OPOSIÇÃO QUESTIONA EMPRÉSTIMOS MILIONÁRIOS PEDIDOS …

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R$ 1,00 www.jornaldasalagoas.com.br Alagoas, 6 de maio | Ano 3 | Nº 519 | 2021 OPOSIÇÃO QUESTIONA EMPRÉSTIMOS MILIONÁRIOS PEDIDOS POR RENAN FILHO ENDIVIDAMENTO Mais uma vez a discussão sobre os empréstimos solicitados pelo governo de Alagoas foi retomada na ALE. Desta vez, por conta de uma mensagem do go- vernador Renan Filho (MDB), ainda de 2019, que pede autorização para a contração de uma dívida de US$ 150 milhões. Em edições anteriores, o Jornal das Ala- goas mostrou que o governo estadual também pediu autorização para outro empréstimo, junto ao Banco do Brasil, no valor de R$ 700 milhões, que financiaria o Projeto Conecta Alagoas, com foco na recuperação de rodovias estaduais. A preocupação levantada por Cabo Bebeto (PTC) é com o endividamento do Estado. O secretário da Fazenda, George Santoro, destacou – em entrevista recente – que todas as dívidas contra- ídas estão dentro do planejamento de ajuste fiscal e que não há riscos para o governo. Página 5 Discussão na ALE lembrou men- sagem de 2019 para contrair dívida de US$ 15 milhões, mas há também pedidos de autorização de R$ 700 milhões Bolsonaro critica lockdowns e não descarta decreto para “garantir o direito de ir e vir” Em uma cerimônia ontem o presidente da Repú- blica, Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a criticar os decretos dos governos estaduais, a exemplo dos já adotados em Alagoas, que proibiram o direito de trabalhar e impuseram restrições ao funcionamento do comércio como medida de combate à pandemia do coronavírus. Bolsonaro avaliou que a popula- ção se manifestou, no final de semana passado, em defesa da liberdade e que, diante do atual cenário, caso as medidas impositivas continuem em ascensão, ele pode chegar a editar um decreto presidencial, com base no artigo constitucional das garantias de liberdades individuais, para sacramen- tar o direito de ir e vir e ao trabalho. O presidente voltou a criticar o isolamento social da forma como vem sendo feito. Página 8 Agência Brasil Arthur Lira se compromete com privatização dos Correios Relator da reforma propõe fundir cinco tributos Fecomercio: prevê queda de 3,1% em vendas do Dia das Mães Página 8 Página 7 Página 12 Lei permitirá acúmulo de função de cobrador e motorista no transporte público de Maceió A Câmara Municipal de Maceió promulgou, após ter derrubado o veto do prefeito João Henrique Caldas, o JHC (PSB), a lei municipal que permite que as empresas de transporte público da capital alagoana tenham apenas um funcionário na função de mo- torista e cobrador de ônibus. A legislação possui uma série de diretrizes para evitar as demissões que a medida pode gerar. O prazo de adaptação concedido é de 180 dias. A lei tem gerado polêmica. De um lado, os empresários gostaram da iniciativa. Do outro, os sin- dicatos reclamam e já há um partido político que pretende entrar com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) junto ao Tribunal de Justiça de Alagoas. Página 4 VISITE NOSSO SITE: WWW.JORNALDASALAGOAS.COM.BR

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R$ 1,00 www.jornaldasalagoas.com.brAlagoas, 6 de maio | Ano 3 | Nº 519 | 2021

OPOSIÇÃO QUESTIONA EMPRÉSTIMOS MILIONÁRIOS PEDIDOS POR RENAN FILHO

ENDIVIDAMENTO

Mais uma vez a discussão sobre os empréstimos solicitados pelo governo de Alagoas foi retomada na ALE. Desta vez, por conta de uma mensagem do go-vernador Renan Filho (MDB), ainda de 2019, que pede autorização para a contração de uma dívida de US$ 150 milhões. Em edições anteriores, o Jornal das Ala-goas mostrou que o governo estadual também pediu autorização para outro empréstimo, junto ao Banco

do Brasil, no valor de R$ 700 milhões, que financiaria o Projeto Conecta Alagoas, com foco na recuperação de rodovias estaduais. A preocupação levantada por Cabo Bebeto (PTC) é com o endividamento do Estado. O secretário da Fazenda, George Santoro, destacou – em entrevista recente – que todas as dívidas contra-ídas estão dentro do planejamento de ajuste fiscal e que não há riscos para o governo. Página 5

Discussão na ALE lembrou men-sagem de 2019 para contrair dívida de US$ 15 milhões, mas há também pedidos de autorização de R$ 700 milhões

Bolsonaro critica lockdowns e não descarta decreto para “garantir o direito de ir e vir”

Em uma cerimônia ontem o presidente da Repú-blica, Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a criticar os decretos dos governos estaduais, a exemplo dos já adotados em Alagoas, que proibiram o direito de trabalhar e impuseram restrições ao funcionamento do comércio como medida de combate à pandemia do coronavírus. Bolsonaro avaliou que a popula-ção se manifestou, no final de semana passado,

em defesa da liberdade e que, diante do atual cenário, caso as medidas impositivas continuem em ascensão, ele pode chegar a editar um decreto presidencial, com base no artigo constitucional das garantias de liberdades individuais, para sacramen-tar o direito de ir e vir e ao trabalho. O presidente voltou a criticar o isolamento social da forma como vem sendo feito. Página 8

Agência Brasil

Arthur Lira se compromete com privatização dos Correios

Relator da reforma propõe fundir cinco tributos

Fecomercio: prevê queda de 3,1% em vendas do Dia das Mães

Página 8 Página 7 Página 12

Lei permitirá acúmulo de função de cobrador e motorista no transporte público de Maceió

A Câmara Municipal de Maceió promulgou, após ter derrubado o veto do prefeito João Henrique Caldas, o JHC (PSB), a lei municipal que permite que as empresas de transporte público da capital alagoana tenham apenas um funcionário na função de mo-torista e cobrador de ônibus. A legislação possui uma série de diretrizes para evitar as

demissões que a medida pode gerar. O prazo de adaptação concedido é de 180 dias. A lei tem gerado polêmica. De um lado, os empresários gostaram da iniciativa. Do outro, os sin-dicatos reclamam e já há um partido político que pretende entrar com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) junto ao Tribunal de Justiça de Alagoas. Página 4

V I S I T E N O S S O S I T E : W W W . J O R N A L D A S A LA G O A S . C O M . B R

OPINIÃO

20216 de maio 2

Jorge LuizDiretor-Executivo

Luis VilarEditor-Geral

Para anunciar(82) 98812-4111

CNPJ33.009.776/0001-21

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EXPEDIENTE

ARTIGO | Mariane Crespolini*

Petula Ponciano Nascimento *

PronaSolos: gestão do solo e da água

para o desenvolvimento sustentável

* É Diretora de Produção Sustentável do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa);* É Chefe-Geral da Embrapa Solos (RJ).

que deu ênfase à falta de governança e apontou a insuficiência de informa-ções e a dificuldade de acesso a dados de nossos solos. O segundo foi a mo-bilização interinstitucional liderada pelo Mapa e pela Casa Civil, que for-mularam a proposta de um programa nacional apoiados pelas instituições que atuam com base na ciência do solo. A formalização do PronaSolos aconteceu em 2018, e a nomeação dos comitês estratégico e executivo, em 2020, por decretos presidenciais.

Em dezembro, foi entregue à so-ciedade brasileira a versão 1.0 da pla-taforma tecnológica do PronaSolos, uma das mais modernas do mundo. Por meio de um sistema de informa-ções geográficas (SigWeb), ela reúne mapas e dados de solos produzidos ao longo dos últimos 60 anos por di-versas instituições. Pela primeira vez, é possível acessar um vasto acervo sobre solos brasileiros em um único local.

