Opinião Pública Edição 887 - Caderno Especial

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pub. Os incêndios florestais no distrito de Braga têm despertado uma atenção e uma importância crescente merecendo o maior destaque de entre todas as acções resul- tantes da intervenção no âmbito da Pro- tecção Civil. Braga é um distrito problemático por força do seu ordenamento territorial, das alterações climáticas significativas, das práticas negligentes que se vão notando por exemplo, com as queimadas, corte desajustado de árvores ou falta de lim- peza e abandono dos terrenos. São fac- tores difíceis de ultrapassar, temos cons- ciência. Por isso, somos obrigados a uma redobrada atenção. Felizmente o empenhamento colec- tivo tem reforçado a eficácia da preven- ção, do alerta e do combate aos incêndios florestais. Os resultados alcançados em 2008, com menos incêndios e com menos área ardida, têm compensado todo o es- forço. Claramente se regista que estamos no bom caminho para salvaguarda do im- portante património que é a nossa flo- resta. O reforço de meios e de homens ao longo dos últimos anos tem sido funda- mental para o êxito desta missão. O reforço dos meios aéreos no combate aos incên- dios, a colocação no distrito de um novo veí- culo de comando e comunicações, a criação de 12 Equipas de Intervenção Permanente, o apoio financeiro prestado a todas as as- sociações de bombeiros do distrito, são exemplos disso mesmo. O concelho de Vila Nova de Famali- cão, no ano de 2008, assistiu a uma re- dução no número de incêndios em 362 ocorrências, relativamente à média verifi- cada entre 2003 e 2007. No que respeita à área ardida, essa diminuição foi de 200 hectares. Composto por três exemplares corpo- rações de bombeiros que ao longo de dé- cadas foram o único suporte da protecção civil e em especial do combate aos incên- dios florestais, o município de Vila Nova de Famalicão, viu recentemente criado o Destacamento Territorial da GNR, envol- vendo os Postos de Territoriais de Joane, Riba d`Ave e Vila Nova de Famalicão e que reforçará a vigilância, fiscalização e detecção de fogos, entre outras missões que à GNR estão atribuídas. Mas Vila Nova de Famalicão, ainda em 2009, receberá um reforço efectivo para a defesa da floresta com a constituição de uma Equipa de Sa- padores Florestais, sob a responsabilidade da Associação de Silvicultores do Vale do Ave, conforme proposta do Governo Civil e aprovação do Secretário de Estado do De- senvolvimento Rural e das Florestas. Ficará a faltar, o que se espera possa a vir a ser uma realidade em breve, ou seja, a celebração de um Protocolo para a constituição de Equipas de Intervenção Permanente, a envolver as Associações Humanitárias de Vila Nova de Famalicão e a Câmara Municipal, sob iniciativa da Se- cretaria de Estado da Protecção Civil, à semelhança do que se passa já na quase totalidade dos concelhos do distrito, e que se tem revelado como significativo reforço de operacionalidade. Assim, pretende-se que a tendência de descida das ocorrências e quantidade de área ardida se consolide. Para que tal aconteça não basta ter os meios de vigi- lância, detecção e combate devidamente operacionais. É necessário também que todos se comprometam no exercício pleno da sua cidadania como parte dos comba- tentes ao fogo florestal. Que 2009 seja um ano que registe a satisfação de termos, todos, dado mais um passo positivo em defesa da nossa floresta. O Governador Civil de Braga Fernando Moniz A defesa da floresta contra os fogos é objectivo prioritário Qualquer território, quando ocupado pelo ho- mem, é susceptível a riscos, naturais e/ou tec- nológicos, de acordo com as características físicas (geologia, clima, hidrologia, etc.) e hu- manas (actividade socio-económica, ocupação do solo, etc.). A ocorrência do risco e a magni- tude a que este se manifesta, podem gerar acidentes graves ou mesmo catástrofes; sendo que as suas consequências são directamente relacionadas com a vulnerabilidade das po- pulações, edificações e infra-estruturas desse território ao risco. A Protecção Civil em Portu- gal, da forma como está estruturada, é uma ac- tividade bastante recente. A Lei n.º27/2006 de 3 de Julho, Lei de Bases de Protecção Civil, que revogou a anterior Lei n.º113/91 de 23 de Agosto, veio dar expressão a tarefas funda- mentais consagradas na Constituição da Re- pública, na vertente de protecção civil, como são os direitos à integridade física; à segu- rança; protecção da saúde; a um ambiente sadio e ecologicamente equilibrado, mesmo em situações adversas como são os acidentes graves e as catástrofes de origem natural ou tecnológica. De acordo com esta Lei, a Protecção Civil é assim a actividade desenvolvida pelo Estado, Regiões Autónomas e Autarquias Locais, pelos cidadãos e por todas as entidades públicas e privadas, com a finalidade de prevenir riscos colectivos inerentes a situações de acidente grave ou catástrofe, de atenuar os seus efeitos, proteger e socorrer as pessoas e bens em pe- rigo quando aquelas situações ocorram. No Concelho de Vila Nova de Famalicão o Serviço Municipal de Protecção Civil assenta numa Comissão Municipal de Protecção civil, num Plano de Emergência Municipal e num Ga- binete Municipal de Protecção Civil. O Serviço Municipal de Protecção Civil tem como princi- pais competências: - Levantamento, previsão, avaliação e preven- ção de riscos colectivos, naturais ou tecnoló- gicos; - Análise permanente de vulnerabilidades pe- rante situações de risco; - Informação e formação das populações, sen- sibilizando-as para os riscos que correm e quais as medidas de auto protecção a adoptar; - Planeamento de situações de emergência, com o objectivo de busca, salvamento, pres- tação de socorro e emergência, bem como a evacuação, alojamento e abastecimento das populações nessas situações; - Inventariação de meios e recursos disponíveis e/ou mobilizáveis; - Elaboração do Plano Municipal de Emergên- cia; - Elaboração dos Planos de Emergência Exter- nos. O Gabinete Municipal de Protecção Civil (GMPC), encontra-se sedeado nas instalações da Policia Municipal, integra o Gabinete Téc- nico Florestal, e tem a seguinte composição: - Vereador do Pelouro com competências de- legadas; - Coordenador Municipal de Protecção Civil; - Um técnico superior na vertente de planea- mento e ambiente; - Um técnico superior na vertente de enge- nharia florestal. A Comissão Municipal de Protecção Civil é o organismo que assegura que todas as enti- dades e instituições do município imprescin- díveis às operações de protecção e socorro, emergência e assistência se articulem entre si em caso de acidente grave ou catástrofe. O Plano de Municipal de Emergência (PME) foi concluído em 1999. É um documento sim- ples, flexível que tem por objectivo possibilitar a unidade de direcção das acções a desen- volver e a coordenação técnica e operacional dos meios e recursos mobilizáveis face a um acidente grave, catástrofe ou calamidade. No PME encontra-se definido e planeado todas as acções, missões e atribuições das várias enti- dades a ele ligadas, por forma a minimizar os riscos e prejuízos decorrentes de eventuais si- tuações catastróficas, e o restabelecimento da normalidade (PME, 1999). Durval Tiago Ferreira, vereador da Protecção Civil de Famalicão A importância da Protecção Civil Protecção Civil

