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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 Produção Didático-Pedagógica Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7 Cadernos PDE VOLUME I I

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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE

2009

Produção Didático-Pedagógica

Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7Cadernos PDE

VOLU

ME I

I

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IVONE VOLPE VIEIRA

LEITURA E ESCRITA DO GÊNERO “CRÔNICAS”, EM

TURMAS DE 8ª SÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL DE

LÍNGUA PORTUGUESA: Numa concepção interacionista de

linguagem.

Material Pedagógico para Implementação na

Escola apresentado à UEL - Universidade

Estadual de Londrina e a Secretaria de Estado

de Educação do Parana à ser desenvolvido pelo

Professor PDE.

Orientador: Prof. Dr. Paulo de Tarso

Galembeck

IVAIPORÃ

2010

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AGRADECIMENTOS

Agradeço ao meu orientador, Professor Drº Paulo de Tarso

Galembeck, não só pela constante orientação neste trabalho, mas sobretudo pela

sua amizade e dedicação.

Ao Professor, Dr. Luiz Carlos Santos Simon, pelas valiosas

contribuições, meus agradecimentos.

À minha docente de Cursos Específicos, de modo muito especial

pela orientação de onde encontrar um caminho de como construir esse trabalho,

Professora Drª Elvira Lopes Nascimento, no Caderno de Crônicas, da Olímpiada

de Português, Escrevendo para o Futuro, que serviu de base para essa Unidade

Didática.

Aos colegas que pela paciência, amizade e carinho, meus sinceros

agradecimentos.

Gostaria de agradecer também meus filhos Renata e Renan, que

contribuíram para que mais esta etapa fosse possível.

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APRESENTAÇÃO

Essa Unidade Didática é resultado do Programa de Desenvolvimento

Educacional do Paraná - PDE – Turma 2009, que nos possibilitou o retorno à

Universidade, para uma aproximação entre a teoria e a prática.

A necessidade de uma reflexão acerca das características da crônica

enquanto gênero discursivo guia esse estudo, e o problema inicial do projeto foi

como analisar criticamente as reflexões que suscitam das crônicas, e suas

características enquanto gênero discursivo para, contribuir com a melhoria do ensino

de leitura e escrita entre os alunos de 8ª série do Ensino Fundamental.

O objetivo principal, então, foi analisar crônicas que se constituem na tensão

entre literatura e jornalismo, explorando as características do gênero discursivo,

enfatizando a aproximação da oralidade, entre os elementos diversos do cotidiano e

do lirismo.

O Material foi elaborado a partir de uma proposta teórica e nele se indaga:

afinal, o que é uma crônica? O significado da palavra ―crônica‖, segundo Afrânio

Coutinho (1986, p.120): ―decorre de sua etimologia grega (khronos – tempo) é o

relato dos acontecimentos em ordem cronológica. A crônica, portanto, era um breve

registro de eventos‖.

O trabalho fundamenta-se numa concepção interacionista de linguagem.

Entre os pesquisadores e teóricos, que têm se dedicado a aprofundar estudo acerca

do ensino de língua, destacamos os estudos baseados nas teorias de Bakthin, em

busca de novas respostas para algumas questões relativas à prática de sala de aula.

Os estudos de Bakhtin constituem a fonte principal para direcionar os estudos, pois

o ensino/ aprendizagem de leitura e escrita só se efetiva, quando o aluno tem

oportunidade de interagir pela linguagem em situações significativas de ensino.

Durante o desenvolvimento desse trabalho com as crônicas, o professor irá

observar se houve compreensão e anotará as observações de cada atividade, para

ajudá-lo na avaliação final do estudo, que será a escrita de um artigo científico.

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Apresentamos, a seguir, uma pequena biografia, e uma citação de Bakhtin,

como uma espécie de prefácio desse material.

Ivone Volpe Vieira

Biografia

Desde cedo, intensa produção intelectual

Mikhail Mikhailóvitch Bakhtin nasceu em Orel, ao sul de Moscou, em 1895. Aos 23 anos, formou-

se em História e Filologia na Universidade de São Petersburgo, mesma época em que iniciou

encontros para discutir linguagem, arte e literatura com intelectuais de formações variadas,

no que se tornaria o Círculo de Bakhtin. Em vida, publicou poucos livros, com destaque para

Problemas da Poética de Dostoiévski (1929). Até hoje, porém, paira a dúvida sobre quem

escreveu outras obras assinadas por colegas do Círculo (há traduções que as atribuem

também a Bakhtin). Durante o regime stalinista, o grupo passou a ser perseguido e Bakhtin foi

condenado a seis anos de exílio no Cazaquistão (só ao retornar, ele finalizou sua tese de

doutorado sobre cultura popular na Idade Média e no Renascimento). Suas produções

chegaram ao Ocidente nos anos 1970 - e, uma década mais tarde, ao Brasil. Mas Bakhtin já

havia morrido, em 1975, de inflamação aguda nos ossos.

Desenho1 jean Carlos

“Uma obra explode as fronteiras de seu tempo, ela vive nos séculos, dito de outra

forma, na grande temporalidade, e, fazendo isso não é raro que essa vida (e é sempre

verdadeira para uma grande obra) seja mais intensa e mais plena que no tempo de sua

contemporaneidade”. (Bakhtin, 1985, p.349)

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................6

1.1 O ensino dos gêneros discursivos.........................................................................6

1.1.1 A diversidade de estilo e linguagem do gênero crônica.....................................7

1.1.1.1 Crônica: Do jonalismo a literatura....................................................................8

1.1.1.1.1 As características do gênero crônica ...........................................................9

1.1.1.1.1.1 Leitura de diferentes crônica ..................................................................10

UNIDADE DIDÁTICA..................................................................................................13

2 CRÔNICAS E SEUS CRONISTAS........................................................................14

Atividade 1 Lingagem Oral : Debate..........................................................................14

Atividade 2 Linguagem Escrita: Preparação para a leitura de Crônicas...................15

Atividade 3 Leitura Silenciosa: Coletânes de Crônicas..............................................16

Atividade 4 Linguagem Oral: Apresentação...............................................................17

Atividade 5 Trabalho em grupo: Biografia de cronistas..............................................18

Atividade 6 Análise Linguística: Conhecendo as características da crônica..............19

