Orçamento na Construção Civil - Maçahico Tisaka
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Oramento na construo civilconsultoria, projeto e execuo
COPYRIGHT EDITORA PINI LTDA. Todos os direitos de reproduoreservados pela Editora Pini Ltda.
Dados Internacionais de Catalogao na Publicao (CIP)
(Cmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Tisaka, Maahiko
Oramento na construo civil : consultoria, projeto e
execuo / Maahiko Tisaka. So Paulo : Editora Pini,
2006.ISBN 85-7266-173-51. Construo - Custos 2. Engenharia civil 3. Oramento
1. Ttulo.
06-4030 CDD-692.5
ndices para catlogo sistemtico:
1. Construo civil : Oramento : Tecnologia
692.5
2. Oramento : Construo civil : Tecnologia
692.5
Coordenao de Manuais Tcnicos: Josiani SouzaDiagramao e capa: Mayara L. Pereira Reviso:Mnica Costa
Editora Pini Ltda.
Rua Anhaia, 964 - CEP 01130-900 So Paulo, SPFone: 11 3352-7558 - Fax 11 3352-7587Internet: www.piniweb.com- E-mail: [email protected]
1aedio1atiragem: 2.000 exemplares, junho/2006reimpresso: 1.000 exemplares, janeiro/2007
ORAMENTO NA CONSTRUO CIVIL
http://www.piniweb.com/mailto:manu[email protected]:[email protected]://www.piniweb.com/ -
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sumrioCapa -Orelha - Contracapa
APRESENTAO DO EDITOR ...............................................................................................................................15
PREFCIO ............................................................................................................................................................... 17
PRELIMINARES ...................................................................................................................................................... 18
ESCLARECIMENTOS NECESSRIOS...................................................................................................................20
RESPONSABILIDADE DO ORAMENTISTA PERANTE A LEGISLAO BRASILEIRA.......................................21
PARTE 1PRESTAO DE SERVIOS DE ENGENHARIA CIVIL
CAPTULO I
CRITRIOS DE REMUNERAO ..........................................................................................................................25
1. INTRODUO.............................................................................................................................................25
2. PROJETOS..................................................................................................................................................26
3. EXECUO.................................................................................................................................................26
4. MODALIDADES DE FIXAO DOS PREOS ..........................................................................................26
4.1. NOS PROJETOS ................................................................................................................................26
4.1.1. MODALIDADE A....................................................................................................................26
4.1.2. MODALIDADE B....................................................................................................................27
4.1.3. MODALIDADE C....................................................................................................................27
4.2. NA EXECUO..................................................................................................................................27
4.2.1. MODALIDADE A....................................................................................................................27
4.2.2. MODALIDADE B....................................................................................................................28
4.2.3. MODALIDADE C....................................................................................................................28
4.2.4. MODALIDADE D....................................................................................................................284.2.5. MODALIDADE E....................................................................................................................28
4.2.6. MODALIDADE F ....................................................................................................................28
5. CONTRATAO DOS SERVIOS .............................................................................................................28
5.1. SELEO DA EMPRESA OU DO PROFISSIONAL...........................................................................28
5.2. TIPOS DE CONTRATAO ...............................................................................................................29
5.2.1. PARA PROJETOS.................................................................................................................29
5.2.2. PARA EXECUO................................................................................................................29
6. PAGAMENTO DOS SERVIOS..................................................................................................................30
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6.1. PAGAMENTOS REFERENTES A PROJETOS ..................................................................................30
6.1.1. ENTREGA DOS PROJETOS.................................................................................................30
6.1.2. PROJETOS REPETIDOS ......................................................................................................30
6.1.3. EXECUO PARCIAL...........................................................................................................30
6.1.4. ADIAMENTO OU INTERRUPO DOS SERVIOS ............................................................30
6.1.5. RETOMADA DOS SERVIOS...............................................................................................30
6.2. PAGAMENTOS REFERENTES EXECUO...................................................................................31
6.2.1. PAGAMENTO DAS MEDIES............................................................................................31
6.2.2. PAGAMENTO POR ETAPAS DE CONCLUSO...................................................................31
7. CLASSIFICAO DOS PROFISSIONAIS ..................................................................................................31
8. RESPONSABILIDADE DO ENGENHEIRO E DO ARQUITETO..................................................................32
PARTE 2
EXECUO DE OBRAS DE ENGENHARIA CIVIL
CAPTULO II
ORAMENTO DE OBRAS E SERVIOS................................................................................................35
1. INTRODUO.............................................................................................................................................35
2. REMUNERAO NA EXECUO DE OBRAS E SERVIOS ...................................................................35
2.1. CONTRATAO DE OBRAS E SERVIOS.......................................................................................35
2.1.1. CONTRATAO POR EMPREITADA...................................................................................35
2.1.2. CONTRATAO POR ADMINISTRAO ...........................................................................35
2.2. PREO DOS SERVIOS POR EMPREITADA...................................................................................35
2.2.1. QUANTO AOS TIPOS DE CONTRATAO .........................................................................35
2.2.2. QUANTO FORMA DE REMUNERAO ...........................................................................35
2.3. REMUNERAO DE SERVIOS POR ADMINISTRAO ...............................................................36
2.3.1. POR ADMINISTRAO CONTRATADA ..............................................................................36
2.3.2. SISTEMA MISTO OU ADMINISTRAO POR METAS DE PRAZOS E CUSTOS...............36
CAPTULO III
EXECUO DE SERVIOS POR EMPREITADA...................................................................................37
1. EXECUO DE SERVIOS POR EMPREITADA.......................................................................................37
2. FUNDAMENTOS TCNICOS DO CLCULO DA REMUNERAO...........................................................37
2.1. PRELIMINARES..................................................................................................................................37
2.2. CLCULO DO PREO DE VENDA ...................................................................................................37
2.2.1. CUSTOS DIRETOS ...............................................................................................................37
2.2.2. BDI - BENEFCIO E CUSTOS INDIRETOS...........................................................................38
2.2.3. CLCULO DO CUSTO DIRETO ...........................................................................................39
2.3. LEIS SOCIAIS .....................................................................................................................................40
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2.3.1. TAXA DE ENCARGOS SOCIAIS QUE INCIDEM SOBRE OS SALRIOS DE HORISTAS ..40
2.3.2. TAXA DE ENCARGOS SOCIAIS QUE INCIDEM SOBRE O SALRIO DOS MENSALISTAS 41
2.4. CLCULO DOS ENCARGOS COMPLEMENTARES-FRMULAS BSICAS................................... 42
2.4.1. VALE-TRANSPORTE ...........................................................................................................42
2.4.2. VALE-CAF DA MANH ..................................................................................................... 42
2.4.3. VALE-ALMOO ou JANTAR .................................................................................................42
2.4.4. EQUIPAMENTO DE PROTEO INDIVIDUAL.................................................................... 43
2.4.5. FERRAMENTAS MANUAIS.................................................................................................. 43
2.5. COMPOSIO DE CUSTOS UNITRIOS..........................................................................................43
2.5.1. EXEMPLOS DE COMPOSIO DE CUSTOS......................................................................44
2.5.2. ELABORAO DA PLANILHA DE CUSTOS DIRETOS ...................................................... 48
2.5.3. CLCULO DO BDI ................................................................................................................49
2.5.4. FATORES QUE INFLUENCIAM E PODEM MODIFICAR A COMPOSIO DO BDI ...........57
CAPTULO IV
ROTEIRO DE CLCULO PASSO A PASSO .......................................................................................... 61
1. CLCULO DOS CUSTOS DIRETOS...........................................................................................................61
2. CLCULO DO BDI ......................................................................................................................................63
CAPTULO V
FUNDAMENTOS TERICOS..................................................................................................................67
1. CLCULO ANALTICO DO PREO DE VENDA .........................................................................................67
1.1. CLCULO ANALTICO DOS PREOS UNITRIOS..........................................................................67
2. CLCULO ANALTICO DO BDI ...................................................................................................................69
CAPTULO VI
MEMRIA DE CLCULO DAS LEIS SOCIAIS .......................................................................................71
1. PARA HORISTAS........................................................................................................................................71
2. PARA MENSALISTA....................................................................................................................................79
CAPTULO VII
METODOLOGIA DE CLCULO DO ORAMENTO DE EDIFICAES - REGULAMENTO DO BDI85
1. COMPOSIO DO CUSTO DIRETO E DO BDI.........................................................................................85
CAPTULO VIII
APLICAO DA METODOLOGIA - EXERCCIOS SIMULADOS E COMENTADOS.............................95
1. CONDIES GERAIS................................................................................................................................95