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Opinião Pública Edição 887 - Caderno Especial

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    Os incndios florestais no distrito deBraga tmdespertadoumaateno eumaimportncia crescentemerecendoomaiordestaque de entre todas as aces resul-tantes da interveno no mbito da Pro-teco Civil.

    Braga um distrito problemtico porfora do seu ordenamento territorial, dasalteraes climticas significativas, dasprticas negligentes que se vo notandopor exemplo, com as queimadas, cortedesajustado de rvores ou falta de lim-peza e abandono dos terrenos. So fac-tores difceis de ultrapassar, temos cons-cincia. Por isso, somos obrigados a umaredobrada ateno.

    Felizmente o empenhamento colec-tivo tem reforado a eficcia da preven-o, do alerta e do combate aos incndiosflorestais. Os resultados alcanados em2008, commenos incndiose commenosrea ardida, tm compensado todo o es-foro. Claramente se regista que estamosnobomcaminho para salvaguarda do im-portante patrimnio que a nossa flo-resta.

    O reforo de meios e de homens aolongo dos ltimos anos tem sido funda-mentalparaoxitodestamisso.O reforodos meios areos no combate aos incn-dios,acolocaonodistritodeumnovove-culodecomandoecomunicaes,acriaode 12Equipasde IntervenoPermanente,o apoio financeiro prestado a todas as as-sociaes de bombeiros do distrito, soexemplos dissomesmo.

