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Teoria de Oparin e Haldane Por volta de 1920, dois cientistas, publicaram, separadamente, a mesma hipótese sobre a origem da vida. O biólogo inglês Haldane e o bioquímico russo Oparin desenvolveram de forma independente a teoria que explica a origem dos seres vivos. Apesar de terem desenvolvido pesquisas de maneira independente, a publicação do estudo foi usado o mesmo título: “A ORIGEM DA VIDA”, também conhecida como teorias da sopa primordial, ou ainda teoria heterotrófica. A Teoria da Origem da Vida diz que na atmosfera primitiva da Terra, assim como no Sol e em Júpiter, predominavam gases como metano, amoníaco, hidrogênio e vapor d’água, compostos por elementos químicos básicos (carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio), liberados através de erupções vulcânicas. Esses gases na atmosfera, submetidos a descargas elétricas e as fortes radiações ultravioletas, pois nossa camada de ozônio estava em formação, foram fundamentais para a formação de moléculas orgânicas complexas. Um ambiente com altas temperaturas e grande quantidade de mares, a evaporação excessiva resultava em fortes e frequentes chuvas, o que foi responsável pela transferência das moléculas orgânicas da atmosfera para os mares primitivos, dando origem aos coacervados, a primeira substância orgânica da Terra. Os coacervados formavam um sistema parcialmente separado do meio, permitindo que trocas fossem realizadas com esse meio. Posteriormente, com surgimento de uma membrana envoltória lipoproteica e ácidos nucléicos inseridos em seu interior, e adquirindo a capacidade de reprodução, surgiu o primeiro ser vivo da face da Terra.

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Teoria de Oparin e Haldane

Por volta de 1920, dois cientistas, publicaram, separadamente, a mesma hipótese sobre a origem da vida.

O biólogo inglês Haldane e o bioquímico russo Oparin desenvolveram de forma independente a teoria que explica a origem dos seres vivos.

Apesar de terem desenvolvido pesquisas de maneira independente, a publicação do estudo foi usado o mesmo título: “A ORIGEM DA VIDA”, também conhecida como teorias da sopa primordial, ou ainda teoria heterotrófica.

A Teoria da Origem da Vida diz que na atmosfera primitiva da Terra, assim como no Sol e em Júpiter, predominavam gases como metano, amoníaco, hidrogênio e vapor d’água, compostos por elementos químicos básicos (carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio), liberados através de erupções vulcânicas. Esses gases na atmosfera, submetidos a descargas elétricas e as fortes radiações ultravioletas, pois nossa camada de ozônio estava em formação, foram fundamentais para a formação de moléculas orgânicas complexas. Um ambiente com altas temperaturas e grande quantidade de mares, a evaporação excessiva resultava em fortes e frequentes chuvas, o que foi responsável pela transferência das moléculas orgânicas da atmosfera para os mares primitivos, dando origem aos coacervados, a primeira substância orgânica da Terra. Os coacervados formavam um sistema parcialmente separado do meio, permitindo que trocas fossem realizadas com esse meio. Posteriormente, com surgimento de uma membrana envoltória lipoproteica e ácidos nucléicos inseridos em seu interior, e adquirindo a capacidade de reprodução, surgiu o primeiro ser vivo da face da Terra.

Mais tarde, Stanley Miller, estudante da Universidade de Chicago, desenvolveu em laboratório um dispositivo que simulava as condições primitivas da Terra, para isto criou um sistema fechado, onde inseriu os principais gases atmosféricos, tais como hidrogênio, amônia, metano, além de vapor d'água. Através de descargas elétricas, e ciclos de aquecimento e condensação de água, obteve após algum tempo, diversas moléculas orgânicas (aminoácidos). Deste modo, conseguiu demonstrar experimentalmente, que nas condições primitivas da Terra, seria possível aparecerem moléculas orgânicas através de reações químicas na atmosfera. Estas moléculas orgânicas são indispensáveis para o surgimento da vida.

Tal experimento pôde demonstrar a formação de compostos orgânicos a partir de determinadas condições ambientais; reforçando as ideias de Oparin e Haldane. Essa teoria, de origem pela evolução química, é uma das mais aceita entre os cientistas.

