Orçamento Analítico

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Baseado no Livro Aldo

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  • Engenharia de custos de Empreendimentos

    Profa. MSc Luciana Nascimento LinsOramento analtico

  • Documentos de Projeto:

    Termos de Referncia: umdocumentono qual uma instituio contratante estabelece os termos pelos quais umserviodeve ser prestado ou umprodutodeve ser entregue por potenciais contratados. Os termos de referncia precedem a assinatura docontratoe tem como funo principal informar potenciais contratados sobre as especificaes do servio ou produto. Quando o contrato celebrado, os termos de referncia se tornam parte integrante do contrato.

  • Documentos de Projeto:

    2) Estudo Preliminar NBR 12722/1992: Consiste na definio das alternativas viveis de soluo arquitetnica, para estabelecimento de objetivos, por parte do responsvel pelo empreendimento em forma de esboo, para permitir a opo do melhor partido e posteriormente a elaborao do anteprojeto.

  • Documentos de Projeto:3)Anteprojeto: NBR 12722/1992: Estudo apresentado em desenhos sumrios, em nmero e escala suficientes para perfeita compreenso, por parte do responsvel pelo empreendimento, da obra planejada.Obs.: conveniente que , j na fase de anteprojeto, se leve em conta a ordem de grandeza dos elementos estruturais, bem como os elementos das instalaes, sobretudo os especiais.

    4) Projeto Bsico: corresponde concepo final do projeto. Partindo do projeto bsico possvel desenvolver o projeto executivo e os complementares, pois com ele possvel entender, avaliar e orar o produto final.

    5) Estudo de Viabilidade: este estudo pode ser subdividido em duas etapas: a viabilidade tcnica e a econmico-financeira.

    6) Projeto Legal: uma verso do projeto indicativo contendo as informaes legais necessrias aprovao e registro nos rgos pblicos de fiscalizao e nas concessionrias de servios pblicos.

  • Documentos de Projeto:Projeto Executivo - o projeto completo, com todas as informaes gerais necessrias execuo. O projeto executivo prev todas as interferncias dos projetos complementares.

    Detalhamento do Projeto - a definio precisa de todos os elementos construtivos a serem empregados na construo. Detalhes Construtivos so as informaes grficas adicionais para melhor definio, visualizao ou esclarecimento de elementos construtivos a serem executados.

    Projetos Complementares - so os projetos que complementam o projeto executivo. O projeto de eltrica, por exemplo, pode incluir itens como telefonia, dados, voz, aterramento, proteo contra raios, redes estabilizadas e automao. Os de hidrulica incluem reuso de gua, pressurizao, redes de hidrantes, sprinklers, gua quente e energia solar para aquecimento de gua, enquanto um projeto de estrutura pode abranger fundaes, reforo estrutural, estrutura mista, forma-laje (steel deck), steel frame, estrutura metlica etc.

  • Documentos de Projeto:

    Especificao Tcnica - so aquelas que definem mtodos e tcnicas para a execuo de servios de construo, descritos ou no nos projetos. As especificaes tcnicas devem, ainda, providenciar a indicao correta de locais de aplicao de cada um dos tipos de servios, indicar as normas para verificao especfica de materiais, elementos, instalaes, equipamentos.

    Memorial Descritivo - representa a relao dos materiais e equipamentos que iro constituir cada parte da obra, devendo constar todos os detalhes que possam interessar gesto eficiente do empreendimento.

    Caderno de Encargos - uma coletnea de orientaes editadas geralmente por uma empresa contratante, de forma a uniformizar condutas dos projetistas, construtores e fiscais de obra. uma referncia que deve ser obedecida na concepo e execuo da obra.

  • Documentos de Projeto:

    Oramento documento cujo objetivo estabelecer custos e preos para os produtos da empresa.

    Relatrio de Impacto Ambiental RIMA um documento onde constem os impactos, desvantagens e vantagens propiciados pelo projeto para o meio ambiente, bem como conste a recomendao e soluo apresentada.

  • Revisando: Oramento Analtico Registram as operaes de clculo de custo da construo;Soma-se todas as despesas correspondentes execuo de todos os servios;Elaborado atravs dos projetos, especificaes tcnicas e memoriais.