    O concelho de Vila Nova de Famali-co, no ano de 2008, assistiu a uma re-duo no nmero de incndios em 362ocorrncias, relativamente mdia verifi-cada entre 2003 e 2007. No que respeita rea ardida, essa diminuio foi de 200hectares.

    Composto por trs exemplares corpo-raes de bombeiros que ao longo de d-cadas foramonico suporte daprotecocivil e emespecial do combate aos incn-dios florestais, o municpio de Vila Novade Famalico, viu recentemente criado oDestacamento Territorial da GNR, envol-vendo os Postos de Territoriais de Joane,Riba d`Ave e Vila Nova de Famalico eque reforar a vigilncia, fiscalizao edeteco de fogos, entre outras missesque GNR esto atribudas.MasVila Nova

    deFamalico,aindaem2009, receberumreforo efectivo para a defesa da florestacom a constituio de uma Equipa de Sa-padoresFlorestais, soba responsabilidadeda Associao de Silvicultores do Vale doAve, conforme proposta do Governo Civil eaprovao do Secretrio de Estado do De-senvolvimento Rural e das Florestas.

    Ficar a faltar, o que se espera possaa vir a ser uma realidade em breve, ouseja, a celebrao de umProtocolo para aconstituio de Equipas de IntervenoPermanente, a envolver as AssociaesHumanitrias deVila Nova de Famalico ea CmaraMunicipal, sob iniciativa daSe-cretaria de Estado da Proteco Civil, semelhana do que se passa j na quasetotalidade dos concelhos do distrito, eque se tem revelado como significativoreforo de operacionalidade.

    Assim, pretende-se que a tendnciade descida das ocorrncias e quantidadede rea ardida se consolide. Para que talacontea no basta ter os meios de vigi-lncia, deteco e combate devidamenteoperacionais. necessrio tambm quetodos se comprometamno exerccio plenoda sua cidadania como parte dos comba-tentes ao fogo florestal.

    Que 2009 seja um ano que registe asatisfaode termos, todos,dadomaisumpassopositivoemdefesadanossafloresta.

    OO GGoovveerrnnaaddoorr CCiivviill ddee BBrraaggaaFFeerrnnaannddoo MMoonniizz

    A defesa da floresta contra osfogos objectivo prioritrioQualquer territrio, quando ocupado pelo ho-mem, susceptvel a riscos, naturais e/ou tec-

    nolgicos, de acordo com as caractersticasfsicas (geologia, clima, hidrologia, etc.) e hu-manas (actividade socio-econmica, ocupaodo solo, etc.). A ocorrncia do risco e a magni-tude a que este se manifesta, podem geraracidentes graves ou mesmo catstrofes; sendoque as suas consequncias so directamenterelacionadas com a vulnerabilidade das po-pulaes, edificaes e infra-estruturas desseterritrio ao risco. A Proteco Civil em Portu-gal, da forma como est estruturada, uma ac-tividade bastante recente. A Lei n.27/2006 de3 de Julho, Lei de Bases de Proteco Civil, querevogou a anterior Lei n.113/91 de 23 deAgosto, veio dar expresso a tarefas funda-mentais consagradas na Constituio da Re-pblica, na vertente de proteco civil, comoso os direitos integridade fsica; segu-rana; proteco da sade; a um ambientesadio e ecologicamente equilibrado, mesmoem situaes adversas como so os acidentesgraves e as catstrofes de origem natural outecnolgica.

    De acordo com esta Lei, a Proteco Civil assim a actividade desenvolvida pelo Estado,Regies Autnomas e Autarquias Locais, peloscidados e por todas as entidades pblicas eprivadas, com a finalidade de prevenir riscoscolectivos inerentes a situaes de acidentegrave ou catstrofe, de atenuar os seus efeitos,proteger e socorrer as pessoas e bens em pe-rigo quando aquelas situaes ocorram.