1.1. BASE DE DADOS ...............................................................................................................................95
1.2. PORTE DAS EMPRESAS...................................................................................................................95
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1.3. ESTRUTURA FUNCIONAL DA EMPRESA ........................................................................................95
1.4. SALRIOS-NVEL SALARIAL DOMINANTE NA EMPRESA..............................................................96
1.5. VALOR-LIMITE DE LICITAO ......................................................................................................... 97
1.6. CUSTO DIRETO, PRAZO E DEMANDA DE PESSOAL DE PRODUO ......................................... 97
1.7. DEFINIO DOS PARMETROS A SEREM ADOTADOS NOS EXERCCIOS................................ 98
1.7.1. CLCULO DO CUSTO DIRETO .......................................................................................... 98
1.7.2. CLCULO DO BDI ................................................................................................................ 98
1.8. FRMULAS A SEREM USADAS NO CLCULO ............................................................................. 101
1.8.1. FRMULA DE CLCULO DO BDI...................................................................................... 101
1.8.2. FRMULA DE CLCULO DO PREO DE VENDA ........................................................... 101
2. EXERCCIOS............................................................................................................................................ 102
2.1. DL - DISPENSA DE LICITAO ...................................................................................................... 102
2.1.1. EXERCCIO SIMULADO N 1 ............................................................................................ 102
2.1.2. EXERCCIO SIMULADO N 2 ............................................................................................ 105
2.2. CARTA-CONVITE............................................................................................................................. 107
2.2.1. EXERCCIO SIMULADO N 3 ............................................................................................ 107
2.2.2. EXERCCIO SIMULADO N4 ............................................................................................. 110
2.2.3. EXERCCIO SIMULADO N 5 ............................................................................................. 112
2.3. TP - TOMADA DE PREOS ............................................................................................................. 112
2.3.1. EXERCCIO SIMULADO N 6 ............................................................................................. 112
2.3.2. EXERCCIO SIMULADO N 7 ............................................................................................. 115
2.4. CONCORRNCIA............................................................................................................................. 117
2.4.1. EXERCCIO SIMULADO N 8 ............................................................................................. 118
2.4.2. EXERCCIO SIMULADO N 9 ............................................................................................. 121
CAPTULO IX
PLANILHAS DE CLCULO DO BDI......................................................................................................125
1. PLANILHA BSICA DE CLCULO DO BDI .............................................................................................. 125
2. "CHECK-LIST" DE LEVANTAMENTO DOS CUSTOS .............................................................................. 126
2.1. CUSTO DIRETO DA OBRA ..............................................................................................................126
2.2. COMPOSIO DO BDI .................................................................................................................... 132
CAPTULO XEXECUO DE SERVIOS POR ADMINISTRAO .........................................................................137
1. REMUNERAO DE SERVIOS POR ADMINISTRAO..................................................................... 137
1.1. POR ADMINISTRAO CONTRATADA.......................................................................................... 137
1.2. POR ADMINISTRAO COM CUSTO REEMBOLSVEL MAIS A REMUNERAO .................... 138
1.2.1. TAXA C1, PARA FORNECIMENTO DE MO-DE-OBRA .................................................... 138
1.2.2. TAXA C2PARA O FORNECIMENTO DE MATERIAIS......................................................... 138
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1.2.3. TAXA C3PARA ALUGUEL DE EQUIPAMENTOS.............................................................. 138
1.2.4. REMUNERAO................................................................................................................ 138
1.3. SISTEMA MISTO OU ADMINISTRAO POR METAS DE PRAZOS E CUSTOS......................... 139
PARTE 3REMUNERAO NA ENGENHARIA CONSULTIVA E DE PROJETOS
CAPTULO XI
SERVIOS MULTIDISCIPLINARES .................................................................................................... 143
1. SERVIOS MULTIDISCIPLINARES........................................................................................................143
1.1. INTRODUO..................................................................................................................................143
1.2. ESTUDOS DE PR-INVESTIMENTO .............................................................................................. 143
1.3. PROJETO ......................................................................................................................................... 143
1.3.1. PROJETO CONCEITUAL ...................................................................................................144
1.3.2. PROJETO BSICO ............................................................................................................144
1.3.3. PROJETO EXECUTIVO...................................................................................................... 144
1.4. ASSISTNCIA TCNICA IMPLANTAO....................................................................................144
1.5. GERENCIAMENTO DA IMPLANTAO..........................................................................................145
1.6. ASSESSORIA...................................................................................................................................145
1.7. OUTROS SERVIOS .......................................................................................................................145
1.8. A SELEO DA CONSULTORA......................................................................................................145
1.9. ELABORAO DO ORAMENTO PRELIMINAR - MTODOS.......................................................146
1.9.1. MTODO 1 - PERCENTUAL SOBRE O VALOR DA OBRA ...............................................146
1.9.2. MTODO 2 - LISTAGEM DE ATIVIDADES E QUANTIDADES DE HORAS A APLICAR...149
1.9.3. MTODO 3 - CONTAGEM DOS DOCUMENTOS A SEREM PRODUZIDOS.....................160
1.9.4. MTODO 4 - IMPORTNCIA DO SERVIO NO EMPREENDIMENTO.............................160
1.9.5. MTODO 5 - PREO DE SERVIOS SEMELHANTES.....................................................161
1.9.6. MTODO 6 - CONTRATOS POR ADMINISTRAO.........................................................161
1.9.7. CONSIDERAES GERAIS...............................................................................................174
CAPTULO XII
ARQUITETURA GERAL........................................................................................................................ 183
1. INTRODUO...........................................................................................................................................183
2. OBJETIVO.................................................................................................................................................183
3. CONTEDO E ABRANGNCIA................................................................................................................183
3.1. SERVIOS COBERTOS...................................................................................................................183
3.2. SERVIOS DESCOBERTOS ...........................................................................................................183
4. DOCUMENTOS RELACIONADOS............................................................................................................184
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5. DEFINIES............................................................................................................................................. 184
6. MODALIDADES DE REMUNERAO...................................................................................................... 184
7. TABELA BSICA....................................................................................................................................... 185
8. TABELA DE HONORRIOS...................................................................................................................... 186
9. CLASSIFICAO DAS EDIFICAES..................................................................................................... 186
9.1. HABITAO ..................................................................................................................................... 186
9.1.1. PERMANENTE.................................................................................................................... 186
9.1.2. TEMPORRIA..................................................................................................................... 186
9.1.3. COLETIVA........................................................................................................................... 186
9.2. TRABALHO....................................................................................................................................... 187
9.2.1. AGROPECURIA................................................................................................................ 187
9.2.2. INDSTRIAS....................................................................................................................... 187
9.2.3. COMRCIO......................................................................................................................... 187
9.2.4. SERVIOS .......................................................................................................................... 187
9.3. LAZER .............................................................................................................................................. 1889.3.1. ESPORTE ........................................................................................................................... 188
9.3.2. ENTRETENIMENTO ........................................................................................................... 188
9.3.3. ACERVOS ARTSTICO-CULTURAIS.................................................................................. 188
9.4. DIVERSOS........................................................................................................................................ 188
10. REDUTOR PARA PROJETOS COM REPETIO................................................................................. 188
11. CUSTO DE EXECUO DA OBRA .......................................................................................................... 190
12. DESPESAS REEMBOLSVEIS................................................................................................................ 190
13. PARCELAMENTO DE HONORRIOS E FORMA DE PAGAMENTO....................................................... 191
13.1. PARA EFEITO DE COBRANA ....................................................................................................... 19113.2. BASEADOS EM PERCENTUAIS...................................................................................................... 191
14. SERVIOS DE ESCOPO REDUZIDO ...................................................................................................... 191
14.1. VALORES DAS FASES CONTRATADAS........................................................................................ 191
14.2. SALVAGUARDAS PROFISSIONAIS................................................................................................ 192