Atividade 7 Linguagem escrita: Crônica coletiva escrita em cartazes........................20

Atividade 8 Exposição Oral........................................................................................21

Atividade 9 Análise Linguística: Os Recursos utilizados pelos cronistas...................22

Atividade 10 Leitura Oral: Conhecendo um cronista: Rubem Braga..........................23

Atividade 11 Linguagem Oral: O Título: ―Flor de Maio‖..............................................24

Atividade 12 Linguagem Oral: Refletir: vídeo ‗Flores de Maio‖..................................25

Atividade 13 Leitura silenciosa e oral da Crônica ―Flor de Maio‖ de Rubem Braga...26

Atividade 14 Linguagem escrita: Análise Linguística textual......................................27

Atividade 15 Linguagem Oral: Comparação entre a Crônica e a Notícia..................30

Atividade 16 Linguagem Oral e escrita: O que é uma notícia?..................................31

Atividade 17 Pesquisa: Assuntos que merecem uma Crõnica..................................32

Atividade 18 Linguagem escrita: crônica....................................................................34

Atividade 19 Leitura para Avaliação das crônicas escritas........................................35

Atividade 20 Linguagem escrita: Continuidade em uma dessas Crônicas?.............35

Atividade 21 Linguagem Oral e Escrita: Coletânea de Nossas Crônicas..................39

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................41

REFERÊNCIAS..........................................................................................................42

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1 INTRODUÇÃO

1.1 O ensino dos gêneros discursivos

Desenho 2 Jean Carlos

O ensino dos gêneros, no Brasil, iniciou-se a partir

de 1995, especialmente com os referenciais

nacionais de ensino de línguas (PCNs de língua

portuguesa e estrangeira), que salientam como

objeto de ensino as características dos gêneros na

leitura e na produção dos textos. É possível

afirmar, por meio da leitura de Marcuschi, que o

estudo dos gêneros não é novo:

A expressão ―gênero‖ esteve, na tradição ocidental,

especialmente ligada aos gêneros literários, cuja análise se

inicia com Platão para se firmar com Aristóteles, passando por

Horácio e Quintiliano, pela Idade Média, o Renascimento e a

Modernidade, até os primórdios do século XX. Atualmente, a

noção de gênero já não mais se vincula apenas à literatura,

mas é facilmente usado para referir-se a uma categoria distinta

de discurso. (2008, p.147)

No Brasil, temos várias tendências no tratamento de gêneros, com influências

especialmente em torno dos estudos do Círculo de Bakhtin, e na lingüística aplicada.

As suas idéias têm impulsionado as discussões teóricas e os desenvolvimentos

pedagógicos na área de ensino de línguas a partir de meados da década de 1980,

na perspectiva sócio-histórica e dialógica.

A pesquisa desenvolvida por Rodrigues centrou-se na análise dos gêneros,

que segundo Bakhtin, refere-se que o enunciado não pode ser a de

frase enunciada, que se constituiria em partes textuais enunciadas,

mas de uma unidade mais complexa que ―transcende‖ os limites do

próprio texto, quando este é abordado apenas do ponto de vista da

Língua e da sua organização textual. Nesta teoria, são exemplos de

enunciados os romances, as cartas, as crônicas, as notícias as

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saudações, as conversas de salão etc. Todo enunciado constitui a

partir de outros enunciados, tornando-o multiplanar. ―O autor de uma

obra literária (romance) cria uma obra (enunciado) de discurso único

e integral. Mas ele cria a partir de enunciados heterogêneos, como

quem alheios‖. (2005, p.157)

Ainda, segundo autora citada logo acima, ―O gênero, na teoria do dialogismo, está

inserido na cultura, em relação a qual se manifesta como ―memória criativa‖ onde

estão depositadas não só as grandes conquistas das civilizações, como também as

descobertas significativas sobre os homens e suas ações no tempo e no espaço‖.

(MACHADO, 2005, p.159).

Disso decorre que a ordem metodológica para o estudo da língua, na concepção

bakhtiniana, com os gêneros discursivos, devem ser o seguinte:

1) As formas e os tipos de interação verbal em ligação com as condições

concretas em que se realiza.

2) As formas das distintas enunciações, dos atos de fala isolados, em

ligação estreita com a integração de que constituem os elementos, i.

é, as categorias dos atos de fala na vida e na criação ideológica que

se prestam a uma determinação pela interação verbal.

3) A partir daí, exame das formas da língua em sua interpretação

lingüística habitual. (2005, p.198)

1.1.1 A diversidade de estilo e linguagem do gênero crônica

Desenho 3 Jean Carlos

Quais as tipologias do gênero crônicas?

Segundo Coutinho e Farias, as crônicas são

identificadas entre as seguintes categorias:

crônica narrativa: cujo eixo é uma estória ou

episódio;

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crônica poema: o conteúdo é lírico, mero extravasamento

da alma do artista ante o espetáculo da vida;

crônica diálogo: tom comunicativo, de conversa, a língua

falada, informalidade, de bate papo, o diálogo é permanente

entre cronista e leitor;

crônica comentário: divulga fatos e acontecimentos tecendo

ligeiros comentários pessoais, pretexto para divagações e

reflexões;

crônica metafísica: reflexões de cunho mais ou menos

filosóficos ou meditações, com o poder do paradoxo e da

fantasia.(1986, p.133).

1.1.1.1 Crônica: Do jornalismo a literatura

http://www.portugues.seed.pr.gov.br/arquivos/Image/ler.jpg

O tempo é a matéria- prima da crônica. De fato, a

concepção do gênero se baseia nas ações histórica,

literária e jornalística.