    No Concelho de Vila Nova de Famalico oServio Municipal de Proteco Civil assentanuma Comisso Municipal de Proteco civil,num Plano de Emergncia Municipal e num Ga-binete Municipal de Proteco Civil. O ServioMunicipal de Proteco Civil tem como princi-pais competncias:- Levantamento, previso, avaliao e preven-o de riscos colectivos, naturais ou tecnol-gicos; - Anlise permanente de vulnerabilidades pe-rante situaes de risco; - Informao e formao das populaes, sen-sibilizando-as para os riscos que correm equais as medidas de auto proteco a adoptar; - Planeamento de situaes de emergncia,com o objectivo de busca, salvamento, pres-tao de socorro e emergncia, bem como aevacuao, alojamento e abastecimento daspopulaes nessas situaes; - Inventariao de meios e recursos disponveise/ou mobilizveis;- Elaborao do Plano Municipal de Emergn-cia;

    - Elaborao dos Planos de Emergncia Exter-nos.O Gabinete Municipal de Proteco Civil(GMPC), encontra-se sedeado nas instalaesda Policia Municipal, integra o Gabinete Tc-nico Florestal, e tem a seguinte composio:- Vereador do Pelouro com competncias de-legadas;- Coordenador Municipal de Proteco Civil;- Um tcnico superior na vertente de planea-mento e ambiente;- Um tcnico superior na vertente de enge-nharia florestal.

    A Comisso Municipal de Proteco Civil o organismo que assegura que todas as enti-dades e instituies do municpio imprescin-dveis s operaes de proteco e socorro,emergncia e assistncia se articulem entre siem caso de acidente grave ou catstrofe.

    O Plano de Municipal de Emergncia (PME)foi concludo em 1999. um documento sim-ples, flexvel que tem por objectivo possibilitara unidade de direco das aces a desen-volver e a coordenao tcnica e operacionaldos meios e recursos mobilizveis face a umacidente grave, catstrofe ou calamidade. NoPME encontra-se definido e planeado todas asaces, misses e atribuies das vrias enti-dades a ele ligadas, por forma a minimizar osriscos e prejuzos decorrentes de eventuais si-tuaes catastrficas, e o restabelecimentoda normalidade (PME, 1999).

    DDuurrvvaall TTiiaaggoo FFeerrrreeiirraa,, vveerreeaaddoorr ddaa PPrrootteeccoo CCiivviill ddee FFaammaalliiccoo

    A importncia da Proteco Civil

    Proteco Civil

  • 14 pblica:6 de Maio de 2009 eessppeecciiaall

    O nmero de voluntrios na AssociaoHumanitria dos Bombeiros Voluntriosde Famalico suficiente, comea por di-zer o comandante Vtor Azevedo, uma vezque a corporao conta com o apoio dosoutros corpos de bombeiros do concelho.O voluntariado no est em crise, agorao problema tem a ver com as obrigaes aque este voluntariado est sujeito por Leie que aos poucos vai afastando os jovensdos bombeiros. O salrio ao final do ms mesmo zero, esclarece, a propsito.

    Porm, segundo Vtor Azevedo im-possvel os voluntrios assegurarem osocorro durante as 24 horas, sendo que operodo diurno o mais difcil e por issoa direco, com grande esforo, detmum grupo de profissionais, com cerca de20 bombeiros, que assegura o socorro e otransporte de doentes durante o dia. noite e aos fins-de-semana, so os vo-luntrios que asseguram o socorro, compiquetes permanentes compostos por en-tre 5 a 10 homens.

    Entretanto, a Cmara de Famalico,em protocolo com a Autoridade Nacionalde Proteco Civil (ANPC), j aprovou acriao de Equipas de Interveno Per-manente nos trs corpos de bombeirosdo concelho, constitudas por cinco bom-beiros profissionais, que garantiro o ser-vio de emergncia no perodo diurno desegunda a sexta-feira, e que entraro emfuncionamento no segundo semestredeste ano.

    No que se refere ao captulo da for-mao, Vtor Azevedo lembra que aqui huma especial preocupao. Neste mo-mento temos elementos formadores narea de Socorrismo, Incndios Urbanos eIndustriais e Incidentes com Matrias Pe-rigosas no corpo de Bombeiros, aponta,mencionando tambm que as dificulda-des neste mbito so imensas.

    impossvel para um bombeiro vo-luntrio conseguir ausentar-se do seu em-prego durante uma semana para tirar umcurso, porque ningum o vai compensarde possveis perdas que possam da ad-vir, observa. Por isso, a nossa direco

    tem tido a abertura e a preocupao depromover mais e melhor formao aosnossos profissionais, acrescenta.