15. DISPOSIES TRANSITRIAS............................................................................................................... 192
15.1. MULTIPLICADORES SOBRE O VALOR DO PROJETO DE ARQUITETURA DA EDIFICAO..... 192
15.2. MULTIPLICADORES SOBRE O VALOR DO PROJETO A QUE SE REFEREM OS SERVIOS .... 192
15.3. MULTIPLICADORES SOBRE AS DESPESAS DE EXECUO DA OBRA..................................... 193
15.4. MULTIPLICADORES SOBRE A REA DE INTERVENO............................................................ 193
15.5. MULTIPLICADORES SOBRE A POPULAO DE REA DE INTERVENO ............................... 193
15.6. CRITRIOS RECOMENDADOS NO DOCUMENTO "MODALIDADE ALTERNATIVA
DE CONTRATAO E REMUNERAO DE SERVIOS DE ARQUITETURA"............................. 193
CAPTULO XIII
TOPOGRAFIA E AGRIMENSURA.........................................................................................................195
1. INTRODUO .......................................................................................................................................... 195
2. PREMISSAS BSICAS A SEREM ADOTADAS ....................................................................................... 195
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2.1. CUSTOS INDIRETOS ...................................................................................................................... 195
2.2. LUCRO BRUTO ............................................................................................................................... 196
3. QUALIDADES E GRAUS DE DIFICULDADES EM SERVIOS DE ENG. DE AGRIMENSURA.............. 196
3.1. ACESSO........................................................................................................................................... 196
3.2. TIPO DE TERRENO......................................................................................................................... 196
3.3. COBERTURA VEGETAL.................................................................................................................. 196
3.4. INTEMPRIES ................................................................................................................................. 196
3.5. HORRIOS ...................................................................................................................................... 196
3.6. APOIO LOGSTICO.......................................................................................................................... 197
3.7. SEGURANA................................................................................................................................... 197
4. COMPOSIO DE PREOS UNITRIOS............................................................................................... 197
4.1. TAXA DE ENCARGOS SOCIAIS ..................................................................................................... 197
4.1.1. DEMONSTRATIVO DE ENCARGOS SOCIAIS INCIDENTES SOBRE A MO-DE-OBRA 197
4.1.2. DEMONSTRATIVO DO PERCENTUAL DE ALIMENTAO EM ENCARGOS SOCIAIS.. 198
4.1.3. DEMONSTRATIVO DO PERCENTUAL DE TRANSPORTE NOS ENCARGOS SOCIAIS 198
4.2. SALRIOS MENSAIS DE MO-DE-OBRA E CUSTO DE EQUIPAMENTOS E VECULOS............199
4.3. NMERO DE DIAS DISPONVEIS PARA TRABALHO NO MS .....................................................200
4.4. COMPOSIO DE PREOS DE EQUIPES POR DIA DE TRABALHO...........................................201
4.5. COMPOSIO DE PREOS UNITRIOS DE SERVIOS DE TOPOGRAFIA................................213
5. TABELA DE PREOS UNITRIOS DE REFERNCIA............................................................................ 220
6. VALIDADE E REAJUSTAMENTO DOS PREOS UNITRIOS DE REFERNCIA ................................. 222
CAPTULO XIV
MECNICA DOS SOLOS E FUNDAES...........................................................................................223
1. INTRODUO...........................................................................................................................................223
2. FIXAO DE HONORRIOS....................................................................................................................223
2.1. FUNDAO DE EDIFCIOS RESIDENCIAIS, COMERCIAIS E GALPES .....................................223
2.1.1. BASE DE CLCULO........................................................................................................... 223
2.1.2. CRITRIOS DE FIXAO DOS HONORRIOS.................................................................223
2.1.3. CONSIDERAO ESPECIAL PARA O SERVIO DE DIREO TCNICA ......................225
2.1.4. CASO ESPECFICO DO PARECER TCNICO...................................................................225
2.1.5. CASO ESPECFICO DE CONJUNTOS HABITACIONAIS ..................................................225
2.1.6. SERVIOS NO INCLUDOS .............................................................................................2252.1.7. DIREO TCNICA DE OBRAS SITUADAS FORA DO MUNICPIO DA SEDE................226
2.2. OUTROS SERVIOS PROFISSIONAIS DE PROJETO, ASSESSORIA, CONSULTORIA ..............226
2.2.1. BASE DE CLCULO............................................................................................................226
2.2.2. CRITRIOS DE FIXAO DOS HONORRIOS.................................................................226
2.2.3. ORIENTAES COMPLEMENTARES PARA O CLCULO DOS HONORRIOS.............227
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CAPTULO XV
ENGENHARIA ESTRUTURAL.............................................................................................................. 229
1. DEFINIO DOS SERVIOS................................................................................................................... 229
1.1. ESTUDOS E PROJETOS ................................................................................................................. 229
1.1.1 ESTUDOS PRELIMINARES ............................................................................................. 229
1.1.2. ANTEPROJETO.................................................................................................................. 229
1.1.3. PROJETO BSICO ............................................................................................................ 229
1.1.4. PROJETO EXECUTIVO...................................................................................................... 230
1.1.5. PROJETO DE FABRICAO ............................................................................................. 230
1.1.6. PROJETO DE MONTAGEM ............................................................................................... 230
1.2. VERIFICAO DE PROJETO .......................................................................................................... 230
1.3. SERVIOS DE CONSULTORIA....................................................................................................... 230
1.4. ASSESSORIA EXECUO DE OBRAS ....................................................................................... 230
2. MODALIDADES DE FIXAO DE PREOS............................................................................................ 231
3. MODALIDADE A ....................................................................................................................................... 232
3.1. FORMA DE APLICAO.................................................................................................................. 232
3.2. CUSTO CONVENCIONAL DA ESTRUTURA................................................................................... 232
3.2.1. ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO E PROTENDIDO................................................ 232
3.2.2. ESTRUTURAS METLICAS (DE AO).............................................................................. 233
3.2.3. ESTRUTURAS DE MADEIRA ............................................................................................ 234
3.2.4. ALVENARIA ESTRUTURAL ............................................................................................... 234
3.2.5. FRMAS E CIMBRAMENTO.............................................................................................. 235
3.3. PORCENTAGENS APLICVEIS...................................................................................................... 235
3.3.1. PROJETOS DE ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO, PROTENDIDO,METLICAS E ALVENARIA ESTRUTURAL....................................................................... 235
3.3.2. PROJETOS DE FRMAS E CIMBRAMENTOS ................................................................. 236
3.3.3. SERVIOS DE VERIFICAO DE PROJETOS ............................................................... 236
3.4. ADICIONAIS......................................................................................................................................... 236
3.4.1. ADICIONAIS GLOBAIS....................................................................................................... 236
3.4.2. ADICIONAIS PARCIAIS...................................................................................................... 237
3.4.3. ADICIONAIS ESPECFICOS PARA PROJETOS DE FRMAS E CIMBRAMENTOS........ 238
3.5. DISTRIBUIO DO PREO PELAS ETAPAS DE PROJETO......................................................... 238
4. MODALIDADE B ....................................................................................................................................... 2384.1. PROCEDIMENTO PARA APLICAO ............................................................................................ 238
4.2. PREOS POR DOCUMENTO ......................................................................................................... 239
5. MODALIDADE C ....................................................................................................................................... 239
5.1. PROCEDIMENTO PARA APLICAO............................................................................................. 239
5.2. PREOS UNITRIOS MNIMOS POR CATEGORIA PROFISSIONAL............................................ 239
5.3. VALORES MNIMOS DE CONSULTA, VIAGENS E MOBILIZAO DA EQUIPE .......................... 239
5.3.1. VALOR MNIMO DE CONSULTA....................................................................................... 239
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5.3.2. VISITAS A OBRA ............................................................................................................... 239
5.3.3 MOBILIZAO DA EQUIPE TCNICA.............................................................................. 240
6. CASOS ESPECIAIS ................................................................................................................................. 240
6.1. REPETIES DE PROJETOS........................................................................................................ 240
CAPTULO XVI
INSTALAES ELTRICAS E HIDRULICO-SANITRIAS................................................................241
1. INTRODUO .......................................................................................................................................... 241
2. ROL DE TAREFAS....................................................................................................................................241
2.1. ROL DE TAREFAS BSICAS .......................................................................................................... 242
2.1.1. INSTALAES ELTRICAS .............................................................................................. 242
2.1.2. INSTALAES HIDRULICO-SANITRIAS......................................................................243
2.2. ROL DE TAREFAS DE EXTENSO ....................................................................................................244
2.2.1. INSTALAES EM GERAL................................................................................................ 244
2.2.2. INSTALAES HIDRULICO-SANITRIAS...................................................................... 246
2.2.3. INSTALAES ELTRICAS ............................................................................................. 250
3. MODALIDADES E CRITRIOS DE ORAMENTOS................................................................................ 252