Alguns dos mapeamentos são inéditos, como os mapas nacionais de suscetibilidade e vulnerabilidade dos solos brasileiros à erosão hídrica. Eles podem subsidiar o setor produtivo e o poder público na seleção de áreas para ações de conservação e recupe-ração. Em breve, serão disponibiliza-dos o mapa de condutividade elétrica do solo, importante para os setores de telecomunicações e de transmissão de

energia, e o mapa nacional atualizado de estoque de carbono, um pilar funda-mental para as finanças verdes e as boas práticas ambientais, sociais e de governança — conhecidas como ESG.

Os maiores desafios do PronaSolos estão no horizonte. É preciso executar os trabalhos de campo previstos para as

próximas décadas. Para o agronegó-cio, será possível planejar, ao nível de propriedade, o melhor uso das terras; realizar manejo mais adequado das culturas e aperfeiçoar práticas que reduzam a erosão; otimizar o uso de fertilizantes e defensivos e os proje-tos de irrigação; ampliar a adoção de sistemas integrados.

O PronaSolos terá, ainda, impactos para muito além da agropecuária. Será possível, por exemplo, otimizar a expansão urbana; reduzir a sedi-mentação dos rios, enchentes e desas-tres naturais; criar mecanismos mais precisos para avaliação das terras e apoiar a concessão de crédito agríco-la, reduzindo riscos para agricultores e financiadores. O programa também viabilizará que todos os municípios tenham zoneamento agroecológico (ZAE), ferramenta fundamental para o desenvolvimento sustentável.

A força das parcerias, presente desde o início do PronaSolos, terá que ser intensificada para que esses avanços aconteçam e beneficiem o setor produtivo e a sociedade. Os desafios exigem engajamento das esferas públicas e privadas. Hoje, a legislação dá oportunidades para a criação de consórcios público-pri-vados e para a formação de fundos financeiros de apoio à inovação. O PronaSolos é inovação tecnológica, institucional e social. Quem ganha é o Brasil.

A carência de infor-mações detalhadas sobre os solos brasileiros é um grande entrave para o desenvolvimento do país. Apenas 5% do território nacional conta com mapea-mentos em escalas adequa-das, dificultando ações para a promoção do desenvolvi-mento sustentável. Em 2020, isso começou a mudar com a implementação das ações do Programa Nacional de Le-vantamento e Interpretação de Solos no Brasil (PronaSolos). Para 2021, o desafio aumentou e esta importante política pública busca o apoio de par-cerias, no modelo público-privado.

Com dimensões continentais, o Brasil partiu para o desafio de conhecer melhor e cuidar do prin-cipal patrimônio natural do cidadão brasileiro, para assim promover todos os setores da economia. Não apenas a agropecuária, mas, também, indústria, geração e distribuição de energia, saneamento básico, teleco-municações.

Coordenado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimen-to (Mapa), envolvendo Embrapa, Casa Civil da Presidência, outros cin-co ministérios e cerca de 30 institui-ções públicas e privadas, o programa busca engajar diferentes setores para mapear minuciosamente os solos de 1,3 milhão de km² do país, nos pri-meiros 10 anos, e mais 6,9 milhões de km² até 2048, em escalas que permi-tam um nível de detalhamento muito significativo dos solos.

A construção do PronaSolos, um programa de Estado, começou em 2013, quando o mundo despertava para a importância da ciência do solo para a segurança alimentar. Dois episódios foram fundamentais. O primeiro foi o acórdão 142/2015 do Tribunal de Contas da União (TCU),

6 de maio 32021

OPINIÃO

A pandemia do Coronavírus teve iní-cio durante a colheita da safra de verão 2019/2020 e início da implantação da safra de outono inverno (safrinha) de 2020. Am-bas as safras foram concluídas, porém não podemos dizer que normalmente, pois a ten-são era grande. Em outubro de 2020, iniciou--se uma nova safra de verão, com alguns per-calços em decorrência da irregularidade na distribuição de chuvas, mas com resultados que podem ser considerados bons. A exce-ção ocorreu nos estados de Tocantins, Mato Grosso e Paraná, onde as chuvas dificultaram a operação de colheita e atrasaram a semea-dura do milho segunda safra (safrinha).

De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), a safra de grãos de 2020/2021, deverá ser de 272,3 milhões de toneladas, 6% maior que a anterior. A grande surpresa é o preço dos principais produtos agrícolas. O preço do algodão teve um in-cremento da ordem de 47,0%, o do milho de 39,4%, da soja foi de 40,5% e a arroba do boi gordo aumentou 33,5%. Essas altas de preços devem-se fundamentalmente ao aumento da demanda interna e externa. O ano de 2020, foi particularmente importante para o setor agropecuário brasileiro. Enquanto o cres-cimento do PIB total do Brasil foi negativo, o da agropecuária apresentou crescimento de 24,2% em relação a 2019, alcançando a participação de 26,6% do PIB total, de acor-do com os dados divulgados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA/USP), em parceria com a Confe-deração da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

O bom resultado da colheita para a maioria dos produtos e regiões do Brasil, associado aos preços remuneradores, têm incentivado os produtores a modernizarem os processos produtivos, com a utilização de plantas de cobertura objetivando a melhoria e ou a manutenção da qualidade do solo. Cabe destacar, também, o avanço da incor-poração da agricultura digital, proporcio-nando a otimização das operações agrícolas e da logística de todo o processo. Embora a pandemia do coronavírus tenha provo-cado significativas mudanças nos hábitos e costumes da população mundial, a demanda por alguns produtos como algodão, celulose, carnes e açúcar, aumentou consideravelmen-

Desempenho da agricultura brasileira durante o primeiro ano da Covid-19

ARTIGO | Fernando Mendes Lamas*

* É pesquisador (Embrapa Agropecuária Oeste)

EM ALTA

EM BAIXA

O secretário Munici-pal de Turismo, Es-

porte e Lazer, Ricardo Santa Ritta, por meio

das redes sociais, defendeu que o gover-

nador Renan Filho avalia a possibilidade de flexibilizar as medidas para o setor de even-

tos no próximo decreto. Acerta o titular da pasta da gestão do prefeito João Henrique

Caldas (PSB). Não faz o menor sentido que, diante da flexibilização de diversas ativida-

des econômicas, o governo estadual conti-nue impedindo que os cinemas reabram e

voltem a gerar emprego e renda em Alago-as. Afinal, é possível adotar protocolos sa-nitários, controle de distanciamento social

e permitir que, dessa forma, tenhamos mais postos de trabalho sendo abertos em um es-tado que, devido as medidas restritivas, tem

sofrido com o desemprego, como mostram os dados mais recentes do Cadastro Geral

de Empregados e Desempregados. Excelente o posicionamento de Ricardo Santa Ritta.

O governador de Alagoas, Renan Filho (MDB), deixou claro – em entrevista à im-prensa – que um dos

critérios da monta-gem do novo secretariado é dar “densidade política” ao governo. Em outras palavras, a

reta final do mandato do governador terá um foco: aglutinar as forças políticas den-

tro do Palácio República dos Palmares para o xadrez político de 2022. É de se esperar

que isso não atrapalhe as ações que devem gerar benefícios à população. Afinal, o

governo foi eleito para dar respostas à ques-tões administrativas e não para a coopta-

ção de lideranças, na reta final do mandato, como forma de fazer uma ampla aliança

que garanta ao governador o colchão polí-tico para que ele venha a disputar o Senado Federal. Agora, o governador quer colocar

todo mundo debaixo do guarda-chuva. Vale lembrar: isso tem um custo!

te. A exportação brasileira de carne bovina, aumentou 8% em 2020 e a de suínos 36,1%, em relação a 2019. Os produtores tiveram que ajustar suas práticas de produção, in-corporando medidas de biossegurança, para minimizar as consequências de eventual ocorrência da doença entre os seus colabo-radores. Em virtude do momento favorável à produção agrícola, em diversas regiões onde havia predomínio da agricultura, observa-se o aumento da integração lavoura-pecuária. Esse modelo de produção confere maior dinamismo à atividade agrícola, com melhor aproveitamento dos recursos e, por conse-guinte, aumento da produtividade.