    VViiaattuurraa ddee ddeesseennccaarrcceerraammeennttoo cchheeggaa eessttee aannoo

    Esto disponveis no parque opera-cional dos Voluntrios de Famalico 35viaturas do servio de sade e de incn-dio, alm de uma variedade de equipa-mento, desde o suporte avanado de vidapara a rea da sade, passando por algumequipamento de supresso e contenode derrames. H ainda uma equipa desalvamento vocacionada para interven-o e salvamento de pessoas em stios deacessibilidade muito reduzida, e umaequipa cinotcnica vocacionada parabusca e salvamento em grandes reas eescombros, por exemplo no caso de sis-mos, terramotos e derrocadas.

    Recentemente, h cerca de um ms,foi autorizada a compra de um equipa-mento para uma viatura de incndio, querepresentou uma despesa superior a 2mil euros para a qual no h apoios, eainda um outro para a Unidade de Cuida-dos Intensivos que, igualmente semapoios externos, custou cerca de 3 mil eu-ros, contabiliza o comandante Vtor Aze-vedo.

    Aos Bombeiros de Famalico foi atri-buda pela ANPC uma viatura de desen-carceramento, que dever chegar aindaeste ano.

    Apesar de um dia-a-dia a enfrentar di-ficuldades e a ajudar cidados, Vtor Aze-vedo afirma que o Estado reconhecemuito pouco o trabalho dos Bombeiros,antes exige e cobra dos Bombeiros comose de profissionais do Estado se tratasse,quando somos maioritariamente volunt-rios.

    O comandante sugere mesmo que aoEstado e a todos os contribuintes ficariamuito mais barato criar medidas de in-centivo ao voluntariado, por exemplo aonvel do IRS ou ao nvel das empresas, doque criar outras solues para intervenoem emergncia que comparativamentecustam mais do dobro que custariam secriadas no mbito dos Bombeiros.

    Garante Vtor Azevedo, comandante dos BBoommbbeeiirrooss ddee FFaammaalliiccoo

    OO ssaallrriioo mmeessmmoo zzeerroo

    SSoofifiaa AAbbrreeuu SSiillvvaa

    Voluntrios FFaammaalliicceennsseess esperam pagamentos de entidades pblicas

    CCrriissee dificulta trabalho

    dos bombeiros Com 82 anos, a Associao Humanitriados Bombeiros Voluntrios Famalicensesfoi deixando no distrito e no pas o seunome, fruto do trabalho de quantos a ser-viram e servem. assim que Antnio Mei-reles, presidente da direco, v a corpo-rao que dirige.

    O nmero de pessoas que a corpora-o integra suficiente, mas Meireleschama a ateno que hoje cada vez maisse torna difcil ao bombeiro voluntrio dei-xar o seu trabalho para ocorrer s diversassolicitaes dirias. Acresce dizer quepelas circunstncias econmicas, colegastiveram de optar pela emigrao o que um factor determinante para aumentar asausncias ao longo do ano, anota.

    Os Bombeiros Famalicenses dispe demeios modernos, quer em veculos querem material, para responder nas reas dasade, desencarceramento, incndios (ur-banos, industriais e florestais). Possumostambm uma equipa de mergulhadores quetem vindo a ser solicitada para resgates noconcelho e no distrito, completa.

    Relativamente aos recursos humanos,o corpo dos Famalicenses contempla for-madores credenciados em Tcnicas de So-corrismo, Tcnicas de Desencarceramentoe de Conduo fora de Estrada (vulgo,todo-o-terreno), credenciados pela EscolaNacional de Bombeiros, bem como ele-mentos TAS, credenciados pelo INEM eigualmente pela ENB.

    TTeemmppooss ddiiffcceeiiss,, ccoonnttaass ccoommpplliiccaaddaass Tendo em conta as dificuldades eco-

    nmicas que o pas atravessa, essas tam-bm se reflectem nas associaes huma-nitrias. Alm da menor disponibilidadefinanceira dos associados e benemritos,regista-se uma diminuio de clientes eaqueles que permanecem, principal-

    mente o Estado e as Empresas Pblicas,atrasam vergonhosamente os seus paga-mentos.

    De acordo com Antnio Meireles oatraso, neste momento, implica sete do-lorosos meses e um montante que ultra-passa os 150 mil euros, estimando-se,um cenrio complicado para cumprir umoramento anual de 843 mil euros.

    O presidente da direco salienta que,embora o voluntariado tenha muito pesono cumprimento das misses de socorro,o profissionalismo vem tomando contadeste tipo de actividade, tendo os Famali-censes 23 funcionrios no seu quadro depessoal.