3.1. VALOR GLOBAL.......................................................................................................................................252
3.1.1. CATEGORIA I .....................................................................................................................252
3.1.2. CATEGORIA II ....................................................................................................................259
3.1.3. CATEGORIA III ................................................................................................................... 261
3.2. VALORES UNITRIOS POR PRANCHA ..................................................................................................262
3.2.1. GENERALIDADES.............................................................................................................. 262
3.2.2. CATEGORIA I .....................................................................................................................2623.2.3. CATEGORIA II ....................................................................................................................262
3.2.4. OBSERVAES................................................................................................................. 263
3.3. ORAMENTO POR HORA TCNICA.............................................................................................. 263
3.3.1. GENERALIDADES..............................................................................................................263
3.3.2. CATEGORIAS.....................................................................................................................264
3.3.3. COMPOSIO - CONDIES .......................................................................................... 264
3.3.4. CONTRATAO................................................................................................................. 265
3.3.5. CONTROLE.........................................................................................................................265
3.4. DISPOSIES FINAIS ........................................................................................................................265
3.4.1. FORMAO DO PREO....................................................................................................265
3.4.2. VERIFICAO APS CONCLUSO ................................................................................. 265
3.4.3. VARIANTE DE ORAMENTAO ....................................................................................266
3.4.4. VALIDADE DA PROPOSTA ................................................................................................266
4. FORMAS DE PAGAMENTO .................................................................................................................... 266
4.1. GENERALIDADES............................................................................................................................ 266
4.2. CRITRIO DE VALOR GLOBAL.......................................................................................................266
4.3. CRITRIOS DE VALOR UNITRIO POR PRANCHA E DE HORA TCNICA.................................266
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5. REAJUSTAMENTO................................................................................................................................... 266
5.1. GENERALIDADES............................................................................................................................ 266
5.2. CLCULO ......................................................................................................................................... 267
5.3. PONTUALIDADE NOS PAGAMENTOS ........................................................................................... 267
6. ATRIBUIES .......................................................................................................................................... 267
6.1. CONTRATANTE ............................................................................................................................... 2676.2. CONTRATADO................................................................................................................................. 268
7. EXEMPLOS PRTICOS ........................................................................................................................... 269
7.1. CATEGORIA I-EMPREITADA GLOBAL............................................................................................ 269
7.1.1. EXEMPLO 1 ....................................................................................................................... 269
7.1.2. EXEMPLO 2 ........................................................................................................................ 271
7.1.3. EXEMPLO 3 ........................................................................................................................ 273
7.2. CATEGORIA II-EMPREITADA GLOBAL........................................................................................... 275
7.2.1. EXEMPLO 1 ...................................................................................................................... 275
7.3. HORA TCNICA .............................................................................................................................. 276
7.3.1. EXEMPLO 1 -ASSESSORIA TCNICA - ORAMENTO MDIO....................................... 276
7.3.2. EXEMPLO 2-SUPERVISO DE OBRA .......................................................................... 277
7.4. PRANCHA ELABORADA ................................................................................................................. 278
7.4.1. EXEMPLO 1 - INDSTRIA DE CATEGORIA I................................................................... 278
CAPTULO XVII
ENGENHARIA DE IMPERMEABILIZAO ..........................................................................................281
1. INTRODUO .......................................................................................................................................... 281
2. DEFINIO DOS SERVIOS................................................................................................................... 281
2.1. PROJETOS....................................................................................................................................... 281
2.2. CONSULTORIA ................................................................................................................................ 282
2.3. ASSESSORIA GERAL...................................................................................................................... 282
2.4. PERCIA............................................................................................................................................ 282
2.5. PARECER......................................................................................................................................... 282
2.6. VISTORIA ......................................................................................................................................... 282
2.7. CONSULTA ...................................................................................................................................... 282
3. CRITRIOS DE FIXAO DE PREOS EM FUNO DO VALOR DA IMPERMEABILIZAO............ 282
3.1. CONSULTORIA E PROJETO........................................................................................................... 282
3.2. CONDIES GERAIS...................................................................................................................... 2833.3. CONDIES ADICIONAIS PARA APLICAO DO CRITRIO...................................................... 283
3.4. REAJUSTES..................................................................................................................................... 283
3.5. OBSERVAES............................................................................................................................... 283
CAPTULO XVIII
AR CONDICIONADO E VENTILAO..................................................................................................285
1. APRESENTAO.................................................................................................................................... 285
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2. DEFINIO DOS SERVIOS .................................................................................................................. 285
2.1. INTRODUO..................................................................................................................................... 285
2.2. DESCRIO DOS TIPOS DE SERVIOS ...................................................................................... 286
2.2.1. PROJETO ........................................................................................................................... 286
2.2.2. SUPERVISO TCNICA (FISCALIZAO) .......................................................................287
2.2.3. CONSULTORIA TCNICA.................................................................................................. 287
3. HONORRIOS ............................................................................................................................................. 288
3.1. HONORRIO DE PROJETOS ......................................................................................................... 288
3.1.1. CRITRIO ........................................................................................................................... 288
3.1.2. CLCULO DOS HONORRIOS PARA PROJETO............................................................. 291
3.2. HONORRIOS PARA SUPERVISO TCNICA (FISCALIZAO) DE EXECUO DE SISTEMAS
DEAR CONDICIONADO, AQUECIMENTO E VENTILAO MECNICA....................................... 292
3.2.1. HONORRIOS EM FUNO DO CUSTO ATUALIZADO DA INSTALAO .................... 292
3.2.2. HONORRIOS REMUNERADOS POR HORA TCNICA.................................................. 293
3.3. HONORRIOS PARA CONSULTORIA TCNICA............................................................................ 2944. PRESCRIES GERAIS............................................................................................................................. 294
CAPTULO XIX
AVALIAO E PERCIA DE ENGENHARIA.........................................................................................295
1. INTRODUO.......................................................................................................................................... 295
2. FIXAO DE HONORRIOS................................................................................................................... 295
PARTE 4DISPOSIES GERAIS
CAPTULO XX
LEGISLAO........................................................................................................................................................ 301
CAPTULO XXI
LEI DE LICITAES E CONTRATOS - LEI FEDERAL N 8.666/93..................................................................... 303
CAPTULO XXII
LEI DE LICITAES-OPINIO ............................................................................................................................ 345
CAPTULO XXIII
LEGISLAO PROFISSIONAL DO ENGENHEIRO E ARQUITETO ................................................................... 349
ENTIDADES PROFISSIONAIS LIGADAS REA DA CONSTRUO CIVIL ..................................................... 364
BIBLIOGRAFIA...................................................................................................................................................... 366
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apresentao do editor
Os livros e manuais de carter tcnico costumam ser lanados com pretenses distintas. H
aqueles que almejam reconhecimento do meio profissional no qual se inserem. Outros
buscam acrescentar conceitos, vises e propostas inovadoras. Muitos repassam, de forma
didtica, contedos j conhecidos e visitados, contribuindo assim para a necessria
disseminao do conhecimento. Poucos se propem a revolucionar estruturas e organismos
preexistentes. A maioria contribui com pequenos, porm efetivos, passos para a evoluo do
pensamento e da pesquisa. Nenhum deles, por princpio, sem antes passar por uma anlise
criteriosa, pode ser considerado melhor ou pior. So diferentes e, sem dvida,
necessariamente complementares. Um dos maiores atributos desta obra, de autoria do Eng.