O conjunto das transformações que estão ocorrendo na agricultura brasileira coloca o Brasil numa posição de destaque na produ-ção de alimentos, fibras e energia. Para que possamos continuar ocupando essa posi-ção, tanto no mercado interno, quanto no mercado externo, é preciso atenção também com a qualidade dos produtos, devido aos compradores estarem cada vez mais exigen-tes. Assim, tão importante quanto a produ-tividade é a qualidade do produto, podendo não encontrar mercado, caso não atenda esse quesito.

Também passam a ser consideradas, no momento da comercialização, as con-dições de produção, como o atendimento das questões de bem-estar animal para a produção de carne. Assim, a rastreabilidade ganha contornos cada vez mais sólidos e para vários produtos. Em síntese, observa-se que durante o ano de 2020, primeiro ano da pandemia, a agricultura brasileira avançou tanto nos aspectos quantitativos quanto nos qualitativos da produção, contribuindo para com a economia nacional, especialmente à crescente participação dos produtos agríco-las nas exportações.

Olímpio Pereira de Oliveira Filho

A legislação trouxe polêmica por conta da possibilidade de

gerar desemprego. As discus-sões tomaram conta não apenas das redes sociais, mas também de algumas autoridades. A matéria foi proposta pelo vere-ador, atualmente presidente da Casa de Mário Guimarães, Galba Netto (MDB). O projeto foi aprovado pelos vereadores, ainda na legislatura passada, e seguiu para sanção do prefeito, mas recebeu veto do Executivo.

Essa matéria foi uma das que teve o veto derrubado no início desse ano, no reinício das atividades legislativas. Diante disso, o Poder Legislativo – como determina a Lei Orgânica Municipal – poderia promulgar a legislação. A norma proposta pelo vereador, que agora é lei, se baseia no entendimento do Tribunal Superior do Traba-lho (TST) de que as atividades de motorista e cobrador são complementares entre si, não demandando esforço superior ao aceitável e, diante disso, podem ser acumuladas.

A legislação prevê ainda que as empresas de ônibus devem disponibilizar, aos atuais cobradores, cursos gratuitos de formação profissional pelo Serviço Social do Transporte (SEST) ou Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Seant). O objetivo é, por meio desses cursos, relocar os cobra-dores para outras funções, inclusive como motoristas. O dispositivo da lei visa evitar justamente as demissões no setor.

A nova lei não pode ser apli-cada para demitir cobradores que praticarem falta grave. De acordo ainda com a nova legisla-

ção, as empresas de transporte coletivo devem ser respon-sáveis por disponibilizarem pontos de vendas de passagem, além dos meios eletrônicos necessários, visando a substi-tuição do pagamento das tarifas nos ônibus por meio do papel--moeda.

É válido frisar que, na capi-tal alagoana, a maioria dos usuários já aderiram aos meios eletrônicos, como é o caso do Cartão Bem Legal. Para turistas, ainda deve ser implantado um outro tipo de cartão que será disponibilizado pelas empre-sas.

Se a lei for descumprida, há

penalidades previstas, como advertência escrita; multa no montante de 600 UPFAL (Unidade Padrão Fiscal do Estado de Alagoas), em caso de reincidência; e, até, cassação da concessão.

AÇÃOPor conta da polêmica, o

Partido Democrático Traba-lhista (PDT) já anunciou que entrará com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI), nessa semana, no Tribu-nal de Justiça de Alagoas.

O pedido do PDT-AL é para que o Tribunal de Justiça suspenda imediatamente os efeitos da lei com a posterior anulação total de seus efeitos.

O partido argumenta que a lei, ao contrário do que disse-ram alguns vereadores, não objetiva preservar os empre-gos dos cobradores, mas sim, dar respaldo legal para que as empresas demitam cobrado-res. A garantia do emprego para aqueles que perdessem a função de cobrador estava num projeto de lei que foi arquivado (PL nº 42/2020), mas essa garantia foi excluída do texto da lei que passa a valer.

MACEIÓ

Maceió: lei permitirá acúmulo de função entre motorista e cobrador de ônibus

A Câmara Municipal de Maceió promulgou,

após a derrubada do veto que havia sido

feito pelo prefeito de Maceió, João

Henrique Caldas (PSB), a legislação que

permitirá o acúmulo de função entre

motorista e cobrador de ônibus, no sistema de transporte público

da capital alagoana. A lei é uma permissão

que passa a vigorar em 180 dias, mas

ainda não há posição oficial da empresa

se haverá adaptação nesse sentido nos

próximos dias.

20216 de maio4

PROMULGADO | Veto havia sido derrubado pela Câmara Municipal e legislação já entra em vigor em 180 dias

Maceió atingiu a marca de 250 mil doses (1ª e 2ª dose) de vacinas

aplicadas contra a Covid-19.

Os números são da terça-feira passada e reafirmam o desem-penho da cidade como a Capital que mais vacina no Brasil. Por

determinação do prefeito JHC, a vacinação é a prioridade neste momento de pandemia.

“Estamos num esforço

Maceió atinge 250 mil pessoas vacinadas contra a Covid-19

Redação

Com nova lei, uso da bilhetagem eletrônica será praticamente obrigatória

Iracema Ferro

JADIEL DE LIRA - ME, 18.414.740/0001-30, localizada na RUA PEDROSA, Nº 89, TABULEIRO DOS MARTINS – MACEIÓ/AL, torna público que

requereu ao IMA/AL, a REGULARIZAÇÃO DA LICENÇA DE OPERA-ÇÃO, para UNIDADE DE RECICLAGEM DE ELETROELETRÔNI-COS E ELETRODOMÉSTICOS, PÓS CONSUMO, localizada na RUA PEDROSA, Nº 89, TABULEIRO DOS MARTINS – MACEIÓ/AL. Foi

determinado estudo de impacto ambiental.

concentrado para vacinar nossa população. Somente com a vacina vamos voltar a uma vida normal e eu tenho certeza que estamos cada dia mais perto de vencer esse vírus. E, para isso, determinei que as doses não devem ficar paradas um minuto sequer”, disse JHC.

O prefeito destacou que, com a chegada de novas doses, os números vão avançar. No dia de ontem, a Prefeitura de Maceió ampliou a vacinação para traba-lhadores de saúde com mais de 30 anos e pessoas com comor-

bidades com 50 anos ou mais, das 9h às 16h, nos oito pontos de vacinação.

São agora 15,91% dos maceioenses imunizados com a primeira dose. De acordo com os números da Secre-taria Municipal de Saúde, entre os idosos com 60 anos ou mais, 89,46% do público estimado já foi vacinado; além de 86,86% das pessoas em instituições de longa perma-nência; e, por fim, 22,99% da população com comorbidades (SD, Renal Crônico e 56+).

O volume de vacinas AstraZeneca envia-das pelo Ministério da

Saúde e recebidas pelo Governo de Alagoas possibilitará que os municípios avancem ainda mais na imunização dos alagoanos contra o coronavírus. As 99.750 doses enviadas pelo Ministério da Saúde (MS), na segunda-feira passada, estão disponíveis para serem retiradas pelas 102 cida-des alagoanas nos Centros de Armazenamento e Distribuição de Imunobiológicos, em Maceió

e em Arapiraca, junto a outras 13.090 doses que estavam arma-zenadas como reserva técnica no Programa Nacional de Imunização em Alagoas (PNI/AL), órgão ligado à Secretaria de Estado da Saúde (Sesau).

O total de 112.840 doses será destinado a concluir a imunização dos profissionais de saúde, continuar a vacinação das pessoas portadoras de comor-bidades e iniciar os próximos grupos prioritários definidos nos Planos Estadual e Nacional de Vacinação Contra a Covid-19: trabalhadores da educação básica, pessoas com deficiência

permanente, população em situ-ação de rua, população privada de liberdade e funcionários do sistema prisional.