    O parque de 36 viaturas assegura a me-lhor qualidade nos servios prestados, mas sinnimo de uma enorme despesa demanuteno. Outro aspecto que pesa naactividade financeira a responsabilidadepara com os fornecedores. nosso pontode honra liquidar dbitos no prazo mximode 60 dias, afiana o responsvel.

    Quanto ao futuro, Antnio Meirelesprefere no falar em grandes investimen-tos, mas ser dada nfase proteco in-dividual do bombeiro com a renovao eaquisio de material. No entanto, a for-mao no mbito da nova escola de esta-girios continuar a ser em 2009 uma rea-lidade, demonstrando que a juventudeainda aposta no voluntariado na sua formamais pura do dar a vida pela vida.

    Para finalizar, o presidente da Asso-ciao Humanitria dos Bombeiros Volun-trios Famalicenses deixa uma palavra deapreo e incentivo a todas as associaeshumanitrias, em especial aos colegasde Famalico e Riba dAve, desejando que,apesar das dificuldades, saibamos emconjunto atender s situaes para asquais somos solicitados, principalmentenesta altura do ano, designadamentequanto a fogos florestais.

    SSoofifiaa AAbbrreeuu SSiillvvaa

  • 15pblica: 6 de Maio de 2009eessppeecciiaall

    Este o desejo dos Voluntrios de Riba dAve

    Rica e marcante, a histria daAssociao Humanitria dosBombeiros Voluntrios de RibadAve, como diz o presidente dadireco, Narciso Silva.

    Os Bombeiros de Riba dAvesaem para a rua todos os dias,prestando, em mdia, cerca de 40servios dirios. Neste momento,a corporao ribadavense contacom um efectivo de 80 volunt-rios, mas a ambio sempreter mais voluntrios, contudo,nem sempre quantidade significaqualidade.

    Se estes homens estiveremconvenientemente motivados, fo-rem empenhados e com a devidaformao, estamos certos queconstituiro um excelente grupode trabalho voluntrio que res-ponder eficazmente s necessi-dades da proteco civil da nossarea de interveno, declara Nar-ciso Silva.

    Riba dAve tem, actualmente,11 ambulncias, 14 viaturas de in-cndio e um carro de desencar-ceramento, alm de um barco,acrescido de todo o equipamentoindividual de proteco que dis-pe cada voluntrio. J no de-curso deste ano foi integralmentereparado um auto tanque e en-contra-se integralmente remode-lada e reequipada uma ambuln-cia de emergncia.

    NNoovvoo qquuaarrtteell oo ssoonnhhooH muito falado e h muito

    aguardado o novo quartel. Opresidente Narciso Silva diz queneste momento se espera sere-namente a apreciao da candi-datura ao QREN. Caso seja apro-vada, o valor a financiar de 70%.Os restantes 30% sero assegu-rados pela prpria Associao.

    Gostaramos de iniciar aconstruo do quartel at ao fi-nal do ano, divulga o presidenteda direco, acrescentando quegostava ainda de dotar a asso-ciao de pessoas amplamentecapazes e disponveis de prestarcada vez melhor e com maior

    prontido o socorro e o auxlio,que o que se pede e exige aosBombeiros.

    Um dos eixos prioritrios dacorporao a formao, da queos Bombeiros de Riba dAve dis-ponham de um Ncleo de Forma-o Contnua, com um plano deactividades prprio e devida-mente integrado no Plano de Ac-tividades da Associao. Almdisso, h a formao interna daresponsabilidade dos chefes.

    A formao programada irser realizada em trs vertentes:Escola de Bombeiros, rea de

    Sade e Aces de sensibilizaopara a comunidade.

    Na Escola de Bombeiros iroser leccionados quatro cursos,com vista aptido de voluntriospara estagirios de 3. classe;bombeiros de 2. classe; bom-beiros de 1. classe e promoode subchefes.

    Em relao rea de sade, aformao centrar-se- nos cursosde TAT (Tripulante de Ambuln-cias de Transporte e de Salva-mento e Desencarceramento)para todos os voluntrios e pro-fissionais. So cursos de forma-

    o inicial de bombeiros que soos pilares para um bom desem-penho, explica o responsvelmximo da direco.

    De resto, ao longo deste ano,iro realizar-se, no ltimo sbadode cada ms, sesses temticasque permitiro aprofundar a for-mao noutras vertentes.

