindo-a em duas: à Europa Ocidental, que se reconstruía sob a assistência Americana, opunha-se uma outra Europa, a de Leste, submetida à orientação Soviética Estalinista. Lançada a Guerra Fria entre os dois blocos, apareceu o muro de Ber-lim: a separação literal entre socialismo e capitalismo.

Vanessa Maçarico

O terror da divisão perdurou por muitos anos. Milhões de alemães viveram oprimidos durante a maior parte das suas vidas, sob esta divisão e sob a vigilância comunista. Mas a esperança manteve-se sempre presente, e havia quem se revoltasse contra o sistema retró-grado. Grandes manifestações e levantamentos populacionais forçaram o governo comunista a anunciar, em 9 de Novembro de 1989, que todos os cidadãos da Alemanha de Leste, podiam finalmente atravessar o Muro e comuni-car com os seus compatriotas da Alemanha Ocidental! Milhares de alemães atravessaram o muro que, até aquela altura, simbolizava a divi-são nacional e a repressão e que, finalmente, tinham sido ultrapassadas. Ao longo das sema-nas decorrentes, o muro foi destruído, pedaço a pedaço, pelos habitantes da Alemanha e por caçadores de troféus, até que culminou na sua destruição completa através de gruas e bulldo-zers. No ano de 1990, a 3 de Outubro, finalmen-te celebrou-se a reunificação alemã, constituin-do a Alemanha, agora, 1 estado, 1 nação!

Ricardo Fernandes

Esta “história” teve o seu início após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), com disputas entre as duas maiores potências mundiais da época: Estados Unidos da América e a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. Este conflito, designado por Guerra Fria, era essencialmente político, económico e militar. O mundo estava assim dividido em dois poderosos blocos: no lado ocidental, encontrava-se a República Federal da Alemanha (RFA), representando o lado capitalista e liderado pelos EUA; no lado oriental, localizava-se a República Democrática Alemã (RDA), representando os países comunistas e liderada pela URSS. Berlim foi um dos maiores símbolos desta divisão, através da construção de um muro, que dividia a cidade ao meio.

Sónia Rodrigues

“aplicou” a Glasnost com o intuito de criar uma sociedade mais aberta e participativa, o que permitiu à oposição expressar os seus pontos de vista e criticar o regime. As medidas adopta-das por Gorbatchev não evitaram o declínio da União Soviética, acabando por levá-la à implo-são, em 1991. Este muro, mesmo após a sua queda, ainda trouxe muita dificuldade para o país e o seu povo. Com o fim do Muro de Berlim, veio o fim do comunismo de leste.

Rúben Gomes

Construído na madrugada de 13 de Agosto de 1961, dele faziam parte 66,5km de gradeamento metálico, 302 torres de observa-ção, 127 redes metálicas electrificadas com alarme e 255 pistas de corridas para ferozes cães de guarda. Este muro provocou a morte a 80 pessoas identificadas, 112 ficaram feridas e milhares aprisionadas ao tentarem atravessá-lo. Adriana

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Durante o período em que o Muro se estabeleceu como a verdadeira fronteira entre mundos, morreram cerca de 80 pessoas (segundo as estatísticas). Estas estatísticas podem não estar correctas, devido à forte cen-sura que havia no lado comunista. Apenas no dia 9 de Novembro de 2004, ironicamente, 15 anos depois da queda do Muro, foram julgados os culpados dessas “matanças”.

Vanessa Pinto

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o tráfico de droga, enquanto o muro que separa EUA do Méxi-co pretende reduzir o fluxo de imigrantes ilegais entre os dois países (sobretudo mexicanos e oriundos da América Central), evitar o contrabando e o tráfico. O muro israelo-pales-tiniano foi mandado construir por Israel sob o pretexto de proteger o povo israelita das acções ter-roristas dos palestinos, incluindo dos atentados suicidas, enquan-to o tribunal da ONU declarou que o muro é uma tentativa ile-gal de anexar território palestino, já que a maioria do muro se encontra para lá do território israelita. Por último, é de destacar o muro que separa as duas Coreias, sendo talvez o muro que mais se assemelha ao muro de Berlim, pois envolve diver-gências económicas e políticas que caracterizaram o período da “Guerra Fria”. De uma forma geral, após realizarmos esta exposição foi-nos possível concluir que, apesar da queda do muro de Berlim e de todas as consequên-cias inerentes, continuam a apa-recer novas barreiras que segre-gam raças, nacionalidades, crenças e ideologias, sendo os motivos invocados para a sua construção, em geral, a imigra-ção ilegal, o terrorismo, a reli-gião, o narcotráfico e outros contrabandos. No Mundo contemporâ-neo, outros muros surgiram, ou persistem e, embora sejam mui-to maiores do que o de Berlim, deles pouco, ou nada, se fala. E a questão coloca-se: Qual o seu contributo para a Paz? Ricardo Gomes, 12ºD

HÁ 20 ANOS QUE O MURO CAIU … 12º E

O Muro só caiu quando o povo da Ale-manha Oriental se revoltou, quando descobriu que não era bem aquilo que tinha imaginado. E, assim, deu-se a queda do muro em 9 Novembro de 1989.