De acordo com Portella, e levando em consideração,

os entraves e as diferentes colocações de críticos literários, a respeito deste gênero

―Crônica‖,

indicam que a crônica através da constância com que vêm

aparecendo, ultimamente, os chamados livros de crônicas, livros de

crônicas que transcendem a sua condição puramente jornalística para

se constituir em obra de arte literária, veio contribuir, de forma

decisiva, para fazer da crônica um gênero literário específico,

autônomo. (1958, p. 111)

http://www.portugues.seed.pr.gov.br/

modules/noticias/article.php?storyid=397

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Em seu livro ―A Crônica‖, Jorge de Sá afirma:

Podemos dizer que, na ultrapassagem do jornal para o livro, atenua-

se o vínculo circunstancial e elimina-se a referência às demais

matérias e à própria diagramação. Com isso, o texto adquire maior

independência, e o leitor fica estimulado a buscar, no seu próprio

imaginário, todas as associações possíveis. (...) temos a sensação

de que ela superou a transitoriedade e se tornou eterna. (1999,

p.83,85)

Concluímos, então, que a ―Crônica‖ com uma mistura de linguagens e gêneros,

resiste, mas, na maioria das vezes, mais como espírito do que como forma.

1.1.1.1.1 As características do gênero crônica

Desenho 4 Jean Carlos

Segundo Arrigucci, no Brasil, a crônica teve um

desenvolvimento próprio extremamente significativo:

A crônica é despretensiosa, próxima da conversa e da vida

de todo dia, com dimensão estética e relativa autonomia, a

ponto de constituir um gênero propriamente literário. Ela

adquiriu a espessura de texto literário, tornando-se, pela

elaboração da linguagem, pela complexidade interna, pela

penetração psicológica e social, pela força poética ou pelo humor,

uma forma de conhecimento de meandros sutis de nossa

realidade e de nossa história. (1987, p.51)

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Com base em vários autores, assim defini as características da crônica. Uma das

principais características é ser uma narrativa breve, de linguagem acessível,

retratando sempre um episódio do cotidiano. São poucas as personagens atuando

num único fato e nada se informa acerca delas além do que é referente ao assunto.

A crônica tem marcas da oralidade, por isso é simples. Lembra mais uma conversa

informal do que um texto escrito. A oralidade é um traço da língua falada, por isso

ela nos faz conferir, pensar, entender, melhor o que se passa dentro e fora da gente,

nos sugere reflexões. Normalmente, possui uma crítica indireta. Histórias que podem

ter acontecido com todo mundo: até com você mesmo, com pessoas de sua família

ou com seus amigos. A crônica, na maioria das vezes, é um texto curto narrado

geralmente em primeira pessoa, nos dá uma sensação do cronista estar

―dialogando‖ com o leitor. Muitas vezes, vem escrita em tom humorístico, mas leve e

descontraída, às vezes também, é irônica.

Desenho 10 Jean Carlos

1.1.1.1.1.1 Leitura de diferentes crônicas

Vejamos alguns exemplos de diferentes trechos de crônicas:

Desenho 5 Jean Carlos

A crônica de Rubem Braga intitulada,

―Rita”, o eu do cronista, retrata uma cena

familiar, trata-se de uma crônica onde

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estas características da crônica ficam evidentes, narrativa breve, com um

grau do eu lirismo muito intenso, somente uma personagem, isto é, retrata

o cotidiano:

“No meio da noite despertei sonhando com minha filha Rita. Eu a via

nitidamente, na graça de seus cinco anos.”

A crônica, ―Ousadia‖ de Fernando Sabino, verificam-se marcas de fala,

isto é, a presença da oralidade.

“_ Descarado, como é que tem coragem? Me seguiu até aqui!”

Na crônica, ―O padeiro‖ de Rubem Braga, percebe-se o ―eu‖ lirismo

reflexivo:

“Ah, eu era rapaz, eu era rapaz naquele tempo! E às vezes me julgava

importante porque no jornal que levava para casa, além de reportagens ou

notas que eu escrevera sem assinar, ia uma crônica ou artigo com o meu

nome. O jornal e o pão estariam bem cedinho na porta de cada lar: e dentro do

meu coração eu recebi a lição de humildade daquele homem entre todos útil e

entre e todos alegre; “não é ninguém, é o padeiro!”E assobiava pelas

escadas.”

A crônica, ―Emergência‖ de Luís Fernando Veríssimo, as marcas lingüísticas

são outras, o cronista concentra sua produção causando humor ao leitor,

exemplo:

“Acaba esquecendo a fivela e dando um nó no cinto. Comenta, com um falso

riso descontraído: “Até aqui, tudo bem”. O passageiro ao lado explica que o

avião ainda está parado, mas ele não ouve. A aeromoça vem lhe oferecer um

jornal, mas ele recusa.

-- Obrigado. Não bebo.”

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É importante ressaltar que ao ler, neste caso as ―crônicas‖, o indivíduo busca as

suas experiências, os seus conhecimentos prévios, a sua formação familiar,

religiosa, cultural, enfim, as várias vozes do outro, dimensão dialógica e discursiva,

teorizadas pelo círculo de Bakhtin.

Podemos dizer, então, que um texto não é um objeto fixo num dado momento no

tempo, ele lança seus sentidos no diálogo intertextual, ou seja, o texto é sempre

uma atitude responsiva a outros textos, desse modo, estabelece relações dialógicas

(DCE - p.51).

http://www.portugues.seed.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=291

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UNIDADE

DIDÁTICA

Desenho 4 Jean Carlos

Objetivo Geral:

Analisar crônicas que se constituem na tensão entre literatura e jornalismo,

explorando as características do gênero discursivo, enfatizando a aproximação da

oralidade, entre os elementos diversos do cotidiano e do lirismo.

Materiais:

Impressão de toda Unidade Didática para cada aluno; coletãnea de crônicas; Cartazes, Papel sulfite; Canetas; Reguas; Tv pendrive; Pendrive; Objeto do trabalho:

Crônicas e seus cronistas

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2. CRÔNICAS E SEUS CRONISTAS

Atividade 1 Desenho 7 Jean Carlos

Línguagem Oral: Debate

No debate, é importante ter claro que, você

deve:

Pedir a palavra e esperar

a sua vez de falar;

Justificar seu ponto de vista com argumentos e fatos

vredadeiros;

Ouvir com atenção seu colega, para saber o que falar em

seguida;

Contra-argumentar em defesa de sua ideia, mas de forma

ética e respeitosa, pois as pessoas podem ter opiniões

diferentes.

Vamos falar um pouco sobre crônicas e seus cronistas!

Você sabe o que é uma ―Crônica‖?

Obs. O professor nesse momento apresentará na Tv pendrive, slides feitos no power point, acerca de diferentes trechos de crônicas e seus cronistas. Sob a coordenação do professor, troque opiniões a respeito das informações colocadas pelo docente.