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Aleksandr Oparin

Oparin se formou na Universidade de Moscou em 1917. Em 1924 publicou a mais moderna e aceita teoria para explicar o surgimento da vida na Terra, a partir da evolução química gradual de moléculas baseadas em carbono em uma "sopa primordial". Em 1935, fundou o Instituto Bioquímico RAS. Em 1946, foi admitido na Academia Soviética das Ciências. Em 1970, foi eleito presidente da "Sociedade

Internacional para o Estudo da Origem da Vida". Faleceu aos 86 anos, em 21 de abril de 1980, e foi sepultado no Cemitério Novodevichy em Moscou.

John Haldane

Geneticista e biólogo inglês nascido em Edinburgo em 1892, um dos fundadores, junto com Ronald Fisher e Sewall Wright, da Genética populacional. De descendência aristocrática, o Haldane, era filho do fisiologista John Scott Haldane e de Louisa Kathleen Haldane. Foi educado na Dragon School, Eton College, e na New College, Oxford. Trabalhou nas Universidades de Oxford e Cambridge (1922-1933). Também foi professor de genética na Universidade de Londres (1933-1937) e professor de biometria no University College em Londres (1937-1957). Emigrou para a Índia (1957), obtendo a cidadania indiana e morreu em Bhubaneswar na Índia. Normalmente assinando J.B.S. Haldane e entre seus trabalhos mais citados, estão incluídos The Inequality de Man (1932), The Causes of evoliution (1933), Heredity e Politics (1938), The Marxist Filosofy and the Science (1939), NewPaths in Genetics (1941), e The bioquímicory of Genetics (1954).

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Teoria da Grande Explosão (Big Bang)

Existem muitas controvérsias em relação à criação do mundo, porquê é algo que contradiz as principais religiões. Assim, se opondo ao criacionismo (pregando a existência de um Deus criador) temos o evolucionismo, surgido no século XIX, quando cientistas começaram a criar novas teorias sobre a origem da vida na terra. Entre os cientistas evolucionistas, a teoria da grande explosão é uma das mais bem aceitas explicações para o surgimento do universo. . Os cosmólogos usam o termo "Big Bang" para se referir à ideia de que o universo estava originalmente muito quente e denso em algum tempo finito no passado e, desde então tem se resfriado pela expansão ao estado diluído atual e continua em expansão atualmente. A teoria é sustentada por explicações mais completas e precisas a partir de evidências científicas disponíveis e da observação. De acordo com as melhores medições disponíveis em 2010, as condições iniciais ocorreram por volta de 13,3 a 13,9 bilhões de anos atrás.

Georges Lemaître foi um padre católico, astrônomo e físico belga que propôs o que ficou conhecido como a teoria Big Bang da origem do Universo, embora ele tenha chamado como "hipótese do átomo primordial", que foi baseado na teoria da relatividade de Einstein, como veremos mais à frente.

Essa teoria afirma que toda a matéria do universo derivou de uma massa de partícula subatômica altamente aquecida e comprimida que explodiu há cerca de 10 a 15 bilhões de anos atrás. Segundo a teoria, a grande explosão de energia criativa deu inicio ao universo, às galáxias, às estrelas, aos planetas, e consequentemente à toda espécie de vida e matéria existente.

Em 1916 Albert Einstein apresentou a teoria da relatividade, deduzindo que o universo se expandia ou se contraía, ao invés de ser estático, como pensavam naquela época. A partir disso, foram feitas várias pesquisas utilizando telescópios, que permitiram aos cientistas descobrirem que o universo realmente se expandia, de forma ordeira. Simularam então o início da criação: há cerca de 20 bilhões de anos não havia tempo ou universo nenhum, só um ponto incial de matéria do tamanho da ponta de uma agulha. Em uma fração de segundos esse ponto inicial teria explodido, inflando o universo em uma velocidade altamente superior à da luz. Com essa explosão o universo teria começado a se expandir, o que podemos continuar vendo hoje em dia, reforçando mais ainda a certeza dessa teoria.

Depois de acontecido o Big-Bang, começaram a se formar as constelações. E a partir dos restos de nuvem cósmica originadas durante a grande explosão os planetas teriam se formado. Apesar de toda essa explicação, precisamos considerar que talvez essa expansão aconteça somente nos limites observáveis do universo, ou seja, até o alcance do Hubble (telescópio mais potente). Se esse for o caso, há a possibilidade de o fenômeno não atender o

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universo inteiro, o que tornaria tudo observado até hoje um processo de dilatação regional de causa desconhecida.