Pedro Levita

Policiais e soldados da Alemanha Orien-tal impediam e chegavam a matar quem tentas-se ultrapassar o Muro. Muitas famílias foram separadas da noite para o dia. O Muro chegou a ser reforçado quatro vezes e possuía cercas eléctricas e valas para dificultar a passagem. Havia até, imagine-se, 300 torres de vigilância com soldados preparados para atirar.

Apesar de não se saber ao certo quan-tas mortes causaram o Muro de Berlim, pelo menos, 270 foram confirmadas e diversas vidas caíram no anonimato. Patrícia Gonçalves

Sob um regime totalitário, controlado pela Política Secreta, Stasi, os alemães do Les-te foram privados de rumar ao outro lado do país e de ver familiares e amigos.

Diana Jaleco

Na altura da demolição do muro de Ber-lim, quer a população da Alemanha Ocidental, quer a população da Alemanha Oriental, vive-ram um momento de enorme alegria, juntaram-se todos no Portal de Brandburgo e e aí festeja-ram durante três dias seguidos. E foi assim que se tornou O Sonho Rea-lizado.

Vânia Casimiro

O desejo de liberdade dos povos da Europa e a prudência política da liderança con-duziram à queda do Muro de Berlim. Na noite de 9 de Novembro de 1989, depois de 28 anos de existência, o Muro de Berlim foi derrubado de forma pacífica. A queda do Muro de Berlim mar-cou o início da reunificação da Alemanha.

Liane Sousa

A queda do Muro de Berlim foi muito importante, pois permitiu a mudança e a abertu-ra na Alemanha, mas, mais importante que isso, permitiu a liberdade, a segurança e a paz.

Sara Batista

A 9 de Novembro de 1989, 28 anos depois de ser posto de pé, o muro de Berlim é derrubado. E chega assim o fim da Guerra Fria e a reunião da Alemanha. O Socialismo é deita-do a baixo após várias revoluções, e o Capitalis-mo instala-se e reina. O Muro de Berlim come-çou a ser derrubado na noite de 9 de Novembro de 1989, depois de 28 anos de existência. Vânia Domingues

29 Anos mais tarde, os serviços secretos soviéticos tinham acabado de descobrir que meio milhão de manifestantes se preparavam para fazer um mega protesto nas ruas de Berlim de Leste a exigir o fim do regime comunista e a abertura das fronteiras, visto que o regime

comunista de Berlim já estava enfraquecido desde que a Hungria e a Checoslováquia abri-ram as suas fronteiras com a Áustria, pois os Alemães de Leste poderiam chegar à Alemanha Federal passando por esta. Marcelo Silva

A queda do Muro de Berlim abriu cami-nho para a reunificação alemã, que foi formal-mente celebrada em 3 de Outubro de 1990.

Muitos apontam este momento tam-bém como o fim da Guerra Fria.

Nancy Romão

O governo de Berlim incentiva a visita do muro derrubado, tendo preparado a reconstru-ção de trechos do muro. Além da reconstrução de alguns trechos, está marcado no chão o per-curso que o muro fazia quando estava erguido.

Mariana Alexandre

Agora, passados 20 anos, ainda há tantos outros muros para derrubar… Muros da intolerância, violência, falta de respeito, falta de ética e de decência... Então... Derrubemos o muro da exploração e do autoritarismo! Derrubemos o muro que nos impede muitas vezes ter livre vontade! Derrubemos o muro do preconceito, do racismo ou qualquer forma de discrimi-nação… O do egoísmo e da traição! Derrubemos o muro que nos impede de pisar qualquer parte do mundo! Derrubemos o muro da fome, da miséria, da corrupção, da ganância! Cabe a cada um fazer a sua parte …

Ana Sofia Simões

O Muro de Berlim é sem dúvida um dos grandes exemplos que a história nos dá de luta contra a falta de liberdade.

Ana Rita Almeida

ESCOLA SECUNDÁRIA DA LOURINHÃ

Actualmente não existem só alguns destroços deste tão conhecido muro. Existem tam-bém muitas outras “cortinas de ferro” pelo mundo fora.