Maahico Tisaka, reunir cada uma dessas pretenses e tentar resumi-las no que talvez
consista a maior faanha de uma publicao do gnero: tornar-se referncia. "Oramento na
Construo Civil" no resultado de um trabalho de meses. Tampouco de anos. So
dcadas de dedicao do autor e das fontes por ele sabiamente reunidas ao estudo de um
tema de profunda importncia para a indstria da construo civil e que, no porcoincidncia, faz parte do "cdigo gentico" da (quase) sexagenria PINI. Para a Editora,
constitui motivo de grande orgulho ter sido novamente lembrada pelo Eng. Maahico que, em
1993, ento presidindo o Instituto de Engenharia, lanava conosco o "embrio" deste novo
trabalho, o livro "Critrios para Fixao dos Preos de Servios de Engenharia". Esperamos
que voc, leitor interessado ou atuante nas reas de oramento, contratao, planejamento,
execuo de obras e consultoria de projetos de engenharia civil ou arquitetura, possa
usufruir da experincia e das metodologias cuidadosamente abordadas pelo autor. PINI,
cabe somente agradecer pela honra de participar de mais esta importante iniciativa em prol
de critrios e resultados justos para empresas e profissionais da construo civil, tanto na
esfera pblica quanto privada. Boa leitura e muitas consultas!
Eric CozzaPINI
Diretor de Redao
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preliminares
A tarefa de calcular a remunerao de servios de Engenharia exige uma srie de requisitos queno se restringem apenas a uma questo eminentemente tcnica, envolvendo necessidade deconhecimentos que vo desde a legislao profissional, legislao tributria e fiscal, conhecimentodo mercado de materiais e de mo-de-obra, no seu mais amplo sentido.
O sucesso ou o fracasso de uma atividade profissional de Engenharia depende da forma comoestabelecemos a cobrana dos honorrios profissionais ou da remunerao pelos servios queprestamos aos clientes, sejam elas pessoas fsicas ou jurdicas, privados ou pblicos.
Num regime competitivo como em que vivemos na atualidade, se no tivermos um conhecimentoadequado e suficiente na forma de calcular o oramento ou os honorrios, corremos o risco dedarmos preos excessivamente elevados e fora da realidade do mercado e, portanto, deixarmos decontratar com o cliente, ou darmos um preo insuficiente para cobrir os custos incidentes e tergrandes prejuzos, podendo at acarretar o encerramento das atividades.
Por outro lado, no caso especfico da Administrao Pblica, se os oramentos no forem bem feitose no representarem a realidade da obra e do mercado, correm tambm um srio risco de trazeremconseqncias indesejveis, tais como baixa qualidade dos servios, atrasos ou paralisaes de
obra, aditivos contratuais, recursos e aes judiciais, etc, que podem levar a incalculveis prejuzospara o errio pblico.
preciso tambm diferenciar propostas de oramento e de remunerao feitas a particularesdaquelas feitas aos rgos pblicos.
No primeiro caso, pode-se contar com uma certa flexibilidade no trato deste assunto em razo deno estar sujeito s exigncias determinadas pela Lei de Licitaes, permitindo um grau maior deliberdade para negociaes, que podem conduzir a um resultado que atenda aos interesses deambas as partes. Alm disso, pelo carter restrito que caracteriza esse tipo de contratao, muitasvezes o que predomina mesmo o relacionamento entre as partes e a experincia profissional daeventual contratada, alm, evidentemente, do preo aceitvel para ambas as partes.
No segundo caso existe uma norma geral que rege todas as contrataes em qualquer nvel degoverno, seja administrao direta ou indireta, onde a contratante obrigada a segui-la, chamadaLei de Licitaes (Lei Federal n 8.666/93).
Por essa Lei, uma vez apresentada a proposta e se for a vencedora, no poder haverarrependimento, sob pena de pesadas multas e impedimento de participar de outras licitaes porum perodo. Portanto, em poucas palavras, proibido errar.
Desse modo preciso estudar e analisar profundamente os custos diretos e indiretos envolvidos,bem como todas as incidncias de impostos, taxas, seguros, despesas financeiras, grau de risco,etc.
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responsabilidade do oramentista perante alegislao brasileira
De acordo com os Arts. 7o, 8o, 13, 14 e 15 da Lei Federal n 5.194/66, o ORAMENTO ESTIMATIVO do rgoque acompanha o edital de licitao, previsto na alnea II 2 do item XVII do Art. n40da Lei n 8.666/ 93 (Lei deLicitaes), dever ter a sua autoria devidamente identificada no documento, com o nome completo do oramentista,profisso de engenheiro civil ou arquiteto e o nmero de Registro no CREA.
A Lei Federal n 5.194, de 24.12.66, estabelece o seguinte:
"Art. 7 - As atividades e atribuies profissionais do engenheiro, do arquiteto e do engenheiro agrnomoconsistem em:
a) desempenho de cargos, funes e comisses em entidades estatais, paraestatais, autrquicas, de
economia mista e privada"."Art. 8 - As atividades e atribuies enunciadas nas alneas 'a', 'b', 'c', do artigo anterior so da competncia depessoas fsicas, para tanto legalmente habilitadas."
"Art. 12 - Na Unio, nos Estados e nos Municpios, nas entidades autrquicas, paraestatais e de economia mista, oscargos e funes que exijam conhecimentos de Engenharia,Arquitetura e de Agronomia, relacionados conformeo disposto na alnea "g" do Art. 27, somente podero ser exercidos por profissionais habilitados de acordo comesta Lei."
"Art. 13 - Os estudos, plantas, projetos, laudos e qualquer outro trabalho de engenharia, de arquitetura e deagronomia, quer pblico, quer particular, somente podero ser submetidos ao julgamento das autoridadescompetentes e s tero valor jurdico quando seus autores forem profissionais habilitados de acordo com alei."
"Art. 14 - Nos trabalhos grficos, especificaes, oramentos, pareceres, laudos e atos judiciais ou administrativos, obrigatria, alm da assinatura, precedida do nome da empresa, sociedade, instituio ou firma a queinteressarem, a meno explcita do ttulo do profissional que os subscreve e o nmero da carteira referidano art. 56."
A falta dessa identificao poder ensejar um Auto de Infrao contra a empresa ou rgo licitante por parte dafiscalizao do CREA ou at anulao da licitao por descumprimento dos dispositivos legais.
"Art. 15 - So nulos de pleno direito os contratos referentes a qualquer ramo da engenharia, arquitetura ouda agronomia, inclusive a elaborao de projeto, direo ou execuo de obras, quando firmados por entidadepblica ou particular com pessoa fsica ou jurdica no legalmente habilitada a praticar a atividade nos termos destalei."
Pelos Artigos 1 ao 14oda Resoluo n 425 de 18/12/98 do CONFEA, combinada com o Pargrafo 1 dos Arts. 2 oe 4oda Lei n 6.496/77, obrigatrio o recolhimento de ART - Anotao de Responsabilidade Tcnica pela execuodo oramento e pelo ocupante de cargo e funo de oramentista, ficando sujeito s penalidades da lei pelo seu no-cumprimento.
LEI N 6.496/77
"Art. 2o - A ART define para os efeitos legais os responsveis tcnicos pelo empreendimento de engenharia,arquitetura e agronomia."
" 1oA ART ser efetuada pelo profissional ou pela empresa no Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura eAgronomia (CREA), de acordo com Resoluo prpria do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia(CONFEA)/'
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"Art. 3o- A falta de ART sujeitar o profissional ou a empresa multa prevista na alnea 'a' do Art. 73 da Lei n 5.194,de 24 de dezembro de 1966, e demais cominaes legais."
O autor do oramento dever recolher ART - Anotao de Responsabilidade Tcnica, especfico para cadaobra objeto da licitao, atestando a sua autoria.
Alm disso, o rgo contratante dever recolher ART - Anotao de Responsabilidade Tcnica de Cargo eFuno do seu oramentista, sob pena de autuao pela fiscalizao do CREA.
RESOLUO n 425 de 18 de dezembro de 1998 do CONFEA
"Art. 6o- O desempenho de cargo ou funo tcnica, seja por nomeao, ocupao ou contrato de trabalho - tantoem entidade pblica ou privada -, obriga a Anotao de Responsabilidade Tcnica, no CREA, em cuja jurisdiofor exercida a atividade."
OBSERVAES IMPORTANTES:
O oramento a ser elaborado dever conter, de modo fiel e transparente, todos os servios e/ou materiais a seremaplicados na obra de acordo com o projeto bsico e outros projetos complementares referentes ao objeto da licitao.
O oramento dever ser elaborado a partir do levantamento dos quantitativos fsicos do projeto e da composio doscustos unitrios de cada servio, obedecidas rigorosamente as Leis Sociais e Encargos Trabalhistas e todos osdemais Custos Diretos, devidamente planilhados.