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Atividade 2

Linguagem escrita

Preparação para a leitura de crônicas

Faça uma lista das crônicas e de

cronistas que você já leu em livros ou jornais.

Compare a sua lista com a dos colegas

http://www.portugues.seed.pr.gov.br

modules/noticias/article.php?storyid=364

Crônicas Cronistas

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Atividade 3

Leitura Silenciosa

Coletânea de Crônicas

Após leitura, dessas crônicas, responda os seguintes itens:

http://www.portugues.seed.pr.gov.br/

modules/noticias/article.php?storyid=315

Cronista

Veículo em que foi publicada e a que tipo de leitor se

destinou

Tema da crônica

Principais características encontradas

Tom da escrita: humorístico, poético,

irônico, reflexivo, sério

O professor levará uma pasta com diversas crônicas, recortadas de jornais e

revistas para que os alunos identifiquem, por meios de leituras, a reflexão, a

crítica, as marcas de oralidade, o humor, a ironia, o lirismo nestas e sua forma

de composição.

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Compartilhe com os colegas as suas informações e anote as

informações que os outros grupos apresentarem.

Atividade 4

Linguagem Oral

Apresentação Desenho 8 Jean Carlos

O professor dividirá a turma em grupos.

Cada grupo apresentará à turma as informações

pesquisadas;

Ao apresentar as informações sobre as

crônicas lidas, o aluno não deverá ler as anotações,

deverá apenas orientar-se por elas, consultando se

necessário;

Ouçam com atenção o que o colega tem a apresentar.

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Atividade 5

Trabalho em grupo

Biografia de Cronistas

Desenho 9 Jean Carlos

Pesquisa:

Em casa ou na biblioteca da escola você irá pesquisar sobre biografia de cronistas. O professor

distribuirá um cronista para cada aluno, levará os nomes em pequenos papéis e sorteará. Quem é

ele, onde viveu e em que época? Qual seu estilo composicional de crônicas? Cite algumas

crônicas e as característcas das crônicas escritas por este cronista pesquisado. Para próxima

aula você irá contar para os colegas o que conseguiu descobrir. Faça anotações em seu caderno

para não esquecer.

Na bibliotaca: Coleção Para gostar de ler.Vols.1,2 3,4 5. Editora Ática.

Sites interessantes para pesquisa:

<http://www.releituras.com>

<www.crônicas.com.br>

Responda sobre sua pesquisa:

O que é um cronista?

O que você achou de interessante sobre a vida do cronista que você pesquisou?

Cite o nome de mais alguns cronistas que você leu durante a pesquisa ou que você

já conhecia.

Obs. A pesquisa será avaliada pelo conteúdo e também pela apresentação oral que o

aluno fará na sala de aula. Todos os alunos do grupo deverão participar da

apresentação oral.

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Atividade 6

Analise Linguistica

Conhecendo as características

da crônica

Desenho 10 Jean Carlos

Com base nas crônicas lidas e na pesquisa realizada. Vamos comentar e responder os tópicos abaixo: O que é uma crônica e onde ela é escrita primeiramente?

Você sabe qual a origem da palavra crônica?

A crônica é um gênero que possui poucos ou muitos personagens?

Por que a crônica tem o predomínio da linguagem oral?

No final das crônicas, o cronistas sempre faz uma reflexão. Qual a sua importância?

Quais características do gênero crônica, que você conhece?

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Atividade 7

Linguagem Escrita

Crônica coletiva escrita em cartazes

Desenho 6 Jean Carlos

Identifiquem os elementos que todas as crônicas têm em comum.

Com base nas atividades anteriores, crie um cartaz, com os elementos contidos

em uma crônica, em equipe.

O professor dividirá a turma em grupos. O grupo produz

coletivamente um só texto, observando:

Título sugestivo:

Cenário curioso :

Foco narrativo: O autor escolhe o ponto de vista quer vai adotar.

- Se Subjetivo, escreve na primeira pessoa ( eu sou , eu cantei) e se transforma em

parte da narrativa, é autor – personagem;

- Se Objetivo, escreve na terceira pessoa ( ele é, ele

canta), é o autor – observador.

Enredo: narra um momento, um acontecimento, um

episódio do cotidiano, que provoca emoção.

Tom da escrita: humorístico, poético, irônico, reflexivo, sério. http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br

diaadia/alunos/index.php?

PHPSESSID=2010061114325898#

Linguagem Oral: próxima da conversa e da vida de todo dia.

Desfecho: nos sugere reflexões, e normalmente possui uma crítica indireta.

Atenção!

Para produzir em conjunto, devemos:

Organizar-se.

Escolher um colega que fará a escrita, isto é,

anotará no cadernotodas as ideias e propostas

que vão surgindo e aprovadas por todos.

Enfim, a crônica, na maioria das

vezes, é um texto curto narrado

geralmente em primeira pessoa, nos

dá uma sensação do cronista estar

―dialogando‖ com o leitor.

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Análise das Crônicas escritas nos cartazes:

O tema é adequado?

Há apenas a descrição do fato, o relato da situação?

O relato é a base para a interpretação, que faz refletir?

O tom da narrativa foi bem escolhido?

Percebe-se as características de uma crônica ou não?

O texto apresenta problemas de pontuação?

Atividade 8

Exposição Oral

O grupo prepara a exposição para o professor e a turma:

http://www.portugues.seed.pr.gov.br

modules/noticias/article.php?storyid=343

Escolham quem vai ler a crônica oralmente diante da turma;

ada grupo expõe para o professor e a turma o resultado de seu

trabalho;

Após a apresentação de cada grupo , a turma, ou o professor podem

pedir esclarecimentos ou apresentar discordâncias.

Atenção!

As Crônicas devem ser lidas com clareza e expressividade;

Para pedir esclarecimentos cada um deve pedir a palavra e esperar

a sua vez;

A leitura dos cartazes devem ser ouvidas com atenção e respeito

pelos colegas.