O PNI/AL informou, em nota técnica que pode ser baixada ao clicar aqui, que estão sendo disponibilizadas 7.620 doses para finalizar a imuniza-ção dos trabalhadores da saúde nos municípios de Arapiraca, Campo Alegre, Maceió, Matriz de Camaragibe, Palmeira dos Índios, Penedo, São José da Tapera, São Miguel dos Campos e União dos Palmares, já que as demais cidades alagoanas já concluíram a imunização desse

grupo prioritário.Para pessoas com comor-

bidades a partir dos 45 anos de idade, estão disponíveis 44.105 doses. Outras 34.660 serão apli-cadas nos portadores de defici-ência permanente, com idade entre 55 59 anos. O documento do PNI/AL orienta os municí-pios a priorizarem as pessoas que estiverem cadastradas no programa de Benefício de Pres-tação Continuada (BPC), por estarem potencialmente mais vulneráveis à pandemia. Aque-les que não estiverem no BPC devem comprovar a deficiên-cia por meio de laudo médico,

cartões de gratuidade no trans-porte público, documento que indique se tratar de pessoa com deficiência, ou documento comprobatório de vinculação a Centros de Reabilitação ou unidades especializadas no atendimento às pessoas com deficiência.

A população que vive em situação de rua tem disponí-vel 875 doses nos municípios. Estão sendo distribuídos 10.055 imunizantes para contemplar a população privada de liberdade e outras 1.275 doses de Astra-Zeneca para os funcionários do sistema prisional.

Ele lembrou a quantidade de dinheiro que Alagoas recebeu do governo fede-

ral nos últimos anos. Bebeto lembrou que uma das bandei-ras de Renan Filho é justamente pregar o equilíbrio fiscal do governo estadual. “Ele (Renan Filho) antecipou o 13º e tem adiantado o pagamento dos salários dos servidores, soltou fogos para comemorar a situa-ção confortável do Estado, rela-tando que Alagoas era referência nacional. Mas ontem nós fomos surpreendidos com a mensagem do governo pedindo um novo empréstimo”, colocou.

Bebeto questionou se o governo do Estado não esta-ria deixando de pagar algumas dívidas antigas para começar a contrair novas e destacou temer pela herança que o governo vai deixar – por conta de emprés-timos assumidos – para o povo alagoano. “Mais e mais dívidas para serem pagas mais adiante”, lembrou o cabo Bebeto.

Os empréstimos a serem contraídos pelo governo de Alagoas – caso aprovados pela ALE – é pedir até US$ 40 milhões ao Banco Interame-

ricano de Desenvolvimento e até US$ 110 milhões ao Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento. Os recursos serão para programas de gestão fiscal e administrativa do Estado, conforme a mensagem enviada pelo governador.

MAIS EMPRÉSTIMOSNesse ano, Renan Filho

também encaminhou para a Casa de Tavares Bastos pedidos de empréstimos com foco na Infraestrutura, como noticiou o Jornal das Alagoas. Neste caso, o valor é de R$ 700 milhões junto ao Banco do Brasil para dar

continuidade ao projeto Conecta Alagoas, que investe em recupe-ração de estradas.

O endividamento de Alagoas já atinge a R$ 8,8 bilhões. Caso a ALE também aprove a matéria, os recursos devem servir para duplicar rodovias no Agreste, Sertão, Litoral Sul e Norte.

O secretário estadual da Fazenda, George Santoro, defende o empréstimo e diz que não há impacto na dívida pública de Alagoas. De acordo com ele, “essa operação já estava prevista há dois anos”.

Santoro explica que a opera-ção se encontra no programa

de ajuste fiscal com o governo federal.“Hoje temos apenas 10 estados elegíveis para contratar operação de crédito. Alagoas tem capacidade de pagamento B. Nosso endividamento líquido terminou 2020 no mais baixo patamar dos últimos 30 anos”, colocou.

Para ele, isso representa 54% da receita corrente líquida. “Nossa trajetória é descendente e mesmo com essa operação, ela deverá caindo. Devemos bater 2021 com menos de 50%, mesmo com esse empréstimo”, finalizou.

Jó Pereira (MDB) desta-cou que ainda está analisando a matéria. Ela disse que está tendo reuniões para estudar a situação da dívida pública. “A princípio, eu me preocupo com a destina-ção do valor. Mais estradas. Já somos um dos melhores estados em conservação de rodovias e isso não é ruim. Mas, precisa-mos alcançar essa excelência em outras políticas públicas como Educação, Saúde, Desen-volvimento Econômico, acesso à água potável, redução de desi-gualdade e combate à pobreza”, explicou a parlamentar.

Oposição questiona novos empréstimos milionários pedidos por Renan Filho

6 de maio 52021

ALAGOAS LEGISLATIVO | Solicitação foi feita em 2019 e Estado poderá se endividar em US$ 150 milhões

Desde 2019 que o

governo de Alagoas

encaminhou para a

Assembleia Legislativa

do Estado de Alagoas um

pedido de empréstimo

na ordem de US$

150 milhões junto a

instituições financeiras

internacionais, mas

somente agora

a mensagem do

governador Renan Filho

(MDB) tramitou na

Casa de Tavares Bastos

e, diante disso, gerou

protesto por parte da

oposição, na sessão

plenária de ontem. Um

dos posicionamentos de

cobranças de satisfações

em relação aos recursos

foi feita pelo deputado

estadual Cabo Bebeto

(PTC).

Redação

Governo distribui 112.840 doses da AstraZeneca enviadas pelo MS

Cabo Bebeto questionou destinação de verbas

federais que vieram para Alagoas

Agência Alagoas

O ministro das Comu-nicações, Fábio Faria, assinou portarias de

criação de dois programas relacionados à rádio e tele-difusão. A primeira institui a criação do programa Digi-taliza Brasil, que viabiliza a segunda fase de transição do sinal de televisão analógico para o digital.

“A primeira fase [da tran-sição de sinal] teve o foco em regiões metropolitanas e grandes cidades e a segunda fase avança para o interior. O sinal digital já está em mais de 2 mil cidades e alcança 75% da população. A meta agora é encerrar as transmissões analógicas, o que acontecerá em 31 de dezembro de 2023”, comunicou o ministro.

Segundo Fábio Faria, o texto de criação do Digitaliza Brasil inclui metas e diretrizes para famílias de baixa renda, que deverão ter a transição de sinal custeada pela arreca-dação do leilão do 5G – que deve acontecer ainda neste semestre.

Em síntese, o Digitaliza Brasil permitirá que outor-gas públicas sejam disponi-bilizadas sem burocracia a municípios pequenos, que necessitam de ação de empre-sas privadas para realizar a digitalização. “Isso envolve a distribuição de 700 mil kits de digitalização que temos em estoque, a distribuição de até 4 milhões de kits de recepção para a população beneficiá-ria de programas do governo federal e a infraestrutura de transmissão de TV a ser ofere-cida em 1.638 municípios”,

complementou o secretário de Radiodifusão do Ministé-rio das Comunicações, Maxi-miliano Martinhão.

FM DO CELULARA segunda iniciativa assi-

nada por Fábio Faria foi a criação de uma parceria entre as esferas público e privada para que aparelhos celulares capazes de receber ondas de frequência modulada (FM) – segundo o ministro, 90% dos aparelhos produzidos no Brasil atendem a esse crité-rio – possam ser usados para sintonizar rádio.

“A portaria assegura que celulares capazes de receber FM não sejam bloqueados. Isso é muito importante, porque apenas com essa liga-ção seremos capazes de levar informação – por exemplo, da covid-19 – a todos os brasilei-

ros”, explicou o ministro.“O rádio é o meio de infor-

mação mais rápido e mais próximo da população. Seja nas grandes ou pequenas cidades do país, ele informa, entretém e presta serviços com qualidade e responsabi-lidade social”, complementou Maximiliano Martinhão.