Pela atual legislao contbil e trabalhista, os encargos como refeies, transporte, EPI, incluindo uniformes,ferramentas manuais necessrios para o exerccio de sua atividade, seguro de vida em grupo, diretamenterelacionados com a mo-de-obra, devem ser calculados e acrescidos s Leis Sociais como EncargosComplementares de Mo-de-Obra.
Ainda, lembrar que, pela atual legislao fiscal e contbil, todos os custos que compem a infra-estrutura da obracomo a Instalao do Canteiro de Obra, custos da Administrao Local, Mobilizao e Desmobilizao, etc, devemcompor os Custos Diretos, e no o BDI.
A composio do BDI, que a outra parte importante do oramento, dever conter todos os itens relativos aosCustos Indiretos da administrao central, eventuais taxas de riscos do empreendimento pela falta de uma definioclara do projeto, custos financeiros do capital de giro, todos os tributos federais e municipais, custos decomercializao e a pretenso ou previso de lucro.
omisso injustificada e deliberada de custos que venham a causar prejuzos contratada ou ao colega engenheiroou arquiteto, o profissional responsvel pela elaborao do oramento poder ser enquadrado na Resoluo n1.002/02, que regulamentou o Cdigo de tica Profissional.
Para a elaborao criteriosa e completa do oramento de obras de construo civil, recomenda-se seguir aMetodologia de Clculo do Oramento de Edificaes - Composio do Custo Direto e do BDI, aprovado peloInstituto de Engenharia, cujo texto completo encontra-se no CAPTULO VII deste livro.
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CRITRIOS DEREMUNERAO
1. INTRODUO
A ENGENHARIA tem sido definida como a arte de transformar recursos naturais em formas adequadas de produtos
ao atendimento das necessidades humanas.
O porqu do nome Engenharia Civil: at o sculo XVII a Engenharia como atividade organizada era exercida
somente para fins militares. A partir de ento, com o surgimento de obras sem a participao de militares,
principalmente na construo de estradas, originaram-se as denominaes de "Engenharia Civil" e "Construo
Civil".
A Norma Brasileira NBR 5.679. Elaborao de Projetos de Obras de Engenharia e Arquitetura, define Obra de
Engenharia e Arquitetura como:
"...o trabalho, segundo as determinaes do projeto e as normas adequadas, destinado a modificar, adaptar,
recuperar ou criar um 'bem', ou que 'tenha como resultado qualquer transformao, preservao ou
recuperao do ambiente natural'."
De forma mais especfica, a Lei Federal n 5.194, de 24 de dezembro de 1966, que regulamentou as profisses deengenheiro, arquiteto e agrnomo, estabeleceu o seguinte:
"Art. 1o. As profisses de engenheiro, arquiteto e engenheiro agrnomo so caracterizadas pelas realizaes
de interesse social e humano que importem na realizao dos seguintes empreendimentos:
a) aproveitamento e utilizao de recursos naturais;
b) meios de locomoo e comunicaes;
c) edificaes, servios e equipamento urbanos, rurais e regionais, nos seus aspectos tcnicos e artsticos;
d) instalaes e meios de acesso a costas, cursos e massas de d'gua e extenses terrestres;
e) desenvolvimento industrial e agropecurio."
Na atualidade, com o desenvolvimento e o progresso da Engenharia em todos os campos das atividades humanas,
a abrangncia dos conceitos acima se ampliaram muito e no mais se restringem apenas aos aspectos acima
definidos, podendo-se incluir tambm as atividades de conservao e operao dos bens criados, bem como
aqueles que conduzem eliminao ou destruio dos mesmos bens, quando necessrio.
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Todos esses servios de Engenharia poderiam ser agrupados basicamente em duas grandes reas:
Engenharia Consultiva e de Projetos. PROJETOS Engenharia de Construes e Montagens. EXECUO
2. PROJETOS
A Engenharia Consultiva e de Projetos, aqui, simplesmente denominada de PROJETOS, abrange os seguintes
servios:
a) elaborao de planos diretores, estudos de viabilidade, estudos organizacionais e outros relacionados com
obras e servios de engenharia.
b) elaborao de anteprojetos, projetos bsicos e projetos executivos de obras, equipamentos, instrumentos e
processos de produo em geral.
c) fiscalizao, superviso, acompanhamento tcnico e gerenciamento de obras e servios, ou de montagens
industriais e controle tecnolgico de materiais e produtos;
d) vistorias, elaborao de laudos tcnicos, consultorias especializadas, avaliaes e pareceres referentes a
obras de engenharia;
e) desenvolvimento de tcnicas relacionadas com a informtica e outras, para aplicao em servios de
engenharia.
3. EXECUO
A Engenharia de Construo Civil e Montagem, ou simplesmente denominada de EXECUO, abrange os seguintes
servios:
a) execuo de obras de construo civil em geral e sua conservao (ou, eventualmente, sua demolio);
b) construo, demolio, reforma ou reparao de prdios ou edificaes;c) construo e reparao de estradas de ferro e de rodagem, inclusive os trabalhos concernentes a super e
infra-estrutura de estradas e obras-de-arte;
d) construo e reparao de tneis, pontes, viadutos, logradouros pblicos e outras obras de urbanismo;
e) construo de sistemas de abastecimento de guas e de saneamento;
f) execuo de obras de terraplenagem, pavimentao em geral, hidrulica, martimas ou fluviais;
g) execuo de instalaes hidrulicas e eltricas e montagens industriais;
h) execuo de obras de eletrificao e hidreltricas;i) explorao, conservao e recuperao de recursos naturais.
4. MODALIDADES DE FIXAO DOS PREOS
4.1. NOS PROJETOS
4.1.1. MODALIDADE A
Vamos designar por Modalidade A a forma de fixao de preos dos servios de Engenharia com base no custo
estimado da obra ou do elemento objeto da proposta.
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O custo deve ser o mais prximo da realidade. Entretanto, muitas vezes, so tomados como referencia valores
convencionais, de acordo com as caractersticas da obra ou dos servios.
O preo dos servios fixado aplicando-se um percentual sobre o custo estimado, o qual dever contemplar todas
as despesas na realizao do servio, acrescidas da margem desejada.
4.1.2. MODALIDADE B
A Modalidade B a forma de fixao dos preos com base na previso de produtos a serem apresentados ao
cliente, tais como desenhos, memoriais, relatrios, etc.
Esta modalidade tem sido utilizada mais para pequenos projetos, ou projetos de reformas, casos em que os servios,
s vezes, tm valores percentualmente muito elevados em relao obra.
4.1.3. MODALIDADE C
A Modalidade C a forma de cobrar os servios a partir de medies das horas gastas no trabalho. Pode-se
estabelecer um determinado valor para o preo horrio de cada categoria, usualmente chamado de "preo de horatcnica" ou de "tarifa horria".
A outra forma de fixao de preos conhecida como "cost plus" ou "cost plus fee" estabelecer um coeficiente,
geralmente chamado de "k", que, multiplicado pelo custo horrio de cada profissional envolvido, se chega ao preo
final.
Em qualquer dos casos o preo final deve contemplar todos os custos diretos, encargos sociais, todas as despesas
indiretas e o lucro.
Deve-se notar que no preo da hora tcnica de consultores, principalmente em servios que apresentem grandes
riscos ou conhecimentos extraordinrios, a remunerao deve tambm compensar todo um acervo de
conhecimentos formado ao longo de muitos anos de experincia, e de toda a responsabilidade envolvida.
Nesta modalidade predomina a parcela correspondente s horas tcnicas.
Entretanto, podem tambm entrar nas medies algumas parcelas referentes a despesas reembolsveis, mais uma
taxa de administrao (servios de topografia, computao, reprografia, despesas de viagem, veculos, etc).
4.2. NA EXECUO
4.2.1. MODALIDADE A
EMPREITADA POR PREO UNITRIOCusto Direto mais BDI. O Custo Direto composto pela soma de todos os custos unitrios mais todos os custos
diretamente relacionados com a produo. O Custo Unitrio de cada servio o resultado do produto Quantidade x
Preo Unitrio de cada um dos insumos, os quais, multiplicados pelo BDI, viram Preo Unitrio. O preo total a
soma de todos os resultados parciais dos servios envolvidos.
O pagamento feito atravs da medio no campo dos quantitativos dos servios realizados a cada perodo.