  • ELEMENTOS PARA ELABORAO:Projetos definitivos completosEspecificaes tcnicasMemorial descritivoEdital de licitao

  • O Processo construtivo

    Reconhecimento do Local A primeira providncia a ser efetuada ao iniciar o estudo, oramento e planejamento de um empreendimento consiste em providenciar o reconhecimento do local das obras e as condies de mo de obra, legislao e de suprimento propiciados pela regio. Para tanto recomenda-se levantar, registrar e verificar itens, a exemplo dos abaixo relacionados, no intuito de permitir a elaborao precisa de oramento, estabelecer a necessidade de projetos especiais tais como de fundaes ou do tratamento e recuperao de condies ambientais.

  • O Processo construtivoReconhecimento do Local

    Terreno: dimenses, qualidade de subsolo, vizinhos, impedimentos; Condies tcnicas das edificaes ou propriedades lindeiras; Disponibilidade de mo de obra especializada ou no; Fornecedores de servios e equipamentos; Fornecimento de tecnologias especiais; Servios Pblicos: gua, energia, gs, telefonia; Condies dos acessos; Cdigo de Posturas do Municpio (Regulamenta por exemplo o uso dos espaos pblicos, o funcionamento de estabelecimentos, higiene, sossego pblico,...) Corpo de bombeiros; Legislao Tributria; Legislao Ambiental.

  • ROTEIRO SISTEMTICO para o Oramento Analtico1. Levantamento dos servios a serem executados Discriminao oramentria, j com o conhecimento do projeto e das especificaes tcnicas;2. Quantificao dos servios Critrios de medio;3. Composies unitrias de custo - Preos unitrios;4. Clculo do oramento e formatao, com cotao de preos e determinao do BDI.

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  • DISCRIMINAO ORAMENTRIADiscriminao oramentria de todos os servios a serem orados para execuo da obra;Identificao dos grupos de servios que apresentam itens no projeto (conforme NBR 12721 e 12722);Acompanhar a discriminao com o memorial descritivo e elementos grficos.

  • CUIDADO na discriminao dos servios:Nenhum servio constante dos projetos pode e deve ser omitido (abrangncia);Nenhum servio pode ser computado mais de uma vez (superposio).

  • 1. Servios iniciais2. Infraestrutura e obras complementares3. Supra-estrutura4. Paredes e painis5. Coberturas e proteesAnexo B da NBR 12721:2006 Pgina 74Discriminao Oramentria

  • 6. Revestimento, Forros, marcenaria e serralheria 7. Pavimentaes8. Instalaes e aparelho9. Complementaes da obra10. Honorrios do construtor11. Honorrios do incorporadorAnexo B da NBR 12721:2006 Pgina 74Discriminao Oramentria

  • QUANTIFICAO DOS SERVIOS a medio e clculo de quantitativos: a etapa de maior durao na realizao de um oramento;Trabalho minucioso e metdico, com memria de clculo (afim de consultas futuras);Anlise dos critrios de medio (variveis).

    *

  • CRITRIOS DE MEDIOCritrio de medio a descrio literal da forma como um servio medido no projeto.Assim, para cada servio discriminado deve-se verificar qual o critrio de medio adequado para a composio a ser utilizada.

  • CRITRIOS DE MEDIO

  • DICAS DE LEVANTAMENTOS e ESTIMATIVASDemolio - o volume da estrutura a ser demolida cresce quando passa da construo ao entulho.

    Volume de remoo de entulho = volume de demolio x 2

    Forma quantificao de pregos e desmoldantePrego = 0,20 a 0,25 kg/mDesmoldante = 0,10 l/m

    Britas e areias Os volumes de brita e areia totalizam aproximadamente 1,65 m para cada 1 m de concreto.

  • DICAS DE LEVANTAMENTOS e ESTIMATIVASAlvenaria

    Vo na alvenaria < 2 m - no se desconta a abertura

    Vo na alvenaria > 2 m - desconta-se o que exceder a 2,0 m.

    A anlise feita vo por vo, e no pela soma dos vos.

    Ex.: Se forem duas janelas desconta-se o que exceder a 2,0 m em cada uma delas.

  • DICAS DE LEVANTAMENTOS E ESTIMATIVASAlvenaria - Exemplo. Calcular a rea de alvenaria de.Parede de 6,0 m x 2,8 m com janela de 1,5 m x 1,0 m;rea = 6,0 m x 2,8 m 0 = 16,8 mParede de 6,0 m x 2,8 m com janela de 1,5 m x 2,0 m;rea = (6,0 m x 2,8 m) (1,5 m x 2,0 m -2 m) = 16,8 m - 1,0 m = 15,8 mParede de 6,0 m x 2,8 m com 1 janela de 1,5 m x 1,0 m e 1 janela de 1,5 m x 2,0 m.rea = (6,0 m x 2,8 m) 0 (1,5 m x 2,0 m 2,0 m) = 15,8 m