O Ministério das Comuni-cações realizou, logo após os anúncios, a demonstração de uma das tecnologias que serão viabilizadas com a chegada do 5G – o som imersivo. A demonstração foi fechada apenas para membros do governo e representantes de empresas de rádiodifusão.

“Esses recursos vão auxiliar os esta-dos a investirem

em equipamentos, viaturas, tecnologias e capacitação dos profissionais que atuam diuturnamente no combate à criminalidade”, ressaltou o ministro Anderson Torres, em ofício enviado aos senadores.

A verba é do Fundo Nacio-nal de Segurança Pública e referente aos eixos de enfren-tamento à criminalidade violenta e de valorização dos profissionais de segurança pública.

O repasse é efetivado a partir de critérios que deverão ser cumpridos pelos estados e pelo Distrito Federal, como por exemplo, ter dados inte-grados ao Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp), plano de carreira de servidores, possuir

fundo e conselho estadual instituídos e em funciona-mento, além de garantir que somente até 3% do efetivo atue fora de suas respectivas corporações. Os desbloqueios

foram feitos após análise e aprovação dos planos de apli-cação entregues pelos entes federados.

Em março, o governo federal anunciou o desblo-

queio de cerca de R$ 160 milhões para investimento em segurança pública pelos estados do Mato Grosso do Sul, Amazonas, Paraíba, Goiás e Distrito Federal.

BRASIL/MUNDO

20216 de maio6

Governo Jair Bolsonaro libera verba paraestados investirem em segurança pública

MINISTÉRIO DA JUSTIÇA | Acre, Amapá, Bahia, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul serão os contemplados

O Ministério da Justiça e Segurança

Pública autorizou, no dia de ontem, o

desbloqueio de mais de R$165,7 milhões

para investimento nas forças de segurança pública dos estados

do Acre, Amapá, Bahia, Paraná, Santa

Catarina e Rio Grande do Sul.

Karine Melo

Agência Brasil

Fábio Faria assinou portaria do programa Digitaliza Brasil

Verba do Fundo Nacional de

Segurança Pública é para

investimentos em equipamen-

tos, viaturas, tecnologia e

capacitação

Ministério das Comunicações avança no processo de digitalização no interior Diário do Poder

A produção industrial brasileira recuou 2,4% na passagem de feve-

reiro para março deste ano, segundo dados divulgados ontem, no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geogra-fia e Estatística (IBGE), em sua

Pesquisa Industrial Mensal (PIM). Essa é a segunda queda consecutiva, já que, de janeiro para fevereiro, houve uma retra-ção de 1%.

Em 12 meses, a indústria acumula perda de 3,1%. Na comparação com março do ano passado, início das medi-das restritivas para combater a pandemia da covid-19, houve

alta de 10,5%. No acumulado do ano, a indústria cresceu 4,4%.

Na comparação de março com fevereiro deste ano, o maior recuo foi observado nos bens de consumo semi e não durá-veis (-10,2%). Também caíram os bens de consumo duráveis (-7,8%) e os bens de capital, isto é, as máquinas e equipamen-tos usados no setor produtivo

(-6,9%).Os bens intermediários, os

chamados insumos industriali-zados usados no setor produtivo, tiveram alta de 0,2% no período.

Quinze das 26 atividades industriais pesquisadas tiveram queda na produção de fevereiro para março.

O principal responsável por esse comportamento da indús-

tria foi o setor de veículos auto-motores, reboques e carrocerias (-8,4%).

Outras quedas importantes foram registradas na confecção de artigos do vestuário e aces-sórios (-14,1%), outros produ-tos químicos (-4,3%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-9,4%) e couro, artigos para viagem e calçados (-11,2%).

LEGISLATIVO | Parecer prevê que três esferas de governo poderão fixar alíquotas

ECONOMIA

6 de maio 72021

Em vez de pagar cinco tributos ao comprar um produto, o consumidor

pagará o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS). Caso se trate de

um produto que possa causar danos à saúde,

um Imposto Seletivo será acrescentado. A

proposta consta do parecer do relator da

reforma tributária, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), lido

na terça-feira passada, na comissão especial

mista do Congresso. O texto prevê a extinção de duas contribuições

– o Programa de Integração Social (PIS)

e a Contribuição para o Financiamento da

Seguridade Social (Cofins) – e de três

impostos – o Imposto sobre Produtos

Industrializados (IPI), o Imposto

sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços

(ICMS) e o Imposto sobre Serviços (ISS).

Atualmente, as contribui-ções ficam inteiramente com a União, o IPI é

partilhado entre União e gover-nos locais, o ICMS fica com os estados, e o ISS, com os municí-pios.

A alíquota do IBS seria composta por uma soma das alíquotas da União, dos estados e dos municípios. Cada esfera de poder poderia definir a alíquota por meio de lei ordinária. A base de cálculo (onde o tributo incide) seria regulamentada em lei complementar.

De acordo com o relator, o Centro de Cidadania Fiscal (CCIF) calculou que, caso fossem somadas as alíquotas dos cinco tributos atuais, o IBS fica-ria entre 24,2% a 26,3%, depen-dendo da calibragem do imposto seletivo.

Cobrado em mercado-rias como cigarros e álcool, o Imposto Seletivo será cobrado “por fora”, no início da cadeia produtiva. Dessa forma, esse imposto se incorporará ao custo do produto, elevando a base de cálculo sobre a qual é aplicada a alíquota do IBS.

COBRANÇA Segundo o parecer, o IBS

será cobrado no destino, no

local onde a mercadoria é consu-mida. A proposta acabaria com a guerra fiscal entre os estados. Atualmente, o ICMS é dividido entre o local de origem e o local de destino por meio do ICMS interestadual.

Uma lei complementar deta-lhará a distribuição da arrecada-ção, mas a partilha ocorrerá com base na população dos municí-pios, para atender ao modelo de cobrança no destino.

A proposta reduz de dez para seis anos o prazo de tran-sição para a implementação do IBS, em relação ao texto origi-nalmente apresentado no fim de 2019.

Haveria uma transição federal, de dois anos, mais uma transição de quatro anos dos governos locais. A fase federal se iniciará no ano seguinte ao ano

de publicação da lei complemen-tar do IBS.

Na transição, o PIS e a Cofins seriam gradualmente substituí-dos pela alíquota federal do IBS no primeiro e no segundo ano. Na transição local, do terceiro ao sexto ano, as alíquotas do ICMS e do ISS seriam reduzidas na proporção de 1/4 por ano, até serem zeradas. Os incentivos fiscais seriam diminuídos na mesma dimensão.

TAXAÇÃO O relatório não prevê

mudanças significativas na tributação sobre riqueza.

“Decerto, devemos avançar no debate sobre o deslocamento da tributação das operações com bens e serviços para a renda e o patrimônio, o que permitirá reduzir a pesada carga sobre o

consumo”, destaca o texto.O p a re c e r t a m b é m

menciona “alterações pontu-ais” para reforçar a progressi-vidade fiscal (maior cobrança sobre os mais ricos) no Imposto Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD), que incide sobre heranças e doações, e no Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). O texto, no entanto, não entra em detalhes.

Segundo o relatório, a Zona Franca de Manaus continuará a ter tratamento especial. Uma lei complementar poderá ponderar o imposto sobre operações com bens e serviços na zona franca, com brechas para modificar alíquotas e regras de aproveita-mento de créditos dos tributos.

As regras para o Simples Nacional, regime especial para as micro e pequenas empresas, não mudarão.

Na avaliação do relator, eventuais modificações podem ser feitas por meio de lei complementar ou lei ordinária, sem a necessidade de mudança na Constituição.

“Apesar de termos severas restrições ao que se tornou o Simples Nacional, entendemos que a correção de suas vicissitu-des compete à legislação infra-constitucional, a qual necessita de ampla e profunda revisão”, destacou o texto.