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4.2.2. MODALIDADE B
EMPREITADA GLOBAL
Custo Direto global mais BDI. Neste caso as quantidades dos servios so previamente determinadas, arcando o
construtor com os riscos de um eventual erro na quantificao de cada servio.
A medio no campo dos servios realizados normalmente se faz pela determinao do percentual executado de
cada servio, at o limite do valor proposto.
As eventuais modificaes de projetos, ou a existncia de situaes imprevisveis e que venham a alterar os
quantitativos previstos, so pagas parte.
4.2.3. MODALIDADE C
EMPREITADA INTEGRAL
Trata-se de uma variante da Empreitada Global que pode ser chamada de "turn-key", em que o construtor assume
todas as despesas do incio ao fim, at a entrega das chaves ou do empreendimento, funcionando para incio da
operao.
4.2.4. MODALIDADE D
POR ADMINISTRAO CONTRATADATaxa de Administrao sobre os custos gerais da obra. Neste caso cobrada uma taxa, previamente estabelecida, a
ser aplicada mensalmente sobre os gastos da obra. Existem outras alternativas desta modalidade que incluem
reembolsos de determinados gastos e pagamentos fixos para determinados itens de custos.
4.2.5. MODALIDADE E
SISTEMA MISTOTrata-se de um sistema misto, onde parte paga por preos unitrios e as demais por administrao ou pelo sistema
de reembolso.
Nesta modalidade pode-se estabelecer metas de prazos e de gastos, com o estabelecimento de prmios e multas
pelos alcances das metas e pelos atrasos.
4.2.6. MODALIDADE F
TAREFA
Destinados em geral para servios de pequena monta.
5. CONTRATAO DOS SERVIOS
5.1. SELEO DA EMPRESA OU DO PROFISSIONAL
A escolha das empresas ou dos profissionais para a execuo de determinados servios especficos obedecem aos
seguintes critrios:
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a) NA INICIATIVA PRIVADA
Consulta ao mercado;
Indicao ou recomendao;
Anncios e propaganda em revistas tcnicas;
Conhecimento de obras j realizadas;
Experincia profissional comprovada;
Anlise tcnica e econmica da empresa;
Anlise da proposta de preos;
Negociao;
Outras.
b) NA ADMINISTRAO PBLICA.
Estrito cumprimento s regras da Lei n 8666/93;
Publicao de editais;
Divulgao via Internet;
Atendimento s condies do Edital;
No h negociao;
Deciso pelo menor preo.
OBS.: No caso de contratao por DL (Dispensa de Licitao) para valores inferiores a um dcimo do valor-limite
para convite, os servios podem ser contratados diretamente, sem muitas formalidades. Quando o rgo contratante
da administrao for uma "Agncia Executora", o limite para o DL passa para 20% do valor do convite.
5.2. TIPOS DE CONTRATAO
5.2.1. PARA PROJETOS
Percentual sobre o valor da obra;
Determinao das quantidades de horas;
Contagem dos documentos a serem produzidos;
Importncia do servio no empreendimento;
Preo de servios semelhantes;
Taxa de administrao.
5.2.2. PARA EXECUO
Empreitada por preos unitrios; Empreitada por preo global;
Empreitada integral;
Contrato por administrao;
Por tarefa.
OBS.: a Lei n 8666/93 - Lei de Licitaes, obrigatria para aplicao em rgos pblicos, no permite mais a
contratao pela modalidade de Administrao para execuo de obras.
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Nos contratos por tarefa, ajusta-se a mo-de-obra para pequenos trabalhos por preo certo, com ou sem
fornecimento de materiais. Na administrao pblica, para valores menores do que um dcimo do valor
estipulado para o limite de Convite, costuma-se recorrer DL (dispensa de licitao) para a contratao.
6. PAGAMENTO DOS SERVIOS
6.1. PAGAMENTOS REFERENTES A PROJETOS
6.1.1. ENTREGA DOS PROJETOS
Em geral os pagamentos so feitos mediante a entrega dos projetos, ou at em 7 dias teis, tempo suficiente para o
processamento administrativo das faturas. At esse prazo o pagamento pode ser considerado vista. Para perodos
de execuo mais longos, os pagamentos podem ser feitos por etapas de entrega das partes dos servios.
6.1.2. PROJETOS REPETIDOS
Os projetos repetidos devem ser devidamente pagos, conforme estipulado em cada captulo da presente publicao.
Trata-se no apenas de pagamento dos direitos autorais do projetista, mas tambm da compensao pelo aumento
da responsabilidade.
6.1.3. EXECUO PARCIAL
Se for necessrio apenas um anteprojeto que venha orientar a elaborao do projeto definitivo, este executado por
terceiros, o autor do anteprojeto ter direito a uma remunerao correspondente a 40% do valor do projeto, salvo por
determinao em contrrio de tabelas existentes de reas especializadas que compem esta publicao.
6.1.4. ADIAMENTO OU INTERRUPO DOS SERVIOS
Uma vez autorizado o incio de um projeto, seu adiamento causar prejuzos ao contratado que estava preparado
para cumprir os prazos contratuais, o mesmo acontecendo se houver interrupo dos servios depois de comeados.
Os contratos devero estipular uma compensao adequada para essas eventualidades, recomendando-se uma taxa
de 20% do valor total do projeto, a ttulo de indenizao, sem prejuzo dos custos de desmobilizao prematura.
6.1.5. RETOMADA DOS SERVIOS
Havendo a retomada dos servios aps uma interrupo prolongada, o projetista ter um gasto adicional para
recomposio e anlise das partes executadas. Para compensar esse gasto, recomenda-se a cobrana de uma taxa
adicional de 20% do valor total do projeto.
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6.2. PAGAMENTOS REFERENTES EXECUO
6.2.1. PAGAMENTO DAS MEDIES
Em geral, o pagamento da execuo dos servios feito atravs de medies mensais, no fechamento de um
perodo de 30 dias, normalmente no final do ms.
No final do perodo, levanta-se a quantidade dos servios executados, faz-se a medio e depois de aprovado pela
fiscalizao preparada a fatura de servios, documento essencial para o processamento do pagamento.
As faturas pagas dentro do prazo de sete dias so consideradas vista. Porm, se o prazo de pagamento for maior,
incidem juros na composio do BDI.
6.2.2. PAGAMENTO POR ETAPAS DE CONCLUSO
A outra forma de pagamento, geralmente utilizada no setor privado, pela concluso das etapas de execuo. Do
mesmo modo, o pagamento feito mediante apresentao da fatura de servios.
7. CLASSIFICAO DOS PROFISSIONAIS
Sempre que a fixao dos preos feita com base em tarifas horrias, torna-se importante a existncia de critrios
de classificao dos profissionais envolvidos.
Podemos adotar os seguintes critrios:
ENGENHEIRO CONSULTOR. Profissional de nvel superior com 15 ou mais anos de experincia na
especialidade ou grau equivalente (*) com mais de 5 (cinco) trabalhos publicados.
OBS.: Grau equivalente o mrito tcnico na especialidade, correspondendo a um acrscimo de X anos de
experincia profissional, como segue:
Mestrado = + 2 (dois) anos;
Doutorado = + 5 (cinco) anos.
ENGENHEIRO TITULAR. Profissional de nvel superior com 15 anos ou mais de experincia na
especialidade ou grau equivalente.
ENGENHEIRO SNIOR.A. idem, com no mnimo 12 anos, ou grau equivalente;B. idem, com no mnimo 10 anos, ou grau equivalente.
ENGENHEIRO PLENO.Idem com no mnimo 8 anos, ou grau equivalente.
ENGENHEIRO MDIO.Idem com no mnimo 5 anos, ou grau equivalente.
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ENGENHEIRO JNIOR.A. idem, com mnimo de 2 anos de experincia.B. idem, com menos de 2 anos de experincia.
NOTA: Vlido tambm para arquitetos, ressalvadas algumas especificidades.
8. RESPONSABILIDADE DO ENGENHEIRO E DO ARQUITETO
Em princpio, todo servio de Engenharia deveria ser de boa qualidade, desde que executado por profissionais
idneos e capacitados para o servio. Entretanto, mesmo que todos os procedimentos adotados na execuo sejam
os mais recomendveis, o produto final poder ter defeitos.