Exemplo disto mesmo é o Muro da Coreia, que divide a Coreia do Norte da Coreia do Sul, separando a República Popular Democrática da Coreia (a norte com o sistema comunis-ta) da República da Coreia (a sul, com o sistema capitalista); e ainda o Muro de Ceuta, construí-do por Espanha em África, sepa-rando Marrocos da cidade de Ceuta e que tem como objectivo principal impedir a imigração ilegal para o território da União Europeia e ainda o contrabando.

Vanessa Fonseca, 12º E

ram um acordo para integrar as suas áreas na República Federal da Alemanha (Alemanha Ocidental). O sector soviético, Berlim Oriental, passou a ser integrado na República Democráti-ca da Alemanha (Alemanha Oriental), seguindo o sistema socialista. Até o ano de 1961, os cida-dãos berlinenses podiam passar livremente de um lado para o outro da cidade. Em Agosto de 1961, com o fim da Guerra Fria e com a grande migração de berlinenses do lado oriental para o ocidental, o governo da Alemanha Oriental resolveu construir um muro, dividindo os dois sectores. Decretou também leis, proibindo a passagem das pessoas para o sector ocidental da cidade. Nadine Pinto

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No âmbito da disciplina de Área de Projecto, o nosso grupo está a traba-lhar o tema da Gastronomia Molecular, escolhido de acordo com as áreas do

nosso futuro interesse profis-sional (como a Química). Decidimos apresentar, numa primeira fase, este tema à escola através do jornal.

GASTRONOMIA MOLECULAR

A Gastronomia Molecular é um estilo de culinária, ainda desconhecido por uma grande parte da popula-ção, que está ligado à descoberta dos processos físi-co-químicos e que auxilia na elaboração de novas receitas ou a melhorar as já existentes.

Durante o mês de Outubro, foi pedido a várias turmas que res-pondessem aos inqué-ritos que elaborámos, de modo a poder-se analisar o conheci-mento dos alunos acerca deste tema. Das 18 turmas (321 alunos) que preenche-

ram os inquéritos, mais de metade dos alunos respondeu que não sabe no que consiste a gastronomia molecular. De entre os alunos que sabem, pôde-se averiguar que, para além da escola, a televisão é o meio de comunicação através do qual a maioria dos mesmos teve um primeiro contacto com este tema. Relativamente ao facto de já terem provado ou não pratos confeccionados pela gastro-nomia molecular, são raras as pessoas que o fizeram.

No próximo período, mostrar-vos-emos mais novida-des sobre o nosso tema, por isso, estejam atentos!

Para as pessoas que tenham curiosidade em saber mais sobre este assunto, disponibilizamos o e-mail do nosso projecto: [email protected].

André Lopes, Diogo Santos, Filipa Jesus, Nicole Simão – 12º A

Onde ouviste pela primeira vez

algo sobre este assunto?9%

4%

25%

21%

16%

25%

Internet

Revistas/Jornais

Escola

Televisão

Outros

NR

Tempo de partilha!

“Tudo o que o mundo precisa são de exemplos, e não de opiniões.” Paulo Coelho

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Inspirado neste lema, o nosso gru-po de Área de Projecto decidiu desenvolver um trabalho em que apelamos à defesa do lobo ibérico, não só através de campanhas de sensibilização, mas, ao mesmo tem-po, dando o nosso exemplo através do voluntariado. Tu também podes dar o exemplo! Não fiques à espera que sejam só os outros a fazê-lo.! Vai seguindo as pegadas do nosso projecto! Jéssica Alexandre, Mauro Miguel, Ricardo Cunha, Rita Henriques e Tânia Anunciação - 12º A

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12º C

Em virtude do tema geral da disciplina de Área de Pro-jecto, deste ano lectivo, ser o “Mar”, a turma C do 12.º ano aceitou o desafio de desenvolver um projecto ino-vador, que consiste na cons-trução de embarcações a partir de materiais recicláveis e reutilizáveis, desenvolven-do meios de locomoção não poluentes, com o principal intuito de apelar à consciên-cia ambiental da comunida-de e de minimizar os impac-tos ambientais. Devido ao facto da turma estar muito entusiasmada e empenhada neste projecto, irá ser promovida uma com-petição para testar as embarcações elaboradas. Este evento realizar-se-á na Praia de Paimogo, em mea-dos do mês de Maio do pró-ximo ano. Como também tínhamos como objectivo envolver a comunidade escolar, e por considerarmos bastante inte-ressante, decidimos esten-der a todos o convite para assistirem a este evento.

