Ondas Curtas, Termoterapia

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Onda alternada de alta freqüência usada para fins terapêuticos

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PROFA. MAHYRA MOTA TERMOTERAPIA CORRENTE ALTERNADA DE ALTA FREQUNCIA toda corrente acima de 500.000 ciclos seguidos. Produz calor no interior dos tecidos e no produz estmulo motor. Faz vibraes muito altas a nvel celular, com energia cintica que produz calor, esse calor produzido no interior dos tecidos por onde a corrente passa. Pode-se usar o termo Diatermia ou Calor profundo, pois o calor iniciado no interior dos tecidos e no na superfcie. 1. Quanto a variao do intervalo: Impulsos ou Ondas Sustentadas: No h intervalos entre os impulsos, s havendo variao de amplitude. Impulsos ou Ondas No Sustentadas: O impulso passa com intervalos. 2. Quanto a variao da Amplitude do Impulso: Amortizadas: A amplitude do impulso varia. No Amortizada: A amplitude se mantm constante, no ocorrendo variao.

Impedncia ou Resistncia: Se comporta de maneira diferente da corrente de baixa freqncia. A pele oferece uma impedncia baixa passagem de correntes de alta freqncia, ou seja, penetra com maior facilidade. Diatermia: toda corrente de ondas curtas com freqncia de 10 milhes a 100 milhes de ciclos por segundo, produzindo ondas de 3 a 30metros. Podem ser de 3 tipos: Ondas Curtas, Microondas e Ultra-som. ONDAS CURTAS Histrico: As referncias do uso clnico de corrente eltrica de alta freqncia podem ser encontradas pela primeira vez no sculo passado 1890 em Paris, DArsonval fez passar uma corrente de 1AMP, numa elevada freqncia atravs dele prprio e de um assistente. DArsonval descreveu apenas uma sensao de calor e trabalhos subseqentes levaram ao desenvolvimento de mtodos indutivos e capacitativos de aplicao de correntes de alta freqncia ao corpo, gerando um calor no superficial que passaram a se chamar diatermia", que se designa a partir da palavra grega aquecimento atravs de. A energia das ondas curtas pode ser administrada de modo contnuo ou pulsado e varivel, quanto freqncia e pouca ou nenhuma energia, encontra-se na faixa mestra. Essas ondas so produzidas em resultado de oscilaes eltricas e podem ser criados tanto campos eltricos como campos magnticos, em decorrncia de sua ao. Um campo magntico produzido por uma carga eltrica mvel e, visto que os campos magnticos exercem fora sobre outras cargas em movimento uma corrente eltrica alternada, por exemplo, ir iniciar a gerao de um campo magntico que por sua

vez poder iniciar a produo de uma corrente induzida. Tanto campos eltricos como campos magnticos podem ser criados em tecidos humanos submetidos diatermia por ondas curtas. 1.Conceito: uma forma de corrente eltrica de alta freqncia, 27Mhz, com comprimento de onda eletromagntica de 11 metros, usada com finalidade teraputica causando calor profundo. Pode ser tambm chamada de Diatermia. Funciona como um pndulo, pois os eltrons se movem, ora para um lado ora para o outro. A polaridade muda to rapidamente que no estimula os nervos motores. O uso do ondas curtas tem sido uma teraputica conservadora adotada por muitos profissionais fisioterapeutas porm, com os avanos tecnolgicos e a necessidade financeira tornou o uso de tal recurso negligente. Ficou esquecido a riqueza de benefcios que ele pode proporcionar ao ser humano em uma vasta gama de afeces. 2. Efeitos: Calor Profundo Tecidual: A energia transformada em calor, devido a resistncia oferecida pelos tecidos a passagem da corrente eltrica. O calor profundo ou menos profundo est na dependncia da posio dos eletrodos(placas), da distncia entre as placas e a pele, e da impedncia dos tecidos. Hiperemia (Vasodilatao superficial e profunda). Aumento do fluxo sanguneo Aumento de O2 a nvel celular Aumento do metabolismo (maior aporte de substncias nutritivas, eletrlitos e uma maior troca a nvel celular) Aumento do fluxo venoso e linftico Aumento de leuccitos Diapedese (ao antiflogstica) Regenerador tecidual Inibe a reproduo de microorganismos (antibitico) Analgsico Relaxante muscular (espasmoltico) Diminui a P.A. Aumenta a excreo urinria. 3. Tipos de Eletrodos: Eletrodos flexveis de borracha: Podem ser pequenos, mdio e grande. Colocados em contato sobre a rea a ser tratada. Eletrodos de Schliephake: No ficam em contato com a pele. 4. Dose Potncia: Depende da sensao subjetiva de calor que o paciente vai sentir e da fase da enfermidade (aguda ou crnica). Usa-se a escala de Schliephake. 4.1 Escala de Schliephake: GRAU I Calor muito dbil: Fica abaixo da sensao de calor ou do limiar de sensibilidade. GRAU II Calor Dbil: a sensao de calor imediatamente perceptvel. GRAU III Calor Mdio: Sensao clara e agradvel de calor. GRAU IV Calor Forte: Sensao de calor no limite de tolerncia. 4.2 Fase Aguda:

Deve-se usar o GRAU I e GRAU II da escala. 4.2 Fase Crnica: Deve-se usar o GRAU III e GRAU IV da escala. 5. Tempo de Tratamento: Fase Aguda: 5 a 10min. Fase Crnica: 15 a 20min. Obs: A sensao do calor est na dependncia do tamanho dos eletrodos, da distncia eletrodo/pele, da posio dos eletrodos e da regio a ser tratada. 6. Posio dos Eletrodos: Transversal: Pode ser um eletrodo na parte anterior e outro na parte posterior, ou, um medial e outro lateral. Longitudinal: Pode ser um eletrodo proximal e outro distal, ou paravertebral e ainda um na regio anterior da coxa e outro na parte posterior da perna ou plantar. 7. Distncia Eletrodo-Pele: Poderemos conseguir o mximo de profundidade, se os eletrodos estiverem a uma distncia de 3 cm da pele, para isso usa-se uma toalha ou feltro, colocados transversalmente. Na posio longitudinal, ou, um do lado do outro, teremos um calor mais superficial. SUPERAQUECIMENTO SUPERFICIAL: causado pela aproximao demasiada dos eletrodos pele 0,3 cm; 0,5cm; 1cm. AQUECIMENTO IRREGULAR: Quando os eletrodos so colocados desuniformemente pele ou formando angulaes. 8. Sintonia do Aparelho: Depois de colocada uma determinada dose de potncia, girar gradativamente o boto da sintonia, at o mximo de deflexo do ponteiro, o qual voltar levemente. Girar levemente no sentido contrrio, e ver o ponteiro se movimentar ao ponto mximo para a potncia estabelecida. Se aumentarmos a dose ou diminuirmos, teremos que sintonizar novamente o aparelho. Existem aparelhos que para sintonizar uma determinada potncia ou dose, gira-se o boto da sintonia at que aparea uma coluna luminosa completa. Mudando a dose, devemos sintonizar novamente. Durante o tratamento, o aparelho pode dessintonizar. Novamente devemos sintoniz-lo. Podemos conseguir uma boa sintonia mudando os tamanhos dos eletrodos ou ainda aumentando a distncia do eletrodo/pele (com feltro ou toalha). 9. Indicaes de Diatermia com Ondas Curtas: Artralgia Fraturas: a ao analgsica e espasmdica permite melhores resultados em sua consolidao Artrose, Artrite crnica Anquilose fibrosa, rigidez ps-gesso e atrofia muscular Artropatias inflamatrias degenerativas (artrite, bursite, periartrite escpulo-umeral, espondilite, epicondilite e espondilo-artrose) Ciatalgia, Dorsalgia, Lombalgia Contuso, Contratura, Distenso, Entorse fase crnica, Espasmos musculares Mialgias, lombalgias (de origem esttica, reumtica, focal e traumtica),