Relator da reforma tributária na Câmarapropõe a fusão de cinco tributos no IBS

Wellton Máximo

Agência Brasil

Vitor Abdala

Agência Brasil

Ribeiro disse que uma lei complementar detalhará partilha da arrecadação

Produção industrial cai 2,4% de fevereiro para março

Em um discurso mais longo do que o normal após abrir oficialmente

a Semana das Comunicações, o chefe do Executivo nacio-nal voltou a criticar medidas restritivas de circulação para conter o contágio da covid-19, reclamou de críticas por ele não usar máscara e causar aglomerações com suas visi-tas inesperadas a cidades e bairros do Distrito Federal, e insinuou que o coronavírus poder ser fruto de uma guerra biológica.

“Peço a Deus que não tenha que baixar esse decreto. Mas se baixar, ele será cumprido”, disse. “E não será contestado esse decreto. Não ouse contestar, quem quer que seja. Sei que o Legislativo não contestará.”

O presidente classificou as medidas de distanciamento social promovida por gover-nos regionais como “excres-cência”. “De onde nasceu essa excrecência para dar pode-res a governadores e prefei-tos e nos prender dentro de casa, nos condenar a miséria, roubar milhões de empregos, levar famílias ao desespero por não poder trabalhar, por não poder se locomover?”, questionou o presidente. “E alguns até quando procuram, como se confortar, são proi-bidos de ir à igreja ou ir num templo. Pastores e padres

passaram a ser vilões do Brasil.”

Bolsonaro voltou a atacar a mídia, dizendo que o país assiste a “cenas de pessoas sendo presas em praça pública, mulheres sendo algemadas e a imprensa não fala nada”. “Homens sendo proibidos de ir à praia, como um decreto de um prefeito da Costa Verde, proibindo que a família saia de lancha, na Baía de Angra. O que é isso? Onde estamos? Cadê nossa liber-dade? Cadê os meios de comu-nicação para denunciar isso?”

Na opinião do presidente, “para a esquerda está tudo bem, e o desemprego e a misé-ria é terreno fértil para ditadu-ras”.

Incisivo, o chefe do Execu-tivo insistiu que o governado-res e prefeitos atentam contra o artigo 5º da Constituição, que preconiza o direito de ir e vir. “O que está em jogo e alguns ainda ousam por decretos, subalternos, nos oprimir? O que queremos do artigo 5º? Queremos a liber-dade de cultos? A liberdade para poder trabalhar. Quere-mos o nosso direito de ir e vir. Ninguém pode contestar isso”, afirmou.

Referindo-se às manifes-tações no Dia do Trabalho, no último sábado, o presidente destacou que tem apoio da população nos seus planos de baixar o decreto. “Os militares juram dar a vida pela pátria.

Os que estiveram nas ruas neste último 1º de Maio, bem como muitos outros milhões que não puderam ir às ruas, tenho certeza, darão sua vida por liberdade”, disse.

E desafiou a Justiça, dizendo que a norma não será contestada por nenhum tribu-nal. “Nas ruas já se começa a pedir por parte do governo que ele baixe um decreto, e se eu baixar um decreto, vai ser cumprido. Não será contes-tado por nenhum tribunal, porque ele será cumprido. […] O Congresso, ao qual eu inte-grei, tenho certeza que estará ao nosso lado. O povo, ao qual nós, Executivo e parlamenta-res deve lealdade, obviamente estará ao nosso lado.

GERAL

Bolsonaro critica lockdowns e não descarta decreto para “garantir o direito de ir e vir”

O presidente Jair Bolsonaro (sem

partido) subiu o tom, no dia de ontem,

afirmando ter pronto um decreto

para “garantir o direito de ir e vir”

dos brasileiros, que muitos pedem que seja editado, e que

se for publicado “não será contestado em nenhum tribunal”.

20216 de maio8

POLÍTICA | “Peço a Deus que não tenha que baixar esse decreto. Mas se baixar, ele será cumprido”, garantiu o presidente

R7

Depois que o Governo Federal publicou um decreto incluindo os

Correios no Programa Nacio-nal de Desestatização (PND), a privatização da estatal passou a ser debatida entre os

representantes dos trabalha-dores e também os parlamen-tares em Brasília.

No início dessa semana, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira afir-mou que a proposta que auto-riza o governo a privatizar os Correios deve ser votada entre junho e julho (PL

591/21). Ao tratar sobre a votação, Arthur Lira reforçou que a avalia que o governo tem votos para aprovar a proposta e ressaltou que “o Congresso é reformista”.

O regime de urgência da matéria foi votado no dia 21 de abril, com seis votos dos deputados alagoanos

favoráveis.A aprovação do PL adianta a tramitação da proposta, fazendo com que ela possa ser votada diretamente no plenário, sem a necessi-dade de passar por comissões.

Para Lira, seu compro-misso não é com o mérito do texto, mas em fazer as discussões acontecerem. “É

meu dever [fazer com] que os debates aconteçam, e com muita firmeza e diálogo fazer com que eles andem. A inten-sidade do que vai ser apro-vado, depende do momento. Mas temos obrigação que o Brasil tenha uma gestão melhor das suas contas públi-cas”, afirmou.

Arthur Lira se compromete com projeto de privatização dos Correios

Agência Alagoas

Redação

Jair Bolsonaro classificou as

medidas de distanciamento

social promovida por governos

regionais como “excrecência”

A a r b i t r a g e m d e Alagoas está mais uma vez em evidên-

cia no cenário brasileiro. Quarteto alagoano de arbitra-gem vai comandar a grande final da Copa do Nordeste no próximo sábado entre Ceará x Bahia, na Arena Caste-lão, em Fortaleza. Denis Ribeiro Serafim (CBF/AL) apitará a final sendo auxi-liado por Esdras Mariano de Lima Albuquerque (CBF/AL) e Brígida Cirilo Ferreira (FIFA/AL). José Ricardo Laranjeira (CBF/AL) será o quarto árbitro.

O jogo começa às 16h. A escala de arbitragem para Ceará x Bahia ainda contem-pla mais seis profissionais.

São eles: quinto árbitro Nail-ton Júnior de Sousa Oliveira (CBF/CE), analista de campo Paulo Silvio dos Santos (CBF/CE), árbitro de vídeo Pablo Ramon Gonçalves Pinheiro (CBF/RN), assistente de árbitro de vídeo 1 Thaysiane de Melo Costa, assistente de

árbitro de vídeo 2 Cleriston Clay Barreto Rios, observa-dor de VAR Ítalo Medeiros de Azevedo.

Pela segunda vez na histó-ria da Copa do Nordeste, a a rb i t ragem a lagoana comanda uma final da Copa do Nordeste. Aconteceu

pela primeira vez em 2017, na final entre Bahia e Sport. Na época, decisão teve arbi-tragem de Francisco Carlos do Nascimento (CBF/AL) sendo auxiliado por Rondi-nelle dos Santos Tavares (CBF/AL) e Esdras Mariano de Lima (CBF/AL).

Do quarto onde está internado na Santa Casa de Misericórdia

de Maceió, Roberto Fernan-des se mostrou disposto e “Agradecer a Deus por estar cuidando desse meu trata-mento, evoluindo, mas que ainda requer cuidado e aguar-dar no tempo do senhor, o tempo certo para voltar às atividades. Agradecer a minha família, amigos, seguidores e torcedores. Recebi muitas mensagens, principalmente depois que me internei”, afir-mou.

Roberto Fernandes foi diagnosticado com Covid-19 na última semana e estava seguindo o distanciamento social e fazendo tratamento em casa. Na véspera do “Clás-sico das Multidões” diante do

CSA, no sábado passado, o profissional precisou fazer uso de oxigênio e foi internado.

As informações repassa-das pelo hospital e o depar-tamento médico do CRB são as melhores, mas ainda não há previsão de alta médica.

Sendo assim, o profissional perde mais um jogo à frente do time, que nesta quarta--feira enfrenta o Jaciobá, às 20h00, no Estádio Rei Pelé, em jogo válido pela última rodada da fase de classificação do Campeonato Alagoano.