  • DICAS DE LEVANTAMENTOS E ESTIMATIVASA quantidade de blocos e argamassa por m de alvenaria depende da dimenso do bloco e da espessura das juntas horizontais e verticais.Nmero de Blocos por m de parede:Volume de Argamassa por m de Alvenaria:

  • DICAS DE LEVANTAMENTOS E ESTIMATIVASQuantidade de argamassa e blocos de levante

  • Exemplo. Calcular a quantidade de cada insumo necessrio para a construo de 1 m de parede de alvenaria de blocos cermicos de 9 cm (largura) x 14 cm x 19 cm, com juntas horizontais e verticais de 1,5 cm de largura. A elevao da parede consome 0,90 h de pedreiro por m e igual incidncia de servente.Adotam-se os seguintes consumos para fabricao de 1 m de argamassa:

    190 kg de cimento;0,632 m de arenoso;0,948 m de areia mdia;10 h de servente.

  • No esquecer de levantar as quantidades de servios em todas as pranchas do projeto;

    Dar mais ateno aos servios mais importantes (mais caros) da curva ABC;

    Servios com materiais ou acessrios baratos podem ser estimados (buchas, arruelas, conexes, etc);

    Cuidados:

  • COMPOSIO DE CUSTO UNITRIO Composio de custos: processo de estabelecimento dos custos incorridos para a execuo de um servio ou atividade.

    Custo Unitrio: o custo correspondente a uma unidade de servio.

    Composio de custo unitrio: conjunto de insumos, com respectivas quantidades e preos unitrios, necessrios para a execuo de cada unidade de um determinado servio ou atividade.

    Insumo: cada um dos itens de material, mo-de-obra e equipamento que entram no cmputo da composio de custos de um servio.

    Unidade: unidade de medida dos insumos (pode ser kg, m, m, un., hora, etc.).

    Quantidade: quantidade empregada de cada insumo na execuo de uma unidade do servio.

  • COMPOSIO DE CUSTO UNITRIOndice: a incidncia de cada insumo na execuo de uma unidade do servio.

    Custo Unitrio: custo de aquisio ou emprego de uma unidade do insumo, conforme cotao mais recente.

    Custo Total: o custo total do insumo na composio de custos unitrios. obtido pela multiplicao do ndice pelo custo unitrio.

    Apropriao: processo de obteno dos ndices reais de consumos de material e de produtividade de mo-de-obra de uma empresa.

    Cotao: levantamento dos preos unitrios dos insumos, para o local e data de execuo dos servios, a partir de pesquisas de mercado e consulta a fornecedores.

  • COMPOSIO DE CUSTO UNITRIO:

    A composio de custos unitrios uma tabela que apresenta todos os insumos que entram diretamente na execuo de uma unidade do servio, com seus respectivos custos unitrios e totais. Ela constituda de 5 colunas.Ver interpretao da composio de custos na pgina 66 do livro Aldo Drea

  • Exemplos das pgs 64 e 67

  • CLCULO DO ORAMENTOPreo de cada servio: multiplicao da quantidade x preo unitrio Os preos calculados so custos diretos, devendo ser adicionado o BDI;O BDI composto pelas despesas administrativas, legais, impostos, lucro, etc.

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  • O valor final do preo da construo depende da finalidade do oramento:

    para fins prprios da empresa;

    para terceiros obras particulares;

    para terceiros licitaes pblicas, privadas CLCULO DO ORAMENTO

  • O oramento uma fotografia instantnea requerendo monitoramento durante a execuo da obraOs preos unitrios devem ser revisados, coeficientes verificados durante o andamento da obra.No esquecer que o oramento analtico uma inteno e no uma realidade, devendo ser aferido aps a execuo total da construo

  • Sistema SinapiSoftware de composiesSoftware de oramentaoSoftware de oramentao e gerenciamento

  • SOFTWARE DE COMPOSIES AGILIDADE

    ADAPTAO DAS COMPOSIES

    PESQUISA DE PREO*Investimento 999,00

  • COMPOSIES PRONTAS E AJUSTAVEISMONTAGEM DOS ORAMENTOSINTERFACE COM GERNCIAMENTOInvestimento 1298,00 2898,00

  • ARQUIMEDES - MULTIPLUSINTERFACE COM PLATAFORMA BIMInvestimento > 5.000,00

  • INTEGRAO DE PROCESSOSPLANEJAMENTOORAMENTOFISCALIZAO E CONTROLEInvestimento 2.840,00 4.260,00

  • SOFTWARE DA INDSTRIA DA CONSTRUOInvestimento 16.000,00

  • MODELAGEM DE INFORMAES DA CONSTRUOPermite organizar, em um mesmo arquivo eletrnico, um banco de dados de toda a obra;Nos softwares BIM, o desenho mais "inteligente", o projetista deve atribuir-lhe propriedades - tipo de blocos, dimenses, tipo de revestimento, fabricantes etc;Possui interface entre todos os projetos e fases da obra, fazendo uma leitura casada dos projeto de forma global