fibrose e torcicolo Neuralgias, Neurite Afeces piognicas da pele: abscessos, furnculos Pr-cinesioterapia Aumenta a extensibilidade do tecido colagenoso profundo Diminui a rigidez articular Esporo de Calcneo 10. Cuidados e Precaues: Com alteraes de Sensibilidade Com a sintonia do aparelho Com pacientes Obesos Com crianas e idosos Com os testculos Com a posio de cabos e eletrodos: -Verificar a distncia, inclinao e uniformidade dos eletrodos, -No cruzar os cabos durante o tratamento, -No deixar os cabos prximos durante o tratamento, -No deixar os cabos em contato com a pele do paciente durante o tratamento. Com materiais metlicos Com o tempo e a dose No usar sobre pele mida ou molhada (pode causar queimaduras) Isolar mesas e cadeiras metlicas, para no haver aquecimento Interromper o tratamento ao primeiro sinal de tontura, cefalia, hipotenso ou mal-estar do paciente. 11. Contra-indicaes: Perda de sensibilidade, No usar sobre roupas ou tecidos sintticos (nylon, plsticos) Sobre pinos, placas, parafusos, hastes ou qualquer outro implante metlico. Processos inflamatrios ou traumticos agudos, reas hemorrgicas Edemas Osteomielite Estados febris Afeces vasculares perifricas (Erisipela, tromboses, flebites) reas isqumicas Sobre gesso ou curativos Sobre tero gravdico Infeco renal ou urinria Perodo pr-menstrual e Menstrual Neoplasias Tuberculose ssea ou pulmonar Pacientes com marca-passo lceras Desidratao Pacientes que no cooperam (p. ex.: no cooperao de fundo fsico, em decorrncia de distrbios do movimento ou de dficit cognitivo, ou de alguma incapacitao ou da idade) Recm-nascidos at a idade de crescimento sseo (pode atrasar o respectivo crescimento) 12. Tcnicas de Aplicao: 1. 2. 3. Despir a rea a ser tratada Posicionar o paciente de forma cmoda e relaxada Mesa, cadeira ou maca devero ser de madeira ou possuir material isolante

4. Examinar a rea a ser tratada 5. Testar a sensibilidade 6. Secar a regio a ser tratada 7. Retirar materiais metlicos do paciente (relgio, anel, pulseira, correntes, audiofones) 8. Verificar presena de implantes metlicos 9. Verificar se o paciente usa marca-passo 10. Explicar ao paciente o tipo de sensao que ele deve sentir 11. Ligar o aparelho 12. Zerar o aparelho 13. Cobrir a rea tratada com toalha de algodo ou feltro 14. Para eletrodos de borracha flexveis, colocar os eletrodos uniformes e fixos com fita elstica ou saquinhos de areia. 15. Para eletrodos de SCHLIEPHAKE, colocar os eletrodos a uma distncia de mais ou menos 3 cm de distncia da pele. 16. Fixar os cabos no aparelho 17. Esperar 1min para seu aquecimento 18. Escolher a dose/potncia 19. Sintonizar o aparelho 20. Questionar o paciente constantemente sobre a sensao de calor que ele est sentindo 21. Ajustar a sintonia ou a potncia sempre que necessio 22. Marcar o tempo teraputico 23. Findado o tempo, desligar o aparelho, desconectar os eletrodos do aparelho 24. Examinar a rea que foi tratada 25. Desligar o aparelho. 13. Gaiola de FARADAY: Estudos recentes relatam a influncia de campos eletro-magnticos em profissionais com longas exposies dirias a esse campo, desde cefalias e tonturas aparentemente sem maiores conseqncias, at a m formao congnita com ndice acima da mdia em fisioterapeutas grvidas. No existem relatos de influncia em pacientes devido ao pouco tempo de exposio a que so submetidos. O Ondas Curtas pode interferir em equipamentos eletrnicos em sua vizinhana, sejam eles eletro-estimuladores, PABx, aparelhos de som e televiso, embora existam certos procedimentos para atenuar as interferncias, mas no suprimi-las completamente. Assim, sendo, os pases do primeiro mundo adotaram h muito tempo a Gaiola de Faraday como item obrigatrio em clnicas de fisioterapia, porm como o tratamento de curta durao, at o momento nada existe que indique qualquer tipo de conseqncia. O Ondas Curtas a terapia atravs de correntes eltricas de alta freqncia, o uso teraputico das oscilaes eletromagnticas com freqncia maior que 100.000hz. no causa despolarizao da fibra nervosa, mas esta energia pode transformar-se em energia trmica no tecido corporal sendo usada de forma teraputica. Grandes so os efeitos que ele pode proporcionar, basta criteriosidade no seu uso bem como tcnica adequada, necessitando a do profissional competente para tal uso, ou seja, o fisioterapeuta.

REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS KITCHEN, S. Bazin, S. Eletroterapia de Clayton. 10 ed. So Paulo: Manole, 1998.

KOTTKE, Frederic J. et al. Krusen: Tratado de Medicina Fsica e Reabilitao. 4 ed. So Paulo: Manole, 1994. LIANZA, Srgio. Medicina de Reabilitao. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001.