O nosso grupo, constituído por Mariana Alexandre, Sara Batista e Sónia Rodrigues, tem como tema “Ambiente e Saúde”. Neste contexto, pretendemos colaborar com a Comis-são de Protecção de Crianças e Jovens da Lourinhã, com o fim de pro-mover os direitos da criança e do

jovem e prevenir ou pôr termo a situa-ções susceptíveis de afectar a sua segurança, saúde, formação, educa-ção ou desenvolvimento integral, de forma a garantir o seu bem-estar e desenvolvimento. Como projecto final, iremos orga-nizar um evento com o objectivo de divulgar a Comissão e colaborar com a mesma.

Todos os anos é realizado um pro-jecto pelos alunos do 12º ano, que é executado ao longo do ano, no decor-rer das aulas da disciplina de Área de Projecto. Sem excepção, este ano acontecerá o mesmo. Todas as turmas do 12º ano, encontram-se a elaborar projectos, com base no tema principal, sugerido pelo Ministério da Educação, “Ambiente e Saúde”. Estes projectos serão expostos na segunda semana de Maio. Nós, Cilina Engenheiro, Patrícia Gonçalves, Rúben Gomes, Vanessa Pinto e Vânia Casimiro, somos um dos grupos do 12ºE e tivemos como ideia para o projecto realizar um Campeona-

to de Surf/Bodyboard, visto que este tanto se relaciona com o Ambiente, através da nossa costa, como também com a Saúde ,através do desporto. Este nosso projecto tem como prin-cipais objectivos: dinamizar a nossa costa marítima; promover o desporto náutico; relacionar o desporto com a saúde e cativar o interesse do público. O campeonato será realizado na Praia da Areia Branca, caso as condi-ções climatéricas e a ondulação o per-mitam, caso contrário, será realizado na praia do Areal. Daremos o nosso melhor ao longo do ano para que o nosso produto final tenha sucesso.

Tempo de partilha!

Exemplo de um barco com materiais recicláveis

Os alunos da turma E do 12º ano estão a desenvolver vários pro-jectos na disciplina com o mesmo nome. Cada grupo apresenta sucinta-mente o seu projecto.

Green Wave Fest

O trabalho que pretende-mos desenvolver tem como objectivo promover a Praia da Areia Branca fora da épo-ca alta. Para tal efeito, vamos organizar um festival, no sentido de proporcionar o conhecimento e contacto directo com a nova vaga da música portuguesa. Com isto, gostaríamos de trazer as massas de volta à praia.

Marcelo Silva, Miguel Silva e Pedro Levita

Uma ajuda aos mais necessitados

Campeonato de Surf e Bodyboard na Praia da Areia Branca

Todos diferentes, Todos iguais

No âmbito da disciplina de Área de Projecto, estamos a desenvolver um trabalho que tem como subtema “A deficiência”. Sendo assim, vamos trabalhar em parceria com a ADAPECIL. Das vezes que já visitámos os seus alunos, conseguimos constatar algo extremamente especial: eles conse-guem transmitir um amor verdadeiro às pessoas que os rodeiam e são das pessoas mais sinceras e carinhosas que nós podemos encontrar no nosso caminho.

Nós, que temos a sorte de poder desenvolver a 100% as nossas rela-ções com o mundo, não conseguimos dar a verdadeira importância às coisas excepcionais que a vida nos proporcio-na. O simples abrir de uma porta com um sorriso é para eles algo de trans-cendente. Ninguém imagina o quanto eles, aquelas pessoas especiais, dão valor a isso. Eles, sim, dão valor à vida!

Adriana Fernandes, Diana Jaleco e Nadine Pinto

Alimentação Inadequada: um problema actual

No âmbito da disciplina de Área de Projecto, estamos a desenvolver um projecto que se baseia na Nutrição – Alimentação Inadequada. Neste projecto, procuramos alertar e sensibilizar os jovens da Escola Secundária da Lourinhã para o grave problema dos distúrbios alimentares, mais concretamente a anorexia e a obesidade, para a importância da prá-tica regular de exercício físico e para uma melhor prática alimentar. Como projecto final, a apresentar no final deste ano lectivo, pretende-

mos realizar uma aula de Aeróbica; projectar um vídeo, criado por nós, em locais estratégicos da escola; e montar uma pequena bancada onde estará à venda comida saudável. No decorrer deste ano lectivo, vamos também comemorar o Dia Mun-dial da Saúde (7 de Abril) e o Dia Mun-dial contra a Anorexia (13 de Março), com variadas actividades e publicidade a este nosso projecto. Esperamos uma boa adesão a estas actividades por parte dos alunos da nossa escola.