  • Investimento: 15.000,00 a 20.000,00

  • Freedom TowerPROJETOS COM TECNOLOGIA BIMNova biblioteca da PUC-RJ

  • SINAPI INDICES DA CONSTRUO CIVIL um sistema de pesquisa mensal que informa os custos e ndices da construo civil e tem a CAIXA e o IBGE como responsveis pela divulgao;O IBGE analisa mensalmente preos de materiais, equipamentos de construo e mo de obra.

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  • Investimento 369,00 + CD 469,00

  • BDIBenefcios e despesas indiretas*

  • Stop!!!!

  • Parcela correspondente ao lucro e aos custos que incidem na obra de modo indireto, sendo dependentes do sistema de organizao e do porte da empresa. BDI = (PV / CD)- 1 PV = Custo/ 1- i% = (CD+CI+AC+CF+IC) 1 (LO+IMP%)*

  • ITENS A CONSIDERAR1. Administrao central*2. Custos fiscais3. Custos financeiros e comerciais4. Bonificao

  • suprimento de materiais, mo de obra e equipamentos;comunicao e locomoo do pessoal do escritrio obra, alimentao, hospedagem;despesas administrativas: contabilidade, diretoria, oficina, depsito central, assessorias: jurdicas ...;rateio das despesas gerais do escritrio central: aluguis, manuteno e operao do escritrio (mquinas e equipamentos), impostos, taxas, etc.

    ADMINISTRAO CENTRAL

  • As despesas administrativas dependem de:

    nmero de obras executadas ao mesmo tempo pela - quanto maior o nmero, menores as despesas indiretas em relao ao custo direto total;

    tamanho da empresa: empresas maiores tem custo indireto de administrao central mais alto do que as menores;

    distncia e dificuldade de acesso obra em relao sede.

  • imposto de renda: calculado sobre o lucro real ou presumido da obra, aplicaes financeiras;

    contribuies federais: PIS, COFINS (sobre o faturamento);

    Impostos estaduais: ICMS (quando for o caso) ou de transmisses de propriedade;

    imposto municipal: ISS, incidente sobre o faturamento da mo de obra.

    CUSTOS FISCAIS

  • So variveis e dependem do capital de giro da empresa, desembolsos efetivos x recebimentos das faturas;atrasos no recebimento e faturas;custo de compra x custo de estocagem (capital imobilizado);financiamento para o fluxo de caixa (bancos, financeiras);proviso para eventuais multas.

    CUSTOS FINANCEIROS

  • preparo das licitaes;aquisio de editais; viagens ao local da obra;montagem de stands de venda; publicidade, corretagem, etc.;

    CUSTOS COMERCIAIS

  • BONIFICAO (LUCRO) a remunerao do empreendimento e do risco, sendo muito varivel e inversamente proporcional ao valor da obra. Depende de:tipo e porte da obra (obra nova, reforma);situao financeira da empresa;conjuntura econmica;mercado local e regional.

  • Ordem de grandeza dos custos indiretos(obras correntes)administrao central: 3% a 8%;despesas fiscais: 5% a 10%;despesas financeiras: varivel (1% a 10%);despesas comerciais: 5% a 10%;bonificao: 0% a 15%.

    *

  • TCU E O BDIAcrdo 2013 elaborao amplo estudo para estabelecer critrios de formao.

    TCU prefixou o BDI de obras publicas de acordo com as caractersticas de cada obra;

    Padronizao da composio do BDI, "de forma a garantir maior transparncia na execuo dos gastos pblicos.*

  • DESBALANCEAMENTO DO BDINo aplica o BDI linearmente, no final do oramento;

    Tem-se BDI distinto para cada servio, devido a complexidade,

    possvel elaborar preos de execuo dos servios mais competitivos*

  • DESBALANCEAMENTO DO BDIBDI menor para servios subempreitados, ou itens de alto valor;

    utilizado como margem de segurana em itens com quantidades no confiveis

    Pode ser utilizado para obteno de capital de giro no inicio da obra*

    ***