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Atividade 9

Analise Linguística

Os Recursos utilizados pelos Cronistas

As figuras de Linguagem são recursos que os autores utilizam para realçar uma

idéia. Um bom cronista tem dois instrumentos básicos: o olhar e a linguagem. Com o

olhar ele escolhe a notícia, o fato, isto é, momento que merece ser escrito, o qual

ninguém notaria. Com a linguagem, retrata a situação, e as figuras de linguagem o

ajudam a escrever com maior sensibilidade.

Figuras de Linguagem

Comparação: expressão de termo

comparativo “como”

“Sua boca é como uma rosa

vermelha.”

Hipérbole: exagero com intuito de

realçar, causar impacto.

“Eram rios de sangue que vertiam

nas ruas.”

Metáfora: comparação abreviada

falta a conjunção “como”

“Sua boca era uma rosa escarlate.”

Sinestesia: sensações que

percebemos por diferentes sentidos.

“...chama dourada que dói nos

olhos.”

Catacrese: emprego impróprio por

ignorância ou esquecimento.

“Embarcar num avião...

Barriga da perna...”

Ironia: dizer o contrário do que se

pensa, ou satirizar, criticar,

ridicularizar, etc.

“É tão bom ter um homem dentro de

casa...dá sempre mais “vida” em

tudo!”

Metonímia: um termo no lugar de

outro, autor no lugar da obra

“Devolva o Neruda que você me

tomou e nunca devolveu.”

Antítese: contraste , idéia de

contrário.

“A tristeza de uns alegria d

eoutros.”

Prosopopéia: qualidades ou

sentimentos a seres inanimados

“O tempo passou na janela e só

Carolina não viu.”

Eufemismo: aliviar a expressão,

dizer gentilmente

“Você faltou com a verdade.”

“Deixem o meu leito solitário.”

Apresentar aos alunos, através da Tv pendrive, as principais

Figuras de Linguagem.

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Rubem Braga, considerado por muitos o maior cronista brasileiro, nasceu em Cachoeiro de

Itapemirim, no Espírito Santo, a 12 de janeiro de 1913. Jornalista viajou muito pelo Brasil e

pelo exterior, trabalhando em jornais e revistas e fazendo reportagens, mas viveu a maior

parte de sua vida na cidade do Rio de janeiro, onde morreu, em 1990. Suas crônicas,

publicadas inicialmente em jornais e revistas, estão reunidas em quase vinte livros. No rio de

Janeiro, Rubem Braga morava num apartamento de cobertura junto à praia de Ipanema, que

fica perto da praia de Copacabana.

Seu primeiro livro, "O Conde e o Passarinho", foi publicado em 1936, quando o autor tinha

22 anos, pela Editora José Olympio. Na crônica-título, escreveu: "A minha vida sempre foi

orientada pelo fato de eu não pretender ser conde." De fato, quase tanto como pelos seus

livros, o cronista ficou famoso pelo seu temperamento introspectivo e por gostar da solidão.

Como escritor, Rubem Braga teve a característica singular de ser o único autor nacional de

primeira linha a se tornar célebre exclusivamente através da crônica, um gênero que não é

recomendável a quem almeja a posteridade. Certa vez, solicitado pelo amigo Fernando

Sabino a fazer uma descrição de si mesmo, declarou: "Sempre escrevi para ser publicado no

dia seguinte. Como o marido que tem que dormir com a esposa: pode estar achando gostoso,

mas é uma obrigação. Sou uma máquina de escrever com algum uso, mas em bom estado de

funcionamento."

Segundo o crítico Afrânio Coutinho, a marca registrada dos textos de Rubem Braga é a

"crônica poética, na qual alia um estilo próprio a um intenso lirismo, provocado pelos

acontecimentos cotidianos, pelas paisagens, pelos estados de alma, pelas pessoas, pela

natureza."

Fonte de pesquisa:

http://www.releituras.com/rubembraga_bio.asp

Atividade 10

Leitura Oral

Conhecendo um Cronista:

Vocês vão ler uma crônica de Rubem Braga – para compreendê-la

melhor, é preciso ter algumas informações sobre o cronista.

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Atividade 11

Linguagem oral

O Título: “Flor de maio”

Depois de conhecer Rubem Braga.

Vamos conhecer o Título de uma de suas Crônicas: “Flor de Maio”.

Responda as perguntas oralmente:

Esse título ainda chama a atenção do leitor? Por quê?

O que ele sugere?

Pelo título, o que vocês imaginam? Qual será o conflito o problema ou a

questão suscitada na crônica?

Como poderia ser o desfecho – a conclusão de uma crônica cujo título é ―Flor

de Maio”?

Dicas para melhor expressar-se oralmente, em um debate:

Ao falar, use frases curtas e simples;

Não fale muito rápido nem devagar demais. Cada palavra deve

ser bem pronunciada e o tom de voz precisa ser alto o

suficiente para ser ouvido;

O tom da voz pode ser variado para destacar certas frases ou

palavras;

Marcas de oralidade (né, daí, então, entendeu...) devem ser

evitadas;

Espere sua vez de falar;

Ouça com atenção seus colegas;

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Atividade 12

Linguagem Oral

Fonte de pesquisa: foto de Ivone Volpe Vieira

Vamos assistir ao vídeo sobre “Flor de Maio”.

www.youtube.com.br

Refletir:

O que fez vocês pensarem?

Que sentimentos vocês podem preceber através desse

vídeo?

http://www.portugues.seed.pr.gov.br.

modules/noticias/article.php?storyid=378

O professor pesquisará no ―youtube‖, onde existe uma diversidade de

vídeos sobre flores de maio. Converterá o vídeo para tvpendrive, e

então, assistirá com os alunos para reflexão.

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Atividades 13

Leitura Silenciosa e Oral:

FLOR DE MAIO

(Rubem Braga)

Entre tantas notícias do jornal - o crime do Sacopã, o disco voador em Bagé, a nova

droga antituberculosa, o andaime que caiu, o homem que matou outro com machado

e com foice, o possível aumento do pão, a angústia dos Barnabés - há uma

pequenina nota de três linhas, que nem todos os jornais publicaram.

Não vem do gabinete do prefeito para explicar a falta dágua, nem do Ministério da

Guerra para insinuar que o país está em paz. Não conta incidentes de fronteira nem

desastre de avião. É assinada pelo senhor diretor do Jardim Botânico, e nos informa

gravemente que a partir do dia 27 vale a pena visitar o Jardim, porque a planta

chamada "flor-de-maio" está, efetivamente, em flor.