    SSaallddoo ppoossiittiivvooOs Bombeiros de Riba dAve

    recebem o subsdio anual da C-mara Municipal que se reveste deenorme importncia no ora-mento. H, depois, as receitasdos servios prestados e as quo-tas dos associados.

    A gesto e controle de custosassume uma importncia crucial,sendo para ns um orgulho, queas contas j apresentadas de-monstrem que mantemos os pa-gamentos em dia existindo, pois,um saldo positivo, indica Nar-ciso Silva.

    O presidente da direco par-tilha da ideia de que o Estadopoderia ser mais generoso comas corporaes. Os bombeirostm a seu cargo uma fatia impor-tante daquilo que uma obriga-o natural do Estado: a protec-o civil e o socorro aos cidados.Se considerarmos que as Asso-ciaes de Bombeiros tm a seucargo este papel, sendo o braoarmado da proteco civil, facil-mente concluiremos que osapoios que lhes so dados sodesproporcionais actividadeque desempenham.

    NNoovvoo qquuaarrtteell pode arrancar este ano SSoofifiaa AAbbrreeuu SSiillvvaa

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  • 16 pblica:6 de Maio de 2009 eessppeecciiaall

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    TT33 com aparcamento fechado. Com umafrente. Tem a rea de 103 m2. Cozinha mobi-lada, ca o fogo. Uma lavandaria e despensa.Uma varanda, soalho utuante. Em Calend-rio. Valor: 83.500

    TT44.. Com garagem fechada. Fica virado a sul.Quatro quartos, um com suite. Duas casas debanho, sala de jantar e estar. Cozinha equi-pada e lavandaria. Aquecimento central comcaldeira. Vidros duplos. E com trs varandas.Valor: 125.000,00

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    A Cruz Vermelha de Ribeiro continua espera duma novasede, embora j haja entendimento com o presidente daCmara para a sua resoluo, garante Jos Fonseca. De-vido grave crise nanceira que o pas atravessa, prova-velmente a soluo passar pela utilizao de um edifciopertencente ao municpio, anuncia o responsvel m-ximo.

    Todos os dias, os 35 socorristas de Ribeiro fazem so-corro pr-hospitalar, transporte de doentes para clnicasde sioterapia e outras unidades de sade e realizam al-gum trabalho na rea social, ajudando os mais necessi-tados. So ainda organizados alguns cursos de formaona rea do socorrismo.

    Temos tambm algumas camas articuladas e cadeirasde rodas, que cedemos populao, mas para satisfazertodas as solicitaes precisvamos de muitas mais.

    A Cruz Vermelha de Ribeiro possui duas ambulnciasde emergncia e duas viaturas de transporte de doentesque, para j vo dando para responder s solicitaes,mas em breve ser preciso aumentar a frota, para asse-gurar os servios necessrios.

    Sobre os recursos humanos, Jos Fonseca diz que se-ria necessrio ter o dobro dos 35 socorristas para obteruma melhor coordenao e para no sobrecarregar osexistentes. E aproveitando a oportunidade, apela boavontade de todos para que se inscrevam como socorristasvoluntrios para prestar melhores servios s popula-es.

    O oramento anual da Cruz Vermelha de Ribeiroronda os 160 mil euros e para cumprir com as suas ac-es a entidade conta com diversos apoios e ajudas,quer monetrias, quer atravs de bens, sendo os maisconsiderveis aqueles que vm da Cmara Municipal eda empresa Lidl.

    Para a comunidade geral, a melhor forma de ajudar mesmo ser scio. Gostaramos que toda a populaocontinuasse a ajudar. A quota anual de apenas de 12 eu-ros e beneciam de um rol extenso de descontos, em en-

    tidades com quem temos protocolos, esclarece Jos Fon-seca.

    As maiores diculdades so, como foi referido ante-riormente, a falta de voluntrios para a parte de socorro eumas novas instalaes para aumentar os servios, uma

    vez que o grande projecto para o futuro continuar a sera construo da nova sede.

    Todos os dias h muito trabalho na Cruz Vermelha deRibeiro e aqui acredita-se que o trabalho feito reco-nhecido pelas diversas entidades.

    Soluo passa por um edifcio da CCmmaarraa

    Cruz Vermelha de RRiibbeeiirroo aguarda nova sede

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