A possibilidade de falha, embora pequena, inerente aos servios de Engenharia Civil. As imprecises existentes
nas hipteses de projetos usualmente adotadas e a heterogeneidade dos materiais de construo so responsveis
por essa possibilidade.
As prprias normas de projetos, com seus critrios probabilsticos, aceitam essa possibilidade de falha. Entretanto, a
probabilidade de ocorrer a falha dever ser sempre a menor possvel e ela ser tanto menor quanto mais grave forem
as possveis conseqncias.
Se os profissionais envolvidos puderem demonstrar que seguiram todas as instrues das normas vigentes e
adotaram os procedimentos recomendados, de acordo com o "estado da arte", nenhuma responsabilidade lhes
caber por eventual defeito no produto final.
Entretanto, as falhas importantes decorrem geralmente de erros cometidos pelos profissionais pela falta de ateno
s normas tcnicas vigentes, pela m formao profissional e at por negligncia no seu trabalho.
Erros de clculo no percebidos, detalhamentos incorretos do projeto, inobservncia de detalhes tcnicos pelo
executante, produo e utilizao de materiais de construo fora das especificaes, etc, podem causar a runa de
uma obra, com srias conseqncias pessoais e materiais. Nesses casos os profissionais envolvidos devero ser
responsabilizados civil e criminalmente.
O Cdigo de Defesa do Consumidor mais um instrumento legal que aumenta a responsabilidade dos
intervenientes. Para os projetos de maior risco, como o caso dos projetos de estruturas complexas, recomendvel
que seja feita uma verificao por profissionais independentes do projetista. Tal procedimento poder eliminar a
necessidade dos seguros correspondentes ou diminuir o valor dos respectivos prmios.
Na execuo de uma obra de Construo Civil, pode-se dizer que h uma cadeia de responsabilidades, que se iniciano autor do projeto e termina no executor, solidarizando-se todos os que participaram do empreendimento.
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b) Empreitada Integral. Trata-se de uma forma mais ampla do que a Empreitada Global, pois a contratada
assume tambm todas as obrigaes que normalmente so da contratante, deixando-a pronta para o uso.
c) Empreitada por Preos Unitrios. Trata-se de uma outra modalidade muito utilizada quando no existe um
projeto final definido ou que a definio s ser possvel durante o desenvolvimento da prpria obra. A
remunerao definida pela quantidade executada em cada item de servios ou etapa de trabalho. As
unidades mais utilizadas so o ml, m2, kg, ms, unidade e verba, quando o preo representado por um
determinado valor global para a execuo de uma atividade especfica. O pagamento feito com base em
medio de servios efetivamente executados, em geral com periodicidade mensal.
d) Tarefa. Servios de pequena monta, sem as formalidades exigidas para a sua contratao, no
ultrapassando o limite de Dispensa de Licitao previsto na lei.
2.3. REMUNERAO DE SERVIOS POR ADMINISTRAO
2.3.1. POR ADMINISTRAO CONTRATADA
Nessa modalidade de prestao de servios, a contratada encarrega-se da execuo da obra mediante remunerao
fixa ou cobrana de um percentual fixo sobre o seu custo, correndo por conta da contratante todos os nus financeiro
e econmico do empreendimento.
Esse percentual denomina-se "taxa de administrao".
Nessa modalidade de contrato, a contratante pode adquirir os materiais ou incumbir a contratada de faz-lo, caso em
que esta atuar como preposto da contratante. O recrutamento do pessoal e a sua administrao podero ser feitos
em nome da contratante ou, se for em nome da contratada, com a adio das Leis Sociais previamente combinadas
e mais as taxas de administrao.
As compras de materiais e contratao de terceiros so em geral faturadas em nome da Contratante para evitar
duplicidade de tributos.
2.3.2. SISTEMA MISTO OU ADMINISTRAO POR METAS DE PRAZOS E CUSTOS
Para determinados tipos de obras, geralmente de mdio e grande porte, possvel aplicar uma outra modalidade de
contrato onde a contratada assume parte dos riscos financeiros da operao e recebe um percentual sobre os custos
da obra condicionado ao desempenho fsico e financeiro da obra em execuo.
Esse percentual pode variar para mais ou para menos dependendo das metas de custos maiores ou menores
atingidos em funo do oramento inicial aprovado por ocasio da assinatura do contrato.
Alm disso, so estabelecidas no cronograma metas de prazos parciais chamadas de "datas-marco", para a
concluso de determinadas etapas ou partes importantes da obra.
Para a antecipao de prazos, a partir de uma determinada data at a data-marco, so institudos prmios em funo
dos ganhos de dias, da mesma forma que so estabelecidas multas progressivas, compensveis ou no at a
prxima data-marco.
Este sistema de contrato permite ao contratante uma melhor garantia no cumprimento dos prazos e de preos,
atravs do estabelecimento de condies e limites de remunerao, simples ou compostas, dependendo das
caractersticas da obra e das negociaes entre as partes.
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EXECUO DE SERVIOSPOR EMPREITADA
1. EXECUO DE SERVIOS POR EMPREITADA
Qualquer que seja o tipo de empreitada, de mo-de-obra, preos unitrios, global ou integral, o oramento deve partir
da discriminao minuciosa dos servios a serem realizados, levantamento dos quantitativos de cada um desses
servios, definio dos custos unitrios obtidos atravs da composio dos consumos dos insumos, mais os gastos
com a infra-estrutura necessria para a execuo.
2. FUNDAMENTOS TCNICOS DO CLCULO DA REMUNERAO
2.1. PRELIMINARES
O objetivo deste Captulo proporcionar queles que lidam com oramentos, propostas de preos e julgamentos de
licitaes, pblicas ou privadas, os principais fundamentos que compem o preo final de venda dos servios de
execuo de obras de construo civil.
2.2. CLCULO DO PREO DE VENDA
Para o clculo do preo de venda necessrio inicialmente levantar todos os custos diretos envolvidos numaconstruo civil e depois adicionar uma margem sobre ele de modo a cobrir todos os gastos incidentes.
Este trabalho ensina a calcular a margem de remunerao pelos servios a serem executados, tradicionalmente
chamados pelas iniciais "BDI", de Benefcios e Despesas Indiretas. Nesta margem esto includos todas as
despesas indiretas da administrao, custos financeiros, taxas, impostos e o lucro. No confundir BDI com LUCRO,
como pode acontecer com pessoas no afeitas a essa terminologia usada na construo civil.
Para isso necessrio entender como feita a composio dos preos para a venda de um servio de execuo na
construo civil, onde entram no somente os materiais a serem utilizados, como tambm a mo-de-obra necessria
para a execuo e todas as demais despesas com a administrao, fiscalizao, impostos, taxas, ferramentas e,
evidentemente, o lucro esperado pelo prestador dos servios.
2.2.1. CUSTOS DIRETOS
A primeira parte a ser considerada so as DESPESAS OU CUSTOS DIRETOS (CD). So todos os custos
diretamente envolvidos na produo da obra, que so os insumos constitudos por materiais, mo-de-obra e
equipamentos auxiliares, mais toda a infra-estrutura de apoio necessria para a sua execuo no ambiente da obra.
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Estes custos diretos so representados numa PLANILHA DE CUSTOS, em que fazem parte:
Quantitativos de todos os servios e respectivos custos obtidos atravs da composio de custos unitrios;
Custo de preparao do canteiro de obras, sua mobilizao e desmobilizao;
Custos da administrao local com previso de gastos com o pessoal tcnico (encarregado, mestre,
engenheiro, etc), administrativo (encarregado do escritrio, de higiene e segurana, apontador, escriturrio,
motorista, vigia, porteiro, etc.) e de apoio (almoxarife, mecnico de manuteno, enfermeiro, etc).
Para o clculo dos custos de Mo-de-obra h que se acrescentar aos salrios todos os encargos sociais, bsicos,
incidentes e reincidentes e complementares (alimentao, transportes, EPI e ferramentas), que so encargos
obrigatrios que incidem sobre os trabalhadores e determinados pela legislao trabalhista especfica.
2.2.2. BDI - BENEFCIO E CUSTOS INDIRETOS
A segunda parte o que se costuma chamar de BDI - Benefcio e Custos Indiretos, que composto dos seguintes
elementos:
DESPESAS OU CUSTOS INDIRETOS. So os CUSTOS ESPECFICOS da Administrao Central
diretamente ligados a uma de