Meu primeiro movimento, ao ler esse delicado convite, foi deixar a mesa da redação

e me dirigir ao Jardim Botânico, contemplar a flor e cumprimentar a administração do

horto pelo feliz evento. Mas havia ainda muita coisa para ler e escrever, telefonemas

a dar, providências a tomar. Agora, já desce a noite, e as plantas em flor devem ser

vistas pela manhã ou à tarde, quando há sol - ou mesmo quando a chuva as

despenca e elas soluçam no vento, e choram gotas e flores no chão.

Suspiro e digo comigo mesmo - que amanhã acordarei cedo e irei. Digo, mas não

acredito, ou pelo menos desconfio que esse impulso que tive ao ler a notícia ficará

no que foi - um impulso de fazer uma coisa boa e simples, que se perde no meio da

pressa e da inquietação dos minutos que voam. Qualquer uma destas tardes é

possível que me dê vontade real, imperiosa, de ir ao Jardim Botânico, mas então

Neste momento, realiza-se a leitura da Crônica “Flor de maio”, de Rubem Braga,

seguida pelos questionamentos abaixo, respondidos por escrito, pelos alunos, com

a mediação do professor.

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será tarde, não haverá mais "flor-de-maio", e então pensarei que é preciso esperar a

vinda de outro outono, e no outro outono posso estar em outra cidade em que não

haja outono em maio, e sem outono em maio não sei se em alguma cidade haverá

essa "flor-de-maio".

No fundo, a minha secreta esperança é de que estas linhas sejam lidas por alguém -

uma pessoa melhor do que eu, alguma criatura correta e simples que tire desta

crônica a sua única substância, a informação precisa e preciosa: do dia 27 em diante

as "flores-de-maio" do Jardim Botânico estão gloriosamente em flor. E que utilize

essa informação saindo de casa e indo diretamente ao Jardim Botânico ver a "flor-

de-maio" - talvez com a mulher e as crianças, talvez com a namorada, talvez só.

Ir só, no fim da tarde, ver a "flor-de-maio"; aproveitar a única notícia boa de um dia

inteiro de jornal, fazer a coisa mais bela e emocionante de um dia inteiro da cidade

imensa. Se entre vós houver essa criatura, e ela souber por mim a notícia, e for,

então eu vos direi que nem tudo está perdido, e que vale a pena viver entre tantos

sacopãs de paixões desgraçadas e tantas COFAPs de preços irritantes; que a

humanidade possivelmente ainda poderá ser salva, e que às vezes ainda vale a

pena escrever uma crônica.

[ Extraído de: Rubem Braga, Para gostar de ler. Editora Ática, 1982.]

foto de Ivone Volpe Vieira

Atividade 14

Linguagem Escrita

Analise Linguistica textual

1- Questões referentes ao contexto de produção e relação autor/leitor/texto.

Onde foi veiculado o texto?

Quem criou essa crônica?

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Quem provavelmente lê este tipo de crônica? Retire do texto

informações que comprovem essa informação.

Podemos encontrar livros de Crônicas com frequência nas

bibliotecas ou livrarias?

Quais as funções desse gênero?

Qual o primeiro objetivo de uma pessoa ao escrever/ publicar uma

crônica?

2 – Questões referentes ao conteúdo temático.

Este título chama a atenção do leitor?

Que situação vocês acham que essa crônica vai retratar?

A partir do título da Crônica, podemos definir qual o tema/assunto

tratado?

Que outro título você sugeriria para esta crônica?

Esse tema/assunto se confirma no decorrer do texto?

3 – Questões que abordam a arranjo textual.

O texto ―Flor de Maio‖ é uma Narrativa como Crônica. O autor

mostra ao leitor o que é uma notícia de jornal? Copie algum trecho da crônica,

que mais o impressionou?

Quem é o personagem da crônica? E qual o foco da narrativa?

Nas crônicas narrativas, o fato, a informação é importante para que

o leitor compreenda o acontecido? Justifique sua resposta.

Muitas vezes a crônica traz, de forma leve e descontraída, assuntos

com o objetivo de refletir sobre acontecimentos da vida ou das pessoas.

Idenfifique essas marcas no texto de Rubem Braga.

A linguagem é atual. Justifique sua resposta. Qual foi o tom ou estilo

usado pelo cronista?

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Identifique o parágrafo que apresenta um comentário do cronista.

4 - Questões que contemplam as marcas linguístico-enunciativas.

Qual a frase anterior que completa o sentido desse trecho “ nos

informa gravemente que a partir do dia 27 vale a pena visitar o Jardim,”

A notícia de que a flor de maio floresceu é, para o narrador-

personagem da história, o quê?

A expressão “já desce a noite” dá uma ideia visual e temporal para o

leitor de um acontecimento. Qual acontecimento seria igualmente dado ao

leitor se estivesse escrito de outra forma?

O que significa a expressão “mas não acredito, ou pelo menos

desconfio que esse impulso que tive ao ler a notícia ficará no que foi...”

Se substituíssemos o verbo “é” por “era”. O verbo ―sejam‖ deveria

ser substituído por qual outro verbo? Na expressão “No fundo, a minha

secreta esperança é de que estas linhas sejam lidas por alguém.”

―Ir só, no fim da tarde, ver a ―flor de maio‖,‖ a palavra só nesse

trecho citado tem o sentido de qual palavra?

http://www.portugues.seed.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=396

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Atividade 15

Linguagem oral

Comparando as diferenças entre a Crônica e a Notícia

http://www.portugues.seed.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=175

Se o cronista, como o repórter, se alimenta dos acontecimentos diários, o que

diferencia a crônica e a notícia?

Leia um trecho, de uma notícia, e vamos comparar:

Jabulani passará por reavaliação

Sab, 26 de Junho de 2010 20:57 JAMIL CHADE

Depois de acusar os críticos da bola da Copa do Mundo de

serem patrocinados pela marca rival, a Fifa finalmente

admitiu que irá reavaliar o uso da bola criada pela Adidas

após o Mundial. A Jabulani tem sido alvo de críticas de

goleiros, técnicos e atacantes. A Fifa, agora, diz que "não é

surda" e que vai avaliar a situação.