COVID-19 | Roberto Fernandes foi diagnosticado com Covid-19 na última semana

ESPORTES

6 de maio 92021

Fernandes começou o tratamento em casa, mas precisou ser hospitalizado

Internado desde a última semana,

acometido da Covid-19, o técnico

do CRB, Roberto Fernandes

tranquilizou os seus seguidores.

Através das redes sociais, o comandante

alvirrubro celebrou idade nova e afirmou

estar evoluindo no tratamento e espera o quanto antes estar de

volta às atividades.

Técnico do CRB apresenta evolução no estado de saúde no dia do aniversário

Paulo Chancey JúniorMinuto Esportes

Minuto Esportes

Quarteto alagoano comanda a final da Copa do Nordeste

Por empréstimo,

CRB confirma

chegada do

zagueiro Frazan

O CRB anunciou mais um zagueiro para o seu elenco. O clube

regatiano confirmou a che-gada do Wesley Frazan. O atleta chegou na manhã da terça-feira, no CT Ninho do Galo, vindo por empréstimo, junto ao Fluminense.

Frazan tem 24 anos e estava atuando no Flumi-nense. Nesta temporada, o jogador disputou 5 jogos e não marcou nenhum gol. Esse será o primeiro empréstimo do atleta, que foi revelado na base do clube carioca. Frazan atua no elen-co profissional desde 2017. No mês passado, o zagueiro foi relacionado para o jogo Fluminense x River Plate, pela Libertadores.

O “Galo” anunciou dois zagueiros na semana passada, Eduardo Moura e Matheus Mega. Diego Ivo passou por um procedimen-to cirúrgico no joelho e só deve voltar a jogar no final do ano. No elenco, Roberto Fernandes conta com Gum, Eduardo Moura, Matheus Mega, Ewerton Páscoa, Ma-theus Stockl e Darlissom.

Denis Serafim é o árbitro da

partida, sendo assistido por

Edras Mariano, Brígida Cirilo e

José Ricardo Laranjeiras

CULTURA

20216 de maio10

ARTE ALÉM DA GALERIA | Encontros têm promovido debates entre educadores, alunos e artistas sobre as mostras em cartaz virtualmente

“É uma enorme satis-fação para a Diteal poder gerar esse

diálogo entre arte e educa-ção, muito importante para toda a sociedade. A cultura tem que estar na sala de aula e, nessa busca por adaptação ao atual momento, estamos encontrando caminhos com as ferramentas digitais para essa integração acontecer. Convi-damos as professoras e profes-sores para que agendem suas turmas e participem do nosso Projeto Escola Online”, disse a diretora-presidente da Diteal, Sheila Maluf.

Para fazer o agendamento, basta entrar em contato com o setor responsável pelas visi-tas guiadas, coordenado pela Cristiane Honorato, por tele-fone: (82) 3315-5660/ 98884-6885, de segunda a sexta-feira, das 8h às 14h, ou pelo e-mail [email protected]. No site, diteal.al.gov.br , também é possível encontrar informa-ções sobre o agendamento de grupos de escolas e instituições sociais.

Para o professor Tércio Smith, que coordena o projeto Mandala Cultural, grande parceiro da Diteal nas visitas guiadas, foi um prazer retomar as visitas culturais dos alunos, em uma aula especial de arte.

De acordo com a professora Roberta Accioly, o sentimento é de gratidão por poder retomar as aulas culturais. “Temos toda essa tecnologia para visitar a galeria de arte. É um momento ímpar. Arte é emoção e o que nós vemos é isso”, falou.

“O contato que as escolas estaduais estão tendo com o Teatro Deodoro é essencial para o ensino-aprendizagem de todo professor e aluno. Levando em conta que esta-mos em um contexto pandê-mico, vivendo momentos de isolamento social, a arte mais do que nunca se faz necessária

A arte tem sido um respiro para

muita gente diante da pandemia da

Covid-19. Levá-la para a casa das pessoas se

tornou um desafio e uma realização para

a equipe da Diretoria de Teatros do Estado

de Alagoas (Diteal). Com as atividades

presenciais suspensas por causa

da quarentena, a instituição abriu mais duas exposições com

visitas virtuais e foi neste ambiente que educadores, alunos e artistas puderam

se reencontrar para falar sobre arte e

cultura com as visitas guiadas online.

Em uma semana de atividades na

retomada do Projeto Escola, a Diteal

recebeu mais de 200 estudantes da rede

pública de ensino, do infantil ao de jovens e adultos, para uma aula digital com um passeio pela galeria

de artes visuais do Complexo Cultural

Teatro Deodoro.

Hannah CopertinoDiteal

por ser um tipo de refúgio em meio a solidão. É de extrema importância que as escolas, sobretudo estaduais e muni-cipais, forneçam interações e oportunidades como essa aos alunos”, observou a artista Júlia Dudu, da exposição coletiva Desaguar e Identidade.

“As visitas guiadas às escolas vêm sendo um alento e aprendizado ao mesmo tempo. Alento porque sacia a sede de arte, em parte; às vezes, a visita virtual apenas aumenta, ainda mais a sede de ver, beber na fonte dos olhos, que carecem perceber melhor as sutilezas, como texturas, tonalidades, tramas, a plastici-dade de materiais orgânicos ou não, materiais diversos altera-dos, ressignificados, sutilezas essas, que tentamos traduzir, descrever, para quem está ao longe. Aprendizado porque é tradução, descrição, de uma experiência poética que exige mais tempo, duração, olhos nos olhos, é a poética de estar no lugar, consciente, presente na galeria, percebendo as luzes, tonalidades, sombras que as cores, produzem umas sobre outras, é sobre tempe-ratura corporal e ambiente, são palavras ou timbres, subli-minares tecidos no ritmo, no harmonioso itinerário espa-cial, não-linear na disposição das obras, é sobre o silêncio e

grito impressos, assim, nunca será tão potente, a imersão superficial de um tour-virtual”, pensa a curadora da exposição Partitura Poética, Alice Barros.

SOBRE AS EXPOSIÇÕES: No dia 19 de abril, a Diteal

abriu duas exposições de artes visuais com visitas pelo link: http://www.diteal.al.gov.br/tour360/ . Partitura Cromática, do Coletivo Sonata Têxtil, traz à tona obras de artistas produ-zidas nas inquietações durante a quarentena. Desaguar e Iden-tidade, do projeto Ciclos Visu-ais, debate a imagem da mulher no universo artístico.

Com curadoria de Alice Barros e Robertson Dorta, trazendo 30 obras, de pequeno, médio e grande porte, entrela-çando música e artes visuais, Partitura Cromática é repre-sentada pelos artistas visuais Ana Karina Luna, Ana Luiza Bargham, Cida Vieira, Daniel Cavalcante, Fátima Vieira, Flaviane Prado, Gabi Coêlho, Jackson Lima, Jennyh Gama, Kayo Queiroz, Layla Vilela, Lourani Correia, Lucilda Galvão, Magdália, Maria Albu-querque, Milla Pasan, Noeme

Gomes, Raíssa Galvão, Rhuana Caldas, Synara Holanda, Tati Barros e Weber Bagetti.

SOBRE O PROJETO ESCOLA: Além das visitas guiadas às

exposições, o Projeto Escola da Diteal recebe estudantes da rede pública e privada, além de grupos de instituições sociais, nos principais projetos da casa: Teatro Deodoro é o Maior Barato, Quinta no Arena, Quartas Eruditas e Quartas Sinfônicas. As atividades fica-ram suspensas por um tempo devido à pandemia, mas foram retomadas em uma versão online adaptada à realidade nas exposições.

ATENDIMENTO NA DITEAL:Durante a fase vermelha

do Plano de Distanciamento Social Controlado em Alagoas, a equipe da Diteal segue em teletrabalho com atendimento remoto, de segunda a sexta--feira, das 8h às 14h, pelo telefone 3315-5660, pelo site diteal.al.gov.br e pelas redes sociais do Teatro Deodoro.