Liane Sousa, Nancy Romão, Vanessa Maçarico, Vanessa Fonseca e Vânia Domingues

ESCOLA SECUNDÁRIA DA LOURINHÃ

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Factos sobre o nosso clima: Lourinhã regista alterações climatéricas

ESCOLA SECUNDÁRIA DA LOURINHÃ

Constrói a tua própria Viagem

Foi no passado dia 28 de Outubro que as turmas do 11º e 12º do curso de Artes Visuais assistiram a uma palestra do Professor, Ilustrador e Designer Gráfico, João Catarino. O objectivo era compreender a importância de um caderno de viagem na vida de um artista e quais as caracte-rísticas do seu trabalho, neste caso, nas vertentes artística, urbana e científica. Para quem não sabe, um caderno de via-gem é um livro em formato A5 ou ainda mais pequeno, que pode viajar connosco para todo o lado, permitindo-nos desenhar em qualquer lugar, a qualquer momento. Iniciada a palestra, foram-nos apresentadas várias publicações da autoria do professor, alguns dos seus trabalhos e cadernos de viagem, um

deles com vinte anos – o seu primeiro diário gráfico. Apresentou-nos ainda algumas das suas técnicas, tal como a utilização de diferentes cores consoante planos de profundidade, a representação de formas a partir das man-chas que constituem o inverso, a construção de formas a partir dos seus pormenores internos, subtraindo o contorno exterior e, por fim, o desenho de alto contraste com base na mancha larga e na linha, em que, separados os layers de ambos, cada um deles perde a referência figurativa. Segundo o Ilustrador, esta actividade pode proporcio-nar- -nos momentos de reflexão, sozinhos no nosso can-to. Entretanto, a Biblioteca da ESL vai adquirir um livro – Cadernos de Viagem, com o trabalho de trinta e cinco artis-tas (inclusive o do Prof. João Catarino). Podem também ser observados os seus trabalhos através do site: desenhosdo-dia.blogspot.com Finalmente, agradecemos, em nosso nome e no da

Escola, a sua pre-sença que gene-rosamente nos ofereceu, “retribuindo” com um bilhete para uma ida à ópera, com as turmas de artes. E fica o convite para dese-nhar connosco no Teatro.

Daniela Reis - 11ºF

Segundo a OMM (Organização Mundial de Meteorologia), clima é uma sequência de estados de tempo habituais para uma região ao longo do ano, que se obtém a partir de um estudo climático de um mínimo de 30 anos de registos. Apesar de ser necessário um largo período de tempo para estudar um clima, podem, no entanto, ser retira-das algumas conclusões da análise de dois anos. Na estação meteorológica da Escola Secundária da Lourinhã, foram registados valores curiosos que reproduzem uma anomalia no clima desta vila, estando os mesmos reflectidos na variação da temperatura média do mês de Outubro, nos anos de 2008 e 2009. Em média, no ano de 2009, a temperatura registada no mês de Outubro foi 5

graus mais elevada em relação ao ano anterior, uma dife-rença abismal. A temperatura máxima registada, pela esta-ção, no ano de 2008, referente ao mês de Outubro, foi de 22,7 graus célsius enquanto, no mesmo mês, no ano seguinte foi registada a temperatura de 24,4 graus. Em rela-ção às temperaturas mínimas, existe um aumento de 4,9 graus no ano de 2009 em relação a 2008. Embora a diferen-ça entre as temperaturas máximas dos dois anos não nos pareça muito alarmante, ao analisar o gráfico, observamos que o registo de 22,7 graus no ano de 2008 foi um aconteci-mento pontual, mas, no ano seguinte, houve registo de mui-tos dias com temperaturas acima dos 20 graus, o que nos mostra que o ano de 2009 foi anómalo, pois, nesta altura do ano, as temperaturas já deviam ter descido destes valores. De acordo com o IPCC (Intergovernamental Painel of Climate Change, ou Organização Intergovernamental para as Mudanças Climáticas), um dos elementos da mudança climática é o aumento das temperaturas máximas e o aumento dos dias quentes. Para tentar combater estas mudanças no clima mun-dial, os delegados de mais de 192 países estão reunidos desde 7 até 18 de Dezembro, na Cimeira de Copenhaga, tendo como objectivo chegar a um acordo sobre as metas de diminuição das emissões de dióxido de carbono, no intui-to de evitar grandes transformações no clima e na vida como a conhecemos. O novo documento deverá substituir o Protocolo de Quioto, que expira em 2012. Esperemos que acontecimentos como a anomalia nas temperaturas do Outono de 2009 sejam evitados através das medidas toma-das na cimeira que decorre na Dinamarca.

Beatriz Fonseca e Cristiano Mateus - 10ºE

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