Ontem, o secretário-geral da Fifa, Jerome Valcke, admitiu

pela primeira vez que a Fifa pode sentar com a Adidas e

técnicos para reavaliar a bola para a próxima Copa do

Mundo. "A Fifa não é surda com relação ao que vem sendo dito. Vamos falar com técnicos e capitães

de times sobre a bola. Não há nada mais importante que a bola e ela tem de ser perfeita. Se precisar

mudar, vamos avaliar. Vamos ver o que dá para fazer", garantiu Valcke.

http://www.noticiasnx.com.br/2010/index.php?option=com_janews&view=janews&Itemid=49s.

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QUANDO?

Atividade 16

Linguagem Oral e Escrita

O quê é uma Notícia?

Notícia é um tipo de texto em que o jornalista

relata de forma breve e impessoal fatos ou

acontecimentos que são importantes ou

relevantes ao público.

Uma notícia possui uma estrutura própria.

A notícia costuma ser composta pelos seguintes elementos:

Título – revela o assunto da notícia ou destaca uma informação relevante.

Olho – consiste em um pequeno texto colocado antes ou após o título.

Nome do relator – indica a pessoa que produziu a notícia.

Lide – apresenta-se geralmente na abertura da notícia. Nele, são dadas as

respostas para as seguintes questões:

QUEM?

ONDE?

O QUÊ?

COMO?

POR

QUÊ?

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Observe na notícia, a maneira como eles foram combinados entre si

e complete a tabela:

Quem? O quê? Quando? Onde? Como? Por quê?

Liste as diferenças que identificam uma crônica de uma notícia:

Características da Crônica Características da Notícia

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Atividade 17

Pesquisa

Assuntos que merecem uma Crônica

Consulte jornais e revistas e

selecione notícias pitorescas e inusitadas que mereçam

ser assuntos de uma crônica.

http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/

diaadia/escola

Em sala de aula, divididos em grupos, levantem sete assuntos

diferentes que estão nas notícias recortadas. Podem ser também

acontecimentos que estão nas ruas e ou conversas da cidade, emissoras de

rádio AM e FM, TV, etc.

Assunto1 Assunto2 Assunto3 Assunto4 Assunto5 Assunto6 Assunto7

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Atividade 18

Linguagem escrita

http://www.diaadia.pr.gov.br/t

vpendrive/modules/mylinks/viewcat.php?cid=14&letter=L

Vamos iniciar a escrita individual da sua Crônica?

Escolhido o assunto e com as

informações em mãos, a proposta é que você

escreva uma Crônica e, como um observador que

você é, apresente sua visão pessoal sobre esse acontecimento, com um novo

olhar para os fatos do cotidiano.

Use sua criatividade!

Primeiro, vamos planejar a escrita da Crônica?

Qual o foco narrativo?

Quem são as personagens?

Qual o enredo, como, onde e quando aconteceu a sua narrativa?

Vou narrar em tom lírico, irônico humorístico ou crítico?

Existirá um elemento surpresa?

Como será o desfecho?

Não esqueça de um bom título!

Estipule um tempo para a produção da crônica.

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Atividade 19 Leitura para Avaliação Desenho 9 Jean Carlos

Agora, vamos ler as crônicas? Ao ficar pronta, troque os textos

entre si.

Leiam e comparem as diversas formas de dizer o mesmo assunto.

Vamos comentar o que foi mais

difícil para escrever uma crônica? Atividade 20 Linguagem Escrita Vamos dar continuidade em uma dessas Crônicas?

Desenho 5 Jean Carlos

A atividade a seguir foi retirada do material (Escrevendo para o Futuro - Caderno Crônica, p.96, 2010): A ideia é dar continuidade ao texto de cronistas consagrados:

Mostre aos alunos apenas o início de algumas crônicas já publicadas. Peça-lhes que se coloquem no lugar do cronista e completem, de forma coerente, o texto iniciado por ele.

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Identifique no caderno as semelhanças ou diferenças entre o

que vocês escreverem e as crônicas escritas pelos três autores.

O cajueiro

(Rubem Braga)

O cajueiro já devia ser velho quando nasci. Ele vive nas mais antigas recordações

de minha infância: belo, imenso, no alto do morro atrás da casa. Agora vem uma

carta dizendo que ele caiu.

Eu me lembro do outro cajueiro que era menor e morreu há muito tempo. Eu me

lembro dos pés de pinha, do cajá-manga, da grande touceira de espadas-de-são-

jorge (que nós chamávamos simplesmente ―tala‖) e da alta saboneteira que era

nossa alegria e a cobiça de toda a meninada do bairro porque fornecia centenas de

bolas pretas para o jogo de gude.

Cem crônicas escolhidas. Rio de Janeiro: José Olympio, 1956.

emilianonunes.blogspot.com/.../o-cajueiro.html

A bola

(Luis Fernando Veríssimo)

O pai deu uma bola de presente ao filho. Lembrando o prazer que sentira ao ganhar

a sua primeira bola do pai. Uma número 5 sem tento oficial de couro.

Agora não era mais de couro, era de plástico. Mas era uma bola.

O garoto agradeceu, desembrulhou a bola e disse ―Legal!‖. Ou o que os garotos

dizem hoje em dia quando gostam do presente ou não querem magoar o velho.

Depois começou a girar a bola, à procura de alguma coisa.

Comédias para ler na escola. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.

www.deei.fct.ualg.pt/~a21165/ADI/

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São Paulo: as pessoas de tantos lugares

(Milton Hatoum)

À primeira vista, São Paulo assusta. Aos poucos, o susto cede ao fascínio, à

surpresa da descoberta de muitos lugares escondidos ou ocultados numa metrópole

da qual a natureza parece ter sido banida. Isto só em parte é verdade. Há vários

parques e jardins — Aclimação, Villa-Lobos, Burle Marx, Água Branca e tantos

outros —, sem contar o Ibirapuera, que simboliza uma promessa de urbanismo mais

civilizado, ou de um processo urbano mais humanizado, interrompido pela ganância

das construtoras e da especulação imobiliária em conluio com o poder

público municipal.