Diteal realiza visitas guiadas online às exposições

Com atividades presenciais suspen-

sas, visitas virtuais

permitem ter acesso

às mostras e partici-

par de eventos

A au to r a , q u e te m desenvolvido um importante trabalho

no Brasil e no exterior com a literatura educativa para as crianças, também traz em suas obras um livro de poemas.

‘Fases intimistas’ reúne poesias, contos e refle-xões que abordam temas como felicidade, valor da amizade, poder das palavras, memórias, dor, amor e fé, entre outros sentimentos intensos que permeiam a vida da autora.

“A poesia é uma arte marcada pela sensibi-lidade que nos leva a reflexões e acalenta a alma. O livro é uma boa sugestão de presente para as mães, ainda mais neste momento em que estamos carentes de abraços, afagos e qualquer troca de afeto. A poesia pode ajudar a o c u p a r u m pouco esse vazio”, comenta Isa Colli.

LITERATURA

Para o Dia das mães, dica é o livro de poesias ‘Fases intimistas’, da escritora Isa Colli

TEMÁTICA EXTENSA | Em tempos difíceis, arte por meio das palavras é um alento, além de uma boa opção de presente

Qual mãe não está se desdobrando

para dar conta dos filhos, trabalho, acompanhar as

aulas remotas e tantas outras

funções que têm se acumulado nessa

pandemia? Para aliviar o estresse,

nada melhor do que a literatura. E que tal aproveitar

que o Dia das Mães está chegando para presenteá-las nesta data tão especial. A dica é o livro ‘Fases

intimistas’, da escritora brasileira

Isa Colli.

Ferraz ComunicaçãoAssessoria

SERVIÇO:

LIVRO ‘FASES INTIMIS-TAS’, DA ESCRITORA ISA

COLLI

Editora: Colli BooksPreço: R$ 19,90https://www.collibooks.

com/produto/fases-intimis-

tas-impresso/

6 de maio 112021

Em meio ao aumento da inflação de alimentos, combustíveis e energia,

o Banco Central (BC) subiu os juros básicos da economia em 0,75 ponto percentual pela segunda vez consecutiva. Por unanimidade, o Comitê de Polí-tica Monetária (Copom) elevou a taxa Selic de 2,75% para 3,5% ao ano. A decisão era esperada pelos analistas financeiros.

Com a decisão de ontem, a Selic continua em um ciclo de alta, depois de passar seis anos sem ser elevada. De julho de 2015 a outubro de 2016, a taxa permaneceu em 14,25% ao ano. Depois disso, o Copom voltou a reduzir os juros bási-cos da economia até que a taxa

chegasse a 6,5% ao ano, em março de 2018.

Em julho de 2019, a Selic voltou a ser reduzida até alcan-çar 2% ao ano em agosto de 2020, influenciada pela contra-ção econômica gerada pela pandemia de covid-19. Esse era o menor nível da série histórica iniciada em 1986.

A Selic é o principal instru-mento do Banco Central para manter sob controle a infla-ção oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumi-dor Amplo (IPCA). Em março, o indicador fechou no maior nível para o mês desde 2015 e acumula 6,1% no acumulado de 12 meses, pressionado pelo dólar e pela alta dos combustí-veis e do gás de cozinha.

O valor está acima do teto da meta de inflação. Para

2021, o Conselho Monetário Nacional (CMN) tinha fixado meta de inflação de 3,75%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. O IPCA, portanto, não podia superar 5,25% neste ano nem ficar abaixo de 2,25%.

No Relatório de Inflação divulgado no fim de março pelo Banco Central, a autori-dade monetária estimava que, em 2021, o IPCA fecharia o ano em 5% no cenário base. Esse cenário considera um even-tual estouro do teto da meta de inflação no primeiro semestre, seguido de queda dos índices no segundo semestre.

A projeção está em linha com as previsões do mercado. De acordo com o boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divul-

gada pelo BC, a inflação oficial deverá fechar o ano em 5,04%. A projeção oficial só será atua-lizada no próximo Relatório de Inflação, no fim de junho

A elevação da taxa Selic ajuda a controlar a inflação. Isso porque juros maiores encarecem o crédito e deses-timulam a produção e o consumo. Por outro lado, taxas mais altas dificultam a recupe-ração da economia. No último Relatório de Inflação, o Banco Central projetava crescimento de 3,6% para a economia em 2021, decorrente da segunda onda da pandemia de covid-19.

O mercado projeta cres-cimento menor. Segundo a última edição do boletim Focus, os analistas econômicos preveem expansão de 3,14% do Produto Interno Bruto

(PIB, soma dos bens e serviços produzidos pelo país) neste ano.

A taxa básica de juros é usada nas negociações de títu-los públicos no Sistema Espe-cial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o Banco Central segura o excesso de demanda que pres-siona os preços, porque juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

Ao reduzir os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas enfraquece o controle da inflação. Para cortar a Selic, a autoridade monetária precisa estar segura de que os preços estão sob controle e não correm risco de subir.

Wellton Máximo

Agência Brasil

20216 de maio12

Copom eleva juros básicos da economia para 3,5% ao ano

De acordo com enti-dade, no comércio relacionado ao Dia

das Mães, apenas as lojas de vestuário, tecidos e calçados deverão ter crescimento de vendas em maio: 12,6% em relação a maio de 2020. Na comparação com maio de 2019, no entanto, deve haver queda de 59,9%.

Segundo a projeção da Fecomércio SP, as lojas de móveis e decoração deverão ter um dos piores Dia das Mães, em termos de vendas, dos últimos anos: queda de 17,7% em relação a maio de 2020 e de 32,5% em compa-ração à data em 2019.

Conforme as estimativas, a situação dos revendedo-res de eletrodomésticos e eletrônicos não será muito diferente: deverão ter retra-ção de 8,2%, comparando-se com o ano passado, e baixa de

24,4% em relação a maio de 2019.

“A pesquisa apresenta um cenário de desconfiança e preocupação das famílias, que veem, de um lado, o auge da crise de covid-19 no país e, de outro, o declínio de suas condições econômicas

– com aumento do endivi-damento, da inflação e do desemprego e, em paralelo, queda da renda. E, se o auxí-lio emergencial surge como um alento para a manuten-ção do consumo, a projeção também mostra a fragilidade conjuntural que existe para

além dele”, destacou a enti-dade em nota.

A Fecomércio SP acres-centou que uma mudança de cenário depende do sucesso no controle da pandemia. “É assim que os indicadores de emprego e renda podem voltar a subir e que as famílias, então, se sentirão mais segu-ras para voltar ao consumo”, ressaltou a entidade.

De forma geral, conside-rando não apenas às vendas relacionadas ao Dia das Mães, o setor varejista do estado de São Paulo deve crescer cerca de 2,5% em maio, na compa-ração com igual mês de 2020. “Essa alta, na verdade, será motivada principalmente pela demanda por mate-riais de construção, cujas lojas devem faturar 22,8% a mais do que em maio do ano passado”, ressalta a Fecomér-cio SP.

ÚLTIMAS

Fecomércio SP estima queda de 3,1% em vendas do varejo no Dia das Mães

REDUÇÃO | Só as lojas de vestuário, tecidos e calçados devem vender mais em maio do que nos outros meses

As vendas do comércio varejista no estado de

São Paulo relacionadas ao Dia das Mães

podem cair 3,1% em comparação às do

mesmo período no ano passado. Em relação

ao Dia das Mães de 2019 – o último

antes da pandemia de covid-19 – a queda

deve ficar em 4,8%. As projeções foram

divulgadas pela Federação do Comércio

de Bens, Serviços e Turismo do Estado de

São Paulo (Fecomércio SP).

Com exceção de vestuário e tecidos, venda deve

ser baixa em todos os setores

Bruno Bocchini

Agência Brasil