Revista da Folha, 25/5/2008.

www.nicewallpapers.info/pt/sao-paulo-0.html

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http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/arquivos/File/imagens/5portugues/1_115.jpg

Professor(a):

À medida que os parágrafos vão sendo escritos,

recomende aos alunos relê-los, para verificar a unidade, a

coerência e a coesão do texto.

Procure manter a participação de todos.

O tom não era humorístico? Esse trecho não está sem graça? O que poderia ser o elemento surpresa? Aqui bem podia entrar uma metáfora não? Vamos fazer uma comparação?

É na interação entre professor e alunos, e alunos entre si

que o texto vai se organizando, acertando o tom,

ganhando sentido.

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Atividade 21

Linguagem Oral e Escrita

Coletânea de Nossas Crônicas

a) Avaliando a crônica de seu colega:

Em seguida, avaliem em uma folha a parte, os comentários sobre a crônica

seguindo estas questões, esta atividade poderá ser feita em equipe:

Identifique as características da crônica que você encontrou.

Essa crônica sensibiliza o leitor, leva a uma reflexão? Ela cumpre o

seu papel de: emocionar, divertir, provocar reflexão. Qual?

A narrativa está em primeira ou terceira pessoa?

No desenrolar do texto, as características da narrativa (personagem,

cenário, tempo, elemento surpresa ou conflito e desfecho) estão presentes?

A linguagem está simples, faz parte do dia a dia, aproxima o leitor

sobre o tema?

Você consegue perceber a visão pessoal do autor?

Existe alguma palavra que não está escrita corretamente, frases

incompletas, erros gramaticais. E a pontuação está correta?

O título é sugestivo, é um convite à leitura da crônica?

Você sugeriria o que para melhorar a escrita da crônica?

As crônicas escritas pelos alunos serão organizadas em uma coletânea, que será doada à Biblioteca da Escola, para que outros alunos, professores, isto é, os leitores da comunidade escolar possam ter acesso as crônicas escritas. Nesta etapa, o aluno irá revisar seu texto para a montagem de nossa coletânea de crônicas.

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b) Planejando a Coletânea de Nossas Crônicas:

Entregue aos colegas as observações feitas sobre a crônica.

Cada um individualmente deverá rever seu texto fazendo as devidas

correções.

Passe a limpo a crônica, para montar a nossa coletânea. Importante

todos fazerem em papel A4.

Decidam como será organizado se por tema ou por nome do aluno.

Que tal, se incluirmos fotos, desenhos, imagens referentes aos

temas das crônicas?

Vamos encadernar ou por em uma pasta?

A divulgação de Nossa Coletânea será com leituras de algumas

crônicas, escolhidas pela turma, ou todas? Na hora da entrada ou nas salas

de aula?

Com isso estimularemos os leitores a buscarem Nossa Coletânea na

biblioteca da escola.

http://www.portugues.seed.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=315

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3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Na elaboração do trabalho em foco, apresentamos atividades de oralidade, leitura,

escrita e análise lingüística, na concepção de linguagem, estabelecida por Bakthin

(2003): o discurso como prática social e uma unidade concreta e real da atividade

comunicativa entre os sujeitos situados em contextos históricos e sociais. Portanto, o

texto será como unidade de sentido, o gênero discursivo, como forma de ação social

e não como atividade meramente lingüística. Quando se assume a língua como

interação, em sua dimensão discursivo-textual, o mais importante é criar

oportunidades para o aluno refletir, construir, considerar hipóteses a partir da leitura

e da escrita de diferentes textos, que se efetiva nas diferentes instâncias sociais. Por

isso, não poderia de deixar de ser estudada neste momento: o gênero discursivo,

―crônica‖.

Conforme dito no início desta Pesquisa, houve a necessidade de uma reflexão

acerca das características da crônica enquanto gênero discursivo guia esse estudo,

no qual se pretende analisar, em sala de aula, a Leitura e Escrita do Gênero

―Crônicas‖, em turmas de alunos de 8ª série do Ensino Fundamental de Língua

Portuguesa, por isso teve-se como objetivo diagnosticar a prática da análise

linguística, em salas de aula do ensino fundamental. Dessa maneira, a Unidade

Didática apresentada pelo estudo do PDE, é um exemplar do gênero Crônica, e

constitui-se uma contribuição para a produção de material teórico-pedagógicos, que

poderão intervir em nossa realidade escolar.

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REFERÊNCIAS

ARRIGUCCI JUNIOR, D. Fragmentos sobre a crônica. In:__. Enigma e comentário.

São Paulo: Companhia das Letras, 1987.p.51,55. 56,64.

BANDEIRA, Manuel. Literatura Hispânico Americana. 2ª Ed. Rio de Janeiro, Fundo

de Cultura, 1960, p.15. In: __. MELO Jose Marques. Apresentado Lisboa: Veja,

1986, p.140.

BAKHTIN, Mikhail. Estética da Criação Verbal. (4ª ed.) São Paulo: Martins Fontes,

2003.

___. Marxismo e Filosofia da Educação. São Paulo: Hucit, 1979.

BRAGA, Rubem. Ai de Ti Copacabana, Rio de Janeiro. 1960.

BRAGA, Rubem. Para gostar de ler. Ática. 1982.

CANDIDO, A. A vida ao rés-do-chão. In:__. CANDIDO, A. et.al. A crônica: o

gênero, sua fixação e suas transformações no Brasil. Campinas: Ed. UNICAMP; Rio

de Janeiro: Fundação Casa de Rui Barbosa, 1992, p.13, 16,17, 22.

COUTINHO, A. Ensaio e crônica. In:___. COUTINHO, A.(Dir.). A literatura no

Brasil. 3.ed. rev. e aum. Rio de Janeiro; J. Olympio; Niterói: Ed. UFF, 1986. v.6.

p.120,133.

CRÔNICAS (Gênero literário) Olimpíadas de Língua Portuguesa. Textos: I

Laginestra, Maria Aparecida; II Pereira, Maria Imaculada. III Série. São Paulo:

CENPEC, 2010.

Drummond, Carlos Andrade. Para gostar de Ler, Ática, 1977.

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43

GALEMBECK, Paulo de Tarso. A Linguística Textual e seus mais recentes avanços.

In_. Livro dos Minicursos do IX CNLF. 2005, p.75.

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